• Nenhum resultado encontrado

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO"

Copied!
411
0
0

Texto

(1)

PR ´O-REITORIA DE GRADUAC¸ ˜AO E EDUCAC¸ ˜AO PROFISSIONAL CAMPUS APUCARANA

PROJETO PEDAG ´

OGICO DO CURSO SUPERIOR DE

ENGENHARIA DE COMPUTAC

¸ ˜

AO

APUCARANA 2021

(2)

PROJETO PEDAG ´

OGICO DO CURSO SUPERIOR DE

ENGENHARIA DE COMPUTAC

¸ ˜

AO

Projeto Pedag´ogico de Curso apresentado ao Conselho de Graduac¸˜ao e Educac¸˜ao Profissional - COGEP da UTFPR e aprovado pela Resoluc¸˜ao COGEP 058 de 02/09/2014.

- Ajuste de matriz realizado em 04/12/2015 pela Resoluc¸˜ao COGEP No¯ 111.

APUCARANA 2021

(3)

INFORMAC¸ ˜OES GERAIS

Campus da UTFPR Apucarana

Coordenac¸˜ao Engenharia de Computac¸˜ao

Nome do Curso Curso Superior de Engenharia de Computac¸˜ao

Titulac¸˜ao Conferida Bacharel em Engenharia de Computac¸˜ao

Contato 1

Nome Fernando Barreto

Email fbarreto@utfpr.edu.br

Telefone UTFPR (43) 3162-1200 Particular (43) 3162-1246

Contato 2

Nome Lucio Agostinho Rocha

Email luciorocha@utfpr.edu.br

Telefone UTFPR (43) 3162-1200 Particular (43) 3162-1277

(4)

Diretor Geral do Cˆampus Apucarana

Prof. Dr. Marcelo Ferreira da Silva

Diretor de Graduac¸˜ao e Educac¸˜ao Profissional do Cˆampus

Apucarana

Prof. Dr. Edmilson Antonio Canesin

Coordenador do Curso de Engenharia de Computac¸˜ao

Prof. Dr. Fernando Barreto

Professores Organizadores - N ´ucleo Docente Estruturante do

Curso Superior de Engenharia de Computac¸˜ao

Este documento foi elaborado pelo N´ucleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Engenharia de Computac¸˜ao, designado pelas Portarias no¯ 130, de 31 de maio de 2019; no¯ 189 de 09 de agosto de 2019, no¯ 096 de 17 de junho de 2020; e pela Comiss˜ao respons´avel pela elaborac¸˜ao e atualizac¸˜ao do Projeto Pedag´ogico do Curso de Engenharia de Computac¸˜ao do Cˆampus Apucarana, institu´ıda pela Portaria do Diretor-Geral no¯ 034, de 02 de marc¸o de 2020.

Prof. Dr. Fernando Barreto Prof. Dr. Lucio Agostinho Rocha

Profa. Dra. Ana Cristina Fernandes Pereira Wolff Profa. Dra. Edenize Sodr´e dos Santos

Prof. Dr. Erinaldo da Silva Pereira Prof. Me. Muriel de Souza Godoi Prof. Dr. Rafael Gomes Mantovani

(5)

Prof. Dr. Wendel G´oes Pedrozo

Tamb´em participaram da elaborac¸˜ao do documento, os seguintes docentes: Prof. Dr. Andr´e Luiz Tinassi D’Amato

Prof. Dr. Daniel Prado de Campos Prof. Dr. F´abio Irigon Pereira Profa. Dra. Janaina Piana

Profa. Dra. Juliana Castanon Xavier Prof. Dr. Luiz Fernando Carvalho Prof. Dr. Maur´ıcio Eiji Nakai Prof. Dra. Roseli Gall do Amaral

(6)

FIGURA 2 Mapa de Apucarana e regi˜ao . . . 52 –

FIGURA 3 Entroncamento rodoferrovi´ario de Apucarana e regi˜ao. . . 56 –

FIGURA 4 Organizac¸˜ao dos conte´udos da matriz curricular do curso de Engenharia de Computac¸˜ao de acordo com as DCNs de Engenharia e Computac¸˜ao. . . 78 –

FIGURA 5 Matriz curricular do curso de Engenharia de Computac¸˜ao. . . 80 –

FIGURA 6 N´umero de alunos de iniciac¸˜ao cient´ıfica e projetos homologados no cˆampus Apucarana no triˆenio 2017-2019. . . 314 –

FIGURA 7 N´umero de alunos de iniciac¸˜ao cient´ıfica do curso de Engenharia de Computac¸˜ao e projetos homologados por professores do curso no triˆenio 2017-2019. . . 314 –

FIGURA 8 Fluxograma de processo de inscric¸˜ao dos alunos. . . 330 –

(7)

TABELA 1 Munic´ıpios da regi˜ao pr´oximos `a Apucarana. . . 52 –

TABELA 2 Principais atividades econˆomicas em 2018. . . 58 –

TABELA 3 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no Primeiro per´ıodo da matriz curricular. . . 83 –

TABELA 4 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no Segundo per´ıodo da matriz curricular. . . 97 –

TABELA 5 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no Terceiro per´ıodo da matriz curricular. . . 110 –

TABELA 6 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no Quarto per´ıodo da matriz curricular. . . 124 –

TABELA 7 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no Quinto per´ıodo da matriz curricular. . . 137 –

TABELA 8 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no Sexto per´ıodo da matriz curricular. . . 152 –

TABELA 9 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no S´etimo per´ıodo da matriz curricular. . . 164 –

TABELA 10 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no Oitavo per´ıodo da matriz curricular. . . 175 –

TABELA 11 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no nono per´ıodo da matriz curricular. . . 186 –

TABELA 12 Carga hor´aria total das disciplinas presentes no d´ecimo per´ıodo. . . 190 –

TABELA 13 Carga hor´aria total das disciplinas optativas de Computac¸˜ao. . . 263 –

TABELA 14 Carga hor´aria total das disciplinas optativas de El´etrica/Eletrˆonica. 264 –

TABELA 15 Carga hor´aria total das disciplinas optativas do Ciclo de Humanidades. . . 265 –

TABELA 16 Distribuic¸˜ao das unidades curriculares por ´area de conhecimento do curso (continua). . . 266 –

TABELA 17 Distribuic¸˜ao das unidades curriculares por ´area de conhecimento do curso (continuac¸˜ao). . . 267 –

TABELA 18 Distribuic¸˜ao das unidades curriculares por ´area de conhecimento do curso (conclus˜ao). . . 268 –

TABELA 19 Areas do CNPQ e a carga hor´aria m´ınima (V Foreng) relacionadas´ com a matriz curricular do Curso de Engenharia de Computac¸˜ao (continua). . . 270

(8)

(conclus˜ao). . . 272 –

TABELA 22 Representac¸˜ao da distribuic¸˜ao das unidades curriculares do ciclo de humanidades (disciplinas obrigat´orias). . . 276 –

TABELA 23 Plano de migrac¸˜ao da matriz curricular atual para a nova matriz curricular (parte 1 - continua). . . 277 –

TABELA 24 Plano de migrac¸˜ao da matriz curricular atual para a nova matriz curricular (parte 2 - continuac¸˜ao). . . 278 –

TABELA 25 Plano de migrac¸˜ao da matriz curricular atual para a nova matriz curricular (parte 3 - continuac¸˜ao). . . 279 –

TABELA 26 Plano de migrac¸˜ao da matriz curricular atual para a nova matriz curricular (parte 4 - conclus˜ao). . . 280 –

TABELA 27 Quadro s´ıntese da distribuic¸˜ao da carga hor´aria (CH) do curso. . . . 291 –

TABELA 28 Percentual dos professores envolvidos no curso de acordo com o n´ıvel de formac¸˜ao acadˆemica. . . 345 –

TABELA 29 Salas de aula do cˆampus Apucarana (continua). . . 381 –

TABELA 30 Salas de aula do cˆampus Apucarana (conclus˜ao). . . 382 –

TABELA 31 Estrutura f´ısica prevista para o bloco O (continua). . . 389 –

TABELA 32 Estrutura f´ısica prevista para o bloco O (conclus˜ao). . . 390 –

TABELA 33 Laborat´orios que atendem `a Engenharia de Computac¸˜ao . . . 391 –

TABELA 34 Equipamentos existentes nos Laborat´orios de Qu´ımica (continua) . 394 –

TABELA 35 Equipamentos existentes nos Laborat´orios de Qu´ımica (continuac¸˜ao) . . . 395 –

TABELA 36 Equipamentos existentes nos Laborat´orios de Qu´ımica (conclus˜ao) 396 –

TABELA 37 Equipamentos existentes nos Laborat´orios de Express˜ao Gr´afica . . 397 –

TABELA 38 Equipamentos existentes nos Laborat´orios de Inform´atica . . . 397 –

TABELA 39 Equipamentos existentes nos Laborat´orios de F´ısica (continua) . . . 398 –

TABELA 40 Equipamentos existentes nos Laborat´orios de F´ısica (conclus˜ao) . 399 –

TABELA 41 Equipamentos existentes nos Laborat´orios de Engenharia de Computac¸˜ao . . . 400 –

(9)

QUADRO 1 Hist´orico do curso de Engenharia de Computac¸˜ao da UTFPR cˆampus Apucarana. . . 63 –

QUADRO 2 Dados gerais do curso. . . 65 –

QUADRO 3 Relac¸˜ao candidatos/Vaga . . . 66 –

QUADRO 4 Previs˜ao de planejamento dos projetos de extens˜ao a serem organizados pelos docentes do curso de Engenharia de Computac¸˜ao (continua). . . 326 –

QUADRO 5 Previs˜ao de planejamento dos projetos de extens˜ao a serem organizados pelos docentes do curso de Engenharia de Computac¸˜ao (continuac¸˜ao.) . . . 327 –

QUADRO 6 Previs˜ao de planejamento dos projetos de extens˜ao a serem organizados pelos docentes do curso de Engenharia de Computac¸˜ao (conclus˜ao). . . 328 –

QUADRO 7 Composic¸˜ao do Colegiado do curso de Engenharia de Computac¸˜ao. . . 341 –

QUADRO 8 Composic¸˜ao do N´ucleo Docente Estruturante do curso de Engenharia de Computac¸˜ao. . . 343 –

QUADRO 9 Docentes da Coordenac¸˜ao do curso de Engenharia de Computac¸˜ao. . . 344 –

QUADRO 10 Docentes externos que atualmente ministram disciplinas para o curso de Engenharia de Computac¸˜ao. . . 345 –

QUADRO 11 Experiˆencia docente e n˜ao docente dos professores do curso de Engenharia de Computac¸˜ao. . . 346 –

QUADRO 12 Softwares gratuitos utilizados pelas disciplinas do curso de Engenharia de Computac¸˜ao (continua). . . 361 –

QUADRO 13 Softwares gratuitos utilizados pelas disciplinas do curso de Engenharia de Computac¸˜ao (conclus˜ao). . . 362 –

