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0 ASSASSINATO D ENERAL TRAVASSOS

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Academic year: 2021

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Director-EDMUNDO BITTENCOURT

snara. * _s___-_o_BfO-BS_BBii||

Anno V—N. 1.345

_S3E__?!.3j3PjBBB jH!-IM-j--" IMVJT_BM«-t--l»»_«_l____««jB-^^ '_ __*_i?^ _T"!.. ™^* — ¦

RIO DE JANEIRO—SEXTA-FEIRA, 17 DE MARÇO

DE 1905

Redacção—Rua Moreira César n. 11.

EXPEDIENTE

Aos nossos amigos e leitores r.l«i são Paulo recommehdamos ò sr. Faus* tino Costa, que ó hojo nosso agcnto

viajante uo interior do estacio. ASSIGNATURAS

Anno

Soi6 mezes..

30«000 181000 Numero atrazado 200 réis

Sobro Nova-Yorl: I.lliia esterlina em moeda üuro nacional em vales,

por uuiw tliineario C. Matriz Particular ia 7i3 13 7(8 13 15.16 3.58? 17..50 1.919 13 15p6 13 15.16 nenila da Alfândega Renda rio cila ia 13 :

Renda rio riia 16: Em papel _iu ouro Em egual período de 1901... a..;ü.lii sjí 167 043-5231 55 3S5iü;3 3.193:113*713 3.27'J:17-$i06

0

:l(

Uos empréstimos que, no estrangeiro, os Estados têm ultimamente contraindo, 6Ó se couliecem, em regra, o typo, o quan» lo de juros e amortização. As demais clau» mias ainda nlto vieram a lume; das com-missSes espcciaes e gorjetas, nada se tabe c, provavelmente, nunca se saberá, de sorte que nSo è possivel avaliar a quanto montam os sacrifícios que aos Es-lados custam os novos compromissos.

Subrc o empréstimo de S. Paulo d que apparcccratn já informaç3es mais amplas c mais minuciosas, as quaes o governo do Estado teve dc prestar ao Congresso para obter a approvaçío da compra da Soro-cubana, realizada sem aiictorizaçSo legal, c bem assim dos empréstimos levantados para seu pagamento. Confirmaram tacs iiiforitia§3es, quanto ao empréstimo dè í_ 3.000.000 contractado com o «Drcsdncr íiankn, a existência da obrigaçSo, contes-lada formalmente pela folha oflicial do Estado quando a divulgou a imprensa, de que todas as encommendas para a con-strticçito, reconstrucçlo e renovação do material da estrada de ferro—a Sorocaba-na—que serve de garantia ao empréstimo, sejam exclusivamente feitas, no praso do contracto, por iutcrmedio da casa commer-ciai que o agenciou, a de Haupt, Biclin &C°.

Por ser a obrigação unia indignidade, a que nSo seria licito sujeitar-se nenhum governo que se presa, c que, de mais a mais, as circumstaticias nio impunham ao Estado de S, Paulo, foi neceito, sem rclu-ctaucia, o desmentido formal á primeira noticia. Pareceu impossível que o mais rico, o mais adeantado dos Estados do llr.isil, que governa e tem a pretençlo dc governar indefinidamente a Federaçtto, se tivesse sitbmuttirio a tão humilhante c le-siva exigência, que aliás os srs. Haupt, Diehn -t C'.1, bons negociantes e sem du-vida rios mais respeitáveis, tinham direi-lo a fnzer, procurando tirar, da sua in-tervenção uo negocio, todas as vantagens possíveis,

Em qualquer dos nossos empréstimos, celebrados já pelo antigo governo do Hrasil.já pela União e mesmo por alguns dos Estados ainda nos mais apertados apu-ros por dinheiro, nunca figurou cláusula •gttal ou que com cila se parecesse. Ainda ante-liontcni.ntim iosapedidos do jornal do Commercio, foi lembrado quc.ao contraliir o Brasil, na praça de Londres, em 1924, antes de reconhecida a sua independência, o primeiro empréstimo externo, o nosso agente diplomático, Felisberto Caldeira Drailt, obrigou-se, para com os banquei-ros que tomaram a si a opcraçlo, a inter-poros seus bons ofllciosjunto ao governo üe S. M. I.,o sr. cl. Pedro I, para que ellcs fossem os incumbidos da compra dc jtiaeaque. effeitos e gêneros que porveti-.ui.t tivessem dc ser embarcados, nos portos inglezes, por conta de Sua Majcs-l.irie, O governo, porem, nio se obrigou a i.izer seus commissarios privilegiados aquellcs banqueiros, u_o obstante a pres* sao ria necessidade e terem elles tomado firme, antes rio lançamento, a terça parte do empréstimo. Accrcscc que, no caso de S. Paulo, nào foi aos emprestadores que se fez aquella extraordinária vantagem, seiillo aos Intermediários que, aliás, devem ter recebido por seus serviços pingue coiuutisslo.

Dc resto,a cláusula encarece ainda mais 3 empréstimo; pelo que se toma diflieil :alcular quanto de facto custa ao Estado oc »S, Paulo semelhante empréstimo. E' certo que o fornecimento rieve ser feito por Haupt, llieliti «v. C,° pelos preços cor-rentes da oceasião, mas estes variam con-forme a qualidade rios materiaes, o que íii-ui sempre 6 fácil rie verificar com exa-etiri.,0. Desde que o fornecedor é um só, com privilegio firmado em centrado, trio lhe será diflieil • pondera o for-nal do Comuta; ia numa das vdtias — ar-ratiiar-sc com os administradores da es* traria para trabalharem rie perfeita hai-iiicnia { E1 do Jot mil o g ri- pho ).

O governo 6 que inlligiu semelhante opprobrlo ao Estailo de S. Paulo, tão or-pilliosò de ser o primeiro da Federaçlo, é o mesmo — conforme ainda ba dias se estranhava e com toda a raíSo — que quer impar ao Urasil o futuro presidente ila Republica. E é justamente o chefe ria camarilha que governa esse governo, o tr. Bernárdino de Campos, o presidente de mie estamos ameaçados,

Gil Vidal

—a.-a.-.N "

íopicos j_ Noticias

d TE/tlPO

r ii\x, fneotierto pela manhã, clareou A tarde, , ri encher-se rie nuvens negras, pouco

tf 0'S.

. ovau, fora da cidade, e coploaanwnte. i.vima, :S>6.

—a, -a, -a. -a.

