CURSO: Ciências Contábeis
DISCIPLINA: CONTABILIDADE PÚBLICA
PROFESSOR: Prof. Ms. Carlos Alberto de Oliveira APOSTILA GUIA DE AULA: 1.0
CONTEÚDO: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E FUNCIONAL DA UNIÃO AULAS:
1. Serviço Público – Conceito
Conceitua-se “Serviços Públicos” como o conjunto de atividades e bens que são exercidos ou colocados à disposição da coletividade, visando abranger e proporcionar o maior grau possível de bem-estar social ou “da prosperidade pública”.
Essa responsabilidade cabe ao Estado que é organizado com a finalidade de harmonizar sua atividade para promover e satisfazer a prosperidade pública de forma mais ampla.
Entende-se que serviços públicos são aqueles prestados pelo Estado ou legados por Concessão ou Permissão com condições impostas e fixadas.
1.1. Serviço Privativo do Estado
Existem serviços que são de responsabilidade direta do Estado, para eles não é possível delegar poderes aos indivíduos que o compõem. Exemplos:
Relações Diplomáticas
Defesa e Segurança do Território Nacional Emissão de Moeda
Controle e fiscalização de instituições financeiras e de seguros Manutenção do serviço postal e do Correio nacional
Planos nacionais de saúde e ensino Poder de polícia e segurança pública
(Constituição Federal art. 21, incisos I, III, VII, VIII, IX, X, XIII; e artigos 142 e 144) 1.2. Serviço de Utilidade Pública
Serviços de utilidade pública são os Serviços Públicos prestados por delegação do Poder Público, sob condições fixadas por ele.
1.2.1. Prestação de Serviço de Utilidade Pública por Concessão
A concessão de serviços é um procedimento pelo qual uma pessoa de direito público, denominada autoridade concedente, confia mediante delegação contratual a uma pessoa física ou jurídica, chamada concessionário, o encargo de explorar um serviço público. Em contrapartida, o concessionário deve sujeitar-se a certas obrigações impostas pelo Poder Público. Exemplos:
Fornecimento de Energia Elétrica Telefonia
Fornecimento de água e captação de esgoto Fornecimento de gás
Deve-se ter autorização Legislativa. Não é permitido ceder em definitivo o serviço. É dever do Poder Público promover a periódica fiscalização. As regras são ditadas pelo poder público, objetivando
benefícios para a população. Normalmente tem durabilidade de 20 a 30 anos, retornando todo o patrimônio ao Estado ao término da concessão.
1.2.2. Prestação de Serviço de Utilidade Pública por Permissão
Prestação de serviço por permissão é o procedimento através do qual uma pessoa de direito público, denominada autoridade permitente, faculta, mediante delegação a título precário (pode ter fim a qualquer momento) a uma pessoa física ou jurídica chamada permissionário, a execução de obras e serviços de utilidade pública, ou o uso excepcional de bem público, podendo ser outorgada de forma gratuita ou remunerada, atendendo a condições estabelecidas pelo Poder Público.
Toda permissão traz implícita a condição de ser em todo o momento, compatível com o interesse público e, por conseguinte, revogável ou modificável pela Administração, sem recurso algum por parte do permissionário.
1.2.3. Prestação de Serviço Mista
Prestação de serviço mista é aquela realizada pela Administração Pública, por seu dever de Estado e pode ser, também, executada por pessoa física ou jurídica de caráter privado, independente de delegação ou permissão para isso.
Isso acontece em virtude de existirem alguns mandamentos constitucionais que atribuem certos direitos aos cidadãos, e outros há que atribuem certas obrigações ao Estado, sem, entretanto, vedar a execução de tais serviços a pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
Por exemplo:
A Educação. Este serviço é prestado pelas secretarias de educação e também por entidades particulares.
Constituição Federal
Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 209 - O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 2. Administração Pública – Conceito
É o ato de gerir os negócios públicos por intermédio do governo nas esferas federal, estadual e municipal, abrangendo as entidades estatais, autárquicas, fundacionais e paraestatais.
Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado a realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.
Administrar é gerir os serviços públicos. Significa não só prestar serviços executando-os, mas também dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um resultado útil.
