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Plano de prevenção e combate a incêndios: estudo de caso em escola de ensino público

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Santa Rosa 2019

LUCAS EDUARDO MOMBACH

PLANO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS: ESTUDO DE

CASO EM ESCOLA DE ENSINO PÚBLICO

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Santa Rosa 2019

PLANO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS: ESTUDO

DE CASO EM ESCOLA DE ENSINO PÚBLICO

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil.

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Dedico este trabalho à minha mãe, que me ajudou e incentivou a seguir em frente. Esse sonho está se tornando realidade graças à sua dedicação.

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À minha família, com destaque para minha mãe Marlene Klock, meus irmãos Thiago e Andréia e meus avós, Oswaldo e Laura, por sempre me apoiarem, por compreender meu tempo de estudo e incentivar em todos os momentos, mesmo que na distância. Obrigado por, em vários momentos, renunciar aos seus sonhos para que eu pudesse alcançar os meus. Essa conquista também é de vocês.

À minha namorada Diuly, por toda paciência, amor e compreensão. Obrigado por ter ficado ao meu lado nessa etapa da minha vida. Você foi essencial nesse processo.

À UNIJUÍ e todos seus professores que, de alguma forma, auxiliaram na formação do meu conhecimento para que eu possa me tornar um engenheiro civil. À professora orientadora, Caroline D. Radüns, pela sua paciência, tempo e esforço para me auxiliar na elaboração desse trabalho tão sonhado.

À 17ª CROP, em destaque aos engenheiros Marcelo e Fábio e aos arquitetos Cecílio e Marília, por estarem presentes na minha formação e disponibilizar a base do material para a conclusão desse trabalho.

A todos os amigos que partilharam das dificuldades e das alegrias nesta longa jornada, tonando os dias mais agradáveis. E a todos que, de alguma forma, contribuíram para a concretização deste trabalho, o meu muito obrigado.

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Frequentemente é necessário ter mais coragem para ousar fazer certo do que temer fazer errado

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MOMBACH, Lucas Eduardo. Plano de prevenção e combate a incêndios: estudo de caso em escola de ensino público. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2019.

O presente trabalho visa montar um estudo em uma escola estadual localizada no município de Santa Rosa/RS, fazendo uma análise acentuada sobre o Plano de Prevenção Contra Incêndio – PPCI – na edificação em questão. Para embasamento teórico foram usadas as leis, decretos, normativas, instruções e regulamentações técnicas vigentes, conforme o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul – CBMRS. Visando a entrega de um projeto conforme as normas, a metodologia adotada se concentrou em bibliografias específicas, plantas da escola, visitas in loco, análise de levantamentos e por fim uma proposta de melhoria à escola. Foram analisadas todas as exigências de segurança contra incêndio que o CBMRS indica, dentre elas extintores de incêndio, sinalização e iluminação de emergência. Através das visitas à escola pode ser visto a precariedade do sistema de prevenção quanto a incêndio, fato que se torna ainda mais relevante quando se leva em conta que o público pertencente à edificação não possui conhecimento específico e senso crítico para agir em caso de sinistro, sendo em grande maioria apenas crianças de ensino fundamental.

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MOMBACH, Lucas Eduardo. Plano de prevenção e combate a incêndios: estudo de caso em escola de ensino público. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2019.

The present work aims to set up a study in a state school located in Santa Rosa / RS, making a sharp analysis about the Fire Prevention Plan - PPCI - in the building in question. For theoretical basis were used the laws, decrees, regulations, instructions and technical regulations in force, according to the Military Fire Department of the State of Rio Grande do Sul - CBMRS. Aiming at delivering a project according to the norms, the methodology adopted focused on specific bibliographies, school plans, on-site visits, survey analysis and finally a proposal for improvement to the school. All CBMRS fire safety requirements, including fire extinguishers, signaling and emergency lighting, were analyzed. Through visits to the school can be seen the precariousness of the fire prevention system, a fact that becomes even more relevant when it is taken into account that the public belonging to the building has no specific knowledge and critical sense to act in case of accident, mostly only elementary school children.

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Figura 1: Triângulo do fogo ... 21

Figura 2: Tetraedro do fogo ... 22

Figura 3: Classes de Incêndio ... 25

Figura 4: Sinalização de Alerta ... 36

Figura 5: Sinalização de saída de emergência ... 36

Figura 6: Sinalização de proibição ... 36

Figura 7: Localização do extintor ... 38

Figura 8: Delineamento ... 42

Figura 9: Localização da escola ... 44

Figura 10: Fachada frontal da escola ... 45

Figura 11: Corredor da escola ... 50

Figura 12: Dimensões de corredor ... 51

Figura 13: Dimensões de escadas ... 51

Figura 14: Dimensões de escadas ... 53

Figura 15: Distância máxima a ser percorrida ... 53

Figura 16: Porta com indicação de conformidade ... 54

Figura 17: Portas antipânico ... 55

Figura 18: Porta com cadeado ... 55

Figura 19: Instalações fixadas com fita adesiva transparente ... 57

Figura 20: Instalações atuais na edificação ... 58

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Figura 22: Altura do acionador convencional ... 59

Figura 23: Não há sinalização de equipamentos ... 60

Figura 24: Indicação de sinalização de equipamentos ... 61

Figura 25: Extintor de Incêndio ... 62

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Tabela 1: Exemplos de Incêndios em Escolas ... 16

Tabela 2: Número de pessoas para treinamento ... 32

Tabela 3: Classificação quanto ao grau de risco de incêndio ... 47

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Quadro 1: Marcas deixadas pelos vândalos ... 18

Quadro 2: Classificação quanto à ocupação ... 46

Quadro 3: Classificação quanto à altura ... 46

Quadro 4: Exigências para edificações e áreas de risco de incêndio ... 48

Quadro 5: Edificações do grupo E ... 49

Quadro 6: Dados de dimensionamento ... 52

Quadro 7: Risco Classe A ... 63

Quadro 8: Risco Classe B ... 63

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ABNT BS CAD CBMRS CBMGO CD CROP IN ISO NBR NEEJA NFPA NR

Associação Brasileira de Normas Técnicas

British Standard

Computer Aided Design

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

Centro de Distribuição

Coordenadora Regional de Obras Públicas Instrução Normativa

International Organization for Standardization

Norma Regulamentadora Brasileira

Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos

National Fire Protection Association

Norma Regulamentadora

PPCI Plano de Prevenção Contra Incêndio PQS

RT TPCI

Pó Químico Seco Resolução Técnica

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1 INTRODUÇÃO ... 14 1.1 Problema ... 15 1.1.1 Questões de Pesquisa ... 18 1.1.2 Objetivos de Pesquisa ... 19 1.1.2.1 Objetivo geral ... 19 1.1.2.2 Objetivos específicos ... 19 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 20

