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PARTE GERAL
Conceito de empresa
Conceito de empresário
Empresário X Autônomo
Art. 170, da CF.
A ordem econômica, fundada na valorização do
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da justiça social [...]
A LIBERDADE ECONOMICA É PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL
A empresa é a organização de meios materiais e imateriais,
incluindo pessoas e procedimentos, para consecução de
determinado objeto, com a finalidade de obter vantagens
econômicas apropriáveis: o lucro que remunera aqueles que
investiram na formação do capital empresarial.
É a atividade econômica organizada.
CONCEITOS BÁSICOS
EMPRESÁRIO EMPRESA
O empresário/sociedade empresária o agente dessa atividade, seja esta uma pessoa natural ou jurídica
Art. 966, do Código Civil.
Considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único.
Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística,
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa.
A organização e a profissionalização da empresa em função da
atividade econômica é que irão distinguir o empresário/sociedade
empresária do profissional autônomo ou sociedade simples.
O empresário vale-se de uma organização, que pode ser grande ou pequena, mas que compreenderá a articulação do trabalho alheio e de meios materiais.
O autônomo opera sozinho, pessoalmente, por vezes com a colaboração de alguns auxiliares.
Art. 154 da Lei 6404/76.
O administrador deve exercer as
atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e
no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem
público e da função social da empresa.
A EMPRESA EXERCE FUNÇÃO SOCIAL
DICA DE OURO:
quando falar em função
social = EMPRESA e não autônomo.
SOCIETÁRIO
Quem pode celebrar contrato de
sociedade
Conceito de PJ
Sociedade simples X sociedade
empresária
SUL X EIRELI
Sociedade Anônima
Operações societárias
Art. 981 do C.C.
Celebram contrato de sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços,
para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos
resultados.
Parágrafo único.
A atividade pode restringir-se à realização de um
ou mais negócios determinados.
A personalidade jurídica é a aptidão genérica para adquirir
direitos e contrair obrigações, ou seja, ela adquire seus próprios
direitos decorrentes da lei como um todo, não sendo separada ou
dividida proporcionalmente, em razão de obrigações, com seus
sócios.
E A PERSONALIDADE JURÍDICA?
O empresário possuir CNPJ é diferente de possuir PERSONALIDADE JURÍDICA!
LEMBRE-SE
O CNPJ é apenas um cadastro fiscal do Ministério da Fazenda.
Ou seja, um empresário individual possuir um CNPJ não o faz ter personalidade jurídica, ele continua sendo pessoa física!
O que é o CNPJ?
Para a sociedade possuir PJ deve-se observar o artigo 985 do C.C
Art. 985 do C.C
A sociedade adquire personalidade jurídica com a
inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos
constitutivos (arts. 45 e 1.150).
O artigo 985 faz referência a sociedades, não referindo se simples ou empresárias, logo, possuir personalidade jurídica
NÃO é um diferencial entre sociedade empresária e sociedade simples, o que as difere as duas é a atividade constituir elemento de empresa!
Sociedades simples e empresariais possuem Personalidade Jurídica.
TIPO SOCIETÁRIO LEGISLAÇÃO PERFONIFICAÇÃO Sociedade Limitada Artigo 1.052 - 1.087 do CC PERSONIFICADA Sociedade Anônima Artigo 1.088 - 1.089 do CC
e Lei 6.404/76 PERSONIFICADA Sociedade em Nome
Coletivo Artigo 1.039 - 1.044 do CC PERSONIFICADA Sociedade em
Comandita Simples Artigo 1.045 – 1.051 do CC PERSONIFICADA Sociedade em
Comandita por Ações Artigo 1.090– 1.092 do CC PERSONIFICADA Sociedade Simples Pura Artigo 997 – 1.038 do CC PERSONIFICADA
Cooperativa Artigo 1.093 - 1.096 do CC
TIPO SOCIETÁRIO LEGISLAÇÃO PERFONIFICAÇÃO Sociedade em comum Artigo 986 – 990 do CC NÃO PERSONIFICADA Sociedade em conta de
As sociedades empresárias são profissionalmente exercida, organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços e deve estar voltada ao lucro.
