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O que os brasileiros pensam sobre a biodiversidade. Entrevista com Samyra Crespo. Lúcia Chayb Diretora da ECO 21

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(1)

Entrevista com Samyra Crespo

O que os brasileiros pensam

sobre a biodiversidade

Dando seguimento às 3 pesquisas anteriores, iniciadas em 1992, intituladas

“O que o Brasileiro Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável”,

ECO•21 publica com exclusividade os principais resultados da pesquisa

nacional, desenvolvida por Samyra Crespo, cientista social do Instituto de

Estudos da Religião (ISER), nesta ocasião sob o título de “O que os Brasileiros

Pensam Sobre a Biodiversidade”. A seleção apresentada nesta edição é uma

síntese das mais de 800 tabelas e gráficos que compõem a pesquisa original.

Esta pesquisa comparativa retrata o Brasil atual do ponto de vista do

conhecimento ambiental, identificando por regiões, classes sociais, gênero e

escolaridade, a evolução da consciência ecológica no País.

(2)

Qual foi a razão de fazer a pesquisa

voltada para biodiversidade e não para

a questão ambiental em geral, como nas

anteriores pesquisas?

Realmente, desta vez elegemos como

foco da pesquisa a biodiversidade. Isso

não significa que tivéssemos

abando-nado as grandes e pequenas questões

ambientais, pelo contrário, temos um

conjunto de dados comparativos, sobre

vários temas, com as demais pesquisas

da série. O que fizemos foi preparar

uma bateria nova de perguntas só sobre

questões relativas à biodiversidade. A

escolha do foco se deveu à realização

no Brasil da Oitava Conferência das

Partes da Convenção sobre Diversidade

Biológica (COP-8) e, também, à nossa

já histórica parceria com o Ministério

do Meio Ambiente.

Samyra, você como pesquisadora e

diretora executiva do ISER foi a

coor-denadora da iniciativa. Que outras

instituições estiveram envolvidas no

projeto e em que medida essa pesquisa

reflete o que é o pensamento ambiental

dos brasileiros?

Sem nenhuma dúvida, a pesquisa

é o mais completo e sistemático painel

de opinião sobre temas ambientais já

realizado no País e é o único que

per-mite avaliar em que estágio se encontra

a consciência ambiental no Brasil,

possibilitando examinar a evolução

ocorrida nos últimos 14 anos. Foram

realizados dois estudos, um qualitativo

com lideranças e um quantitativo com a

população. Só para lembrar os leitores,

as outras edições da pesquisa (todas

divulgadas pela ECO•21) ocorreram,

respectivamente, em 1992, 1997 e 2001.

A seleção dos resultados apresentados

nesta edição da ECO•21 pertence ao

estudo quantitativo realizado em Março

de 2006. A pesquisa, como um todo,

foi desenvolvida a partir de esforços

conjuntos do ISER – proponente e

executor do projeto – e do Ministério

do Meio Ambiente. Também foram

estabelecidas parcerias com o

WWF-Brasil, o FUNBIO e a empresa Natura.

Para a coleta dos dados foi contratado

o Instituto Vox-Populi.

Qual conclusão deste trabalho? Esta

versão traz mudanças com relação

às conclusões anteriores? A

consciên-cia ambiental calou mais fundo nas

pessoas?

A principal chave de leitura dessa

pesquisa é a verificação animadora de

que a consciência ambiental cresce e

aparece em todo o País e que existe

um enorme potencial para se trabalhar

o comprometimento das pessoas. Por

exemplo, se pode dizer que a maioria

não deseja se tornar membro de uma

organização não-governamental nem

contribuiria com dinheiro para uma

organização que trabalha com

con-servação ou proteção ambiental; mas

elas, essas instituições, são admiradas.

É significativo que mais da metade da

população esteja disposta a trabalhar

como voluntária e que poderia aderir

a campanhas que se fossem levadas em

nível nacional.

