FGE2255 Física Experimental para
p
p
o Instituto de Química
Segundo Semestre de 2013
Experimento 2
1
Prof. Dr. Cristiano Oliveira
Ed. Basilio Jafet, Sala 202 crislpo@if.usp.br
E2: Balança Eletrostática
• Objetivos:
– Comprovar as leis da eletrostática através da medida
da força de atração entre duas placas de um capacitor
– Determinar o valor da constante de permissividade
o– Análise de dados:
• Propagação de erros; • Análise Gráfica: linearização.
LECTURE
NOTES
PROF.
Arranjo Experimental
3Fundamentos teóricos
: Gauss de lei Pela
0
E
d
A
Q
l l / /2 /2 2E AQ E Q A o o placa cap2
/
/
Dentro,
.
0
capacitor,
do
Fora
Q
A
E
E
E
cap . : Potencial Qd d E ds E V
QoAV o o placa o placa. / /2 /2 2E A Q E Q A 4 o cap A
d Q o 2 placa 2A
Q QE F 2 2 o2
d
V
A
F
Força de atração entre as placas
: placas as entre Força
LECTURE
NOTES
PROF.
CRISTIANO
Arranjo Experimental
5
V
Procedimento experimental
• Atenção: Alta tensão! Não toque nos pratos nem na montagem quando aplicar alta tensão!
• Preparação:
– Siga as instruções da apostila pela ordem.
– Na medida da área do capacitor, é a placa superior que deve ser medida. Adote uma incerteza de 0,5cm no diâmetro para levar em conta efeitos de borda. Calcule a área A com a respectiva incerteza. – Na medida da altura dos pinos de espaçamento, meça 3 vezes cada p p ç , ç
espaçador com o paquímetro. Organize os dados em uma tabela e determine o valor médio do espaçamento d com a respectiva incerteza. – É importante o nivelamento e sobretudo que o prato de cima não se
apoie nos espaçadores, mas fique a décimos de mm dos mesmos.
LECTURE
NOTES
PROF.
Paquímetro
7Modos de utilização
8LECTURE
NOTES
PROF.
CRISTIANO
Princípio de leitura:
nônio (ou vernier)
A*p Escala principal
A*p = a*n n (A/a)*p 9 n = (A/a)*p d = p-n = (1-A/a)*p • No nosso caso: – A=9 e a=10 → d = 0,1*p a*n Nônio
Tipos de nônio
• Nônio de décimos (p, em geral vale 1mm) – A = 9 e a = 10 – d = (1-A/a)*p = 0,1*p – d = 0,1 mm • Nônio de vigésimos – A = 19 e a = 20 – d = 0,05 mm • Nônio de qüinquagésimos – A = 49 e a = 50 – d = 0,02 mmLECTURE
NOTES
PROF.
CRISTIANO
Usando o paquímetro
Análise estatística de dados
• Quando flutuações de medidas têm origem
aleatória (ou quase) pode se fazer análises
aleatória (ou quase) pode-se fazer análises
estatísticas.
– Ex: As irregularidades da mesa
– A flutuação no disparo de um cronômetro
• Nesse caso pode-se separar as incertezas
12
• Nesse caso, pode-se separar as incertezas
instrumentais dessas de caráter aleatório,
denominadas incertezas estatísticas.
LECTURE
NOTES
PROF.
Como fazer uma análise estatística
• Suponha que você repita um determinado experimento
várias vezes utilizando sempre o mesmo instrumento
várias vezes, utilizando sempre o mesmo instrumento
e procedimento de medida
– Cada medida efetuada apresenta um resultado diferente devido ao caráter aleatório das flutuações experimentais (imperfeição da mesa, tempo de reação para disparar o cronômetro)
13
– A análise desse conjunto de medidas permite determinar um resultado mais confiável, bem como estimar uma incerteza mais realista.
Conceitos importantes
• Média de um conjunto de medidas
• Desvio padrão de um conjunto de medidas
– Grandeza que caracteriza a amplitude das flutuações estatísticas observadas. É também a incerteza estatística associada a uma única medida efetuada.
• Incerteza do valor médio
• Incerteza do valor médio
– Também denominado “desvio padrão da média”, é a incerteza estatística do valor médio obtido.
LECTURE
NOTES
PROF.
Média
Assim como cada medida é, por definição, diferente do valor verdadeiro de uma grandeza, o valor médio também não corresponde ao valor verdadeiro de uma
grandeza. Quanto maior o número de medições, mais precisa é a medida do valor
• Se forem realizadas n
medidas de uma mesma
grandeza, e cada uma
delas possuir a mesma
incerteza
, a média de um
conjunto de medidas é
1 n i iy
y
medições, mais precisa é a medida do valor médio.
