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Análise financeira e gestão de risco na formação de uma carteira de ações

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUI

Curso de Pós Graduação LATU SENSU em Finanças e Mercado de Capitais

MBA 1ª Edição 2013-2014

ANÁLISE FINANCEIRA E GESTÃO DO RISCO NA FORMAÇÃO DE

UMA CARTEIRA DE AÇÕES

Orientador: Prof. Dr. JOSÉ EDUARDO ZDANOWICZ

KELI JAQUELINE SCHUMANN

Ijuí

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ANÁLISE FINANCEIRA E GESTÃO DO RISCO NA FORMAÇÃO

DE UMA CARTEIRA DE AÇÕES

KELI JAQUELINE SCHUMANN

Monografia apresentada à Escola Superior de Gestão de Negócios da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Finanças e Mercado de Capitais.

Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Zdanowicz

Ijuí

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3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO... 08

1.1 Apresentação do Tema e Problema de Estudo... 09

1.2 Justificativas... 11

1.3 Objetivos... 11

1.4 Metodologia... 13

1.4.1 Classificação da pesquisa... 14

1.4.2 Sujeitos da pesquisa e amostra... 15

1.4.3 Plano de coletas de dados... 16

1.4.4 Análise e interpretação dos dados... 21

1.4.4.1 Metodologia de pontuação para classificação do risco... 25

2. REFERENCIAL TEÓRICO... 31

2.1 Considerações Gerais... 31

2.2 O Mercado Acionário Brasileiro... 32

2.3 Formação e Gestão da Carteira de Investimentos... 35

2.4 Risco e Retorno... 39

2.5 Métodos Estatísticos e de Gestão de Risco... 46

2.6 Caracterização dos Ativos Estudados... 48

3. ESTUDO DE CASO... 71

3.1 Composição dos Indicadores de Rentabilidade... 71

3.2 Composição dos Indicadores de Risco... 75

CONCLUSÕES... 82

GLOSSÁRIO... 84

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Lista dos ativos analisados... 16

Tabela 2 - Informações do Ativo do Balanço Patrimonial de 2013 - R$/Milhões... 18

Tabela 3 - Informações do Passivo do Balanço Patrimonial de 2013 - R$/Milhões... 19

Tabela 4 - Informações da Demonstração do Res. do Exercício 2013 - R$/Milhões.... 20

Tabela 5 - Premissas de Pontuação: Indicadores de liquidez... 25

Tabela 6 - Premissas de Pontuação: Indicadores de endividamento... 26

Tabela 7 - Premissas de Pontuação: Indicadores de capital de giro... 26

Tabela 8 - Premissas de Pontuação: Indicadores de solvência... 26

Tabela 9 - Premissas de Pontuação: Indicadores de margem líquida... 27

Tabela 10 - Premissas de Pontuação: Indicadores do retorno do capital próprio... 27

Tabela 11 - Premissas de Pontuação: preço/valor... 28

Tabela 12 - Premissas de Pontuação: saldo em tesouraria... 28

Tabela 13 - Premissas de Pontuação: prazo de recebimento... 28

Tabela 14 - Premissas de Pontuação: Giro do Ativo... 29

Tabela 15 - Premissas de Pontuação: Valor Patrimonial... 29

Tabela 16 - Critérios de Pontuação para cada indicador calculado... 30

Tabela 17 - Análise dos Invest. em Relação à Rent., Segurança e Liquidez... 41

Tabela 18 - Cálculos dos indicadores de rentabilidade... 71

Tabela 19 - Pontuação atribuída através dos indicadores de rentabilidade... 72

Tabela 20 - Variação da Carteira 1 no período de julho/2013 a junho/2014... 75

Tabela 21 - Resultado dos cálculos da Carteira 1... 75

Tabela 22 - Variação da Carteira 2 no período de julho/2013 a junho/2014... 76

Tabela 23 - Resultado dos cálculos da Carteira 2... 76

Tabela 24 - Variação da Carteira 3 no período de julho/2013 a junho/2014... 76

Tabela 25 - Resultado dos cálculos da Carteira 3... 77

Tabela 26 - Variação da Carteira 4 no período de julho/2013 a junho/2014... 77

Tabela 27 - Resultado dos cálculos da Carteira 4... 77

Tabela 28 - Resumo dos resultados das carteiras... 78

Tabela 29 - Variação da Carteira 5 no período de julho/2013 a junho/2014... 79

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5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Marcas que compõe a empresa... 48

Figura 2 - Outras marcas que compõe a empresa... 49

Figura 3 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – AMBEV... 49

Figura 4 - Logotipo Banco do Brasil... 50

Figura 5 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Banco do Brasil... 50

Figura 6 - Logotipo Bradesco... 51

Figura 7 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Bradesco... 51

Figura 8 - Marcas próprias BRF... 52

Figura 9 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – BRF... 53

Figura 10 - Campinas Shopping: Exemplo de Shopping da empresa BRMALLS... 53

Figura 11 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – BRMalls... 54

Figura 12 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – BM&FBovespa... 55

Figura 13 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – CCR... 56

Figura 14 - Parcerias Estratégicas Cielo... 56

Figura 15 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Cielo... 57

Figura 16 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Cemig... 58

Figura 17 - Análise dos Invest. em Relação à Rent., Segurança e Liquidez... 59

Figura 18 - Produtos elaborados pela Gerdau... 59

Figura 19 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Gerdau... 60

Figura 20 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Itaú Unibanco... 61

Figura 21 - Marcas próprias da JBS... 61

Figura 22 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – JBS... 62

Figura 23 - Marcas próprias da Kroton... 63

Figura 24 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Kroton... 63

Figura 25 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Pão-de-Açúcar... 64

Figura 26 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Petrobras... 65

Figura 27 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Santander... 65

Figura 28 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Ultrapar... 67

Figura 29 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – VIVO... 68

Figura 30 - Exemplo de trabalho da Vale... 68

Figura 31 - Série histórica das ações de set/13 a set/14 – Vale... 69

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LISTA DE GRÁFICOS

]

C

D D As S S ss

Gráfico 1 - Pontuação Final atribuída aos ativos em ordem decrescente... 73 Gráfico 2 – Evolução diária dos valores de mercado da amostra nos últimos 12

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RESUMO

A partir do ano de 1970, o mercado financeiro, experimenta profundas transformações. O interesse dos investidores está no estudo da análise do risco. Acresce-se o rompimento do acordo de Bretton Woods que generalizou a queda do mercado de ações nas principais bolsas de valores. Após esses fatos, diversos estudos foram ampliados, especialmente, o método desenvolvido por Markowitz em 1950. Embora a teoria estudada seja relativamente nova, com pouco mais de 60 anos, sua implementação decorreu de importantes inovações, como a simplificação das metodologias de cálculos. Para compor uma carteira eficiente é necessário realizar estudos e análises para tomada de decisão, pois o investidor se defronta com um mercado financeiro instável e uma diversidade de opções para investir.

Palavras-chaves: Indicadores de avaliação. Markowitz. Retorno. Risco.

ABSTRAT

From the year 1970, the financial market, experiencing profound changes. Investor interest is in risk analysis study. In addition to the breakup of the Bretton Woods agreement which generalized the fall of the stock market in the major stock exchanges. After these facts, many studies have been extended, especially, the method developed by Markowitz in 1950. Although the study theory is relatively new, with just over 60, its implementation was due to important innovations, such as simplified methodologies calculations. To compose an efficient portfolio is a need for studies and analysis for decision making, because the investor is faced with an unstable financial market and a variety of options to invest.

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8

1.

INTRODUÇÃO

É relevante avaliar o interesse dos investidores em maximizar os lucros quando alocam suas reservas no mercado de ações, tendo a preocupação com o risco que estão assumindo na operação. O trabalho propõe formar uma carteira eficiente de ações, realizando os cálculos dos principais indicadores das Demonstrações Financeiras dos ativos mais comercializados na BM&FBovespa, bem como, utilizando os métodos estatísticos para a mensuração dos eventos.

O trabalho é voltado para o mercado de capitais, visando propor uma carteira eficiente através da análise fundamentalista e a gestão de risco através da metodologia de

Markowitz que leva em consideração a soma das variâncias individuais de cada ação e a

covariância entre pares de ações da carteira, conforme o percentual de participação de cada uma no total do conjunto.

