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Instituto Pró Universidade Canoense (IPUC), Rio Grande do Sul, RS - Brasil

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO DA REPRODUTIBILIDADE DOS DADOS DE UM EQUIPAMENTO DE

DENSITOMETRIA ÓSSA ATRAVÉS DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (CV) E SUA CONTRIBUIÇÃO NA QUALIDADE E SEGURANÇA

Gonçalves, P. M.

Instituto Pró Universidade Canoense (IPUC), Rio Grande do Sul, RS - Brasil

Resumo: A densitometria óssea é empregada para determinar qualidade mineral óssea, através de um equipamento que faz a leitura da densidade desta estrutura. Esta técnica apresentou um desenvolvimento bastante relevante, principalmente, nos últimos trinta anos e vem se destacando na prevenção e controle da osteoporose. De forma a garantir a qualidade do procedimento bem como sua precisão e acuraria alguns cuidados são fundamentais: 1 - O conhecimento do equipamento por parte do operador incluído suas peculiaridades e variações, uma vez que os riscos de erros de diagnóstico são aumentados quando realizamos procedimentos em equipamentos descalibrados; 2 - Monitoração e controle dos artefatos na imagem; 3 - Padronização e controle no modo de condução operacional na realização do exame, como em sua análise; 4 - Controle de qualidade e realização de manutenções preventivas. A verificação de anomalias em um, ou mais, dos itens listados acima são os mais fortes preditores de comprometimento ao resultado final como no aumento na dose impingida ao paciente e técnico. Para tanto, considerando as variabilidades imprevisíveis na anatomia humana, além das dificuldades inerentes a prática da rotina no que se refere ao posicionamento do paciente e condução do exame. A determinação do coeficiente de variação do equipamento é uma ação que nos permite determinar e quantificar a qualidade do exame. Objetivo: Buscar informações sobre a reprodutibilidade do equipamento de densitometria óssea, para determinar o coeficiente de variação do mesmo. Realizar o cálculo.

Métodos: Sendo assim, realizamos cinquenta procedimentos simulados utilizando o para isso um fantoma de coluna lombar. Em cada simulação realizamos duas medidas para comparação e efetivado o cálculo estatístico, tais aquisições nos possibilitaram a determinação do coeficiente de variação do equipamento de densitometria óssea. Assim podemos concluir que a quantificação do coeficiente de variação é uma ferramenta associada ao controle de qualidade e consequentemente de segurança radiológica.

Resultados: Através deste estudo, realizado as varreduras de um fantoma, possibilitou o cálculo final do CV igual a 2,16%, sabe-se que cada equipamento deve desenvolver seu CV% em um cálculo individual e único, segundo orientação de seu fabricante. Média esperada segundo a SBDens.

Conclusão: Concluiu-se que através do objetivo do exame de densitometria óssea, de determinar, quantificar e qualificar massa óssea, é necessário certificar sempre de que os coeficientes de variação (%CV) indicativos da precisão do método estejam dentro dos limites aplicáveis. Acompanhando as variações do %CV é possível atestar com segurança se variações observadas são ou não significativas, identificando com boa sensibilidade problemas nas aplicações das técnicas de posicionamento, análise ou mesmo problemas técnicos do equipamento que mereçam correções e possíveis reparos. Existe a necessidade de que o protocolo do exame seja padrão, no que se refere à condução do exame como um todo,

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mesmo que executado por mais de um profissional técnico, visando aumentar o grau de certeza diagnóstica. Os resultados obtidos são o esperado para o método, isto é, estão dentro dos limites aceitáveis.

Introdução

A Densitometria Óssea teve um desenvolvimento bastante relevante, principalmente, nos últimos trinta anos e vem se destacando pela importância na prevenção e controle da osteoporose. Com este estudo, é possível afirmar que, com o avançar da idade, as pessoas estão com probabilidade aumentada de diminuição da massa óssea por vários fatores.

