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Parlamento dos Jovens 2016 Ensino Básico. Racismo, Xenofobia e Discriminação

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Academic year: 2021

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Parlamento dos Jovens 2016 Ensino Básico

“Racismo, Xenofobia e Discriminação”

O Parlamento dos Jovens é uma iniciativa que permite que os jovens de todo o país exponham e defendam as suas ideias e opiniões acerca de um tema predefinido a fim de, em conjunto, definirem medidas consensuais que possam ajudar o nosso país e o mundo. No meu ponto de vista, é um projeto de grande importância para o futuro da nossa Nação, uma vez que seremos nós, os jovens, a liderar este país daqui a poucas dezenas de anos. Dar oportunidades aos mais jovens de se pronunciarem acerca de assuntos que afetam a todos é algo de muito positivo, uma vez que temos as ideias mais inovadoras e arrojadas. O nosso país e o mundo precisam de pessoas que se preocupem e que queiram participar nas decisões importantes. É com iniciativas como esta que se envolvem os jovens que terão a responsabilidade de tomar decisões no futuro e corrigir erros do passado.

Neste ano o tema em debate foi “Racismo, Xenofobia e Discriminação”, um tema bastante atual e também complexo com o qual, não só o nosso país, mas todo o mundo, lida diariamente e que deve ser trabalhado da melhor maneira. Apesar de estarmos no século vinte e um, este é um problema global e que afeta milhões de pessoas neste planeta.

Tal como em anos anteriores, este projeto foi trabalhado com muito empenho pelos alunos da escola E.B2,3 de Vila Verde, sendo que no dia 4 de janeiro contamos com a presença da deputada Vânia Dias numa palestra esclarecedora relacionada com o tema.

A primeira etapa deste projeto foram as eleições da escola que decorreram no dia 20 de janeiro, tendo saído vencedora a lista C.

No dia seguinte, 21 de janeiro, decorreu a sessão escolar em que vários alunos, de diversas listas concorrentes, tiveram oportunidade de participar dando a sua opinião em relação ao tema e às medidas defendidas pelas restantes listas. No final formularam-se três medidas para apreformularam-sentar na Sessão Distrital de Braga, na qual participaram as alunas Carolina Fernandes, do 9ºano, Helena Margarida, do 8ºano e eu, Leonor Silva, como suplente, do 8ºano. A aluna Alice Dias, também do 8ºano, foi eleita para candidata à mesa, e apesar de não ter sido escolhida, fez um ótimo trabalho, representando de forma exemplar a nossa escola.

Esta sessão realizou-se no dia 29 de fevereiro e foi uma ótima experiência, através da qual fizemos novas amizades e partilhamos as nossas medidas. No final, reunimos um conjunto de excelentes medidas para apresentar, mais tarde, na Sessão Nacional. Todo este processo de escolher o projeto de recomendação demorou bastante tempo, mas valeu a pena, visto que as medidas da nossa escola foram escolhidas como medidas base, sendo que, depois sofreram algumas alterações, de modo a ficarem o mais completas possível. Na minha opinião foi uma boa sessão, apesar de todos os percalços que possam ter ocorrido, visto que era-mos um grande grupo e fazíaera-mos algum barulho. Após este longo e cansativo dia, conseguimos atingir o nosso objetivo tendo sido uma das escolas mais votadas,

As alunas Carolina, Helena e Leonor na Assembleia da República.

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passando assim à Sessão Nacional. Ficamos muito orgulhosas e satisfeitas, pois acho que, após tanto trabalho e dedicação, foi um reconhecimento merecido.

Nos dias 2 e 3 de maio realizou-se a Sessão Nacional em Lisboa que contou com a presença de 128 deputados representando todos os distritos do continente, além dos representantes dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, e do ciclo da Europa e Fora da Europa, participando um total de 64 escolas, escolhidas entre as 479 que concorreram a esta atividade.

No dia 2 de maio, os trabalhos tiveram início pelas 14h00 com a 1.ª parte das Reuniões das Comissões Parlamentares, cujo trabalho consistia na apresentação dos Projetos de Recomendação aprovados nos diversos círculos eleitorais.

A escola E.B2,3 de Vila Verde esteve na 3.ª Comissão, presidida pelos deputados Isabel Pires e Diogo Leão, onde foram apresentados os projetos dos distritos de Aveiro, Lisboa, Faro, Viana do Castelo e Madeira. Após esta apresentação, realizou-se o debate na generalidade, onde os deputados se mostraram muito participativos e interessados, respeitando sempre a opinião dos restantes colegas. Este debate culminou, mais tarde, na elaboração de um projeto comum para apresentar no

dia seguinte, na sessão plenária. O projeto vencedor nesta comissão foi o de Viana do Castelo cujo porta-voz era a nossa colega Sara Arezes.

Já o Projeto de Recomendação do distrito de Braga foi apresentado na 4ª Comissão pelos restantes deputados do distrito, incluindo o porta-voz Marco Ribeiro. Nesta comissão, presidida pelos deputados Ivan Gonçalves e Ana Rita Bessa, estiveram os distritos de Beja, Guarda, Setúbal e Viseu, sendo que o nosso projeto foi o escolhido.

Enquanto decorriam as reuniões, os jornalistas participaram numa visita guiada ao Palácio de S. Bento. Ficamos a saber que a Assembleia da República era, anteriormente, um mosteiro e que a sala dos Passos Perdidos, onde nos encontrávamos, se encontra na parte superior da antiga capela do mesmo.

