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O caso da inteligência artificial: quebrando as fronteiras do conhecimento. URI:

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Academic year: 2021

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O caso da inteligência artificial: quebrando as fronteiras do conhecimento

Autor(es):

Coelho, Helder

Publicado por:

Imprensa da Universidade de Coimbra; Gradiva

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/32704

DOI:

DOI:http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0389-6_20

Accessed :

20-Apr-2021 19:06:36

digitalis.uc.pt pombalina.uc.pt

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RUI FAUSTO, CARLOS FIOLHAIS

JOÃO FILIPE QUEIRÓ

Coordenadores

FRONTEIRAS

I\..

DA CIENCIA

Desenvolvimentos Recentes

Desafios Futuros

(5)

© Gradiva - Publicações, L. da / Imprensa da Universidade de Coimbra, 2003

Coordenação editorial: Rui Fausto, Carlos Fiolhais e João Filipe Queiró

Tradução: Jean Burrows, Vivien Burrows, Rui Fausto, Carlos Fiolhais

e João Filipe Queiró

Revisão do texto: Isabel Pedrome

Capa: António Barros [Imprensa da Universidade. Coimbra], sobre imagem de «Águas Vivas», escultura de Silvestre Pestana, 2001

Foto: António Alves; Infografia: ESTÍMULUS [design]; Cortesia: Galeria

Alvarez-Arte Contemporânea

Paginação: António Resende e Paula Isabel Jorge

Impressão e acabamento: G.c. - Gráfica de Coimbra, L.da

Reservados os direitos para Portugal por:

Gradiva - Publicações, L. da e Imprensa da Universidade de Coimbra

Gradiva - Publicações, L.da

Rua Almeida e Sousa, 21, r/c, esq.' 1399-041 Lisboa Telefs. 21 39740 67/8 • 21 397 13 57 • 21 395 3470 Fax 21 395 3471 • Email: gradiva@ip.pt

URL: http://www.gradiva.pt

Imprensa da Universidade de Coimbra

Rua Antero de Quental, 195 • 3000-033 Coimbra Telefs. 351 2398531 10

Fax 351 239 85 31 19 • e-mail: fjrpress@ci.uc.pt URL: http://www.imp.uc.pt

ISBN: 972-662-923-3 L" edição: Agosto de 2003

Depósito legal n.o 199463/2003

OBRA PUBLICADA COM O PATROCÍNIO DE: FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

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Helder Coelho LabMAC

Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa

o

caso da inteligência artificial:

quebrando as fronteiras do conhecimento

A inteligência artificial (IA) é um bom terreno científico (tecnológico e filosófico) para observarmos hoje em dia a situação geral da ciência e

prospectarmos o seu futuro no próximo século. Contrariando a tese de John Horgan (1996) do fim da ciência (graças à descoberta de uma teoria unificadora de tudo), a IA demonstra por si que John Maddox (1998) tem

toda a razão quando lista o que ainda temos a descobrir (o atlas da nossa ignorância: da matéria, da vida e do nosso mundo). Embora o estado da IA possa ser actual comparado com o da biologia no início dos anos 50 (antes da descoberta do ADN), a abertura das suas fronteiras permite perceber os diálogos frutuosos que vem mantendo com outras disciplinas (psicologia, linguística, fisica, biologia, sociologia, lógica, estatística) para enfrentar a compreensão de fenómenos de grande complexidade (por exemplo, o significado e a natureza da mente humana). A IA como disciplina representa também um exemplo de como se pode construir a

unidade de conhecimento (consiliência), como Edward Wilson (1998) pretende referindo o sonho do iluminista Condorcet, entre as ciências e

as humanidades. O terreno da IA tem vindo a ser amplamente desbravado e os seus cientistas mais proeminentes têm empurrado as suas fronteiras cada vez mais além da linha do horizonte.

As ciências deixaram de se organizar em hierarquias (pirâmides com a matemática no topo, depois a fisica, etc.), em camadas sobrepostas e

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bem separadas ou em enormes blocos autónomos e isolados uns dos

outros. Hoje em dia, o saber parece ser mais uma colecção de

arquipélagos, dispersos num mar imenso de ignorância. Entre essas ilhas

disciplinares (países) constroem-se pontes e outras espécies de ligações

que são capazes de gerar nichos (regiões) diversos de pesquisa (zonas

híbridas), que mais tarde se separam (autonomizam), embora conservando

ligações fortes com os terrenos de origem. A história da cibernética (e da

IA) apoia esta ideia de evolução e progresso do saber ligado à

compreensão, comunicação e controle, reservando para os cientistas o

papel de navegadores.

Esta área das ciências da computação (e do computador), com mais

de 40 anos de idade e contemporânea da informática (a qual fez 50

anos em 1997), atingiu já a maturidade e ganhou um enorme peso

científico num amplo terreno interdisciplinar e multidisciplinar. A

informática, por outro lado, ganhou imenso em tê-la como uma das

suas metodologias, pois alargou o seu campo de intervenção, mudando

o enfoque do simples para o complexo, do fixo para o variável, do

real para o virtual, do determinista para o não determinista e do imutável

para o mutável. Este desvio contínuo da informática é caracterizado por cinco grandes traços, a integração, a hibridez, a distribuição, a

interconectividade e a interoperacionalidade, os quais têm todos a marca

de água da IA.

