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Condições de viabilidade da implantação de uma unidade de armazenamento de grãos em uma propriedade rural no município de Redentora-RS

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DIEGO OTTONELLI

CONDIÇÕES DE VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE ARMAZENAMENTO DE GRÃOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL NO

MUNICÍPIO DE REDENTORA-RS

Ijuí (RS) 2011

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DIEGO OTTONELLI

CONDIÇÕES DE VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE ARMAZENAMENTO DE GRÃOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL NO

MUNICÍPIO DE REDENTORA-RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisitos para a obtenção do Título de Engenheiro Agrônomo, no Curso de Agronomia, do Departamento de Estudos Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.

Orientador: Prof. Jaime Lorenzoni

Ijuí (RS) 2011

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TERMO DE APROVAÇÃO

A banca subscrita abaixo aprova o Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ intitulado como

CONDIÇÕES DE VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE ARMAZENAMENTO DE GRÃOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL NO

MUNICÍPIO DE REDENTORA-RS

elaborado por DIEGO OTTONELLI.

Ijuí (RS), 22 de julho de 2011

________________________________ Prof. Jaime Lorenzoni

DEAg/UNIJUÍ - Orientador

________________________________ Prof. Nilvo Basso

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A gradeço a D eus, por m e proporcionar este m om ento único em m inha vida, pois é um

sonho que esta se realizando, e tudo isso que esta acontecendo em m inha vida é devido a sua

bondade.

A gradeço a m eus pais, F loram ilto e Iris, por todo o apoio recebido, não só agora no

período da faculdade, m as sim pelo apoio que m e deram em toda a m inha vida.

A s m inhas irm ãs Tarlis e Taciara, por sem pre estarem com igo, m e dando força sem pre

que necessário para que eu conseguisse vencer este desafio em m inha vida.

A gradeço ao m eu orientador Jaim e L orenzoni, que m e deu o suporte necessário para

que eu pudesse realizar este estudo, tirando todas as m inhas duvidas quando elas existiram ,

e m e dando idéias para que o trabalho ficasse em um bom nível.

A gradeço tam bém , o professor N ilvo B asso, que no inicio do trabalho m uito m e

ajudou, pois o professor Jaim e não se encontrava em condições plenas de saúde para m e

orientar, a ele o m eu m uito obrigado.

A gradeço a m inha nam orada G eisieli e sua fam ília, pelo longo e continuo apoio

recebido ao longo de m inha cam inhada.

A gradeço tam bém aos m eus fam iliares que de um a form a ou outra tam bém m e

ajudarem para que eu conseguisse essa vitoria.

A gradeço, e não posso deixar de lem brar, de m eus am igos, que sem pre estiveram

com igo, em todas as horas, nas horas de alegrias e tristezas, nas diversões e nas horas de

estudo, entre outras, a eles o m eu m uito obrigado.

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AM – Amortização do capital CF – Custo Fixo

CV – Custo Variável CT – Custo Total MB – Margem Bruta

PRK – Período De Retorno De Capital RB – Receita Bruta

RL – Renda Liquida

TIR – Taxa Interna De Retorno VPL – Valor Presente Líquido

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Quadro 1: Avaliação econômica do projeto ... 29

Quadro 2: Avaliação da rentabilidade do projeto ... 30

Quadro 3: Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto ... 31

Quadro 4: Avaliação da rentabilidade do projeto ... 32

Quadro 5: Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto ... 34

Quadro 6: Avaliação da rentabilidade do projeto ... 35

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MUNICÍPIO DE REDENTORA-RS

Aluno: Diego Ottonelli

Orientador: Prof. Jaime Lorenzoni

RESUMO

O setor agrícola no Brasil vem se desenvolvendo muito nas últimas décadas, principalmente o setor de produção de grãos. Com o surgimento de equipamentos monitorados via satélite, que dão uma alta precisão na aplicação de insumos, fazendo assim minimizar as perdas e maximizar as produções, também devido ao avanço da engenharia genética que cada vez mais lança novas cultivares, com produções cada vez maiores nos surpreendendo a cada dia. Nesse contexto de maximizar produção e minimizar perdas surge também a possibilidade de armazenar os grãos da safra na própria propriedade, fazendo que o produtor maximize ganhos na hora da venda, já que poderá vender seus produtos na entressafra, e também não terá perdas por descontos nas firmas que recebem os produtos, podendo também comercializar os subprodutos que iriam ser descontados se entregues em firmas, e transformando-os em excedentes dentro da propriedade. Também pode conseguir fretes com preços mais acessíveis, pois a concorrência seria menor. Mas antes de implantar um sistema de armazenamento de grãos na propriedade, deve ser feito um estudo minucioso sobre os custos da implantação, pois estes são muito altos, devendo-se assim ser feito um estudo para ver a viabilidade do projeto. O presente trabalho foi realizado em uma propriedade no município de Redentora, no Rio Grande Do Sul, a qual possui uma área de 150 hectares, das quais 130 são de superfície agrícola útil, onde são cultivadas as culturas de soja e trigo. O investimento do projeto é de R$ 438.000.00, e uma capacidade para armazenar 10000 sacas de grãos, na propriedade a produção media de soja é de 47 sacas por hectares, resultando em uma produção anual de 6110 sacas, e a produção media de trigo é de 45 sacas por hectares, resultando em uma produção anual de 4500 sacas. O estudo prova que, armazenar a produção na propriedade pode ser altamente lucrativo para o investidor, pois o investidor pode barganhar melhores preços na entressafra, pode vender subprodutos e também conseguir melhores preços de fretes, em época que os fretes não são tão concorridos. Porem o projeto não e viável devido ao baixo fluxo de grãos produzidos na propriedade, sendo insuficiente para pagar o projeto, pois o investidor teria que desembolsar dinheiro para pagar o projeto nos primeiros sete anos. Neste trabalho foi feito simulações para ter a noção de qual área mínima seria necessário para se tornar viável a implantação do projeto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 8

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 10

1.1 Produção agrícola brasileira... 10

1.1.1 Produção de grãos por região ... 10

1.1.2 Estimativa de área plantada ... 11

1.2 História da armazenagem de grãos ... 11

1.3 Situação brasileira de armazenamento ... 12

1.4 Unidade armazenadora de grãos... 12

1.5 Elementos básicos para o Sistema de Armazenagem ... 14

1.6 Tipos de Armazéns ... 17

1.7 Benefícios da armazenagem na propriedade ... 19

1.8 Pragas em grãos armazenados ... 20

2 MATERIAIS E MÉTODOS ... 21

2.1 Tipo de pesquisa ... 21

2.2 Caracterização da propriedade ... 21

2.3 Procedimentos de cálculo e análise de viabilidade econômica ... 22

2.4 Procedimento de cálculo de avaliação da rentabilidade do projeto ... 22

2.5 Procedimento de avaliação do financiamento e fluxo líquido de caixa do projeto 23 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 25 3.1 Descrição do empreendimento ... 25 3.1.1 Projeto 1 ... 25 3.1.2 Projeto 2 ... 25 3.1.3 Projeto 3 ... 26 3.2 Orçamento do projeto ... 26 3.2.1 Orçamento do projeto um ... 27

3.2.2 Orçamento do projeto dois ... 27

3.2.3 Orçamento do projeto três ... 28

3.2.4 Orçamento da receita... ... 28

3.3 Avaliação econômica do projeto ... 28

3.4 Avaliação da rentabilidade do capital investido ... 30

3.4.1 Avaliação da rentabilidade do capital investido do projeto 1 ... 30

3.4.2 Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto ... 31

3.5 Avaliação da rentabilidade do capital investido do projeto 2 ... 32

3.5.1 Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto ... 33

3.6 Avaliação da rentabilidade do capital investido do projeto 3 ... 35

3.6.1 Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto ... 36

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 38

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INTRODUÇÃO

O agronegócio brasileiro, nos últimos anos esta em franco crescimento e expansão, e grande parte deste crescimento deve-se ao setor agrícola, que tem funções indispensáveis para o país, produz alimento para humanos e animais, fornece matéria prima para indústrias e gera excedentes para exportação, desse modo ampliando a disponibilidade de divisas.