2.1 Fogo e sua Evolução ... 20

2.2 Composição do Fogo ... 20

2.3 Problemática do Incêndio ... 23

2.4 Proteção e Prevenção... 25

2.5 Formas de Alastramento do Fogo ... 26

2.6 Formas de Extinção do Fogo ... 27

2.7 Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento... 28

2.8 Saídas de Emergência ... 29

2.9 Plano de Emergência ... 30

2.10 Brigada de Incêndio ... 31

2.11 Iluminação de Emergência ... 32

2.12 Detecção e Alarme de Incêndio ... 33

2.13 Sinalização de Emergência ... 34

2.13.1 Cores das Placas de Emergência ... 35

2.14 Extintores ... 37

2.15 Hidrantes e Mangotinhos ... 39

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3 METODOLOGIA ... 41

3.1 Delineamento ... 41

3.2 Estudo e Procura dos Materiais ... 42

3.3 Conferência de Equipamentos ... 43

3.4 Avaliações Finais ... 43

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ... 44

4.1 Escola Estadual de Ensino Médio Edmundo Pilz ... 44

4.2 Classificação da Edificação ... 45 4.3 Das Exigências ... 48 4.4 Saída de Emergência ... 50 4.5 Plano de Emergência ... 56 4.6 Brigada de Incêndio ... 56 4.7 Iluminação de Emergência ... 57 4.8 Alarme de Incêndio ... 59 4.9 Sinalização de Emergência ... 60 4.10 Extintores ... 61 4.11 Hidrantes e Mangotinhos ... 64 5 CONCLUSÕES ... 66 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 67

ANEXO A – PLANTA DE SITUAÇÃO ... 72

ANEXO B – PLANTA DE LOCALIZAÇÃO ... 73

ANEXO C – PPCI – PAVIMENTO TÉRREO ... 74

ANEXO D – PPCI – 1º PAVIMENTO ... 75

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

1 INTRODUÇÃO

A grande maioria populacional não possui um senso crítico quando a segurança contra incêndio. Os funcionários das escolas, em sua maior parte, nunca precisaram utilizar um equipamento extintor, sendo assim, costumam estar despreparadas se caso ocorresse um sinistro. A cultura, em nossa sociedade, também é um item que favorece para que ocorram incidentes.

Deon (2011) explica que o plano de proteção contra incêndios (PPCI) se tornou uma das ferramentas principais para a proteção e o combate a incêndios. Pois é tratado como um programa completo, proposto pelo Corpo de Bombeiros, tem como objetivo nortear as diretrizes de proteção de um determinado prédio, empresa ou estabelecimento. Acrescenta também, que o PPCI deve informar quantidade de extintores, tipos, hidrantes, sinalização de emergência, entre outros itens de proteção.

Nas décadas mais recentes, houve um grande aumento na preocupação com incêndios nas edificações do Brasil, mais por questões circunstanciais que por processo de conscientização (BRENTANO, 2010).

A história da prevenção e combate a incêndios, no Brasil, é marcada por tragédias que levaram à morte centenas de pessoas e que serviram de base para o estabelecimento de parâmetros para a elaboração de códigos de incêndio (DUARTE, et al., 2002, p.2).

Espanhol (2015) afirma que a maior parte dos óbitos ocorridos em incêndios se devem pelas más condições que as edificações apresentam, tornando prejudicada a fuga dos moradores e o combate do incêndio.

Visto que no meio ao final do século passado estavam ocorrendo diversos sinistros devido à incêndios, o poder público teve que intervir, como afirma Duarte (2002) ao longo do tempo, a ocorrência de desastres envolvendo incêndios levou o poder público em todo o mundo a pensar em maneiras mais efetivas de se prevenir e combater estes incêndios. Desde então, foram criados códigos de incêndio com característica peculiar de serem baseados nas experiências de desastres do passado, sendo conhecidos como Códigos Prescritivos.

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

Edificações estão diariamente expostas quanto à riscos, por isso é necessário um projeto correto e seguro para tal. Em razão desse fato é visto que estar em acordo com as normas de segurança deve ser impreterível. Conforme Ono (2004, p.01): “É possível dizer que o incêndio assola a todos, independente de condições econômicas, políticas ou geográficas e, na maioria das vezes, tem efeitos devastadores, causando perdas e danos irrecuperáveis”.

Normas técnicas existem para, justamente, evitar tragédias desse tipo. Os prédios devem ser prevenidos e ter planejamento contra incêndios, de forma correta, para haver garantias contra a estrutura e quem o habita, Ono (2004) explica que quando tomamos partido em uma situação de incêndio, nos atemos principalmente em ações que protejam a vida humana, além disso deve ser levado em conta as condições do patrimônio em si.

O objeto de estudo do presente trabalho está conexo quando ao PPCI em uma edificação já existente, constituindo de uma vistoria em uma escola estadual na cidade de Santa Rosa / RS, analisando as estruturas, de proteção e prevenção, atuais e propondo, se necessário, melhorias à escola como um todo.

1.1 Problema

Esse trabalho se estabelece na área da prevenção, tendo em vista que o temor e a preocupação estão presentes quanto aos riscos de incêndio em uma escola, pois se trata de um local delicado, se analisado pelo público que o habita. O estudo está focado, aliando-se a cultura da sociedade e as diversas normas técnicas em vigor, em analisar os riscos e prever de forma racional mudanças quanto a prevenção à incêndios.

Relatos de escolas com casos de princípios de incêndios ocorrem todos os anos, os principais motivos já são conhecidos, mas mesmo assim frequentemente acontece, como afirma Mendes (2014, p.21), incêndios em escolas têm ocorrido todos os anos tanto no Brasil como no exterior. A maioria é de causa desconhecida, mas a precária infraestrutura das escolas, a falta de manutenção e o acúmulo de entulhos estão entre as possíveis causas de princípios de incêndio.

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

motivos e suas localizações, as mais diversas. Infelizmente, como apresentado na Tabela 1, convivemos com uma grande probabilidade de atos de vandalismo.

Tabela 1: Exemplos de Incêndios em Escolas

Caso Escola Localização Data Motivo

“Incêndio atinge escola no PI e destrói todos os livros que seriam usados em 2018”. Fonte: G11

U.E Pedro Álvares Cabral

Joaquim Pires / PI Janeiro / 2018 Curto Circuito

“Incêndio consome livros didáticos em escola de Governador Valadares”. Fonte: G12 E.M. Santos Dumont Governador Valadares / MG Fevereiro / 2018 Incêndio Criminoso

“Incêndio em escola pública do DF deixa 350 alunos sem aula”. Fonte: G13 Escola Classe 16 Gama / DF Setembro / 2018 Curto Circuito

“Incêndio destrói biblioteca de escola estadual em Petrolina”. Fonte: G14

E.E.P. Adelina Almeida

Petrolina / PE Agosto / 2014 Desconhecido

“Estudantes ficam sem aula depois de incêndio em escola de São Roque”. Fonte: G15

E.M.P. Joaquim da Silveira Santos

São Roque (SP) Novembro / 2013

Incêndio Criminoso

“Escola é destruída por incêndio em Carlópolis, no norte do Paraná”. Fonte: G16 E.E.P. Hercília de Paula e Silva Carlópolis / PR Dezembro / 2013 Curto Circuito

“Alunos ficam feridos após tumulto em incêndio em escola no ES”. Fonte: G17 E.M.E.F. João Paulo II Serra / ES Fevereiro / 2013 Desconhecido

“Após incêndio, escola de Livramento, RS, retoma aulas nesta terça-feira”. Fonte: G18

E.E.E.F. Vitélio Gazapina Santana do Livramento / RS Setembro / 2012 Incêndio Criminoso Fonte: Adaptado de G1 - 2019

As escolas públicas estaduais existentes, na sua grande maioria, foram inauguradas há várias décadas, num tempo onde ainda não se via preocupação quanto ao risco de incêndios. A idade dos imóveis e as tecnologias construídas auxiliam na facilidade de ocorrer um sinistro junto às escolas, a rede elétrica inadequada, vencida e muitas vezes insuficiente acaba indicando à consequência de curto-circuito, estes sendo frequentemente o motivo de focos de incêndios. Com o passar dos anos essa preocupação e a demanda da rede elétrica das escolas foram aumentando de forma contínua.

