12 Razões Para Usar
Lightroom
André Nery é fotógrafo em Porto Alegre. Arquitetura e fotografia outdoor, como natureza, esportes
e viagens, são sua área de atuação. Há dez anos
começou a ministrar cursos, tanto de fotografia como do tratamento de imagens. Inicialmente utilizava
o Photoshop, mas com o surgimento do Lightroom trocou todo seu fluxo de trabalho. Hoje este é o
principal curso que ministra no seu estúdio e também pelo interior do estado. Desde de 2009 também
participa como professor no curso de fotografia anual
Introdução
Reuni aqui as principais razões que transformam o Adobe Photoshop Lightroom no meu programa favorito para edição de imagens. Minha ideia é
facilitar para quem está começando a lidar com este software e mostrar algumas diferenças básicas em
relação ao Photoshop e demais programas. Comento todas estas questões nas aulas, mas o curso rende
mais quando os alunos chegam conhecendo um pouco daquilo que vai ser mostrado.
Considero importante o conhecimento de algum programa deste tipo, pois é uma ferramenta
fundamental para a organização do acervo digital. Nos próximos meses vou lançar alguns e-books mais detalhados voltados para o pessoal que já trabalha com este software. Fique atento.
Desenvolvido
por Fotógrafos
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Diferente de outros softwares que existem no mercado, o Lightroom é voltado apenas para a fotografia. No seu desenvolvimento estão
fotógrafos e pessoas ligadas a este meio. Isto faz com que tenhamos ferramentas e funcionalidades que realmente são importantes no nosso
dia-a-dia. Também implica em um fluxo mais lógico e um aprendizado mais fácil.
Fluxo de
Trabalho
Não-Destrutivo
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Ao importar as imagens, o Lightroom copia o arquivo .xmp (aquele arquivo de texto que acompanha cada arquivo raw e que possui todas as informações da
imagem), gera uma visualização e anota onde está armazenada a imagem. Estas três informações são guardadas em um banco de dados. Desta forma,
toda e qualquer alteração feita é anotada na forma de uma linha de texto no arquivo .xmp e a imagem original não é tocada até o momento da exportação. Nesse momento, a nova interpretação do arquivo
.xmp é aplicada na imagem original e então é gerado um novo arquivo. Não há como sobreescrever o
arquivo original, o que o preserva.
Catálogos
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Ao serem importadas, as informações das imagens são copiadas em catálogos. A elas são agregadas
atributos, palavras-chave e todo o tratamento pelo qual passa a imagem. As imagens também são
organizadas em coleções. Estes catálogos são leves, podem ser exportados ou importados e copiados
de um computador para o outro. Nele estão
incluidas todas as informações sobre as imagens e as visualizações das mesmas. Ainda que os originais não estejam ali, todo um fluxo de trabalho é possível,
guardando algumas restrições. E tudo isto cabe em um pen drive. Definitivamente, muito prático.
Módulos
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O programa está dividido em módulos que facilitam o trabalho do fotógrafo. Originalmente eram cinco, mas outros dois foram acrescentados desde a versão 4.
Na Biblioteca é feita toda a organização das imagens enquanto que na Revelação nos preocupamos com
o tratamento das mesmas. O módulo Mapa ajuda na organização e restam quatro módulos de saída: Livro, Apresentação de Slides, Imprimir e Web. O fluxo de
trabalho vai passando de um módulo para outro de maneira muito lógica, economizando tempo.
Visualizações
Inteligentes
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Esta é a grande novidade da mais recente versão e também um anúncio do que virá pela frente. OLightroom sempre gera uma visualização das imagens importadas, mas desde a versão 5 é possível criar
também visualizações inteligentes.
Imagine que os originais não estão acessíveis, que é o caso quando eles estão salvos em um hd que não
está conectado, ou estão perdidos. Antes era possível fazer qualquer ajuste no módulo Biblioteca, mas nos demais módulos tudo estava desabilitado. Agora, ao gerar as visualizações inteligentes, é possível realizar todo o fluxo, pois estas visualizações são arquivos
dng comprimidos e que tem 2560 pixels na maior dimensão. Isto significa que se a sua saída for uma
imagem para site ou mesmo uma ampliação pequena (até uns 30cm), a visualização inteligente presente no catálogo é suficiente e o original não é necessário.
Cada visualização inteligente tem cerca de 1mb, o que corresponde em torno de 5% do arquivo raw original.
Interface
Intuitiva
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Mesmo no primeiro acesso ao programa já dá para entender como as coisas funcionam. A imagem está no centro de tudo. Os painéis nas laterais mostram o que pode ser feito com as imagens e estas ocupam a área central. Cursores mostram com cores ou tons o
que acontece quando você os desliza de um lado para o outro. Depois de um certo tempo, você raramente
vai utilizar um menu, tornando mais rápidas suas edições.
