INSTRUMENTOS DE
GESTÃO AMBIENTAL
Revolução industrial - uso intensivo dos recursos
Necessidade de mecanismos mediadores
crescimento industrial x degradação ambiental
Surge a 1 geração dos instrumentos de comando-e-controle – formam a estrutura básica de todas as políticas ambientais.
Princípios norteadores dos instrumentos de
gestão ambiental
• Baseados nos princípios que regem o direito ambiental:
• Princípio dos direitos humanos;
• Princípio do desenvolvimento sustentável;
• Princípio democrático;
• Princípio da prevenção (precaução e cautela);
• Princípio do equilíbrio;
Princípios norteadores dos instrumentos de
gestão ambiental
• Aceleração do tempo – capitalismo ↑ descompassos ambientais • Questão: Como conciliar estes tempos com as necessidades de
sustentabilidade, cujo tempo é necessariamente outro?
• A associação da dimensão econômica às questões ambientais representa um imperativo!!
• Através dela que se formulará as diretrizes de atuação do governo, empresas e cidadãos para compreensão de fatos e das relações, sociais, culturais e políticas.
• Economia Ambiental
Princípios norteadores dos instrumentos de gestão
ambiental
• 1972 – aprovou-se a “Recomendação sobre os princípios diretores relativos aos aspectos das políticas ambientais sobre o plano
internacional” (origem ao princípio do poluidor-pagador).
• Visava o uso mais racional dos recursos naturais. principalmente os hídricos.
• Coube ao poder público:
• Fiscalizar as indústrias e implantar medidas para reduzir a poluição (incorporar o valor dos produtos naturais à dinâmica do mercado)
Princípios norteadores dos instrumentos de gestão
ambiental
• GESTÃO AMBIENTAL PRESSUPÕE:
• POLÍTICA AMBIENTAL – princípios doutrinários às aspirações
sociais e/ou governamentais
• PLANEJAMENTO AMBIENTAL – adequação do uso, controle e
proteção do ambiente e implantação de projetos e intervenções estruturais ou não
• GERENCIAMENTO AMBIENTAL – conjunto de ações para
regular o uso, controle, proteção e conservação do meio ambiente
COMANDO E CONTROLE
Mecanismos de imposição que se constituem na primeira geração de
● Princípios básicos:
► Preventivo: padrões de desempenho ambiental previamente a instalação do
empreendimento.
► Corretivo ou reativo: padrões de desempenho ambiental das atividades
poluidoras.
● Eficiência:
► Uniformidade
► Timing dos fluxos de emissões
► Concentração versus tempo de exposição
COMANDO E CONTROLE
IBAMA SEMA ICMBIO IAP DEMAIS ÓRGÃOS AMBIENTAIS...1 . Pressupostos Básicos:
Internalizando as externalidades
• Sugiram com o desdobramento dos processos
produtivos – produtos manufaturados;
• Produtos apresentam uma demanda e um valor de
mercado e os rejeitos (emissões atmosféricas, efluentes
hídricos, resíduos sólidos, etc.) para os quais não existe
interesse do mercado.
• Cada um dos aspectos ambientais gera impactos
socioambientais – qualidade de vida e a saúde das
populações.
• “Custo social” é fictício economicamente, pois não existe
expressão monetária para eles.
• Externalidade é estabelecer a regulação da intensidade e
extensão da exploração dos RN (de acordo com a teoria
econômica)
• “ dano ou benefício causado por alguma atividade a
terceiros, sem que esses sejam incorporados no sistema de
preços
”.
• Ex. de externalidade: uma atividade que afete de modo
favorável ou desfavorável outras atividades ao longo do
processo produtivo e cujo preço do bem não inclui os ganhos e
perdas sociais resultantes da sua produção e consumo.
1 . Pressupostos Básicos:
• O processo de internalização das externalidades é a base da
política ambiental;
Quando ocorre???
• Empreendedor é obrigado a investir em mecanismos de controle
ambiental – mitigar o impacto ambiental do seu processo ou
quando é obrigado a pagar uma multa ambiental.
• Forma de fazer com que os custos socioambientais da poluição
sejam integrados ao processo produtivo – sem que ocorra a
transferência do ônus da poluição para a sociedade.
1 . Pressupostos Básicos:
1 . Pressupostos Básicos:
1 . Pressupostos Básicos:
Degradação da qualidade ambiental gera dois custos
básicos:
1 – custo do próprio bem ambiental que foi consumido ou cuja
qualidade foi comprometida.