Para contextualizar, apresenta-se uma breve caracterização das vinte empresas estudadas, informando o ano que foram inseriram no mercado de capitais, o ramo de atividade, um breve histórico da evolução da sua ascensão e como estão posicionadas perante a concorrência.

Na sequência do estudo é realizada a análise econômico-financeira, a partir dos dados extraídos do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício. Os indicadores calculados foram de liquidez e solvência, a necessidade de capital de giro, comparando com o capital de giro que a empresa dispõe para financiar o fluxo operacional dos negócios. Acrescem-se as análises do saldo em tesouraria, os indicadores de endividamento geral, do capital próprio, dos valores cíclicos, o giro dos estoques, clientes e fornecedores e os índices de rentabilidade.

Quanto às análises da Escola Fundamentalista consideraram-se os resultados setoriais e específicos de cada empresa dentro do contexto da economia nacional e internacional. Os principais indicadores abordados na análise são: preço da ação do mercado, o lucro por ação, o índice de preço pelo valor patrimonial da ação, o índice de dividendos pelo preço da ação no mercado e o índice de dividendos pelo lucro.

Destacam-se os estudos realizados sobre o mercado de capitais, sendo crucial à mensuração do risco e retorno. O trabalho visa aplicar a metodologia desenvolvida por

Markowitz, procurando mensurar o risco e minimizar os impactos negativos. Utilizando

os principais indicadores econômico-financeiros na análise fundamentalista, gerando informações relevantes para a tomada de decisão na formação da carteira eficiente de

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9 ações. A partir desse contexto definiu-se a melhor carteira de ativos, ou seja, um portfólio de investimento com os papéis que apresentam o melhor desempenho.

Portanto, buscou-se estudar a possibilidade de identificar uma carteira diversificada com rentabilidade relevante e minimização do risco, tendo como base as empresas dos setores: petroquímico, financeiro, telefonia, minerais, bebidas e alimentos, educacional, aeronáutica, metalúrgicas, pavimentação, eletricidade e distribuição de combustíveis, pois demonstraram um desempenho interessante nos últimos anos.

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada pelo interesse especial da autora pelo tema. Visando propor um portfólio ótimo de ações, a carteira formada relaciona empresas de setores distintos, que juntas representam 64% dos ativos que compões o Ibovespa no mês de abril de 2014, optando-se em aplicar a análise fundamentalista, mediante a gestão do risco através da metodologia de Markowitz.

Para algumas pessoas, o mercado de capitais assemelha-se a um jogo de sorte. No entanto, é fundamental ter em mente a real situação econômica que atravessa o país, ou seja, taxas de juros, inflação, câmbio instável, endividamento público e Balança Comercial negativa. Esse conjunto aumenta, gradativamente, o risco de retorno dos investimentos a serem realizados na economia.

Os métodos matemáticos e estatísticos utilizados na análise dos indicadores econômicos e financeiros têm sido os aliados dos analistas de investimentos. A economia atual caracteriza-se por grande volatilidade, exigindo que a gestão dos ativos seja mais eficaz e ativa.

Markowitz estudou a diversificação dos papéis, tendo como base a mensuração do risco. No trabalho realizado calculam-se os retornos mensais com base na cotação diária dos 20 ativos mais negociados na BM&FBovespa. Foram aplicados os principais métodos estatísticos, visando enriquecer as análises econômico-financeiras, como o desvio padrão, a média, a covariância e a correlação.

As pesquisas desenvolvidas sobre investimentos prendem a atenção de grande parte das pessoas que conhecem o mercado financeiro, tanto por notícias sobre o mercado de ações, quanto às taxas de juros nos bancos ou às perspectivas econômicas. Contudo,

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10 para que as estratégias de investimento sejam bem sucedidas, não basta conhecer o básico. É necessário a disciplina, a paciência e o conhecimento na área de finanças e mercado de capitais. A educação financeira consiste em aprender economizar para acumular riqueza, bem como buscar a melhor qualidade de vida no futuro. Neste sentido, o trabalho teve por objetivo principal propor a formação de uma carteira eficiente através da aplicação da teoria das carteiras de Markowitz.

Para alocar os recursos em ativos com melhor rentabilidade e menor risco, é necessário conhecimento sobre os principais aspectos financeiros da empresa em que se está investindo, sobre o mercado que está inserida e as perspectivas econômicas nacionais e internacionais. Destaca-se a gestão do risco sobre os preços dos papéis, para que se estime o retorno esperado, a partir do nível de risco fixado pelo investidor.

O risco de mercado depende do valor do ativo em relação às condições do contexto que está inserido. Oliveira, Galvão e Ribeiro (2006) corroboram, indicando que o risco de mercado equivale ao desempenho do preço do ativo diante das condições inerentes a empresa. É importante ressaltar que as pesquisas de Markowitz (1952) revelam que além do risco e do retorno é importante ponderar a covariância entre os ativos analisados, calculando a rentabilidade dos ativos da carteira. Assim, na proporção que se reduz a correlação entre os ativos de uma carteira nota-se um maior benefício de relação entre risco e retorno.

O mercado de capitais atrai os investidores pela perspectiva de obter maior rentabilidade em comparação ao retorno da renda fixa, que muitas vezes não satisfazem as expectativas dos aplicadores. Frequentemente, as pessoas desejam iniciar sua trajetória em investir no mercado de capitais. Entretanto, não possuem conhecimento necessário sobre o funcionamento do mercado acionário ou sobre as análises financeiras para realizar uma escolha que maximize o lucro e diminua o risco. Nesse sentido, os modelos matemáticos financeiros vêm ao encontro do interesse dos investidores para alavancar os resultados.

Neste contexto, formula-se a seguinte questão: Dentre os ativos estudados no mercado de capitais, é possível propor uma carteira de ações eficiente que apresente a melhor combinação de risco e retorno?

Em suma, as metodologias utilizadas neste trabalho objetivam responder em êxito a questão de estudo proposta.

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11 1.2 JUSTIFICATIVAS

Atualmente, a gestão do risco na formação de uma carteira de investimentos é fundamental para que as estratégias dos gestores tenham êxito. É de suma importância que a análise do nível de risco de determinado ativo se fundamente nas teorias disponíveis para que não se sujeite a falsas conclusões e frustrações do investidor.

Para formar uma carteira de investimentos, os aplicadores buscam informações no mercado ou com agentes financeiros qualificados, sobre as perspectivas de ganho da carteira de ações que estimam constituir. Assim, justifica-se esse estudo ao aplicar as técnicas de análise de investimentos e a mensuração do risco dos ativos, visando um ganho satisfatório. A economia aplicada, segundo Matos (1997), por exemplo, os métodos estatísticos, econométricos ou os cálculos relacionados ao desvio padrão, variância, covariância são instrumentos de pesquisa crucial para a formulação e aplicação de novas teorias, sendo considerado um progresso da Matemática e da Estatística.

O estudo está direcionado para a uma pesquisa experimental, o qual poderá ser aproveitado empiricamente. Portanto, a pesquisa será útil para pessoas interessadas em conhecer o mercado de capitais e a análise de investimentos, tendo em vista à presença da incerteza como fator determinante à decisão, tornando a área financeira um campo propício para a aplicação dos métodos matemáticos.

O mercado de ações pode ser acessado pela população em geral, mas, especuladores e investidores, acabam formando uma carteira de ações que têm um elevado grau de risco e, às vezes, um retorno baixo em relação a ativos de risco similar, tendo o prejuízo nas negociações realizadas. Acusa-se o fato do tema dessa pesquisa ser pouco explorado na academia, podendo ser usada no embasamento teórico, ou no aprofundamento em trabalhos acadêmicos e profissionais no futuro.

1.3 OBJETIVOS

Os objetivos do trabalho visam sintetizar de forma coerente o que o tema e as justificativas pretendem indicar, informando o motivo pelo qual está se realizando a proposta de pesquisa, bem como os resultados que se pretende obter.