O Brasil apresenta grande potencial para a produção agrícola. A principal cultura cultivada no país e a soja. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, ficando atrás somente dos Estados Unidos. O Rio Grande Do Sul e o terceiro maior produtor da oleaginosa no país, ficando atrás somente de Mato Grosso e Paraná.

Deste modo, a atividade agrícola passou a ser observada e praticada como um negócio, sendo os produtores cada vez mais profissionalizados e providos de novas práticas e tecnologias que contribuem para maximizar a produção e minimizar custos, fazendo o uso mais racional dos recursos. Isso fez a agricultura brasileira dar um grande salto nos seus índices de produtividade nos últimos anos. Onde, os produtores passaram a buscar novos produtos e serviços de fora da propriedade, que até em tão não estavam sendo utilizados, como: armazéns, portos, aeroportos, fertilizantes e por ultimo softwares, buscaram também novos técnicas de gestão, que pudessem influenciar no processo administrativo da propriedade. Nota-se que, para o produtor se tornar competitivo em um mercado tão concorrido, é necessário buscar alternativas capazes de reduzir custos dentro da propriedade.

Assim sendo, um sistema de armazenamento e conservação de produtos agrícolas na propriedade rural permite que estes sejam estocados e comercializados em épocas que a oferta seja menor. Nesse sentido a unidade armazenadora de grãos também evitaria que fossem cobrados do produtor as taxas e descontos cobrados por produtos armazenados em armazéns de terceiros, e também minimizaria despesas em função de se ter uma unidade armazenadora perto do local da colheita.

Nesse sentido, o trabalho realizou um estudo de viabilidade técnica e econômica da implantação de uma unidade de armazenamento de grãos em uma propriedade rural no município de Redentora, no Rio Grande do Sul.

O estudo apresentou inicialmente um panorama da situação atual do Brasil em produtividade de grãos, depois faz uma abordagem técnica sobre armazenagem e beneficiamento de grãos, incluindo os equipamentos necessários e os benefícios de se armazenar os grãos na propriedade, também foi abordada a situação atual de armazenamento de grãos no Brasil e as perdas de grãos armazenados. Foi realizado um estudo envolvendo os

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aspectos econômicos e financeiros do investimento, por meio de cálculos da renda agrícola da propriedade e de um plano de financiamento com o objetivo de simular a viabilidade econômica e a capacidade de pagamento do projeto.

Sendo assim o objetivo geral deste trabalho foi a avaliação da viabilidade de implantação de uma unidade de armazenamento de grãos em uma unidade de produção agrícola no município de Redentora, localizada na região noroeste do estado do Rio Grande Do Sul.

Como objetivos específicos buscou-se, o conhecimento sobre o processo de construção e funcionamento de uma unidade armazenadora de grãos, envolvendo aspectos como, o tamanho e localização para a implantação, o calculo da viabilidade econômica e financeira do empreendimento, o orçamento parcial e também a capacidade de pagamento do financiamento e do capital a ser investido, também fazer simulações para saber a partir de que área, o projeto torne-se viável para ser efetuado.

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1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 Produção agrícola brasileira

A produção de grãos no Brasil esta estimada em 147.94 milhões de toneladas, quando comparada a safra anterior, verifica-se uma redução de 2.1%. Nesta nova safra, em termos de crescimento de produção, o destaque fica com a cultura do arroz, com um crescimento estimado entre 797.2 e 1007 mil toneladas.

O algodão é a segunda cultura em crescimento de produção, apresentando ganho entre 589.4 a 734.6 mil toneladas, correspondendo a um ganho entre 368.1 e 459.0 mil toneladas de pluma.

Para o feijão 1º safra, a previsão indica crescimento entre 25.5 e 58.6 mil toneladas superior a produção do ano anterior.

O milho 1º safra em função dos baixos preços apresenta redução entre 2.97 e 3.54 milhões de toneladas.

A soja, que nas ultimas safras vinha apresentando crescimento, na nova safra apresenta uma redução de 837.6 mil toneladas sobre a produção da safra anterior (CONAB, 2010).

1.1.1 Produção de grãos por região

O Brasil é dividido em cinco grandes regiões, sul, sudeste, centro-oeste, norte e nordeste. Todas com possibilidades e potencial muito grande de produção, mas para a produção de grãos destacam-se em especial duas regiões, região sul e região centro-oeste.

A região sul, é a região que mais contribui com a produção agrícola brasileira, com 42.7% da produção agrícola do país, em seguida temos a região centro-oeste, que tem uma produção de 35.1% dos produtos agrícolas produzidos no Brasil, em seguida vem à região sudeste com 11.6%, região nordeste com 7.9% e região norte com 2.7%.

O estado do Paraná é o estado da federação que tem a maior produção agrícola do país com 21.6% (32.176.353 toneladas), em seguida vem o estado do Mato Grosso com 19.4% (28.855.683 toneladas) da produção total brasileira, em terceiro lugar aparece o estado do Rio Grande Do Sul com 16.7% (24.859.878 toneladas).

Mato Grosso é o estado brasileiro que possui a maior produção de soja, com 18.787.783 toneladas do grão, em uma área de 6.227.044 hectares, em seguida aparece o estado do Paraná com produção de 14.080.619 toneladas em uma área de 4.485.057 hectares.

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O Rio Grande Do Sul é o terceiro estado produtor de soja no Brasil ficando atrás apenas de Mato Groso e Paraná, com uma produção de 10.218.800 toneladas do grão em uma área de 3.976.200 (IBGE, 2010).

1.1.2 Estimativa de área plantada

Segundo levantamento de intenção de plantio para safra 2010/2011, realizado entre 20 a 25 de setembro /2010, indica uma área 47.33 e 48 milhões de hectares. Comparativamente com a área cultivada na safra anterior, observa-se uma variação de menos 0.1% (-49.8 mil hectares), a um crescimento de 1.3% ou de 618.5 mil hectares.

Neste primeiro levantamento foram contempladas as culturas de algodão, arroz, feijão 1º safra, milho e soja, alem do trigo que se encontra em fase de colheita e que representam 77% da área cultivada com grãos no pais. O período da semeadura, com exceção do trigo, tem inicio no mês de setembro, finalizando em dezembro.

As culturas de algodão, feijão 1º safra e milho 1º safra, apresentam decréscimos. Em termos quantitativos, a soja apresenta o maior crescimento que fica em torno de 293.9 a 736.1 mil hectares, passando para uma área entre 23.76 e 24.20 milhões de hectares superando o recorde de 23.47 milhões de hectares cultivados na safra anterior, seguido do algodão, com acréscimo de 182.7 a 243.1 mil hectares e do feijão 1 safra com 23.2 a 46.1 mil hectares, superior a área cultivada na safra 2009/2010.

Por outro lado para o milho 1º safra estima-se redução de 168.0 a 269.0 mil hectares e para o arroz, uma redução de 1.1% a um crescimento de 0.4% para a nova safra, o atraso das chuvas, nas regiões centro-oeste, sudeste e no estado do Paraná, retardou o inicio do plantio, fato que pode alterar os números da área estimada, principalmente do milhon1 safra e da soja (CONAB, 2010).