2 – Custo associado à perda de saúde da população afetada em
consequência da poluição (o ônus é transferido ao indivíduo
ou ao sistema público de saúde).
1 . Pressupostos Básicos:
Existem 2 tipos de dificuldades:
a)
Valorar processos ecológicos incertos e heterogêneos;
(transformação de energia, nutriente, decomposição, umidade, etc.)
b) Identificar as fontes de legitimidade para fundamentar valores
econômicos de tais processos e fazê-los valer nos
mecanismos decisórios ou no mercado.
1 . Pressupostos Básicos:
1 . Pressupostos Básicos:
2. Princípio do Poluidor Pagador
Ou princípio da responsabilidade ou responsabilização
• Tem característica sancionatória – o responsável pelo dano
ambiental passa a ter responsabilidade objetiva e financeira pela proteção do meio ambiente.
• Pressuposto da necessidade de igualar os custos privados e sociais de qualquer processo de produção que gere poluição
(externalidade);
• Estabelece que o poluidor deverá arcar com os custos e com a redução da poluição determinadas pelas autoridades públicas Intuito é evitar ou corrigir o dano ambiental causado por qualquer agente social mediante o pagamento de certa quantia, em espécie.
Princípio do Poluidor Pagador
Possui caráter preventivo, reparatório e indenizatório.
Existem limitações!!!!
• Aplicabilidade, necessidade de identificação, monitoramento e penalização dos poluidores:
• Será que o poluidor realmente paga??
a) O PPP é efetivo ao fazer com que o poluidor pague pelos danos gerados? Repasse de preços ao consumidor
b) Como restaurar ou recuperar a degradação gerada no passado? Perda da biodiversidade (extinção na Amazônia e Pantanal).
c) Como reparar casos em que a poluição gerada apresenta impacto de abrangência internacional?? Emissões de SO2 liberadas por industrias na Inglaterra e Ártico que produzem chuvas ácidas na Dinamarca desmatando e destruindo rios.
Princípio do Poluidor Pagador
O PPP como instrumento de gestão ambiental busca:
• Padrões ambientais inseridos em regulamentações de cunho
corretivo e cujo custo de realização deve ser pago pelo
produtor;
• Envolve o pagamento de taxas ou encargos sobre o produto
poluente ou uso do recurso;
• Emissão de certificados de poluição (licenças-autorizações):
negociadas como ações de bolsas de valores
3. Barganhas de Coase (negociação entre agentes)
Desenvolvido pelo economista Ronald Coase. Procura demonstrar a possibilidade de uma solução privada ótima às externalidades - ou seja uma solução sem a intervenção do Estado que maximiza o bem-estar social.
• Resultado eficiente depende da regra aplicável para uma avaliação adequada dos custos:
• Seja criando soluções para o livre funcionamento dos mercados, de modo:
• Direto: eliminando o caráter público desses bens e serviços
(privatização de bens como água, energia, etc) definindo o direito de propriedade (negociação coaseana).
• Indireto: valoração econômica da degradação desses bens e da imposição desses valores pelo estado através de taxas (taxação pigouviana).
3. Barganhas de Coase (negociação entre agentes)
Essência da negociação:
o causador do dano ambiental somente investirá em controles ambientais a partir do ponto em que não é economicamente interessante pagar os custos da inadimplência legal.
4. Imposições e bases para a definição de
políticas ambientais
• Serviu de base para um conjunto de mecanismos de
imposição cujo propósito é obrigar o poluidor a pagar pelo
dano gerado
O que é imposição??
• Qualquer instrumento de natureza legal, e portanto,
compulsório, que atue como mediador nos conflitos
existentes entre os agentes envolvidos.
• É a base para a implantação de todos os demais
instrumentos de política.
Estruturação desse instrumento considera 3 aspectos:
• Os casos que priorizem negociações/critérios econômicos;
• Os legisladores e regulamentadores pautam-se pelo nível de poluição aceitável, segundo critérios médicos e/ou sanitários;
• A fixação de padrões rígidos a serem obedecidos;
4. Imposições e bases para a definição de
Busca uma solução ótima considerando:
■ Relação de cumulatividade entre poluentes; considerar um número máximo de organizações (zoneamento ambiental), lançando um mesmo tipo de poluente no meio;
■ A existência de sinergias e possibilidades de formação de substâncias secundárias no meio, muitas vezes, mais tóxicas que aquelas originalmente lançadas no meio (ex: formação de ozônio no
smog fotoquímico);
■ Devem variar em função de condições específicas da região considerando dinâmicas de rios, condições de circulação atmosférica, etc..