HOJE

Está rie dia á repartição central de Policia o dr. 3" delegado auxiliar:

MISSAS Rezam se as seguintes: por alma do major Aiciiuai 1m.ni/, I.AiiAiiiJi;, lis 9 horas, na matriz rio Engenho Novo, de d. Joa.uina Rodiuc.uf.s ni". Paiva Rio, ás 9 lioras, na egreja ria S. Fran* cisco rie Paula.

A' NOITE : .*.. JOSt".—A Capital Federal.

CARLOS GOMES.-O sub-prefeito de Chateuu Buzárd.

CASINO,—Novas estréas.

Apezar de estar terminado o estado de sitio, c de se ter declarado restabelecidas as garantias coustitucionaes, continua tu-cóinmunicavel a bordo do couraçado Dcodoro o dr, Lauro Sodi_.

E depois venham dizer-uos que esta-moa em um regimen de liberdade e sob um governo respeitador de leis e dos di-reitos do cidadão I

Nunca se viu tanta mentira e

hypo-crisia •

Lira para todo o preço

Orande liquidação ria antiga Livraria Um* bnerta, t5, rua do Carmo, 45.

Recebemos hontem a visita do illustre dr. Vicente do Souza, quo acaba do ser impronunciado no processo dos indicia-dos civis nos acontecimentos de 14 de no-vembro.

JULIO tatlorea e exporturioreei S. Pedro 86,D'ALMEIDA & C„ rirogulstas, Impor* PORTO DE PERNAMBUCO _*>_i 0 tclegriiuima do ./ornai do Commercio, noticiando quo o ¦ CréusoW, o Importante esta-lieleelmento industrial da França, se propõe a construir o porto de Pernambuco, medeanle uma concessão do governo brasileiro, revela mais um rios planos cto sr. Lauro Muller, quu cila a cila se mostra com vocação mais decisiva para... grilo i/ih/iíc russo.

O porto rio Pernambuco tcchnleamonto fa-lunrio, . o mais íaeil rie melhorar. Destruída a pedra Ja Tartaruga, elevado o recife submerso a altura conveniente e um pouco iilteario o que já existe á dor iTngua, terá n Veneza amo-ricima um porto facilmente aecessivel o tão abrigado como o rio llio rio Janeiro.

Mus, aos plunos coliiçosos do ar. Muller não convém facilidades, e incoiinnoriario com a po-liticiigem do infeliz Kstado, entrega a um sr. Ceclllano Mamede, engenheiro das águas do Recife, planos e documentos existentes na se* crelaria, c o tal sr. Mainedo, conllante na oii* garclilã que domina Pernambuco e nas libera-Iklades do sr. Lauro Muller, li.untlaiin Europa, do porta em porta, oITereeenrio a negociata.

O resultado ó que o . ( rousot-, para uma construcçao que outros tôm ha muito estudaria e se propõem u fazer com monos exigências, est.i querendo positivas garantias que o ros-guardem rias leviandades e nonhuma seriedade rio governo brasileiro.

0 sr. Rodrigues Alves nada vi., rio nada sabe. O sr. Lauro Muller faz tudo quanto lhe suggere a ganância, som que o prosidente ria Repu-blioa llio tome coutas.

Por que, em toria essa embrulhada rio porlo do Pernambiico, o prosidonte da Republica não manda abrir concurrencia, em <iue bo apurem a Idoneidade o ns melhores vantagens onere-eldas pólos proponentes?

K' o que esperaríamos, si tia multo o con* tracto das obras rio porto do Ulo ilo Janeiro, sem concurrencia publica, e outras tramnil-bernlees, já não nos tivessem feito descrer rio moralidade rio governo do »r. Rodrigues Alvos.

Quem sabe si o sr. Lauro Muller, nas suas patifarias, não ó soclo rios pirralhos rio pa» lacloi

COLLEGIO abril.ABÍLIO - Matrículas até l- rio O dr. Cunha Vasconcellos recorreu hon-tom para o Supremo Tribunal Federal, por parto do seu constituinte, Arthur Ro-drigtios daSllva.do despacho rio juiz fede-rrtI ,ia _• vara dr. Tires e Albuquerque, que o pronunciou como incurso em crime cio conspiração.

nDUARDO ARAUJO S ... conimlssiirios ile Dcafei assucar o outros gêneros tio ptilz. Rua Municipal, -'-'• Rto rie 1,'Uieii'Q.

Todos os melhoramentos são incontos-tavelmciilo dó unindo utilidade, não só para as classes pobres como as ròmodia-das, Trata-se, nada mais, nada menos do alargamento da rua Uruguayana. o nesta eireuinslnncia os srs. Alineiria.Silva «C, proprietários da conhecida Casa America-nn, o_.abel.cl_- ã dita rua, 51 o 56, apro-vedando osta oceasião estão fazendo ven-das extraordinárias e por preços excopcio-nãos, para os quaes chamam a attenção «los nossos leitores.

. rF.suviO. marca visado, cigarros de papel V nmbreauo a fumo fraco, feitos á nino. com jlndisslma collecçáo oo phòtographlas colori-das Ultimo novidade.

Jornaes do modas do todas as quali-dados ; venda avulsa o assignaturas na livraria Lavignasse. rua do Carmo 45.

6 ministro da industria e viação ainda hontom nap compareceu A sua secretaria-Apôs a recepção do embaixador anien-cano, 0 dr. Lauro Muller, tomou o trem do Corcovado e dirigiu-se ã sua resideueia no Silvestre.

PERFÜMARIAS, U» llermanny* C _.«- Dias S5.

A entrega das credenciaes

Realizou-se hontem, a 11|3 du tarde, a cerimonia da entrega das credonciaes que acreditam mr. David Thompson no ca-ràcter de embaixador extraordinário e plenipotenciario da Republica dos Es-tados-Unidos da America do Norte, junto ao governo do Brasil.

Foram observadas todas as determina-ções do novo protocollo.

Pouco depois do meio-dia chegou ao Cattete o %'_• batalhão de infanteria, sob o commando do tenente-coronel Tito Es-cohar.

Esse batalhão, após as continências do estylo, estendeu om linha a direita do palácio.

Ha pouco e pouco foram chegando os secretários de estado o demais pessoas designadas para assistir a recepção;

Cerca de 1 hora dá tarde, o cie. Domicio da Gama, trajando a farda do i- secre-tario do legação, tomou logar em um landau ilo palácio quo, escoltado por um piquete rie 100 praças do i' regimento do cavallaria, sob o commando do capitão João Carituaria, dirigiu-se ao Hotel dos Estrangeiros, onde se acha, provisória-mente installado, mr. Thompson.

