• Nenhum resultado encontrado

Federação do Comércio do Paraná Análise Conjuntural da Economia e do Comércio

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Federação do Comércio do Paraná Análise Conjuntural da Economia e do Comércio"

Copied!
50
0
0

Texto

(1)

Federação do Comércio do Paraná

Análise Conjuntural

da Economia e do

Comércio

Mensal N.º 54 Março 2013

(2)

(3)

Federação do Comércio do Paraná

CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS

Nesse momento, decorrido o 1.º trimestre de 2013, cabe destacar algumas providências importantes do governo federal visando incentivar a economia: a) manutenção do IPI reduzido para veículos até o final de 2013, anunciado no final de março; 2.º) isenção de tributação sobre a cesta básica; 3.º) desoneração tributária para produtos de diferentes ramos da indústria; 4.º) disponibilização de crédito para atividades produtivas; 5.º) novo valor de salário mínimo e vigência a partir de março do reajuste para funcionários públicos federais; 6.º) redução nas tarifas de energia elétrica. Em paralelo, ocorre emprego ascendente e insuficiência de mão-de-obra qualificada para diversas atividades, desde as de formação universitária (profissionais de engenharia civil, por exemplo) até formações técnicas de diversas especificidades.

Como que fugindo das previsões iniciais estabelecidas podem ser mencionadas como atuais preocupações: a) inflação do 1.º bimestre foi superior à de igual período de 2012; b) balança comercial no trimestre está abaixo do verificado no ano anterior.

Constata-se a insuficiência de infraestrutura, importante no processo logístico de armazenamento e deslocamento de safras, mais a demora no despacho de mercadorias pela estrutura portuária, que se revela também muito cara. Isto repercute na forma de elevação nos preços finais de mercadorias, e reduz a competitividade no exterior dos produtos brasileiros.

Autoridades governamentais sinalizam um crescimento do PIB em 2013 próximo a 3,0%, que, se confirmado, resultará em superação do desempenho tímido de 2012. Algumas questões merecem ser mencionadas na suposição do PIB crescer 3,0%: para um aumento dessa ordem, haverá disponibilidade de trabalhadores qualificados? a infraestrutura suportará a pressão no curto prazo, de uma economia mais dinâmica? como os preços irão se comportar ao longo do ano?

O comércio exterior enfrenta, além das limitações burocráticas e administrativas, uma taxa de cambio que não contribui na agilização das exportações (R$ 2,00 por US$). Se isso já não bastasse, surge o empecilho de barreiras de diversas ordens impostas por tradicionais importadores: um exemplo é o da Argentina, que impõe limites, cotas ou bloqueios burocráticos à entrada naquele país de produtos brasileiros. A balança comercial apresentou queda expressiva: de US$ 29,8 bilhões de saldo em 2011, caiu para US$ 19,4 bilhões em 2012.

É muito importante que se tenha em 2013 um desempenho melhor dos investimentos (públicos e privados) que caíram 4,0% em 2012. O investidor privado não identifica sinais suficientes e eficientes no posicionamento de autoridades/partidos políticos da base de apoio. Se continuar assim, os investimentos privados não crescerão no percentual necessário ao país. Da mesma forma, considerando o efeito multiplicador associado, a indústria terá que crescer mais que o 0,8% negativo de 2012, o que exige inovação e modernização do parque industrial brasileiro e aumento na demanda externa.

A safra de verão marca um recorde na quantidade de grãos colhidos. É um excelente credencial para o setor, mas se há importadores desejosos de comprar, não se pode deixar de exportar devido a lentidão ou precariedade dos portos.

Cortar o “custo Brasil” é fundamental e extremamente necessário: o produto importado vendido pelo varejo não carrega o ônus do “custo Brasil”, nem um peso burocrático excessivo. Em países concorrentes do Brasil, inexiste componentes com essa característica.

Assessoria Econômica. Março de 2013.

(4)

Federação do Comércio do Paraná

Apresentação 03

Sumário 04

Tabelas 05

I Nível de Atividade Econômica 07

1. Produto e Renda

1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná

1.2 O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores 1.3 Demanda Agregada 07 07 08 09 2. Mercado de Trabalho

2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense

2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.5 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.6 Taxa de Desemprego 10 10 11 12 12 13 14 3. Nível de Salário

3.1 Salário Mínimo no Brasil 3.2 Salário Mínimo no Paraná

15 15 16 4. Nível de Preços 4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação 17 17 17 18

5. Taxa de Juros e Poupança 19

6. Mercado de Ações 20 7. Risco País 21 8. Variação do Dólar 22 II Atividade Empresarial 23 9. Comércio Varejista 9.1 Desempenho em Janeiro de 2013 23 23