QUADRO 14 Softwares pagos utilizados no curso de Engenharia de Computac¸˜ao. . . 363 –

QUADRO 15 Estrutura f´ısica do Bloco A . . . 371 –

QUADRO 16 Estrutura f´ısica do Bloco B . . . 372 –

QUADRO 17 Estrutura f´ısica do Bloco C . . . 372 –

QUADRO 18 Estrutura f´ısica do Bloco D . . . 372 –

(10)

QUADRO 25 Estrutura f´ısica do Bloco L . . . 374 –

QUADRO 26 Estrutura f´ısica do Bloco M . . . 375 –

QUADRO 27 Estrutura f´ısica do Bloco N (continua) . . . 376 –

QUADRO 28 Estrutura f´ısica do Bloco N (conclus˜ao) . . . 377 –

(11)

UTFPR Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a CEFET Centro Federal de Educac¸˜ao Tecnol´ogica do Paran´a LDBE Lei de Diretrizes e Bases da Educac¸˜ao

SESI Servic¸o Social da Ind´ustria

ACIA Associac¸˜ao Comercial, Industrial e de Servic¸os de Apucarana MEC Minist´erio da Educac¸˜ao

FETAP Fundac¸˜ao de Ensino T´ecnico de Apucarana

ABRAFAB’Q Associac¸˜ao Brasileira dos Fabricantes de Bon´es de Qualidade SEBRAE Servic¸o Brasileiro de Apoio `as Micro e Pequenas Empresas SENAI Servic¸o Nacional de Aprendizagem Industrial

Senac Servic¸o Nacional de Aprendizagem Comercial

REUNI Programa de Reestruturac¸˜ao e Expans˜ao das Universidades Federais COGEP Conselho de Graduac¸˜ao e Educac¸˜ao Profissional

AEAA Associac¸˜ao dos Engenheiros e Arquitetos de Apucarana FIEP Federac¸˜ao das Ind´ustrias do Estado do Paran´a

SESC Servic¸o Social do Com´ercio

CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paran´a

ANIBB Associac¸˜ao Nacional das Ind´ustrias de Bon´es, Brindes e Similares SIVALE Sindicato das Ind´ustrias do Vestu´ario de Apucarana e do Vale do Iva´ı APL Arranjo Produtivo Local de Bon´es de Apucarana

SISU Sistema de Selec¸˜ao Unificada ENEM Exame Nacional do Ensino M´edio PDI Plano de Desenvolvimento Institucional

DIREC Diretoria de Relac¸˜oes Empresariais e Comunit´arias PROEM Programa de Empreendedorismo e Inovac¸˜ao ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustent´avel ONU Organizac¸˜ao das Nac¸˜oes Unidas

Enem Exame Nacional do Ensino M´edio

NUAPE N´ucleo de Atendimento Psicopedag´ogico e Assistˆencia Estudantil NAI N´ucleo de Acessibilidade e Inclus˜ao

COUNI Conselho Universit´ario PNE Plano Nacional de Educac¸˜ao

CTNP Companhia de Terras Norte do Paran´a

(12)

PIB Produto Interno Bruto

PR Paran´a

SP S˜ao Paulo

RAIS Relac¸˜ao Anual de Informac¸˜oes Sociais TI Tecnologia da Informac¸˜ao

UNESPAR Universidade Estadual do Paran´a

FAP Faculdade de Apucarana

UEPG Universidade Estadual de Ponta Grossa

CONFEA Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia PITCE Pol´ıtica Industrial, Tecnol´ogica e de Com´ercio Exterior

CNE/CES Conselho Nacional de Educac¸˜ao/Cˆamara de Educac¸˜ao Superior CBO Classificac¸˜ao Brasileira de Ocupac¸˜oes

SBC Sociedade Brasileira de Computac¸˜ao DCN Diretrizes Curriculares Nacionais NDE N´ucleo Docente Estruturante UCE Unidades Concedentes de Est´agio

DEPEC Departamento de Est´agios e Cursos de Extens˜ao DIEEM Divis˜ao de Est´agios e Empregos

TCC Trabalho de Conclus˜ao de Curso

PRATCC Respons´avel pelo Trabalho de Conclus˜ao de Curso

AC Atividades Complementares

PjBL Aprendizagem Baseada em Projetos - Project Based Learning AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

TICs Tecnologias de Informac¸˜ao e Comunicac¸˜ao

RODP Regulamento da Organizac¸˜ao Did´atico-Pedag´ogica dos Cursos de Graduac¸˜ao da UTFPR

DERAC Departamento de Registros Acadˆemicos

LBI Lei Brasileira de Inclus˜ao da Pessoa com Deficiˆencia NAI N´ucleo de Acessibilidade e Inclus˜ao

NBR Norma Brasileira

PME Programa de Mobilidade Estudantil MEN Mobilidade Estudantil Nacional MEI O Mobilidade Estudantil Internacional

(13)

DC/MRE Departamento Cultural do Minist´erio das Relac¸˜oes Exteriores IES Instituic¸˜oes de Ensino Superior

PRA-Int Professor Respons´avel pelas Atividades de Internacionalizac¸˜ao UTC Universit´e de Technologie de Compi`egne

Sinaes Sistema Nacional de Avaliac¸˜ao da Educac¸˜ao Superior PIBIC Programa Institucional de Iniciac¸˜ao Cient´ıfica

PIBITI Programa Institucional de Iniciac¸˜ao em Desenvolvimento Tecnol´ogico e Inovac¸˜ao

FA Fundac¸˜ao Arauc´aria

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient´ıfico e Tecnol´ogico PIVIC Programa Institucional de Iniciac¸˜ao Cient´ıfica Volunt´aria

IC2D Inteligˆencia Computacional e Ciˆencia de Dados PRAExt Professor Respons´avel pelas Atividades de Extens˜ao ONU Organizac¸˜ao das Nac¸˜oes Unidas

COENC Coordenac¸˜ao de Engenharia de Computac¸˜ao COLIQ Coordenac¸˜ao do curso de Licenciatura em Qu´ımica COENT Coordenac¸˜ao de Engenharia Tˆextil

DAHUM Departamento Acadˆemico de Humanidades DAMAT Departamento Acadˆemico da Matem´atica DAFIS Departamento Acadˆemico de F´ısica CPA Comiss˜ao Pr´opria de Avaliac¸˜ao DEPED Departamento de Educac¸˜ao

ENADE Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes

Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An´ısio Teixeira PDPD Programa de Desenvolvimento Profissional Docente

ForBas F´orum das Disciplinas do N´ucleo B´asico dos Bacharelados ForEng F´orum de Coordenadores dos Cursos de Engenharia

RICIES Rede de Inovac¸˜ao, Cooperac¸˜ao e Interac¸˜ao no Ensino Superior (PD)2i Plano de Desenvolvimento Profissional Docente Inicial

(PD)2c Plano de Desenvolvimento Profissional Docente Continuado EAD Ensino `a Distˆancia

COTED Coordenac¸˜ao de Tecnologia da Educac¸˜ao PAE Programa Aux´ılio Estudantil

DEPBIB Departamento de Bibliotecas

ABNT Associac¸˜ao Brasileira de Normas T´ecnicas NBR Normas T´ecnicas Brasileiras

(14)
(15)

1 CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO DA INSTITUIC¸ ˜AO . . . 19

1.1 HIST ´ORICO DA UTFPR . . . 19

1.2 HIST ´ORICO DO C ˆAMPUS . . . 22

2 VALORES E PRINC´IPIOS INSTITUCIONAIS . . . 27

2.1 VALORES/PRINC´IPIOS ORIENTADORES DA GRADUAC¸ ˜AO . . . 28

2.1.1 Valores UTFPR: inovac¸˜ao e qualidade e excelˆencia . . . 29

2.1.2 Valores UTFPR: ´etica e a sustentabilidade . . . 33

2.1.3 Valores UTFPR: desenvolvimento humano . . . 36

2.1.4 Valores UTFPR: integrac¸˜ao social . . . 39

3 POL´ITICAS DE ENSINO . . . 41

3.1 ARTICULAC¸ ˜AO ENTRE A TEORIA E PR ´ATICA E INTERDISCIPLINARIDADE . . . 41

3.2 DESENVOLVIMENTO DE COMPET ˆENCIAS PROFISSIONAIS . . . 43

3.3 FLEXIBILIDADE CURRICULAR . . . 44

3.4 MOBILIDADE ACAD ˆEMICA E INTERNACIONALIZAC¸ ˜AO . . . 45

3.5 ARTICULAC¸ ˜AO COM PESQUISA E P ´OS-GRADUAC¸ ˜AO . . . 46

3.6 ARTICULAC¸ ˜AO COM A EXTENS ˜AO . . . 48

4 CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO . . . 50

4.1 CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO NACIONAL, REGIONAL E LOCAL . . . 50

4.2 CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO DO CURSO . . . 55

4.2.1 Importˆancia do curso . . . 60

4.2.2 Hist´orico do curso . . . 62

4.3 QUADRO DE DADOS GERAIS DO CURSO . . . 65

4.4 FORMA DE INGRESSO E VAGAS . . . 65

4.5 OBJETIVOS DO CURSO . . . 67

4.6 PERFIL DO EGRESSO . . . 68

4.6.1 Competˆencias e habilidade esperadas do egresso . . . 69

4.6.2 Areas de atuac¸˜ao . . . 72´

5 ORGANIZAC¸ ˜AO DID ´ATICO PEDAG ´OGICA . . . 76

5.1 ORGANIZAC¸ ˜AO CURRICULAR . . . 76

5.2 MATRIZ CURRICULAR . . . 79

5.3 CONTE ´UDOS CURRICULARES . . . 81

5.3.1 Oficinas de Integrac¸˜ao . . . 82

(16)

