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Academic year: 2021

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TÍTULO: VALIDAÇÃO EXPERIMENTAL DE CORRELAÇÕES TEÓRICAS PARA DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA TOTAL, CAUSADA PELA VARIAÇÃO DO DIÂMETRO INTERNO EM TUBOS CILÍNDRICOS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA:

SUBÁREA: Engenharias SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE ENIAC - ENIAC INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): CLAUDINEI BRITO DO NASCIMENTO, GLICERIO MOREIRA ALVES JUNIOR AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LUCIANO GALDINO ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

Nas correlações abordada neste trabalho, propõe-se determinar limites para perda de carga em dispositivos utilizados para medição do diferencial de pressão em sistemas de arrefecimentos de óleo, sendo realizando uma comparação entre os resultados obtidos por meio dos cálculos e do seu modo matemático utilizando-se da expressão de Colebrook para determinar o fator de atrito do sistema de tubos de alumínio cilíndricos, partindo de dados pré-definidos como a rugosidade relativa, número de Reynolds e diâmetro interno do tubo cilíndrico, posteriormente aplicando este resultado na expressão de Moody Rouse que por sua vez permite determinar a perda de carga teórica do sistema. Após a realização dos cálculos e obtidos os resultados teóricos foi iniciando a simulação prática onde foi realizada em uma banca de teste com ambiente controlado, que possui dispositivos de bombeamento de óleo que permite controlar a vazão, sensores que controlam a temperatura conectados a um sistema de coletas de dados e representados através de software. Sendo realizado o monitoramento das leituras de temperatura, vazão e perda de carga, que posteriormente foram comparados com os resultados teóricos.

Palavras-chave: Perda de carga. Sistema de arrefecimento. Rugosidade do tubo. Diâmetro do tubo.

2. INTRODUÇÃO

O fator mais importante de um sistema de tubos é a leitura de perda de carga, que é obtida pelo diferencial de pressão do fluído que passa pelo sistema de tubo e entre os dois pontos determinando é feito a leitura da perda de carga, ou seja, o quanto o sistema perde de pressão ao longo de seu comprimento. Uma das suas aplicações como exemplo é um sistema de arrefecimento (radiador), onde a leitura da perda de carga é um dos fatores utilizado para dimensionar o sistema de bombeamento de fluído.

De acordo com Brunetti (2008) e Fialho (2009), perda de carga refere-se a energia cedida do fluído ao atrito das paredes internas durante o seu escoamento.

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2 Para realização da leitura da perda de carga são necessários dois medidores de pressão onde são instalados em dispositivo de adaptação que são colocados nas extremidades da entrada e saída do fluído. Este dispositivo trata-se de um tubo de alumínio usinado com características específicas e pré-determinadas onde atende a uma faixa de equipamentos para o sistema de arrefecimento.

Com a função de Colebrook é possível com apenas uma fórmula abranger quase todo o campo de fluxo de tubos que estão nas zonas laminares e críticas. (MOODY,1944).

Durante os testes da perda de carga existem muitas variáveis como o comprimento, diâmetro interno e rugosidade do dispositivo de adaptação, com isso dificultando que sejam obtidos resultados sem interferência.

3. OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo estabelecer os limites aceitáveis para perda de carga nos dispositivos usados para a medição dos sistemas de arrefecimento de óleo aplicado em veículos automotivos de pequeno e grande porte.

4. METODOLOGIA

Para analisar sistemas hidráulicos é necessário conhecer o tipo de fluído e como se comporta o seu escoamento. Dentre várias classificações pode-se citar escoamento laminar e turbulento.

De acordo com Porto (2006), escoamento laminar é definido pelo movimento ordenado das partículas em camadas ou lâminas em um mesmo sentido, em geral sistema de baixa velocidade e fluído de alta viscosidade. No escoamento turbulento o fluído possui movimento aleatório de forma irregular, em geral o sistema trabalha com alta velocidade e o fluído possui baixa viscosidade.

Para determinar a classificação de escoamento utiliza-se Equação 1 denominada número de Reynolds:

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3 𝑅𝑒 = 𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠

𝑉 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐷 = 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

𝑌 = 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑒𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎

Segundo Brunetti (2008), o escoamento laminar ocorre quando o valor do número de Reynolds for menor que 2000 e o escoamento turbulento ocorre quando o valor do número de Reynolds for maior que 2400 e entre laminar e turbulento classifica-se como escoamento de transição com valores do número de Reynolds entre 2000 - 2400.