10. Abertura de Empresas no Paraná 28

11. Falências Decretadas no Brasil 29

12. Crédito: Demanda e Inadimplência 12.1 Demanda de Crédito

12.2 Inadimplência

30 30 30

13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 31

III Setor Público 33

14. Arrecadação do Governo 33

16. Dívida Pública Federal Interna 34

15. Superávit Primário 35

16. O ICMS no Paraná 36

17. Dívida de Municípios no Paraná 37

IV Relações com o Exterior 39

18. Comércio Exterior Brasileiro 40

18.1 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna 41

19. Comércio Exterior Paranaense 42

20. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 46

21. Dívida Externa Brasileira

21.1 Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado 47 47

(5)

Federação do Comércio do Paraná

TABELAS

01 Produto Interno Bruto 07

02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 08

03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 08

04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 09

05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10

06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 11

07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 12

08 Paraná: Empregos Gerados 12

09 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 13

10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 14

11 Brasil: Salário Mínimo 15

12 Paraná: Salário Mínimo 16

13 Índice de Preços 17

14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 18

15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 19

16 Poupança 19

17 Bolsa de Valores de São Paulo 20

18 Risco País 21

19 Variação do Dólar 22

20 Variação das Vendas em Janeiro de 2013 26

21 Vendas em Janeiro – 2013 Comparadas ao Mês Anterior 26

22 Vendas em Dezembro – 2013 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 26

23 Vendas Acumuladas no ano de 2012 Comparadas ao ano de 2011 26

24 Vendas nos Pólos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-Pr 27

25 Abertura de Empresas no Paraná 28

26 Falências no Brasil 29

27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 30

28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 30

29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33

30 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 33

31 Participação da Carga Tributária no PIB 33

32 Dívida Pública Federal Interna 34

33 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 35

34 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 36

35 Paraná: Dívidas de Municípios que Sediam Sindicatos Filiados à Fecomércio-Pr 37

36 Brasil: Balança Comercial 39

37 Brasil: Intercâmbio Comercial 40

38 Paraná: Balança Comercial 42

39 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 43

40 Paraná: Principais Produtos Exportados 43

41 Paraná: Corrente de Comércio 43

42 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 44

43 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2013 44

44 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2013 44

45 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 45

46 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2013 45

47 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 46

48 Dívida Externa Brasileira 47

49 Brasil: Participação da Dívida Externa 47

(6)
(7)

I. N I V E L D E A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A

Federação do Comércio do Paraná

1. PRODUTO E RENDA

1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná

O PIB brasileiro do 4.º tri/2012 cresceu 0,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 1,4% sobre igual trimestre de 2011. No ano de 2012, o PIB cresceu 0,9% sobre 2011. Foi um desempenho limitado comparado a 2011 e, principalmente, muito abaixo das projeções estabelecidas no 1.º semestre de 2012. O que se constata é que, por um lado, as políticas de aquecimento adotadas em 2012 estimularam o consumo das famílias; no entanto, os investimentos foram negativos em 4,0% e a balança comercial mesmo sendo positiva, foi a menor dos últimos sete anos (com queda nas exportações).

Em 2012, o PIB da Agricultura foi negativo em 2,3%, principalmente pela queda na safra nas regiões Sul e Centro-Oeste; a melhora de preço das commodities agrícolas no exterior em parte de 2012 não ajudou a superar o problema. O PIB da Indústria caiu 0,8%, com a indústria de transformação apresentando a maior queda. Em parte, a crise nas economias externas contribuíram nessa queda mas, em especial, destacam-se variáveis internas: redução da competitividade da indústria brasileira, peso elevado do “custo Brasil” e a carga de exigências burocráticas no processo de exportação. O PIB de Serviços (setor Terciário), foi positivo: 1,7%, sendo que o Comércio cresceu 1,0%. (Serviços tem sete subsetores, conforme Quadro 1.2, p. 8).

O que se verifica atualmente, a partir do desempenho do PIB em 2012, é o esgotamento das políticas econômicas de aquecimento destinadas a ampliação do consumo, com características conjunturais e de curto prazo. Justifica-se no atual momento a implementação de políticas estruturais de médio e longo prazo, voltadas a temas como logística e infraestrutura: estradas, ferrovias, portos, energia, etc., que possibilitem ao setor produtivo identificar o atendimento de questões importantes para a expansão dos investimentos na economia. Sob pena de, em breve, a insuficiência de oferta no mercado interno comprometer o atendimento da demanda interna e ampliar o espaço para a penetração dos importados que, em 2012, compareceram no mercado brasileiro num percentual superior a 20%.