5.3.8 S´etimo per´ıodo . . . 164

5.3.9 Oitavo per´ıodo . . . 175

5.3.10 Nono per´ıodo . . . 186

5.3.11 D´ecimo per´ıodo . . . 190

5.3.12 Disciplinas Optativas . . . 192

5.3.12.1 Disciplinas Optativas de Computac¸˜ao . . . 192

5.3.12.2 Disciplinas Optativas de El´etrica/Eletrˆonica . . . 217

5.3.12.3 Disciplinas Optativas de Humanidades . . . 235

5.3.13 Representac¸˜ao da distribuic¸˜ao das unidades curriculares regulares por ´area de conhecimento . . . 262

5.3.14 Representac¸˜ao da distribuic¸˜ao das unidades curriculares de humanidades por ´area de conhecimento . . . 273

5.4 PLANO DE MIGRAC¸ ˜AO . . . 276

5.4.1 Proposta de migrac¸˜ao de matriz . . . 276

5.4.2 Consequˆencias das alterac¸˜oes propostas . . . 281

5.5 EST ´AGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO . . . 285

5.6 TRABALHO DE CONCLUS ˜AO DE CURSO . . . 287

5.7 ATIVIDADES COMPLEMENTARES . . . 290

5.8 QUADRO DE S´INTESE DA DISTRIBUIC¸ ˜AO DA CARGA HOR ´ARIA DO CURSO . . . 290

5.9 PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM . . . 291

5.9.1 Metodologias de Aprendizagem . . . 291

5.9.2 Tecnologias de Informac¸˜ao e Comunicac¸˜ao (TICs) no processo de ensino aprendizagem . . . 295

5.9.3 Processos de Avaliac¸˜ao. . . 297

5.9.4 Avaliac¸˜ao dos Discentes com Necessidades Espec´ıficas . . . 299

6 ARTICULAC¸ ˜AO COM OS VALORES, PRINC´IPIOS E POL´ITICAS DA UTFPR . . . 301

6.1 DESENVOLVIMENTO DA ARTICULAC¸ ˜AO ENTRE A TEORIA E PR ´ATICA . . . 302

6.2 DESENVOLVIMENTO DAS COMPET ˆENCIAS PROFISSIONAIS . . . 303

6.3 DESENVOLVIMENTO DA FLEXIBILIDADE CURRICULAR . . . 306

6.4 DESENVOLVIMENTO DA MOBILIDADE ACAD ˆEMICA . . . 308

(17)

6.6 DESENVOLVIMENTO DA ARTICULAC¸ ˜AO COM A PESQUISA E P ´

OS-GRADUAC¸ ˜AO . . . 312

6.7 DESENVOLVIMENTO DA EXTENS ˜AO . . . 313

6.7.1 Projetos e/ou unidades curriculares extensionistas . . . 315

6.7.1.1 Resoluc¸˜oes Atendidas . . . 315

6.7.1.2 Linhas Program´aticas e ´areas de atuac¸˜ao da Extens˜ao . . . 316

6.7.1.3 Projetos de Extens˜ao do Curso . . . 319

6.7.1.4 Modalidades e Formatos Aceitos . . . 322

6.7.1.5 Registro das Atividades . . . 325

6.7.1.6 Inscric¸˜ao dos alunos . . . 325

6.7.1.7 Controle das Atividades de Extens˜ao . . . 329

6.7.1.8 Considerac¸˜oes Finais . . . 329

7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO CURSO . . . 332

7.1 COORDENAC¸ ˜AO DO CURSO . . . 334

7.1.1 Experiˆencia de magist´erio superior do coordenador . . . 338

7.1.2 Experiˆencia de gest˜ao acadˆemica do coordenador . . . 338

7.1.3 Experiˆencia profissional do coordenador . . . 338

7.2 COLEGIADO DO CURSO . . . 338

7.3 N ´UCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE DO CURSO . . . 340

7.4 CORPO DOCENTE . . . 343

8 AVALIAC¸ ˜AO INSTITUCIONAL . . . 347

8.1 COMISS ˜AO PR ´OPRIA DE AVALIAC¸ ˜AO . . . 347

8.2 POL´ITICA INSTITUCIONAL DE AVALIAC¸ ˜AO INTERNA . . . 348

8.2.1 Avaliac¸˜ao Docente pelo Discente . . . 349

8.2.2 Avaliac¸˜ao do Desempenho dos Servidores . . . 350

8.2.3 Autoavaliac¸˜ao do Curso . . . 351

8.3 AVALIAC¸ ˜AO EXTERNA . . . 352

8.4 ACOMPANHAMENTO DO EGRESSO . . . 352

9 POL´ITICA INSTITUCIONAL DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE . . . 354

9.1 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE DA UTFPR . . . 354

9.2 PER´IODO DE PLANEJAMENTO E CAPACITAC¸ ˜AO . . . 356

9.3 CAPACITAC¸ ˜AO PARA ATENDIMENTO DE DISCENTES COM NECESSIDADES ESPEC´IFICAS . . . 358

10 ESTRUTURA DE APOIO . . . 359 10.1 TECNOLOGIAS DE INFORMAC¸ ˜AO E COMUNICAC¸ ˜AO (TIC) NO

(18)

10.3.3 N´ucleo de Acompanhamento Psicopedag´ogico e Assistˆencia Estudantil –

NUAPE . . . 364

10.3.4 Programa de Aux´ılio Estudantil . . . 366

10.3.5 Est´ımulo `a Permanˆencia . . . 368

10.3.6 Atividades de Acompanhamento Domiciliar . . . 369

10.3.7 Aux´ılio e treinamento ao discente no processo de matriculas em disciplinas . . . 370

10.4 INSTALAC¸ ˜OES GERAIS E ESPEC´IFICAS . . . 371

10.4.1 Salas para professores em tempo integral . . . 378

10.4.2 Espac¸os de trabalho para a coordenac¸˜ao do curso e servic¸os acadˆemicos . 378 10.4.3 Salas de aula . . . 380

10.4.4 Audit´orios . . . 380

10.4.5 Biblioteca e acervo bibliogr´afico . . . 380

10.4.5.1 Servic¸os oferecidos pela biblioteca . . . 383

10.4.5.2 Atualizac¸˜ao do acervo . . . 387

10.4.6 Estrutura adicional em construc¸˜ao e prevista . . . 388

10.5 LABORAT ´ORIOS . . . 390

10.5.1 Acesso dos alunos a equipamentos de inform´atica . . . 392

10.5.2 Equipamentos . . . 393

11 PREVIS ˜AO DO QUADRO T ´ECNICO ADMINISTRATIVO . . . 401

REFER ˆENCIAS . . . 402

Anexo A -- MEM ´ORIA DE REUNI ˜AO - CURRICULARIZAC¸ ˜AO DA EXTENS ˜AO - LINHAS PROGRAM ´ATICAS . . . 406

(19)

1 CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO DA INSTITUIC¸ ˜AO

1.1 HIST ´ORICO DA UTFPR

A hist´oria da Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a (UTFPR) teve in´ıcio no s´eculo passado. Sua trajet´oria comec¸ou com a criac¸˜ao das Escolas de Aprendizes Art´ıfices em v´arias capitais do pa´ıs pelo ent˜ao presidente Nilo Pec¸anha, em 23 de setembro de 1909. No Paran´a, a escola foi inaugurada no dia 16 de janeiro de 1910, em um pr´edio da Prac¸a Carlos Gomes (JUNIOR; CZERNISZ, 2015).

O ensino era destinado a garotos de camadas menos favorecidas da sociedade, chamados de “desprovidos da sorte”. Pela manh˜a esses meninos recebiam conhecimentos elementares (prim´ario), e `a tarde, aprendiam of´ıcios nas ´areas de alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria. Inicialmente, haviam 45 alunos matriculados na escola, que, logo em seguida, instalou sec¸˜oes de pintura decorativa e escultura ornamental.

Aos poucos, a escola cresceu e o n´umero de estudantes aumentou, fazendo com que se procurasse uma sede maior. Ent˜ao, em 1936, a instituic¸˜ao foi transferida para a Avenida Sete de Setembro com a Rua Desembargador Westphalen, onde permanece at´e hoje. O ensino tornou-se cada vez mais profissional, at´e que no ano seguinte (1937), a escola comec¸ou a ministrar o ensino de 1o¯ grau, sendo denominado Liceu Industrial do Paran´a.

Cinco anos depois (1942), a organizac¸˜ao do ensino industrial foi realizada em todo o pa´ıs. A partir disso, o ensino passou a ser ministrado em dois ciclos. No primeiro,

(20)

industrial e o Liceu passou a chamar-se Escola T´ecnica de Curitiba. Em 1943 tiveram in´ıcio os primeiros cursos t´ecnicos: Construc¸˜ao de M´aquinas e Motores, Edificac¸˜oes, Desenho T´ecnico e Decorac¸˜ao de Interiores.

Antes dividido em ramos diferentes, em 1959 o ensino t´ecnico no Brasil foi unificado pela legislac¸˜ao. Assim, a escola ganhou maior autonomia e passou a chamar-se Escola T´ecnica Federal do Paran´a. Em 1974, foram implantados os primeiros cursos de curta durac¸˜ao de Engenharia de Operac¸˜ao (Construc¸˜ao Civil e El´etrica).

Quatro anos depois (1978), a instituic¸˜ao foi transformada em Centro Federal de Educac¸˜ao Tecnol´ogica do Paran´a (CEFET-PR), passando a ministrar cursos de graduac¸˜ao plena. A partir da implantac¸˜ao dos cursos superiores, deu-se in´ıcio ao processo de “maioridade” da instituic¸˜ao, que avanc¸aria nas d´ecadas de 80 e 90 com a criac¸˜ao dos programas de p´os-graduac¸˜ao.

Em 1990, o Programa de Expans˜ao e Melhoria do Ensino T´ecnico fez com que o CEFET-PR se expandisse para o interior do Paran´a, onde implantou novas unidades. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educac¸˜ao (LDBE) de 1996 (BRASIL, 1996), que n˜ao permitia mais a oferta dos cursos t´ecnicos integrados, a Instituic¸˜ao, tradicional na oferta desses cursos, decidiu implantar o Ensino M´edio e cursos de Tecnologia. Em 1998, em virtude das legislac¸˜oes complementares `a LDBE, a diretoria do ent˜ao CEFET-PR tomou uma decis˜ao ainda mais ousada: criou um projeto de transformac¸˜ao da Instituic¸˜ao em Universidade Tecnol´ogica.

Ap´os sete anos de preparo e o aval do governo federal, o projeto tornou-se lei no dia 7 de outubro de 2005. O CEFET-PR, ent˜ao, passou a ser a UNIVERSIDADE

TECNOLOGICA´ FEDERAL DOPARANA´ (UTFPR) – a primeira especializada do Brasil.

De acordo com os indicadores e n´umeros divulgados em 2018/2019, com informac¸˜oes do Relat´orio de Gest˜ao 2018 e dados mais recentes coletados pelas pr´o-reitorias e diretorias de gest˜ao, a UTFPR conta com 13 cˆampus, como mostrado na Figura 1, e distribu´ıdos nas cidades de: Apucarana, Campo Mour˜ao, Corn´elio Proc´opio, Curitiba,

(21)

Figura 1: Localizac¸˜ao dos treze cˆampus da UTFPR no estado do Paran´a. Fonte:http:

//portal.utfpr.edu.br/comunicacao/design/mapa-parana-com-todos-os-campus-da-utfpr

Dois Vizinhos, Francisco Beltr˜ao, Guarapuava, Londrina, Medianeira, Pato Branco, Ponta Grossa, Santa Helena e Toledo.

Das diferentes denominac¸˜oes `a primeira Universidade Tecnol´ogica do Brasil:

• 1909 – Escola de Aprendizes Art´ıfices do Paran´a; • 1937 – Liceu Industrial do Paran´a;

• 1942 – Escola T´ecnica de Curitiba; • 1959 – Escola T´ecnica Federal do Paran´a;

• 1978 – Centro Federal de Educac¸˜ao Tecnol´ogica do Paran´a – CEFET-PR; e • 2005 – Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a – UTFPR.