4. Imposições e bases para a definição de
5) NÍVEL ÓTIMO DE POLUIÇÃO
• Instrumento de gestão ambiental estruturado de modo a considerar o equilíbrio entre os prejuízos e os benefícios, tanto na ótica
privada quanto social e vice-versa;
Impasses com relação ao nível ótimo de poluição:
a) Dificuldades associadas com a cobrança pelo uso e abuso dos
bens ambientais (internalizando as externalidades) equiparando os custos privados e sociais; a valoração dos bens ambientais é
subjetivo
b) Qual o nível de poluição adequado para que as atividades
produtivas não sejam comprometidas em sua viabilidade, gerando um viés social? Nível zero de poluição = nível zero de emprego. c) Reconhecimento de falha do mercado, os preços não são bons
Exemplo mais clássico EIA/RIMA busca o equilíbrio entre os
benefícios sócio-econômicos e a perda da qualidade ambiental da área e população afetada.
• Nível ótimo de poluição será sempre obrigatoriamente diferente de zero, passando pelo tolerável (benefícios advindos da instalação do empreendimento);
• O estabelecimento dos níveis de poluição toleráveis ou desejáveis só pode ser realizado mediante prioridades de intervenção;
6) PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO
• Atingir um ótimo social e ambiental;
• Analise criteriosa da relação dos prejuízos ambientais e sociais, bem como dos benefícios econômicos;
Abrangências e esferas dos Instrumentos de GA
• Instrumentos de GA, além da sua abrangência
(macro e micro), ou do objetivo do controle,
podem ser considerados quanto às esfera de
atuação (pública e privada).
• Na esfera pública – instrumentos de comando e
controle relacionados á implantação da GA em
nível municipal, regional, estatal ou nacional –
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
– poder público
Abrangências e esferas dos Instrumentos de GA
2 diferentes abrangências:
• Macro - relacionada ao uso do espaço físico
• Micro - focada em organizações e realizado
pelo órgão de controle ambiental estadual;
• Instrumentos de abrangência microorientados
para a esfera privada são conhecidos como de
autocontrole – empresa é o seu próprio fiscal
ambiental
• Instrumentos econômicos também são de
abrangência micro – mediados pelo poder
público
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA REDUZIR A
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
São os conjuntos de objetivos, diretrizes e
instrumentos de ação que o poder público
dispõe para produzir efeitos desejáveis sobre o
ambiente.
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA REDUZIR A
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
Reconhecer a natureza desses problemas em nível:
● local;
● regional;
● global.
● local – prefeituras
● qualidade do ar, fornecimento de água limpa, remoção e
disposição do lixo sólido e de efluentes líquidos, limpeza de ruas,
etc;
● Entretanto, ainda existem sérios problemas especialmente
relacionados aos resíduos que produzem
– favelas – envolvem
ilhas de prosperidade.
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA REDUZIR A
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
● Regional
● causada por automóveis produção de energia e indústria pesada - prosperidade;
● problemas regionais podem ir além das fronteiras – ex. chuva ácida nos EUA que afeta a vida nos lagos canadenses.