Este trabalho é um estudo, baseado em exames arquivados, em um determinado período, em pacientes da Densitometria Óssea. Para isto, é necessário descrever sobre conteúdo analisado, interação e conversão da energia em dados, válidos e fidedignos, através do estudo do coeficiente de variação do aparelho de

Densitometria Óssea. Para

desenvolvimento do coeficiente de variação, é fundamental que a curva se apresente dentro dos limites estabelecidos. A Densitometria Óssea teve um desenvolvimento bastante relevante, principalmente, nos últimos trinta anos e vem se destacando pela importância na prevenção e controle da osteoporose. Com este estudo, é possível afirmar que, com o avançar da idade, as pessoas estão com probabilidade aumentada de diminuição da massa óssea por vários fatores.

Este trabalho é um estudo, baseado em exames arquivados, em um determinado período, em pacientes da Densitometria Óssea. Para isto, é necessário descrever sobre conteúdo analisado, interação e conversão da energia em dados, válidos e fidedignos, através do estudo do coeficiente de variação do aparelho de

Densitometria Óssea. Para

desenvolvimento do coeficiente de variação, é fundamental que a curva se apresente dentro dos limites estabelecidos. Materiais e método

O equipamento utilizado neste trabalho foi QDR 4500 da HOLOGIC, DEXA 2, que possui a característica de duas faixas de energias. O equipamento Hologic QDR4500, tem um feixe de raios-X em forma de leque (fan beam) e dois níveis de energia 80 e 140 kV. O sistema de detectores é de alta densidade (estado sólido). Os tipos de exames que são feitos: coluna lombar e fêmur (direito e / ou esquerdo). A região de varredura é de 195 cm x 65 cm. A exposição recebida pelo paciente é muito baixa, devido à baixa corrente que o equipamento utiliza para fazer os exames, a corrente máxima que o equipamento de densitometria óssea Hologic QDR4500 é de 4 mA, e a dose recebida a 2,0 metros do equipamento é 0,01 mSv/h. Gerador monofásico, filtração total de 5,5 mm Al – 14,0 mm Al.

Testes e avaliações preliminares do fabricante são realizados nos equipamentos antes de saírem da fábrica. Estes testes visam segurança da radiação de fuga, verificação da acurácia (realizando mensuração de modelos de densidade conhecida) e a precisão (através da comparação de medidas conhecidas). Estes testes são refeitos na instalação, toda vez que o equipamento é transportado e após grandes manutenções, como por exemplo, troca de tubo de raios-X ou outras, para assegurar que não tenham ocorrido danos físicos aos componentes dos equipamentos durante o transporte e instalação. Estes

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testes incluem: medidas de isodose, exames de phantoms metálicos, phantoms de hidroxiapatita e de ossos de cadáveres incluídos em resinas plásticas.

O equipamento DEXA II da Hologic só habilita o inicio das atividades com agenda de pacientes após a rotina diária de calibração, que é a realização de scans de calibração com inclusões de densidades minerais e de material equivalente a gordura conhecidos. Estes testes podem ser realizados em phantoms de acrílico e alumínio (tecido mole equivalente). Caso falhem estes testes, o equipamento não permite o início dos exames até que o devido reparo do problema seja solucionado. A importância desse controle está na avaliação do tamanho e do tipo de erro que pode ser esperado para determinação de Densidade de Massa Óssea (BMD), Quantidade de Massa Óssea (BMC) e Área de Massa Óssea.

Coeficiente de variação

A densitometria Óssea é um método que avalia qualidade mineral óssea. Neste aspecto temos que ter em mente a reprodutibilidade do aparelho, e sua importância no valor percentual referente ao erro padrão esperado para o método (Coeficiente de Variação), dentro do qual não se pode aferir alterações de forma confiável.

Em aparelhos de densitometria óssea que são calibrados, adequadamente e submetidos a rigorosos procedimentos de controle de qualidade, a variação do exame atribuída à máquina, ao operador e decorrente do posicionamento adequado do paciente está em torno de 1% para coluna lombar, 1,5% para colo de fêmur e menor que 1% para o exame de corpo total. Nos indivíduos osteoporóticos, a precisão é menor e o coeficiente de variação (CV%) pode alcançar de 2 à 2,5%, tanto para coluna lombar quanto para o

colo de fêmur pois, quanto menos osso, mais difícil é de medi-lo.

