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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.2 Classificação da Edificação

Em seguida, será feita a classificação da edificação, de acordo com o Decreto nº 53.280/2016. Caracterizando conforme as tabelas do decreto e focando nos prédios educacionais.

A primeira classificação é a ocupação de uso da edificação, conforme Quadro 2. O prédio em análise se classifica na classe E – Educacional e Cultura Física, Divisão E-1. Devido a se tratar de uma ‘Escola em Geral’.

Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público Quadro 2: Classificação quanto à ocupação

Fonte: Adaptado de Tabela 1 - Decreto nº53.280/2016

No Quadro 3 é visto a caraterização da escola em relação à altura da edificação. Esta é definida segundo a Lei nº14.376 de 26 de dezembro de 2013, como sendo “a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais alto do piso do último pavimento”. A edificação analisada contém 6,65 metros, se caracterizando então como do Tipo III com altura entre 6 e 12 metros.

Quadro 3: Classificação quanto à altura

Fonte: Adaptado de Tabela 2 - Decreto nº53.280/2016

A carga de incêndio da edificação é definida segundo a Lei nº14.376 de 26 de dezembro de 2013, como sendo “a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos num ambiente, pavimento ou edificação, inclusive o revestimento das

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paredes, divisórias, pisos e tetos".

Carga de Incêndio pode ser classificada como sendo baixa, média ou alta, e sua leitura se dá em MJ/m², conforme Tabela 3.

Tabela 3: Classificação quanto ao grau de risco de incêndio

Fonte: Adaptado de Tabela 3 - Decreto nº53.280/2016

A RT CBMRS nº 14:2016 recomenda que se a edificação for caracterizada com mais de uma classe de incêndio, os extintores deverão ser dimensionados de forma a que atenda ambas classes, de preferência em apenas um único extintor de incêndio. Na Tabela 4 é possível analisar as cargas de incêndio para a edificação estudada.

Tabela 4: Classificação quanto à carga de incêndio específica

Grupo Ocupação/Uso Descrição Divisão

Carga de Incêndio em MJ/m² E Educacional e cultura física Ensino Fundamental E-1 450

Ensino Médio E-1 300

Educação superior – graduação E-1 300 Educação superior – graduação e pós- graduação E-1 300 Educação superior – pós-graduação e extensão E-1 300 Administração de

caixas escolares E-1 300

Cursos preparatórios para

concursos

E-1 300

Fonte: Adaptado de Tabela 3.1 - Decreto nº53.280/2016

A E.E.E.M. Edmundo Pilz contém em três níveis de ensino, sendo eles ensino fundamental, médio e o núcleo de jovens e adultos, também conhecido como NEEJA. Analisando os dados da tabela anterior percebe-se que para ensino fundamental a carga de incêndio é 450 MJ/m², se tratando de risco médio.

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4.3 Das Exigências

Se tratando de um prédio existente antes da mudança das normas de PPCI, a edificação estudada toma como característica ser uma edificação de prédio existente. Conforme o Quadro 4, percebe-se que para construções desse padrão, independente se sua área ou altura, deve ser seguida as normas da RT em vigor que explana sobre o assunto.

Quadro 4: Exigências para edificações e áreas de risco de incêndio

Fonte: Adaptado de Tabela 4 – Anexo B - Decreto nº53.280/2016

No ano de 2016 o CBMRS criou uma resolução técnica – RT nº05, parte 7 – Processo de segurança contra incêndio: edificações e áreas de risco de incêndio existentes, que tem como principal objetivo facilitar o PPCI em prédios já existentes. Conforme o Quadro a seguir, é selecionado o grupo E, na divisão E-1 e conferido as exigências necessárias conforme a altura ou a área da edificação. Nesse caso a altura é entre 6 e 12 metros. A área construída é de 1.617,50 m², logo, passa pela área mínima indicada na tabela.

Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público Quadro 5: Edificações do grupo E

Fonte: Adaptado de Tabela 6E – Anexo A – RT nº 05, parte 7, 2016

Como a área é superior à 750m², assim como, a altura pouco acima de 6 metros, a regra esclarece os itens de segurança que devem ser tomados, sendo eles: • Saídas de Emergência • Plano de Emergência • Brigada de Incêndio • Iluminação de Emergência • Alarme de Incêndio • Sinalização de Emergência • Extintores • Hidrantes e Mangotinhos

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Analisando o quadro acima, percebe-se que alguns itens não são de uso obrigatório, sendo eles:

• Acesso de Viaturas* • Detecção de Incêndio • Chuveiros Automáticos

*Segundo a referência, o acesso de viaturas nesse caso somente é necessário se o prédio estiver a mais de 20 metros da via pública. Sendo então equipamento não obrigatório, todavia, o recuo frontal da edificação está a 7,40 metros da via.

4.4 Saída de Emergência

O prédio principal da escola apresenta características de grande porte, com vãos largos, áreas grandes, várias portas de saída no térreo.

Iniciando a análise pelo segundo pavimento (o prédio contém pavimento térreo, primeiro e segundo), o de maior altura em relação ao piso de descarga, percebe-se que os vão dos corredores apresentam dimensão de 1,95 metros, ficando dentro das normas estabelecidas, conforme a RT nº11 – parte 1 (2016), onde diz “a largura mínima das saídas de emergência, em qualquer caso, deverá ser de 1,10 m para as ocupações em geral”, o corredor pode ser visto na Figura 11.

Figura 11 – Corredor da escola

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A escola possui apenas uma escada para o fluxo de alunos e funcionários, para todos os pavimentos. Esta possui largura de 2,55 metros, contém corrimões de metal com apenas uma barra e altura de 0,90 m, conforme Figura 12, o corrimão possui altura correta.

Figura 12 – Dimensões de corrimão

Fonte: RT CBMRS nº11 – Parte 1, 2016

Levando em conta que só tem uma saída do último pavimento, a escada apresenta largura de 2,55 metros, conforme visto na Figura 13, segundo os cálculos de saída de emergência da RT nº11 – parte 1 (2016), sua dimensão está em conformidade com a resolução.

Figura 13 – Dimensões de escadas

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Para cálculo de dimensão de saída de emergência, o que inclui escadas, deve-se seguir os passos indicados RT nº11 – parte 1 (2016). Esta cita a fórmula 𝑁 =𝑃

𝐶 como sendo a referência para o dimensionamento, onde: • N = Número de unidades de passagem;

• P = População, conforme coeficiente da Tabela 1, do Anexo “A”; • C = Capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 1, do

Anexo “A”.

Ainda segundo a resolução, “a largura mínima da saída é calculada pela multiplicação do “N” pelo fator 0,55 m, resultando na quantidade, em metros, da largura mínima”. Segue Quadro 6 com os dados para uso no cálculo.

Quadro 6: Dados de dimensionamento

Ocupação

População

Capacidade da Unidade de Passagem

Grupo Divisão Descargas Acessos/ Escadas/ Rampas Portas

E E-1 a E-4

Uma pessoa por 1,5 m² de área de sala

de aula (F)

100 75 100

F F-5 Uma pessoa por 1,0

m² de área 100 75 100

Fonte: Adaptado de Tabela 1 – Anexo A – RT nº 11, parte 1, 2016

Utilizando tais informações e conferindo as notas da RT citada, chega-se à medida mínima de 2,42 metros, para o dimensionamento da escada. Essa possui 2,55 metros, conforme visto na Figura 14, logo seu dimensionamento está de acordo com as normas. Todavia, a escada necessita de corrimão intermediário, conforme o item 5.8.4 que trata dos corrimãos intermediários, onde diz que quando a escada ter mais de 2,20 m de largura, deverão:

a) ter corrimão intermediário, com segmento entre 1,20 m e 1,80 m. O espaçamento entre o término de um segmento e o início do seguinte deverá ser de, no mínimo, 0,80 m;

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b) ter lanços, determinados pelos corrimãos intermediários, com largura mínima de 1,10 m.