● poluição regional deve ser tratada nível nacional ou estatal. ● Global
● destruição da camada de ozônio e o efeito estufa;
● pouco tem a ver com fronteiras nacionais, suas causas são gases vindos de qualquer parte do mundo
POLÍTICAS PÚBLICAS – CUSTOS DA PROTEÇÃO
AMBIENTAL
● Existem várias soluções técnicas para os problemas de degradação ambiental;
● Vários obstáculos onde a intervenção governamental se faz necessária;
● o primeiro problema: elevados custos
● Nos EUA as despesas com proteção ambiental – 2%do PIB
● Contudo, esqueceram de calcular os benefícios resultantes de um ambiente mais limpo;
● efeitos mais pronunciados no controle da poluição: industrias de
produtos químicos, mineração de carvão, veículos motorizados, refino de petróleo, metais e do papel;
POLÍTICAS PÚBLICAS – CUSTOS DA PROTEÇÃO
AMBIENTAL
● Primeiras medidas governamentais:
● Legislações relacionadas à silvicultura, proteção de paisagens e de ecossistemas intocados;
● estendido para poluição urbana do ar, chuva ácida, poluição do mar e poluição global;
● Lei do ar Puro de 1956 – problemas de poluição em Londres criou um padrão que se espalhou pelo mundo
● Crise energética dos anos 70 acelerou a adoção de medidas corretivas, pelo governo, como forma de reduzir a poluição;
● Para identificar as políticas necessárias pode-se avaliar o custo dos danos resultantes ou o custo de se evitar o problema ;
POLÍTICAS “ SEM ARREPENDIMENTOS”
● Introduzidas para mitigar a mudança climática devido a incerteza sobre o assunto;
● Preocupações científicas: segundo especialistas, os modelos de
circulação geral para a mudança climática não são precisos e permitem uma variação considerável nas mudanças esperadas
● Preocupações econômicas: estimativas dos custos para estabilizar a emissão de CO2 variam amplamente.
● Surge a política sem arrependimentos:
Uma política de engajamento para prevenir a mudança climática, as quais também fazem sentido de um ponto de vista econômico; ganhos adicionais na redução das emissões estufa seriam um ganho adicional (lucro)
POLÍTICAS “ SEM ARREPENDIMENTOS”
● Incluem:
● Políticas de preço: inclusão de custos externos nos preços, de modo que reflitam o custo social real do fornecimento e utilização da energia. Desencorajar os usuários ao uso da energia substituindo as fontes ou mudando o padrão de consumo.
● Padrão de desempenho mínimo: regulamentação e a padronização forçam a tecnologia a se aprimorar rapidamente.
● Subsídios e financiamentos: alternativa aos padrões mínimos
subsidiando os aparelhos ou tecnologias que economizam energia;
Programas informativos: aumentam a eficiência do uso da energia
fornecendo informação sobre a intensidade energética de vários aparelhos elétricos;
Barreiras para a redução de emissões e as políticas
para superá-las
● Evidência histórica demonstra diferenças entre as tecnologias disponíveis com custo mais efetivo e as utilizada na prática para a redução da poluição;
● Diferenças devido a dois fatores principais:
1 – custo oculto do uso da tecnologia (menor confiabilidade – novo), além de que tecnologias competidoras não fornecem o mesmo serviço (ex. conforto dos automóveis particulares x transportes coletivos).
2 – Incertezas sobre os preços futuros, falta de informação, processos de decisão deficientes, estrutura de mercado imperfeita e deficiências institucionais.
Barreiras para a redução de emissões e as políticas
para superá-las
● os instrumentos de incentivo para superar as barreiras e facilitar
a penetração de tecnologias de baixas emissões incluem:
1- Programas de permissão para emitir – método de converter uma meta
para as emissões globais de um poluente em planos de redução para as fontes individuais de poluentes.
Ex. Organismo regulador especifica um limite superior global de emissões de um poluente. As licenças de emissão transmitem o direito de emitir o poluente para as firmas individuais.
Não são permitidas emissões sem licença, os violadores ficam sujeitos a penalidade substanciais.
Existe uma quantidade de licença para cada limite superior, que as empresas podem negociar entre si;
Barreiras para a redução de emissões e as políticas
para superá-las
2 - empresas com custos de redução marginal mais baixo tem um
incentivo para reduzir suas emissões e vender suas licenças a empresas com custo de redução marginal mais alto.
3 - Acordos negociados com a indústria – altamente favorecidos na União
Europeia
4 - Padrões e etiquetas – uso generalizado em países industrializados;
5 - Programas de P & D (pesquisa e desenvolvimento) – subsidiados pelo
governo ou pela indústria, incentivam o uso de tecnologias limpas – emissões de gases;
6 - Incentivos – dispositivos de depreciação acelerada dos fornecimentos
e contas dos consumidores reduzidas para refletir a economia e a conservação de energia
Barreiras para a redução de emissões e as políticas
para superá-las
● a otimização dos programas vai depender das atividades específicas de cada país e da aceitação política;
● Variar ao longo do tempo e com os setores econômicos;
● Importante a remoção de barreiras na implementação de melhores tecnologias;
● No entanto, qualquer mudança nos padrões técnicos e de consumo dependem da continuidade política, estabilidade, prevenção de
aproveitadores, caráter progressivo da implementação e do controle de preços;
INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
PERSUASÃO MORAL – publicidades, pressão social;
CONTROLES DIRETOS – limites de poluição especificação de processos/equipamentos;
PROCESSOS DE MERCADO – taxação, subsídios, licenças de poluição, depósitos recompensáveis, direitos de propriedade;
INVESTIMENTOS GOVERNO – prevenção de danos, atividades regenerativas, disseminação de informações, pesquisa e educação.