As sociedades simples são aquelas em que os sócios exercem as suas profissões (prestação do serviço tem natureza pessoal).
SOCIEDADE SIMPLES SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Art. 982 do C.C.
Salvo as exceções expressas,
considera-se empresária a sociedade que tem
por objeto o exercício de atividade própria de
empresário sujeito a registro (art. 967); e,
simples, as demais.
Sociedades Empresárias
REGRA GERAL
Esse registro deve
ser prévio ao início
do exercício da
atividade
Art. 966, do Código Civil.
Parágrafo único.
Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística,
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa.
QUAIS SEMPRE TERÃO NATUREZA EMPRESARIA?
SOCIEDADE ANÔNIMA
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
QUAIS SEMPRE TERÃO NATUREZA SIMPLES?
SOCIEDADE SIMPLES PURA
QUAIS DEPENDE A NATUREZA (EMPRESARIA OU SIMPLES)? SOCIEDADE LIMITADA
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
Anteriormente a legislação trazia uma única hipótese em que o
empresário poderia figurar sozinho em uma sociedade: a Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI).
Com advento da Lei da Liberdade econômica uma nova
modalidade de sociedade surgiu: Sociedade Unipessoal Limitada
(SUL).
EIRELI X SULPONTOS SEMELHANTES ENTRE:
EIRELI E SUL
Ambas são sociedades limitadas;
PRINCÍPAIS DIFERENÇAS:
A Sociedade Unipessoal Limitada
não
exige
um
valor
mínimo
a
ser
integralizado;
A
Sociedade
Limitada
Unipessoal
permite que você abra
mais de uma
empresa nesse formato;
A Sociedade Unipessoal Limitada
não
exige
que conste o tipo empresarial no
nome;
A EIRELI
exige
integralização de capital
não inferior a 100 (cem) vezes o maior
salário-mínimo vigente no País;
A EIRELI permite que o empresário
somente poderá figure em
uma única
empresa dessa modalidade;
A EIRELI
exige
que no nome conste a
expressão "EIRELI";
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa
titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
§1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas.
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social.
EIRELI SOCIEDADE UNIPESSOAL
Sociedade Anônima
Natureza capitalista/mercantil Essência empresarial
Capital social é dividido em ações- frações iguais
Limitação de responsabilidade dos acionistas
Identificação por denominação Alternativa de investimento
para o público
No Brasil, as sociedades anônimas são regidas pela
Lei 6.404/1976 (LSA).
CONCEITO
: “Sociedade anônima é pessoa jurídica de direito privado, de
natureza
mercantil
, em que o capital se divide em ações de livre negociabilidade,
limitando-se a responsabilidade dos subscritores ou acionistas ao preço de
emissão das ações por eles subscritas.” Carvalho de Mendonça ( 1997)
A participação do capital do sócio é mais importante do que as qualidades
pessoais dos sócios.
Prova disso é que o falecimento de sócio não obsta a entrada de herdeiro como
titular das ações. Ainda, as ações podem ser utilizadas para dar em garantia de
dívidas pessoais dos sócios.
O
objeto social
de uma S.A. deve ser lícito, possível e com fins
lucrativos, não se admitindo o exercício de atividades
filantrópicas
– conforme art. 2º da Lei 6.404/76.
0
Art. 36 da Lei 6.404/1976
: O estatuto da
companhia fechada
pode impor
limitações à circulação das ações nominativas, contanto que regule
minuciosamente tais limitações e não impeça a negociação, nem sujeite o
acionista ao arbítrio dos órgãos de administração da companhia ou da maioria
dos acionistas.
Parágrafo único
. A limitação à circulação criada por alteração estatutária somente
se aplicará às ações cujos titulares com ela expressamente concordarem,
mediante pedido de averbação no livro de "Registro de Ações Nominativas".