1.2 História da armazenagem de grãos

Segundo Brandão (1989), a origem dos armazéns se perde na historia. A idéia de armazenar produtos surgiu quando o homem deixou a fase de caçador nômade e passou a produzir grãos. Como a caça e a pesca não eram mais suficientes para a alimentação humana, o homem se viu obrigado a começar cultivar alimentos para sua sobrevivência, e devido a isso também teve que começar a armazenar alimentos para suprir sua família nas épocas que não tinha colheita, hoje chamada de entressafra.

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Surgem assim os primeiros depósitos rústicos, de subsistência apenas de sua família. Mais adiante com as diversificações das profissões e formação dos grandes aldeamentos, surgiu a necessidade de armazenar maiores volumes de produtos das colheitas, para atender as funções de trocas, método muito utilizado na era primitiva de comercio, feito para socorrer os períodos de escassez de alimento.

Em tempos de escassez, no ano de 1586 A.C. – segundo conta Plínio – em certas cidades do Egito eram demarcados locais destinados à conservação das mercadorias. Ainda, outros historiadores falam até na edificação de cidades, ainda no Egito, para este objetivo. O armazém havia, assim, conquistado a História, como auxiliar do comércio e da subsistência do homem.

1.3 Situação brasileira de armazenamento

De acordo com Weber (2005), a questão de armazenagem no Brasil era “grave” até o inicio desta década, e neste momento passa a ser “muito mais grave” especialmente pelo crescimento lento da capacidade armazenadora e o rápido crescimento agrícola que experimentamos nestes três últimos anos. Os produtores individuais ou cooperados, pela falta de armazenagem, vêem-se obrigados a comercializar com toda a brevidade os produtos para liberar os silos, sem poder aguardar uma melhor oportunidade de melhor preço para venda no mercado externo ou mesmo no mercado interno, formando um círculo vicioso que o Brasil precisa romper imediatamente.

Ainda segundo Weber (2005), além de acomodar a totalidade da nossa safra, há a necessidade de mais armazenagem segundo um programa estratégico agrícola de plantio, colheita, armazenagem, suprimento interno, exportação, e ainda para enfrentar anos de frustração. A conhecida falta de armazenagem gera a corrida aos portos para a exportação desde os primeiros dias da safra da soja independentemente de preço e outras condições.

1.4 Unidade armazenadora de grãos

Segundo Puzzi (1986), uma unidade armazenadora de grãos, é o local destinado a receber a produção de grãos de uma determinada região, e tem função de conservalos em perfeitas condições técnicas e redistribuilos posteriormente. Para a agricultura, uma unidade armazenadora se constitui um aparelho indispensável para o incentivo da produção. Para o

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consumidor é um dos principais fatores que estabilizam os preços, alem de garantir um abastecimento normal.

A produção de grãos é periódica, enquanto que a necessidade de alimentação e a demanda das agroindústrias são ininterruptas. Colhe-se uma safra em dois ou três meses, e esta safra irá ser consumida durante um ano ou mais. As unidades de armazenamento de grãos, recebendo a produção que não encontra consumo imediato, formam os estoques que permitem a distribuição cronológica dos produtos e impedem as flutuações de preços que resultam das safras e entressafras (PUZZI, 1986).

Segundo Weber (2005), para que a colheita seja atingida com bons resultados, as atividades obedecem a uma seqüência de operações importantes e indispensáveis que podem ser resumidas da seguinte maneira:

a) Pesquisa, melhoramento e multiplicação das sementes, com o objetivo de obter sementes mais resistentes, mais vigorosas e consequentemente mais produtivas;

b) Preparar o solo adequadamente, corrigindo e fertilizando segundo as análises; c) Utilizar técnicas que colaborem para a maximização da produção, como por exemplo, plantio direto e rotação de culturas;

d) Tratos culturais visando o combate das pragas e doenças e adubação de cobertura; e) Colheita, sendo indispensável a utilização correta do equipamento e o transporte sem perdas até a unidade de beneficiamento e armazenagem;

f) Recebimento nas unidades de beneficiamento, com pesagem do veículo transportador e amostragens de determinação de umidade e pureza dos grãos; e posterior descarga sobre as moegas;

g) Beneficiamento, limpeza e secagem (se necessários), visando qualidade dos grãos e armazenagem segura;

h) Expedição rodoviária, ferroviária, fluvial ou marítima, sendo necessário conhecer o funcionamento desses sistemas, a fim de evitar perdas físicas ou perdas por qualidade da massa de grãos;

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1.5 Elementos básicos para o Sistema de Armazenagem

O primeiro passo a ser dado para a implantação do projeto, é avaliar o local da futura instalação. De acordo com Baisch (2008), este local deve estar longe do perímetro urbano, a fim de prevenir possíveis impactos ambientais.

A unidade de armazenagem deve ter um local adequado para a administração, ou seja, um escritório, e um laboratório. Segundo Weber (2005), o laboratório deverá conter os seguintes equipamentos: balança rodoviária, coletor de amostras, balança de laboratório, determinador de umidade, peneira de amostras, lupas, mesa para classificação de grãos, psicrômetro, higrômetro, termômetro, anenômetro, homogeneizador, máquina de limpeza de amostra de grãos, balança de peso hectolítrico, calador graneleiro, aspirador manual, etc.

• Balança Rodoviária

Após as amostras serem feitas, os caminhões contendo grãos são encaminhados para a balança rodoviária, onde é feita a pesagem do veículo com a carga para ser conhecido o peso total (PT) do veículo carregado e após a descarga, a pesagem é repetida para definir o peso do veículo (PV) também denominado “tara” sem a carga que permite efetuar o cálculo do peso da massa de grãos (PG), também chamada de peso líquido: PG=PT – PV (WEBER, 2005).

• Moegas

Segundo Baisch (2008), a moega é a instalação onde serão descarregados os grãos do caminhão através da gravidade, e partir de elevadores a massa de grãos será transportada até a máquina de limpeza. A moega deve ser dimensionada de acordo com o tipo de descarregamento, para suportar o peso da massa de grãos.

Caso o projeto tenha mais de uma moega, deve ser planejado o recebimento e a descarga nas moegas conforme as faixas de umidade da massa de grãos. Deve-se evitar a mistura de grãos com elevada diferença de umidade. A descarga das moegas pode obedecer a três sistemas:

1. Sistema de descarga por plataforma hidráulica: são tombadores do tipo de plataforma hidráulica basculante localizada sobre a moega, onde o caminhão fica num ângulo de até 45°. Dependendo do sistema, pode até suportar caminhões de grande porte

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(treminhões). É um sistema de descarga considerado relativamente caro, porém possui uma velocidade de descarga rápida e exige pouca utilização de mão-de-obra.

2. Sistema de descarga por caçamba basculante: São caminhões com caçambas que possuem um sistema hidráulico que permite que somente a caçamba levante, fazendo com que a massa dos grãos seja descarregada pela gravidade.

3. Sistema de descarga convencional: A descarga dos grãos é feita manualmente, onde o caminhão descarrega sobre a moega abrindo inicialmente pequenos registros de descarga sobre a carroceria para aliviar a pressão sobre as tampas laterais e traseiras. Abertas as tampas, descarrega-se parte da massa de grãos por gravidade, ficando o restante a ser removido manualmente por pessoas com pás e rodos. Visto que este sistema exige uma maior utilização de mão-de-obra.

Máquinas de pré-limpeza

Os grãos logo após a colheita apresentam grande quantidade de impurezas, como pedaços de ramos, folhas, palhas, torrões, poeira, etc.

Com objetivo de facilitar e melhorar a eficiência dos sistemas de secagem, o transporte e as demais operações de beneficiamento, deve-se eliminar total ou parcialmente as impurezas.

Para realizar esta operação, utiliza-se maquinas denominadas pré-limpeza ou limpeza. Uma de pré-limpeza vem a ser aquela que, em relação a maquina de limpeza possui: A) apenas uma ventilação, enquanto a limpeza possui duas ventilações; B) a área e o numero de peneiras é menor em relação as máquinas de limpeza.