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12 Para definir de forma adequada um tema, mediante o uso da metodologia da investigação científica, deve-se buscar um elo que seja atrelado ao campo teórico de interesse e domínio do autor. Para Bêrni (2002), o tema a ser pesquisado e os objetivos que norteiam o estudo deve ser, não somente interessante aos outros, mas principalmente deve ser de interesse do pesquisador. À medida que o estudo estreita a vida pessoal com a profissional, passa-se a fazer algo por prazer e não por mera obrigação. Bêrni (2002) destaca que as questões derivadas da problemática geral devem ser respondidas ao final da pesquisa. É fundamental ter discernimento para estabelecer o objetivo geral e os específicos, deixando evidentes os desdobramentos necessários.

A pesquisa científica não é considerada uma tarefa simples de se desenvolver, podendo ser identificada em etapas. Para Gil (2000), a primeira etapa é a formulação do tema e dos objetivos, tendo em vista, se o problema for amplo e genérico, é essencial que ele seja formulado com objetivos específicos para torná-lo adequado e possível para estudo. Segundo Gil (2000), os objetivos além de serem de interesse do pesquisador, deve dispor de conhecimentos na área de estudo escolhida, para que possam ser descritos de forma clara.

Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado. Para Lakatos e Marconi (2003), isso é necessário para saber o que se vai procurar e o que se pretende concluir. Igualmente, o objetivo torna o problema explícito, aumentando o conhecimento sobre o assunto a ser estudado e define a essência do trabalho, em relação ao que se pretende estudar. Para alguns autores a magnitude do problema apresentado depende da importância dos objetivos.

O objetivo geral identifica a grande meta que o pesquisador pretende atingir, contudo deverá ser definido após já ter exposto o problema, para que não se torne tão difícil direcioná-lo. Os objetivos específicos, recai como metas menores. O objetivo geral é a proposta de resolução do problema, já os objetivos específicos são as formas de captar dados para construir uma solução.

1.3.1 - Objetivo Geral

Propor uma carteira ótima de ações através da análise fundamentalista, aplicando a metodologia de Markowitz visando a melhor combinação de ativos em relação a risco e retorno.

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13 1.3.2 - Objetivos Específicos

Os objetivos específicos desse trabalho são:

a) analisar as tendências atuais através da literatura específica na linha de pesquisa;

b) organizar um banco de dados através de planilhas Excel para serem passíveis de análise;

c) utilizar a análise fundamentalista para avaliar os resultados dos dados tratados;

d) aplicar o modelo de Markowitz para mensurar o risco e retorno dos ativos; e) sugerir uma carteira eficiente dentre os vinte ativos mais negociados no Ibovespa em abril de 2014.

Em suma, a pesquisa acadêmica, ao apresentar os resultados, possibilita a avaliação da ideia concebida e da análise e dedução feita. Uma abordagem genérica de um tema pode dificultar a compreensão do leitor de qual é o problema proposto. Assim, os objetivos tornam-se cruciais para delimitar o trabalho e guiar o pesquisador em torno do tema apresentado.

1.4 METODOLOGIA

A metodologia relaciona os métodos necessários para a construção de uma pesquisa, de modo a facilitar a estruturação do trabalho, mediante uma leitura eficiente com a redação e o embasamento científico. O conhecimento dos métodos pode auxiliar na elaboração do trabalho científico para que se torne relevante na academia e sirva como referência em futuros trabalhos.

Segundo Gil (2000), a ciência econômica apesar de contemplar amplamente os conhecimentos matemáticos, ainda não pode ser considerada uma ciência exata, pois se relaciona com variáveis instáveis da própria natureza humana e social. Assim, os resultados obtidos nas conclusões de pesquisas podem ser questionáveis, embora fundamentados teoricamente. Entretanto dentre as ciências humanas, a economia é a que possui maior exatidão, pois considera além de aspectos qualitativo, um volume considerável de eventos quantitativos.

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“A metodologia científica, mais do que uma disciplina, significa introduzir o discente no mundo dos procedimentos sistemáticos e racionais, base da formação tanto do estudioso quanto do profissional, pois ambos atuam, além da prática, no mundo das ideias. Podemos afirmar até que: a prática nasce da concepção sobre o que deve ser realizado e qualquer tomada de decisão fundamenta-se naquilo que se afigura com o mais lógico, racional, eficiente e eficaz.”

O método é um conjunto de processos fundamentais necessários para que os objetivos da investigação sejam alcançados e podem ser identificados ao se classificar o tipo de pesquisa realizada, a forma da coleta dos dados e com quais métodos eles foram tratados e analisados. Ao se escolher o tipo de pesquisa é possível definir a fundamentação necessária para analisar os dados. Neste trabalho, o modelo de pesquisa foi o bibliográfico, observando na literatura as metodologias matemáticas e estatísticas, para tratamento dos dados, verificando-os nos documentos contábeis dos ativos estudados, que foram disponibilizados pelas empresas. A amostra foi definida, selecionando os vinte ativos mais negociados da BM&F Bovespa, que representavam 64% do total dos maiores volume de negociações realizada no mês de abril de 2014. A organização dos dados foi feita por meio de planilhas eletrônicas, por tratar-se de um volumoso relatório, facilitando a organização dos eventos.

1.4.1 Classificação da pesquisa

A classificação da pesquisa se dá pelo modo que é realizada a fundamentação teórica, a coleta de dados, o tratamento e a análise dos mesmos. Nesse trabalho, o método utilizado de pesquisa foi o indutivo, por partir de um universo particular de coleta de dados e finalizar com a generalização do resultado, caracterizando a conclusão do raciocínio na observação dos dados empíricos.

O método indutivo utilizado no trabalho foi escolhido pelo pesquisador para desenvolver o tema proposto, mas não é o único que existe no universo acadêmico. Gil (2000) corrobora, descrevendo que, o método indutivo chega às conclusões prováveis, pois parte de premissas isoladas que se correlacionam quando são expostas ao genérico. Ao contrário do método dedutivo, que apesar de não ter sido utilizado nessa pesquisa, caracteriza-se por apresentar conclusões que devem ser, necessariamente, verdadeiras, se

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15 as premissas pré-estabelecidas respeitarem uma forma lógica válida e também forem verdadeiras.

Dos cinco métodos indicativos mais utilizados no meio acadêmico, além da indução, segundo Gil (2000), foram empregados dois deles: o método comparativo, que é a investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre eles. Assim, relacionando os ativos com seus pares para formar uma carteira ótima de investimentos através dos dados coletados e sua análise; e o método estatístico, finalizando o estudo, se realizou o cálculo do risco dos ativos para composição ótima de uma carteira, aplicando os modelos estatísticos fundamentados em teorias clássicas e modernas. Gil (2000) descreve que as explicações deste método não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas com probabilidade de o serem, com certa margem de erro, tornando-o bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupações que seguem o viés quantitativo.

Em síntese, na pesquisa realiza-se a interpretação dos dados através da análise dos indicadores econômicos e financeiros que foram calculados através das metodologias existentes conforme referenciais teóricos. Ao se aplicar o método de Markowitz, para mensurar o nível de risco de cada ativo, relacionando-o com seus pares, foi possível obter as conclusões das análises realizadas, objetivando elencar os ativos com as melhores rentabilidades em determinados níveis de risco.

1.4.2 Sujeitos da pesquisa e amostra

A amostra e os sujeitos da pesquisa são fundamentais para o desenvolvimento do trabalho e a concretização dos objetivos. É a partir da definição do sujeito que se determina o restante dos processos da metodologia da pesquisa (amostragem, instrumentos de coletas de dados, sistema de tratamento). A amostra estudada tem cunho não probabilístico, pois usa critérios subjetivos para identificar os ativos, selecionando os sujeitos com base em informações que os elementos poderiam fornecer para a pesquisa, ou seja, as empresas dessa amostra e o universo que não será escolhido, não possuem igual probabilidade.

Os sujeitos da pesquisa são vinte 20 das 76 empresas mais negociados na BM&FBovespa, tendo como base o mês de abril de 2014. Selecionou-se 64% delas que somam 20 ativos de setores distintos da economia, conforme Tabela 1.