INSTRUMENTOS DE CC/Lei 6.938/81:
Regulamentação direta, acompanhada de fiscalização e sanção p/ o não cumprimento das normas e padrões.
As políticas ambientais no Brasil são feitas principalmente sob esse enfoque;
Estudos de Impacto Ambiental (EIA): conjunto de atividades para dar conhecimento sobre as principais consequências ambientais de um projeto, para atender a regulamentos e auxiliar na decisão sobre a
implantação do Projeto
Licenciamentos: autorização a ser concedida pela autoridade ambiental p/ exploração econômica de áreas de relevante interesse ambiental em propriedades privadas.
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS (LEI 6.938/81):
·Zoneamentos: considerar o uso do solo segundo a sua capacidade e identificar áreas que devem ser preservadas.
Controles Diretos: regulações que limitam níveis de emissões.
Auditoria Ambiental: considerado um “mecanismo administrativo” de gestão ambiental, pois depende de algum instrumento (Código civil) que já tenha sido implementado.
INSTRUMENTOS DE INCENTIVO ECONÔMICO:
Buscam alcançar as metas ambientais sobre uma base de incentivos e desincentivos (sistema de preços).
· Taxação: impõe ao agente econômico um custo sobre o uso de um bem ambiental.
· Subsídios: tem a função de auxiliar os poluidores a suportar os custos de controle da poluição; os agentes econômicos recebem um incentivo (redução ou isenção de impostos, reservas de mercado, créditos com juros baixos)
· Licenças Comercializáveis de Poluição: determinar um nível máximo de poluição/degradação desejado para uma dada região, a partir daí,
leiloar as licenças entre os “interessados em poluir”.
Também consiste em distribuir aos poluidores certificados transacionáveis para poluir.
· Depósitos Reembolsáveis: sobretaxa no preço de um produto
potencialmente poluidor de forma que, quando a poluição é evitada por meio do retorno desse produto ou parte de seus resíduos para um
· Por um longo tempo as iniciativas do governo tiveram caráter corretivo – ações fragmentadas, medidas pontuais e de baixa eficiência;
· Gestão Ambiental pública
É a ação do poder público seguida de acordo com uma política ambiental pública
Política Pública Ambiental
É o conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos de ação que o poder público dispõe para produzir efeitos desejados sobre o ambiente.
Os instrumentos de política pública ambiental podem ser explícitos ou
Explícitos – são criados para alcançar efeitos ambientais benéficos
específicos;
Ex. regulamentos relativos a emissão de gases poluentes por veículos automotivos;
Consequências: melhora na qualidade do ar, menor consumo de combustível e melhor eficiência dos veículos;
Implícitos – alcançam tais efeitos pela via indireta, pois não foram
criados para isso
Ex. investimentos em educação tornam a população mais consciente dos problemas ambientais
Instrumentos Explícitos – podem ser classificados em 3 grandes
grupos:
Comando e controle, econômico e outros;
Comando e controle – exercício do poder de polícia dos agentes
estatais por meio de proibições, restrições e obrigações impostas aos indivíduos e ás organizações, sempre autorizadas por normas legais; Os mais conhecidos são os que estabelecem os padrões máximos
aceitáveis de poluentes. 3 tipos: 1) Padrão de qualidade ambiental; 2) Padrão de emissão
3) Padrão ou estágio tecnológico
Outros instrumentos são: proibições ou banimentos de produção, comercialização e uso de produtos;
Cotas de produção, comercialização ou utilização de materiais e
Instrumentos Econômicos – podem ser classificados em 2 tipos: 1) Fiscais
2) De mercado
Fiscais: se realizam através da transferência de recursos entre os
agentes privados e do setor público podem ser tributos ou
subsídios;
Tributos: transferem recursos dos agentes privados para o setor
público, em decorrência do uso do ambiente.