Sposito (2013) explica que as depredações e os atos de vandalismo seriam uma das modalidades mais frequentes que caracterizam a violência propriamente

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

escolar. Conforme as informações dos órgãos públicos, as agressões costumam atingir as escolas nos fins de semana, períodos em que existia certa ociosidade dos prédios.

A escola foi projetada, criada e pensada, sobretudo a escola pública, como um espaço de socialização de novas gerações, trabalhando na formação e construção de humanidades capazes de viverem ativamente junto a uma sociedade. Os adolescentes, na maioria das vezes os responsáveis pelos atos de vandalismo, não reconhecem outras alternativas à importância da escola em suas vidas, além da corroída cultura da violência, representação herdada das gerações adultas (SPOSITO, 2013).

“As regulamentações de segurança contra incêndio têm se apresentado muito amenas em relações às exigências para edifícios existentes que estão particularmente vulneráveis a incêndios, pois muitos foram erguidos em épocas em que tais regulamentações de segurança contra incêndio não existiam. Torna-se necessária, também, a aplicação dos conceitos básicos de segurança contra incêndio nas adaptações, pois se verifica que muitos desses projetos realizados, até hoje, apresentam soluções ineficazes” (ONO, 2007, pg.98).

Outro ponto a ser computado nas estatísticas, é a falta de investimentos na área estudantil, principalmente se tratando das escolas públicas. Tal atitude acarreta em possíveis consequências irreversíveis para os prédios públicos. Conforme confirma Souza (2003), “houve uma diminuição dos valores nacionais investidos em educação, que uma vez somados ao crescimento da educação, representa menos recursos por aluno”. Em todo e qualquer projeto, a principal obrigação é a de proteger as pessoas que estarão na edificação, sendo seguido do patrimônio existente, independente do investimento aplicado. Argumento este que anda de contramão quando se é analisado os poucos investimentos aplicados nas escolas de ensino público.

Um caso de suma importância a ser evidenciado no estudo do tema é o fato de a escola a ser estuda ter sido vítima de vandalismo, sendo incendiada em agosto de 2017, causando transtornos e mostrando a dificuldade de proteção da edificação, assim como a falta de medidas de proteção contra tal sinistro. Jornais noticiaram o

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ocorrido, “Um incêndio na escola Estadual Edmundo Pilz deixou mais de 260 estudantes sem aula nesta quinta-feira (31), em Santa Rosa, no Noroeste do Rio Grande do Sul” 9.

A direção relata também o fato de haver outros tipos de vandalismo na escola, conforme visto no Quadro 01.

Quadro 1: Marcas deixadas pelos vândalos

Vandalismo ocorrido na Escola

O que houve: O que houve: O que houve:

Alunos abriram o registro do hidrante causando

estragos

Vandalismo no CD da parte elétrica do segundo pavimento

Incêndio criminoso posto na escola

Fonte: Autoria Própria / 2019

1.1.1 Questões de Pesquisa

O estudo tem como questão a ser respondida:

• Quais as consequências e razões que fazem as instituições terem uma grande problemática e precariedade quanto às instalações de segurança contra incêndio?

Em relação à principal questão surgem demais questionamentos:

• Quais as medidas favoráveis à preservação quanto à incêndios, que a escola possui e adota junto a seus educandos?

• Como estão as instalações elétricas e o sistema contra incêndios, da edificação?

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

• A escola possui alguma guarda ou brigada de incêndio em seu corpo de funcionários? Para auxiliar em casos de emergência.

1.1.2 Objetivos de Pesquisa

Os objetivos da pesquisa serão apresentados a seguir.

1.1.2.1 Objetivo geral

Propor um estudo sobre o projeto de prevenção e proteção contra incêndio, em uma escola estadual da cidade de Santa Rosa / RS.

1.1.2.2 Objetivos específicos

Para alcançar o objetivo geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:

• Levantamento de dados na escola, incluindo: histórico quanto as instalações de prevenção e proteção existentes e plantas da edificação;

• Análise dos dados coletados;

• Proposição das medidas de proteção para o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio, visando atender a legislação vigente.

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Visando explanar o conteúdo da pesquisa, será retratado a seguir uma análise bibliográfica.

2.1 Fogo e sua Evolução

Tempos antes de o fogo ter sido controlado, ele provocava terror e angústia no homem, afinal, surgia somente de forma natural, através da erupção de um vulcão, da faísca elétrica caída sobre o mato seco ou, ainda, pela combustão espontânea na vegetação submetida fortemente aos raios do sol. Assim foi tratado durante séculos como uma manifestação sobrenatural (GOMES,1998).

Para os alquimistas da Idade Média, o fogo era explicado como um elemento básico da natureza, assim como o ar, a água e a terra. Foi definido desta forma por vários séculos, até que uma pesquisa de Lavoisier esclareceu as características do fogo. Este era cientista francês e estudou o fogo, caracterizando-o como é entendido nos tempos atuais. O cientista explica que não se tratava de força divina, nem de elemento básico, mas sim, de um fenômeno químico definido como queima e combustão. Através destes conhecimentos iniciais e com o passar dos anos, o homem solucionou problemas, criou cidades e alavancou a indústria (ABAID, 2005). Nos dias atuais, conhecer e ter ciência de como atuar com a constituição, saber desvendar as causas e dominar a combustão é o caminho inicial para uma prevenção eficiente quanto à incêndios.

2.2 Composição do Fogo

O fogo é uma mistura que leva o termo combustão. Esta é uma reação estimulada pelo calor, que ao contato com o oxigênio e um material combustível forma uma reação química. Assim como afirma a norma brasileira NBR 13860 (1997), o fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.

Analisando normas de outros países, se percebe que não há um mesmo significado de fogo, conforme explica Seito (2008):

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

NFPA – Estados Unidos da América: “fogo é a oxidação rápida auto--sustentada acompanhada de evolução variada da intensidade de calor e de luz”.

BS 4422: Part 1 – Inglaterra: “fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor acompanhado por fumaça, chama ou ambos”.

ISO 8421-1 – Internacional: “fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor acompanhado por fumaça, chama ou ambos”.

Toda edificação, sob o ponto de vista de segurança, está sujeita a uma calamidade imprevisível: o fogo. O fogo é capaz de causar grandes acidentes e catástrofes, gerando perdas de vidas humanas e enormes prejuízos materiais (FAGUNDES, 2013, p.13).

A relação entre o fogo e o homem vem desde a pré-história e isso não irá mudar, assim como afirma Brentano (2010), o fogo sempre irá conviver com o homem, por isso ambos devem viver em harmonia e, para que isso aconteça, ele deve ser controlado para que esta relação não seja quebrada.

Conforme Bonitese (2007, p.34), “Para que o fogo possa ocorrer, são necessários que seus três elementos, combustível, calor e oxigênio, estejam em presença contínua. Se não houver combustível ou oxigênio suficiente, ou houver redução de energia por extinção ou agentes retardantes, o fogo não se mantém”, como demonstrado na Figura 1.