Secagem

Quando os grãos ou sementes chegam a unidade de beneficiamento com umidade inadequada para o processamento ou para o armazenamento por tempo mais prolongado, o produto deve ser encaminhado o mais rápido possível para a operação de secagem, depois de passar pela maquina de pré-limpeza.

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• Máquinas de limpeza

Unidade responsável pela pré-limpeza do produto vindo da lavoura; são equipamentos de fundamental importância, pois separa os grãos dos materiais estranhos como restos culturais, pedras, invasoras, insetos e outros, além de aumentar a qualidade dos grãos armazenados. Mas cabe ressaltar que, alguns desses resíduos considerados impurezas, contém valores nutricionais e podem ser utilizados como ração para animais, desde que sejam secados adequadamente.

O sistema de limpeza atua por peneiramento, no qual são retiradas as impurezas maiores e menores, através de recursos de ventilação. Existem diferenças físicas de tamanho, peso e de formato que permitem a separação entre grãos de um lado e de outro as impurezas, quer sejam maiores ou menores do que os grãos.

De acordo com Weber (2005), os armazéns precisam estar em ordem para o recebimento dos grãos na safra. Portanto, é de extrema importância a manutenção dos equipamentos que irão receber, processar, movimentar e por fim armazenar a safra na unidade armazenadora. Essas providências podem ser divididas em preventiva e corretiva. A manutenção preventiva deve ser realizada na entressafra com critérios técnicos voltados para a observação dos princípios da qualidade total, nos momentos em que os equipamentos não são utilizados, a fim de evitarem paradas indesejáveis no período de colheita.

A manutenção corretiva é indesejada, pois acontece durante o curso da safra, e no caso da ocorrência de um problema, a máquina terá que parar para que seja realizado o conserto. É natural, pequenos problemas acontecerem durante a safra, mas podem ser resolvidos, pois em algumas ocasiões existem paradas obrigatórias, como por exemplo, em dias de chuva em que ocorre a falta de produto. Os mecânicos de manutenção devem estar preparados para fazer rápidos consertos ou correções como esticar correias ou as substituir, trocar algum rolamento, etc. (WEBER, 2005).

Ainda, segundo Weber (2005), no ano de 2000 foi aprovado a lei de número 9.973, que trata da armazenagem no Brasil e que representa um avanço e disciplina à atividade exigindo recursos tecnológicos como termometria, aeração e outras providências com o objetivo de eliminar perdas e melhorar os controles de estoque com a exigência de informações sobre capacidades de beneficiamento e a capacidade estática dos silos em cada unidade, sendo ela particular ou pública para a formação do Cadastro Nacional de Armazenagem.

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1.6 Tipos de Armazéns

Na agricultura atual, uma ferramenta indispensável para conseguirmos ser competitivos são estruturas de armazenamento, armazéns ou silos como são chamados.

Segundo Weber (2005), os armazéns, ou silos, como também chamados, podem ser classificados quanto à entidade mantenedora, quanto à localização geográfica, quanto à sua principal dimensão, quanto ao projeto de edificação, quanto ao sistema de aeração, quanto à aplicação e quanto à hermeticidade, conforme a seguir:

- Por entidade mantenedora:

• Unidades governamentais; • Unidades cooperativas; • Condomínios; • Produtores rurais; • Unidades particulares; • Indústrias;

- Quanto à localização geográfica:

• Unidades a nível de propriedade rural; • Unidades coletoras;

• Unidades subterminais; • Unidades terminais;

- Relativo à sua principal dimensão:

• Silos verticais; • Silos horizontais;

- Quanto ao projeto e edificação:

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• Silos tipo paiol; • Silos tipo bolsa;

• Armazéns granelizados; • Silos graneleiros:

▪ Silos de fundo plano; ▪ Silos de fundo “V”; ▪ Silos de fundo semi “V”; ▪ Silos de fundo “W”; • Silos metálicos:

▪ Silos de chapas parafusadas;

▪ Silos de chapa contínuos recravada; ▪ Silos de chapa soldados;

• Silos de concreto:

▪ Silos de concreto pré-moldados; ▪ Silos de forme deslizante;

▪ Silos de concreto horizontal ao nível do solo; ▪ Silos elevadores;

▪ Silos tipo cúpula;

- Silos quanto ao sistema de aeração:

• Aeração de manutenção; • Aeração de resfriamento; • Aeração de secagem;

- Silos quanto à aplicação:

• Silo armazenador; • Silo secador; • Silo de espera; • Silo de expedição;

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- Silo quanto à hermeticidade:

• Silo hermético; • Silo não hermético;

1.7 Benefícios da armazenagem na propriedade

O armazenamento na fazenda constitui uma prática de suma importância, tanto para o complemento da estrutura armazenadora urbana quanto para minimizar perdas quantitativas e qualitativas a que estão sujeitos os produtos colhidos. Sabe-se que, no Brasil, dependendo da região, as perdas podem atingir 20% ou mais e são ocasionadas pelo ataque de pragas, devido à inadequação de instalações e à falta de conhecimentos técnicos adequados (WEBER, 2005).

Desde muito, o aspecto de armazenagem de grãos em silos na própria propriedade vem sendo estudado, justamente por terem percebido as diversas vantagens desse tipo de prática.

Conforme Puzzi (1986), além de reduzir os fluxos concentrados às unidades intermediárias, nos piques de safras, o armazenamento na fazenda, possibilita muitos benefícios ao produtor: comercialização do produto em épocas mais oportunas, evitando as pressões do mercado em épocas de colheita; redução das perdas na própria lavoura pelo retardamento da colheita e guarda dos produtos em locais inadequados, sujeito ao ataque de fungos, roedores e insetos; economia nos fretes, pois o transporte será evitado no pique de safra, onde os preços sobem e, também, evitar períodos ociosos desta operação decorrente da espera dos caminhões, os quais, muitas vezes ficam retidos nas longas filas, esperando para a descarga dos grãos nas unidades coletoras ou intermediárias.

No Brasil, o armazenamento em fazendas é ainda inexpressivo, atingindo, no máximo, 9 % da capacidade total. Em países desenvolvidos como o Canadá, por exemplo, essa estimativa é de 80 %, e na Argentina esse número passa de 25 % (BESKOW & DECKERS, 2002).

Citam-se também Pinazza e Alimandro (1999), os quais argumentam que depois das porteiras das fazendas a armazenagem é uma etapa primordial, que contribui para corrigir os desequilíbrios naturais da agricultura advindos da sazonalidade da produção (os períodos de safra e entressafra). A montagem de uma estrutura e organização adequadas para controlar o fluxo da produção que se origina nas propriedades rurais, com locais e condições para guardar e conservar os produtos traz muitos benefícios comerciais para os produtores: eles passam a gozar da vantagem de vender sua produção nas melhores épocas e momentos de mercado.

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1.8 Pragas em grãos armazenados

Segundo Brandão (1989), de um modo geral consideram-se pragas dos produtos armazenados todos os seres vivos que atacam os produtos armazenados para dele se alimentar. As principais pragas que atacam os produtos armazenados são: os insetos, os ratos e os pássaros, essas pragas atacam tanto no campo como no armazém.

Os ratos preferem grãos já secos, especialmente cereais como milho e trigo, também atacam os produtos no próprio campo, continuando sua ação destruidora nos armazéns.

De acordo com Brandão (1989), o mesmo acontece com os pássaros, cujo ataque aos grãos no campo podem atingir verdadeiras calamidades, como ocorre com a <<quelea>> na tanzânea (África), que, junto com outras espécies devoram cerca de 20-30% das safras de cereais daquele país.