“Na Administração Pública não há liberdade pessoal. Enquanto na administração particular é licito fazer tudo o que a lei não proíbe, na administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza” (Hely Lopes Meirelles).
3. Organização Político-Administrativa Brasileira
O Estado Brasileiro é uma Nação Politicamente Organizada.
O limite espacial dentro do qual o Estado exerce de modo efetivo e exclusivo o poder de império (a Soberania) sobre as pessoas (de dentro e de fora) e bens (o Povo) é o conceito de Território.
A forma com a qual se exerce o poder político em função do Território pode ser chamada de Unidade. Conforme Art. 1º da Constituição Federal - A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania; II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político.
Conseqüentemente, os Estados são entidades federativas que compõem a União, dotados de autonomia e também se constituem em pessoas de direito público interno.
Desta forma temos dois tipos de pessoas de direito público, identificadas no Estado Federativo Brasileiro, que são o Distrito Federal e os Territórios.
Resumindo, pode-se afirmar que a organização Político-administrativa Brasileira é a de um Estado Federal e caracteriza-se pela união indissolúvel dos Estados, dos Municípios e do Distrito federal. 3.1. Organização da Administração Pública
O Estado divide-se em três funções essenciais, quais sejam: Função Normativa ou Legislativa;
Função Administrativa ou Executiva; Função Judicial.
Constituição Federal: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, O Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
A Administração Pública está estruturada nos órgãos da Administração Direta ou Centralizada e da Administração Indireta ou Descentralizada (Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, alterado pelo Decreto-lei nº 900, de 29 de setembro de 1969).
3.1.1 Administração Direta ou Centralizada
A Administração Direta ou Centralizada é aquela que se encontra integrada e ligada diretamente aos chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
3.1.2 Administração Indireta ou Descentralizada
A Administração Indireta ou Descentralizada é aquela atividade administrativa, caracterizada como serviço público ou de interesse público, transferida do Estado, para outra Entidade. (Está pode ser criada pelo Estado ou cuja criação foi autorizada por ele).
3.2 Entidades que compõem a Administração Indireta ou Descentralizada
Dentre as entidades que compõe a chamada Administração Indireta ou Descentralizada, o Estado pode utilizar-se de instituições com personalidade jurídica de direito público ou de direito privado, dependendo dos serviços que pretende transferir.
As entidades de personalidade jurídica de direito público podem ser constituídas para a execução de atividades típicas da Administração Pública, ou seja, atividades estatais específicas. Por sua vez, as entidades de personalidade jurídica de direito privado (chamadas de Entidades Paraestatais) podem ser constituídas ou autorizadas para a execução de atividades de interesse público, mas dificilmente para serviços privativos do Estado.
b) Entidades Paraestatais a. Empresas Públicas
b. Sociedades de Economia Mista c. Fundações
d. Serviços Sociais Autônomos 3.2.1 Autarquias
A Autarquia é uma forma descentralizada da administração, onde só devem ser outorgados serviços públicos típicos e não atividades industriais ou econômicas, ainda que de interesse coletivo.
Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita própria para executar atividades típicas da Administração Pública, ou seja, atribuições estatais específicas.
À Autarquia, geralmente, são indicados serviços que requeiram maior especialização e, conseqüentemente, organização adequada, autonomia de gestão e pessoal técnico especializado.
Principais Características:
Criação feita por Lei, mas a organização e regulamento se fazem por decreto; O Patrimônio inicial é oriundo da entidade estatal a que se vincula;
Seus bens e rendas constituem patrimônio próprio (público);
O orçamento é idêntico ao das entidades estatais, conforme arts. 107 a 110 da Lei nº 4.320/64; Os atos de seus dirigentes equiparam-se aos atos administrativos e, portanto, sujeitos a
mandado de segurança e à ação popular;
As despesas relativas a compras, serviços e obras estão sujeitas as normas de licitações; Os servidores sujeitam-se ao regime estatutário próprio ou pode adotar o regime de
funcionários ou servidores públicos, ou ainda a Consolidação das Leis Trabalhistas; entretanto seus atos, para efeitos jurídico-criminais, equiparam-se aos praticados por funcionários públicos.