Com a mesma direcçao saiu do pala-cio um nutro landau, destinado aos secre-tarios da embaixada.

Ja passava de 1 hora da tarde quando o clarim, us ordens do conimanriaiito da guarda rio honra, dou signal de sentido.

Momentos após approximava-se o se-quito da embaixada.

Na frente, em um lamlau, vinham mr. Thompson e o dr. Domicio da Gama.

A' portinhola galopava o capitão Can-toaria.seguido do esquadrão sob seu com-mando.

Seguia-se o landau em quo ião mrs. Charles, M. Ríçhardsòn e P. Pittman, -se-cretarios da embaixada.

A' passagem do lamlau do embaixador o batalhão abriu üleiras e prestou as con-tinencias devidas, tocando, nesse acto, a banda o hymno americano.

Penetrando em palácio, mr. David Thompson foi recebido no patamar da es-caria principal pelo ajudante do ordens do presidente ria Republica, 1: tenente Pessoa de Barros.

No topo da escada aguardavam s ex. o chefe da casa militar, general Souza Aguiar, stib-chofe capitão tenento Santos Porto o ajudante do ordens, capitão Oii-veira Lyriô.

Mr, Thompson o sous secretários foram então introduzidos no salão andarollo.

O tenento Pessoa do Barros [oi, nessa oceasião communica. ao prosidonte ria Rc-publica a chegada do embaixador ameri-cano.

Momentos depois, isto ó, á 11/2 da tar-do, hora designada previamente para a realização dá coremonia. o ministro das relações exteriores, barão do Rio liranco, ilirigiu-secom o secretario do governo, dr. Rodrigues Alvos Filho o sou secretario coronel Pecegueiro rio Amaral, paru o sn-lão amarcllo o após os cumprimentos do rigor, convidou mr. Thompson o sous so-cretarios a aoompanhal-o ao salão nobre. Ali so achava o presidente ria Republi-ca, a cuja esquerda so foi collocar o ba-rão do ltio liranco, estando em seguida a s. ex.os ministros rio interior, da fazenda, da guorra, da industria o da viação, o cho-t'e do estado-maior do exercito, general Rodrigues Salles, o ajudanto general ria Armaria altni.anto Proença, o secretario do governo, o ehofo, sub-chofe o demais ofliciaes da Cnsa Militar e os secretários do ministro do exterior. •

Era frente via-se o estado-maior rio mi-nistro da guerra o junto os ajudantes do ordens do general Salles e almirante Proença.

Em meio do salão o embaixador amo-rícáno ..elevo-se o leu o discurso quo a seguir publicamos.

Finda a leitura foz entrega ria carta au-tògrapliá do presidente Roosovolt que o acredita do caracter rie embaixador.

Em seguiria o prcsidenlo da Republica leu o discurso que lambem publicamos; depois do ([lio, adoanlando-so pura mr. Thompson estendeu-lho a mão, quo o embaixador americano apertou of.usiva-mente.

Cerca do dois minutos conversaram ss. oxas. depois do quo mr. Tliompsoii apresentou seus secretários.

Por sua vez u ministro das relações ox-teriores apresentou o embaixador ameri-cano aos ministros do Estado, aos chefes rio estado-maior rio Exercito c ajudante general ria Armada.

Findas as apresentações os seiytirios do giiviTiio o do ministro do exterior o to-nente Possoa do Barros, acompanharam 6 embaixador, dc novo, ao salão aniarello, findo so despediram rie s. cx.

Dahi «ao topo da escada foi S. cx. acom-panhado pela casa Militar.

Com as mesmas formalidades com quo entrara, rotlrou-so o embaixador

ameri-cano. , -, ,

A' sabida foram-lhe feitas, pelo 24- ba-talhão do Infanteria. as continências de-vidas, tocando de novo a banda marcial 0 hymno americano.

— 0 minislro ria marinha deixou rie comparecer per doente.

—Aos populares que cm escasso numero, seja ililo do passagem, afiluirain ã frente do nalaclo.attraídOB pela presença ali do um batalhão em l- uniformo o pela mnsi-ca ãs pess«ias que na sala do espera aguar* liavam a hora da audiência do presidente e aos representantes ria imprensa, rha-mou a attenção a originalidade ria toilettc do '-2' secretario ria embaixaria mr. 1. Pittman que estando rigorosamente vos-tido rie casaca, preferiu trazer ã cabeça, etn vez do um elaque, como o embaixa» dor o o l* secretario, um vuli.ari-.simo chapéo de palha dc abas direitas e larga titã azul ferreto. ,

A excentricidade do secretario lanm forneceu ensejo a alguns coninientarios, todos ellcs perfeitamente innocentcs.

A firmeza do mio com que foi aqui re-primitlo o recento attentado contra as liber-dades publicas e o facto de eslar o Urasil em paz com todos os seus visinhos, são mo-livos do granrie prazer para o meu presi-dento, cuja esperança & qua essa feliz situa-ção se manteuha e que a paz o a prosperi-dade reinem sempre dentro-das fronteiras desta esplendida terra.

Nesta oceasião, permitta v. ex. que de novo eu lhe apresente as seguranças da minha particular consideração e respeito e do prazer que pessoalmente knlio em ser o primeiro embaixador acreilitado junto ao governo do Brasil; o peço taiuhem licença para manifestar a minha profunda satisía-çao pelo conhecimento que tonlio rio v, ex., Si", presidente, rios chefes da sua aJminis-tração e do povo brasileiro em geral. Onrie qiler que de fuluro o destino tne colloquc, um rios meus mais ardentes desejos seiã sempre pela grandeza deste paiz e doste povo hospitaleiro.»

O sr.presidento da Republica respondeu: ..Sr. Einhaixailiir. Recebo com ò mais vivo prazer a Carta pela qual o presidente dos Estudos Unidos da America vos acredita na qualidade de Embaixador Extraordinário a Plenipotenciario junto ao governo rios t-s-tados Unirios rio Urasil.

O accòrrio a qua com tanta solicitude c presteza chegaram os dois governos, resol vendo elevar siiuuUaiieniiiont-i a embaixa-rias as suas antigas legaçõos no Rio rie Ja neiro e em Washington, é, como muito bem ilizeis, mais uma prova rie mutuo apreçoe conflançu, assim como uma nova alflrmaçãO da amlsade; que jamais ihlerrsmpida desde a nossa inriepetnlencia subsisle felizmente entro os dois povos,

Posso assegnrar-vo-i, interpretando fiel* mente o sentir unanime dos meus concida-riãos e a política tradicional rio governo bra-Rileirn, que ha rie ser sempre propósito rio Urasil cultivar osmernriamente, como o tem feito ató aqui, essa amisario tão preciosa para ello e do que, por sua parte, os Estados Unidos da America lhe tem ria.io provas eni mais do uma circumstancia delicada. Si, como -lembraes, a resolução ha pouco to-m da foi acolhida coto-m intenso regosijo ».m vosso grande piiz. certo ó também que pu* deste testemunhar não haver 611a produzido menor content unanto e applauso em toria a extensão rios Estados Unidos rio Brasil.