Considera-se as inúmeras variabilidades, que são imprevisíveis na anatomia humana, além das dificuldades que se encontra na prática da rotina no que se refere ao posicionamento do paciente e condução do exame de densitometria como um todo. Os testes de precisão poderiam se basear somente nas aquisições de phantoms. Contudo, se faz necessário certificar-se sempre de que os coeficientes de variação (%CV) indicativos da precisão do método são, de fato aplicáveis aos pacientes, e principalmente na aquisição, no seguimento a ser avaliado. Após os dois scans de um mesmo segmento no phantom e análise criteriosa dos resultados obtidos (Área, BMC e BMD), Calcula-se a diferença entre os dois valores:

dD = BMD1 – BMD2

nde, BMD1 é referente a resultado 1 e BMD2 é referente a resultado 2. Nesta diferença obtemos uma variação. Ao longo do somatório da diferença de 50 phantoms, proporciona um coeficiente de significância maior.

d2= dD x dD, calculado a media para cada phantom (M):

Mbmd= (BMD1 + BMD2)/2

Através desta média, calculado %CV, empregado a equação:

CV%=2(√(Σ(d2)/n)) / (Σ(Mbmd) / n) x 100 A recomendação é que seja realizado no mínimo de 27 phantoms. Para n. medindo quatro vezes com reposicionamento, é aceitável utilizar-se apenas de duas medidas também com reposicionamento. Esta equação é obtida para análise estatística.

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Tabela 1. Aquisições de phantom

Phantom Result. 1 Result. 2

1 0,980 0,979 2 1,129 1,142 3 0,941 0,941 4 0,920 0,942 5 1,047 1,048 6 1,021 1,005 7 1,049 1,045 8 1,397 1,413 9 1,146 1,138 10 0,725 0,727 11 0,723 0,721 12 1,303 1,308 13 1,105 1,097 14 0,981 0,992 15 1,130 1,123 16 1,187 1,171 17 1,197 1,163 18 0,966 0,962 19 1,152 1,149 20 0,983 0,995 21 0,939 0,907 22 1,167 1,134 23 0,970 0,988 24 1,078 1,098 25 1,194 1,208 26 1,125 1,122 27 0,858 0,862 28 1,115 1,103 29 0,836 0,833 30 1,037 1,026 31 1,004 1,010 32 1,002 1,007 33 1,012 1,020 34 1,010 1,009 35 1,003 1,001 36 1,002 1,008 37 1,007 1,011 38 1,009 1,012 39 1,006 1,013 40 0,997 0,999 41 0,995 0,992 42 0,992 0,984 43 0,979 0,981 44 1,009 1,016 45 1,011 1,014 46 1,017 1,020 47 1,018 1,021 48 0,986 0,990 49 1,004 1,002 50 1,017 1,018 CV 0,022 2,16% Conclusão

A cada varredura de fantoma, os dados adquiridos são plotados, jogados no sistema, obedecendo aos limites superior e inferior, se aproximando ao máximo da linha média, para estar conforme, pronto para operar, se por uma eventualidade, este sair dos limites, deverá averiguar pois houve uma possível falha na ccalibração no equipamento.

Acompanhando as variações do %CV é possível atestar com segurança se variações observadas são ou não significativas, identificando com boa sensibilidade problemas nas aplicações das técnicas de posicionamento, análise ou

mesmo problemas técnicos do

equipamento que mereçam correções e possíveis reparos.

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Referencias:

1. RAGI, Sergio. Dexa - Problemas e Soluções. 1ed. Vitoria (ES): Copiset Editora Empresarial, maio de 1998.

2. GUYTON, Artur Fisiologia Humana. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

3. ROBINS, S. ET AL. Patologia Estrutural e Funcional. 5ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 1996.

4. HTTP://sbdens.org.br.

5. SOUZA, R.R. Anatomia Humana. 1ed. São Paulo: Manole, 2001.

6. MOORE, K.L. Anatomia Orientada para Clinica, 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2004.

7. DANGELO/FANTTINI. Anatomia Humana. Sistemica e Segmentar. 1ed. São Paulo: Atheneu, 2007.

8. PORTH, C. M; KUNERT, M. P. Fisiopatologia. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 9. BUSHONG, S.C. Manual de Radiologia para Técnicos. Física, Biologia y Proteccion

Radiologia. 5ed. Espanha: Mosby/Doyna Libros, 1993.

Referências

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