CAPITAL ABERTO
CAPITAL FECHADO
Sociedades Anônimas de
capital aberto
captam recursos de forma pública por
meio da venda de suas ações. Ou seja, os
títulos podem ser adquiridos de forma
livre por qualquer pessoa que deseja
comprar ou ser “proprietária” de uma
parte daquela empresa.
Por isso se diz que é uma sociedade de
capital e não de pessoas.
Sociedades
Anônimas
de
capital
fechado
capta recursos do seu quadro
de acionistas particular, sem ser aberto
ao público.
Nesse caso interessa quem será o
acionista, logo, se assemelha mais a
sociedade de pessoas e não de capital.
Art. 4º da Lei 6.404/1976.
Para os efeitos desta Lei, a companhia é
aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão
estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores
mobiliários.
COMO SABER SE É COMPANHIA ABERTA OU FECHADA?
Tem registro na CVM
Não tem registro na CVM
Capital
ABERTO
A CVM é uma
entidade autárquica federal
de natureza especial,
com qualidade de agência reguladora.
Art. 5º da Lei 6.385/1976
: “é instituída a Comissão de Valores
Mobiliários, entidade autárquica em regime especial, vinculada ao
Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio
próprios, dotada de autoridade administrativa independente,
ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade
de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária”.
A competência da CVM no controle e na fiscalização do mercado de capitais é
exercida, pode-se dizer, de
três diferentes formas
:
1. Regulamentar
2. Registraria (autorizante)
3. Fiscalizatória
•
uma vez que cabe à CVM estabelecer o
regramento geral relativo ao funcionamento do
mercado de capitais, expedindo atos normativos
para tanto;
•
uma vez que é a CVM que autoriza a constituição
de companhias abertas e a emissão e
negociação de seus valores mobiliários;
•
uma vez que a CVM deve zelar pela lisura das
operações realizadas no mercado de capitais,
podendo, para tanto aplicar sanções.
O MERCADO DE CAPITAIS PODE SER:
Primário
: operações de emissão e
subscrição
em
que
a
sociedade
anônima está colocando no mercado de
capitais um valor mobiliário novo, de
modo que há uma relação entre a
própria companhia e o investidor, que
pagará o preço de emissão.
Secundário
: operações de compra e
venda em que se negociam valores
mobiliários já existentes, de modo que
há uma relação entre o titular do valor
mobiliário e o seu novo “dono”, que
pagará o valor de mercado, o qual
oscilará conforme o momento pelo qual
passa a companhia.
O QUE É BOLSA DE VALORES?
Entidade Privada (associações ou sociedades) formadas por sociedades corretoras
Prestam serviço de interesse público por autorização da CVM.
QUAL A FINALIDADE DA BOLSA? É dinamizar as operações do mercado de capitais, ampliando o volume de negócios por meio da realização de pregão diário em que os agentes das diversas corretoras que a compõem, obedecendo às regras do mercado mobiliário, se encontram e mantém relações constantemente. Realizam operações do mercado de capitais secundário.
Toda e qualquer operação do mercado de capitais realizada fora da bolsa de valores (não há um local físico
específico). QUEM ATUA NESSE MERCADO?
Quem atua no mercado de balcão são as sociedades corretoras, instituições financeiras e agentes autônomos autorizados pela CVM.
No mercado de balcão se realizam operações tanto do mercado de capitais primário quanto do mercado de capitais secundário.
Significa dizer que ela se
constitui por ato
institucional ou estatutário
(estatuto social) e não por
um contrato!
Ausente a contratualidade,
a constituição da sociedade
anônima deve seguir uma
série de requisitos formais
previstos
na
legislação
acionária,
que
variam
conforme ela seja aberta ou
fechada.
Sociedade
anônima é
institucional!
Artigos 80 - 99 da Lei 6.404/1976 Artigos importantes para compreender a constituição da S/A fechada e aberta
CONTRATO
ESTATUTO
O Contrato Social é um negócio
plurilateral, celebrado por duas ou mais
pessoas
físicas
ou
jurídicas
para
constituição de uma sociedade com fins
lucrativos.
Lembrando que pode ser apenas uma
pessoa quando for SUL ou EIRELI.