A„rnrieço mui corilialmento os conceitos obsôquiosos com que, em nome rio vosso presidente, vos referistos aos progressos rtosto paiz, A nação brasileira o aos homens qm» t6m tido parte no seu governo. A boa impressão que ao vosso presidente causa a firmeza mais uma vez provaria rias nossas Instituições liberaes, n prazer que sento ao ver que o Bnsil continua a gosar dos beno* (leios ria paz o os votos ile prosperidade que em seu nome acalmes ri.- exprimir, são no-vás demonstrações do esclarecido e cari-nhoso interesse que lll- inspiram, por ognal, osta o as demais nações rio nosso continen-to. Também o governo brasileiro, deseja, ião sinceramente como o rios bstadps Uni-rins ria America, que torias prognilam em riqueza e poder, cnrresponilendn as espe-ranças rios que eonh-cein os recursos na-turnos rio quo ellas dispõem. Para isso bas larã que- por uma nobre emulação, pra-curem torias competir cmn o vosso mlmira* vel novo no amor A ordem e A liberdade; no respeito A lei, no espirito rio iniciativa e no arriiir com que sabe entregar-se ás obras fecunil is ila paz.

Procedendo assim, entrarão ellns em con-ticto mais freqüonte umas com as outras pelo desenvolvimento rias suas industrias .« rio seu commercio ; apertarão caria dia mais os laços rie e.nnfraterniriariu quo as (levem unir num pensamento rio concórdia o rie coininiini progresso ; farão que n America Latina cresça na estima rio mundo e torna-rilo mais intimas o importantes as suas re-iáêões rie amlsndó o commercio com a nossa granrie irmã do Norte o com ft Europa. fl-onde procede toria a nossa civilisnção.

Muilo gruta mo foi u escolha ria vossa possua para primeiro embaixador dos Es lidos Unidos riu Americn,nn Brasil. O vosso zolo o patriotismo o as sympathias que tenries por esio paiz mo asseguram corres pondereis plenamente á coiiuauçado gq-verno americ.no e aos nossos sentimentos rie amizade. Snndnhdo-vos agora, ao Iniciar ries a alta missão rie qno estaes tnoumblrio, afflrnio quu em mim u nos meus ministros eheontrareis o mais cordial apoio parao seu feliz desempenho, e peço manifesteis ao grande estadista que riu novo se acha a fronte ria vossa gloriosa Republica os votes que faço, como todos os brasileiros, pela sua ventura pessoal e pela constante prós uorlilado rio governo o rio povo dos Estados Unidos da America.»

0 ASSASSINATO D

ENERAL

TRAVASSOS

=5*

A sua prisão—A mentira do general Calado-As ambulâncias—A

conducção—Da rua da Passagem a Bciníica-0 tratamento do

ferimcnto-Opinião valiosa-A falia de mcdicamcntos--Uma

sessão importante—Na Academia Nacional de

Medi-cina—Protesto enérgico do dr. Daniel de Almeida

O general Sylveslre Travassos, logo que foi ferido no primeiro encontro com as forças da Brigada Policial, na noito de 14 de novembro, após os primeiros soecorros quo naquellas dramáticas emergências foi possivel dispensav-lhe, foi transportado para a casa do seu genro, o tenente dc in-fanteria Osório da Cunha Telles, á rua dá Passagem.

Foi ali que, pela volta do meio dia de 15 de novembro, appareceu o general Fran-cisco dá Rocha Calado cuja missão era a de «trazer vivo ou morto o genoral Tra-vássos para o ministério da guerra» con-foniie a phraso feroz quo pouco depois pronunciou como para justificar-se da ne-grá tarefa que estava desempenhando.

Entrou o general Calado para a casa do tenento Cunha Telles, como utn cen-turião da guarda pretoríana de Tigellino e Claudiano faria si vivêssemos nas épocas deNero o Domiciano. Entrou ar-roganto e brutalmente, com a arrogância e brutalidade da cobardia assalariada.

—Bom dia; disse ao penetrar no quarto do general Travassos que so achava esten-elido numa cama

nem o senhor tem coragem para me amor-daçar. Meu pao não sabo daqui assim.

O genoral Calado : —Previno á senhora quo as armas dos meus soldados estão embaladas.

A sra. Travassos Telles: —Quo co-barde I Pois que venham o façam fogo. O senhor ha do morrer aqui.

Infelizmente o desfecho dessa scena quo humilha a raça humana mas ao mesmo tempo a eleva pela delicada poesia rio amor filial, é conhecido: o general Travassos foi levado num carro rio praça, numa viagem quo durou cerca do seis lioras, da rua da Passagem para o Hospl-tal Militar, em Bemtica.

Essa travessia, todos sabem, não foi um transporto, de um doente. Foi a tor-tura de uni forte. Foi um assassinio legal e quem o conimetteu. fria, estúpida, bar-banimento foi um general do Exercito brasileiro 1

A repulsão infinita quo osso sr. Cala-do inspirou à sra. Travassos Tolles, li lha, irmã e esposa dc ofliciaes do exercito, foi tamanha, quo quando appareceram na aiite-camaru

mlliill''>'ímWt?miiit»'r-' ""*" 1 ...v".-'". ,»»i,,,!'11 IBÍrffli

General Sylvestiik Travassos

EDUARDO café, assucar e ouiros _enARAUJO »*4 Ci Municipal, -.'. Hio do Janeiro.

commlssarlos do eros do paiz. Itua

Foi autorisailo o despacho livro do di-reitos para os materiaes importados pela Soclètó Anonymo de Mines do Manga* niso do Üuro Preto.