Os insetos disputam com os ratos o primeiro lugar na corrida de prejuízos aos homens, eles possuem a incrível marca de 726.000 especies diferentes, de 1.120.000 especies de animais que compõem o reino animal (BRANDÃO, 1989).

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Tipo de pesquisa

Foi feito um estudo de caso, uma pesquisa exploratória, onde foi feita uma pesquisa bibliográfica, também foi visitado organizações que atuam no ramo, para a busca de referencias técnicas e orçamentárias, e também visitas a produtores que já contam com estruturas de armazenamento de grãos, para coletar dados sobre custos com manutenção de equipamentos e instalações.

2.2 Caracterização da propriedade

A propriedade objeto do estudo esta localizada no município de Redentora, região noroeste do estado do Rio grande do sul, distante 470 Km da capital Porto Alegre.

A propriedade conta com uma área de 150 hectares, dos quais 130 são destinadas para a produção de grãos. A cultura principal no verão é a soja com 100 hectares e milho com 30 hectares, no inverno a cultura principal é o trigo com 100 hectares e a aveia com 30 hectares, desse modo tendo um ótimo e eficaz sistema de rotação de culturas.

A propriedade conta com maquinário próprio, dois tratores, um pulverizador, uma semeadeira, um caminhão e uma colheitadeira.

A propriedade tem como culturais principais a soja e o trigo, verão e inverno respectivamente.

O rendimento médio da cultura da soja é de 47 sacas por hectare, e o trigo de 45 sacas por hectare. A produção anual da soja na propriedade é de 6110 sacas, seguida do trigo com 4500 sacas, que seriam armazenadas na propriedade.

O solo característico da região de Redentora onde se localiza a área é classificado como latossolo vermelho distroférrico, apresentando bons níveis de fertilidade.

Foram simulados três projetos, com dimensões e tamanhos diferentes, onde no projeto 1 com capacidade para armazenar 10000 sacas, sem secador, poderiam ser armazenadas somente 80% da produção da propriedade, devido ao teor de umidade da massa dos grãos na hora da colheita. No projeto 2 com capacidade de armazenar 15000 sacas, com secador, podem ser armazenados 100% da produção da propriedade, pois os grãos seriam beneficiados pelo secador, de modo que seriam armazenados com o teor de umidade recomendado. No projeto 3 com capacidade de armazenamento de 30000 sacas, com secador, podendo ser

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armazenados 100% da produção da propriedade, pois os grãos seriam beneficiados pelo secador, de modo que seriam armazenados com o teor de umidade recomendado. Para calcularmos as simulações, foi usada TIR de 30%, porque calculando com essa margem, o produtor terá uma ótima margem de segurança.

2.3 Procedimentos de cálculo e análise de viabilidade econômica

Segundo Hoffman et al. apud Baish (2008, p. 30), a avaliação econômica de um empreendimento através da viabilidade é demonstrada conforme: a Receita Bruta, o Custo Variável, a Margem Bruta, o Custo Fixo e o Custo Total, e a Renda Líquida. Para a determinação destes resultados, devem-se seguir os procedimentos:

• Receita Bruta (RB): É o valor anual referente ao que foi obtido no processo de produção, multiplicado pelo preço. No caso do presente trabalho, é o valor ganho por saca com a armazenagem;

• Custo Variável (CV): Compõe os custos que variam de acordo com a produção; • Margem Bruta (MB): Indica o grau de intensificação de um sistema de produção. A Margem Bruta representa a sobra operacional do projeto, a qual se obtém subtraindo o valor dos custos variáveis do valor das receitas;

MB = RB – CV

• Custo Fixo (CF): É representado pelos custos que não apresentam variação conforme a produção, assim sendo, independentes quanto à produção;

• Custo Total (CT): Compreende a soma dos custos variáveis e dos custos fixos: CT = CV + CF

• Renda Líquida (RL): Representa o resultado econômico líquido do projeto. O que irá remunerar o empreendedor é a parte do valor bruto gerada no projeto;

RL = MB – CT

2.4 Procedimento de cálculo de avaliação da rentabilidade do projeto

Para analisar a viabilidade do investimento, foram utilizados os procedimentos encontrados em Buarque:

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• Fluxo Econômico do projeto (Flec): Representa a contribuição anual do projeto em termos de disponibilidade monetária (saldo de caixa) sendo representado pelo valor da Renda Líquida anual acrescida do valor anual da depreciação do capital fixo;

Flec = RL + Depreciação

• Fluxo Financeiro (FF): No primeiro ano é o valor total do investimento subtraído do Fluxo Econômico. Nos anos subseqüentes, é representado pelo valor do Fluxo Financeiro do ano anterior subtraído pelo Fluxo Econômico;

• Valor Presente Líquido (VPL): Este valor define a viabilidade do projeto. Através desta fórmula matemático-financeira, determina-se o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial.

Vpl = fl ec/(1+tx)n

• Taxa Interna de Retorno (TIR): Representa a rentabilidade do capital investido, evidenciando o ganho anual (taxa de juro) com a aplicação do capital no projeto.

A TIR evidencia também a taxa máxima de juros de um financiamento que o projeto suportaria. Quanto maior a TIR mais atraente será o projeto.

• Período de retorno do capital (PRK): Representa o tempo (número de anos) necessário para a recuperação do capital investido, isto é, quanto tempo levará par retomar o dinheiro investido no projeto.

2.5 Procedimento de avaliação do financiamento e fluxo líquido de caixa do projeto

Para o cálculo da avaliação da capacidade de pagamento foram utilizados os seguintes procedimentos.

• Principal (Capital): É o montante a ser financiado, sendo o valor total do investimento. Nos anos seguintes é subtraído do valor da Amortização.

• Amortização do Capital (AM): É o valor do investimento, porém dividido em parcelas, de acordo com o plano de financiamento, para facilitar o pagamento.

• Juros: É o lucro da entidade que irá financiar o empreendimento. É calculado com base no valor do Principal (Capital). Os juros podem variar conforme a entidade financiadora e conforme o tipo de investimento.

• Prestação: É o montante a ser pago no período de um ano. É a soma da Amortização e dos Juros.

• Saldo Devedor: É o valor que resta a ser quitado do valor total investido. É a amortização subtraída do Principal (Capital).

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• Fluxo Líquido de Caixa: Representa o saldo final de caixa do projeto, ou seja, o valor anual disponível em caixa após efetuar pagamento de todos os encargos previstos na execução do orçamento do projeto.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Descrição do empreendimento

São três propostas diferenciadas, onde a primeira é uma unidade de armazenamento de grãos com capacidade para armazenar 10000 sacas, que armazenara 80% da produção anual da propriedade, pois não tem secador e os produtos que serão armazenados devem estar secos, pois o sistema ira somente manter a umidade que existe nos grãos, não acrescentará e nem diminuirá. O projeto 2 tem capacidade de armazenar 15000 sacas, que ira armazenar 100% da produção da propriedade, pois tem secador que ira beneficiar os grãos tornando possível a sua armazenagem total e por mais tempo. No projeto 3 temos a capacidade de armazenar 30000 sacas, onde serão armazenados 100% da produção da propriedade, pois tem secador que beneficiara os grãos podendo armazenar na sua totalidade e por um período de tempo maior.

3.1.1 Projeto 1

O projeto, refere-se a uma unidade de armazenamento e beneficiamento de grãos, e é constituído de:

• Pavilhão para recebimento e armazenagem dos grãos e abrigo para as máquinas. • Silo metálico para armazenagem de grãos, com capacidade de 10000 sacas. • Moega para recebimento de grãos.