O Estatuto Social se dá a partir de uma
assembleia
onde
os
participantes
discutem
quanto
algumas
particularidades que este mecanismo
deverá ter.
É possível ter sócios não contratantes
entre si, já que as empresas que o
documento
constitui
permitem
a
adesão de terceiros.
Artigos importantes para compreender a constituição da S/A fechada e aberta
ALGUNS REQUISITOS PARA CONSTITUIÇÃO DA S/A
Artigo 80 da LSA
: A constituição da companhia depende do cumprimento dos
seguintes requisitos preliminares:
I – subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se
divide o capital social fixado no estatuto;
Deve haver a pluralidade de sócios
não sendo permitida a criação de
sociedade anônima unipessoal
, com exceção da subsidiária integral.
Artigos importantes para compreender a constituição da S/A fechada e aberta
Artigo 80 da LSA
: A constituição da companhia depende do cumprimento dos
seguintes requisitos preliminares:
II – realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de
emissão das ações subscritas em dinheiro;
Exigência aplicável apenas aos caso de integralização em dinheiro e a prazo.
Ademais, há casos especiais em que se exige percentual maior (o
art. 27 da Lei
Artigos importantes para compreender a constituição da S/A fechada e aberta
Artigo 80 da LSA
: A constituição da companhia depende do cumprimento dos
seguintes requisitos preliminares:
III – depósito, no Banco do Brasil S/A, ou em outro estabelecimento bancário
autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado
em dinheiro.
UNDERWRITER
LEMBRE-SE DO UNDERWRITER
Empresa especializada em constituir uma S/A (underwriter)
Artigo 82 da LSA: A constituição de companhia por subscrição pública depende
do prévio registro da emissão na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição
somente poderá ser efetuada com a intermediação de instituição financeira.
Caberá a essa empresa colocar as ações junto aos investidores –
etapa seguinte – e também cuidar de uma série de documentos a serem apresentados à CVM, assinando-os.
vide artigo 80, §2º da LSA.
Caso a CVM aprove os documentos
apresentados,
com
ou
sem
modificações, ela deferirá o registro e
terá início a segunda etapa desse
procedimento
constitutivo
da
companhia
aberta,
por
meio
da
colocação
das
ações
junto
aos
investidores interessados, a fim de que
estes possam proceder à subscrição
delas.
UNDERWRITER
Deve captar recursos no mercado, atraindo investidores para o empreendimento a ser
desenvolvido pela companhia.
Colocadas as ações à disposição dos investidores interessados pela empresa underwriter, todo o capital social deve ser
Em se tratando de constituição de companhias fechadas, o procedimento é
bem mais simplificado,
uma vez que é realizado por meio de subscrição
particular, sem a captação de recursos junto a investidores no mercado de
capitais
.
Artigo 88 da LSA: [...] a constituição da companhia por subscrição particular do
capital pode fazer-se por deliberação dos subscritores em assembleia geral ou
por escritura pública, considerando-se fundadores todos os subscritores.
Podem as companhias fechadas
adotar duas modalidades de
constituição:
a realização de
assembleia dos
subscritores
§1º do art. 88
a lavratura de escritura
pública em cartório
§2º do art. 87
Podem as companhias fechadas
adotar duas modalidades de
constituição:
CAPITAL SOCIAL
O capital social é composto pelos aportes
realizados por sócios e acionistas e são
representados pela transferência de bens,
créditos ou dinheiro para a sociedade.
Não se confunde com patrimônio, uma vez
que o capital social representa um valor
formal e é, em tese, estático, enquanto o
patrimônio é real e dinâmico, modificando-se
com a situação das sociedades empresárias.
Não se confunde com patrimônio, uma vez
que o capital social representa um valor
formal e é, em tese, estático, enquanto o
patrimônio é real e dinâmico, modificando-se
com a situação das sociedades empresárias.
AÇÕES E VOTOS
A ação é o principal valor mobiliário que pode
ser emitido por uma companhia
. Com a
aquisição da ação alguém torna-se sócio, que
nas SA são chamados de acionistas. Para fins
legais, as ações são considerar bens móveis.