Depois desta visita reunimo-nos com os restantes deputados e fizemos um curto intervalo para lanche. Após este momento de descontração os deputados finalizaram o trabalho nas comissões e, no final, assistimos e participamos num momento muito divertido e inesperado de dança. Para terminar o dia, jantamos e dirigimo-nos para o hotel onde ficamos hospedados e onde nos divertimos muito, tendo a oportunidade de conhecer e conviver com outros jovens de diferentes partes do país.

Sessão Nacional 2016

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No dia seguinte, após o pequeno almoço, saímos do hotel e dirigimo-nos novamente à Assembleia. Por volta das 10h00, iniciaram-se os trabalhos na Sessão Plenária, na Sala das Sessões da Assembleia da República. A abertura da mesma foi presidida pelo Presidente da Assembleia da República, Doutor Ferro Rodrigues Guilherme Silva, acompanhado pelo Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, Doutor Alexandre Quintanilha, e pelo deputado Pedro Pimpão, responsável por esta iniciativa no Parlamento, que começaram por dar os parabéns aos participantes por se aventurarem nesta atividade, destacando a importância da divulgação da mesma e agradecendo também aos professores responsáveis, porque sem o seu trabalho e dedicação este projeto não poderia existir.

Seguidamente realizou-se um período de perguntas pelos porta-vozes de cada círculo, ao deputados Pedro Pimpão, Profírio Silva, Abel Batista, André Silva, José Luís Ferreira e Rita Rato, que responderam abertamente e de forma bastante clara às questões colocadas.

Após este momento de perguntas, os deputados saíram da Sala das Sessões, sendo depois entrevistados sobre vários assuntos, pelos jornalistas na sala do Passos Perdidos.

Enquanto que os trabalhos dos deputados prosseguiram, os jornalistas tiveram a oportunidade de participar numa conferência de imprensa com o Doutor Alexandre Quintanilha, Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, que respondeu de forma clara e acessível ao máximo de perguntas que conseguiu, visto que eram muitos os jornalistas que queriam participar.

Na Sessão Plenária, os deputados apresentaram as medidas aprovadas em cada uma das quatro comissões, realizaram o debate na especialidade e votaram nas propostas de eliminação de algumas delas. No fim resultou um projeto de recomendação para apresentar aos deputados da Assembleia da República com as seguintes medidas relacionadas com o tema em debate:

1. Implementar projetos específicos de integração, de alunos para alunos, aproveitando as competências e a boa vontade de alunos com perfil para ajudar e acolher outros colegas.

2. Criar uma equipa multidisciplinar, “beat rápido”, capaz de promover temas de discriminação, racismo e preconceito, através de campanhas de sensibilização, encontros interescolares distritais anuais, bem como de implementar sessões de debate nas escolas, de forma a evitar atos discriminatórios. Esta equipa, através da execução de um plano de intervenção, dará apoio imediato às vítimas e familiares.

3. Festejar a diversidade cultural, educando os alunos para a diferença, através do incentivo para a partilha e o diálogo multicultural, integrando a atividade “penpal” nas disciplinas de línguas.

4. Integrar pessoas com deficiência e sensibilizar a população para a integração, através de cursos de língua gestual e braile, e inclusão deste último nos boletins de voto, e promoção de ações de divulgação dos direitos das pessoas com deficiência.

5. Investir na introdução de temas como os direitos humanos, o racismo, o preconceito e a discriminação, nos currículos ao longo do percurso escolar obrigatório, de forma dinâmica e adequada à idade e maturidade dos alunos, com especial ênfase na interação entre disciplinas do 3.º ciclo.

6. Iniciar a educação para a diferença o mais precocemente possível, com conteúdos, metodologias e práticas e contacto com grupos desfavorecidos ou minoritários.

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uma escola dos países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e dinamizar intercâmbio de estudantes e trocas de correspondência.

8. Incrementar atividades concretas que promovam a interrelação entre culturas distintas e que devem estar bem definidas nos planos anuais de atividades das escolas, desde o primeiro ciclo ao ensino secundário, sendo implementadas nas disciplinas de Estudo do Meio e de Educação para a Cidadania, respetivamente.

9. Sensibilizar os meios de comunicação social no sentido de promover o “Jornalismo pela tolerância” e de dar especial destaque a programas infantis/programas informáticos (jogos/aplicações), a implementar nas escolas até ao 1.º ciclo.

10. Criar uma instituição que preste apoio psicológico à vítima, de forma a ajudá-la a lidar com a situação de discriminação, e ao agressor, de forma a instrui-lo para a compreensão e respeito dos outros e a reabilitá-lo de modo a integrá-lo na sociedade.

Por fim, este dia terminou com uma longa viagem de regresso a casa e com difíceis despedidas pois durante estes dois dias tivemos a oportunidade de criar novas amizades.

Para finalizar, penso que esta foi uma ótima experiência para todos os participantes, que se empenharam durantes todos estes meses, para que esta edição do projeto, que já é tão conhecido por todas as escolas do país, se desenrolasse da melhor maneira. Em nome da escola E.B2,3 de Vila Verde, felicito todos os jovens pela excelente participação.

Jornalista: Leonor Barreto Silva Escola E.B2,3 de Vila Verde - Braga

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