O Comércio no Brasil em 2012 cresceu 1,0%; em 2011 cresceu 3,4%, uma redução na velocidade. O comprometimento da renda das famílias pode ter contribuído nessa contenção.

No Paraná, o PIB real cresceu 0,9% em 2012, acompanhando a tendência do PIB do país.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 04/03/2013) Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 04/03/2013)

TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO

(Em R$ Milhões) Período Brasil Paraná Participação PR / BR (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) 1 2 3 4 5 6 7 2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3 2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 0,0 5,9 2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8 2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1 2008 3.032.203 13,9 5,2 179.263 10,9 4,3 5,9 2009 3.239.404 6,8 -0,3 189.992 6,0 -1,3 5,9 2010 3.770.085 16,4 7,5 226.071 19,0 8,3 6,0 2011 4.143.013 9,9 2,7 251.579 11,3 4,0 6,1 2012 4.402.537 6,3 0,9 256.956 2,1 0,9 5,8

(8)

Federação do Comércio do Paraná

1. PRODUTO E RENDA

1.2. O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores

TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Setores e Sub-Setores 4º Tri 2011 2011 Var (%)

2012

1º Tri 2º Tri 2012 3º Tri 2012 4º Tri 2012

2013 Var (%) AGROPECUÁRIA 37.400 3,9 44.666 66.220 46.228 39.006 1,8 INDÚSTRIA 252.653 1,6 229.559 241.337 250.551 261.948 1,2 1. Extrativa mineral 41.661 3,2 35.386 42.156 40.878 40.660 10,5 2. Transformação 127.514 0,1 115.195 117.624 127.476 135.416 -3,8 3. Construção civil 54.809 3,6 50.592 53.213 54.452 55.159 4,6 4. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 28.668 3,8 28.386 28.344 27.746 30.713 5,9 SERVIÇOS 638.227 2,7 602.063 630.671 633.884 694.623 8,2 1. Comércio 116.879 3,4 109.653 117.020 121.420 125.345 6,0 2. Transporte, armazenagem e correio 48.205 2,8 47.469 47.692 50.639 53.541 10,1 3. Serviços de informação 29.069 4,9 25.362 26.942 26.591 28.575 -0,1 4. Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos 66.168 3,9 67.633 65.874 63.006 66.436 0,2 5. Outros serviços (2) 137.436 2,3 134.077 142.516 145.698 157.758 13,0 6. Atividades imobiliárias e aluguel 72.841 1,4 73.242 75.640 77.319 79.304 9,7 7. Administração, saúde e educação públicas 167.629 2,3 144.626 154.987 149.212 183.665 9,7

Impostos líquidos sobre

produtos 162.428 4,3 157.062 163.322 167.651 173.748 8,1

PIB : preços de mercado 1.090.708 2,7 1.033.349 1.101.550 1.098.314 1.169.324 6,3

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 04/03/2013)

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 04/03/2013) (1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.

(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.

TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL

Período Trimestre Sobre o Anterior * Sobre Mesmo Trimestre do ano Anterior * 2009 4º Tri 2,7 5,3 2010 1º Tri 2,1 9,3 2º Tri 1,2 8,8 3º Tri 0,9 6,9 4° Tri 1,0 5,3 2011 1º Tri 0,9 4,2 2º Tri 0,5 3,3 3° Tri -0,1 2,1 4º Tri 0,2 1,4 2012 1º Tri 0,2 0,8 2º Tri 0,4 0,5 3º Tri 0,6 0,9 4º Tri 0,6 1,4

(9)

Federação do Comércio do Paraná

1. PRODUTO E RENDA

1.3. Demanda Agregada

A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno (soma de formação de capital fixo e variação de estoques); 4) saldo da balança comercial: exportações (demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações (demanda brasileira de produtos gerados em outros países). O investimento bruto interno considera investimentos do setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.

A preços correntes, o consumo de famílias manteve bom desempenho: em 2012 cresceu 3,1%, participando com quase 60% da demanda agregada e crescimento contínuo nos sete trimestres anteriores. A demanda agregada de 2012 aponta queda expressiva em 2012 no

investimento bruto interno: 4,0%. O consumo do governo cresceu 3,2%. A balança comercial (

exportações menos importações) foi positiva em 2012, mas bem abaixo do verificado nos últimos sete anos.

