ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Adaptado da apresentação da Dra.Claudia Varnier
Aquífero
Aquitardo
Aquífero superficial
Aquífero confinado
Lençol freático
Água subterrânea
*
Do ponto de vista hidrológico, a água encontrada na zona saturada do solo, chamada de aquífero, é dita subterrânea.*
Segundo Linsley, chama-se aquífero a formação geológica que contém água e esta pode mover-se em quantidades suficientes para permitir um aproveitamento econômico.*
aquífero: Formação porosa (camada ou estrato) de rocha, areia capaz de armazenar e transmitir água através dos poros.*
A água no subsolo fica
contida em formações
geológicas consolidadas
ou não, em que os poros
estão saturados de água,
e onde ela possa se
movimentar são
denominadas aquíferos.
*
Os aquíferos têm propriedades ligadas ao armazenamento de água no solo tais como a porosidade, a condutividade hidráulica, a umidade, etc.*
Chama-se porosidade efetiva a quantidade de água que pode drenar livremente de uma amostra saturada dividida pelo volume da amostra.*
O solo possui duas zonas distintas: a zona não saturada ou de aeração e a zona saturadatotal
Volume
água
Volume
Porosidade razão entre o volume de vazios e o volume de solo:
Umidade razão entre o volume de vazios e o volume de água; para condições saturadas, todos os vazios estão preenchidos com água e, portanto, a umidade é dita saturada e se aproxima do valor da porosidade:total
Volume
vazios
Volume
Algumas propriedades
hidrogeológicas
Fonte: López-Geta et al. (2005)
Quanto tempo a água leva
para sair do aquífero?
Movimento das aguas
subterrâneas
COMO A ÁGUA SUBTERRÂNEA SE
MOVIMENTA?
• Como ocorre o fluxo
da água subterrânea?
– Diferença de potencial
– Tendência de buscar a
situação de menor
energia
• Gradiente hidráulico
(i=
D
h/L)
Movimento das aguas
subterrâneas
zona de recarga
A
B
h
A
h
B
A
B
Em aquíferos confinados a água pode estar sob pressão.
O
gradiente hidráulico
indica o deslocamento da
água de um ponto para o outro a uma determinada
unidade de distância
Δh/ΔL: h1-h2
L
h1, h2 = carga hidráulica L = distância
Fonte: Murck et al. (1996)
P
1P
2h
1h
2L
i = (h
1- h
2)/L
i = (40-20)/500 = 0,04
Gradiente Hidráulico
Gradiente hidráulico varia com a paisagem?
P
1P
2h
1h
2L
i = (h
1- h
2)/L
L R Lq
ds
q
t
Q
0)
(
s
Escoamento de base é igual à integral da contribuição subterrânea
para a rede de drenagem ao longo de todo o comprimento (L)
Justificativa do estudo RETIRADA SUPERFICIAL VISÃO MACRO DO LIMITE DE USO RETIRADA SUBTERRÂNEA VISÃO MICRO DO LIMITE DE USO
CRITÉRIOS DE OUTORGA
3Metodologia para definição de alternativas de critérios de outorga que considerem os usos integrados dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos na macroescala da bacia hidrográfica.
4
avaliar a aplicabilidade do modelo hidrológico na representação em macroescala da interrelação entre os usos superficiais e subterrâneos da água;
avaliar a representação simplificada de aquíferos em modelos hidrológicos;
estudo de caso: bacia do alto rio Paranaíba em Minas Gerais.
4
Fonte: Cleary ( 1989)
Datum (referência) Base do aquífero
Nível d’água
Fluxo da água subterrânea requer o conhecimento de um
gradiente de potencial (
água flui de pontos de
maiores
para
menores
valores, independente de sua direção no espaço
).PTA = hp + he hp = potencial de pressão he = potencial de elevação ou posição
Potencial Total da Água (PTA) e Carga
Hidráulica
Fluxo horizontal
Fluxo vertical
ascendente
Fluxo da Água Subterrânea
QUANTIFICAÇÃO DO MOVIMENTO DA
ÁGUA SUBTERRÂNEA: LEI DE DARCY
Fluxo (q) = Q
A
Velocidade real
v
r= q
n
efq = -K ΔH
ΔL
q = fluxo (L/T) Q = vazão (L3/T) A = área da amostra
a) q = Q
A
vr = velocidade real (L/T) q = fluxo (L/T) nef = porosidade efetiva (L3/L3)b) q = -K ΔH
ΔL
q = fluxo (L/T) K = condutividade hidráulica (L/T) ΔH = diferença de carga (h1-h2) (L) ΔL = distância de manômetros (L)c) v
r= q
n
efEquação de Darcy
Questões:
a) Como a água é armazenada?
b) Para onde a água vai?
c) Qual a velocidade da água para ir do ponto A ao B?
Movimento Advectivo dos Contaminantes
Condutividade Hidráulica K medida da capacidade de um aquífero conduzir água através do meio poroso; é expressa em m/dia, m/s, mm/h [K = v/(dh/dx)].*
Condutividade Hidráulica é a não resistência ao fluxo, por exemplo:*
Na Areia a velocidade do fluxo é maior, então K é maior*
Na argila a velocidade do fluxo é menor, então o K é menor.A= l .h v = k . dh/dx dh h l K dx Q 2 1 0 h h L dh h l K dx Q Q = v. A Q = (k.dh/dx).(l.h) Q = k.l.h.dh/dx Integrando: l Q h1 h h2 L Δh As cargas h1 e h2 são avaliadas através de piezômetros Q = k.l.(h12 - h 22)/(L.2)
Aplicação da Lei de Darcy
Aquífero livre
Perda de Carga:
Decréscimo na carga hidráulica causada
pela dissipação de energia (fricção no meio poroso).