A rugosidade de uma superfície é um fator muito importante quando fala-se de escoamento de fluídos e sua perda e carga.

Nas palavras de Piratelli (2011, p.4), “Conjunto de desvios micro geométricos, caracterizado pelas pequenas saliências e reentrâncias presentes em uma superfície”. A rugosidade relativa é a razão entre a rugosidade absoluta (hr) pelo diâmetro d, determinada pela seguinte expressão 2:

𝑒 =

ℎ𝑟

𝑑 (2) 𝑒 = 𝑟𝑢𝑔𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎

ℎ𝑟 = 𝑟𝑢𝑔𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑 = 𝑑𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

De acordo com Porto (2006), o fator de atrito é determinado por dois valores adimensionais, o número de Reynolds e a rugosidade relativa, aplicando estes valores no diagrama de Moody Rouse, como pode-se observar no gráfico da Figura 1.

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Figura 1 - Diagrama de Moody Rouse

Fonte: PORTO, 2006.

Para se determinar o fator de atrito utiliza-se a expressão de Colebrook 3

. 1 √𝑓𝑖

= −2log [

𝑒 3,7 𝐷

+

2,51 𝑅𝑒 √𝑓𝑖

]

(3) 𝑒 = 𝑟𝑢𝑔𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑅𝑒 = 𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 𝑓𝑖 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 𝐷 = 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎çã𝑜

A realização dos cálculos foi realizado através do software matemático Excel da Microsoft utilizando a função solver para determinar inicialmente o fator de atrito a partir da expressão de Colebrook White e posteriormente a perda de carga através da expressão de Moody Rouse, os valores encontrados pode ser observado na Tabela 1, Tabela 2 e na Tabela 3.

5. DESENVOLVIMENTO

Para execução dos testes, foi utilizado um tubo de alumínio para confeccionar 3 corpos de prova, sendo alterado somente o diâmetro interno do corpo de prova,

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5 sendo o primeiro corpo de prova com a medida nominal de 22,5mm conforme Figura 2, o segundo corpo de prova com 10% menor da medida nominal e o terceiro corpo de prova com 10% maior da medida nominal. Estes corpos tem o comprimento total de 167 mm, medida adotada para estes testes.

Figura 2 - Corpo de prova

Fonte: Autor

Os dispositivos de leitura de perda de carga possuem um furo com rosca perpendicular ao canal de passagem do fluído para instalação do instrumento de medição e este ponto está posicionado a 6 vezes o diâmetro nominal interno do tubo, no caso à 135mm face do tubo, esse espaço existe para estabilizar o fluxo do fluído que passa pelo tubo, essa parte do tubo fica definida como entrada e saída do sistema, todas as medidas conforme Figura 3.

Figura 3 - Dispositivo de leitura de perda de carga

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6 Na Figura 4 tem-se os três dispositivos de leitura de perda de carga montado em um corpo de prova, sendo a parte do meio do conjunto com as medidas conforme a Figura 3, a primeira peça da imagem tem a medida nominal do diâmetro interno de 22,5mm e as outras duas peças um com 10% maior e outra com 10% menor que a medida nominal do diâmetro interno.

Figura 4 - Dispositivo de leitura de perda de carga

Fonte: Autor

Para este teste foi utilizado como fluído o óleo Mobil Delvac Super 1400 15W40. Os sensores utilizados para esse tipo de leitura podem ser: manômetros, sensor de diferencial de pressão, transdutores de pressão. Para a execução destes testes serão utilizados os seguintes instrumentos de medição:

-Medidor de vazão Yokogawa, modelo RCCT 28-GAHA04A1SG/BG, com uma faixa de leitura de 60 a 300 kg/min;

- Medidor de pressão diferencial da marca Yokogawa, modelo EJX110A, com sua faixa de leitura de 0 à 1500 kPa;

- Medidor de pressão diferencial da marca GE, modelo UNIK 5000, com sua faixa de leitura de 0 à 2000 mbar;

- Sensor de temperatura do tipo PT-100, da marca WIKA linha TR-10, com faixa de leitura de -50 a 250 °C.