A IA tem hoje grandes escolas de pensamento em competição. As duas

mais antigas, a simbólica (clássica) e a conexionista, foram buscar a sua inspiração à psicologia (dando origem mais tarde à criação em conjunto

das ciências cognitivas) e à neurofisiologia. As duas mais modernas, a

robótica reactiva e a vida artificial, ganharam com os diálogos com a

automatização ( controlo) e com a biologia. Todas estas escolas visam

entender os fenómenos da inteligência como computação, ora adoptando um ponto de vista reducionista ora holístico.

O seu relacionamento com as ciências neuronais e com as ciências da

mente colocou-a no centro das investigações em tomo do cérebro (por

exemplo, da consciência), embora o impacto destes estudos não seja

realizável a curto prazo. A sua visibilidade industrial e comercial é assegurada graças à popularidade da Internet (WWW) e à sofisticação

crescente das suas aplicações, por exemplo no comércio electrónico

(agentes para compra de produtos variados, máquinas de procura de

informação), no cinema (veja-se o filme Titanic ou A Ameaça Fantasma

da Guerra das Estrelas), nos jogos (a derrota de Garry Kasparov em 1997

contra o programa Deep Blue II) ou ainda na exploração espacial (o caso

do robô no planeta Marte em 1997).

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o papel da IA na sociedade tem vindo a ser ampliado porque os

computadores (e as redes) se têm tomado mais rápidos e ubíquos. Daí que a IA dos sistemas periciais (baseados em conhecimento) dos anos 80 tenha explodido numa série de campos científicos e tecnológicos, com alta popularidade e com prolongamento em várias outras disciplinas que se manifestam de muitas formas, como por exemplo na descoberta de conhecimento/prospecção de informação, personagens/actores inteligentes na criação de entretenimento, na gestão da distribuição, na criação de biotecnologia, de robôs (que jogam futebol). O factor humano também

tem ajudado a dinamização da IA, pois a popularização dos computadores

depende muito do olhar para o modo como as pessoas actuam, reagem e

interagem. Tais estudos têm aberto novas vias para o desenvolvimento tecnológico, garantindo a interactividade, a infiltração e a invisibilidade dessas tecnologias da informação (a metáfora do automóvel): o

computador transformou-se numa comodidade, passou-se da manipulação

directa para a computação por delegação (com ajuda de agentes

inteligentes); o processamento da informação é agora centrado em rede e

social, deu-se uma expansão da largura da banda de frequências e há uma

dinâmica de incrementalismo radical dos produtos informáticos. A

indústria da informação tomou-se mais exigente quanto à qualidade das interfaces com os utilizadores (convivialidade), permitindo o casamento de talentos artísticos e técnicos, de projectistas industriais e de critérios estéticos e de comunicação (hipermedia).

Nos últimos anos a IA moveu-se para além do objectivo simples de fornecer um conjunto de tecnologias (as ferramentas da década de 80, como bancadas de desenvolvimento e linguagens de programação), e passou a articular-se também ao nível das aplicações informáticas,

trabalhando lado a lado com as engenharias da programação e dos sistemas

e escondendo-se por detrás dos seus elementos mais poderosos. Os últimos

filmes são um exemplo do modo como a IA se infiltrou na animática, ao lado da computação gráfica (roupas dos ciberactores), da animação fisica

(acção directa), das articulações (mecânica do movimento), do

processamento da imagem (3D) e do som (reconhecimento e síntese da fala), das ciências cognitivas (razão) e do comportamento (emoção) e da gestão dos fragmentos (shots).

Em Portugal esse papel passou a ser mais relevante não só na economia e no sistema financeiro (bancos, seguros, bolsa), mas também nos transportes (veja-se o caso da empresa portuguesa SISCOG, a nível nacional ou internacional), nas telecomunicações, no entretenimento, na educação ou na comunicação social através da geração de sistemas avançados e de valor acrescentado.

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Estamos, portanto, longe do fim da ciência, havendo muito espaço ainda para a inovação, ora no fazer de conta (realidade do não fazer) ou na emergência de forças (agentes em movimento), ora na concepção de caixas de sonhos (a modelação e a simulação por detrás de fábricas de realidade) .

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CIÊNCIP~BERT

A palavra «fronteiras» pode ser tomada em

diferentes sentidos. Pode

referir-se

aos

limi-tes, necessariamente provisórios, entre o

conhecido e o desconhecido, ou aos limites

entre o possível e o impossível, e, dentro do

possível, entre o desejável e o indesejável.

Fronteiras podem também ser as

delimi-tações, nem sempre nítidas, entre ciência e

não-ciência, e dentro da ciência, entre as

várias disciplinas. Quais são então as

fron-teiras da ciência?

Neste livro, a resposta a esta pergunta é

dada, segundo as mais diferentes

perspecti-vas, por um conjunto notável de

personali-dades, cientistas ou não, entre as quais se

contam três Prémios Nobel.

RUI FAUSTO, CARLOS FIOLHAIS

e

JOÃO FILIPE QUEIRó

são, respectivamente, professores de Química,

Física e Matemática na Faculdade de Ciências

e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

§

\

i l

gradiva

Imprensa da Universidade de Coimbra

ISBN 972-662-923-3

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Referências

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