Figura 14 – Dimensões de escadas

Fonte: Autoria Própria / 2019

Outro item de suma importância inconforme com as regras vigentes é a distância a ser percorrida até que se encontre em um local seguro e protegido. Analisando a RT nº11 – parte 1 – é visto que para o prédio escolar estudado, onde apresenta saída única e não há detecção automática, a distância a ser percorrida para os demais andares deve ser de 30 metros, conforme Figura 15.

Figura 15 – Distância máxima a ser percorrida

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No ponto mais crítico estudado, a metragem ficou em aproximadamente 66 metros, devendo assim, ser obrigatório achar outra saída de emergência mais próxima ou analisar as demais normas para encontrar alguma maneira viável de montar um PPCI adequado. Mesmo se tivesse detecção automática, ainda assim não estaria conforme as normas.

Por análise do autor, tendo em vista a segurança dos alunos e adequações às normas, seria viável a instalação de uma escada externa no prédio, passando pelo segundo e primeiro pavimentos. No térreo já contém as distâncias corretas de saída de emergência.

As portas de saída de emergência estão de acordo com as normas, pois essas foram dimensionadas por uma empresa especializada e possuem as recomendações previstas. Conforme diz a RT nº11 – 1, 2016 “as portas dos corredores, dos acessos e descargas das escadas e as portas de acesso ao espaço livre exterior térreo deverão possuir barra antipânico, conforme ABNT NBR 11785:1997, quando a população total da edificação for superior a 200 pessoas”. Na Figura 16 é possível ver a placa indicativa.

Figura 16 – Porta com indicação de conformidade

Fonte: Autoria Própria / 2019

São duas aberturas com barra antipânico no pavimento térreo. O modelo de porta pode ser visto na Figura 17.

Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público Figura 17 – Portas antipânico

Fonte: Autoria Própria / 2019

Um porém a ser exposto é o fato de uma das portas se manter cadeada durante o dia a dia, o que é proibido conforme resolução técnica. Interrogando a direção sobre o caso, foi dito que está assim pois na concepção deles só uma porta aberta é suficiente, visto na Figura 18.

Figura 18 – Porta com cadeado

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4.5 Plano de Emergência

O plano de emergência é normatizado pela NBR 15219/2005 e ele visa proteger a edificação, seu entorno, as pessoas que estão habitando o local e inclusive o meio ambiente.

Conforme a mesma NBR, esse plano deve ser projetado por um profissional com estudo para tal área. Sempre levando em conta os itens a seguir:

• Localização;

• Tipo de construção; • Ocupação;

• População;

• Característica de funcionamento; • Pessoas portadoras de deficiências;

• outros riscos específicos inerentes à atividade; • Recursos humanos e materiais existentes.

Em conversa com a direção da escola, essa não possui nenhum tipo de plano de emergência atualizado que esteja de acordo com a NBR 15219 de 2005. Em vias gerais a escola tem bom fluxo de espaço / população, o que não preocupa tanto a direção. Devido ao volume de informações e a dificuldade em consegui-las este item acabou ficando de fora da proposta dadas ao estudo.

4.6 Brigada de Incêndio

Conforme a RT nº 014/BM-CCB/2009, a brigada de incêndio é caracterizada como um grupo de pessoas, normalmente voluntárias ou até indicadas, que possuem treinamento e são consideradas capacitadas para trabalhar tanto na prevenção, no combate à incêndios, na fuga para o ambiente externo, quanto nos primeiros socorros quando necessário, tudo isso em um local pré estabelecido.

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À complementar, ainda segundo a mesma normativa, para se tornar um brigadista de incêndio é necessário passar por cursos oferecidos e ministrados por pessoal qualificado e habilitado, podendo ser “aquele com formação ou especialização em Segurança do Trabalho, devidamente registrado no Conselho Regional competente ou no Ministério do Trabalho e os integrantes do Corpo de Bombeiros Militar”. O curso tende a ensinar o funcionário a trabalhar de forma racional em uma emergência até que chegue um socorro especializado.