Distribuição da amostra

Região Amostra obtida de erro (*)Margem Norte 444 5,0 Centro-Oeste 447 5,0 Nordeste 445 5,0 Sul/Sudeste 864 3,5 Brasil 2.200 2,2 (*) Considerando um intervalo de confiança de 95%

Perfil - %

Gênero Masculino 46 Feminino 54 Idade 16 a 24 anos 24 25 a 34 anos 22 35 a 49 anos 28 50 e mais 26 Escolaridade Até Primário 33 Ginasial 22 Colegial 35 Superior 9 Renda Familiar

Até 1 salário mínimo 20 Mais de 1 a 2 sm 33 Mais de 2 a 5 sm 30 Mais de 5 a 10 sm 12 Mais de10 sm 4 Não opinou 1 Característica do setor Urbano 83 Rural 17 Região Norte 20 Nordeste 20 Centro-Oeste 20 Sul / Sudeste 40

Principais problemas do Brasil - %

(estimulada - três opçôes)

Jan/1997 Out/2001 2006 Desemprego 63 66 58 Violência / Criminalidade 54 55 57 Saúde / hospitais 59 48 38 Políticos 12 20 27 Educação 25 28 24 Distribuição de renda 9 12 18 Moradia 15 13 15 Custo de vida 21 14 15 Inflação / Controle de preços 4 8 10 Falta de fé 11 10 12 Falta de ética 3 4 7 Meio ambiente 5 4 6 Reforma agrária 7 3 4 Dívida externa 5 3 2 Nenhum destes / Outros 0 0 1 Não sabe / Não opinou 1 1 1

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta. Soma: Fecha em mais de 100% porque cada entrevistado poderia dar até 3 respostas.

(3)

Isto significa um extraordinário

impacto positivo principalmente em

temas como, por exemplo, o da coleta

seletiva de lixo, o do combate ao

desperdício de água e o do consumo

consciente de energia.

Quais foram os objetivos da

pes-quisa?

Em primeiro lugar, mapear as

per-cepções da população brasileira adulta

(16 anos ou mais) sobre as questões de

proteção da biodiversidade e outros

temas ambientais de interesse; depois,

produzir um painel amplo e o mais

completo possível de informações

públicas sobre a consciência ambiental

no Brasil; e, finalmente, produzir uma

série histórica com dados comparáveis

aos de outros países.

E quanto à metodologia?

De início selecionamos o

público-alvo, o qual consiste em representantes

da população adulta brasileira, com

16 anos ou mais, residente em áreas

urbanas e rurais.

A seguir, pelo tipo de metodologia

adotada, definimos a dimensão da

amostra em 2.200 entrevistas, e foi

utilizado o método de seleção dos

domicílios denominado “Probabilidade

Proporcional ao Tamanho” (PPT),

conglomerado em três estágios de

sele-ção. Para o processo de amostragem,

a seleção foi probabilística, também

através do método PPT, desta vez em

4 estágios:

No primeiro se tomou por base o

número de pessoas de 16 anos ou mais

em cada Unidade da Federação.

Principal problema ambiental do bairro - %

(espontânea - uma opção)

Jan/1997 Out/2001 2006

Falta coleta de lixo / limpeza das ruas / terrenos baldios / lixo

10 9 15 Falta de rede de esgoto / saneamento básico 8 9 14 Poluição / contaminação do ar 2 5 7 Poluição / contaminação de rios e praias 3 6 6 Falta de áreas verdes / reflorestamento 3 2 5 Enchentes / ruas alagadas / inundações 2 2 5 Problemas de saúde 4 Falta de água / tratamento de água 3 Derrubada de árvores, queimadas, ocupação de florestas 3 3 2 Degradação dos solos 1 Poluição sonora / barulho 2 1 Outros com menos de 1% 14 14 4 Não tem problema

37 34 17 Não sabe / Não opinou 19 22 16

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta. Descaso do povo / falta

de educação / falta de respeito 21 Falta de rede de esgoto / saneamento básico

1 5 7 1 Poluição sonora / visual

4 1 2 1 Violência 31 1 Poluição das fábricas / indústrias 1 5 3 0 Poluição (palavra isolada) 54 0 Desemprego 1 2 1 Outros com menos de 1% 12 14 15 3 Nenhum 07 1 Não sabe / Não opinou