Figura 1 – Triângulo do fogo

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

Para que se inicie a reação química do fogo, deve haver simultaneamente a ocorrência de três elementos, segundo Meira (2014):

a) Material combustível: é todo material que queima, pode ser sólido, líquido e gasoso;

b) Comburente (oxigênio): é o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis dos combustíveis e possibilita a expansão do fogo;

c) Fonte de calor: é a forma de energia, é o elemento que dá início ao fogo e que faz o fogo se propagar.

Após iniciada a combustão surge a produção de um processo térmico com a liberação de calor e outro processo de transformação do material combustível em gases, fumaça e cinzas. Enquanto está ocorrendo o processo térmico, parte se dissipa no entorno por meio de radiação, convecção e condução, e parte deste calor serve como energia para que se formem mais radicais livres para que tenha continuidade o processo de combustão, originando, então, a reação química em cadeia representada pelo tetraedro de fogo” (BRENTANO, 2010), como indica a Figura 2.

Figura 2 – Tetraedro do fogo

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

Antes que ocorra a combustão por completo, os materiais passam entre três fases importantes para compreensão do processo de incêndio. Seguindo por ordem cronológica, segundo Neto (1995) as fases são:

• Ponto de Fulgor – É a temperatura mínima na qual os corpos começam a desprender vapores que se incendeiam em contato com uma fonte externa de calor. Todavia, a chama não se mantém devido à insuficiência da quantidade de vapores desprendidos.

• Ponto de Combustão – É a temperatura mínima na qual os vapores desprendidos dos corpos, ao conseguirem contato com uma fonte externa de calor, entram em combustão e continuam a queimar. • Ponto de Ignição – É a temperatura mínima, na qual os gases

desprendidos dos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de outra fonte de calor. 2.3 Problemática do Incêndio

É iniciado o incêndio no momento que se perde o domínio do fogo, seja por qualquer razão, como afirma a NBR 13860 (1997), “o incêndio é o fogo fora de controle”. Termo também confirmado pela ISO 8421-1, “o incêndio é a combustão rápida, disseminando-se de forma descontrolada no tempo e no espaço”.

Analisando que cada incêndio é diferente um do outro, por ser usados combustíveis e proporções desiguais, também é visto que os efeitos nas pessoas podem ser divergentes, como afirma Brentano (2010, pg.193), “no efeito da toxidade desses produtos sobre as pessoas, outras variáveis devem ser consideradas, como condições físicas e de saúde, idade, os esforços físicos e mentais no ambiente do incêndio, o tempo de exposição e a concentração dos produtos no ambiente”.

As consequências do incêndio podem se tornar perigosas para a saúde humana e às edificações. Quando em menor escala este pode causar desde problemas mais leves, assim como, casos de maior grau, como por exemplo, inalação de fumaça, desmaios e até queimaduras. Em proporções avantajadas um incêndio pode causar a morte.

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

É possível classificar quatro diferentes classes os incêndios, separando-as através de seu material combustível, conforme afirma Fagundes (2013):

• Classe A: São incêndios que ocorrem em materiais combustíveis comuns, como madeira, papel, tecidos, etc. Estes materiais queimam em superfície e em profundidade, deixando resíduos após a sua combustão, como brasas e cinzas.

• Classe B: São incêndios que ocorrem na mistura do ar com os vapores que se formam nas superfícies dos líquidos combustíveis inflamáveis, como óleos, gasolina, entre outros, que queimam somente em superfície, não deixando resíduos; A extinção se dá por abafamento, pela quebra da reação química em cadeia ou pela retirada do material combustível.

• Classe C: São incêndios que ocorrem em equipamentos elétricos energizados. Deve ser usado agente extintor não condutor de eletricidade. São usados os pós químicos secos, líquidos vaporizantes e Dióxido de Carbono.

• Classe D: São incêndios que ocorrem em metais combustíveis, chamados de pirofóricos, como magnésio, titânio, lítio, alumínio, entre outros. Estes metais queimam mais rapidamente, reagem com o oxigênio atmosférico, atingindo temperaturas mais altas que outros materiais combustíveis. O combate exige equipamentos, técnicas e agentes extintores especiais para cada tipo de metal combustível, que formam uma capa protetora isolando o metal combustível do ar atmosférico.

À complementar, Brentano (2007) adiciona outras classes de incêndio, como indica a Figura 3:

• Classe K: Ocorrem em óleos de fritura, de tipo vegetal, ou também em gorduras de natureza animal. Para um eficaz combate, deve-se espalhar o material extintor proporcionando uma cobertura sobre o material em chamas.

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público Figura 3 – Classes de Incêndio

Fonte: Brentano (2007, p.410)

2.4 Proteção e Prevenção

De forma cultural, nossa sociedade sempre viveu com o risco iminente quanto a incêndios, Luz Neto (1995) diz que o país assiste com frequência, em especialmente no meio urbano em expansão, a perdas de vidas e enormes prejuízos econômicos. Ainda assim, a sociedade não produziu uma política de proteção contra incêndios.

“É possível agrupar as medidas a serem tomadas para garantir a segurança contra incêndio em medidas de prevenção e medidas de proteção. As medidas de prevenção são aquelas que se destinam a prevenir a ocorrência do início do incêndio, isto é, controlar o risco do início do incêndio. As medidas de proteção são aquelas destinadas a proteger a vida humana e os bens materiais dos efeitos nocivos do incêndio que já se desenvolve. Em conjunto, essas medidas visam a manter o risco de incêndio em níveis aceitáveis” (ONO, 2007, p.101).

Conforme Berto (1991, apud ESPANHOL, 2015, p. 18), sobre prevenção à incêndios, afirma que sobre as medidas deve-se tratar “daquelas relacionadas aos componentes de cuidado contra o começo do incêndio e tem por objetivo apenas, precaver a inicialização do incêndio, ou seja, controlar o risco do início do incêndio”. Para garantir segurança quanto a sinistros motivados por incêndios, deve-se tomar um cuidado extra quando à população que se encontro no local, Ono (2004) comenta que, é condição obrigatória a existência do projeto, a implantação e a manutenção de saídas de emergência apropriadas para cada situação, também de sistemas auxiliares, que permitam a integridade do usuário, como sistemas de detecção, alarme e orientação, sistema de combate ao princípio de incêndio, entre outros.

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público “No estudo de segurança contra incêndio, torna-se iminente a necessidade de fusão entre medidas normativas e o processo de concepção do projeto arquitetônico, de maneira a potencializar o fator segurança nas edificações no que tange à proteção estrutural e de bens, assim como na salvaguarda de vidas, aliados aos aspectos de habitabilidade” (BONITESE, 2007).

A partir da segunda metade do século XX, mais precisamente na década de 70 em diante, ocorreram os primeiros incêndios de grande volume de destruição. Na tal época não existiam normas regulamentadoras sobre esse assunto. E durante a concepção dos projetos, nem se planejavam medidas preventivas sobre o dito tema.

Conforme Barros (2000), “Para o estudo em questão a prevenção e segurança contra incêndio em edifícios, torna-se indispensável uma melhor compreensão da dinâmica e conduta do incêndio”.

Somente começou a se pensar de forma mais enérgica na prevenção e proteção quanto a incêndios após as primeiras grandes tragédias ocorridas no Brasil, como afirma Ono (2007), “a área de segurança contra incêndio ganhou impulso no país, especificamente no Estado de São Paulo, na primeira metade da década de 1970, quando ocorreram dois incêndios de grandes proporções na cidade de São Paulo e de repercussão internacional: no Edifício Andraus e no Edifício Joelma”.