Ainda, as ações são classificadas quanto aos
direito conferidos aos acionistas.
ordinárias
preferenciais
fruição
No que diz respeito às ações, existem direitos que recaem sobre todas as ações: são
os chamados direitos essenciais. Tais direitos
não podem ser suprimidos nem no
estatuto e nem em assembleia
. São eles:
DIREITO PREVISÃO OBSERVAÇÃO
PREFERÊNCIA Art. 171 SEMPRE NA PROPORÇÃO DAS AÇÕES QUE POSSUEM. O DIREITO PODE SER CEDIDO. PRAZO NÃO INFERIOR A
30 DIAS EXCLUSÃO DIREITO DE
PREFERÊNCIA Art. 172 O ESTATUTO DA COMPANHIA ABERTA QUE CONTIVER AUTORIZAÇÃO PARA O AUMENTO DO CAPITAL PODE PREVER A EMISSÃO, SEM DIREITO DE PREFERÊNCIA PARA OS ANTIGOS ACIONISTAS, OU COM REDUÇÃO DO
PRAZO DE QUE TRATA O § 4 O DO ART. 171, DE AÇÕES E DEBÊNTURES CONVERSÍVEIS EM AÇÕES, OU BÔNUS DE
SUBSCRIÇÃO
Outros direitos, por sua vez, são não essenciais. É o caso do direito de voto. O
Art. 125
refere que "
os acionistas sem direito de voto podem comparecer à assembleia geral e
discutir a matéria submetida à deliberação
".
Conclui-se que em uma S.A o direito a
VOZ
é garantido a todos, mas, a
VOTO
(direito
de voto não é essencial na S.A) somente aos que podem exercê-lo em razão da
natureza das ações que possuem.
ordinárias
Cada ação ordinária corresponde a um voto!
O voto pode ser:
ABUSIVO: quando o é exercido com o fim de causar dano à companhia ou a outros acionistas, ou de obter, para si ou para outrem, vantagem a que não
faz jus e de que resulte, ou possa resultar, prejuízo para a companhia ou para outros acionistas (Art. 115).
CONFLITANTE: não poderá votar nas deliberações da assembleia-geral relativas ao laudo de avaliação de bens com que concorrer para a formação do capital
social e à aprovação de suas contas como administrador, nem em quaisquer outras que puderem beneficiá-lo de modo particular, ou em que tiver interesse conflitante com o da companhia
As denominadas operações societárias são mutações no tipo ou estrutura da sociedade empresária.
OS TIPOS DE OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS SÃO:
Vamos vê-las uma a uma!
O QUE SÃO OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS?
Transformação Incorporação Fusão
CONCEITO: na transformação a sociedade empresária passa de uma modalidade para outra. Ou seja, permanece a mesma Pessoa Jurídica, porém, submetida a novo regime adotado.
Art. 1.113 do C.C. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.
Se envolver Sociedade Anônima deve ser observada norma específica:
Art. 220 da LSA A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro.
Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado pela sociedade.
REQUISITOS: aprovação unânime (salvo cláusula contratual que autorize a transformação.
Art. 1.114 do C.C. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.
CREDORES: a transformação não modifica direitos de credores!
Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.
Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.
CONCEITO: operação onde uma sociedade, denominada incorporada, é absolvida por outra, denominada incorporadora.
CUIDADO: esse modelo de operação societária possui conteúdo:
INCORPORAÇÃO
CONSTITUTIVO DESCONSTITUTIVO
porque agrega o patrimônio de duas sociedades em uma só. porque ocorre a extinção da PJ incorporada e absorção de seu patrimônio.
Art. 1.116 do C.C. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos.
Se envolver Sociedade Anônima deve ser observada norma específica:
Art. 227 da LSA A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações [...].
Art. 1.117 do C.C. A deliberação dos sócios da sociedade incorporada deverá aprovar as bases da operação e o projeto de reforma do ato constitutivo.