47 36 25 13 Desmatamento de florestas / queimadas 46 45 49 65 Poluição / contaminação de rios / lagos / mar / praias 39 26 29 43 Poluição / contaminação do ar 18 13 15 31 Matança de animais / animais em extinção 10 13 7 13 Camada de ozônio 2 1 10 Falta de chuvas / seca / esgotamento de

reservas 27 Falta de coleta de lixo / limpeza das ruas / lixo

4 4 7 6 Problema da saúde 3 0 1 5 Uso de venenos / agrotóxicos 2 1 1 5 Degradação dos solos

4 Enchentes / inundações 1 2 1 4 Tráfico de animais / criação de cativeiros 21 3

Principal problema ambiental do Brasil - % (espontânea - três opções)

Jan/1992 (Base: 3650) Jan/1997 (Base: 2000) Out/2001 (Base: 2000) 2006 (Base: 2000)

Soma: Fecha em mais de 100% porque cada entrevistado poderia dar até 3 respostas.

(4)

É um crescimento presente em

todos os estratos sociais, ainda que mais

evidente entre os brasileiros de maior

escolaridade e nível de renda e também

entre os residentes em cidades de maior

porte. Significativamente não há grandes

diferenças inter-regionais nos resultados

encontrados, o avanço foi proporcional.

Excetuando-se alguns problemas mais

específicos, ou característicos de cada

região, a maior parte dos resultados

mostra uma homogeneidade dos

posi-cionamentos entre as regiões. Quanto às

diferenças entre estratos de idade, renda

e nível de escolaridade, elas ocorrem nos

limites de um padrão esperado: quanto

maior é nível de informação, maior

é o grau de informação/consciência

apresentados. A escolaridade parece ser

a correlação mais forte a influenciar o

padrão de respostas. Na variável “idade”

se percebe claramente que as faixas

etá-rias mais jovens (até 49 anos) parecem

mais conscientes e melhor informadas,

apontando para uma variável geracional

a ser considerada na leitura mais fina

dos resultados. Também não foi notada

nenhuma diferença significativa nas

variáveis, gênero, cor e religião.

Houve alguma mudança na visão do

que entendem os brasileiros como “meio

ambiente”, em relação às pesquisas

anteriores?

No segundo estágio, foi feita uma

seleção aleatória dos setores censitários

dentro de cada município.

No terceiro, a escolha dos domicílios

foi realizada através de seleção aleatória

sistemática, e dentro de cada setor

cen-sitário, foi realizado um arrolamento de

domicílios, com início aleatório e saltos

sistemáticos de domicílios a intervalo

fixo, realizando-se em média 7

entre-vistas em cada setor censitário.

No quarto estágio ocorreu a seleção

do respondente dentro do domicílio

utilizando-se uma quota proporcional

de gênero, idade e condição de

ativi-dade. O nível de representatividade

foi o do conjunto da população adulta

respeitando as regiões geográficas:

Norte, Centro-Oeste, Nordeste e o

agrupamento Sul/Sudeste.

Pode nos fazer uma síntese dos

resul-tados desta pesquisa?

Comparando os dados das pesquisas

anteriores de 1992, 1997, 2001, uma

aná-lise sintética dos resultados da pesquisa

de 2006 nos permite destacar algumas

conclusões. Entre os principais pontos

fica claro que o nível de conhecimento

e a consciência dos brasileiros sobre as

questões ambientais cresceram

forte-mente, quando se examina o período de

14 anos que vai de 1992 a 2006.

Exploração e gestão de recursos naturais - %

O Brasil tem uma natureza tão rica que não precisa controlar a exploração de seus recursos naturais como outros países.

Jan/1997 Out/2001 2006 Concorda totalmente 25 21 11 Concorda em parte 14 10 11 Não concorda nem discorda 4 3 7 Discorda em parte 14 14 23 Discorda totalmente 35 43 44 Não sabe / Não opinou 8 9 4

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

A preocupação do Brasil com o meio ambiente - %

A preocupação do Brasil com o meio ambiente é exagerada.

