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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Academic year: 2022

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UM PROBLEMA MUITO ANTIGO

O Orçamento Nacional deve ser equilibrado;

As dívidas públicas devem ser reduzidas, e arrogância das autoridades deve ser moderada e

controlada;

Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a nação não quiser ir à falência;

As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver

por conta pública.

Marcus Tullius Cícero Roma 55 a.C

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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1. CONCEITO E ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1.1. Conceito de Administração Pública

Nas palavras de Meirelles (2005, pp. 64 e 65), Administração Pública “Numa visão Global, é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas”.

Andrade (2002, p. 37) diz que, devido a

grandiosidade territorial de nosso país, fica evidente que há inúmeras funções do Estado, em diversas atividades, que contribuem para melhoria de vida dos usuários, que são os próprios contribuintes. Porém, é visível que pela complexidade de determinados serviços e atividades há necessidade de se dividirem tarefas com o fim de atingir o objetivo maior de suprir as necessidades da população. Nesse sentido, o Chefe do Poder Executivo centraliza certas atividades que, dentre elas, pode-se citar: saúde, educação, segurança pública, obra públicas, planejamento; enquanto delega outras atividades que mereçam atenção especial devido a seu nível de especialização. Dessa forma, as atividades centralizadas pelo Poder Executivo, são executadas pelos órgãos que constituem a Administração Direta, e aquelas que são desenvolvidas de maneira descentralizadas por órgãos ou entidades compõem a Administração Indireta.

ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Aspectos Gerais

Em todos os países, qualquer que seja sua forma de governo ou organização política existe uma administração pública, que pode ser definida como a ordenação, direção e controle de serviços do governo, no âmbito federal, estadual e municipal, segundo os preceitos do direito e da moral visando o bem comum.

Administração pública: é uma atividade neutra e vinculada à norma técnica.

* sentido formal: conjunto de órgãos que realiza o objetivo do governo.

* sentido material: conjunto de funções básicas necessárias para os serviços públicos.

* sentido operacional

• A segurança, com o objetivo de manter a ordem política, econômica e social;

: modo de agir; desempenho contínuo, legal, técnico dos serviços públicos.

Finalidades Básicas do Estado:

• O desenvolvimento, com o objetivo de promover o bem comum.

Funções do Estado:

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• Normativa, ordenadora ou legislativa;

• Jurisdicional ou disciplinadora;

• Executiva ou administrativa

1.2. Princípios da Administração Pública

Artigo 37 da Constituição Federal:

“A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos seguintes PRINCÍPIOS (grifo nosso):

Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência

O aparelho administrativo executa diferentes funções: tem ingerência nas relações entre particulares, garantindo-lhes maior segurança jurídica, dá publicidade aos atos em que são interessados e realiza sua fiscalização.

A ação administrativa manifesta-se no condicionamento da liberdade e da propriedade dos particulares, no exercício do poder de polícia de modo a harmonizar o direito de liberdade e propriedade do indivíduo com o direito de liberdade e de propriedade de seus semelhantes.

A prestação desses serviços à comunidade pressupõe, naturalmente, que o Estado disponha dos meios necessários e, por isso, a Administração Pública, por meio de suas repartições, ordena o pagamento de tributos e regula empréstimos compulsórios, entre outras providências.

Segundo a Constituição Federal Brasileira a Administração Pública para exercer suas atividades e funções segue cinco princípios básicos que são:

Função Normativa Poder Legislativo

Finalidades Segurança e Desenvolvimento

Função Jurisdicional Poder Judiciário

Função Executiva Poder Executivo

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Legalidade;

Impessoalidade

Moralidade;

Publicidade;

Eficiência.

1) Legalidade: toda a atividade administrativa tem de estar presente na lei.

Não há espaço para a vontade pessoal, só para a vontade da lei. A essência do princípio diz que a administração particular precisa observar se seu ato ou atividade não é proibido por lei; a administração pública precisa observar se é permitido.

2) Impessoalidade: o administrador público não pode ter atitudes de favorecimento ou dirigir ato administrativo em benefício de uma pessoa. A atividade pública tem que ser sempre impessoal. A pessoalidade tem que

ser voltada ao coletivo, à comunidade e ao público.

3) Moralidade (administrativa): está na essência (é um atributo) do ato administrativo, que praticado, não desperta (não sofre) na comunidade a sua repulsa ou rejeição, o que pressupõe ter sido auferido pelos valores éticos vigentes. A moralidade administrativa é entendida como o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da administração.

O ato administrativo terá que obedecer não somente à lei jurídica, mas à ética da própria instituição, impondo-se ao agente público para a sua conduta interna, segundo as exigências a que serve e a finalidade de sua ação que é sempre o bem comum.

4) Publicidade: permite a fiscalização, a vigilância do exercício direto da administração pública, por traduzir os atos administrativos, pela transparência.