HONTEM

ttíAo <l*?ral rios Tílegr*|;ho» recobeu «Ia de i»:i«i*sW dbra. i.<w i« pt-ve-,'o irafe*- mutuo eom a «ta e©U-tja da !:ea AtçeaUM.

m rí-giitadaí I apoitc<* do en*.f r«ti:n_ no d« Tí..".

aro aa .*. 'icxx ri« Aniortliaç-io «nvlou ao Th-Spui i' "•.! a «lu-nil.. ie «SS.m»*W pr-avíniír. 6* ¦'• vertais remeísa» Pitai v<l*e ileiègaca

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imp__tiUi'<M tftttt-*. Nac.or.ae*. tnttou ni«t<Hie_ eom a (jumU* çte 4- s_*t r*la-«r-iota quiru:«_»l « qu* * awsaaa «ni t uo a-ORir-no a»ti<t«ado oo viittouro

C-.MHIO Cart» *t*tl*l Vtete* «• --T» teite iee.lt.*- lí -S*:** • Part» «-a. . ll--r._ur_t_ H» lí*;»,.., ,_»«*..a -» PertufaJ,... «*-à .UU 11J.» __: *j_r 3W

O dr. Alfredo Hrilto, director da Facul-dade de Medicina da Bahia .dirigiu hontem um telegramma ao presidente da Rèpn» blica, agradecendo a S. ex. a promptidão com quo mandou reconstruir o cdiBclo da Faculdade, ha pouco destruído em parte por um pavoroso incêndio.

SAUiTARiS. a ¦...¦..'-.¦-i- a»ua rie mesa. IDEAL. -"SU ?*t> n"r',:1 VM,!o ° n'c'!i0r e°' I^tseai uvros para cigarro».

0 sr. Alberto Gonçalves de Assis Tfci-xeira, entregou hontem ao presidente da Republica uma carta firmada pelo go-veruador do Estado do Paraná, dr. Vi-ccnt-i Machado, acompanhada de uma custosa medalha de ouro commemorativa do cincoenteuario da fundação daquelle Esta»Ío, onde se via os seguintes diferes, do um lado, cm torno: Param—Meio etn-frita, io -Exposição Estadual.

Ao cetlt-.'', as clfigics d. primeiro pre-sidente da entüo província do Paraná, con-oíheiro ZacSianas de Qdks c Vascon-cellos, e junio, ado governador ao tcniíxi em que M (et a comiuemora-çào, o dr. Xa» vier da Silva. Por baiio as «guintes

da-usVüKÒ-.íwa

, it

.-Ka outra face da medalha lia-s. cm (0rn<v; —Soeitxiade Estadual dt Agram!-lursu-ü Paraná— Curituea.

Ao centro i—Medalha Cemmdmsralte* Ha Imlciiaçào da PreeiMíi- do

Paraná-f S de ikwmèrv.

Eis na integra os discursos trocados cm palácio:

0 do embaixador americano :

•Sr. presiriente.-Tenho a honra de apre-aantar a v. cv. a Carta pela qual o presi-.lente des Kstados Unidos da America me acrcriiu na qualidade «ie embaixador estra* ordinário e plenipi-itenciarlo junto ao go» verno dos Estados Unidos do Brasil.

Kstou incumbido pelo presidente de transmiti» a v. ex. a e~pres*.ão dos seus melhores desejos pela feiicidade v. ex. e do seu .ovaino epeia ptosperídade do povo

brasileiro. . , .

A mutua confiança e boa vontade dos dois cevemos maa'«{«5tou»:*e de novo na re solução per ambas tomida de clívarem as su»« TttpeU v.»s legarfes em Washincion è no Rto d. aisneira A eatefrorla do eniwi-xadas A amlsade qua de longa daía txnit entre os deis pines r.c.be- a_sim uma nova coo.»jrrá«__o. I'oí»o segurar à v._e.t. nu* o íacto . mui*.» ígradiv,*,! ao m«n go» vítua e Modai-a nm séalinieirto dí inl.asa -__küa^£__o ea lei* » es.tiisl_ do meu raia, onde *í conhece i snrand*_a ia Braiil, a tj-ib.-ii.ud» do* s«u« eatâttistas » a t*ts_j..U-h.íidaíf» da seu esvs-mo a onde t__e_ no» dí»*íiioü* t«r ctdi dia eatntitar-s» mil» a âi-iSid* *ntre as dais R.pa_li._s irmÂs. O _B«a g_v*r_fl obf-íTa cosi ptarer o j.rin«-l* tfwgrí-iso qu* ba vas ccadiçô** eôd» n.-vwiw* deste pait. * P«ví qa* cs milhe-raataiei *ai ueca«iá « fia project»*. hio rt« ir«»rcon5Íd»rav*n M.i*Be»os ac Bra*u. O* *l«is*r,t.s dt brilbant* tutum qs* o Br*-«il p«*sn* >íj ili»»»-*» lUato-ioa t o ti*.-*}.*-ia mtu pr«íid*_U é qua o *M_e .xis ft nha g. .ar de tcd.S e» fratíe- da saa na!-_r_l gri&d.ia.

CHAPELARIA MOTTA-Gonç. Dias, 63.

O dr. Vlcoilíe de Souza reside, têmpora* riamonte. no Hotel Almeida, antigo Car son's Hotel, ã rua do Cattete n. 15Í..

Recordam-se daqaelle celebre fiack de pingos e respiiif.os cora que o Hcredia appareceu, ba tempos, naruailo Ouvidor'.' I>ois o homem, depois cie o haver abando-nario a ponto rie constar que o vendera a resto de barato ao collega Ângelo Netto, liontem surgiu mettido nelle, crecto c gar* boso a attrair os olhares curiosos do mun-danismo elegante.

E'que o Hercilia d fino...

Durante o sitio, nada de frack marca Pingos e Respingos ; poderia parecer sus-peito ao governo.

*

Este pedacinho è da A Solida de

hon-tem . . o/

.«Hoje 16 dc março, completaria feo an-nos rie edade, se fosse vivo. o visconde rio Rio Branco, nascido na Bahia em 1819 c fallecido nesta cidade em 1- de novembro dc ISSO.ii

A rosca collega nSo se deve esquecer, com esta sua tSo louvável ambiçlo de bem informar o publico,que no riia primeiro rie abril, si fosse vivo, festejaria o seu mi-lesinto primeiro anniversario o bisavó do nosso pranteado collega de imprensa Calino Accacio dc Li P-li.sc.

*

* *

AGORA

Vae agora 0 Correto rondo em prato. Limpos t-.cia a tristíssima eropéa Km que diversos typos caricatos. As delicias «/.eram ria piatéa. O AUulptio. o Seabra, o Mello Mattos, Os do ConRres-o herôes cie Verbhorrei Todos entram na historia desse» facto» Dando brliho á puitnssima 0_}*5.s_a. E' tempo d* avançar, da lança cm titte. Neste «imenso pessoal de acovardados Que a um «i_ip.es iiparote nio reitste i E preciso d«er «ra altos brados Que íl o Caiado fei ligara triste llcir-e niuito» moüno» t catadas.