Em conversa com a coordenação da escola, surgiu a informação de que nenhum funcionário possui os cursos em acordo com as normas vigentes, ficando a escola mais uma vez vulnerável quanto à um possível sinistro. Se tratando de um tema na qual necessita de serviços terceirizados, não há forma de indicar possíveis soluções nesse estudo, cabendo somente indicar as informações atualizadas da situação na qual se encontra a escola.

4.7 Iluminação de Emergência

A escola contém iluminação de emergência em vários locais e em todos pavimentos. Todavia, de forma precária e não dimensionada. Em muitos locais foram vistas luminárias de emergência com instalações elétricas inapropriadas, como na Figura 19.

Figura 19 – Instalações fixadas com fita adesiva transparente

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Conforme a NBR 10898 do ano de 1999, que dita as regras sobre o sistema de iluminação de emergência, no seu subitem 8.2.5, informa que a fiação dessas deve ser executada com fios rígidos, algo que não se viu na edificação. A normativa também regulamenta que “as fiações e suas derivações sejam embutidas em eletrodutos. No caso de instalação aparente, os eletrodutos devem ser metálicos”. Logo, as instalações foram feitas de forma incorreta, conforme Figura 20.

Figura 20 – Instalações atuais na edificação

Fonte: Autoria Própria / 2019

A dita NBR regula que o dimensionamento das luminárias de emergências devem ser conforme Figura 21, onde h quer dizer a altura da luminária em relação ao piso.

Figura 21 – Distância máxima entre luminárias

Fonte: Anexo A – NBR 10898:1999

No corredor do segundo pavimento a luminária se encontra a 2,80 m do piso, logo, a próxima deverá estar a 11,2 metros, sempre sendo multiplicado por quatro, sua altura em relação ao piso, uma da outra, assim como afirma a normativa, entretanto, possui apenas uma luminária nos andares superiores, sendo então, insuficiente. No subitem 8.1.15, a NBR regulamenta que em qualquer caso, os

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pontos de iluminação devem ser alocados de forma que seja possível visualizar o ponto seguinte, a uma distância máxima de 15 m.

4.8 Alarme de Incêndio

Em conversa com a direção da escola e analisando a estrutura da mesma pode se confirmar que essa não possui nenhum tipo de alarme de incêndio. Equipamento este necessário segundo o Anexo A da RT nº 05, parte 7, 2016.

Conforme a NBR 17240 do ano de 2010, o acionador quando manual “deve ser instalado em local de trânsito de pessoas em caso de emergência, como saídas de áreas de trabalho, corredores, saídas de emergência para o exterior, etc.”. Sua localização deve estar entre 0,90 m e 1,35 m do piso, conforme Figura 22, podendo ser embutido ou também de sobrepor. É necessário que sua coloração seja na cor vermelho segurança.

Figura 22 – Altura do Acionador Convencional

Fonte: Adaptado de Figura C.8 – NBR 17240:2010

À complementar, ainda segundo a mesma normativa, para acionar o botão de alarme mais próximo, uma pessoa não pode percorrer uma distância superior à 30 metros. Nas edificações onde possuir mais de um pavimento, cada andar deverá

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possuir ao menos um equipamento de acionador manual.

O projeto contará com acionadores manuais situados em locais estratégicos e sua central de alarme será em uma sala onde atualmente já se encontram equipamentos de monitoramento da escola. O sistema quando acionado terá o sistema de alarme audiovisual, estando de acordo com as normas.

4.9 Sinalização de Emergência

Quanto à questão de sinalização de emergência em vários locais era percebível placas indicativas, todavia, era possível perceber que não estavam dimensionadas, algumas direcionavam para locais incorretos e em lugares onde havia a necessidade, não havia indicação alguma. Conforme a Figura 23 é possível perceber a falta de sinalização.

Figura 23 – Não há sinalização de equipamentos

Fonte: Autoria Própria / 2019

Seguindo as normas da NBR 13434-1 de 2004, a sinalização que indica proibição deve estar em local visível e altura mínima de 1,80m em relação ao piso. As placas devem estar ao máximo de quinze metros uma da outra, deixando organizadas de forma que, independentemente do local em que uma pessoa

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estiver, uma placa deverá estar à vista. O mesmo critério deve ser utilizado para a sinalização de alerta.