Alguns atos têm a publicação como ato de eficácia e possibilita o exercício da cidadania.

Através da publicidade, divulga-se oficialmente o ato administrativo para conhecimento público e para indicar seus efeitos externos.

5) Eficiência: a atividade pública, por força do princípio da eficiência, tem que alcançar o objetivo para o qual foi implantado, tem que dar resultado, inclusive se necessitar de cobrança dos indivíduos.

Está relacionada a custo, ou seja, a forma pela qual os meios são geridos. É a otimização dos recursos disponíveis, através da utilização de métodos, técnicas e normas, visando o menor esforço e o menor custo na execução das tarefas. A eficiência é, pois um critério de desempenho.

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1.3. Organização da Administração Direta ou Centralizada

Segundo Araújo e Arruda (2004, p.6), a administração direta, compreende a estrutura administrativa dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) e suas subdivisões (estrutura administrativa do Gabinete do Governador e das secretarias estaduais e municipais com seus respectivos departamentos e seções). È o conjunto de unidades organizacionais que integram a estrutura administrativa de cada um dos Poderes da União, dos Estados e dos Municípios.

Nesse sentido, ao conjunto de atividades e serviços que são integrados na estrutura da administração do Chefe do Poder Executivo, fazendo parte também o Poder Legislativo, Judiciário e os Órgãos autônomos como Tribunal de Contas e Ministério Público, constitui o denominado núcleo central dos órgãos máximos dos três poderes, ou seja, órgãos e entidades estatais da administração direta.

1.4. Administração Indireta ou Descentralizada

Para Andrade (2002, p. 38), Administração indireta é a descentralização dos serviços públicos, por intermédio das autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas, detentoras de personalidade jurídica própria, gestão independente, bem como recursos financeiros e orçamentários individuais, também fiscalizada pelo Tribunal de Contas.

1.4.1. Entidades Autárquicas

É o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita própria para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada (art. 5º do Dec. 200/67).

Segundo Silva (2004, p. 189), “as autarquias podem ser classificadas em duas categorias: autarquias institucionais – que prestam serviços autônomos personalizados (DETRAN); autarquias corporativas – representadas por órgãos fiscalizadores de profissões (CRA, CRC, CREA).

1.4.2. Empresas Públicas

È a entidade dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente governamental, criada por lei para exploração de atividade econômica ou industrial que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa (art. 5º do Dec. 200/67). Exemplos: Casa da Moeda, Caixa Econômica Federal, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

1.4.3. Sociedade de Economia Mista

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É a entidade de personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio, criada por força de lei para exploração de atividade econômica ou serviço, sob forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertencem, em sua maioria, à União ou a entidade da Administração Indireta.

(art. 5º do Dec. 200/67). A principal característica das Sociedades de Economia Mista consiste na participação governamental e particular na constituição do seu capital, onde conciliam os objetivos de interesse público com a estrutura de empresas privadas. Exemplos: PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S/A, Banco do Brasil S/A.

1.4.4. Fundações

De acordo com Meirelles (2005, p. 66), “Entidades fundacionais – São pessoas jurídicas de Direito Público ou pessoas jurídicas de Direito Privado, devendo a lei definir as respectivas áreas de atuação, conforme inc. XX do art.

37 da CF, na redação dada pela EC 19/88. No primeiro caso elas são criadas por lei, à semelhança das autarquias, e no segundo a lei apenas autoriza a sua criação, devendo o Poder Executivo tomar as providências necessárias à sua instituição”.

1.5 Fundos Especiais

Constitui fundo especial o produto de receita específica que, por lei, se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação (art. 71 da Lei 4.320/64).

De acordo com a referida Lei são características dos fundos especiais:

a) receitas especificadas;

b) vinculação à realização de determinados objetivos ou serviços;

c) normas peculiares de aplicação;

d) vinculação a determinado órgão da administração;

e) descentralização interna do processo decisório;

f) plano de aplicação, contabilidade e prestação de contas específica.

O fundo especial não é detentor de patrimônio, entidade jurídica, órgão ou unidade orçamentária. No entanto, é tipo de gestão de recursos financeiros que para tanto necessita de dotação orçamentária para tal fim. Exemplos:

Fundo Nacional de Saúde – FNS, Fundo de Modernização da Polícia Militar do Tocantins – FUNPM, Fundo de Fornecimento de Fardamento da PMTO – FUNFARDA, Fundo Estadual de Saúde.

1.6. Administração Auxiliar

Exercício para Casa (data ____/_____/_____)

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Pesquise sobre administração auxiliar e dê exemplos.

1.7. Entidades que fazem parte do orçamento público

Com o entendimento da organização da Administração Pública, é possível identificar, conforme representado no Quadro 1.1, quais os órgãos e entidades da administração direta e indireta que fazem parte do orçamento.

