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Academic year: 2021

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Texto

(1)

O cinema na sala de aula e a

construção de significados

Eliane dos Santos

Pascoal

(2)

Pré- conceito? Potencial negativo? mundo

idealizado? Filme educativo potencialmente

melhor?

Filme ligado a uma sociedade faz parte dela –

Ainda hoje divórcio entre a sociedade e a escola.

O erro cometido na tentativa de criar o cinema

educativo foi, exatamente querer “limpar” a

linguagem audiovisual dessa sua vocação de

liberdade ante a lógica do tempo e do espaço

Que cultura audiovisual formou o e educador

brasileiro.

(3)

Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como

ausência do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com freqüência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa -na cabeça do aluno- a não ter aula.

Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno

percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso.

Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso do vídeo

costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.

Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos

possíveis porque possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para descobri-los,junto

Usos inadequados do Cinema em

sala de aula

(4)

Questões

Na escola, aprende-se a ler impressos e a escrever

manuscritos e, assim, o estudante é considerado

alfabetizado.

Mas em que momento aprende-se a “ler ou a

escrever” um texto audiovisual? Alguém ensina o

aluno a assistir a um programa de televisão ou a

assistir a um filme?

Quando o aluno aprende como é o processo de

desenvolvimento de um programa ou de um filme?

E é possível ensinar a “ler e escrever” um texto

(5)

Cinema e a construção de

significados

Espectadores: Grupos de indivíduos passivos?

Ou formas diferentes de participação na

imobilidade da poltrona?

Conceito de “vivência virtual”

Não há limites na escolha dos filmes, mas

cuidados (público, tempo, objetivos etc). Os mais

adequados são os que proporcionarem maior

riqueza de discussão. Houve experiências em

que mostrar o negativo permitiu ampliar a visão

(6)

Carneiro (2003, p 17)

Para aproximar-se da TV como educador é preciso não negar nem condenar o caráter lúdico na relação com os meios. Reconhecer a recepção como espaço de produção de sentido que pode estender-se a outros espaços, incluída a escola.Mediar não significa recusar, negar, desqualificações a priori. Implica sair da posição de telespectador para provocar outras leituras, estabelecer relações

analíticas, seletivas, perguntar, compreender melhor a si e ao mundo em que se vive.

A mediação pedagógica não destrói a atração provocada pela televisão nem a descaracteriza.

Cabe ao professor, diante da situação específica de cada ação pedagógica e do contexto e das condições vivenciados pelos alunos, construir estratégias eficientes

para cada situação, utilizando os meios de comunicação de acordo com os objetivos a serem alcançados, ou seja, é imprescindível que ele seja um mediador pedagógico.

(7)

Cinema e Educação

Professor construtor de sentidos através do

cinema

A Universidade e a sala de aula pode

proporcionar este espaço de construção

coletiva de sentidos

Múltiplas linguagens: imagem, som,

(8)

Cinema e Educação

 “Na perspectiva do lugar dos sons na produção de sentidos

podemos associar as esferas acústicas a uma espécie de

reflexo da sociedade, evidenciando mecanismos socioculturais atrelados a valores e relações de poder.”

Pode-se afirmar que o hiper-estímulo auditivo, no sentido da

sobrecarga à qual os indivíduos são expostos diariamente nos centros urbanos, afeta seus corpos e consequentemente a sua relação com o meio..”

(9)

Cinema

Cinema e Educação: uma interface em

construção

Pensando “o que” e só depois “ como”

Diferentes áreas e a experiência com o

(10)

Cinema e Educação

Para Monica Fantim o paradígma “ecológico”

da educação propõe uma concepção de

fazer educação usando todos os meios e

tecnologias. Nesta perspectiva o objetivo da

escola é que o educando utilize e atue em

outros espaços construindo relações e

(11)

Cinema e Educação – Monica

Fantin

Cinema pode ser entendido a partir de

diversas dimensões: estéticas, cognitivas,

sociais e psicológicas;

Todas estas dimensões podem estar

(12)

Cinema e Educação

Não podemos reduzir seu potencial de objeto

sociocultural, além de ser uma ferramenta

pedagógica com ampla significação e

(13)

Educar com e para o cinema

Educação pode abordar o cinema:

Como instrumento;

Como objeto de conhecimento;

Como meio de comunicação;

(14)

Cinema e Educação

Carneiro (2000, p. 65) apresenta uma sistematização com base em

quatro funções básicas, mas que podem ocorrer concomitantemente: a)

função de informação e de conteúdo

: consiste em

apresentar o programa produzido para apresentar o conteúdo da aula (forma direta) ou o programa produzido sem tratamento

pedagógico específico (forma indireta);

b)

função de motivação

: significa utilizar o potencial motivacional do meio audiovisual para problematizar conteúdos, aproximando a cultura do aluno, com a emoção, com as imagens do mundo real; c)

função de ilustração

: consiste em apresentar documentos,

imagens, vozes ou até mesmo fatos e histórias para ilustrar aulas, ajudando na compreensão de fatos, idéias e conceitos;

d)

função de meio de expressão

: significa produzir mensagens audiovisuais como modo de expressão.