Jan/1997 Out/2001 2006 Concorda totalmente 16 16 8 Concorda em parte 10 9 8 Não concorda nem discorda 4 3 8 Discorda em parte 19 18 24 Discorda totalmente 42 46 49 Não sabe / Não opinou 10 8 4

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

Pessoas que disseram não ter problema

ambiental ou não souberam opinar - %

No Brasil No bairro/local onde moram

1992 1997 2001 2006 47 36 32 14 56 33 56

Problemas ambientais que afetam uma

grande parte do mundo hoje - %

(estimulada - várias opções)

Out/2001 2006 Desmatamento de florestas 7751 Poluição do ar 54 70

Poluição de rios, lagos, e outras fontes de água 5569

Aumento do volume de lixo 3455 Diminuição da camada de ozônio 3652 Poluição de mares 3252 Extinção de espécies de animais e plantas 29 43 Mudanças do clima 2343

Poluição produzida por pesticidas e fertilizantes 31 Desaparecimento de populações tradicionais como indígenas e quilombolas 19 Chuva ácida 9 13 Desertificação 7 11 Efeito Estufa 213 Má qualidade das lavouras 113 Nenhum deles / Outros 03 Não sabe / Não opinou 71

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta. Soma: Fecha em mais de 100% porque cada entrevistado poderia dar várias respostas.

(5)

Considerados os dados da série

histórica, a principal conclusão é que

cresce significativamente a consciência

ambiental, mas permanece

pratica-mente inalterada a visão de que “meio

ambiente” é, sobretudo, fauna e flora.

Essa tendência em ver como parte

do meio ambiente apenas os elementos

“naturais” (solo, água, plantas e animais)

também está refletida na percepção

sobre o que vem a ser biodiversidade.

Mais de um quarto da população (ao

redor de 45 milhões de brasileiros) não

consegue ver os seres humanos como

parte do meio ambiente.

No plantel dos problemas nacionais,

ou mesmo da cidade, aqueles

reconheci-damente ambientais não são prioridade

pela maioria, ficando na décima segunda

posição no ranking dos principais

problemas. Mas quando referidos ao

bairro, os problemas ambientais ganham

a cena principal, com destaque para o

saneamento, para a falta de coleta de

lixo e para as enchentes ou falta de

água tratada.

Progresso versus natureza - %

O conforto que o progresso traz para as pessoas é mais importante do que preservar a natureza.

Jan/1997 Out/2001 2006 Concorda totalmente 11 8 5 Concorda em parte 11 10 9 Não concorda nem discorda 7 4 9 Discorda em parte 21 20 21 Discorda totalmente 46 52 54 Não sabe / Não opinou 5 6 2

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

Meio ambiente X Mais emprego - %

O(A) Sr(a) estaria disposto a conviver com mais poluição se isso trouxesse mais emprego?

Jan/1997 Out/2001 2006 Concorda totalmente 15 13 5 Concorda em parte 13 12 9 Não concorda nem discorda 4 3 7 Discorda em parte 14 17 18 Discorda totalmente 51 52 59 Não sabe / Não opinou 3 4 2

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

Principal problema ambiental do Brasil (espontânea - três opções)

%

GÊNERO IDADE ESCOLARIDADE

Total Masc. Fem. 16 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 anos ou mais primárioAté Ginásio Colegial Superior e mais Desmatamento de florestas / queimadas 68 62 69 74 65 53 51 67 73 76 65 Poluição / contaminação de rios / lagos / mar /