15
j
dada pela média aritmética
simples, ou seja:
lim
verd ny
n
y
y
Desvio padrão
• Utiliza-se o desvio quadrático
d
i2
y
i
y
verd
2• O desvio padrão (), ou desvio quadrático médio de
uma medida é dado por:
i i verd
2
21
1
1
n n i verd iy
y
y
y
n
n
16 11
1 i in
n
(n-1) vem do fato da definição de desvio padrão ser a diferença entre a medida e o valor médio verdadeiro, que não pode ser obtido experimentalmente. Ver Seção 7.4 do Livro “Fundamentos da Teoria de
Erros”, J. H. Vuolo
LECTURE
NOTES
PROF.
Qual o significado do desvio padrão?
P d
t d
d
“di tâ i ”
édi
• Pode-se entender como sendo a “distância” média
que qualquer medida tem em relação ao valor
médio.
• O desvio padrão é o correspondente à incerteza
estatística de uma única medida realizada. Cada
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medida, além da incerteza instrumental, possui uma
incerteza estatística dada pelo desvio padrão.
Qual a incerteza estatística do valor médio?
• De um conjunto de medidas, obtemos o seu valor médio
• Agora suponha que possamos repetir esse conjunto de medidas k vezes e, em cada caso, obtem-se um valor médio
1
, , ,
2
3
...,
k
y y y
y
• O desvio padrão dos valores médios corresponde à incerteza estatística de cada valor médio da amostra
LECTURE
NOTES
PROF.
Qual a incerteza estatística do valor médio?
• Desvio padrão dos valores médios
k• Substituindo a expressão para o valor médio na
expressão acima, pode-se deduzir que o desvio padrão
do valor médio vale:
2 11
k m i verd iy
y
k
19 mn
Incerteza estatística
do valor médio de
uma medida
Média, desvio padrão e desvio padrão da
média
n iy
• Média • Desvio padrão 1 i iy
y
n
21
1
n iy
y
n
20• Desvio padrão da média
n
1
i1m
n
LECTURE
NOTES
PROF.
CRISTIANO
Qual é a incerteza de uma medida?
• Suponha que o experimentador realize várias medidas do tamanho de uma mesa com uma régua. g
– Incerteza instrumental: instr= 0,5 mm – Incerteza estatística: estat= m
– Caso um tipo de incerteza seja dominante, pode-se desprezar a outra 2 estat 2 instr
21 a outra.• Ex: Período do pêndulo medido com o relogio de pulso. Nesse caso, a incerteza instrumental é muito maior que a estatística
Propagação de incertezas
• Volume de um cilindro 2V
R H
A mesma incerteza no raio acarreta em incertezas diferentes no volume• Como uma variação na medida de raio afeta o volume? • Essa variação é a mesma, independente da medida do raio?
V
R H
R
R
V
V
R
V
LECTURE
NOTES
PROF.
CRISTIANO
Propagação de erros: fórmula geral
• Seja uma grandeza G, dependente de duas
variáveis A e B O valor da
G
2
G
2variáveis, A e B. O valor da incerteza em G, G, pode ser expressa em termos das incertezas em A e B (Ae B, respectivamente) através da fórmula: G A B
G
G
A
B
Derivada parcial
de G em relação
a A
23 Não conte aos matemáticos puristas, mas a derivada parcial nada mais é do que a derivada comum onde todo o resto da equação pode serconsiderado constante
Vamos fazer um exemplo simples
• Volume de um cilindro
• O Volume depende tanto do diâmetro D , cuja incerteza
é
D, e da altura H, com incerteza
H. Assim, a
incerteza do volume é dada por:
2
4
V
D H
24 2 2 V D HV
V
D
H
LECTURE
NOTES
PROF.
CRISTIANO
Como calcular as derivadas
• Suponha que todo o resto da expressão é uma
constante....
constante....
2 2(2 )
4
4
(
4
2
)
D
V
D H
H
H D
DH
D
D
D
25 2 2 2 24
4
( )
(1
4
)
4
V
D H
D
H
D
D
H
H
H
Desse modo...
• Incerteza do volume do cilindro
2 2 2 2 2 2 2 2
2
2
4
4
V D H D H H DV
V
D
H
DH
D
D H
D
H
2 22
D H VV
D
H
LECTURE
NOTES
PROF.
CRISTIANO
Eu preciso fazer esse montão de
derivadas e contas toda vez?