Em todos os casos o melhor plano é a prevenção, este é o ponto mais importante para manter a segurança junto aos prédios e aos estudantes. A redução do vandalismo e as políticas públicas agindo contra este ato, também fazem com que a cultura do zelo se torne mais vigente.

2.5 Formas de Alastramento do Fogo

Para Camillo (2010 apud PEREZ, 2015, p. 10), o fogo se espalha através do contato direto da chama com materiais de características combustíveis, pelo deslocamento de partículas incandescentes que se soltam de outros materiais que já estejam em combustão e pela ação da temperatura elevada.

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Segundo Brentano (2015 apud SCHMIDT, 2017, p. 18), a maneira que o fogo prossegue é complexo e sua propagação, em grande parte dos casos, imprevisível.

Há elementos que contribuem para que o fogo tenha propagação, são eles: quantidade e volume dos materiais combustíveis no local; tamanho e a condição das fontes de ignição; tamanho e localização das aberturas de ventilação; velocidade, dimensões do local, assim como, a velocidade do vento. Todas essas causas estão ligadas com a transmissão do calor e deve haver medidas de prevenção que sejam eficazes, caso contrário, pode transcorrer de três formas: condução, convecção e radiação térmica.

É de suma importância nos estudos de extinção ou de prevenção, o conhecimento das formas que o calor poderá ter sua propagação. As configurações de transmissão de elevada temperatura de um corpo para um meio ou outro corpo, são: condução, convecção e irradiação (SIMIANO, et al., 2013, p.10).

• Condução – É a forma mais rotineira do cotidiano, onde o calor é transmitido de corpo para corpo por contato. Pode ser entendido como exemplo quando acendemos um fósforo e percebemos que o fogo vem consumindo a madeira do palito de forma gradual, ou seja, molécula a molécula.

• Convecção – Esse fenômeno ocorre quando o calor é transmitido por uma massa de ar aquecida, de um ambiente para o outro. Pode ser visto como exemplo o caso em que um ambiente de uma edificação está em chamas e, em pouco tempo, outra edificação que não tem contato direto, também começa a pegar fogo. A razão mais aceitável nesses casos é que essa transmissão de calor ocorre através de uma massa de ar aquecida.

• Irradiação – A transmissão do calor por meio de ondas caloríficas através do espaço, recebe pela física o nome de irradiação. Exemplo disso é a distribuição de calor natural, do sol para a terra, através dos raios solares.

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A condição necessária para que ocorra o surgimento do fogo é a junção dos elementos combustível, oxigênio e calor. Para que o fogo seja extinto, é preciso que um desses elementos seja eliminado ou se termine o processo de reação química em cadeia, proibindo a continuidade das chamas. Têm-se quatro métodos para que ocorra a extinção do fogo (GOMES, 2014, p.18).

• Resfriamento – consiste em retirar o calor do material que está em chamas, até o ponto em que não libere mais substâncias que tendem a reagir com o oxigênio, evitando o avanço do fogo. É um dos processos mais utilizados. Exemplo desse método é o uso de água. • Abafamento – consiste em impedir o contato do oxigênio com o

material combustível. Não havendo comburente suficiente no ar para reagir não haverá fogo. Exemplos para extinção por esse método é o cobrimento total do corpo em chamas, sendo utilizado materiais incombustíveis, por exemplo, areia, terra, entre outros.

• Isolamento – consiste em retirar, diminuir ou interromper o material combustível para que este não entre em contato com os demais materiais ainda não atingidos pelo fogo. Exemplo disso é a cessação de vazamento de um liquido combustível, remoção manual do material, fechamento de válvula de gás, entre outros.

• Interrupção da reação química em cadeia – consiste em utilizar determinados produtos que têm a característica de reagir com algum dos produtos presentes na combustão, impedindo que o processo de cadeia do fogo se complete totalmente. Exemplo de químicos que podem ser usados é o bicarbonato de sódio (extintor de PQS), bicarbonato de potássio, entre outros. Simiano, et al, (2013) destaca que este método não atua diretamente num elemento do fogo, e sim na reação em cadeia como um todo.

2.7 Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento

Segundo Brentano (2007), é dito como material de revestimento os empregados nas superfícies internas e externas dos elementos de construção das edificações e material de acabamento o material utilizado como arremates entre

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elementos de construção e revestimentos. As partes da edificação que devem ser analisadas, em função da ocupação, da posição dos materiais de revestimento e acabamento são:

• Pisos;

• Parede/divisórias; • Tetos/forros; • Coberturas.

Dois dos principais elementos que afetam diretamente num incêndio de uma edificação, com um impacto significativo na questão de velocidade, propagação e intensidade, são os materiais de revestimento e acabamento internos. Brentano (2007), comenta que os materiais que possuem uma grande capacidade de ser combustível em uma incêndio e são usados para revestir paredes e forros “criam uma superfície contínua para a propagação de chamas, que podem gerar um rápido incêndio, bem como grandes quantidades de fumaça, que desorientam os ocupantes, e gases e outros produtos tóxicos”, que em situações adiantadas podem levar a graves problemas de saúde e a também à morte.

De acordo com Brentano (2015 apud SCHMIDT, 2017, p. 23), não somente no projeto deve ser tomadas decisões de prevenção, mas também no manusear os materiais de revestimento e acabamento durante a obra ou manutenção, estes devem ser manuseados de forma a atender padrões mínimos de reação ao fogo para não proporcionar condições propicias ao seu desenvolvimento ou propagação, além de geração de fumaça e gases nocivos. Também afirma que a carga de incêndio é estudada em relação características constituintes dos materiais e quantidade de combustível existentes na edificação.

2.8 Saídas de Emergência

Um sistema útil de saída de emergência presente em um edifício deve possuir características adequadas a fim de garantir que a população consiga se retirar da edificação caso ocorra um incêndio. Sendo que deve se declarar garantida a integridade física da população lá presente, assim como, permitir o acesso do

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corpo de bombeiros, para auxílio no combate às chamas e na evacuação das pessoas no ambiente (NBR 9077:2001).

Conforme o item 4.2 da NBR 9077:2001 os componentes das saídas de emergência compreendem os “acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas”, compreende também escadas ou rampas e descarga. Pode se tratar como descarga, “parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este”.

O caminho da rota de saída de emergência deve ser um local livre e protegido a todos os habitantes do edifício, assim como afirma Brentano (2007, p. 160):

“Rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos e/ou internos de espaços e edificações, e que possa ser utilizada de formas autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência física ou mobilidade reduzida. A rota acessível interna pode incorporar corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores, etc”.

Para dimensionar as saídas de emergência, deve-se levar em conta a população da edificação. Como explícito no item 4.5.1.1 da NBR 9077 (BRASIL, 2001) os acessos devem permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio, permanecer desobstruídos em todos os pavimentos, ter dimensões de largura adequadas conforme dimensionamento, ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,00 metros, devem ser sinalizados e iluminados com indicação clara do sentido da saída.

2.9 Plano de Emergência

O plano emergência, através da norma NBR 15219 (BRASIL, 2005) afirma que tem como propósito preparar os servidores para abandono da edificação, de forma a ser eficiente e veloz. Definir a melhor solução ao atendimento e às situações de emergência conforme as recomendações do corpo de bombeiros. Estas ações devem ser tomadas em caso de incêndio real ou outra qualquer emergência.