• Elevador de 8.73 m • Elevador de 24.73 m • Máquina de limpeza • Rosca transportadora trua • Canalização e estaiamento • Quadro elétrico

• Balança

3.1.2 Projeto 2

O projeto, refere-se a uma unidade de armazenamento e beneficiamento de grãos, e é constituído de:

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• Silo metálico para armazenagem de grãos, com capacidade de 15000 sacas. • Moega para recebimento de grãos.

• Elevador de 16.73 m • Elevador de 26.73 m • Máquina de limpeza • Rosca transportadora trua • Canalização e estaiamento • Quadro elétrico • Secador • Fornalha lenha • Balança 3.1.3 Projeto 3

O projeto refere-se, a uma unidade de armazenamento e beneficiamento de grãos, e é constituído de:

• Pavilhão para recebimento e armazenagem dos grãos e abrigo para as maquinas. • 2 Silos metálicos para armazenagem de grãos, com capacidade de 15000 sacas cada um.

• Moega para recebimento de grãos. • Elevador de 16.73 m

• Elevador de 26.73 m • Máquina de limpeza

• 2 Rosca transportadora trua • Balança • Canalização e estaiamento • Quadro elétrico • Secador • Fornalha lenha • Balança 3.2 Orçamento do projeto

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3.2.1 Orçamento do projeto um

• Elevador 8.73m ... R$15.161.02 • Elevador 24.73m ... R$20.408.57 • Maquina limpeza ... R$16.971.28 • Silo armazenador ... R$48.805.73 • Rosca transportadora trua ... R$5.428.83 • Canalização e estaiamento... R$12.429.05 • Quadro elétrico ... R$6.795.53 • Parte civil ... R$12.000.00 • Moega ... R$50.000.00 • Pavilhão ... R$180.000.00 • Balança ... R$70.000.00 • TOTAL ... R$438.000.00

3.2.2 Orçamento do projeto dois

• Elevador 16.73m ... R$17.211.19 • Elevador 26.73m ... R$ 22.290.29 • Maquina limpeza ... R$16.250.33 • Silo armazenador ... R$ 62.224.53 • Rosca transportadora trua ... R$5.742.17 • Canalização e estaiamento... R$18.243.70 • Quadro elétrico ... R$9.592.54 • Parte civil ... R$18.000.00 • Moega ... R$50.000.00 • Pavilhão ... R$180.000.00 • Balança ... R$70.000.00 • Secador ... R$34.254.71 • Fornalha ... R$8.598.29 • Elétrica secador ... R$3.592.24 • TOTAL ... R$516.000.00

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3.2.3 Orçamento do projeto três

• Elevador 16.73m ... R$17.472.56 • Elevador 26.73m ... R$22.628.79 • Maquina limpeza ... R$16.490.75 • 2 Silo armazenador ... R$126.338.94 • 2 Rosca transportadora trua ... R$11.658.72 • Canalização e estaiamento... R$18.520.77 • Quadro elétrico ... R$9.738.92 • Parte civil ... R$36.000.00 • Moega ... R$50.000.00 • Pavilhão ... R$180.000.00 • Balança ... R$70.000.00 • Secador ... R$34.774.90 • Fornalha ... R$8.728.87 • Elétrica secador ... R$3.646.78 • TOTAL ... R$606.000.00 3.2.4 Orçamento da receita

O orçamento da receita se da através da diferença de valor recebido por saca de produto armazenado, ou seja, o valor que se agrega a mais por ter armazenado o produto.

3.3 Avaliação econômica do projeto

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Quadro 1: Avaliação econômica do projeto Ano RB CV MB CF CT RL Rl/mês 0 1 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 2 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 3 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 4 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 5 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 6 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 7 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 8 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 9 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 10 53.050,00 5.039,75 48.010,25 10.610,00 15.649,75 37.400,25 3.116,69 Total 530.500,00 50.397,50 480.102,50 106.100,00 156.497,50 374.002,50 31.166,88

Recita Bruta (RB) - é o valor anual da referente a produção a ser comercializada no projeto. No presente trabalho a receita bruta é referente a diferença de preços da soja (preço do dia no comércio x preço recebido pela soja disponível na propriedade, para efeito de análises foi utilizado R$ 6,00/SC de 60 Kg, baseado em dados obtidos em cooperativas e produtores que tem unidade de armazenamento implantada.

Custo Variável - Custos que serão efetuados mensalmente ou anualmente para a execução do projeto. O consumo Intermediário no presente trabalho refere-se aos gastos efetuados com custo de Mao de obra, custos com energia elétrica, custo de seguro de armazenagem e custo com lenha.

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3.4 Avaliação da rentabilidade do capital investido

3.4.1 Avaliação da rentabilidade do capital investido do projeto 1

A avaliação do capital investido pode ser realizada através dos dados fornecidos pelo, fluxo econômico, fluxo financeiro, valor presente liquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e período de retorno do capital (PRK), conforme o quadro 2.

Quadro 2: Avaliação da rentabilidade do projeto

Ano Fluxo Econômico Fluxo Financeiro V.P.L T.I.R P.R.K 0 0,00 (438.000,00) (438.000,00) (438.000,00) (438.000,00) 1 61308 61.308,67 54.739,88 57494,83 (376.691,33) 2 61308 61.308,67 48.874,89 53918,23 (315.382,67) 3 61308 61.308,67 43.638,30 50564,13 (254.074,00) 4 61308 61.308,67 38.962,77 47418,68 (192.765,33) 5 61308 61.308,67 34.788,18 44468,90 (131.456,67) 6 61308 61.308,67 31.060,88 41702,61 (70.148,00) 7 61308 61.308,67 27.732,93 39108,41 (8.839,33) 8 61308 61.308,67 24.761,54 36675,58 52.469,33 9 61308 61.308,67 22.108,52 34394,10 113.778,00 10 61308 61.308,67 19.739,75 32254,54 175.086,67 TOTAL 613.086,67 175.086,67 (91.592,36) (0,00)

Como o valor do investimento é alto para a propriedade estudada, a avaliação da rentabilidade foi baseada em 10 anos. O fluxo econômico nos 10 anos totaliza R$ 613.086.67, e esse valor subtraído do valor total do investimento que é de R$ 438.000,00, resulta em um fluxo financeiro de R$ 175.086,67 de acordo com essas informações, pode-se afirmar que o capital investido vai ser recuperado em aproximadamente 8 anos.

O valor presente líquido (VPL) mostra que com a atualização do fluxo econômico do projeto a uma taxa de 12%, obtém-se um saldo negativo de R$ 91.592,36 no final de 10 anos. Esse dado revela que o projeto de investimento potencial deve ser abortado, ou seja, é inviável.

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A taxa interna de retorno (TIR) de 6.63% comprova a inviabilidade do projeto, sob a ótica da rentabilidade do investimento é considerada baixa devido as pequenas quantidades de grãos produzidos na propriedade.

O período de retorno de capital (PRK) prova que o projeto se paga do 7º para o 8º ano, sendo um retorno de longo prazo, já que o capital investido é alto.

3.4.2 Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto

Considerou-se que o financiamento do investimento é de 10 anos, o quadro abaixo apresenta a capacidade de pagamento do financiamento neste período. São mostrados os valores da amortização anual, juros, prestação, saldo devedor, receita do projeto e o saldo de caixa, que é o valor que ira sobrar para o investidor.