• A rigor deve-se sempre calcular as derivadas
• Na prática, com o tempo, desenvolve-se
técnicas que simplificam a nossa vida
• Alguns casos muito comuns:
– Soma e subtração
27
– Soma e subtração
– Multiplicação e divisão
• Multiplicação ou divisão por constante
– Potenciação
Alguns casos comuns
• Soma e subtração
– A incerteza absolutada soma
C
A
B
C
A B
(ou subtração) é a raiz da soma quadrática das incertezas absolutas individuais
• Multiplicação e divisão
– A incerteza relativado produto (ou divisão) é a raiz da soma
d áti d i t 2 2
, ou
C A BC
A
B
C
A B
, ou
A
C
AB
C
28 quadrática das incertezasrelativas individuais 2 2
,
C A BB
C
A
B
LECTURE
NOTES
PROF.
CRISTIANO
Alguns casos comuns
• Multiplicação ou divisão por constante
B
A
B
A– A incerteza absolutado resultado fica multiplicada ou dividida por aquela constante.
• Potenciação
– A incerteza relativado resultado é a raiz da soma quadrática das
c
A
B
c
A
B
c
A
B
cA
B
A A B A A B
.
.
.
.
A
B
C
29 incertezas relativas dospotenciandos multiplicadas pelas respectivas potências. 2 2
B
A
C
B A C
Procedimento experimental
• Atenção: Alta tensão! Não toque nos pratos nem na montagem quando aplicar alta tensão!
• Preparação:
– Siga as instruções da apostila pela ordem.
– Na medida da área do capacitor, é a placa superior que deve ser medida. Adote uma incerteza de 0,5cm no diâmetro para levar em conta efeitos de borda. Calcule a área A com a respectiva incerteza.
– Na medida da altura dos pinos de espaçamento, meça 3 vezes cada espaçador com o paquímetro. Organize os dados em uma tabela e determine o valor médio do espaçamento d com a respectiva incerteza (indicar o desvio padrão da amostra o desvio da média o desvio (indicar o desvio padrão da amostra, o desvio da média, o desvio instrumental, e o desvio total de d).
– É importante o nivelamento e sobretudo que o prato de cima não se apoie nos espaçadores, mas fique a décimos de mm dos mesmos.
LECTURE
NOTES
PROF.
Procedimento experimental
• Teste de funcionamento:
– Com a balança equilibrada, ligue a fonte e aumente lentamente a tensão e verifique que as placas se atraem.
– Com a tensão desligada, coloque um peso de teste (10g por exemplo), junte os pratos utilizando uma régua plástica, e aumente a tensão até as placas ficarem grudadas.
– Determine a tensão em que a força eletrostática equilibra a força
31
Determine a tensão em que a força eletrostática equilibra a força gravitacional, diminuindo lentamente a tensão até as placas se soltarem.
– Calcule o valor de opreliminar.
Tomada de dados
• Se o valor preliminar de oestiver dentro de até 10 ou 20%, prossiga.
• Escolha 6 valores diferentes de massa (máx 18g) e para cada massa meça 5 vezes o valor da voltagem V que equilibra a balança. Coloque os resultados em uma tabela (m, Vi, i=1-5) com uma massa em cada linha juntamente com os respectivos valores de V.
32
• Na mesma tabela crie mais 4 colunas para lançar: o valor médio de V, o desvio padrão, o desvio da média e a incerteza total de V (a incerteza instrumental de V será fornecida pelo professor).
LECTURE
NOTES
PROF.
Análise dos dados
2 o 2 2 2 o2
angular
e
coeficient
de
reta
uma
ser
deverá
gráfico
um
2
d
A
V
F
V
d
A
F
• Crie mais duas colunas na tabela anterior, uma para lançar V2e outra para
V2.
• Faça o gráfico no computador (instruções fornecidas) de F(gf) versus
V2(Volt2), incluindo as barras de erro.
• Faça um ajuste linear (v. instruções) e determine o coeficiente angular com a incerteza e a unidade
2d
33 a incerteza e a unidade.
• Determine então o valor de oe sua incerteza.
(1gf = 10-3 x 9,786N)
• Refaça o gráfico utilizando uma folha de papel milimetrada e aplique o método gráfico para determinar o coeficiente angular. Calcule oe o erro
associado utilizando este valor
Relatório
• Relatorio completo: Resumo, introducao, etc... • Siga as orientações propostas na apostila.
• Apresente os gráficos feitos utilizando o origin/excel bem
como o gráfico feito à mão e analisado com o método gráfico
• Apresente as demonstrações das fórmulas de erro que utilizou • Tabelas e gráficos devem ser identificados com títulos