4

Dii tetegratuma, de Romi qae o sr, Fortis renunciou ao encargo de constituir miais-crio tm vista da» d..úcoldâd_s en-centradas.

O que o idegrisnsaa nio diz i que can-k_o pe.-i-_a ímpre-sSo esU prova de fr_-qatta dosr. Fort:».

*

* *

Fulano, que é do ten oito? Maícu te o pobre rapai Cosi saada-cs da eiiritrilho 1 S_ tn, Seabra, nio ue» 1

C jríe d ê. C.

soflrondo as mais cruciantes dores.

—Bom dia col-lega; respondeu o ..onerai', ravas-sos; e no seu ac-cento havia um tom do desprezo flagellador eme matou immecfia-tumonto nos lu-bios do general Calado a inten-ção irônica o zombeteira do seu sorriso alvar. —Então o quo foi isso ? — per-guntou o genoral Calado.

— ü quo foi ó

isto. O senhor vera prender-mo ã ordem rio governo. E . natural. Pois, si eu sou um vencido...

A' cabeceira, o cm redor do leito do bravo general Travassos, estavam sou lilho, o.oncnto Jtiliano Nunes Travassos, seu genro, o tenento Osório da Cunha Telles, a esposa deste, d. Elvira Travas-sos ria Cunha Telles o o pharmaceuticp Plácido Soares quo foi do uma dedicação

extraordinária naquelie transo affl._c.tivq.

Estamos auetorisados a allirmar quo são Inteiramente falsas as declarações quo nossa hora o general Calado garantiu, sob sua palavra do honra, ter ouvido do general Travassos o quo serviram, com outros documentos de egual authonticida-rio, para o frágil edifício «Ia aceusação or-ganlsjadà pelo conselho do quo foi presi-dento o velho o alquebradò marechal Gomes Pimentel.

O general Calado mentiu no seu de-poimento. A's suas declaraçõcsinteressci-ras c pagas opporemos as dc senhodeclaraçõcsinteressci-ras virtuosas o dignas si o pobre velho que d-Shorirn a farda do genoral do exercito tiver ainda a petulância do surgir a con-testara nossa nflirmai.ão.

Não queremos enxovalhar as nossas co» lumnas reproduzindo - mesmo para anni-qullal-as -as declarações dò sr. Calado.

O quo so passou ao meio dia de 15 do novembro dc 190., em casa do tenento Cunha Telles, foi o quo narrámos c o quo so segue:

A' insistência do genoral Calado para quo dissesse quaes os motivos quo o lo-varam a colíocar-so na posição quo assu-min contra o poder constituído, o gene-ral Travassos limitou-se a responder:-não sublevei ninguém. Estava na Escola Militar. A mocidade acclamou-ine. Subi no meu cavallo o marchei ã frento dos rapazes. Disso lhes: apenas: «Vamos para vencer ou morrer.»

Podemos garantir, escudados nas pro-vas mais irrefragaveis, que nas poucas palavras que acabamos de reproduzir so cifrou toria a conversação entro o genoral I Travassos o o genoral Calario (ató mette nojo chamar com o mesmo titulo um ho-róo e um higorrilha). 0 sr. Francisco da Rocha Calado, actual commandanto do 2» districto militar om Pernambuco, no seu depoimento, declarou ter ouvido ria bocea rio genoral Travassos quo já o não podia desmentir (situação sliakspcaroan.i esta dum carrasco valendo como testo* iiiiinha contra a sua victima !) uma quan-liriaile de coisas, nomes,circ_.mstanc.as do hora c do sitio, a que o general Travassos não fez a mais levo, a mais longínqua refe-roncia.

Trabalho da entorpecida imaginação desse velho i cata do eommiss.es reniu-neradas I

Quo autoridade tinha o sr. Calado, p:,ra interrogar o general Travassos / Basta lembrar a situação reciproca dos dois para comnrchóndér que nem Sylves-tre Travassos desceria da sua dignidade briosa rio soldado valente e patriota para responder ãs tolas o deslocadas pergun* tis rio um Francisco Calado, nem o sr. Calario teria a afoiteza de perguntar an genoral Travassos o quo os seus man-dantes não lhe ordenaram perguntar.

A prova do quo estamos asseverando c.iá ahi no desaobrar das scenas em casa rio tenente Cunha Telles.

O general Calado disso logo ao entrar que tinha ordem de levar ao Hospital Miliiar o general Travassos. A lilha deste, «I. Elvira da Cunha Telles, mostrou uue o eslado de seu pae, gravemente ferido numa perna, solírenJo horrorosamente, ainda niio operado.com febre do 10 graus, constantes não permittia quo elle fosse transferido para outro logar. — E de que modo, perguntava a invicta senhora, vae o senhor fazer o transporto de meu pae .' O general Calado respondeu que em pa* iliola e que jã (atavam dadas 33 ordens a respeito.

Ahi, o sr. Calado penetrou no quar-to do general Travassos c, antes de tro-carem o dialogo que acima referimos, como que respondendo â senhora Toiícs, osr. Calado in-u-tia :—Vae como fôr.

E o genoral Travassos, passando nor-vosamente a mão pelos braços, replicou : —Irei se fôr possivel. Arrastado mesmo, mais irei.

Chocou o primeiro carro de ambui-n-cia. Era curta demais para o corpo do ge-neral Travassos. Ali era impo.sivel tran* si orta!-o. Vieram mais «paatro amb-ian-cias, caria qual mais imprestável.

Ape-wr disso, o sr. Calado qneria levar á forca o general Travassos numa d_-*_~ nadiolai e um soldado chtg«3u a «liiar que «puxanán «ni pouco caberia*, mas a filha do «neral Travassos, a esposa do ieneo* te Cunha T-Ues> uma mulher ie caracter varonil, do nma energia ao mesmo tem-po miscula e doce, se opp«_i tena_mcnle, ioraií»av-!m.nte.

O general Calado: -Ua de ir de fjaal-qner modo!

A sra- Travassos Telies: — M__ p__-__. ferido- Meu irmio c meu m_ri«í«. estão

do quarto onrie jazia o general Travassos para transportal-o ai-gum soldado cila bramiu :

Não admitto quo soldados dum exercito de trahidores car-reguem com meu pae.

E o general Travassos f o i carregado rio quarto para o carro por pessoas dn liiiuiiia, pelo phurmacoutieo Plácido Soares, pelo sr. Ângelo Còccla, italiano, amigo da família o por Eduardo de tal. O distineto cirurgião do exercito dí, Forreira do Amaral, contrariaiiissinio, declarou sentir-se envergonhado perante a scoiiii Indibrianto quo so desdobrava a seus olhos.