(15)

Pensando o “ como” através do “ o que”

Linguagens visuais: semelhante ao cérebro

Espelho identificação X Espelho oposição

Texto e contexto

Efeitos e defeitos

Socialização

Vivência virtual

Linguagem

(16)

Cinema e Educação

Considerar o cinema como meio significa

que sua multiplicidade de linguagens pode

atuar no âmbito da consciência do sujeito e

no âmbito sócio-político-cultural

constituindo-se em um formidável instrumento de

intervenção, pesquisa, comunicação e

fruição;

(17)

Cinema e Educação

Para Walter Benjamin, quem busca uma

nova leitura, uma nova tradução, pode

encontrar sempre sentidos que não estão

transparentes, explícitos nos textos, escritos,

sonoros, imagéticos, fílmicos...

(18)

Pensando o como através do “o

que” Cristian Meetz

 Análises possíveis

 Várias vias de acesso ; percepção, estética; público etc  Relação texto/contexto

Sentidos/emoção; projeção identificação

Filmes “didáticos, documentários e ficcionais” pensando as

relações

 Pensando efeitos e defeitos

 Espelho identificação X espelho oposição  Cinema como campo de problematização

Socialização ( Celso João Ferreti) Processo pelo qual pessoas

aprendem novos conhecimentos, formas de agir, pensar,

convenções, gestos, habilidades etc que lhes permitem partilhar mais efetivamente da sociedade em que vivem

(19)

O filme como elemento de socialização na escola – Celso João Ferreti

Socialização que os filmes (não

intencionalmente) provocam nos alunos

Na cultura da escola o chamado Filme

Didático tem status de material didático.

Filmes chamados comerciais ligado ao ócio,

(20)

Possibilidades

Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO Um bom vídeo é

interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.

Vídeo como ILUSTRAÇÃO. Um vídeo traz para a sala de aula

realidades distantes dos alunos, como por exemplo a Amazônia ou a África.

Vídeo como SIMULAÇÃO É uma ilustração mais sofisticada. O

vídeo pode simular experiências de química que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos. Um vídeo pode mostrar o crescimento acelerado de uma planta, de uma árvore -da semente até a maturidade- em poucos segundos

(21)

PROPOSTAS DE UTILIZAÇÃO

Vídeo como PRODUÇÃO - Como documentação, registro de

eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. empréstimo ou aluguel dos mesmos programas.

Vídeo como AVALIAÇÃO -Dos alunos, do professor, do

processo.

Vídeo ESPELHO -Vejo-me na tela para poder

(22)

DINÂMICAS DE ANÁLISE

Análise em conjunto -O professor exibe as cenas mais importantes e

as comenta junto com os alunos, a partir do que estes destacam ou perguntam. É uma conversa sobre o vídeo, com o professor como moderador.

Análise globalizante

Fazer, depois da exibição, estas quatro perguntas:

- Aspectos positivos do vídeo - Aspectos negativos

- Idéias principais que passa

Análise Concentrada –Escolher, depois da exibição, uma ou das

cenas marcantes. Revê-las uma ou mais vezes. Perguntar (oralmente o por escrito):

- O que chama mais a atenção (imagem/som/palavra) - O que dizem as cenas (significados)

(23)

DINÂMICAS DE ANÁLISE

Análise "funcional" -Antes da exibição, escolher algumas funções ou

tarefas (desenvolvidas por vários alunos):

- o contador de cenas (descrição sumária, por um ou mais alunos) - anotar as palavras-chave

- anotar as imagens mais significativas - caracterização dos personagens

ANÁLISE DA LINGUAGEM- Que história é contada (reconstrução da

história)

- Como é contada essa história

. o que lhe chamou a atenção visualmente . o que destacaria nos diálogos e na música

(24)

Formas de utilização

COMPLETAR O VÍDEO

Exibe-se um vídeo até um determinado ponto.

Os alunos desenvolvem, em grupos, um final próprio e justificam o porquê da escolha. Exibe-se o final do vídeo

Comparam-se os finais propostos e o professor manifesta também a sua opinião.

MODIFICAR O VÍDEO

Os alunos procuram vídeos e outros materiais audiovisuais sobre um determinado assunto.

Modificam, adaptam, editam, narram, sonorizam diferentemente.

Criam um novo material adaptado a sua realidade, a sua sensibilidade.

COMPARAR VERSÕESVÍDEO PRODUÇÃO

Contar em vídeo um determinado assunto

Pesquisa em jornais, revistas, entrevistas com pessoas.

Elaboração do roteiro, gravação, edição, sonorização. . Exibição em classe e/ou em circuito interno.

(25)

Outras formas

Relação do cinema com outros meios;

Oferecer repertório diverso e variado;

Problematização;

Situações coletivas;

Interpretação e compreensão;

(26)

Cinema e Educação Instrumento de intervenção, pesquisa, comunicação e fruição Sensibilização -Ilustração Simulação – Produção Avaliação - Espelhos Instrumento Objeto de conhecimento Meio de expressão Meio de Comunicação Função de: Informação e Conteúdo Motivação - Ilustração Expressão Dimensões Políticas Sociais, Estéticas e Psicológicas

Relação do cinema com outros meios Oferecer repertório diverso e variado

Problematização Situações coletivas Interpretação e compreensão Experiência de produção Análise em conjunto Análise Globalizante Análise Concentrada Análise Funcional Completar o Vídeo Modificar o vídeo Comparar versões

Análise dos personagens Análise da linguagem

(27)

Cinema e Educação

Eis nosso desafio:pensar como desenvolver a

educação em conexão com as imagens, uma

educação sensível presente em nossas propostas

pedagógicas, uma proposta ética, crítica, construtiva

que, ao mesmo tempo em que participa dos

movimentos culturais, permite aos seus estudantes

e cidadãos a reflexão sobre a criação, a produção e

a disseminação de imagens....

Patricia Barcelos

Referências

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