Para a sinalização de orientação e salvamento a NBR 13434-1:2004 regulamenta que as placas de saída em portas devem estar logo acima desta ou na própria abertura, desde que esteja a 1,80 m do piso pronto. Para a sinalização de rota de saída as placas indicativas devem estar no máximo a quinze metros umas das outras, de forma que independentemente do local em que uma pessoa estiver, uma placa esteja a pelo menos 7,50 m dela e obedecendo os 1,80 m de altura em relação ao piso. Nem todas placas indicativas estavam de acordo na edificação, pois não respeitavam as distâncias ou seus tamanhos estabelecidos pela norma.

Para os extintores de incêndio e hidrantes, a placa indicativa é de sinalização de equipamentos e devem ter sua base a 1,80m do piso. Conforme Figura 24.

Figura 24 – Indicação de Sinalização de Equipamentos

Fonte: Adaptado de Figura A.6 e A.7 – NBR 13434-1:2004

De acordo com a direção da escola, as placas de sinalização atuais foram instaladas em reformas antigas e também através de empresas terceirizadas, que costumam fazer a manutenção dos equipamentos do prédio. Não estão em total acordo com as normas vigentes pois a última reforma que tratou desde tema não é recente.

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No bloco principal da escola, na qual possui três pavimentos, todos os extintores de incêndio estavam com a carga e pressão correta, assim como todos sendo do tipo ABC, que é o ideal para a edificação em questão. A escola possui um acordo com uma empresa terceirizada da própria cidade, na qual possuem um calendário de trocas e fazem esse serviço de revisão dos extintores. Por essa razão os extintores estão corretamente dimensionados e em dia, conforme pode ser visto na Figura 25.

Figura 25 – Extintor de Incêndio

Fonte: Autoria Própria / 2019

Tendo em vista que na escola possui papel, madeira, possíveis líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos o correto é que os aparelhos extintores sejam do tipo ABC. A escola apresenta três unidades nos corredores do pavimento térreo e, também, três unidades em cada um dos demais pavimentos. Sendo todos com capacidade do tipo de 2A:20BC – 4 Kg.

Para dimensionamento dos extintores deve-se analisar o risco na qual a escola pertence, segundo a Tabela 20 já apresentada, a edificação é de risco médio. Analisando a RT CBMRS nº14 – 2016, é possível elaborar uma previsão da carga de incêndio, através da Quadro 7 pode ser visto as distâncias para extintores do tipo A.

Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público Quadro 7 – Risco Classe A

Fonte: RT CBMRS nº 14 – 2016

Uma vez conferido o risco da classe A, é a vez de conferir o risco da classe B. Esse pode ser visto na Quadro 8.

Quadro 8 – Risco Classe B

Fonte: RT CBMRS nº 14 – 2016

A categoria C envolve os equipamentos elétricos, no Quadro 9 é possível analisar a distância máxima a percorrer.

Plano de Prevenção e Combate a Incêndios: Estudo de caso em escola de ensino público Quadro 9 – Risco Classe C

Fonte: RT CBMRS nº 14 – 2016

Através de uma análise de dados pode se confirmar que o sistema de dimensionamento atual da escola, como a quantidade de extintores, o tipo e a capacidade extintora, estão conforme as normas vigentes.

4.11 Hidrantes e Mangotinhos

O prédio da escola possui uma idade avançada, foi inaugurado no ano de 1966, mesmo assim esse já contém o sistema de hidrante embutido em sua estrutura. O sistema possui uma saída somente em cada pavimento, tendo uma mangueira em cada andar. Conforme pode ser visto na Figura 26.

Figura 26 – Hidrante

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De acordo com a NBR 13714:2000 todos os locais onde se contém um hidrante ou mangotinho precisam ter indicação em forma de placa de sinalização, para facilitar a localização num momento de emergência. Algo que não se viu nas instalações da escola, conforme foi exposto na Figura 11.

À complementar, segundo a mesma normativa, para a localização dos hidrantes deve-se seguir algumas recomendações:

• Devem ser localizados a no máximo 5 m das portas externas,

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