§ 1º A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento desse ato, e, se o aprovar, autorizará os administradores a praticar o necessário à incorporação, inclusive a subscrição em bens pelo valor da diferença que se verificar entre o ativo e o passivo.
§ 2º A deliberação dos sócios da sociedade incorporadora compreenderá a nomeação dos peritos para a avaliação do patrimônio líquido da sociedade, que tenha de ser incorporada.
Art. 1.118 do C.C. Aprovados os atos da incorporação, a incorporadora declarará extinta a incorporada, e promoverá a respectiva averbação no registro próprio.
CONCEITO: união de duas ou mais sociedades para formar uma sociedade totalmente nova!
CUIDADO: esse modelo de operação societária possui conteúdo:
FUSÃO
CONSTITUTIVO
DESCONSTITUTIVO
porque surge uma nova sociedade.
Art. 1.119 do C.C. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
Se envolver Sociedade Anônima deve ser observada norma específica:
Art. 228 da LSA A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. [...].
Art. 1.120 do C.C. A fusão será decidida, na forma estabelecida para os respectivos tipos, pelas sociedades que pretendam unir-se [...].
LEMBRE: conforme §1º cada sociedade deve deliberar sobre a fusão e aprovar o ato constitutivo de nova sociedade.
Art. 1.121 do C.C
Constituída a nova sociedade, aos administradores
incumbe fazer inscrever, no registro próprio da sede, os atos
relativos à fusão.
Lembre que toda sociedade nova deve ser
devidamente registrada.
Uma sociedade absorve outra sociedade, ou seja, a incorporada perde sua personalidade jurídica, contudo, a incorporadora não, apenas acresce a seu capital o que pertencia a incorporada.
INCORPORAÇÃO FUSÃO
Todas sociedades envolvidas deixam de existir, ou seja, extinguem sua personalidade jurídica para crias uma totalmente nova!
CONCEITO: na cisão uma sociedade empresária transfere para outra (pode ser mais de uma), constituída para esta finalidade ou já existente, parcelas do seu patrimônio, ou a totalidade deste.
CUIDADO!
Não há previsão específica sobre a cisão no Código Civil, por isso, devemos utilizar o que traz a Lei da S.A:
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão [...].
CISÃO Pode ser:
PARCIAL
Envolve parte dos bens da cindida em favor de uma ou mais sociedades, novas ou pré-existentes.
TOTAL
Envolve todos os bens da cindida, que, ao final da operação, é extinta.
Art. 1.122 do C.C Até noventa dias após publicados os atos relativos à incorporação, fusão ou cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação deles.
§1º A consignação em pagamento prejudicará a anulação pleiteada.
§2ºSendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá garantir-lhe a execução, suspendendo-se o processo de anulação.
§3ºOcorrendo, no prazo deste artigo, a falência da sociedade incorporadora, da sociedade nova ou da cindida, qualquer credor anterior terá direito a pedir a separação dos patrimônios, para o fim de serem os créditos pagos pelos bens das respectivas massas.
CONTRATOS
Teoria Geral
Normas básicas
Características
Função Social do Contrato x
Função Social da Empresa
Contrato de Colaboração
CONTRATOS EM ESPÉCIE NÃOSERÃO ABORDADOS DEVIDO AO TEMPO E PORQUE VIMOS NO
A Teoria Geral dos Contratos Empresariais dedica-se a explicar a função dos contratos na atividade empresarial.
Um contrato estabelece entre as partes direitos e obrigações, sob determinadas condições, com o objetivo comum de:
uma relação jurídica, desde que não haja contrariedade à lei.
Contratos empresariais são negócios feitos entre empresários (qualificação pela parte).
CONTRATOS
Normas básicas que regem os contratos empresariais Liberdade negocial Função social do contrato Boa-fé objetiva Probidade Lealdade Eticidade
• Escopo bilateral de lucro, obrigatoriamente
(diferencia os contratos
empresariais dos contratos existenciais, nos quais o
objetivo principal é a subsistência da pessoa
humana, como é o caso dos contratos de trabalho, de consumo e civis);
• Utilizado para organização
da atividade econômica (inserção do contrato em cadeia econômica). • Exemplos: Franquia, concessão mercantil, fornecimento de matéria prima, etc.