praias 45 41 43 45 41 41 32 41 50 53 43 Poluição / contaminação do ar 30 31 33 34 32 24 21 34 36 36 31 Matança de animais / animais em extinção 13 12 19 9 12 11 11 12 14 13 13 Camada de ozônio 11 9 11 13 8 9 7 8 12 16 10 Falta de chuvas / seca / esgotamento de reservas 7 7 9 6 7 6 9 5 7 5 7 Falta de coleta de lixo / limpeza das ruas / lixo 5 6 5 7 7 4 4 9 6 8 6 Problemas da saúde 5 5 5 5 5 3 4 4 6 3 5 Uso de venenos / agrotóxicos 4 5 4 4 5 5 4 5 5 5 5 Degradação dos solos 4 4 4 4 4 4 3 3 4 9 4 Enchentes / inundações 3 5 4 4 3 4 1 3 6 6 4 Tráfico de animais / criação em cativeiro 3 2 4 3 3 1 2 2 4 3 3 Descaso do povo / falta de educaçào / falta de

respeito 2 1 1 1 2 2 1 2 1 2 1 Falta de rede de esgoto / saneamento básico 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 Outros com menos de 1% 4 3 3 3 5 3 3 4 3 5 3 Nenhum 1 1 1 1 1 1 2 1 0 - 1 Não sabe / Nào opinou 12 14 9 8 13 19 25 11 6 2 13 BASE 956 1044 479 441 557 523 660 425 717 198 2000 BASE: entrevistados que responderam à pergunta. SOMA: fecha em mais de 100% porque cada entrevistado poderia dar até 3 respostas.

(6)

Importância de cuidar do meio ambiente e da

natureza - % (espontânea - uma opção)

Dependemos do meio ambiente para sobreviver 26 Para termos uma vida saudável / longa 19 Para não poluir o ar / o mundo 18 Para preservar gerações futuras / qualidade de vida futura 14 Para preservar as espécies / animais 8 Para não faltar água 7 Para manter o equilíbrio da natureza 3 Para preservar a camada de ozônio 1 Não sabe / Não opinou 4

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

Conseqüências dos danos ao meio ambiente

no local onde mora - %

(estimulada - várias opçôes)

Jan/1997 Out/2001 2006 Clima cada vez

mais quente 34 40 57 Aumento de doenças respiratórias 27 34 43 Aumento da poluição do ar 33 25 43 Aumento da quantidade de insetos e pragas 32 22 37 Rios e mares cada vez mais contaminados

27 26 36 Cada vez menos chuva 15 31 35 Aumento de doenças de pele 22 17 31 Solos cada vez mais pobres 21 20 30 Aumento das inundações 19 10 28 Diminuição da vegetação (flora) 15 16 27 Diminuição dos peixes nos rios e oceanos 27 Diminuição dos animais (fauna) 14 13 24 Aumento de doenças intestinais 17 11 22 Colheitas cada vez menores e de pior qualidade 21 18 22 Deslizamento das encostas dos morros 18 Nenhuma destas / outras 11 8 4 Não sabe / Não opinou 4 5 1

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta. Soma: Fecha em mais de 100% porque cada entrevistado poderia dar várias respostas.

Biodiversidade: conhecimento - %

Já ouviu falar Não ouviu falar Não sabe / Não opinou Total 43 55 2 Masculino 47 51 2 Feminino 39 59 2 16 a 24 anos 48 51 1 25 a 34 anos 46 53 1 35 a 49 anos 45 54 1 50 anos ou mais 33 64 3 Até primário 19 77 4 Ginásio 35 64 1 Colegial 58 42 0 Superior e mais 84 16 0

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

A sacralidade da natureza - %

(estimulada - uma opção)

Jan/1997 Out/2001 2006 A natureza é sagrada e o

homem nào deve interferir nela 59 67 62 Mesmo a natureza sendo sagrada, o homem pode interferir nela

23 17 24 A natureza não é sagrada e o homem pode usá-la de acordo com suas necessidades

13 12 12 Não sabe / Não opinou 5 4 2

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

Organismos transgênicos: conhecimento - %

Out/2001 2006 Já ouviu falar 4462 Não ouviu falar 5433

Não sabe / Não opinou 2

5

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

Biodiversidade: elementos que a compõe - %

(estimulada - várias opções)

Plantas 72 Animais 70 Florestas 70 Água 62 Solo / terra 60 Rios 59 Ar 52 Mares 46 Homens e mulheres 36 Cidades 17 Não sabe / Não opinou 3 Nenhum destes / Outros 2

Base: 855 (entrevistados que já ouviram falar de biodiversidade)

(7)

Biodiversidade: domínio do conceito - %

A destruição da biodiversidade significa que vai diminuir a quantidade e a variedade de animais e plantas no planeta.