Quadro 3: Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto

Ano Capital

principal Amortização Juros Prestação

Saldo devedor Receita Projeto Saldo final Caixa 0 438.000,00 0 0 0 438.000,00 0 0 1 438.000,00 43.800,00 29.565,00 73.365,00 394.200,00 61.308,67 (12.056,33) 2 394.200,00 43.800,00 26.608,50 70.408,50 350.400,00 61.308,67 (9.099,83) 3 350.400,00 43.800,00 23.652,00 67.452,00 306.600,00 61.308,67 (6.143,33) 4 306.600,00 43.800,00 20.695,50 64.495,50 262.800,00 61.308,67 (3.186,83) 5 262.800,00 43.800,00 17.739,00 61.539,00 219.000,00 61.308,67 (230,33) 6 219.000,00 43.800,00 14.782,50 58.582,50 175.200,00 61.308,67 2.726,17 7 175.200,00 43.800,00 11.826,00 55.626,00 131.400,00 61.308,67 5.682,67 8 131.400,00 43.800,00 8.869,50 52.669,50 87.600,00 61.308,67 8.639,17 9 87.600,00 43.800,00 5.913,00 49.713,00 43.800,00 61.308,67 11.595,67 10 43.800,00 - 43.800,00 (43.800,00) 61.308,67 17.508,67

De acordo com o quadro, observa-se que o valor da amortização é constante, pois o valor total do projeto foi financiado em 10 anos, a amortização é de R$ 43.800.00, cujo somando todas as parcelas da amortização resulta no valor a ser financiado que será de R$ 438.000.00.

Observa-se também que o valor dos juros é decrescente porque este é calculado sobre o restante do capital principal. O valor total de juros no final de 10 anos é R$ 159.651.00

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As prestações referem-se a soma da amortização e dos juros, com o passar dos anos este valor diminui, devido os juros serem calculados com o valor restante do capital principal.

O saldo devedor é a amortização subtraída do capital principal e compreende o valor que resta a pagar do financiamento a cada ano, este valor também diminui com o passar do tempo.

O saldo de caixa é o montante que sobra para o investidor, e como se pode ver, este valor é negativo nos cinco primeiros anos, o que indica que o produtor ira ter que desembolsar dinheiro do bolso para manter o projeto nos cinco primeiros anos, provando que o projeto não se paga, e comprovando que o projeto é inviável, e por isso deve ser abortado.

Em simulação realizada, para o projeto tornar-se viável, seria necessária uma área de no mínimo 300 hectares de superfície agrícola útil, ou um ganho mínimo de R$ 13 por saca de soja e R$ 12 por saca de trigo. Ou ainda a compra de 7990 sacas de soja e 8100 sacas de trigo.

3.5 Avaliação da rentabilidade do capital investido do projeto 2

A avaliação do capital investido pode ser realizada através dos dados fornecidos pelo, fluxo econômico, fluxo financeiro, valor presente liquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e período de retorno do capital (PRK), conforme o quadro abaixo.

Quadro 4: Avaliação da rentabilidade do projeto

Ano Fluxo Econômico Fluxo Financeiro V.P.L T.I.R P.R.K 0 0,00 (516.000,00) (516.000,00) (516.000,00) (516.000,00) 1 62844,66667 62.844,67 56.111,31 60570,24 (453.155,33) 2 62844,66667 62.844,67 50.099,38 58378,13 (390.310,67) 3 62844,66667 62.844,67 44.731,59 56265,35 (327.466,00) 4 62844,66667 62.844,67 39.938,92 54229,04 (264.621,33) 5 62844,66667 62.844,67 35.659,75 52266,42 (201.776,67) 6 62844,66667 62.844,67 31.839,06 50374,83 (138.932,00) 7 62844,66667 62.844,67 28.427,74 48551,70 (76.087,33) 8 62844,66667 62.844,67 25.381,91 46794,56 (13.242,67) 9 62844,66667 62.844,67 22.662,42 45101,00 49.602,00 10 62844,66667 62.844,67 20.234,30 43468,74 112.446,67 TOTAL 628.446,67 112.446,67 (160.913,62) 0,00

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Como o valor do investimento é alto para a propriedade estudada, a avaliação da rentabilidade foi baseada em 10 anos. O fluxo econômico nos 10 anos totaliza R$ 628.446.67, e esse valor subtraído do valor total do investimento que é de R$ 516.000.00, resulta em um fluxo financeiro de R$ 112.446.67 de acordo com essas informações, pode-se afirmar que o capital investido vai ser recuperado em aproximadamente 9 anos.

O valor presente líquido (VPL) mostra que com a atualização do fluxo econômico do projeto a uma taxa de 12%, obtém-se um saldo negativo de R$ 160.913.62 no final de 10 anos. Esse dado revela que o projeto de investimento potencial deve ser abortado, ou seja, é inviável.

A taxa interna de retorno (TIR) de 3.76% comprova a inviabilidade do projeto, pois a uma baixa movimentação financeira devido as pequenas quantidades de grãos produzidos na propriedade.

O período de retorno de capital (PRK) prova que o projeto se paga do 8 para o 9 ano, sendo um retorno de longo prazo, já que o capital investido é alto.

3.5.1 Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto

O financiamento do investimento é de 10 anos, o quadro abaixo apresenta a capacidade de pagamento do financiamento neste período. São mostrados os valores da amortização anual, juros, prestação, saldo devedor, receita do projeto e o saldo de caixa, que é o valor que ira sobrar para o investidor.

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Quadro 5: Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto

Ano Capital

princ. Amortização Juros Prestação Saldo devedor

Receita Proj. Saldo final Cx 0 516.000,00 0 0 0 516.000,00 0 0 1 516.000,00 51.600,00 34.830,00 86.430,00 464.400,00 62.844,67 (23.585,33) 2 464.400,00 51.600,00 31.347,00 82.947,00 412.800,00 62.844,67 (20.102,33) 3 412.800,00 51.600,00 27.864,00 79.464,00 361.200,00 62.844,67 (16.619,33) 4 361.200,00 51.600,00 24.381,00 75.981,00 309.600,00 62.844,67 (13.136,33) 5 309.600,00 51.600,00 20.898,00 72.498,00 258.000,00 62.844,67 (9.653,33) 6 258.000,00 51.600,00 17.415,00 69.015,00 206.400,00 62.844,67 (6.170,33) 7 206.400,00 51.600,00 13.932,00 65.532,00 154.800,00 62.844,67 (2.687,33) 8 154.800,00 51.600,00 10.449,00 62.049,00 103.200,00 62.844,67 795,67 9 103.200,00 51.600,00 6.966,00 58.566,00 51.600,00 62.844,67 4.278,67 10 51.600,00 - 51.600,00 (51.600,00) 62.844,67 11.244,67

De acordo com o quadro acima, observa-se que o valor da amortização é constante, pois o valor total do projeto foi financiado em 10 anos, a amortização é de R$ 51.600.00, cujo somando todas as parcelas da amortização resulta no valor a ser financiado que será de R$ 516.000.00.

Observa-se também que o valor dos juros é decrescente porque este é calculado sobre o restante do capital principal. O valor total de juros no final de 10 anos é R$ 188.082.00.

As prestações referem-se a soma da amortização e dos juros, com o passar dos anos este valor diminui, devido os juros serem calculados com o valor restante do capital principal.

O saldo devedor é a amortização subtraída do capital principal e compreende o valor que resta a pagar do financiamento a cada ano, este valor também diminui com o passar do tempo.

O saldo de caixa é o montante que sobra para o investidor, e como se pode ver, este valor é negativo nos sete primeiros anos, o que indica que o produtor ira ter que desembolsar dinheiro do bolso para manter o projeto nos sete primeiros anos, provando que o projeto não se paga, e comprovando que o projeto é inviável, e por isso deve ser abortado.

Em simulação realizada, para o projeto tornar-se viável, seria necessária uma área de no mínimo 350 hectares de superfície agrícola útil, ou um ganho mínimo de R$ 15 por saca de

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soja e R$ 15 por saca de trigo. Ou ainda a compra de 10340 sacas de soja e 10800 sacas de trigo.

3.6 Avaliação da rentabilidade do capital investido do projeto 3

A avaliação do capital investido pode ser realizada através dos dados fornecidos pelo, fluxo econômico, fluxo financeiro, valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e período de retorno do capital (PRK), conforme o quadro abaixo.