Está sujeita ao controle de vigilância, orientação e correção da entidade estatal a que está vinculada. Também está sujeita ao controle dos atos e conduta dos dirigentes pela estatal a qual está vinculada, bem como ao controle financeiro, o qual ocorre nos mesmos moldes da Administração Direta, inclusive pelo Tribunal de Contas; e
Adquirem os privilégios tributários e prerrogativas dos entes estatais, além de outros que lhe forem conferidos por Lei.
Exemplos de Autarquias: Autarquia Previdenciária
O Instituto Nacional de Seguridade Social
O Instituto de Previdência do Estado de São Paulo O Institutos de Previdências dos Municípios Autarquias Profissionais
O Conselho Federal de Contabilidade O Conselho Federal de Engenharia O Ordem dos Advogados do Brasil Autarquias Industriais
O Depto Nacional de Estradas e Rodagem O Depto Nacional de Águas e Energia Elétrica O Depto Estadual de Estradas e Rodagem Autarquias Especiais
O Banco Central do Brasil
O Comissão Nacional de Energia Nuclear O Universidade de São Paulo – USP O Universidade de Campinas - UNICAMP
Autarquias Educacionais O Outras Faculdades 3.2.2 Entidades Paraestatais
São pessoas jurídicas de direito privado cuja criação é autorizada por Lei, com patrimônio público ou misto, para realização de atividades, obras ou serviços de interesse do Estado (mas não privativo do Estado), sob normas e controle do Estado. Podem ser atividades com ou sem fins lucrativos.
O significado de Paraestatal é ao lado do Estado, paralelamente ao Estado.
A entidade paraestatal é de caráter quase público, pois não exerce serviços públicos, mas serviços de interesse público, reconhecidos ou organizados pelo Estado e entregues a uma administração privada, que, se não é desmembramento do Estado, não goza de privilégios estatais, salvo quando concedidos expressamente em Lei. Para essas entidades podem ser conferidas prerrogativas estatais, tendo como exemplo a arrecadação de taxas e contribuições, destinadas a manutenção de seus serviços.
Regem-se por estatutos ou contratos sociais registrados nas repartições competentes (Junta Comercial ou Registro Civil).
Principais Características:
A organização depende de autorização legislativa, mas obedece a normas das pessoas jurídicas de direito privado;
Regem-se por seus estatutos ou contratos sociais, conforme a natureza dos seus objetivos; O patrimônio pode ser constituído com recursos públicos, privados ou ambos juntos;
A administração de tais entidades varia conforme o tipo e modalidade que a Lei determinar, sendo possível a direção unipessoal ou colegiada, com ou sem elementos do Estado;
Possuem autonomia administrativa e Financeira sendo supervisionadas pela entidade estatal a qual estiver vinculada;
Não possuem privilégios tributários ou processuais, a não ser que sejam especialmente concedidos por Lei;
Os atos de seus dirigentes equiparam-se aos atos administrativos e, portanto, sujeitos a mandado de segurança e à ação popular;
As despesas relativas a compras, serviços e obras estão sujeitas as normas de licitações; Os servidores sujeitam-se ao regime estatutário próprio ou pode adotar o regime de
funcionários ou servidores públicos, ou ainda a Consolidação das Leis Trabalhistas; entretanto seus atos, para efeitos jurídico-criminais, equiparam-se aos praticados por funcionários públicos.
São elas:
Empresas Públicas
Sociedades de Economia Mista Fundações
3.2.2.1 Empresas Públicas
Conceito: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criada por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa. A característica específica das empresas públicas é o seu capital, exclusivamente público, de uma só ou de várias entidades, mas sempre governamental.
Exemplos:
No nível de União
o Caixa Econômica Federal
o Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos No nível do Estado
o Caixa Econômica do Estado o Imprensa Oficial do Estado
o Companhia do Metropolitano de São Paulo No nível do Município
o Empresa Municipal de Urbanização – EMURB 3.2.2.2 Sociedade de Economia Mista
Conceito: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou a entidade da Administração Indireta, mas somente à União, em caráter permanente, quando a atividade for submetida a regime de monopólio estatal.