79 A destruição da biodiversidade implica no aumento da quantidade de plâncton nos oceanos devido à poluição.

12 Não sabe / Não opinou 8 Base: 855 (entrevistados que já ouviram falar de biodiversidade)

Biomas brasileiros mais ameaçados:

contribuição monetária para os proteger - %

(estimulada - uma opção)

Se o Sr. pudesse contribuir com uma doação em dinheiro para proteger uma área natural característica do Brasil, qual dessas áreas escolheria?

Amazônia 38 Mata Atlântica 18 Pantanal 9 Caatinga 5 Cerrado 3 Manguezais 3 Campos Sulinos 0 Nenhum destes / Outros 8 Não sabe / Não opinou 15

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

O que estariam dispostas a fazer no cotidiano

para proteger o meio ambiente - %

(estimulada - três opções)

Out/2001 2006 Separar o lixo de sua casa, deixando papéis, vidros, plástico, latas e restos de alimentos separados para serem reaproveitados 68 78 Eliminar o desperdício de água 6265 Reduzir o consumo de energia elétrica na sua casa

57 51

Participar um domingo por mês de um mutirão de reflorestamento ou limpeza de rios e córregos

20 17 Reduzir o consumo de gás na sua casa 2116 Participar de campanhas de boicote a produtos de empresas que poluem o meio ambiente

15 16

Pagar mais caro por frutas, verduras e legumes cultivadas sem produtos químicos

6 10

Comprar eletrodomésticos mais caros desde que consumam menos energia

5 8

Pagar um imposto que seria usado para despoluir rios atingidos por esgotos

7 7

Contribuir em dinheiro para organizações que cuidam do meio ambiente

5 4

Adquirir animais silvestres se eles forem certificados pelo IBAMA 3

Nenhuma destas 1

1

Não sabe / Não opinou 31

1

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta. Soma: Fecha em mais de 100% porque cada entrevistado poderia dar até 3 respostas.

Hábitos de consumo - %

Comprar eletrodomésticos que gastam menos energia.

Out/2001 2006 Pratica sempre 24

44 Pratica com muita freqüência 1115 Pratica raramente 2318 Nunca praticou 39 20 Não sabe / Não opinou 43

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

Hábitos de consumo - %

Comprar lâmpadas que gastam menos energia.

Out/2001 2006 Pratica sempre 4557 Pratica com muita freqüência

14 13 Pratica raramente 1413 Nunca praticou 2415 Não sabe / Não opinou 3 1

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

Avaliação da atuação de grupos/pessoas na

defesa do meio ambiente - %

Jan/1997 Out/2001 2006 Entidades ecológicas 61 51 64 Meios de comunicação 42 34 45 Cientistas 44 34 47 Organizações internacionais 37 30 36 Militares 28 23 24 Comunidade/ Associação de bairro/moradores 22 Governo Federal 31 18 23 Prefeitura 27 23 20 Governo Estadual 26 20 21 Empresários 16 14 11

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta. % de Boa + Muito boa

Meio e freqüência de informação - %

Tempo gasto diariamente assistindo TV.

Jan/1997 2006 Três horas ou mais 4145 Até duas horas 48 49 Não assiste TV 11 6

Freqüência de leitura de jornal.

Uma vez por semana 1817 Entre 2 e 6 dias 1315 Diariamente 12 17 Não costuma ler jornais 5753

(8)

Houve algum dado diminuindo o

grau de identificação dos problemas

ambientais?

Nesse sentido houve, sim; diminuiu

acentuadamente o número de pessoas

que não é capaz de identificar

espon-taneamente um problema ambiental

ou que não é capaz de opinar; mais

de 30 pontos percentuais em 14 anos!