Quadro 6: Avaliação da rentabilidade do projeto

Ano Fluxo Econômico Fluxo Financeiro V.P.L T.I.R P.R.K 0 0,00 (606.000,00) (606.000,00) (606.000,00) (606.000,00) 1 64572,66667 64.572,67 57.654,17 63824,98 (541.427,33) 2 64572,66667 64.572,67 51.476,93 63085,96 (476.854,67) 3 64572,66667 64.572,67 45.961,55 62355,49 (412.282,00) 4 64572,66667 64.572,67 41.037,10 61633,48 (347.709,33) 5 64572,66667 64.572,67 36.640,27 60919,83 (283.136,67) 6 64572,66667 64.572,67 32.714,52 60214,44 (218.564,00) 7 64572,66667 64.572,67 29.209,40 59517,22 (153.991,33) 8 64572,66667 64.572,67 26.079,82 58828,07 (89.418,67) 9 64572,66667 64.572,67 23.285,55 58146,91 (24.846,00) 10 64572,66667 64.572,67 20.790,67 57473,63 39.726,67 TOTAL 645.726,67 39.726,67 (241.150,03) (0,00) (3.114.503,33)

Como o valor do investimento é alto para a propriedade estudada, a avaliação da rentabilidade foi baseada em 10 anos. O fluxo econômico nos 10 anos totaliza R$ 645.726.67, e esse valor subtraído do valor total do investimento que é de R$ 606.000.00, resulta em um fluxo financeiro de R$ 39.726.67 de acordo com essas informações, pode-se afirmar que o capital investido vai ser recuperado em aproximadamente 10 anos.

O valor presente líquido (VPL) mostra que com a atualização do fluxo econômico do projeto a uma taxa de 12%, obtém-se um saldo negativo de R$ 241.150.03 no final de 10

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anos. Esse dado revela que o projeto de investimento potencial deve ser abortado, ou seja, é inviável.

A taxa interna de retorno (TIR) de 1.17% comprova a inviabilidade do projeto, pois a uma baixa movimentação financeira devido as pequenas quantidades de grãos produzidos na propriedade.

O período de retorno de capital (PRK) prova que o projeto se paga do 9 para o 10 ano, sendo um retorno de longo prazo, já que o capital investido é alto.

3.6.1 Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto

O financiamento do investimento é de 10 anos, o quadro abaixo apresenta a capacidade de pagamento do financiamento neste período. São mostrados os valores da amortização anual, juros, prestação, saldo devedor, receita do projeto e o saldo de caixa, que é o valor que ira sobrar para o investidor.

Quadro 7: Avaliação da capacidade de pagamento do financiamento do projeto

Ano Capital

princ Amortização Juros Prestação

Saldo devedor Receita Proj. Saldo final Cx 0 606.000,00 0 0 0 606.000,00 0 0 1 606.000,00 60.600,00 40.905,00 101.505,00 545.400,00 64.572,67 (36.932,33) 2 545.400,00 60.600,00 36.814,50 97.414,50 484.800,00 64.572,67 (32.841,83) 3 484.800,00 60.600,00 32.724,00 93.324,00 424.200,00 64.572,67 (28.751,33) 4 424.200,00 60.600,00 28.633,50 89.233,50 363.600,00 64.572,67 (24.660,83) 5 363.600,00 60.600,00 24.543,00 85.143,00 303.000,00 64.572,67 (20.570,33) 6 303.000,00 60.600,00 20.452,50 81.052,50 242.400,00 64.572,67 (16.479,83) 7 242.400,00 60.600,00 16.362,00 76.962,00 181.800,00 64.572,67 (12.389,33) 8 181.800,00 60.600,00 12.271,50 72.871,50 121.200,00 64.572,67 (8.298,83) 9 121.200,00 60.600,00 8.181,00 68.781,00 60.600,00 64.572,67 (4.208,33) 10 60.600,00 - 60.600,00 (60.600,00) 64.572,67 3.972,67

De acordo com o quadro acima, observa-se que o valor da amortização é constante, pois o valor total do projeto foi financiado em 10 anos, a amortização é de R$ 60.600.00, cujo somando todas as parcelas da amortização resulta no valor a ser financiado que será de R$ 606.000.00.

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Observa-se também que o valor dos juros é decrescente porque este é calculado sobre o restante do capital principal. O valor total de juros no final de 10 anos é R$ 220.887.00.

As prestações referem-se a soma da amortização e dos juros, com o passar dos anos este valor diminui, devido os juros serem calculados com o valor restante do capital principal.

O saldo devedor é a amortização subtraída do capital principal e compreende o valor que resta a pagar do financiamento a cada ano, este valor também diminui com o passar do tempo.

O saldo de caixa é o montante que sobra para o investidor, e como se pode ver, este valor é negativo nos nove primeiros anos, o que indica que o produtor ira ter que desembolsar dinheiro do bolso para manter o projeto nos nove primeiros anos, provando que o projeto não se paga, e comprovando que o projeto é inviável, e por isso deve ser abortado.

Em simulação realizada, para o projeto tornar-se viável, seria necessária uma área de no mínimo 410 hectares de superfície agrícola útil, ou um ganho mínimo de R$ 18 por saca de soja e R$ 17 por saca de trigo. Ou ainda a compra de 13160 sacas de soja e 13500 sacas de trigo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O armazenamento de grãos na propriedade é uma maneira do produtor agregar maior valor na sua produção. Porém as tecnologias disponíveis no mercado para a armazenagem de grãos, não são viáveis para todas as propriedades, há a necessidade de uma área mínima a partir da qual se torna viável do ponto de vista econômico e financeiro.

Construir uma unidade armazenadora para estocar a produção de grãos na propriedade estudada, demonstrou viabilidade econômica, porem no quesito rentabilidade do capital é inviável.

Conforme a tecnologia disponível no mercado e pelas simulações realizadas, o investimento do projeto 1 se torna interessante para aquelas propriedades que possuem mais de 300 há de superfície agrícola útil. Já no projeto 2 e 3 a viabilidade de unidades armazenadoras de grãos, com instalação de secadores de grãos a área mínima para a viabilidade do projeto passa para 350 e 420 há de superfície agrícola útil respectivamente.

O estudo cumpriu com os objetivos do trabalho, porque após a realização deste, ficou provado que, o armazenamento de grãos na propriedade agrega valor nos grãos produzidos. Porem o projeto estudado é inviável devido ao baixo fluxo de produção de grãos na propriedade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRANDÃO, F. Manual do armazenista. 2 ed. Viçosa: UFV, Impr. Univ., 1989.

BUARQUE, C. Avaliação econômica de projetos. 8. reimp. Rio de Janeiro: Campus, 1991. 266 p.

CONAB. Acompanhamento da safra brasileira. 1º Levantamento de Grãos Outubro/2010. Companhia Nacional de Abastecimento. Brasília: Conab, 2010. Disponível em: <http://www.conab.gov.br >. Acesso em 08 de outubro de 2010.

HOFFMANN, R. et al. Administração da empresa agrícola. 7 ed. São Paulo: Pioneira, 1987. 325p.

IBGE. Indicadores agropecuários. Setembro/2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http:// www.ibge.org.br>. Acesso em 08 de outubro de 2010. LIMA, Arlindo Prestes de. et al. Administração da unidade de produção familiar: modalidade de trabalho com agricultores. 3. ed. Ijuí: Unijui, 2005. 224p.

PUZZI, D. Abastecimento e armazenagem de grãos. Campinas, SP: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1986.

WEBER, É.A. Excelência em beneficiamento e armazenagem de grãos. Panambi: Salles, 2005.

Referências

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