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16 Tabela 1 – Lista dos Ativos Analisados

Código Ação Setor Tipo Qtde. Teórica Part. (%)

ABEV3 AMBEV S/A Bebidas ON 3.300.544.590 5,524

BBAS3 BRASIL Instituição Financeira ON 869.869.347 2,54 BBDC4 BRADESCO Instituição Financeira PN N1 2.029.637.010 7,169

BRFS3 BRF AS Alimentos ON 624.621.521 3,662

BRML3 BR MALLS PAR Corretoras ON NM 431.247.384 0,928

BVMF3 BMFBOVESPA Índice ON 1.852.153.920 2,473

CCRO3 CCR AS Pavimentações ON 861.282.756 1,678

CIEL3 CIELO Meios de Pagamento ON 665.068.406 3,012

CMIG4 CEMIG Eletricidade PN N1 758.536.548 1,517

EMBR3 EMBRAER Aeronáutica ON NM 730.421.645 1,597

GGBR4 GERDAU Metalurgia PN N1 869.031.000 1,149

ITUB4 ITAUUNIBANCO Instituição Financeira PN N1 2.668.819.056 9,477

JBSS3 JBS Alimentos ON NM 1.600.689.365 1,387

KROT3 KROTON Educacional ON NM 339.839.473 2,143

PCAR4 P.ACUCAR-CBD Alimentos PN N1 159.510.159 1,746

PETR4 PETROBRAS Petroquímico PN 4.035.202.846 8,528

SANB11 SANTANDER BR Instituição Financeira UNT N2 924.867.316 1,399 UGPA3 ULTRAPAR Transp. Combustível ON 330.466.469 1,808

VALE5 VALE Minerais PNA N1 1.878.758.554 5,384

VIVT4 TELEF BRASIL Telefonia PN 261.308.985 1,183

Representatividade total 64,30%

Fonte: www.bmfbovespa.com.br

Ao selecionar os sujeitos supracitados através da lista das empresas integrantes do Ibovespa, sendo eles os ativos com o maior percentual de participação no índice, ou seja, com maiores movimentações, buscou-se elencar empresas sólidas que apresentem dados disponíveis para análise dos indicadores necessários para formar uma carteira eficiente de ações. Os ativos contemplados na Tabela 1 indicam seu código comercializado na BM&FBovespa, o nome da empresa, se a ação é ordinária ou preferencial, a quantidade teórica comercializada no dia 21 julho de 2014 e sua representação no total das empresas componentes do Ibovespa.

1.4.3 Plano de coleta de dados

O delineamento da pesquisa, segundo Gil (2000), pode ser elencado em várias classificações, sendo todas discricionárias. Na coleta de dados utilizou a pesquisa

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17 bibliográfica e a pesquisa documental. A pesquisa bibliográfica foi empregada na revisão teórica dos métodos empregados para tratamento e interpretação de dados. Com base em material elaborado na bibliografia, os métodos contribuíram para fundamentar os cálculos e as conclusões, bem como justificar o tema do trabalho. A pesquisa documental tem por base a fonte da coleta de dados sem tratamento analítico, sendo reelaborado de acordo com os objetivos propostos. Para coleta dos dados necessários, foi utilizada a pesquisa em documentos oficiais e nos registros disponibilizados pelas empresas na mídia em geral.

Destaca-se que as empresas analisadas caracterizam-se, com dados históricos, do setor que se integram e com notícias atuais relevantes que foram retiradas dos seus sites e de agentes qualificados, por exemplo, BM&FBovespa. O levantamento de dados foi realizado a partir da pesquisa nos documentos contábeis das empresas do último ano, bem como a série histórica do preço das ações.

O conjunto das Demonstrações Financeiras constitui-se num instrumento crucial para análise dos dados, pois “são elaboradoras para prestar contas sobre os atos e fatos praticados em determinado período pela direção da empresa e divulgados aos shareholder

e stakeholders”. (Zdanowicz, 2012, p. 17). Assim, possibilita a análise de indicadores

econômicos e financeiros, registrando os dados sobre a situação patrimonial e resultados da empresa com cunho comparativo, segundo Zdanowicz (2012), apresentando o exercício atual, seguido do exercício anterior.

A análise das demonstrações contábeis é uma técnica que realiza a decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos financeiros da empresa visando também extrair informações sobre a situação econômica e financeira da empresa. É relevante analisar os índices relativos dos exercícios anteriores, para realizar as comparações pertinentes.

O plano de coleta de dados foi organizado em forma de planilha eletrônica conforme o modelo desenvolvido a seguir, contemplando os dados pertinentes à análise e interpretação das informações tratadas.

Nas Demonstrações Financeiras segundo Reilly e Norton (2008) é possível identificar informações sobre os recursos disponíveis, especificadamente os ativos fixos e circulantes disponíveis à empresa para determinado momento, que são as contas do Ativo. As quais estão dispostas na Tabela 2, que apresenta dados sobre o Ativo Circulante Financeiro e Operacional, Ativo não Circulante, a Estoques, nem todas as empresas a possuem e Clientes.

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Tabela 2 – Informações do Ativo do Balanço Patrimonial 2013 – R$/Milhões Itens ATIVO TOTAL ATIVO CIRCULANTE. ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO ATIVO CIRCULANTE. OPERACIONAL ESTOQUES CLIENTES Cód. ABEV3 68.674.019 20.470.013 12.230.798 8.239.215 2.795.490 5.443.725 BBAS3 1.162.167.882 1.028.194.185 188.964.334 839.229.851 655.838.867 183.390.984 BBDC4 25.896.659 4.319.483 4.265.256 54.227 0 54.227 BRFS3 18.820.850 943.410 622.911 320.499 0 320.499 BRML3 908.139.000 816.259.000 578.533.000 237.726.000 214.655.000 23.071.000 BVMF3 32.374.569 13.242.523 6.792.553 6.449.970 3.111.615 3.338.355 CCRO3 14.033.010 1.824.915 1.488.639 336.276 0 336.276 CIEL3 29.814.142 6.668.783 4.719.326 1.949.457 37.726 1.911.731 CMIG4 13.310.582 9.104.461 465.760 8.638.701 0 8.638.701 EMBR3 23.760.310 13.511.893 6.813.278 6.698.615 5.358.286 1.340.329 GGBR4 58.215.040 18.177.222 5.598.725 12.578.497 8.499.691 4.078.806 ITUB4 1.027.297.000 914.624.000 479.645.000 434.979.000 90.626.000 344.353.000 JBSS3 68.670.221 28.913.483 13.088.941 15.824.542 6.904.616 8.919.926 KROT3 4.079.162 835.079 490.296 344.783 16.642 328.141 PCAR4 38.008.352 18.609.735 9.370.639 9.239.096 6.381.544 2.857.552 PETR4 752.967.000 123.351.000 67.375.000 55.976.000 33.324.000 22.652.000 SANB11 453.052.695 388.295.886 83.231.293 305.064.593 46.287.082 258.777.511 UGPA3 70.251.092 16.209.181 10.662.243 5.546.938 0 5.546.938 VALE5 8.474.604 7.903.941 3.989.891 3.914.050 1.592.513 2.321.537 VIVT4 291.881.000 48.281.000 25.259.000 23.022.000 9.662.000 13.360.000 Fonte: www.bmfbovespa.com.br

As empresas que administram as maiores quantidades de ativos são, respectivamente, o Banco do Brasil e o Itaú. O Ativo Circulante Financeiro informa às disponibilidades da empresa, sendo as de maior representatividade as empresas BR Malls, seguida pelo Itaú. O Ativo Circulante Operacional consiste em bens e direitos necessários para operar o negócio da empresa, por exemplo, Contas Clientes e Estoques. O Banco do Brasil e o Itaú detêm os maiores Ativos Circulante Operacionais dentre as 20 empresas. O Ativo não Circulante pode ter incluso em sua somatória todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da empresa, por exemplo, Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível, apresentando a Petrobrás trabalha o maior volume.

Reilly e Norton (2008) definem que as combinações dos itens do Passivo indicam a forma que a empresa tem financiado a aquisição dos ativos. Podem ser itens do Passivo Circulante (contas a pagar e empréstimos), ou Passivo não Circulante (dívida com juros fixos e de arrendamentos) e pelo Patrimônio Líquido (emissões de ações

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19 preferenciais e ordinárias ou pela utilização de lucros). Esses dados são necessários para se calcular os indicadores econômicos e financeiros das empresas.