Esse decréscimo é mais perceptível

em intensidade no período que vai de

2001 a 2006.

E como responde a população em

rela-ção a conceitos mais complexos como

mudanças climáticas, poluentes

orgâ-nicos persistentes, alimentos orgâorgâ-nicos,

Camada de Ozônio, etc.?

Há evidências de que o domínio,

bem como a popularização de conceitos

complexos, tais como mudanças

cli-máticas, destruição da biodiversidade,

produtos orgânicos, etc., vem

aumen-tando, mas é ainda insuficiente.

Os problemas ambientais são

iden-tificados de forma ainda fragmentária e

os conceitos unificadores como “meio

ambiente”, “destruição da

biodiversi-dade” não são usados espontaneamente

pela população.

E quanto ao nível de informação, se

manteve no nível anterior?

Ao crescimento do nível de

informa-ção e de consciência – surpreendente, no

período examinado – não corresponde,

na mesma medida, um crescimento na

disposição em participar ativamente

da solução dos problemas ambientais.

As ações preferidas pelos brasileiros,

em termos de disposição, ainda são as

mesmas de 1992: fazer coleta seletiva de

lixo e participar de campanhas contra o

desperdício de água e de energia.

As formas preferidas de se envolver

na solução de problemas ambientais

– por parte da população – continua

sendo aquelas que não implicam

desem-bolso financeiro.

Principal problema ambiental do Brasil (espontânea - três opções)

% REGIÃO

Norte Nordeste Centro-Oeste Sul / Sudeste Desmatamento de florestas / queimadas 86 65 61 63 Poluição / contaminação de rios / lagos / mar /

praias 44 43 31 44 Poluição / contaminação do ar 27 27 28 33 Matança de animais / animais em extinção 21 12 16 11 Camada de ozônio 10 14 9 8 Falta de chuvas / seca / esgotamento de reservas 4 10 4 6 Problemas da saúde 4 6 9 4 Falta de coleta de lixo / limpeza das ruas / lixo 4 5 3 7 Uso de venenos / agrotóxicos 3 2 6 6 Enchentes / inundações 3 2 8 4 Degradação dos solos 5 3 4 4 Tráfico de animais / criação em cativeiro 4 4 2 2 Descaso do povo / falta de educaçào / falta de

respeito 0 - 1 2 Falta de rede de esgoto / saneamento básico 0 2 1 1 Outros com menos de 1% 3 1 3 4 Nenhum - 3 1 0 Não sabe / Nào opinou 9 13 15 13 BASE 444 445 447 864 BASE: entrevistados que responderam à pergunta.

SOMA: fecha em mais de 100% porque cada entrevistado poderia dar até 3 respostas. Água 59 69 70 79 Matas 61 69 73 77 Rios 56 67 72 75 Ar 53 64 58 68 Animais 58 66 59 67 Solo / terra 47 58 50 66 Campos / sítios / fazendas 40 44 36 52 Mares 39 53 49 52 Homens e mulheres 45 38 30 40 Minerais 28 37 29 38 Energia 24 27 24 24 Indígenas 33 27 25 23 Planetas 20 20 22 21 Cidades 22 19 18 19 Favelas 18 15 16 14 Nenhum destes / Outros

0 0 0 3 Não sabe / Não opinou

10 6 4 1

Elementos que fazem parte do

meio ambiente - %

(espontânea - várias opções)

Jan/1992 (Base: 3650) Jan/1997 (Base: 2000) Out/2001 (Base: 2000) 2006 (Base: 2000)

(9)

Finalmente, depois da primeira enquete

de 1992 qual é a relação dos

entrevis-tados com a imprensa?

Passados 14 anos desde a RIO’92,

a maioria ainda se considera mais ou

menos informada sobre meio ambiente.

Cresce ligeiramente o número de pessoas

que diz ler jornal diariamente, mas 75%

declaram não fazê-lo.