(22)

sensu. Possui em sua estrutura 179 cursos em atividade, dos quais 109 s˜ao cursos de graduac¸˜ao (72 bacharelados, 17 licenciaturas e 20 Cursos Superiores de Tecnologia), 70 s˜ao cursos de p´os-graduac¸˜ao (12 doutorados, 37 mestrados acadˆemicos e 21 mestrados profissionais) com centenas de grupos de pesquisa.

1.2 HIST ´ORICO DO C ˆAMPUS

O cˆampus Apucarana da UTFPR teve seu funcionamento autorizado pelo Minist´erio da Educac¸˜ao pela Portaria no1.862 de 29 de novembro de 2006. Est´a situado na regi˜ao da Vila Nova, pr´oximo ao N´ucleo Castelo Branco, na Rua Marc´ılio Dias, 635, ao lado do Servic¸o Social da Ind´ustria (SESI), no Jardim Para´ıso.

O cˆampus funciona nas antigas instalac¸˜oes do Centro Moda - criado a partir de uma iniciativa da Diretoria da Associac¸˜ao Comercial, Industrial e de Servic¸os de Apucarana (ACIA), gest˜ao 2001, com apoio do deputado federal Alex Canziani por meio de um convˆenio assinado entre o Minist´erio da Educac¸˜ao (MEC) e a ACIA, com um investimento de mais de R$ 2,3 milh˜oes sem custo ou contrapartida, com recursos provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Governo Federal.

No ano de 2006, com a expans˜ao da Rede Federal de Educac¸˜ao Tecnol´ogica deu-se in´ıcio a um processo de transferˆencia para a gest˜ao do Governo Federal de um grupo de 18 escolas profissionais at´e ent˜ao administradas por entidades comunit´arias (fundac¸˜oes, associac¸˜oes, sindicatos, entre outros) ou por governos estaduais. Do total de 18 escolas, 12 tiveram o processo de federalizac¸˜ao conclu´ıdo neste mesmo ano e comec¸aram suas atividades, como unidades da Rede Federal de Educac¸˜ao Tecnol´ogica, no in´ıcio do ano letivo de 2007. Dentre estas, encontra-se o Centro Moda, que passou a ser cˆampus da UTFPR, com um esforc¸o conjunto da ACIA, da Fundac¸˜ao de Ensino T´ecnico de Apucarana (FETAP), de parlamentares junto ao Governo Federal, de lideranc¸as pol´ıticas da regi˜ao e da Prefeitura Municipal.

(23)

No in´ıcio de suas atividades, o Centro Moda tinha como mantenedora a FETAP, e tamb´em contou com o apoio de diversas entidades: as prefeituras dos munic´ıpios de Apucarana e Marilˆandia do Sul; o Sindicato das Ind´ustrias do Vestu´ario de Apucarana e do Vale do Iva´ı; a Associac¸˜ao Brasileira dos Fabricantes de Bon´es de Qualidade (ABRAFAB’Q); a Cˆamara dos Dirigentes Lojistas de Apucarana; a ACIA; 42 empresas privadas; o Servic¸o Brasileiro de Apoio `as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Servic¸o Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Servic¸o Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac); col´egios e faculdades locais.

Ap´os a autorizac¸˜ao de funcionamento do cˆampus pelo Minist´erio da Educac¸˜ao em novembro de 2006, intensificaram-se as atividades de planejamento, com a elaborac¸˜ao dos projetos pol´ıtico-pedag´ogicos dos primeiros cursos, a realizac¸˜ao do exame de selec¸˜ao de alunos, e os concursos p´ublicos destinados `a contratac¸˜ao dos t´ecnico-administrativos e docentes que integrariam o quadro do cˆampus.

O cˆampus iniciou suas atividades com a oferta do curso t´ecnico em Industrializac¸˜ao do Vestu´ario (2007), e foi sendo consolidado e expandido com a implantac¸˜ao dos cursos de graduac¸˜ao em: Tecnologia em Design de Moda (2007) e Tecnologia em Processos Qu´ımicos (2009). Com a aprovac¸˜ao do projeto da UTFPR no Programa de Reestruturac¸˜ao e Expans˜ao das Universidades Federais (REUNI) do Governo Federal, teve-se nova expans˜ao com a oferta dos cursos de graduac¸˜ao em: Engenharia Tˆextil (2010) e Licenciatura em Qu´ımica (2011). O cˆampus ofertou tamb´em cursos de formac¸˜ao pedag´ogica e diversos cursos de qualificac¸˜ao profissional destinados aos alunos e `a comunidade, cursos de p´os-graduac¸˜ao em Auditoria e Gest˜ao Ambiental (2010), Desenvolvimento Java (2011) e o primeiro mestrado em Engenharia Ambiental (2012).

Quando iniciou suas atividades em 2007, o cˆampus comec¸ou com apenas 12 docentes e 10 t´ecnico-administrativos. Atualmente (2020) conta com 214 servidores, entre docentes e t´ecnicos administrativos. A ampliac¸˜ao da ´area f´ısica do cˆampus, no final de 2012, foi o passaporte para uma nova expans˜ao. O cˆampus, que em 2007 iniciou suas atividades em uma ´area de 11.816 m2, teve sua primeira expans˜ao j´a em 2008,

(24)

de 121.490,13 m .

A expans˜ao f´ısica e as negociac¸˜oes com o Governo Federal, com o apoio da sociedade, possibilitou a abertura de trˆes novos cursos de graduac¸˜ao a partir de 2013: Engenharia Qu´ımica (2014), Engenharia Civil (2015) e Engenharia El´etrica (2016). Com isto, o cˆampus que possu´ıa capacidade para aproximadamente 1.400 alunos, passou a ofertar 1.320 vagas adicionais, totalizando mais de 2.700 estudantes. O n´umero de servidores tamb´em foi ampliado, com a duplicac¸˜ao do n´umero de docentes e ampliac¸˜ao do quadro de t´ecnico-administrativos.

Em 2012 iniciou-se uma an´alise dos cursos atuais do cˆampus e deliberou pela extinc¸˜ao dos cursos t´ecnico e tecnologia em Processos Qu´ımicos. A partir dessa decis˜ao, houve remanejamento dos docentes existentes e uma ampliac¸˜ao do n´umero de vagas de professores, o que contribuiu para planejar um novo curso de graduac¸˜ao: Engenharia de Computac¸˜ao. Em 2014, o projeto de abertura do curso de Engenharia de Computac¸˜ao foi aprovado pelo Conselho de Graduac¸˜ao e Educac¸˜ao Profissional (COGEP) - Processo No¯ 016/14-COGEP, e o in´ıcio do curso ocorreu no 2o¯ semestre de 2018. Desde ent˜ao, o cˆampus passou a receber mais 44 estudantes a cada novo semestre letivo, totalizando atualmente 140 alunos ativos (n´umeros recuperados no 1o¯ semestre de 2020).

Em ´area constru´ıda foi poss´ıvel tamb´em observar o crescimento do cˆampus. At´e 2011 eram 3.515,55 m2 constru´ıdos; em 2012 passou para 5.794,55 m2; em 2014 foi ampliado para 8.764,87 m2; em 2016 para 9.568,63 m2. Em 2017 a ´area do cˆampus foi expandida para 10.261,65 m2 e em 2018 para 14.811,97 m2. Devido `a pactuac¸˜ao com o governo federal para a abertura de trˆes novas engenharias, por meio do REUNI, o cˆampus teve um aumento de mais de 10.522,36 m2em sua ´area f´ısica constru´ıda.

Com relac¸˜ao aos investimentos, com o REUNI foram aplicados mais de R$11 milh˜oes no cˆampus Apucarana. J´a com a pactuac¸˜ao para a abertura dos 3 cursos de engenharia a partir de 2013 (Qu´ımica, Civil e El´etrica), o orc¸amento previsto no projeto foi de mais de R$33 milh˜oes. Desses recursos, foram investidos mais de R$17 milh˜oes

(25)

nas obras de ampliac¸˜ao, no aumento do n´umero de salas, laborat´orios e restaurante universit´ario, al´em dos recursos investidos para aquisic¸˜ao de equipamentos b´asicos para laborat´orios, livros, materiais de consumo e em geral, custeio e assistˆencia estudantil.

A pactuac¸˜ao garantiu a realizac¸˜ao de obras e a construc¸˜ao de infraestrutura, propiciando melhorias para o ensino, pesquisa, p´os-graduac¸˜ao e extens˜ao do cˆampus. Ao longo destes anos, o cˆampus Apucarana da UTFPR tamb´em tem recebido apoio da Reitoria, de deputados federais e senadores, da prefeitura municipal de Apucarana, da cˆamara Municipal de vereadores, da ACIA, da Associac¸˜ao dos Engenheiros e Arquitetos de Apucarana (AEAA), da Federac¸˜ao das Ind´ustrias do Estado do Paran´a (FIEP), do SESI, do SENAI, do Servic¸o Social do Com´ercio (SESC), do SEBRAE, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paran´a (CREA), da Associac¸˜ao Nacional das Ind´ustrias de Bon´es, Brindes e Similares (ANIBB), do Sindicato das Ind´ustrias do Vestu´ario de Apucarana e do Vale do Iva´ı (SIVALE), do Arranjo Produtivo Local de Bon´es de Apucarana (APL), das demais instituic¸˜oes de ensino, entre outros. De uma maneira geral, o cˆampus tem recebido apoio de diversas associac¸˜oes, clubes de servic¸os, lideranc¸as, empres´arios, imprensa e comunidade.

Dentre as obras, as principais foram os blocos N e P. O bloco N teve sua construc¸˜ao finalizada no ano de 2018 com quatro pavimentos e 4.550,32 m2, tendo o dobro da ´area dos blocos L e M. Com um investimento total de R$ 7.808.468,29, o bloco tem 24 laborat´orios. Desses, 4 laborat´orios s˜ao exclusivos para o curso de Engenharia de Computac¸˜ao, o que permitiu o in´ıcio das atividades desse curso, al´em de 7 laborat´orios compartilhados com a Engenharia El´etrica, 19 salas de aulas, 6 ambientes administrativos, salas de professores e um audit´orio com 60 lugares.

O bloco P ´e um bloco t´erreo e teve sua construc¸˜ao finalizada e entregue no 2o¯ semestre de 2016, sendo destinado ao curso de Engenharia Civil. Possui ´area de 677 m2 a partir de um investimento de R$ 1.147.453,48. ´E constitu´ıdo por 3 grandes laborat´orios: Laborat´orio de Materiais de Construc¸˜ao, Laborat´orio de Estruturas e Laborat´orio de Solos.

