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INSCRIÇÃO DADOS DA INSTITUIÇÃO DADOS DO AGENTE DE ATER DADOS QUE IDENTIFIQUEM A PRÁTICA:

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Academic year: 2021

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INSCRIÇÃO

DADOS DA INSTITUIÇÃO

Nome: Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural Endereço: Rua da Bandeira, 500, Bairro Cabral. Curitiba-PR

Executora de Chamada pública de Ater: (x) Sim Qual: Ater Para Território da

Cidadania, Sustentabilidade, Ater para Mulheres, Sustentabilidade, Leite, Cooperativismo.

DADOS DO AGENTE DE ATER

Nome Rita de Cássia Ribeiro

Endereço: Rua Alvorada, 330, Centro. Guaíra-PR Telefone: 44-3642-2391

E-mail: ritaribeiro@emater.pr.gov.br

DADOS QUE IDENTIFIQUEM A PRÁTICA:

Nome do Agricultor (a) (es) (as) ou organização da agricultura familiar:

Adir Rodrigues dos Santos.

Associação Comunidade: Negro Manoel Ciriaco dos Santos Telefone: 44-9957-2150

E-mail: quilombolaciriaco@hotmail.com

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2 Figura: Localização das Comunidades Atendidas. Fonte: Google.

CATEGORIA DA BOA PRÁTICA DE ATER:

IV - Ater para Públicos Específicos.

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Identificação da Boa Prática:

Combate à Fome: Rede Solidária entre Povos Quilombolas e Indígenas

AGENTE DA ATER : Rita de Cassia Ribeiro – Engª. Agrônoma – U. Municipal

de Guaíra – UR Toledo – PR.

CARACTERIZAÇÃO: Combate à Fome: Rede Solidária entre Povos Quilombolas e Indígenas

Figura: Comunidade Quilombola

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A região oeste do Paraná destaca-se pela elevada produção de grãos, suínos e aves, porém nela concentram-se comunidades em extrema vulnerabilidade social: quilombolas e indígenas. Nestes grupos, prevalecem a pobreza e a escassez de recursos naturais, gerando quadros de carência e insegurança alimentar, comprometendo a sua sobrevivência no meio rural. O Programa de Aquisição de Alimentos surge neste cenário, como solução econômica e alimentar para os povos tradicionais.

1. INTRODUÇÃO

A comunidade quilombola instalada no município de Guairá - PR desde 1962, era inicialmente composta por 80 pessoas. Ao longo dos anos, motivados pela exigüidade de área e problemas de ordem econômica, acabaram migrando para outras localidades, ficando reduzida a 42 membros. O cultivo da mandioca era a base de sustentação das famílias, mas o plantio sucessivo da cultura levou ao esgotamento do solo e conseqüente baixa produtividade, gerando frustrações de safra e endividamento das famílias. Diante deste quadro, encontravam-se na iminência de nova evasão da área rural.

Paralela a esta história, entre os anos de 2004 a 2008, deflagrou-se intenso fluxo migratório dos indígenas da etnia guarani para os municípios de Guaíra e Terra Roxa. Estas cidades não dispunham de suporte para abrigar a nova demanda populacional (cerca de 1800 pessoas) e estes grupos depararam-se com problemas de suprimento alimentar. A ATER defrontou-se com dois povos tradicionais em extrema vulnerabilidade social.

2. OBJETIVO DA PRÁTICA

Objetivo Geral: Promover ações geradoras de emprego e renda, voltadas à

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5 Objetivos Específicos:

- Efetuar a capacitação e profissionalização dos agricultores familiares envolvidos nas atividades geradoras de renda (olericultura);

- Realizar ações de combate à fome e a miséria, priorizando como público beneficiário as comunidades em vulnerabilidade social;

- Promover a inclusão de jovens e mulheres nas atividades produtivas, oferecendo novas perspectivas de renda na área rural;

- Propiciar a melhoria da qualidade de vida, bem-estar e saúde da população contemplada pelo projeto;

3. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA

No intuito de manter as famílias quilombolas no campo, o Instituto Emater planejou com a comunidade, a implementação de práticas geradoras de emprego e renda. Considerou-se a importância da inclusão dos jovens e mulheres, para aproveitamento máximo das potencialidades naturais de mão de obra e o planejamento resultou na implantação de uma Horta Comunitária de 01 ha.

Como o grupo era iniciante na atividade, a metodologia utilizada para profissionalização dos agricultores foi a realização de cursos, tardes de campo, reuniões práticas e treinamentos, tornando-os aptos à produção. Porém o endividamento e falta de recursos para os investimentos, impediam saltos maiores no empreendimento.

Pensando nestas lacunas, o Instituto encaminhou propostas para a obtenção de um conjunto de irrigação e insumos (calcário, ferramentas agrícolas, adubos e sementes). Os repasses a “fundo perdido” ocorreram através da Secretaria Estadual do Trabalho (insumos) e da Companhia Elerosul (conjunto de irrigação).

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Simultaneamente ao atendimento à comunidade quilombola, a ATER oficial detectou as fragilidades das populações indígenas, A ferramenta escolhida para enfrentamento do desafio da fome e geração de renda, foi o Programa de Aquisição de Alimentos com Doação Simultânea, estabelecendo uma parceria inusitada: o fornecimento de alimentos produzidos da Horta Comunitária Quilombola para as aldeias indígenas, minimizando os riscos e impactos da insegurança alimentar.