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No momento de uma eventual emergência relacionada à incêndio, é normal que ocorra pânico nas pessoas que estão presentes no ambiente, podendo ocasionar correria, quedas, pisoteamentos, e demais falhas motivadas pela euforia e falta de conhecimento. Por essa razão se faz necessário o planejamento e a execução de ensaios para o abandono de emergência. O número de vítimas em um incêndio, muitas vezes, está vinculado com à falta de conhecimento dos melhores locais de saída e utilização dos equipamentos necessários (PEREZ, 2015, p. 30). 2.10 Brigada de Incêndio

Brigada de combate a incêndio é uma organização formada pelos funcionários da empresa, preparada e treinada para trabalhar com rapidez e eficiência em casos de princípio de incêndio, operando os dispositivos de combate a incêndio, dentro dos padrões técnicos essenciais (CAMILLO JÚNIOR, 2004 apud MEIRA, 2014).

Os ocupantes da edificação, os funcionários e os membros da brigada de incêndio têm comportamentos diferentes, mas os últimos assumem maiores responsabilidades para a segurança dos primeiros, porque possuem algum tipo de treinamento para situações de emergência (BRENTANO, 2007).

Ainda conforme Brentano (2007, p. 545), as principais funções de uma brigada de incêndio, nesta ordem de prioridade, são:

1. Orientar e ajudar na saída com segurança das pessoas que ocupam a edificação;

2. Prestar os primeiros socorros;

3. Combater o foco de fogo para proteger a vida humana e a propriedade;

4. Avisar, receber e orientar o corpo de bombeiros para o acesso ao local do fogo.

Para identificar a quantidade de pessoal para compor a brigada de incêndio, deve-se analisar a Instrução Normativa de 001/2014. O Art. 31 explica que até a publicação de Resolução Técnica especifica para Brigada de Incêndio, será exigido

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para todas as edificações e áreas de risco de incêndio o TPCI, conforme Resolução Técnica nº 014/CCB-DTPI/2009. Analisando o Art. 4 da mesma normativa, é visto que o quantitativo de pessoas treinadas exigidas por ocupação deve seguir a tabela 2:

Tabela 2: Número de pessoas para treinamento

RISCO Nº DE

PESSOAS

Pequeno 1 a cada 750 m²

Médio 2 a cada 750 m²

Grande 3 a cada 750 m²

Fonte: Resolução Técnica nº 014/CCB-DTPI/2009

Ter ao menos duas pessoas treinadas por ocupação é uma das exigências mínimas da norma. E ao máximo 50 % do quantitativo total da população fixa da ocupação. Segundo a NBR 15219 (2005), considera-se população fixa aquela que permanece regularmente na planta, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições.

2.11 Iluminação de Emergência

A sinalização de emergência tem como objetivo diminuir a probabilidade de acidentes em uma ocorrência de sinistro, auxiliando para que quem esteja utilizando o edifício, escolha as ações e os trajetos de saída adequados para o abandono da edificação, além de alertar para os riscos existentes. Também visa facilitar a visualização de onde se encontram os equipamentos que podem ser úteis, segundo a Norma Técnica 20/2014 do CBMGO.

Brentano (2007, p. 325) menciona que a iluminação de emergência é fundamental para uma evacuação segura quando à falta de luz artificial. Conforme explica:

“A iluminação de emergência tem como objetivo substituir a iluminação artificial normal, que deve ser desligada, ou pode até falhar em caso de incêndio, por fonte própria que assegure um tempo mínimo de funcionamento. Ela deve garantir, durante este período, a intensidade dos pontos de luz, de maneira a respeitar o nível mínimo de iluminância

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público estabelecido pela norma ou pela legislação adotada no local, para proporcionar a saída com rapidez e segurança dos ocupantes da edificação”.

Segundo Brentano (2007), o sistema de iluminação de emergência consiste num conjunto de equipamentos e componentes que se destina a substituir a iluminação artificial normal e permite iluminar de forma suficiente e adequada os ambientes e áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, com o objetivo de: • Identificar e sinalizar as saídas de emergência de forma inconfundível, horizontais e verticais, para permitir a saída fácil, rápida e segura dos ocupantes para um lugar seguro no exterior da edificação;

• Reconhecer os obstáculos no caminho;

• Permitir o controle visual das áreas abandonadas para localizar pessoas impedidas de se locomover;

• Manter a segurança patrimonial para facilitar a localização de estranho nas áreas de segurança;

• Iluminar os locais onde existam equipamentos de combate ao fogo de operação manual;

• Garantir a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção de socorro externo.

2.12 Detecção e Alarme de Incêndio

Confrontar um incêndio em seu início é a melhor maneira de garantir bons resultados. O homem possui uma grande capacidade de detectar incêndios, através de seus sentidos. Porém, caso não esteja presente logo no início das chamas, esse poderá ser percebido tarde demais. Por essa razão, foi criado um aparelho para a devida tarefa. Assim se faz necessário a instalação de detectores automáticos e de alarmes de incêndio nos vários cômodos da edificação (PEREZ, 2015).

Para Brentano (2007, p.369), esse sistema é de grande utilidade pois tem a característica de alertar ao homem, conforme explica:

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público “Um sistema automático de detecção é constituído por um conjunto de dispositivos que, quando sensibilizados por fenômenos físicos e/ou químicos resultantes de uma combustão, como chamas, calor, gases ou fumaça, independentemente da ação humana, acionam outros dispositivos, os alarmes, que alertam os ocupantes sobre a existência de um foco de fogo na edificação”.

À complementar, Gomes (1998), informa que o alarme contra incêndio se trata de um aparelho eletrônico, com característica capaz de emitir um ruído sonoro de alerta em alto volume, sendo ativado quando haver queda de pressão ou ocorrer movimento de água na canalização própria do incêndio, ocorrendo assim o despertar do alarme.

2.13 Sinalização de Emergência

A sinalização de segurança contra incêndio e pânico é o conjunto de sinais visuais, abrangido por símbolos, mensagens e cores, convenientemente localizados no interior da edificação, com objetivos de reduzir o risco de ocorrência de incêndio. Alertando para os locais com riscos e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, como indicar, de forma rápida e eficaz, a localização das rotas de saída de emergência, a localização dos equipamentos de segurança e a orientação para as ações de combate ao fogo. Brentano (2007), reitera que as normas que regulamentam a sinalização de emergência são:

• NBR 13434-1:2004 • NBR 13434-2:2004 • NBR 13434-3:2005

Conforme a NBR 13434-1:2004, a sinalização de segurança contra incêndio e pânico possui duas classificações, sendo estas em sinalização básica e complementar. A sinalização básica é constituída por quatro categorias, de acordo com a sua função:

• sinalização de proibição, cuja função é proibir ou coibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio ou ao seu agravamento;

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• sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial risco;

• sinalização de orientação e salvamento, cuja função é indicar as rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso;

• sinalização de equipamentos de combate e alarme, cuja função é indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndio disponíveis.

A sinalização complementar é composta por faixas de cor ou mensagens, devendo ser empregadas nas seguintes situações:

• indicação continuada de rotas de saída;

• indicação de obstáculos e riscos de utilização das rotas de saída, como pilares, arestas de paredes, vigas etc.;

• mensagens escritas específicas que acompanham a sinalização básica, onde for necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo.