(26)

regi˜oes do Paran´a e do Brasil. Esses alunos chegam `a Apucarana buscando um ensino p´ublico de qualidade, e isso acontece grac¸as ao processo de democratizac¸˜ao do acesso ao ensino superior realizado pelo Sistema de Selec¸˜ao Unificada (SISU). O SISU utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino M´edio (ENEM) para a ocupac¸˜ao das vagas p´ublicas oferecidas. A forma de ingresso por meio do SISU ´e um avanc¸o para o ensino p´ublico brasileiro e atualmente ´e adotado integralmente por grande parte das universidades p´ublicas federais.

(27)

2 VALORES E PRINC´IPIOS INSTITUCIONAIS

O comprometimento com o ensino de qualidade conduz a UTFPR `a busca permanente da excelˆencia. Para tanto concorre fortemente a definic¸˜ao da identidade institucional que, por sua vez, incide na identidade dos cursos ofertados em seus 13 cˆampus. Essa identidade est´a diretamente ligada `a definic¸˜ao da miss˜ao, da vis˜ao e dos valores que orientam as atividades desenvolvidas no ˆambito da Universidade e est˜ao definidos no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2018-2022 - PDI (UTFPR, 2017, p. 14), a saber:

MISS ˜AO: Desenvolver a educac¸˜ao tecnol´ogica de excelˆencia por meio do ensino, pesquisa e extens˜ao, interagindo de forma ´etica, sustent´avel, produtiva e inovadora com a comunidade para o avanc¸o do conhecimento e da sociedade. VIS ˜AO: Ser modelo educacional de desenvolvimento social e referˆencia na ´area tecnol´ogica.

VALORES FUNDAMENTAIS:

1. ´Etica: gerar e manter a credibilidade junto `a sociedade. Resguardar sua atuac¸˜ao agindo com discric¸˜ao e sigilo de acordo com os princ´ıpios que norteiam a instituic¸˜ao.

2. Desenvolvimento Humano: formar o cidad˜ao integrado no contexto social. 3. Integrac¸˜ao Social: realizar ac¸˜oes interativas com a sociedade para o

(28)

oferecidos para a satisfac¸˜ao da sociedade.

6. Sustentabilidade: assegurar que todas as ac¸˜oes se observem sustent´aveis nas dimens˜oes sociais, ambientais e econˆomicas. (grifos dos autores)

Diante do exposto, esta sec¸˜ao discute como a miss˜ao, a vis˜ao e os valores da UTFPR articulam-se na formac¸˜ao dos alunos do Curso de Engenharia de Computac¸˜ao do cˆampus Apucarana.

2.1 VALORES/PRINC´IPIOS ORIENTADORES DA GRADUAC¸ ˜AO

Tendo em vista sua miss˜ao e seus valores fundamentais, a UTFPR estabeleceu a ´etica, o desenvolvimento humano, a integrac¸˜ao social, a inovac¸˜ao, a qualidade e excelˆencia e a sustentabilidade como os marcos institucionais para consolidac¸˜ao dos princ´ıpios e da identidade de suas graduac¸˜oes.

Os cursos da UTFPR formam recursos humanos para os diversos setores da sociedade, notadamente os setores da economia envolvidos com pr´aticas tecnol´ogicas e os setores educacionais. Para tanto a vivˆencia dos estudantes com os problemas reais da sociedade ´e imprescind´ıvel, em especial aqueles relacionados ao desenvolvimento socioeconˆomico local e regional, `as competˆencias de padr˜ao internacional, ao desenvolvimento e aplicac¸˜ao da tecnologia e `a busca de alternativas inovadoras para a resoluc¸˜ao de problemas t´ecnicos e sociais (Resoluc¸˜ao COGEP 90/2018, Art. 1o¯ ). Diante de demandas sociais e profissionais em constante transformac¸˜ao, na UTFPR o perfil do egresso ´e orientado por pol´ıticas de graduac¸˜ao voltadas `a flexibilidade curricular, `a articulac¸˜ao com a sociedade, `a mobilidade acadˆemica, `a formac¸˜ao para a sustentabilidade e a interculturalidade, `a inovac¸˜ao curricular e metodol´ogica e `a internacionalizac¸˜ao (UTFPR, 2017, p. 48). Todos os atores envolvidos na formac¸˜ao discente, em todos os espac¸os de atuac¸˜ao – sala de aula, estudos, produc¸˜ao cient´ıfica, atividades de extens˜ao, planejamento e formac¸˜ao continuada –, colaboram ativamente

(29)

para que esses princ´ıpios sejam incorporados de forma efetiva no curso de Engenharia de Computac¸˜ao, conforme as orientac¸˜oes e a consequente consolidac¸˜ao deste PPC. Entre as caracter´ısticas esperadas dos egressos, enfatiza-se a vis˜ao human´ıstica de tecnologia, isto ´e, a concepc¸˜ao de que a tecnologia est´a a servic¸o da melhoria das condic¸˜oes de vida na sociedade.

Nas sec¸˜oes seguintes, apresenta-se como as pol´ıticas de ensino ser˜ao operacionalizadas no curso a partir da articulac¸˜ao dos valores e princ´ıpios previamente definidos para a formac¸˜ao discente.

2.1.1 Valores UTFPR: inovac¸˜ao e qualidade e excelˆencia

Inovac¸˜ao, qualidade e excelˆencia s˜ao princ´ıpios delineados no PDI 2018-2022 (UTFPR, 2017), portanto orientadores do curso de Engenharia de Computac¸˜ao. Implicam o incentivo ao desenvolvimento de postura empreendedora e `a cont´ınua melhoria dos produtos e servic¸os oferecidos `a sociedade. Nesse sentido, as atividades de formac¸˜ao envolvem permanentemente a reflex˜ao sobre a inovac¸˜ao curricular e metodol´ogica e o processo did´atico-pedag´ogico, o entendimento da tecnologia como conjunto de conhecimentos que conduzem `a inovac¸˜ao e contribuem para o desenvolvimento cient´ıfico, econˆomico e social. Assim, promovem discuss˜oes a respeito do papel de cada indiv´ıduo na construc¸˜ao de uma s´olida pol´ıtica de inovac¸˜ao na Universidade, para contribuir no planejamento estrat´egico do curso, com delimitac¸˜ao de sua vis˜ao, sua miss˜ao e seus valores. Busca-se a permanente atualizac¸˜ao curricular promovendo o empreendedorismo, a inovac¸˜ao, a sustentabilidade e a empregabilidade na formac¸˜ao dos graduandos.

O empreendedorismo ´e fator preponderante na gerac¸˜ao de emprego e renda e no fortalecimento da economia. Mais que se referir `a criac¸˜ao de novos neg´ocios, ´e um termo que leva a repensar o papel transformador do indiv´ıduo ao exercer sua autonomia para a concepc¸˜ao de ac¸˜oes sociais ou neg´ocios voltados `as relac¸˜oes na sociedade e no mercado de trabalho. Promover atitude empreendedora pressup˜oe desenvolver habilidades e competˆencias t´ecnicas ou de gest˜ao para al´em das caracter´ısticas

(30)

de novas metodologias de ensino, como tamb´em inspire o autodesenvolvimento das pessoas.

Essas caracter´ısticas s˜ao estimuladas nos acadˆemicos do curso de Engenharia de Computac¸˜ao, cujo corpo docente est´a atento `as transformac¸˜oes sociais e permanentemente aberto `a reavaliac¸˜ao e readequac¸˜ao da matriz curricular para atender `as necessidades do mercado de trabalho. Os docentes do curso de Engenharia de Computac¸˜ao procuram adotar metodologias ativas no processo de ensino aprendizagem. Em parceria com DEPED-AP, a coordenac¸˜ao busca atualizar anualmente seus professores a partir de palestras e capacitac¸˜oes com profissionais especializados. Al´em disso, um n´ucleo formado por membros do NDE e do Colegiado ´e respons´avel por pesquisar, discutir e apresentar novas metodologias a serem utilizadas no desenvolvimento das unidades curriculares. As capacitac¸˜oes dos docentes ocorrem nas semanas de planejamento organizadas pelo DEPED-AP. Nesses termos, nas disciplinas, ´e valorizada a interdisciplinaridade e o est´ımulo a t´ecnicas diversificadas, como oficinas, modelagem, estudos de caso, met´aforas e dinˆamicas que incentivem o empreendedorismo. O bacharel em Engenharia de Computac¸˜ao ´e um profissional que deve estar em constante aperfeic¸oamento, com vis˜ao empreendedora, para poder coordenar equipes que busquem a utilizac¸˜ao mais eficaz dos recursos e, ao mesmo tempo, empreender em busca de novas tecnologias.

O curr´ıculo do curso de Engenharia de Computac¸˜ao foi pensado de modo a colocar o discente em contato com atividades de engenharia desde o seu ingresso. O desenvolvimento cont´ınuo deve ocorrer desde os primeiros semestres, com disciplinas pr´aticas da ´area, ao lado de disciplinas fundamentais de matem´atica, f´ısica, qu´ımica, computac¸˜ao e humanidades. Desde o in´ıcio, o discente tem acesso a atividades que incentivam o estudo ativo, o esp´ırito investigativo e a adoc¸˜ao de postura proativa, o que ser´a decisivo para a vida profissional. Ao lado das disciplinas espec´ıficas, a oferta de disciplinas da ´area de Ciˆencias Sociais Aplicadas contribui muito para

(31)

o desenvolvimento do esp´ırito inovador e empreendedor do estudante. O trabalho interdisciplinar permite a vis˜ao hol´ıstica, a an´alise de uma situac¸˜ao ou problema a partir de diferentes perspectivas, rompendo a vis˜ao unilateral de determinada disciplina ou determinado campo do saber.

O curso alinha-se `as atualizac¸˜oes da ´area, em resposta `as transformac¸˜oes da sociedade; por conseguinte, h´a ampliac¸˜ao das disciplinas optativas oferecidas, o que permite acesso a conhecimentos v´arios e a diversas possibilidades de atuac¸˜ao. O aumento da carga hor´aria de Humanidades contribui para a construc¸˜ao das competˆencias esperadas dos alunos, para a formac¸˜ao human´ıstica e a consequente responsabilidade socioambiental. A mobilidade acadˆemica, por sua vez, contribui para o enriquecimento curricular e a ampliac¸˜ao das experiˆencias acadˆemicas, cognitivas e culturais dos alunos. A flexibilizac¸˜ao curricular, alicerc¸ada em ensino, pesquisa e extens˜ao, conduz `a construc¸˜ao do conhecimento de forma interdisciplinar, com foco nas orientac¸˜oes do mundo do trabalho e no desenvolvimento das competˆencias e habilidades t´ecnicas e cognitivas necess´arias1.

J´a a curricularizac¸˜ao da extens˜ao amplia e consolida o intercˆambio entre universidade e sociedade, bem como conduz `a identificac¸˜ao de problemas e necessidades reais e `a busca de soluc¸˜oes. Assim, o desenvolvimento de projetos de extens˜ao nas mais diversas ´areas tem o objetivo de integrar ´areas do saber, integrar a Universidade `a comunidade externa, bem como posicionar o aluno como sujeito atuante e participante da vida social, ciente de suas demandas e problemas. As atividades extensionistas constituem-se como oportunidades para que os discentes interajam diretamente com a sociedade, identificando problemas e trabalhando em soluc¸˜oes inovadoras e empreendedoras.