Tabela 3 – Informações do Passivo do Balanço Patrimonial 2013 – R$/Milhões

Itens PASSIVO TOTAL PASSIVO CIRCULANT PASSIVO NÃO CIRCULANT

FORNECEDOR SALÁRIO IMPOSTOS PATRIMÔNIO

LÍQUIDO Cód. ABEV3 68.674.019 17.180.582 7.496.039 15.107.467 772.090 887.554 43.997.398 BBAS3 1.162.167.88 877.796.554 272.036.056 265.276.406 7.486.541 11.608.381 76.381.996 BBDC4 908.139.000 697.329.000 210.810.000 530.437.000 5.916.726 3.686.000 70.940.000 BRFS3 32.374.569 8.436.031 7.601.888 3.378.029 390.405 213.331 14.655.071 BRML3 18.820.850 1.397.128 7.956.466 84.892 69.169 64.071 8.790.119 BVMF3 25.896.659 2.710.846 3.886.921 45.474 74.911 1.433 19.284.229 CCRO3 14.033.010 3.346.299 7.201.170 189.941 128.632 329.817 3.436.018 CIEL3 13.310.582 5.958.069 273.110.000 435.342 138.130 528.014 3.331.879 CMIG4 29.814.142 5.921.641 11.254.144 1.066.358 185.693 533.452 12.638.359 EMBR3 23.760.310 6.776.676 8.474.625 2.374.449 44.014 311.869 8.277.255 GGBR4 58.215.040 7.236.630 18.957.653 3.271.419 655.962 651.207 32.020.757 ITUB4 1.027.297.00 736.272.000 206.833.000 450.484.000 99.023 3.794.000 84.192.000 JBSS3 68.670.221 17.708.869 27.828.098 5.342.388 17.441.53 6 19.760 23.133.254 KROT3 4.079.162 479.092 981.381 79.602 121.564 24.701 2.618.689 PCAR4 38.008.352 17.012.754 8.283.634 8.547.544 796.188 968.462 12.711.964 PETR4 752.967.000 82.525.000 403.633.000 27.922.000 4.806.000 11.597.00 349.334.000 SANB1 1 453.052.695 343.254.926 28.142.467 32.970.062 47.229 11.693.338 81.665.302 UGPA3 8.474.604 3.764.492 5.522.226 968.950 297.654 116.322 6.546.886 VALE5 291.881.000 21.462.000 117.242.000 8.837.000 3.247.000 2.753.000 152.121.000 VIVT4 70.251.092 13.537.471 12.036.076 5.889.377 416.355 1.781.480 4.468.120 Fonte: www.bmfbovespa.com.br

Em Contabilidade, o Passivo corresponde ao saldo das obrigações devidas, neste âmbito nota-se que as empresas que detém os maiores passivos, são as que detêm os maiores ativos, ou seja, Banco do Brasil e Itaú. O Passivo Circulante são as obrigações que são pagas dentro de um ano: Contas a Pagar, Fornecedores de mercadorias ou matérias-primas, Impostos a Recolher. Neste, encontram-se também o Banco do Brasil e Itaú, contudo na conta do Passivo Circulante Financeiro o Banco Santander assume o segundo maior volume.

A maior dívida com Salários está com a empresa JBS. E, o maior volume de Impostos pagos pelo Santander. O Patrimônio Líquido representa os valores que os acionistas têm na empresa no fechamento do balanço.

(20)

20 Destaca-se que a Demonstração do Resultado do Exercício, para Reilly e Norton (2008), é fundamental para se avaliar o desempenho operacional da empresa no período. Assim, as informações disponibilizadas na DRE, demonstram não somente um momento específico, mas indicam o fluxo de vendas, as despesas e os lucros durante o período. Esses dados possibilitam verificar percentuais de retorno do Ativo, bem como o seu percentual de lucro líquido no período estudado.

A demonstração do resultado do exercício (DRE) também se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e resultados. Oferencendo uma síntese financeira dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período.

Tabela 4 – Informações da Demonstração do Resultado do Exercício 2013- R$/Milhões

Itens OPERACIONAL. RECEITA LÍQUIDA RESULTADO OPERACIONAL CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS LUCRO LÍQUIDO NÚMERO DE AÇÕES Cód. ABEV3 34.791.391 23.393.590 11.397.801 11.354.070 12.823.457 BBAS3 16.492.900 907.069 5.204.066 11.288.834 2.865.417 BBDC4 88.161.076 24.973.350 63.184.726 12.011.028 2.580.319 BRFS3 30.521.246 7.568.101 22.953.145 1.066.837 870.535 BRML3 1.247.432 1.147.483 99.949 755.623 460.601 BVMF3 2.098.224 2.098.224 0 1.081.516 1.900.000 CCRO3 6.016.558 3.210.836 2.805.722 1.367.884 1.765.587 CIEL3 6.734.240 4.184.588 2.549.652 2.680.676 707.055 CMIG4 18.966.068 4.717.055 14.249.013 3.103.855 1.258.842 EMBR3 13.635.846 1.605.885 10.540.019 786.410 737.720 GGBR4 39.863.037 1.452.646 34.728.460 1.693.702 1.704.000 ITUB4 79.387.000 64.517.000 14.870.000 16.522.000 2.518.212 JBSS3 92.902.798 11.846.710 81.056.088 1.118.325 2.866.882 KROT3 2.015.942 1.093.554 922.388 516.571 268.704 PCAR4 57.730.262 15.026.183 42.704.079 1.396.207 264.923 PETR4 304.890.000 71.164.000 233.726.000 23.007.000 13.044.497 SANB11 51.217.046 28.479.221 22.737.825 5.848.124 399.044 UGPA3 60.940.246 4.774.864 56.165.382 1.225.143 556.405 VALE5 101.489.747 48.979.000 52.510.638 9.391.000 5.365 VIVT4 33.919.656 7.211.508 16.564.464 4.452.181 1.125.602 Fonte: www.bmfbovespa.com.br

A Receita Operacional Líquida demonstra o total de vendas realizadas no período dos produtos ou serviços pela empresa. As maiores receitas operacionais são da Petrobrás e Vale do Rio Doce. O maior valor de Custo dos Produtos Vendidos encontra-se na Petrobrás e na JBS, respectivamente. Enquanto, o maior lucro líquido pertence à

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21 Petrobrás e ao Itaú, bem como o maior número de ações comercializadas são da Petrobrás e da AmBev.

1.4.4 Análise e interpretação dos dados

Os dados de uma pesquisa são a base sobre a qual se assenta o julgamento da análise e conclusão do material. A análise dos dados é a atividade de transformar um conjunto de informações com o objetivo de poder verificá-los melhor, dando-lhes ao mesmo tempo uma razão de ser. É analisar os dados de um problema e identificá-los. A análise de dados possui diferentes abordagens, incorporando técnicas diversas.

Segundo D`Hainaut (1990) a estatística objetiva apresentar métodos para calcular as variáveis que se relacionam com a incerteza. Ao se considerar um conjunto de técnicas de pesquisa que abrange a planificação e organização dos dados, a análise dos indicadores e a dispersão da informação. Segundo o autor pode ser considerada um ramo da Matemática, que organiza, analisa e determina as correlações entre os dados, proporcionando as conclusões e projeções através do uso de dados empíricos.

Antes de iniciar as análises, é necessário entender de onde são extraídos dos dados para os cálculos. Segundo Zdanowicz (2012) os principais elementos referentes à estruturação contábil de uma empresa, encontram-se no Balanço Patrimonial, possibilitando identificar os seguintes grupos:

Ativo: registra o conjunto de bens e direitos na data de encerramento do exercício. É composto pelo Ativo Circulante, que representa o valor que a empresa tem Disponível, quanto tem a receber de Clientes, o valor monetário representado pelos Estoques e houveram-se Despesas pagas antecipadamente; e pelo Ativo Não Circulante, que representa as contas a receber de longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.