A sinalização de emergência deve ser facilmente visualizada, identificada e compreendida, por essa razão apresenta características próprias como formas geométricas, cores, símbolos, dimensões e materiais. Dar uma mensagem de orientação aos ocupantes da edificação de forma rápida e segura durante uma emergência de incêndio é uma das características da sinalização (BRENTANO, 2007).

2.13.1 Cores das Placas de Emergência

São cinco as cores que podem ser utilizadas para sinalização das placas de emergência, sendo elas: branco, amarelo, preto, verde e vermelho. As placas de sinalização podem apresentar duas ou três das cinco cores permitidas. Uma dessas cores predomina sobre as demais, sempre caracterizando de acordo com sua categoria (PEREZ, 2015). O significado das cores pode ser visto a seguir:

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• Amarelo: Aponta locais onde pode haver áreas e/ou materiais com riscos quanto a incêndio, choques elétricos ou explosão.

Figura 04 – Sinalização de alerta

Fonte: Adaptado de RT nº05-parte 03-2016 CBMRS.

• Verde: Aponta indicações nas placas, visando orientação quanto ao trajeto adequado.

Figura 05 – Sinalização de saída de emergência

Fonte: Adaptado de RT nº05-parte 03-2016 CBMRS

• Vermelho: Possui função de proibir atitudes capazes de agravar ou até mesmo induzir à um princípio de incêndio.

Figura 06 – Sinalização de proibição

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2.14 Extintores

Incêndios costumam ter seu início em focos de pequenas dimensões, onde, através de contato com materiais combustíveis acaba por tomar consequências e proporções de grande porte. Todavia, se no seu princípio for utilizado, de forma correta, materiais com capacidade extintora suficiente e adequada para tal ocorrência, o fogo poderá ser extinto de forma simples e rápida.

O extintor é um aparelho de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, constituído de recipiente metálico, que pode ser de aço, cobre, latão ou material equivalente e seus acessórios, que contém no seu interior um agente extintor, que pode ser expelido por um agente propelente e dirigido sobre um foco de fogo (BRENTANO, 2007, p.409).

Uma necessidade fundamental para a eficiência do aparelho extintor é o treinamento de pessoas, para que esses estejam capacitados para um caso de sinistro. Gomes, (2010) complementa dizendo que o extintor de incêndio deve se encontrar em um local com facilidade de acesso e visível. “Eles somente funcionam se alguém os manusear de forma correta e levar os mesmos até o local do incêndio, apontando corretamente para o foco e ativa-lo de forma a extinguir as chamas”.

À complementar, Perez (2015) explica que se deve ter extintores para as classes localizadas no edifício e que seu tamanho deve ser suficiente para suprir as necessidades do pavimento em que se encontra. Deve-se preferir por aparelhos extintores que abordam todas classes presentes naquele ambiente, em um equipamento somente.

A RT nº14 de 2016 do CBMRS coloca algumas regras quando aos extintores, informando que esses devem se localizar em pontos de fácil acesso, normalmente em caminhos de passagem, sendo vedada a instalação em rampas, escadas e locais com desnível. Os equipamentos não devem estar chaveados e é necessário que esteja visível. Há uma nota informando que se houver riscos de vandalismo, a caixa protetora do extintor poderá estar trancada, desde que, seja rápido o seu acesso ao aparelho em caso de emergência.

Cada andar da edificação deverá possuir, ao menos, dois extintores de incêndio, sendo no mínimo, um de classe A. O segundo equipamento deve ser das

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demais classes mais usuais, sendo então, da B e C. É autorizado que sejam instalados dois aparelhos iguais, com carga de pó ABC. Uma exceção à esta normativa diz que é liberada a instalação de apenas uma unidade extintora, desde que a área do ambiente seja menor que 50m². Deve-se obedecer a regra de que a carga seja ABC e que se cumpra a capacidade mínima extintora prevista no ambiente (RT nº14 de 2016 do CBMRS).

Ainda conforme a Resolução Técnica, é percebível que os extintores possuem um padrão de instalação, podendo tem alguma mínima folga. Conforme a visto a seguir.

• A parte superior do equipamento, a alça, deve estar no máximo a 1,60 m do piso; ou

• A base deve estar no mínimo a 0,10 m do piso, mesmo que apoiado em suporte.

Figura 07 – Localização do extintor

Fonte: Adaptado de RT nº14-2016 CBMRS

Através da RT nº14:2016 também deve ser notado que é necessário que se tenha ao menos um extintor de incêndio a pelo menos cinco metros de uma “porta de acesso da entrada principal da edificação, entrada do pavimento ou entrada da

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área de risco de incêndio”. 2.15 Hidrantes e Mangotinhos

O fogo quando foge de controle e fica inviável controlá-lo apenas com extintores de incêndio tende a tomar grandes dimensões. Nessas horas é necessário a utilização de hidrantes e as mangueiras semirrígidas. Os bombeiros utilizam esse equipamento pois facilita no combate e reduz o tempo para extinguir as chamas. Hidrantes usam grande quantidade de água e deve estar sob pressão (GASPAR, 2018).

“Sistemas de hidrantes e mangotinhos são sistemas fixos, formados por uma rede de canalizações e abrigos ou caixas de incêndio, que contêm tomadas de incêndio com uma ou duas saídas de água, válvulas de bloqueio, mangueiras de incêndio, esguichos e outros equipamentos, instalados em locais estratégicos da edificação, a partir dos quais os seus ocupantes fazem manualmente o combate ao foco do incêndio lançando água sob as formas de jatos sólidos, de chuveiro ou de neblina, para extinguir ou, controlar o fogo até a chegada do corpo de bombeiros” (BRENTANO, 2007, p.439).

Seito (2008) complementa as teses alegando que os hidrantes são caracterizados por um sistema de combate às chamas surgidas através de incêndios. Este funciona liberando o registro permitindo a saída de água pressurizada em direção ao foco, controlando a vazão em relação a intensidade do fogo e o local onde está ocorrendo.

2.16 Características da Edificação e Normas Regulamentadoras

O Estado do Rio Grande do Sul, assim como todos os demais estados da federação, possui várias normativas a serem seguidas quanto ao PPCI. Com o objetivo de ter segurança aos riscos de incêndio, há uma série de documentos oficiais a serem estudados para nortear quando da execução de um projeto. São alguns deles as leis, decretos, portarias, normas técnicas e as resoluções técnicas do CBMRS.

É de tarefa do Corpo de Bombeiros o ato de formalizar as normativas para os projetos de Prevenção de Incêndio. Conforme afirma o Art. 4º do Decreto 51.803 de 2014,

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público [...] “caberá ao Corpo de Bombeiro(a) Militar do Estado do Rio Grande do Sul – CBMRS, pesquisar, estudar, analisar, propor, elaborar, aprovar e expedir as Resoluções Técnicas que irão disciplinar as medidas de segurança contra incêndio” [...]

Para classificar a edificação e indicar suas exigências necessárias é essencial seguir os anexos do Decreto 53.280 de 2016. Nele constam todas as características para enquadrar a edificação e ter a aprovação do PPCI.

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3 METODOLOGIA

Serão apresentadas nesse capítulo as etapas quanto ao desenvolvimento, aos materiais utilizados e as metodologias empregadas, no decorrer do estudo.

O estudo se dará somente dentro do pátio da Escola Estadual de Ensino Médio Edmundo Pilz, localizada na cidade de Santa Rosa / RS, seguindo a ordem das normativas do Corpo de Bombeiros Militar – CBMRS. Os requisitos para sua escolha foram o histórico da escola, sua localização, volume de alunos e a conservação das instalações.