No cˆampus Apucarana, a Divis˜ao de Empreendedorismo e Inovac¸˜ao, ligada `a Diretoria de Relac¸˜oes Empresariais e Comunit´arias (DIREC), contribui com a formac¸˜ao do acadˆemico de Engenharia de Computac¸˜ao. Suas competˆencias s˜ao as

1Na Sec¸˜ao 3, mobilidade acadˆemica e flexibilizac¸˜ao curricular ser˜ao delineadas com mais propriedade.

(32)

neg´ocios/empresas a partir de produtos/servic¸os/processos de base tecnol´ogica; ampliar o v´ınculo entre o cˆampus e o setor empresarial a partir da formac¸˜ao de nova gerac¸˜ao de empreendedores, mais vinculada `a academia; contribuir para o desenvolvimento econˆomico e social do pa´ıs incentivando investimentos em atividades geradoras de riqueza e trabalho; desenvolver metodologias para reduc¸˜ao dos riscos envolvidos nos processos de gerac¸˜ao de novos empreendimentos; promover a inovac¸˜ao tecnol´ogica a partir do desenvolvimento de produtos/processos/servic¸os intensivos em conhecimento, que atendam e/ou induzam demandas do mercado.

Por sua vez, a Feira de Ideias, idealizada pelo Programa de Empreendedorismo e Inovac¸˜ao (PROEM), ´e uma mostra que incentiva o empreendedorismo. Sua finalidade ´e estimular e valorizar a produc¸˜ao de projetos inovadores (produtos ou processos) gerados por estudantes, professores e pesquisadores que possam contribuir para o desenvolvimento econˆomico, social e tecnol´ogico de Apucarana e regi˜ao. Tais projetos se caracterizam por pr´aticas empreendedoras, produzindo soluc¸˜oes t´ecnicas e tecnol´ogicas, com possibilidade de se transformar em “neg´ocio” execut´avel. Os projetos devem se caracterizar como neg´ocios vi´aveis econˆomica e socialmente, propondo soluc¸˜oes nas atividades de com´ercio, ind´ustria, servic¸os e na gest˜ao de neg´ocio, pass´ıveis de serem executados pelos alunos.

Al´em das ac¸˜oes desenvolvidas pelo PROEM, o cˆampus Apucarana conta com um Hotel Tecnol´ogico, que se caracteriza como uma pr´e-incubadora cujo objetivo ´e apoiar o desenvolvimento de projetos de alunos, egressos, servidores e pesquisadores empreendedores da comunidade acadˆemica e da comunidade externa, apoiando-os na fase inicial. Seu foco ´e a formac¸˜ao empresarial, o est´ımulo `a postura empreendedora, o incentivo `a criac¸˜ao de empresas com produtos e servic¸os inovadores de base tecnol´ogica, bem como a aproximac¸˜ao do meio acadˆemico ao mercado. Neste espac¸o, os empreendedores desenvolvem as bases de seu empreendimento sem ainda ter a empresa aberta juridicamente. Por um per´ıodo de at´e dois anos, as equipes recebem

(33)

consultorias nas ´areas financeira, jur´ıdica e mercadol´ogica, assim como um plano de neg´ocios para estruturar suas futuras empresas e entrar com mais solidez no mercado. Recebem ainda suporte com suprimentos, treinamentos, assessoria psicol´ogica, espac¸o f´ısico e o nome da UTFPR. O prazo m´aximo da fase de pr´e-incubac¸˜ao ´e de at´e 2 anos.

Esses valores contribuem, ainda, para os valores de sustentabilidade e ´etica, que ser˜ao discutidos a seguir.

2.1.2 Valores UTFPR: ´etica e a sustentabilidade

A ´etica est´a vinculada `a formac¸˜ao integral do cidad˜ao, desenvolve o sujeito comprometido seja no seu comportamento, na interac¸˜ao com o outro, ou na gerac¸˜ao e manutenc¸˜ao da credibilidade junto `a sociedade (UTFPR, 2019a). Desenvolver o comportamento ´etico ´e, portanto, essencial para a formac¸˜ao de estudantes voltados `a sustentabilidade e `a responsabilidade social. Formac¸˜ao para a cidadania implica ´etica.

´

Etica, cidadania e direitos humanos est˜ao intrinsecamente relacionados e permeiam o equil´ıbrio e bom funcionamento da sociedade. Assim, a postura ´etica e colaborativa ´e incentivada como fator determinante para o desempenho profissional. A oferta de disciplinas das ´areas de Filosofia, Estudos Culturais e Lingu´ıstica, Letras e Artes no curso contribui para o respeito, a aceitac¸˜ao e a valorizac¸˜ao da diversidade, bem como para a cooperac¸˜ao, que s˜ao princ´ıpios norteadores de uma postura ´etica. O desenvolvimento de projetos e eventos interdisciplinares e sens´ıveis `as necessidades das comunidades interna e externa promove a ampliac¸˜ao do conhecimento, o pluralismo de ideias, a diversidade cultural e a boa convivˆencia. Do mesmo modo, difunde valores aceitos universalmente, em especial a paz, a justic¸a, a liberdade, a igualdade e a solidariedade, imprescind´ıveis ao equil´ıbrio social.

No ensino superior, a pr´atica da sustentabilidade e a promoc¸˜ao de valores ´eticos tˆem o objetivo de “formar cidad˜aos conscientes e profissionais comprometidos, respons´aveis e preparados para atuar nessa perspectiva”, Objetivo de Desenvolvimento

(34)

social, ambiental e econˆomica. Trata-se da “capacidade dos sistemas naturais da terra e dos sistemas culturais humanos de sobreviver, prosperar e se adaptar `as mudanc¸as nas condic¸˜oes ambientais no longo prazo”, bem como se relaciona com a preocupac¸˜ao de garantir um mundo melhor para as gerac¸˜oes futuras (MILLER; SPOLLMAN, 2012, p.5).

Como importante princ´ıpio, o entendimento de sustentabilidade envolve a manutenc¸˜ao do capital natural em sua capacidade de regenerac¸˜ao, reproduc¸˜ao e coevoluc¸˜ao, coadunado ao conceito ampliado e integrador de Boff (2012), para quem o termo diz respeito a toda ac¸˜ao destinada a manter as condic¸˜oes energ´eticas, informacionais, f´ısico-qu´ımicas que sustentam todos os seres. Tais condic¸˜oes devem servir de crit´erio para avaliar o quanto se tem progredido ou n˜ao rumo `a sustentabilidade. Igualmente devem servir de inspirac¸˜ao para realizar a sustentabilidade nos v´arios campos da atividade humana. Desenvolvimento sustent´avel, portanto, refere-se a uma nova concepc¸˜ao dos limites e do reconhecimento das fragilidades do planeta, ao mesmo tempo em que enfoca o problema socioeconˆomico e a satisfac¸˜ao das necessidades b´asicas das populac¸˜oes.

O desenvolvimento sustent´avel apresenta cinco dimens˜oes principais: sustentabilidade econˆomica, sustentabilidade social, sustentabilidade ecol´ogica, sustentabilidade geogr´afica e sustentabilidade cultural (BELLEN, 2006). A sustentabilidade econˆomica inclui alocac¸˜ao e distribuic¸˜ao eficientes dos recursos naturais dentro de uma escala apropriada. A sustentabilidade social refere-se a um processo de desenvolvimento que leva ao crescimento est´avel, com distribuic¸˜ao equitativa de renda, diminuindo, com isso, as atuais desigualdades sociais e melhorando as condic¸˜oes de vida das populac¸˜oes. Sustentabilidade ecol´ogica significa utilizar o potencial encontrado nos diversos ecossistemas, ao mesmo tempo em que se mant´em um n´ıvel m´ınimo de deteriorac¸˜ao desses ecossistemas.

(35)

A sustentabilidade geogr´afica pode ser alcanc¸ada por meio da melhor distribuic¸˜ao dos assentamentos humanos e das atividades econˆomicas. E preciso´ adequar as tendˆencias esperadas ou projetadas de distribuic¸˜ao espacial da populac¸˜ao e seus processos de migrac¸˜ao `as expectativas de crescimento regional. Finalmente, a sustentabilidade cultural relaciona-se `a modernizac¸˜ao sem o rompimento da identidade cultural em contextos espaciais espec´ıficos.

O curso de Engenharia de Computac¸˜ao procura promover o conhecimento das necessidades locais e regionais, al´em de uma formac¸˜ao human´ıstica, cultural e tecnol´ogica. Assim, o egresso poder´a contribuir para melhorar os v´arios aspectos da equac¸˜ao civilizat´oria, que contempla os diversos elementos da relac¸˜ao entre os aspectos t´ecnicos e as quest˜oes humanas.

Com o intuito de propiciar a formac¸˜ao sustent´avel, o curso prop˜oe a pr´atica de atividades com o objetivo de capacitar o aluno a avaliar o impacto da engenharia no contexto social e ambiental e compreender a importˆancia da preservac¸˜ao ambiental e dos conceitos de sustentabilidade. Para tanto, contribuem atividades como semin´arios tem´aticos, semana/dia do meio ambiente, palestras educativas, projetos de extens˜ao e atividades complementares, assim como a oferta de disciplinas voltadas a esse assunto urgente e decisivo para as gerac¸˜oes atuais e futuras.

Quanto a projetos de extens˜ao, pretende-se incentivar iniciativas voltadas a descarte consciente de produtos eletrˆonicos, reaproveitamento de materiais eletrˆonicos, reduc¸˜ao da gerac¸˜ao de lixo eletrˆonico e melhoria na gest˜ao de recursos de computac¸˜ao e, consequentemente, uso racional de recursos como energia el´etrica e papel. Para o cumprimento desses objetivos, o curso considera, por exemplo, o projeto de Reciclagem Eletrˆonica.

Al´em disso, o discente do curso ´e incentivado a participar da pol´ıtica de sustentabilidade da UTFPR, que promove ac¸˜oes de conscientizac¸˜ao e o envolvimento de toda a comunidade acadˆemica na adoc¸˜ao de pr´aticas sustent´aveis. A partir de mudanc¸as nas atitudes do cotidiano (como a abolic¸˜ao do copo pl´astico, o uso racional de ´agua e energia el´etrica, a reduc¸˜ao de res´ıduos, o descarte consciente), o graduando repensa

(36)

A formac¸˜ao proposta pelo curso de Engenharia de Computac¸˜ao visa ao desenvolvimento de sujeito autˆonomos, voltados para a responsabilidade socioambiental e preocupados, portanto, com “a preservac¸˜ao do ambiente, dos recursos naturais, das formas de vida do planeta, com a qualidade de vida, comprometidos com valores ´eticos e morais” (UTFPR, 2019a, p. 22). H´a um indissoci´avel compromisso com o desenvolvimento humano, como ser´a discutido na sec¸˜ao seguinte.