Para o aquífero freático:
Nível Freático ou Nível de Água: Altura da água de um aquífero não-confinado, freático ou livre medida num poço de observação.
Superfície Freática: Superfície cujos pontos em relação igual ao nível de água no aquífero freático.Algumas definições
importantes
1.
Calcule a condutividade hidráulica e a vazão no
aquífero
livre
. Dados: K= 1 x 10
-3m/s e l = 10m.
1
2
L= 780m 15m 18mImper.
Datum
10m 7mExercício
Q = V. A Q =[ K . dh/dx] . A Como: A = l . b , então: Q = K . l . b dh/dx Integrando: As cargas h1 e h2 são avaliadas através de manômetros l Q h1 h 2 L Δh b
dh
b
l
K
dx
Q
2 1 0 h h Ldh
b
l
K
dx
Q
Q = k.l.b.(h1 - h2)/LAplicação da Lei de Darcy
Aquífero confinado
Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada pela dissipação de energia (fricção no meio poroso).
Para o aquífero Confinado:
Carga Piezométrica ou Altura Piezométrica: Altura da água de um aquífero confinado medida num piezômetro em relação ao fundo do aquífero (z + P/).
Superfície Piezométrica: Superfície cujos pontos estão em elevação igual à altura piezométrica.Algumas definições
importantes
Trasmissividade T taxa volumétrica de fluxo através de uma secção de espessura “b”.T = K . b
Onde: T é a coeficiente de transmissividade (m2/s)
K é a condutividade hidráulica (m/dia; m/s); b é a espessura do aquífero confinado (m).
2.
Calcule a condutividade hidráulica e a vazão no
aquífero
confinado
. Dados: K= 1 x 10
-3m/s e l
=
10m.
Imper.
Datum
1
2
L= 780m 10m 13m 5mExercício
*
Poço é uma obra de engenharia regida por norma técnica destinada a captação de água do aquífero;*
Quando iniciamos o bombeamento de um poço, ocorre um rebaixamento do nível da água do aquífero, criando um gradiente hidráulico (uma diferença de pressão) entre este local e suas vizinhanças.*
Este gradiente provoca o fluxo de água do aquífero para o poço, enquanto estiver sendo processado o bombeamento.*
A condição de exploração permanente (Q=cte) dá-se quando a vazão de exploração é igual a vazão do aquífero para o poço;*
Se o bombeamento parar, o nível d’água retorna ao nível original (recuperação).REPRESENTAÇÃO DO FLUXO DA ÁGUA
SUBTERRÂNEA
Mapa Potenciométrico
Linhas Equipotenciais+
Linhas de Fluxo• Linhas equipotenciais
Traçado unindo pontos que possuem o mesmo potencial total de água ou carga hidráulica.
• Linhas equipotenciais:
define as cargas hidráulicas do meio
• Linhas de fluxo:
define o caminho da água no aquífero
• Tubo de fluxo:
volume/área
compreendido(a) entre duas linhas de fluxo
Poço Cota (m) NA (m) Carga Hidráulica (m) P1 120 5 115 P2 122 6 116 P3 124 7 117
-
=
No campo:
•
Medição dos níveis
d’água (NA) dos
poços
•
Topografia (para
normalizar todos os
poços em relação
ao
datum
)
•
Cálculo da carga
hidráulica
Elaboração de mapa
potenciométrico
760 780 780 poço rio 777 765 761 755 782 752 N 0 100 m Curvas ou Linhas Equipotenciais Fonte: Iritani (2006) Direção de Fluxo
Mapa potenciométrico
1800 1900 2000 2100 7000 7100 7200 7300 7400 7500
Fonte: Viviani Lima (2007)
Linhas equipotenciais
Fonte: Cleary (1989)
Movimento da água em área
de recarga
Linhas de fluxo Linhas
equipotenciais
Fonte: Cleary (1989)
Movimento da água em área
de descarga
•
Posição de filtros em poços
•
Corpos de água superficial
•
Heterogeneidade do aquífero
•
Exagero vertical
•
Densidade de informação
Geometria das Linhas
Fonte: Saines (1981)
Interpretação incorreta das linhas
de fluxo ocasionada pela posição
dos filtros dos poços
Geometria das Linhas
Fonte: Saines (1981)
*
Mapa corrigido,
excluindo-se
poços com filtros
mal posicionados
Altitude da superfície do Lago
Interação lago-aquífero
O lago conectado ao
aquífero define uma linha
potenciométrica
Incorreto
Fonte: Davis & De Wiest (1966)
Altitude da superfície do Lago
Correto
Geometria das Linhas
Fonte: Fetter (2001)
Formato das
equipotenciais ao cruzar
uma drenagem
Geometria das Linhas
Superfície potenciométrica Q
Bombeamento de poços –
alteração da superfície
potenciométrica
Situações que influenciam as
Linhas de Fluxo
Linhas equipotenciais afetadas pelo bombeamento
de um poço
Fonte: Spitz & Moreno (1996)