4. RESULTADOS

Em 2009, foi assinado o primeiro convênio de Compra Direta com Doação Simultânea, entre a Secretaria Estadual do Trabalho e a Associação Manoel Ciriaco dos Santos, com o compromisso de entrega de 45 toneladas de alimentos, para as comunidades indígenas do município, formando assim uma verdadeira rede solidária. Desde então os convênios são realizados anualmente, atendendo a 07 aldeias indígenas (993 pessoas) como beneficiárias diretas, minimizando o problema da fome na região. São 15 fornecedores quilombolas, incluindo jovens, mulheres e adultos, que auferem uma renda anual de aproximadamente R$ 6.500,00.

4.1 Resultados alcançados na Comunidade Quilombola:

 Organização da comunidade em associação: “Associação Comunidade Negra Manoel Ciriaco dos Santos”, reconhecida como remanescentes de quilombos pela Fundação Palmares em 2008;

 Implantação de atividades geradoras de renda, através da formação de uma Horta Comunitária10. 000 m2;

 Aquisição de conjunto de irrigação no valor de R$ 20.000,00 e insumos (R$ 10.000,00), como pleito a fundo perdido encaminhado para a Eletrosul e Secretaria Estadual do Trabalho;

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 Garantia de renda através Inserção da comunidade nos mercados institucionais (Programa de Aquisição de Alimentos com Doação Simultânea);

 Os convênios garantem na atualidade, uma renda aproximada de R$ 6.500,00 para 15 fornecedores quilombolas. O excedente da produção é comercializado em lanchonetes, mercados e restaurantes locais;

 O Instituto em parceria com a COHAPAR, inseriu a comunidade no PNHR, sendo construída uma nova unidade habitacional para as sete famílias, promovendo a melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos envolvidos;

4.2 Resultados alcançados nas Comunidades Indígenas

 O PAA possibilitou o repasse anual de 45 toneladas minimizando problemas de carência alimentar e nutricional.

 Atendimento a aproximadamente 200 famílias indígenas, quase mil pessoas.

 Organização das comunidades em Associação, para facilitar sua inserção no Programa:

-Associação Indígena Tekone`mboguatá -Associação Indígena Guarani

-Associação Teko Pyaru

 Formação de Horta Comunitária na Aldeia Marangatu.

 Capacitação das comunidades Marangatu e Tekohá Jevy para a produção de olerícolas (raízes e tubérculos), visando o autoconsumo.

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5. POTENCIALIDADES E LIMITES

A ATER oficial demonstrou que é possível combinar a promoção dos arranjos produtivos locais, com ações voltadas para a erradicação da fome e miséria, dando visibilidade a populações tradicionais e em vulnerabilidade social.

Os principais entraves encontrados é a logística de entrega dos produtos, uma vez que diminuem a margem do lucro auferido pelos fornecedores. A comunidade quilombola não dispõe de infraestrutura necessária para o preparo dos pães e bolachas, sendo esta uma das limitações da expansão da atividade.

6. REPLICABILIDADE

A comunidade Quilombola transformou-se em centro de referência na atividade, recebendo visitas e excursões de outros municípios, especialmente escolas e universidades, que aproveitam para explorar o tema da diversidade, estendendo as visitas até as aldeias indígenas

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7. DEPOIMENTOS:

Rita de Cássia Ribeiro/Agente da Ater

“O atendimento da ATER oficial é fundamental para a sobrevivência das comunidades em extrema vulnerabilidade social. Nos primeiros contatos com a comunidade quilombola, no ano de 1998, percebemos que estavam na iminência de abandonarem a área rural. Depois de perdas sucessivas de safra, estavam endividados e vendendo a sua força de trabalho nas propriedades vizinhas. Nas visitas percebemos que dispunham de uma área privilegiada, com solo fértil e abundância de água, com forte potencial para a olericultura. A comunidade abraçou a idéia e mesmo sem experiência na atividade se dispôs a participar dos treinamentos, profissionalizando-se. Hoje retiram o seu sustento da propriedade e pretendem diversificar suas atividades. A participação dos jovens e mulheres na atividade produtiva, garantem que este processo terá continuidade. Por outro lado, as aldeias indígenas localizadas na região, enfrentam desafios constantes contra a fome e a miséria.Em 2008, o Estado acendeu as luzes de alerta, com a morte de uma criança indígena com suspeita de inanição. Foi quando decidimos que era a hora de articular um projeto no qual, este tipo de evento não mais ocorresse. Os quilombolas atenderam prontamente ao desafio e hoje são os principais fornecedores responsáveis pelo abastecimento das aldeias. Falta muito para alcançar o ideal, mas o Instituto Emater em conjunto com os parceiros do Estado, SEAB e Secretaria do Trabalho, se empenham em fazer o possível.”

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Adair Rodrigues dos Santos – Líder da Comunidade Quilombola

“O Programa de Aquisição de Alimentos, transformou a nossa vida pra melhor, pois garantiu emprego e renda para as nossas famílias, pra os nossos filhos e as mulheres da comunidade. A Emater foi muito importante neste trabalho, pois foi quem orientou e nos ensinou, na formação da horta e a gente deveria produzir, aprender a fazer as mudas, adubação. Ajudou, também, fazendo os projetos para as outras entidades. Hoje nós entregamos alimentos pra sete aldeias e queremos continuar esta parceria, pois é gente que já sofreu como nós sofremos no passado. Os índios enfrentam muitas dificuldades e não tem apoio, pois são vistos com muito preconceito. Este Programa tem ajudado muito no combate a fome, pois eles passam muitas necessidades e alimento na hora certa pode salvar muitas vidas.”

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11 ANEXO I-FOTOS DA EXPERIÊNCIA

Antônio dos Santos-Comunidade Quilombola Adir Rodrigues dos Santos-Comunidade Quilombola

Solange Fortundato-Comunidade Quilombola Aldeia Indígena Yvy Hovy

Referências

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