2.1.3 Valores UTFPR: desenvolvimento humano

Na UTFPR, entende-se que a “a tecnologia ´e inerente `a sociedade, exigindo n´ıveis de educac¸˜ao e de qualificac¸˜ao cada vez mais elevados e o desenvolvimento de competˆencias cognitivas cada vez mais complexas”; prop˜oe-se, nesse sentido, mais que competˆencia t´ecnica. No atual contexto, o profissional deve compreender globalmente um problema para propor soluc¸˜oes, o que exige a mobilizac¸˜ao n˜ao apenas de saberes cient´ıficos e tecnol´ogicos, mas tamb´em de aspectos humanos e socioambientais. As transformac¸˜oes erigidas pela ciˆencia e pela tecnologia afetam todos os setores da sociedade e o ambiente natural, exigindo s´olida formac¸˜ao humana fundamentada “na apropriac¸˜ao cr´ıtica dos saberes” (UTFPR, 2019a, p. 21).

A compreens˜ao da dinˆamica interac¸˜ao entre sociedade, ciˆencia e tecnologia pressup˜oe conhecimentos pol´ıticos, sociais, culturais, cient´ıficos e tecnol´ogicos acumulados. Segundo o PDI (UTFPR, 2017) e o PPI (UTFPR, 2019a), o desenvolvimento humano envolve a formac¸˜ao do cidad˜ao integrado ao contexto social. A Universidade ´e espac¸o plural, em que se constr´oi e se valida o conhecimento; ´e lugar de ac¸˜oes transformadoras da sociedade. Assim, deve estar fortemente integrada ao contexto social, seja por meio de novas metodologias e melhorias no processo de ensino e aprendizagem, seja pela promoc¸˜ao de projetos extensionistas, seja pela oferta de ac¸˜oes culturais, art´ısticas e esportivas, que contribuem para a permanˆencia do estudante, para a sua qualidade de vida, o seu bem-estar individual e social e sua formac¸˜ao humana.

(37)

O ambiente universit´ario propicia o acesso a informac¸˜oes e conhecimentos v´arios, a bens culturais e art´ısticos fundamentais para a educac¸˜ao integral, a formac¸˜ao humana, o exerc´ıcio do respeito e da empatia, o desenvolvimento e apropriac¸˜ao das mais variadas linguagens (e consequente competˆencia comunicativa), a compreens˜ao da sociedade e suas estruturas. Concomitantemente, conduz a pensar mudanc¸as e melhorias, interagindo e intervindo socialmente.

O necess´ario intercˆambio de saberes concretiza-se no curso de Engenharia de Computac¸˜ao a partir da oferta de disciplinas t´ecnicas e tecnol´ogicas e daquelas voltadas para as quest˜oes humanas, sociais e ambientais. Nesse sentido, as disciplinas de Humanidades – que incluem Filosofia, Ciˆencias Humanas, Lingu´ıstica, Letras e Artes, Ciˆencias Sociais Aplicadas, Meio Ambiente e Sa´ude – buscam o equil´ıbrio entre a formac¸˜ao t´ecnica e a humana no desenvolvimento das competˆencias e habilidades esperadas do egresso.

Al´em disso, o cˆampus desenvolve projetos e ac¸˜oes voltados `a cultura, arte, esporte e sa´ude, que contribuem para a formac¸˜ao hol´ıstica e para a permanˆencia do estudante na Universidade, para sua qualidade de vida e para o bem-estar individual e social. Tais iniciativas envolvem os alunos do curso, integrando-os aos de outros cursos e `a comunidade externa.

A articulac¸˜ao da comunidade interna `a externa a partir de projetos extensionistas ´e parte fundamental do desenvolvimento humano do aluno: relaciona teoria e pr´atica ao permitir a vivˆencia para al´em da sala de aula. O contato com a sociedade, suas demandas, seus problemas e sua estrutura ´e decisivo para a compreens˜ao mais abrangente do funcionamento social e das possibilidades de integrac¸˜ao e intervenc¸˜ao. A partir dos projetos, o aluno ´e incentivado a integrar concepc¸˜ao e execuc¸˜ao, pensar e fazer.

O compromisso da Universidade com a sociedade ´e verificado desde a entrada do aluno no curso de Engenharia de Computac¸˜ao, que se d´a a partir dos resultados do Exame Nacional do Ensino M´edio (Enem), por meio do Sistema de Selec¸˜ao Unificada (SISU). Esse processo amplo possibilita o acesso de alunos de diversas regi˜oes do pa´ıs,

(38)

desigualdades hist´oricas, contribuindo para a promoc¸˜ao da igualdade de oportunidades e do acesso `a formac¸˜ao de excelˆencia. Ampliar a entrada no ensino superior ´e uma forma de promover o desenvolvimento humano n˜ao apenas dos graduandos como tamb´em das populac¸˜oes dos locais onde atuar˜ao futuramente. Assim, toda a sociedade se beneficia dessa formac¸˜ao.

Para garantir a permanˆencia no curso e a formac¸˜ao integral, a Coordenac¸˜ao garante aos estudantes: o atendimento extraclasse (P-aluno), isto ´e, hor´ario em que o professor atende os discentes fora da sala de aula e que reforc¸a o aprendizado e amplia os v´ınculos entre eles; o programa de monitoria, que apoia a aprendizagem dos alunos e contribui para sua formac¸˜ao acadˆemica, especialmente com apoio nas disciplinas com maior reprovac¸˜ao/retenc¸˜ao. Essas iniciativas contribuem para a construc¸˜ao e solidificac¸˜ao do conhecimento.

Al´em disso, o apoio oferecido pelo N´ucleo de Atendimento Psicopedag´ogico e Assistˆencia Estudantil (NUAPE), com ac¸˜oes voltadas `a assistˆencia psicol´ogica, pedag´ogica, ambulatorial e aux´ılio estudantil, e o trabalho do N´ucleo de Acessibilidade e Inclus˜ao (NAI), que oferece apoio ao p´ublico-alvo da educac¸˜ao especial, s˜ao fundamentais para a integrac¸˜ao dos alunos e consequente permanˆencia no curso.

Dessa maneira, a Engenharia de Computac¸˜ao oferece pol´ıticas de acesso e permanˆencia do aluno na Universidade, bem como incentiva a formac¸˜ao que reconhece as transformac¸˜oes cont´ınuas na ciˆencia e na tecnologia, a necessidade da apropriac¸˜ao cr´ıtica dos saberes tecnol´ogicos, integrando-os ao desenvolvimento humano. O conhecimento adquirido no curso reverbera socialmente e tem impacto positivo nas regi˜oes atendidas pelo futuro profissional. Universidade e sociedade, portanto, articulam-se fortemente.

(39)

2.1.4 Valores UTFPR: integrac¸˜ao social

A fim de atender a vis˜ao da UTFPR, que ´e “ser modelo educacional de desenvolvimento social e referˆencia na ´area tecnol´ogica”, bem como sua miss˜ao de “desenvolver a educac¸˜ao tecnol´ogica de excelˆencia por meio do ensino, pesquisa e extens˜ao, interagindo de forma ´etica, sustent´avel, produtiva e inovadora com a comunidade para o avanc¸o do conhecimento e da sociedade” (UTFPR, 2017), o curso de Engenharia de Computac¸˜ao do cˆampus Apucarana busca alinhar os conceitos de desenvolvimento social e desenvolvimento tecnol´ogico de forma indissoci´avel, promovendo a integrac¸˜ao entre as comunidades interna e externa.

Para compreender como o curso trabalha com estas quest˜oes, em primeiro lugar ´e preciso entender o conceito de tecnologia que se busca construir na formac¸˜ao dos egressos. O termo “tecnologia” surgiu com a Revoluc¸˜ao Industrial, no final do s´eculo XVIII, para designar melhorias de processos de produc¸˜ao, ganhos de produtividade e reduc¸˜ao de custos dentro da l´ogica capitalista que se desenvolvia e se consolidava naquele per´ıodo. Entretanto, a produc¸˜ao de novas tecnologias sempre existiu na hist´oria da humanidade, manifestando-se em todo tipo de utilizac¸˜ao do conhecimento acumulado para superar as limitac¸˜oes naturais encontradas pelo homem. Assim, de forma mais ampla, a palavra tecnologia pode ser entendida como qualquer atividade relacionada `a soluc¸˜ao de problemas, aproximando o saber fazer do saber pensar, sem acentuar as desigualdades sociais.

O conceito de desenvolvimento tecnol´ogico existente na miss˜ao e na vis˜ao da UTFPR deve ser pensando de forma cr´ıtica dentro do curso de Engenharia de Computac¸˜ao. Na construc¸˜ao das competˆencias e habilidades dos egressos, os conceitos de desenvolvimento social e desenvolvimento tecnol´ogico est˜ao intrinsecamente articulados, de modo a contribuir para o desenvolvimento humano de forma sustent´avel. Para isso, as unidades curriculares do curso, em consonˆancia com os projetos interdisciplinares, os est´agios curriculares e as atividades de pesquisa e extens˜ao, levam o aluno a construir um conceito de desenvolvimento tecnol´ogico sob uma perspectiva mais humanit´aria e associada `as quest˜oes ambientais e sustent´aveis, de modo que possa

(40)

Os discentes do curso participam de projetos e atividades extensionistas para formac¸˜ao curricular e dos projetos interdisciplinares, atuando junto `as comunidades da regi˜ao e compartilhando conhecimentos adquiridos. Os discentes assumem o papel de disseminadores de conhecimento, ao mesmo tempo em que se apropriam de novos saberes oriundos dessa interac¸˜ao. Isso promove o desenvolvimento da consciˆencia das necessidades regionais, levando os discentes a trilhar seu caminho acadˆemico pautado na resoluc¸˜ao dos problemas vividos pela comunidade nas quais eles se inserem durante a pr´atica de suas atividades extensionistas. Do mesmo modo, tais atividades contribuem para a alfabetizac¸˜ao cient´ıfica e tecnol´ogica, pela atuac¸˜ao junto a instituic¸˜oes de ensino e educac¸˜ao, empresas e parceiros da comunidade, bem como para a difus˜ao da UTFPR na sociedade local e regional.

O est´agio curricular obrigat´orio igualmente integra o acadˆemico `a sociedade, inserindo-o no mundo do trabalho. Al´em de contribuir com sua formac¸˜ao pr´atica e profissional, oportuniza a socializac¸˜ao no ambiente laboral, o contato e a interac¸˜ao com organizac¸˜oes e profissionais, o que se configura como experiˆencia enriquecedora.