Passivo: registra o conjunto de obrigações em nome da empresa naquele período. É composto pelo Passivo Circulante, que representa as obrigações que os prazos de pagamento sejam efetuados durante o próximo exercício à data de encerramento do Balanço Patrimonial; e pelo Passivo Não Circulante, que representa as obrigações que serão pagas após o término do próximo exercício. O Patrimônio Líquido é composto pelo Capital Social (valor integralizado pelos sócios), Reservas de Capital (valores retidos dos lucros e reavaliação de itens do Ativo), Ajustes de Avaliação Patrimonial (adaptações correspondentes a valores de mercado dos ativos e passivos), Ações em Tesouraria

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22 (papéis que não estão no mercado para comercialização, encontrando-se em posse da empresa) e os Prejuízos Acumulados (registra as perdas do exercício atual e anteriores).

O tratamento dos dados para relacioná-los em índices se deu através da análise financeira e fundamentalista onde foram realizados os seguintes cálculos:

a) indicadores de liquidez (ciclo financeiro de caixa): indicam quantos reais a empresa detém para pagar cada R$ 1,00 de dívida. Segundo Martins (2001), o índice de liquidez corrente maior que R$ 1,40 representa que a empresa apresenta saúde financeira. É calculado da seguinte forma, Ativo Circulante / Passivo Circulante.

b) indicadores de endividamento: informam o grau de endividamento da empresa. A análise desse indicador permite verificar se a empresa está financiando o seu Ativo com recursos próprios (Patrimônio Líquido) ou capital de terceiros. Segundo Martins (2001), se a empresa recorre a dívidas de terceiros para ampliar suas instalações, expandir sua produção, ou modernizar a empresa, trata-se de um endividamento sadio, pois as aplicações dos recursos vão saldar a dívida vincenda. Contudo, se a mesma gera à dívida para pagamento de outras dívidas e há um círculo vicioso. O endividamento geral mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada por credores e pode ser calculado: Passivo Circulante + Exigível a longo prazo / Ativo Total;

c) indicadores de atividades: esses indicadores avaliam a situação financeira da empresa. Verifica se os capitais investidos estão sendo remunerados de forma que as receitas sejam maiores que as despesas, para que seja possível a sobrevivência da empresa e seu desenvolvimento no mercado em que está inserido. Segundo Martins (2001), os indicadores de atividade calculam:

c.a) giro de Clientes (em quantos dias em média a empresa recebe as vendas que realizou): Contas a Receber/Receita Operacional Líquida;

c.b) giro de Estoques (em quantos dias em média a empresa gira os estoques): Estoques / Custo Produtos Vendidos;

c.c) giro de Fornecedores (em quantos dias em média a empresa paga as compras que realizou): Fornecedores / Custo Produtos Vendidos;

d) indicadores financeiros: os indicadores financeiros permitem analisar a situação financeira da empresa. Segundo Zdanowicz (2012), apresentam de forma criteriosa, informações quanto à disponibilidade de caixa, bem como as comparações com variáveis internas e externas à organização.

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23 Segundo Matarazzo (2010) é importante calcular os índices que demonstram necessidade de capital de giro da empresa e o saldo que possui em Tesouraria. Pode-se citar:

d.a) capital de giro líquido (a empresa apresenta segurança financeira quando o Ativo Circulante - Passivo Circulante > 0). Calcula-se: Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional;

d.b) saldo em tesouraria (se for positivo, empresa possui recursos para autofinanciar atividades de curto prazo): assim: Ativo Circulante Financeiro - Passivo Circulante Financeiro;

d.c) solvência, demonstra a capacidade da empresa para honrar seus compromissos no curto e no longo prazo. Calcula-se: Ativo Total/(Passivo Circulante + Passivo não Circulante - Patrimônio Líquido);

e) indicadores econômicos: permitem verificar a real situação econômica da empresa, auxiliando a avaliar o lucro líquido, bem como a rentabilidade do Ativo e do capital próprio. Segundo Zdanowicz (2012), estes indicadores avaliam quanto cada produto real contribui para geração de valor aos acionistas, ou seja, tendem a evidenciar o retorno dos capitais investidores. Elencam-se as seguintes análises;

e.a) retorno do capital próprio (percentual que se está remunerando o capital investido). Calcula-se: Resultado Líquido / Patrimônio Líquido *100%;

e.b) giro do ativo total, demonstra quantas vezes no exercício a organização girou “vendeu” (ZDANOWICZ, 2012, p. 136) o seu Ativo. Calcula-se: Receita Operacional Líquida/Ativo Operacional Líquido.

e.c) margem líquida, “demonstra quanto a empresa auferiu no exercício, deduzindo-se todas as despesas”, ou seja, para cada R$ 100,00 de Receita Operacional Líquida quanto sobra de lucro líquido, calcula-se: Lucro Líquido / Receita Operacional Líquida * 100%;

f) indicadores fundamentalista: visam criar tendências para resultados futuros e a determinar o preço justo para as suas ações. Ao se coletar os dados necessários nos relatórios financeiros emitidos, anualmente, pelas empresas com regime de capital aberto, é possível realizar uma análise dos dados passados e projetar os resultados futuros através de modelos estatísticos. Logo se calculam:

f.a) lucro por ação (divisão do lucro líquido pelo número de ações): Lucro Líquido / Número total de ações;

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24 f.b) valor patrimonial (quanto a ação vale segundo seu patrimônio): Patrimônio Líquido / Número total de ações;

f.c) preço/lucro (quantos tempo demora em reaver o valor investido): Cotação da ação / Lucro por ação;

f.d) preço / valor patrimonial (demonstra se a propensão a comprar ou a vender conforme valor do preço da ação pelo valor patrimonial): Cotação da Ação / Patrimônio Líquido por ação;

A Teoria das Carteiras de Markowitz demonstra que os investidores em geral aceitam assumir determinado risco, inerente a alguns fatores como: perspectivas futuras, classe social, nível de escolaridade, entre outros. A seleção de carteiras (Bodie, 1999,

apud Silva, 2008) é estudar um processo para compensar o risco e o retorno esperado,

encontrando uma carteira de investimentos que dentre as opões seja a melhor. O estudo de Markowitz (1952) colaborou com as metodologias de avaliação e a compensação do risco com a diversificação de investimento. Segundo Gonçalves Júnior, Pamplona e Montenechi (2002),

Harry Markowitz (1952) desenvolveu um método que registra a variância de uma carteira como a soma das variâncias individuais de cada ação e covariâncias entre pares de ações da carteira, de acordo como o peso de cada ação na carteira. Markowitz comenta que deve haver uma carteira de ações que maximiza o retorno esperado e minimiza a variância, e esta deve ser a carteira recomendada para um investidor. O modelo básico de Markowitz pode ser dado por:

Onde:

E: Retorno esperado da carteira V: Variância da Carteira Xi: Participação de cada Ativo Mi: Retorno esperado de cada Ativo

Oij: Covariância entre o par de ativos se (i) diferente (j) e variância se (i) igual a (j)

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25 1.4.4.1 Metodologia de pontuação para classificação do risco

A pontuação atribuída aos indicadores foi definida através de critério próprio do pesquisador, evidenciando os que possuem maior relevância no tema, com base na fundamentação teórica apresentada. Ao elencar os indicadores mencionados, identificou a pontuação máxima em 10 e a pontuação mínima em 1, através seguinte metodologia:

Pontuação máxima: 10

 indicador de liquidez corrente: a liquidez é a capacidade que a empresa tem para pagar os compromissos com terceiros na data do vencimento, segundo Zdanowicz (2012). Se a organização não possuir liquidez, ela pode apresentar fragilidade financeira, logo é um indicador muito importante. Assim, se o valor da liquidez do Ativo for maior que R$ 1,40, então a pontuação será máxima. Se o indicador de liquidez ficar entre R$ 1,10 e R$ 1,39, a pontuação será 6, e se o indicador de liquidez for menor que R$ 1,00, então terá a pontuação mínima.

Tabela 5 – Premissas de pontuação: indicador de liquidez

LIQUIDEZ (L) PONTUAÇAO

L > 1,40 10

L >= 1,10 e L < 1,39 6

L < 1,10 1

Fonte: Fundamentação teórica

 endividamento geral: é considerado um indicador importante, segundo Zdanowicz (2012), para quem deseja verificar se a organização tem possibilidade de ter problemas de caixa e de capital de giro. O autor indica que o nível aceitável de endividamento é R$ 0,50 para cada R$ 1,00 de Ativo. Então se o indicador de endividamento for menor que 0,45, então será atribuída à pontuação máxima. Se o indicador apresentar um valor entre 0,45 e 0,55 então a pontuação será 6. Igualmente, se o endividamento ficar entre 0,56 e 0,65, a pontuação será 4, e por fim se o indicador de solvência for maior que 0,66 a pontuação mínima será atribuída a esses eventos. Nota-se que um empresa com endividamento próximo a 0,40 ou superior a 0,50 podem possui níveis de fragilidade financeira diferentes. Logo, fez necessário à parametrização da Tabela 6, para melhor enquadrar os ativos selecionados.