Quadro 1.1 – Entidades que fazem parte do Orçamento Público

ADMINISTRAÇÃO DIRETA (Centralizada)

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (Descentralizada) Poder Executivo

União: Ministérios/Secretarias Especiais

Estados e Municípios: Secretarias

Autarquias

- Autarquias Institucionais

- Autarquias de Regime Especial

Poder Legislativo

União: Congresso Nacional Estados: Assembléia Legislativa Municípios: Câmaras Municipais (Tribunais de Contas)

Fundações Públicas (Dependentes)

Poder Judiciário Federal e Estadual (Ministério Público)

Empresas Dependentes

Aquelas que utilizam recursos à conta do orçamento público para despesas de custeio e investimento (Art. 1º, inciso II, Lei 101/00)

1.7. Classificação e Formas de Prestação de Serviços Públicos

Freire (2002) diz que os serviços públicos se classificam da seguinte forma:

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a) Serviço público (essencialidade e necessidade). Exemplo: defesa nacional, de polícia, de preservação da saúde pública; e,

b) Serviço de utilidade pública (conveniência). Exemplo: transporte coletivo, energia elétrica, telefone.

Em relação as formas de prestação de serviços públicos, Freire (2002) classifica da seguinte maneira:

Centralizado – o Estado é ao mesmo tempo o titular e o prestador de serviço;

Desconcentrado - o serviço é executado centralizadamente, porém, distribuído entre seus diversos órgãos da administração direta;

Descentralizado – implica a transferência da execução do serviço para outra entidade, seja por outorga (o Estado cria a entidade e a ela transfere a execução de determinado serviço) ou delegação (o Estado transfere a execução ao particular por contrato ou por ato administrativo).

1.8. Agentes Públicos

A Administração expressa a vontade do Estado por meio de seus agentes públicos. Segundo Meirelles (2005, p.75), os agentes públicos se classificam em:

a) Agentes Políticos: são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais. Exemplo: Governador do Estado, Comandante Geral da PM, Secretários de Estado, Prefeitos;

b) Agentes Administrativos: são todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico determinado pela entidade estatal a que servem. São investidos a título de emprego e com retribuição pecuniária, em regra por nomeação, e excepcionalmente por contrato de trabalho ou credenciamento. Exemplo: Cadete da PM, Professor;

c) Agentes Honoríficos: são cidadão convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente, determinado serviço do Estado, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória

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capacidade profissional, mas sem qualquer vinculo empregatício ou estatutário e, normalmente, sem remuneração. Exemplo: função de jurado, mesário eleitoral, comissário de menores;

d) Agentes Delegados: são particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob permanente fiscalização delegante. Nessa categoria encontram-se os concessionários e permissionários de obras e serviços públicos, os leiloeiros, os tradutores e interpretes públicos.

e) Agentes Credenciados: são os que recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividades específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante.

2. GESTÃO PÚBLICA

Ação de planejar, dirigir e controlar as atividades e programas governamentais com a finalidade de garantir o cumprimento de metas preestabelecidas.

2.1. Gestor Público

O Administrador da coisa pública, investido de competência decisória, tem poderes e deveres específicos e, consequentemente, responsabilidades próprias.

2.1.1. Características

• Atitude ética;

• Zelo e motivação;

• Compreensão das rotinas e procedimentos;

• Conhecimento e comportamento com os objetivos e metas;

• Cumprimento de competências específicas.

2.2. Gestão Governamental

2.2.1. Controle

O Gestor deve acompanhar

ECONOMIA

de forma efetiva e concomitante a execução dos projetos e atividades, visando avaliar o grau de eficiência na operacionalização das ações sob sua responsabilidade.

2.2.2. Critérios de Avaliação da Gestão Governamental (5 E’s)

Menor custo com qualidade.

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EFICIÊNCIA

Gastar bem;

Controle de desperdício;

Aprimoramento de práticas administrativas e operacionais;

EFICÁCIA

Atingir os objetivos e metas programados;

Qualidade dos resultados dos serviços públicos oferecidos ao cidadão.

EFETIVIDADE

Satisfazer os interesses da coletividade;

Continuidade dos serviços prestados com qualidade.

ETICA

Responsabilidade, compromisso, probidade, transparência.

EFICIÊNCIA Capacidade que o gestor tem de aplicar os recursos escassos de forma otimizada.

+

EFICÁCIA Capacidade que o gestor tem de atingir

metas. =

SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES

COLETIVAS

2.3. Prestação de Contas

Os Administradores Públicos estão obrigados a prestar contas, o que não representa uma desconfiança em relação às atividades por eles desenvolvidas. Representa, apenas, uma informação que é prestada ao povo, a respeito do modo como seu dinheiro foi utilizado. É no mínimo a que o cidadão tem direito, no tocante à condução dos seus negócios, por parte dos que dele recebam delegação. Somos formadores de opinião!

Kbô!

Referências

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