Assim, a partir da convergˆencia dos valores institucionais e das pol´ıticas de ensino propostas neste documento, o curso cumpre com sua func¸˜ao de integrac¸˜ao social e de reconstruc¸˜ao da representac¸˜ao que os alunos fazem do conceito de tecnologia. Esse conceito deixa de ser voltado exclusivamente `a evoluc¸˜ao dos meios de produc¸˜ao e ao crescimento econˆomico e passa a ser pensado como uso do conhecimento acumulado para a construc¸˜ao de tecnologias sustent´aveis, comprometidas socialmente com a melhoria da qualidade de vida da populac¸˜ao. A consolidac¸˜ao desse conceito, enfim, pressup˜oe a articulac¸˜ao entre a Universidade - mais especificamente o curso de Engenharia de Computac¸˜ao - e a sociedade. Somente assim a instituic¸˜ao desenvolve plenamente seu papel social e oferece formac¸˜ao cidad˜a em resposta `as demandas e mudanc¸as.

(41)

3 POL´ITICAS DE ENSINO

Na estruturac¸˜ao do PDI 2018-2022 e PPI 2019, documentados respectivamente pelas Deliberac¸˜oes COUNI 35/2017 e COUNI 14/2019 do Conselho Universit´ario (COUNI), a UTFPR estabeleceu como princ´ıpios norteadores para as pol´ıticas de seus cursos de graduac¸˜ao: a flexibilidade curricular; a articulac¸˜ao com a sociedade; a mobilidade acadˆemica; a sustentabilidade; a interculturalidade; a inovac¸˜ao curricular e metodol´ogica; e a internacionalizac¸˜ao.

Somado a isso, as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduac¸˜ao da UTFPR (Resoluc¸˜ao COGEP 90/2018) centralizam-se na sustentabilidade, no empreendedorismo e na superac¸˜ao do curr´ıculo fragmentado, ampliando assim a flexibilidade curricular e a proposic¸˜ao de cursos de car´ater inovador. Para que se alcance o perfil profissional do egresso pretendido em Engenharia de Computac¸˜ao, em conjunto com a Instituic¸˜ao, a coordenac¸˜ao, prop˜oe pr´aticas pedag´ogicas para a conduc¸˜ao do curr´ıculo, visando estabelecer as dimens˜oes investigativa e interativa como princ´ıpios formativos e condic¸˜ao central da formac¸˜ao profissional e da relac¸˜ao teoria e realidade. As pol´ıticas institucionais promovidas pela UTFPR e que orientam o curso de Engenharia de Computac¸˜ao s˜ao descritas a seguir.

3.1 ARTICULAC¸ ˜AO ENTRE A TEORIA E PR ´ATICA E

INTERDISCIPLINARIDADE

A educac¸˜ao tecnol´ogica ´e caracterizada pela formac¸˜ao te´orico-pr´atica que pressup˜oe a formac¸˜ao integral dos sujeitos e trabalha essas dimens˜oes como

(42)

do egresso na sociedade. A indissociabilidade entre teoria e pr´atica, portanto, promove uma relac¸˜ao fecunda de apreens˜ao de conhecimentos e de encaminhamento de soluc¸˜oes aos problemas postos pela pr´atica social (SAVIANI, 1996).

Tendo como compromisso romper a dualidade entre teoria e pr´atica, dimens˜oes indissoci´aveis para a educac¸˜ao integral, a educac¸˜ao tecnol´ogica pressup˜oe que toda atividade humana se realize a partir de elaborac¸˜ao mental e de teoria em que a referencie e lhe dˆe sustentac¸˜ao (UTFPR, 2019a, p. 24). Conforme afirma Demo (1982), a coerˆencia est´a em se retirar de uma teoria uma pr´atica determinada, e n˜ao fazer da teorizac¸˜ao uma pr´atica suficiente.

Em todos os seus n´ıveis e modalidades, a educac¸˜ao deve ser encarada como referencial permanente de formac¸˜ao geral, que encerra como objetivo fundamental o desenvolvimento do ser humano pautado por valores ´eticos, sociais e pol´ıticos, de maneira a preservar a sua dignidade e a desenvolver ac¸˜oes junto `a sociedade com base nos mesmos valores. A educac¸˜ao profissional e tecnol´ogica pressup˜oe, portanto, uma qualificac¸˜ao intelectual de natureza suficientemente ampla que permita o dom´ınio de m´etodos anal´ıticos e de m´ultiplos c´odigos e linguagens. Dessa maneira ´e poss´ıvel construir uma base s´olida para a aquisic¸˜ao cont´ınua e eficiente de conhecimentos espec´ıficos necess´arios `a integrac¸˜ao do egresso do curso ao mundo do trabalho, com autonomia reflexiva, integridade, inovac¸˜ao e senso cr´ıtico.

Os egressos do curso tˆem, assim, uma aguda consciˆencia sobre onde v˜ao atuar, possuindo uma adequada fundamentac¸˜ao te´orica que lhes permite atitudes competentes e comprometidas com a vida e o progresso social. Nesse sentido, o curso de Engenharia de Computac¸˜ao conflui para a proposta institucional de interdisciplinaridade e articulac¸˜ao entre teoria e pr´atica atrav´es de:

a) participac¸˜ao dos professores do curso em programas de formac¸˜ao docente, que oferecem capacitac¸˜ao para a utilizac¸˜ao de metodologias ativas que promovam

(43)

interdisciplinaridade e pr´axis educativa inovadora;

b) atividades extensionistas e de incentivo `a inovac¸˜ao e ao empreendedorismo, que fornecem um ambiente favor´avel `a interdisciplinaridade e `a articulac¸˜ao de teoria e pr´atica.

Os instrumentos do curso que viabilizam a interdisciplinaridade e a articulac¸˜ao de teoria e pr´atica, aspectos essenciais na formac¸˜ao de um egresso generalista e inovador, s˜ao descritos detalhadamente na Sec¸˜ao 6.1.

3.2 DESENVOLVIMENTO DE COMPET ˆENCIAS PROFISSIONAIS

Os cursos de graduac¸˜ao da UTFPR prop˜oem o desenvolvimento de competˆencias profissionais entendidas como:

(...) por sua natureza e suas caracter´ısticas, a educac¸˜ao profissional e tecnol´ogica deve contemplar o desenvolvimento de competˆencias gerais e espec´ıficas, incluindo fundamentos cient´ıficos e human´ısticos necess´arios ao desempenho profissional e `a atuac¸˜ao cidad˜a (UTFPR, 2017, p. 42).

Em primeiro lugar, o Projeto Pedag´ogico Institucional (PPI), entende que o conceito de competˆencia n˜ao se limita ao “saber fazer”, pois pressup˜oe acerto no julgamento da pertinˆencia da ac¸˜ao e no posicionamento, de forma autˆonoma, do indiv´ıduo diante de uma situac¸˜ao (UTFPR, 2019a, p. 25). ´E pertinente estabelecer que o conceito de competˆencia assumido se refere `a “possibilidade, para um indiv´ıduo, de mobilizar de maneira interiorizada um conjunto integrado de recursos em vista de resolver uma fam´ılia de situac¸˜oes-problema” (ROEGIERS, 2001 apud SCALLON, 2017, p.143). As competˆencias gerais e espec´ıficas s˜ao desenvolvidas por meio de processos educativos estabelecidos na organizac¸˜ao do ensino no curso, que envolvem: utilizac¸˜ao de m´etodos diferenciados de ensino e novas formas de organizac¸˜ao do trabalho acadˆemico, que propiciem o desenvolvimento de capacidades para resolver problemas que integram a vivˆencia e a pr´atica profissional; incorporac¸˜ao dos saberes

(44)

criatividade, `a autonomia intelectual e ao empreendedorismo; valorizac¸˜ao das in´umeras relac¸˜oes entre conte´udo e contexto, que se podem estabelecer; integrac¸˜ao de estudos de diferentes campos, como forma de romper a segmentac¸˜ao e o fracionamento, entendendo que os conhecimentos se inter-relacionam, contrastam-se, complementam-se, ampliam-se e influenciam uns nos outros (UTFPR, 2017).

Para desenvolver a competˆencia profissional pautada em uma formac¸˜ao integral que contemple a ´etica, o desenvolvimento humano, a integrac¸˜ao social, a inovac¸˜ao, a qualidade e excelˆencia e a sustentabilidade, faz-se necess´ario viabilizar a evoluc¸˜ao do aprendizado em func¸˜ao dos resultados de aprendizagem. Estes devem partir da internalizac¸˜ao de conhecimentos b´asicos para a mobilizac¸˜ao dos saberes em torno de aplicac¸˜oes pr´aticas contextualizadas. O detalhamento dos mecanismos de desenvolvimento das competˆencias profissionais est´a contido na Sec¸˜ao 6.2.

3.3 FLEXIBILIDADE CURRICULAR

A flexibilizac¸˜ao curricular assegurada pelo Plano Nacional de Educac¸˜ao (PNE) 2014-2024, Lei no¯ 13.005/2014, ´e fundamental para atender a demanda social por profissionais que compreendem as novas relac¸˜oes de produc¸˜ao, de trabalho e suas exigˆencias. Atende tamb´em as demandas por conhecimento articulado, formac¸˜ao cr´ıtica e profissionais competentes (UTFPR, 2017; UTFPR, 2019a).

Baseada na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extens˜ao, a flexibilizac¸˜ao curricular possibilita a formac¸˜ao de profissionais competentes com dom´ınio de habilidades t´ecnicas e cognitivas e com apropriac¸˜ao cient´ıfica s´olida. Espera-se romper o enfoque unicamente de unidades curriculares sequenciais, permitindo aos alunos novas formas de apreens˜ao e integrac¸˜ao de conhecimentos. Nessa perspectiva, o estudante pode ampliar os horizontes do conhecimento e ter uma vis˜ao cr´ıtica que lhe permita extrapolar a aptid˜ao espec´ıfica de seu campo de atuac¸˜ao

Referências

Documentos relacionados

Ficou com a impressão de estar na presença de um compositor ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um guitarrista ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um director

O Documento Orientador da CGEB de 2014 ressalta a importância do Professor Coordenador e sua atuação como forma- dor dos professores e que, para isso, o tempo e

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

psicológicos, sociais e ambientais. Assim podemos observar que é de extrema importância a QV e a PS andarem juntas, pois não adianta ter uma meta de promoção de saúde se

A educação em saúde tem papel primordial no processo de prevenção e reabilitação, pois, o diálogo e a troca de informações entre o paciente, o profissional e sua

demonstraram que: 1 a superfície das amostras tratadas com o glaze pó/líquido foram as que apresentaram uma camada mais espessa de glaze, com superfícies menos rugosas; 2o grupo

Sendo assim, o programa de melhoria contínua baseado no Sistema Toyota de Produção, e realizado através de ferramentas como o Kaizen, poderá proporcionar ao

Na tentativa de avaliar a confiabilidade das medidas lineares realizadas em radiografias panorâmicas, comparando-as com imagens obtidas por meio de TC, Nishikawa et al., 2010