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26 Tabela 6 – Premissas de pontuação: indicador de endividamento

ENDIVIDAMENTO (E) PONTUAÇAO

E < 0,45 10

E > 0,45; E = < 0,55 6

E > 0,56; E = < 0,65 4

E > 0,66 1

Fonte: Fundamentação teórica

 capital de giros líquido (CGL): representa a parcela dos investimentos de curto prazo financiada por fontes de longo prazo. Segundo Málaga (2009), para que a empresa seja considerada bem financeiramente, o Ativo Circulante deve ser maior que o Passivo Circulante, e a diferença entre eles, nessa ordem seja maior que zero. Então, se o indicador for maior que zero então terá a pontuação máxima, mas se o indicador for menor zero, então terá a pontuação mínima.

Tabela 7 – Premissas de pontuação: capital de giro líquido

CGL PONTUAÇAO

CGL > 0 10

CGL < 0 1

Fonte: Fundamentação teórica

 indicador de solvência: é a medida de avaliação da capacidade financeira da empresa no longo prazo para cumprir suas obrigações. Segundo Zdanowicz, não há um índice balizador para a solvência geral, pelo fato de ser diferente para cada tipo de atividade econômica. Sendo assim, pelo enfoque gerencial, o autor indica que é aceitável um valor igual a 2 como mínimo, independente do porte da empresa. Portanto, pontua-se: se a solvência geral for maior que 2, então a empresa possui bens e direitos suficientes para cumprir com os compromissos, então se atribuiem a pontuação máxima. Se o indicador de solvência for igual a 2, a pontuação é 6, e o indicador for menor que 1, então a pontuação atribuída é mínima, pois a organização está trabalhando com Passivo a descoberto.

Tabela 8 – Premissas de pontuação: solvência

SOLVÊNCIA (S) PONTUAÇAO

S > 2 10

S = 2 6

S < 2 1

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27  margem líquida: é sinônimo de lucratividade, segundo Zdanowicz (2012) é a margem que a organização auferiu depois de descontadas todas as despesas. Assim, calcula-se a para cada R$ 1 de venda, quanto ficou depois de descontadas as despesas. Esse indicador, não possui nenhum parâmetro específico, pois depende do mercado e do tipo de atividade que se está inserido. Então, se pontou da seguinte forma: Se a margem líquida for superior a 0,60 atribui a pontuação máxima; se o indicador ficar entre 0,60 e 0,40, atribui à pontuação 6; apresentando um resultado entre 0,40 e 0,20 atribui a pontuação 4; sendo a margem líquida menor que 0,20, inclusive se for negativa, atribui a pontuação mínima.

Tabela 9 – Premissas de pontuação: Margem Líquida

MARGEM LÍQUIDA (ML) PONTUAÇAO

ML > 0,60 10

ML < 0,60; ML > 0,40 6

ML < 0,40; ML > 0,20 4

ML < 0,20 1

Fonte: desenvolvida pelo pesquisador

 retorno do capital próprio: relaciona o lucro obtido pela empresa ao total do capital empregado, segundo Reilly e Norton (2008), este se caracteriza pelo capital de terceiros, ações preferenciais e ord€inárias). Para melhor identificar a rentabilidade, comparou-se o retorno do capital próprio com a taxa Selic, que caracteriza um investimento com riscos baixíssimos. Assim, se retorno do capital próprio for maior que 12% então pontua-se com a máxima. Se ocorrer o inverso pontua-se com a mínima, ou seja, 1.

Tabela. 10 – Premissas de pontuação: retorno do capital próprio

RCP PONTUAÇAO

RCP > 12% 10

RCP < 12% 1

Fonte: Fundamentação teórica

 valor de mercado x valor patrimonial: também pode ser chamado de índice preço/valor patrimonial, segundo Reilly e Norton (2008), corroboram informando que, quando as empresas têm o mesmo padrão contábil, é possível relacioná-las através deste índice. Assim, se pontua: se o índice for maior que 1 então terá a máxima, pois representa

(28)

28 que o valor de mercado é maior que o valor patrimonial. Se o índice for menor que 1, então é pontuado com a mínima, pois significa que a ação está sendo comercializada abaixo do seu valor patrimonial.

Tabela 11 – Premissas de pontuação: indicador preço x valor

PREÇO/VALOR (IPV) PONTUAÇAO

IPV > 1 10

IPV < 1 1

Fonte: Fundamentação teórica

Pontuação 8:

 saldo em tesouraria: o saldo em tesouraria é obtido pela diferença entre as contas do Ativo Circulante Financeiro e Passivo Circulante Financeiro. Segundo Mattarozo (2010), este índice verifica se a empresa possui ou não dinheiro em caixa para suprir a sua necessidade de capital de giro. Então, se pontua: se o saldo em tesouraria for positivo, com a máxima, se ele for negativo, com a mínima.

Tabela 12 – Premissas de pontuação: indicador saldo em tesouraria

SALDO EM TESOURARIA (ST) PONTUAÇAO

ST + 8

ST - 1

Fonte: Fundamentação teórica

 giro de clientes: informa a rapidez com a empresa recebe os valores das vendas a prazo. Segundo Zdanowicz (2012), definindo-se também de prazo médio de recebimento, quanto menor for o prazo médio de recebimento maior será a rotação de valores a receber e menor será a necessidade de capital de giro. Portanto, se prazo médio de recebimento for menor que o prazo médio de pagamento a fornecedores pontua-se na máxima, pois terá capital para honrar esses compromissos. Mas se o inverso acontecer, pontua-se com a mínima.

(29)

29 Tabela 13 – Premissas de pontuação: Prazo de recebimento

PRAZO RECEBIMENTO (PR) PONTUAÇAO

PR < PP 8

PR > PP 1

Fonte: Fundamentação teórica

 giro do ativo: é um aspecto importante para quem quer estudar a taxa de retorno, indica Zdanowicz (2012). Segundo o autor, recomendável que este indicador seja superior a 1, notando que seria ideal ao findar um exercício que a organização tivesse “vendido” (girado) pelo menos uma vez o seu Ativo. Assim, pontua-se: se o giro do ativo for maior que 2 então tem pontuação máxima, se o giro do ativo for maior que 1 mas menor que 2, então se 4; e se o Giro do Ativo for menor que 1, então pontua-se com a mínima.

Tabela 14 – Premissas de pontuação: giro do ativo

GIRO ATIVO PONTUAÇAO

GA > 2 8

GA > 1; GA <2 4

GA < 1 1

Fonte: Fundamentação teórica

Pontuação 6:

 valor patrimonial: Os métodos patrimoniais de avaliação normalmente são utilizados em situações bastante específicas, por exemplo para se determinar o valor de liquidação de uma empresa quando em situação de concordata ou falência, ativos não operacionais, obsoletos ou fora de uso. Assim, se o valor patrimonial for menor que o valor de mercado pontua-se com a máxima, no contrário com a mínima.

Tabela 15 – Premissas de pontuação: valor patrimonial

VALOR PATRIMONIAL PONTUAÇAO

VP < VM 6

VP > VM 1

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30 Com base nas premissas estabelecidas, elenca-se a Tabela 16 os indicadores calculados com a pontuação que cada um tem para cálculo do nível de risco e conclusão da análise para formação da carteira de ações.

Tabela 16 – Critério de pontuação para cada indicador calculado

Indicador Pontuação

Liquidez Corrente 10

Endividamento Geral 10

Capital de Giro Líquido 10

Solvência 10

Margem Líquida 10

Retorno do Capital próprio 10

Valor Mercado x Valor Patrimonial 10

Saldo em Tesouraria 8

Giro do Ativo 8

Giro de clientes 8

Valor Patrimonial 6

Total 100

Fonte: Dados das tabelas 5 a 15

A metodologia da análise dos dados coletados foi desenvolvida com base no referencial teórico, aplicando-se da mesma forma para cada sujeito da pesquisa. Levando relevância igualitário de 20% na distribuição em relação ao total da amostra.