A principal característica das Sociedades de Economia Mista é a participação governamental e particular na constituição do seu capital
Exemplos:
No nível de União
o Petrobrás – Petróleo Brasileiro S.A o Banco do Brasil S.A
No nível do Estado
o Eletropaulo – Eletricidade de São Paulo o Banco do Estado de São Paulo
No nível do Município
o Prodam-SP – Cia de Processamento de Dados do Município de São Paulo o CET – Cia de Engenharia de tráfego
3.2.2.3 Fundações
As Fundações instituídas pelo poder público são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio; criação autorizada por lei; escritura pública; e estatuto registrado e inscrito no registro civil das Pessoas Jurídicas; com objetivos de interesse coletivo, geralmente de educação, ensino, pesquisa, assistência social, etc., com a personalização de bens públicos, sob o amparo e controle permanente do Estado.
Exemplos:
No nível da União
o Funai – Fundação Nacional do Índio o Fundação universidade de Brasília No nível do Estado
o Fundação Padre Anchieta
Os Serviços Sociais Autônomos são aqueles autorizados por Lei, com personalidade de direito privado, com patrimônio próprio a administração particular, com finalidade específica de assistência ou ensino a certas categorias ou determinadas categorias profissionais, sem fins lucrativos.
São entes paraestatais de cooperação com o poder público, e sua forma de instituição particular pode ser Fundação, Sociedade Civil ou Associação. Embora não façam parte da Administração Indireta o Poder Público as autoriza e as ampara.
Os Serviços Sociais Autônomos organizam-se nos moldes das empresas privadas; administram o seu patrimônio e aplicam suas rendas livremente; e não possuem fins lucrativos.
Exemplos:
SESI – Serviço Social da Industria SESC – Serviço Social do Comércio
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
EXPLIQUEMOS, EM TERMOS MAIS PRÁTICOS, MAIS ALGUNS CONCEITOS, TALVEZ, AINDA DESCONHECIDOS:
PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA – Trata-se de qualquer Instituição com características jurídicas próprias e combinadas, e definidas em Regimento e Regulamento Internos devidamente aprovados.
AUTARQUIA – Órgão administrativo autônomo, auxiliar do Governo, para aquelas atividades não consideradas como prioritárias ( que são as atividades-fim ), órgãos estes criados por Lei específica do Poder Legislativo, porém obrigatoriamente subordinado às demais Leis Públicas do Direito Administrativo, e também com funcionamento custeado por recursos públicos ( do Orçamento Público Brasileiro ).
FUNDAÇÃO PÚBLICA – Idem, porém como Instituição também subordinada às Leis do Direito Privado, típicas das atividades de utilidade pública, ou de beneficiência.
EMPRESA PÚBLICA (genericamente) – Idem, porém como Instituições voltadas a exercer atividade econômica cujo controle interessa ao Estado.
EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE – Empresa controlada pelo Poder Público que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de Capital. Trata-se de outra interpretação do conceito de empresa vinculada ao governo, adotada agora pela LRF. (FURNAS)
ÓRGÃO – Ministério, Secretaria ou Entidade desse mesmo grau, aos quais estão vinculadas as respectivas Unidades Orçamentárias.
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA – Segmento da administração direta ao qual o Orçamento da União consigna dotações especificas para a realização de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição.
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO – Ato administrativo de controle que não configura obrigação a pagar da União ou direito a receber por parte do contratado da União. Trata-se apenas do registro de total autorizado para a efetivação de gastos por parte da União. É o limite do direito a gastar na Execução Orçamentária que um órgão – e seus subordinados – possui em determinado exercício fiscal. Não envolve recursos financeiros ( que são empregados na Execução Financeira ) para quitação destes gastos.
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA – É a utilização dos Créditos Orçamentários consignados no Orçamento Público e nos Créditos Adicionais, visando a realização dos projetos e / ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias.
EXECUÇÃO FINANCEIRA DA DESPESA – É a utilização de recursos financeiros (R$) visando atender a realização dos projetos e / ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias. Trata-se do Fluxo de Caixa do Governo, e envolve a disponibilização do dinheiro quando da efetiva necessidade do desembolso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Angélico, João – Contabilidade Pública. Atlas 1995
Glauber Lima Mota, Francisco – Contabilidade Aplicada à Administração Pública. Vestcon 2001