Gerenciamento
dos Arquivos
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Embora muito poderoso, o Lightroom não resolve
tudo. Em determinados momentos somos obrigados a recorrer a outros programas para fazer aquelas
coisas que não são possíveis aqui. O Photoshop é o
mais comum e seguidamente recorro a ele para fazer algum retoque mais pesado ou alguma montagem.
Mas mesmo programas que não são da Adobe podem ser utilizados.
Quando o Lightroom envia uma imagem para algum outro programa ou plugin, este recebe um aviso
que isto aconteceu e, ao ser salva a imagem, este
programa devolve o arquivo criado para o Lightroom. Dessa forma, ambos arquivos (o original e o editado) ficam lado a lado na janela do Lightroom e na pasta
do seu computador, facilitando o restante do fluxo ou uma eventual busca.
Velocidade,
Consistência e
Economia de
Espaço
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Cópias virtuais permitem que você tenha váriasinterpretações da mesma imagem sem que isto gere cópias no seu hd. Predefinições (presets) permitem que você aplique um determinado conjunto de
ajustes a uma imagem ou a um grupo delas. Modelos (templates) aproveitam criações anteriores e podem ser aplicados a outros grupos de fotos. Ajustes feitos a uma determinada imagem podem ser aplicados
a todas imagens existentes em uma pasta. Todos
estes recursos fazem com que você seja mais rápido, pois uma vez criados, são guardados no catálogo e podem ser usados várias vezes. Uma vez testados e aprovados, vão produzir sempre o mesmo resultado esperado, produzindo consistência nos resultados. E podendo fazer isto inúmeras vezes e de maneira rápida, não há por que ficar guardando pastas com o material exportado. Depois de utilizado, este
material pode ser jogado fora. Se houver necessidade, repetimos a exportação.
Histórico
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Ao tratar as imagens, o Lightroom anotas os valores dos ajustes aplicados na forma de uma linha de texto no arquivo .xmp. Não existe o comando “salvar”.
Tudo fica anotado em um histórico que não é
apagado quando mudamos para outra imagem nem quando fechamos o programa. Ele está sempre ali, permitindo que a gente volte a qualquer um dos estágios do tratamento ou mesmo ao começo de tudo, a imagem como ela foi obtida.
Busca
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Um minuto. Este é o tempo que eu levo para
encontrar uma foto qualquer em meio a centenas de milhares de imagens. Mesmo que as imagens não estejam no computador. Com atributos e
palavras-chave inseridos no módulo Biblioteca, o Lightroom consegue encontrar as imagens mesmo que os arquivos originais estejam guardadas em um hd em outro local. Um filtro faz o serviço a partir
das informações fornecidas e os resultados são apresentados rapidamente.
Comunidade
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A grande maioria dos fotógrafos no mundo inteiro
utiliza o Lightroom no seu fluxo de trabalho e muitos deles contribuem dando um retorno à Adobe de
como o programa está se comportando ou o que seria útil em uma próxima versão. A Adobe está atenta a
estas solicitações. Há inúmeras fontes de atualização e tutoriais que permitem que você aprenda muitas
coisas sozinho. Também existem vários profissionais criando predefinições e modelos que podem ser
baixados para seu computador, seja de graça ou por um valor pequeno. Tudo isto acaba facilitando a vida dos usuários.
Custo
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A versão completa do Photoshop custava mil dólares enquanto o Lightroom teve o preço fixado na faixa dos US$ 300 nas três primeiras versões. Caiu para
metade disto com o lançamento da versão 4 e desde a versão 5 também pode ser baixado através da
Creative Cloud, onde você paga um valor mensal para Adobe (US$ 10 na época que eu escrevi isto). Esta
permite que você use as versões mais recentes do
Lightroom e do Photoshop em até dois computadores não simultaneamente. Não foram poucas as vezes que vi ofertas bem abaixo dos cem dólares para a compra do programa. Plugins para o Lightroom também
são oferecidos a valores bem acessíveis. Desta forma podemos fazer uso de versões oficiais com todas suas vantagens sem grandes custos.
Versão Mobile
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Originalmente eram doze motivos, mas logo depois de divulgar este e-book saiu a versão mobile do
Lightroom, o que me levou a criar a 13a razão para usar o programa.
A partir do LR 5.4 é possível fazer um fluxo completo no iPad (versão 2 em diante rodando iOS 7). Usuários de Android terão que esperar mais um pouco. Repare que o iPad não vai substituir o laptop/desktop. As
imagens devem ser baixadas no computador e uma coleção deve ser criada. Esta vai estar disponível no
iPad e ali todos os ajustes podem ser feitos. Assim que tiver sinal de internet, o catálogo do computador é
atualizado.