Após a aplicação da metodologia de pontuação adotada, ou seja, após realização dos cálculos que compõe e ponderação final, cada empresa apresentará uma nota que poderá ser no máximo 100 e no mínimo 11.

Assim, os ativos que apresentarem as melhores notas, serão classificados em grupos de 5 empresas através do critério da maior para a menor pontuação, ou seja, as empresas que obtiverem as 5 melhores pontuações, ficaram em um primeiro grupo, considerando-se que elas, são as empresas com melhor situação financeira do grupo e possivelmente menor risco.

Ao aplicar a metodologia de Markowitz, verifica-se se realmente a empresa com melhor situação financeira, oferece as melhores rentabilidades, ou se é possível formar uma carteira ótima entre elas.

(31)

31 2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Considerações Gerais

Na fundamentação do trabalho determinam-se as escolhas teóricas, evidenciando-as não por impulso, mas sim pela exigência que a problematização da pesquisa cria, sendo fundamental conhecer grande parte da bibliografia existente sobre o assunto. Esse conjunto de teorias de referência começa, elencando as bibliografias pertinentes ao tema, relacionando as mais adequadas para fundamentar o trabalho, podendo ser citada como o “Corpo Teórico” (Bêrni, 2002), ou seja, formam a estrutura sobre a qual o estudo se desenvolve, confirmando que não há como evitar pressupostos e imergir no senso comum.

Ao desenvolver o trabalho buscou-se consultar bibliografias relevantes que contribuíram para estruturação do trabalho e desenvolvimento do raciocínio metodológico da pesquisa. Segundo Roesch (1996), a fundamentação teórica, admite levantar dados e informações contextuais para dimensionar e qualificar o objetivo central do estudo, além de criar alternativas para a problemática em questão. A investigação científica embora não seja inquestionável, tem destaque na pesquisa, pois a torna mais confiável, segundo Coletti (1983, apud Bêrni, 2002, p. 17):

“(...) se abandonarmos a diferença entre ciência e não ciência, todos os discursos valem a mesma coisa. Em outras palavras: se o Catolicismo também é uma ideologia, o que dizem do homem Darwin e o Papa valem a mesma coisa. (...) Embora não sendo um conhecimento definitivo e absoluto, o que Darwin disse vale, na minha opinião, um pouco mais. É controlável e corrigível, submetido à provação ou à desaprovação da experiência. Não é fé, é ciência. ”

Atualmente, para se buscar referenciais bibliográficos podem-se utilizar ferramentas como internet, revistas e periódicos especializados, as bibliotecas universitárias oferecem vasto número de literaturas importantes. A revisão bibliográfica foi realizada após a definição do tema, sugerindo um referencial teórico analítico que envolva o objetivo proposto na pesquisa (Bêrni 2002). O autor destaca que mesmo em pesquisas originais precisam-se consultar as bibliografias existentes nesta área. Assim, para elaborar um trabalho de qualidade é imprescindível à leitura das literaturas indicadas, mesmo que não de forma exaustiva, pois é necessário que o pesquisador demonstre o conhecimento de alguns fragmentos dos materiais que ensaiaram e

(32)

32 viabilizaram a construção do tema. É relevante que se faça uma leitura completa e um número considerável de bibliografias antes de concluir a pesquisa, pois somente com o conhecimento do tema será possível realizar a mesma com qualidade suficiente para servir de referencial para outros futuros estudos.

É evidente a importância de uma boa fundamentação teórica, pois de fato, sustenta as análises que resultam da pesquisa empírica. Para Moreira e Caleffe (2008, p. 27) “uma boa revisão de literatura ajuda o pesquisador a contextualizar seu problema de pesquisa em um modelo teórico mais amplo”. Igualmente, de uma forma metódica, Brandão (2002, p. 72) corrobora, indicando esta importância:

“(...) novos problemas à volta aos clássicos às releituras à luz das questões levantadas a enfrentamento das questões a avanços a outros problemas... clássicos às novas leituras a novos avanços. Este processo de fazer pesquisa (...) permite a familiarização com a linguagem, a lógica e a dinâmica geradas pelo processo de produção de conhecimento.”

Dispõem-se, a seguir, alguns itens que reúnem informações importantes de bibliografias que contribuíram para a análise e conclusão do objetivo proposto, justificando a sua estruturação e composição. Assim, realiza-se a revisão bibliográfica de alguns tópicos pertinentes ao estudo, fundamentando-se em teorias conhecidas para concluir com discernimento a análise.

2.2 O Mercado Acionário Brasileiro

O mercado de ações é um ambiente público e organizado para negociações de títulos mobiliários. É a principal forma de operacionalização no mercado acionário. Para investir, é necessário procurar uma correta especializada em orientar sobre a seleção da carteira, objetivando atingir as expectativas do aplicador. Sandroni (1994, p. 217) o descreve como:

“Toda rede de bolsas de valores e instituições financeiras (bancos, companhias de investimentos e de seguros) que opera com a compra e venda de papéis (ações, títulos de dívida em geral. Tem a função de canalizar as poupanças da sociedade para o comércio, a indústria e outras atividades econômicas e para o próprio governo (...). Os países capitalistas mais desenvolvidos possuem mercados de capitais fortes e dinâmicos. A fraqueza desse mercado nos países subdesenvolvidos dificulta a formação de poupança, constitui um sério obstáculo ao desenvolvimento e obriga esses países a recorrer aos mercados de capitais internacionais sediados nas potências centrais (...).

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33 Ao se analisar a história financeira do Brasil, percebe-se que o país experimentou nos anos 60, a mais nebulosa fase da economia do século. Após altas taxas de crescimento no ano de 1961, observa-se tendências decrescentes com resultados negativos entre 1963/65. Uma série de medidas para recuperação da economia foi adotada após o colapso, destacando os alcances e resultados no mercado de capitais, que teve seu marco em 1965 com a Lei de Mercado de Capitais (Lei nº 4.728 de 1965). A atual desenvoltura do Sistema Financeiro Nacional tem atraído inclusive atenções externas, arriscando mencionar que estão tão desenvolvidos quanto ao de países industrializados, estando o mercado de capitais nas pautas cotidianas de debates econômicos conforme pode ser verificado nas mídias atuais.

Conforme Pinheiro (2009), a evolução do mercado de capitais brasileiro começou em 1964 com sua reestruturação e formulação da legislação própria. Em 1971, houve o aumento generalizado do movimento especulativo através de benefícios fiscais. A Bolsa de Valores brasileira teve um volume de negociações que superou as médias históricas. Contudo, os investidores mais experientes começaram a realizar seus lucros, gerando um movimento de queda que foi agravado pela emissão de novas ações em um período de baixa demanda. Em 1976, a Lei das Sociedades Anônimas foi sancionada, objetivando recuperar o mercado acionário. Em 1990, com o Plano Collor o mercado de capitais brasileiro volta a perder expressão se comparado às bolsas internacionais. Em 1996, os grandes volumes de negociações concentravam-se em uma quantidade pequena de ativos.

Atualmente, a Bolsa de Valores é uma instituição de caráter econômico que tem como objetivo a negociação pública de títulos e valores mobiliários. Os participantes desse mercado caracterizam-se como: especuladores que são as pessoas que usam o mercado financeiro para obter lucros de curto prazo; investidores, que utilizam o mercado para obter rendimentos em longo prazo; ou ainda gestores financeiros, que necessitam desse mercado para realizar a gestão das empresas, ou seja, captar recursos a baixo custo e investir recursos sem risco com prazos adequados.

O mercado de capitais do país se torna mais ativo, à medida que a economia é se torna mais dinâmica e desenvolvida, sendo ele um instrumento de captação de recursos para o incremento empresarial, gerando empregos, investimentos e arrecadações. Ao se analisar os dados do Fórum IBMEC de novembro de 2012, nota-se o crescimento em torno de 50% no mercado financeiro em geral com o crédito privado em relação ao PIB.

Referências

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