Quase a totalidade (mais de 90%)

da população vê televisão entre duas e

cinco horas diárias, o que nos permite

concluir que se os temas ambientais não

estiverem na televisão, eles não estarão

no “mapa cognitivo” dos brasileiros.

n

Cresce o número de pessoas

dispos-tas a trabalhar como voluntárias, mas

decresce o número daquelas dispostas a

contribuir com dinheiro. Ainda assim,

é significativo o número de pessoas que

declaram estar dispostas a contribuir

com dinheiro.

E o problema das queimadas?

Se há um tema considerado “quente”

na opinião dos brasileiros, este se refere

ao desmatamento e às queimadas. A

preocupação com esta problemática é

crescente e aumentou notadamente nos

últimos quatro anos. Para a maioria, o

bioma mais ameaçado é a Amazônia,

seguido pela Mata Atlântica e depois

pelo Pantanal. E a principal razão de

ameaça foi identificada com sendo o

desmatamento e/ou queimadas.

Como a idéia da preservação da

natu-reza está no imaginário nacional?

A maior parte dos brasileiros

considera a natureza sagrada, mas, no

último período, cresceu discretamente

o número daqueles que não a considera

intocável. Esse dado é corroborado

pelas razões declinadas como principais

para se proteger e/ou cuidar do meio

ambiente: para garantir a “nossa”

sobre-vivência, e por razões de saúde.

Ainda assim surpreende que 14%

tenham declarado como razão

garan-tir a qualidade de vida futura para as

futuras gerações, uma das máximas dos

ambientalistas.

Permanece inalterada a simpatia

pelo trabalho das organizações que

protegem o meio ambiente, mas elas

continuam pouco conhecidas.

Somente 7% dos entrevistados

con-seguiram mencionar um nome

espon-taneamente. Nas menções, destacou-se

o IBAMA, agência governamental.

Quando a pergunta foi estimulada a

lembrança do nome do IBAMA subiu

para 83%, consolidando uma tendência

já observada nas sondagens anteriores.

Como são vistos os empresários ou a

indús-tria em relação ao meio ambiente?

Avaliando os diversos grupos e as

instituições que atuam na defesa do

meio ambiente, os piores avaliados

continuam sendo os empresários, com

percentagens cada vez menores de

desempenho considerado “bom” ou

“muito bom”. Os melhores avaliados são

as organizações não-governamentais, os

cientistas e os meios de comunicação.

Considerando as três esferas do poder

público, sai-se melhor a do Governo

Federal e pior posicionada está a esfera

municipal.

IBAMA 8 7 8 12 Greenpeace 1 2 6 7 Projeto TAMAR 2 3 SOS Mata Atlântica

1 1 1 2 WWF 1 1 Amigos da Terra 0 Outras com menos de 0,5%

12 10 6 7 Não conhece nenhuma / Não opinou

82 86 82 77

Conhecimento de entidades que trabalham

pela proteção do meio ambiente - %

(espontânea - 3 opções)

Jan/1992 (Base: 3650) Jan/1997 (Base: 2000) Out/2001 (Base: 2000) 2006 (Base: 2000)

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta. Soma: Fecha em mais de 100% porque cada entrevistado poderia dar até 3 respostas.

Jan/1992 (Base: 3650) 1 13 53 23 7 3 Jan/1997 (Base: 2000) 1 10 53 26 9 1 Out/2001 (Base: 2000) 2 15 52 23 7 1 2006 (Base: 2000) 3 14 54 22 7 0

Nível de informação pessoal sobre meio

ambiente e ecologia - %

Muito bem informado(a) Bem informado(a) Mais ou menos informado(a) Mal informado(a) Muito mal informado(a) Não sabe / Não opinou

Parceiros

Realização

Disposição em ajudar uma organização

ecológica ou de proteção ao meio ambiente - %

Estaria disposto Não estaria disposto Não sabe / Não opinou Contribuir com dinheiro

26 68 6 Trabalhar como voluntário

69 27 4 Tornar-se membro 56 38 6

Base: 2000 entrevistados responderam à pergunta.

www.natura.net Ministério do Meio Ambiente www.mma.gov.br www.funbio.org.br www.iser.org.br www.wwf.org.br www.voxpopuli.com.br

Referências

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