Foram utilizados materiais, como plantas da escola, para montar o estudo, com visitas in loco a fim de contabilizar os itens presentes e analisar as necessidades. A instituição conta com um fluxo expressivo de crianças, jovens e adultos durante todos os turnos do dia. Sofre com seguidos ataques de vândalos que acabam depredando a estrutura física da edificação. Em contraponto, a questão financeira da escola está precária, dificultando ainda mais para solucionar tais pendências.

O trabalho é separado em duas partes. Sendo a primeira etapa uma avaliação geral da estrutura da instituição quanto às instalações de segurança contra incêndio, analisando os pontos, as características dos equipamentos, o grau de conservação e a localização dos mesmos. Subsequentemente é previsto, conforme as normas em vigor, uma melhoria da edificação na questão de prevenção à incêndio, indicando pontos frágeis e prevendo soluções eficazes, a fim de propor mudanças positivas das instalações do prédio.

Buscar uma revisão bibliográfica, de autores da área, de normas e da legislação se tornou necessário. Trata-se de um estudo qualitativo, visto que as informações do prédio podem ser delineadas de forma técnica. Com o objetivo de obter um julgamento quanto ao PPCI da escola. Também é caracterizada como um estudo quantitativo, tendo em vista que as informações obtidas podem ser expressadas como símbolos matemáticos.

3.1 Delineamento

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é o principal objetivo do delineamento. Este garante que o estudo tenha seu propósito previamente ajustado.

A pesquisa descrita pode ser subdividida em 3 etapas, sendo: estudo e

procura dos materiais, conferência de equipamentos e avaliações finais. Seguindo

de acordo com os objetivos propostos no estudo. O delineamento do presente trabalho está apresentado na Figura 08.

Figura 08: Delineamento

Fonte: Autoria Própria / 2019

3.2 Estudo e Procura dos Materiais

Neste item, será especificado e relacionado os materiais que se julgaram uteis para a criação deste estudo.

Primeiramente foi necessário obter os arquivos e todas plantas da escola adotada. Materiais esses utilizados para o conhecimento do local, assim como, das edificações e construções que lá existem. Através da 17ª CROP – Coordenadoria Regional de Obras Públicas – foram adquiridas as plantas e os arquivos necessários para início deste trabalho. Essa corresponde aos projetos de construção, reformas e melhorias de todas escolas estaduais da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul.

Devido ao prédio ser antigo, as plantas obtidas não estavam totalmente atualizadas, sendo necessário adaptações nos arquivos, para perfeito entendimento e enquadramento para se trabalhar na elaboração e analises do PPCI.

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3.3 Conferência de Equipamentos

Em visita à escola selecionada, pode-se perceber alterações na estrutura, na qual não foram comunicadas à 17ª CROP, por essa razão as plantas não estavam em perfeita harmonia com o projeto construído

A classificação in loco teve como referência o levantamento dos itens de segurança contra incêndio presentes na escola, sendo analisados equipamentos como, extintores, hidrantes, iluminação, sinalização, entre outros. Ao concluir o levantamento dos equipamentos, instalações e quantitativos destes, foi visto o real estado da estrutura contra incêndio que a escola possui.

3.4 Avaliações Finais

Visando uma melhor compreensão quanto ao PPCI, a Lei nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013 será a base desse estudo. Lei esta que foi atualizada no ano de 2016 pela Lei nº 14.924. Há demais Instruções Normativas e Decretos que também regulamentam as questões sobre PPCI. Segundo a IN nº 001/2014 em seu Art. 5º, confirma a base citada anteriormente onde diz, “classificação das edificações e áreas de risco de incêndio quanto à ocupação, área, altura e grau de risco será conforme a Lei Complementar nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013”.

Em analise ao Decreto nº 53.280 de 1º de novembro de 2016, é possível nortear, através de seu anexo, a classificação da edificação. No anexo único, deve-se deve-seguir as tabelas indicativas. Cabe estar ciente que deve-segundo a RT nº05 – Parte 7:2016, aos prédios já existentes deve-se analisar as tabelas de exigência desta resolução. O estudo analisou o decreto e a RT e usou as tabelas indicadas para cada caso.

Por ser um estudo exclusivamente acadêmico, este não poderá ser utilizado para aprovação no CBMRS, todavia, pode ser de bom agrado para projetos futuros na área de PPCI em instituições de ensino. Também poderá servir para trazer maior segurança e confiança para os ocupantes da escola.

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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

A seguir serão apresentados os resultados, tendo seu início a apresentação da escola selecionada. Após será exposto suas variações quanto às exigências, analisando conforme a planta atual da edificação e posteriormente o desenvolvimento e apresentação de resultados quanto ao PPCI.

Foi selecionada uma escola estadual da região central da cidade de Santa Rosa, no estado do Rio Grande do Sul, para fins de auxiliar uma possível melhora quanto às instalações de segurança contra incêndio.

Com a ajuda da 17ª CROP foi possível a realização desse estudo, pois através dessa coordenadoria as plantas da escola foram liberadas, essas necessitando alguns ajustes via programa de computador do tipo CAD. Posteriormente foi feita a primeira visita na escola, em conversa com a direção, o estudo também foi liberado, começando então as demais análises.

4.1 Escola Estadual de Ensino Médio Edmundo Pilz

A Escola Estadual de Ensino Médio Edmundo Pilz se localiza na Avenida Santa Cruz nº 1300, bairro Centro, como é exposto na Figura 09. Conforme informações da direção, a escola possui em sua demanda ensino fundamental, médio e Neeja. A edificação contém dois prédios, ligados por uma cobertura simples entre eles.

Figura 09 – Localização da Escola

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público

Nos últimos anos a demanda de alunos da escola diminuiu bruscamente, contando atualmente com apenas 215 alunos. Mas contém estrutura para atender mais de 500, como quando esteve no seu auge. Acabou ocasionando essa redução devido à falta de investimentos em melhorias, fazendo com que os alunos fossem para as demais escolas. Na Figura 10 é visto a fachada da escola.

Figura 10 – Fachada Frontal da Escola

Fonte: Autoria Própria / 2019

4.2 Classificação da Edificação

Em seguida, será feita a classificação da edificação, de acordo com o Decreto nº 53.280/2016. Caracterizando conforme as tabelas do decreto e focando nos prédios educacionais.

A primeira classificação é a ocupação de uso da edificação, conforme Quadro 2. O prédio em análise se classifica na classe E – Educacional e Cultura Física, Divisão E-1. Devido a se tratar de uma ‘Escola em Geral’.

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Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público Quadro 2: Classificação quanto à ocupação

Fonte: Adaptado de Tabela 1 - Decreto nº53.280/2016

No Quadro 3 é visto a caraterização da escola em relação à altura da edificação. Esta é definida segundo a Lei nº14.376 de 26 de dezembro de 2013, como sendo “a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais alto do piso do último pavimento”. A edificação analisada contém 6,65 metros, se caracterizando então como do Tipo III com altura entre 6 e 12 metros.

Quadro 3: Classificação quanto à altura

Fonte: Adaptado de Tabela 2 - Decreto nº53.280/2016

A carga de incêndio da edificação é definida segundo a Lei nº14.376 de 26 de dezembro de 2013, como sendo “a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos num ambiente, pavimento ou edificação, inclusive o revestimento das

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