Subsídio: transferência de receita dos entes estatais em benefício dos
agentes privados, para que estes reduzam seu nível de degradação ambiental;
Instrumentos Econômicos –
De mercado – embora criados e administrados no âmbito
governamental, esses instrumentos se efetuam por meio de
transações entre agentes privados em mercados regulados pelo governo.
Do ponto de vista de uma política neo-liberal os instrumentos
econômicos – em relação aos de controle – seriam mais aptos para: ■ Induzir um comportamento dinâmico por parte dos gentes privados; ■ Proporcionar estímulos permanentes para as empresas deixarem de
gerar poluição;
Uma política ambiental consistente
Deve se valer de todos os instrumentos passíveis e estar atenta aos efeitos sobre a competitividade das empresas;
MECANISMOS IMPLÍCITOS: AVANÇOS TECNOLÓGICOS
■ Avanços no campo da ciência e tecnologia que vão possibilitar o surgimento de novos produtos e processos que aumentem
constantemente a eficiência dos recursos produtivos e reduzam os níveis de emissão;
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
■ Torna os indivíduos e grupos sensíveis aos problemas ambientais,
proporcionando conhecimento sobre o meio ambiente, conduzindo ao senso de realidade e urgência com respeito as questões ambientais.
Política pública ambiental brasileira:
■ início na década de 30, sendo promulgados os códigos de caça, código florestal, código de minas e código de águas.
Em 1980, os problemas ambientais passaram a ser considerados de modo generalizado e interdependentes e começaram a ser
tratados mediante políticas integradas;
Em 1981, a Lei 6938 estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente que tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia a vida, visando assegurar condições de desenvolvimento socioeconômico; Em 1988 a constituição federal estabeleceu a defesa do meio
ambiente como um dos princípios a serem observados para as atividades econômicas em geral e incorporou o conceito de desenvolvimento sustentável.
De acordo com a constituição federal
“todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida,
impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Outras inovações da constituição federal:
■ Respeito ao meio ambiente e a preservação racional dos recursos
para caracterizar a função social das propriedades rurais
■ Incluiu os sítios ecológicos como elementos do patrimônio
cultural;
■ Estabeleceu disposições em defesa de grupos vulneráveis, como
povos indígenas, garimpeiros, crianças, idosos e deficientes físicos.
A lei de crimes ambientais
Estabelece sanções administrativas e penais derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente;
IMPACTOS AMBIENTAIS E IGAs
impactos ambientais são causados por ações humanas, as
quais decorrem de políticas, planos, programas e projetos (empreendimentos e obras de engenharia), sejam públicos ou privados)
portanto, a tarefa é identificar, avaliar, controlar e informar os
efeitos ambientais associados a essas ações, por meio de IGAs, com fins:
-preventivos: antecipar à ocorrência de impactos e, assim,
promover as medidas necessárias para evitá-los ou, ao menos, mitigá-los (ex.: AIA)
- corretivos, eliminar ou atenuar impactos ocorridos (ex.: RAD e formas de intervenções urbanas)
porém, na prática, a maioria dos IGAs tem caráter tanto
preventivo quanto corretivo (ex.: LA), o que sugere a aplicação
conjunta (ex.: AIA e RAD)
opinião pública, ONGs, MP, imprensa, empresas: fins de
comunicação
assim, um IGA tende a ser mais completo à medida que sua
aplicação contemple múltiplas finalidades e necessidades
gerenciais ante os impactos ambientais atuais e futuros, como
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL MAIS UTILIZADOS (PLANEJAMENTO - PREVENTIVOS)
( Partidário, 98 )
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL AVALIAÇÃO DE IMPACTO SOCIAL AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA
- AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS - AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS
-AVALIAÇÃO DE PLANOS
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS CUMULATIVOS AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA
AVALIAÇÃO DE RISCOS
E
PARTICIPAÇÃO E CONSULTA PÚBLICAS PLANEJAMENTO DE USO DO SOLO
Formas de IGAs (Sánchez, 1999):
-Instrumentos analíticos:
• AIA, avaliação tecnológica, AA, ACV, “ecodesign”, monitoramento ambiental
•Instrumentos organizacionais:
• SGA, SGQ, SG da segurança, higiene e saúde ocupacionais • declarações de política ambiental
• indicadores de desempenho ambiental • contabilidade ambiental
• seguro ambiental
-Instrumentos comunicativos:
• Relatório de desempenho ambiental • rotulagem ambiental (selo verde)