O genoral Calado recebeu o premio do sou procedimento criminoso: estã hoje comhiantlahdo o districto militar que tem a sua série na nobre terra pernambucana onrie Sylvestro Travassos honrou as glo* riosas tradições do exercito brasileiro I

Nós sabemos pelas declarações ilo sr. presidente dã Republica que «havia desin lelligcneia entro o seu ministro dn guerra e o commandanto occnsional da Escola

Militar».

O sr. Argollo quo não foi precisamente uni heróo em Joinville e no Rio Negro contra os fcdcralistas, quo não appareceu na noito da Armação, quo fez carreira :í custa do curvaturas, aproveitou o ensejo para vingar-se do seu inimigo que Iho era tão superior em tudo.

Mas quo dizer do presidenta da Repu-blica que, sabendo dos ódios do sou mi-nistro pelo general vencido, deixou este ultimo ã merco e ã sanha do marechal Argollo o a fraqueza moral do general Caiado I

Assassinado, como o iluqtio d'Enghieii, o genoral Sylvestro Travassos ó nosta hora o symbolo roivindicador das glorias rio uma corporação por tantos titulos illustro.

O quo se poderia pensar da alta ofli-ciuli.Ja.tlc do nosso exercito si o general Calado, conimanrianto do um districto militar, ó ossa creatura pequenina...

A gloriosa pátria rie Frei Caneca o Pedro Ivo não pôde admittir qno passeio inipíi* nemente pelas ruas soberbas, pelas pontos estupendas dc Pernambuco, o general Calado.

Obriguo-o a embarcar no cies da Lin-gueta.

Faltas Imperdoáveis

As noticias que desde logo so espalha-ram do modo pouco attcncloso, ou me-llior, (lcshiuiianamento criminoso,porquo fora tratado o genoral Travassos, depois rio arrastado da casa do sua residência, levaram-nos a ouvir a opinião do alguns rios nossos mais reputados cirurgiões, dentro os quaes so dosliiigtlú a de notável profissional, cujo nomo brilha hojo cm meio de extraordinárias victorias con* qulstadas no campo da sciencia.

A dolorissima viagem do cario, na ma-nh_ do 15 ile novembro, após o ferimento gravo ; a falta de recursos no Hospital Contrai rio Exercito, ondo não appareceu o champagne gelado o não havia medica-montos reclamados pelo estado do enter-mo ; o facto de deitarem o general Tra-vassos numa cama cm quo ello nem podia abrir os braços o quo depois,partiu-se, de ordinária quo era; o interrogatório incon-sciente ria policia, quando o enfermo ur* riia em alta febre; foram todas circums landas que deixaram urna pungento im-pressão, sobretudo naquollcs acostuma-dos a admirar os homens pelo passado e pelos actos em vida praticados.

Dahi o nosso

i.ara o "hospital, quo é situado em Ilemfl-cn'. Não ó preciso ser formado Ora mediei» na para compreliohder o absurdo que isso representa era so tratando do um homem gravemente ferido,

RKPOiiTnn—Acha o doutor que ello devei ria sor conduzido em maça'.

CiutMUiiÃo — Kinhoru, por esse meio. fosso menor o choque, ainda assim não sa deveria fazer a transferencia. O quo o go-, verno podia fazer era conservai-o presa na própria casa etn que so achava ferido o nunca, por consideração alguma, tran-sfei'il-o para tão longe, cm carro, o pol caminhos do tal sorte difücois, quo í viagem durou mais do sois lioras.

I.i:.'ot.TEii — lios curativos demorararí muito tempo ?

Cihi-iu.ião—Sei quo so perderam quasj _'i horas sem quo nenhum cuidado cinn-*-gico fosse prestado ao ferido.

RÉPòiÍTEn -- O general Travassos, no estado em quo estava, podia soffrer o in-lerrogatorio riu policia, quo durou cerca rie 'i 1|. horas?

CinunòiXò*—Esse fado ó de tal natureza quo uão arimitte desculpas nem atteuiian-les do qualquer espécie. O enfermo aceusa* va mais do 10 graus rio febre na oceasião em quo foi interrogado, quan.Io, no mo-mento, o que so devia exigir delia era re-pouso absoluto.

REPoiwEn — Como devia sor encara»**' nhurio o tratamento *

CiWJROiXo — O primeiro cuidado a prestar devia ter siclo a abertura umphi ria articulação para fazer-so a perfeita an-tisepsiii do foco o rol irar os corpos es» Iranhos quo porventura pudessem ahi existir. Os ferimentos rias articulações são tanto ou mais graves que os do ventre o requerem cuidados sérios o grando anil-sepcia, o que pároco não ter havido visto a temperatura alta ter-se manifestado desdo o começo. Não vi também motivo para ser negada ao medico da familia, quo l'óra chamado por carta, ponnissã. para examinar o doente.

Reportei.—Os médicos militaros di-zem quo o general Travassos recusou sem-pro ser chloroformlsado para soffrer o necessário exame.

Cinimc.iÃo-Fssa desculpa nüo prova» leco porque, nosso caso, deviam elles Ia< vrar tini protesto e aconselhar o governo a ouvir qualquer medico ria eontiança da ferido.

Riípon'1'iiii—Mus esso alvitre foi tomado. CiiumuiÃo -Sim, foi tomado, quando o doente jã se acliava em plena seplicemin o em péssimas condições pura ser operário. Repou-EU— E subo o doutor qual foi a opinião rio dr. Chapot Próvost na coulc-reu cia'/

CinuitoiÃo — Pelas informaçõos quo tenho o quo julgo do fnnto sógurii, odr. Chapot Provosl declaruti, nn cohforonelo. logo depois do examinai' " enfermo, quo o estado ilcsto ora quasi desesperado!',visto o lideantamonto da Infccção.

Repórter — E' exaclo quo os medica-mentos necessários ao curativo não oxis--Haiti.

CiRURbiXo —Basta quo Iho diga isso: as injecções suhcutaiieas ou antes eiulo» venosas 'do soro physiologico deviam tei* sido feitas chi larga escala o tal não so deii porque semelhante medicamento nau

_ ,„u... ,,...,. ..,...._-

-i os ctl--ilos do choque tenham

pas-Intcrvicw

Na manhã seguinte ao enterramento do nobre e saudoso militar, sob a impressão daquella immcnaa saudado quo em todos os corações deixou o seu desapparecimcn* to, procurámos o distineto protissional a que nos referimos. Fomos recebidos no iu sutnpluoso gabinete dc trabalho; no próprio escriptorio onde dá consultas na cidade, A presença de varias pessoas na sala rio espera, não o impediu de nos ou-vir o do responder ãs nossas perguntas, num tora de melanchnlta quo bem expri-mia o seu granrie scutimento pelo que vi* nha rio acontecer.