NATUREZA DOS CONTRATOS CELEBRADOS PELO EMPRESÁRIO
CONTRATO EMPRESARIAL
Empresário Empresário Características
Existe o pressuposto de que as partes estão equiparadas, em condições semelhantes de conhecimento técnico e profissionalismo para definirem seus interesses, o que resultaria em uma maior autonomia da vontade.
CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS
1-
não existem contratos empresariais gratuitos;
2 –
não há partes vulneráveis no contrato porque há profissionalismo;
3 -
contrato empresarial deve ser um meio de circulação de riqueza entre a
sociedade, auxiliando na produção e/ou circulação de bens e serviços;
4 –
pacta sunt servanda;
5 -
instrumento de alocação de riscos do negócio desenvolvido pelas partes;
6
–
possibilidade de usar contratos atípicos, ou seja, nascidos da própria prática
comercial e não da lei;
CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS
7 -
a forma (necessidade de escrituração, reconhecimento de firma, etc.)
costuma importar menos do que o objetivo do contrato (que o contrato possa
ser realizado, em conformidade com o direito material), ou seja, há
informalismo.
8 –
para os contratos empresariais, os usos e costumes são fonte primária do
direito;
9 –
há incompletude contratual, ou seja, que o contrato não contém a previsão
sobre todos os vícios que serão enfrentados pelas partes;
Função social do contrato
Função social da empresa
Objetiva criar um sistema contratual
socialmente justo, para proteger os
economicamente mais frágeis de obrigações excessivamente onerosas
Busca compatibilizar os interesses dos
envolvidos na atividade econômica, bem como preservar a empresa e a atividade
O negócio mercantil é quaisquer operação realizada pelo
empresário e instrumentalizada através de contratos! O
denominado contrato mercantil, nada mais é que um
contrato onde os contratantes são empresários.
No contrato de colaboração há uma solidariedade de
interesses entre as partes contratantes.
Art. 421 do C.C
A liberdade contratual será exercida nos limites da
função social do contrato.
Parágrafo único
. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o
princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão
contratual.
O Código Civil disciplina que nos contratos privados
prevalecem os interesses dos contratantes com
intervenção mínima.
Se pegarmos uma linha do tempo Empresarial, podemos verificar que o desenvolvimento tecnológico e social vêm forçando a sociedade para que cada vez mais haja uma colaboração entre as pessoas, incluindo os empresários.
Art. 421-A do C.C Os contratos civis e empresariais presumem-se paritários e
simétricos até a presença de elementos concretos que justifiquem o afastamento
dessa presunção, ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis especiais, garantido também que:
I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação das cláusulas negociais e de seus pressupostos de revisão ou de resolução;
II - a alocação de riscos definida pelas partes deve ser respeitada e observada; e III - a revisão contratual somente ocorrerá de maneira excepcional e limitada.
QUAL A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DESSE CONTRATO?
SUBORDINAÇÃO EMPRESARIAL
Significa dizer que o colaborador é obrigado a manter uma organização das suas atividades seguindo padrões estabelecidos pelo colaborado.
SUBORDINAÇÃO EMPRESARIAL
Está presente em todos contratos de colaboração empresarial, contudo, o seu grau pode alterar:
FRANQUIA
Lei nº 13.966/19
REPRESENTAÇÃO COMERCIAL
Lei nº 4.886
Trata-se de outra característica importante da colaboração empresarial, pois, a colaboração deriva de investimentos de ambas partes somado com suas capacidades de realização do contrato.
CONTRATO DE AGÊNCIA Artigo 710 do C.C
O colaborador precisa promover à conta do colaborador mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada.
DEPENDÊNCIA RECÍPROCA
EXEMPLO
Para o contrato se perfectibilizar os dois devem cumprir suas obrigações.
DIREITO EMPRESARIAL COM O
TRIO CEISC É MAIS LEGAL!
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