Foram determinados para as simulações condições comuns a sistemas de arrefecimentos de veículos de automotivo de grande e pequeno porte.

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7 As temperaturas para este experimento foram pré-determinadas em 50 ºC, 70 ºC e 90 ºC, variando em cada temperatura as vazões de 25 kg/min, 50 kg/min, 70 kg/min, 90 kg/min, 95 kg/min, 100 kg/min e 105 kg/min. Sendo realizado o teste em cada um dos 3 corpos de prova.

Todos os instrumentos foram conectados em um dispositivo de aquisição de dados modelo QuantumX e visualizados através do software Catmaneasy da empresa HBM.

Após o sistema de tubos e instrumentos estarem montados em um sistema de arrefecimento conforme a Figura 5 e instalados em um simulador este chamado de calorímetro, será aplicado uma vazão constante controlada e que fará com que o fluído tenha um fluxo contínuo, desta forma sendo possível efetuar a leitura da perda de carga de cada teste realizado.

Figura 5 – Dispositivo adaptador instalado no sistema de arrefecimento

Fonte: Autor

6. RESULTADOS

Com os resultados obtidos nos testes e cálculos, foram geradas três tabelas onde possa ser feita uma análise geral do experimento. Foi realizada a média entre um sensor de pressão Yokogawa e dois sensores de pressão GE e comparado com os resultados calculados, obteve-se uma porcentagem de erro para cada combinação de vazão e temperatura sendo representada nas tabelas a seguir.

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8 Na Tabela 1 pode-se observar que os menores valores de erros encontrados foram com temperatura a 70 ºC.

Tabela 1 – Testes para TAP´s e adaptadores com diâmetros iguais.

Fonte: Autor

Na Tabela 2 os menores valores de erros observado estão dentro da faixa de temperatura de 50 ºC.

Tabela 2 – Testes para adaptadores com diâmetros 10% maior que dos TAP´s.

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9 Na Tabela 3 também foram obtidos os menores valores de erros com temperatura dentro da faixa de 70 ºC.

Tabela 3 – Testes para adaptadores com diâmetros 10% menor que dos TAP´s.

Fonte: Autor

Avaliando os valores foi observado divergências entre as comparações de leituras nos sensores de diferencial de pressão, a fim de reduzir os erros e tornar os resultados mais confiáveis foi inserida uma linha de tendência de função de potência através do software Excel utilizando a função matemática do software.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os resultados obtidos pelo experimento pode-se concluir que os melhores resultados foram encontrados quando os testes foram realizados com temperaturas a 70 ºC e no geral pode-se dizer que a correlação entre o teórico e o experimento atendem as necessidades de aplicação do sistema de arrefecimento de veículos automotivos de pequeno e grande porte.

Foi observado que os sensores utilizados têm um range alto em relação aos valores baixos de pressão, para uma análise futura é sugerido o uso de instrumentos que atendam um range de 0 à 200 hPa.

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8. FONTES CONSULTADAS

BRUNETTI, Franco. Mecânica dos fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall Brasil, 2008. 431 p.

FIALHO, Arivelto Bustamante. Automação Hidráulica: Projeto, Dimensionamento e

Análise de Circuitos. 5. ed. São Paulo: Érica Ltda, 2009. 284 p.

L.F. Moody, Friction factors for pipe flow, Trans. ASME v.66, n.8 p.71–684, 1944.

NASCIMENTO, Idario P. ; GARCIA, Ezio C. Engenharia Térmica Aplicada. 2016. 12 f. Paper (Mestrado) - Curso de Propulsão e Energia, Divisão de Mecânica-aeronáutica Engenharia, Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, 2015. Disponível em:

<https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1359431115012880>. Acesso em: 15 mar. 2018.

PIRATELLI FILHO, Antonio. Rugosidade Superficial. In: 3° SEMINÁRIO

METROLOGIA, 3., 2011, Brasilia. Seminário. [brasilia]: Universidade de Brasilia, 2011.v.1,p.1-41.Disponívelem:

<file:///C:/Users/usrbiblio/Downloads/palestra_ufu_17_05_2011.pdf>. Acesso em: 12 maio 2018.

PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica Básica. 4. ed. São Carlos: Eesc - Usp, 2006. 540 p.

TAVARES, João M. R. S.. Indicação dos Estados de Superfície. 2012. Disponível em:

Referências

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