Repir:rr.ri-Ha do nos perdoar, doutor, a interrupção, mas desejamos guardar as _píni-<es mats valiosas para piiblicarmo*. quando a suspensão do sítio consentir que sa diga a verdade sobre os acontecimen-tos de 1« do novembro e oi quo a estes se seguiram. Affirma-se por ahi que o geno-ral Travassos não foi devidamente trata» do. Desejo, ent_o,ouvir o dontor, que sshe o que se passou ep-.de,independente como è, manifestar-se dría-s-mmbradaitKnte.

CtiicaoíSo—Nâo ha mais a menor du-vida : a muita opinião franca c leal è que o occorrid'1 com o general Travassos é uma rcpr-j.iicçS. dique se passou com o ffpnenl Tei'.."*-, ferido durante a revolta de 1831 o -H» na ilha do íi^vcrnador.

Reiop.txr— Fcrara, então, ambos victi» mados por...

CiRLR.tlo — Por tuna se!sti,*emi3, re-sultanle nüo s da falta do.

11 ¦, 11

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lavia no Hospital o tiveram necossirintio demandar buscal-o no Laboratório Silva Araujo, na estação do Rocha.

l.i.|.oiii'i.n — O doutor acha quo :i ope-ração podia ser foita com rosullmlo logo apôs o Interrogatório .do . 1.2 horasV

CiuuiuiiÃo — Aqui o orro foi na pressa, quando osta deveria appureeer na ocea-sião opportiina. Foi uni novo choque, contrario, portanto,aos preceitos da cirur-gia, (pio mandara que so opero o doonto quando

sado.

Repórter — SI fossem outros os pro-çessos seguidos o general Travassos não toria morrido?

CmuROtAo—- SI os cuidados ontisop.il-cos tivessem sido empregados e.oiivenieii-.emento, si "ão extenuassem o doente com uma serio do choques que terminou com O interrogatório, o a operação livesso sirio (cita ha oceasião opnortuha, o general Travassos não teria sido vicllmado, poia não ó crível quo no século XX, rom cm progressos ria cirurgia moderna, so dolxo morrei' um doente ferido do bala om unia poma.

IÇslava concluiria a nossa missão. Agra-decômos o modo gentil porquo fomos re-cebidos o nos retirámos, trazendo nnlm.i ossa coiitiistailora convicção: o general Travassos liavia sírio assassinado.

Na Academia tle Medicina

' Nessa aggròihlação sclonlífka houve, para honra ria medicina brasileira, uma voz que so levantou para stygmntisnr o modo por quo foi tratado o Ilnado ml-luar.

Vamos dizer aos leitores o quo foi a sessão rio -."i de. novembro do 190.. Logo (lepnisde aberta, o rir. Costa Ferraz apre-sen lou uma moção do congratulações ao presidente da Republica por ler dominado a revolta.

O dr. Daniel do Almeida, pedindo a pa-lavra, disse, pouco mais ou monos, o bc-giiiiitc:

¦ Fra completamente insuspeito no vota contrario ã esta moção.

Heoolloso o bandido (looulr'orn, com. já foi taxado, cra legalista de hoje, nias, entendia quo naquella cisa, só riesUnada ás questões sciontificas, não devia rie fôrma alguma entrar a política que jj havia causado sérios desgostos.

Eslava ao lado rio governo, porém, f-'r» da Academia.

lira sabido dc todos que tinham sido oa antigos reBollosos e bandidas, como cm ouiros tempos foram ali classificados, os quo haviam defendi.lo a Nação con-tra os suppostos legalistas de então,porém, era de opinião quo semelhante moção não devia ser apresentada.

De uma vez para sempro se deviam acabar com as questões polilicas nos cen-Iros scieniilicos; sia revolta vencesse a moção seria cm favor do vencedor; em stirnma, a ser acceita a moção, o oradof julgava-se no direito «lo, como cirurgião, protestar contra o novo metliòdo de tràtat os feridos."

Ninguém mais pedindo a palavra foi approvada a moção, contra os v< tos rio. drs. Daniel «Ic Almeida o Afranh Peixoto. Em seguida pediu novamento a [.ala-vra o dr. Daniel de Almeida para apre-sentar um protesto que procurou justiti-car.

«No muiido estrangeiro, disse o Hlu-dra cirurgião, nò-s passam*.» por um povo do iV/.',iY-i«i * macacos; basta lornbríir o quo aconiceu na Republica Argentina, por cecasião da ultima viagem do Déodoro, em que o primeiro presente que a bordo so recebeu fui um cacho dc bananas.

No.mundo .científico, graças a.i uítl-'ti.-.,

acontecimentos, vamns pa**ar pof novo tle ignorantes e perverso.,

me vae apresentar um

proles-tini

E

to. polo qual so verá que entre nos a cl-rareia tis-.', está Ifio atraz. Ia. como so per»».., e todo-, não resara pela mesma cartilha:

St é ver-lade,

jornae», que uni general, gravement-rido na rua da Pa-wagem, foi trans

nforme publicaram a*

SUtianic «r,V. sv '-** »-»»«•» ¦>*¦-•**» <**«*-*¦"«-__«". .

cftnvenientes nws também do rotar-lamen- ¦ _. _.-¦ «:. .- I »m n*r"*a'w> ""'

lia f-f-auinte, em um carr.-ma para o Hospital Militar em Re [ viagem em qu. hora cra*taram tn-ií ¦ssa ".73, sti4 to da intervenção mçdíço-drorgfca.

Rspoirrra—H o «lontor renia que a tran ,

afereneta do general Travassos.da am it *•*««, por caminho, horror^,,

SímWcifi para o SS^tal Central,* «i* *».•*qm * am><^f⣣ Sncorrcu Umb4 para ,^de/enlacc fatal >

^^^"-^ ,^\1ÜSSri. CiT.vv.'itli- Certamente que sim, epo ",lir?v M Vl„7in,....„,,n.;n Í,,B lol derosamente. O general foi ievadV em! ¦*- * hora» e meia, intermgat-.,

lendo- Meu irmio c m.u mariíõ estão derosamente. O general fot levado,- tm «« * ""^» ¦"»J

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