,

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 04/03/2013)

TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Tipo de

Demanda 2011 1°Tri 2011 2°Tri 2011 3°Tri 4°Tri 2011 2012 1°Tri 2012 2°Tri 2012 3°Tri 2012 4°Tri

Consumo das famílias 601.849 617.653 631.159 648.829 658.906 672.066 692.216 721.264 Consumo da administra ção pública (ou Governo) 179.641 210.482 201.788 264.737 203.095 228.505 220.111 292.832 Investimen to Bruto Interno 192.708 220.640 217.323 186.591 189.095 215.408 194.335 177.627 Formação bruta de capital fixo 187.793 196.644 209.556 204.728 193.198 196.949 204.980 203.568 Variação de estoque 4.915 23.996 7.767 -18.137 -4.103 18.460 -10.645 -25.941 Balança Comercial -12.125 -5.247 -3.563 -9.449 -17.747 -14.429 -8.348 -22.399 Exportações 100.647 121.482 133.324 137.117 115.029 141.429 148.074 148.310 Importações (-) 112.772 126.729 136.887 146.566 132.776 155.858 156.422 170.709 Demanda Agregada Total 962.073 1.043.528 1.046.707 1.090.708 1.033.349 1.101.550 1.098.314 1.169.324

(10)

Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro

São quatro as categorias de mercado na economia: 1) mercado de bens e serviços, onde ocorre a demanda e a oferta de mercadorias e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que abrange: oferta e demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por exportações e importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de trabalho, onde ocorre oferta e demanda de mão-de-obra na economia e utilização da força de trabalho disponível e economicamente ativa.

Houve queda de 33% no número total de empregos criados em 2012 comparado a 2011. A Indústria caiu de 472 mil empregos criados em 2011 para 257 mil em 2012; Serviços caiu de 1,411 milhão para 1,040 milhão; a Agropecuária caiu de 83 mil para 5 mil. Em 2012, os ramos que mais criaram empregos no Brasil foram, pela ordem: a) outros serviços*; b) comércio; c) construção civil; d) indústria de transformação. Em 2012, o setor terciário – serviços - gerou três vezes mais empregos que o setor secundário - indústria. No comércio (atacado e varejo) a criação de emprego em 2012 (372 mil) foi menor que 2011 (460 mil).

Os números do bimestre jan./fev. de 2013 foram positivos para a Indústria (nos 4 ramos), com a predominância da indústria de transformação. Para Serviços, o total foi positivo mas a se destacar o negativo do Comércio, devido a grande dispensa de mão-de-obra temporária contratada no final do ano anterior. A Agropecuária foi também negativo. Todavia, o saldo líquido da criação de empregos na economia no bimestre foi positivo.

Fonte:www.mte.gov.br (Consulta em 22/03/2013)

(*) O segmento sob denominação de outros serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setor 2009 2010 2011 2012 2013 (Jan - Fev) INDÚSTRIA 195.070 916.427 472.288 256.847 138.942 Extrativa Mineral 2.036 17.715 19.538 10.928 764 Transformação 10.865 544.367 218.138 86.406 79.361 Serviços Industriais de Utilidade Pública 4.984 20.034 9.467 10.223 4.892 Construção Civil 177.185 334.311 225.145 149.290 53.925 SERVIÇOS 815.409 1.640.369 1.410.934 1.040.019 95.247 Comércio 297.157 611.900 459.841 372.368 -74.833 Administração Pública 18.075 10.417 16.126 1.491 12.685 Outros Serviços (*) 500.177 1.018.052 934.967 666.160 103.470 AGROPECUÁRIA -15.369 -1.375 83.227 4.976 -9.652 TOTAL 995.110 2.555.421 1.966.449 1.301.842 170.612

(11)

Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.2. Mercado de Trabalho Paranaense

Em janeiro/fevereiro de 2013, o Paraná teve desempenho positivo na criação de empregos, cabendo a Outros Serviços o melhor desempenho, vindo logo em seguida a Indústria; o Comercio Varejista mantém o pior desempenho, influenciado pela dispensa de trabalhadores temporários.

O desempenho em janeiro-dezembro de 2012, indica superação do número de empregos criados em comparação com o ano de 2011, sendo também o ano de mais empregos criados desde 2006 no Paraná. Os ramos que mais criaram empregos no Paraná em 2012 foram: 1.º) outros serviços; 2.º) indústria; 3.º) comércio varejista; 4.º) agropecuária e outros.

Em 2011, o emprego criado no Paraná foi menor que o verificado em 2010, este um ano de expressivo crescimento do emprego no Estado, seguindo a mesma performance da economia brasileira, indicando uma inversão nas limitações no mercado de trabalho verificadas em 2009. Em 2011 e 2010 os destaques na criação de empregos foram: outros serviços, indústria, e comércio

varejista. Nesses dois anos, em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi atendida, devido

à qualificação insuficiente. O trabalhador escolheu o emprego em função da remuneração e benefícios como: assistência-saúde, vale-alimentação, vale-transporte e perspectiva de carreira; antes disso, em 2009, o trabalhador assumia a primeira e imediata oferta de trabalho.

Permanece a grande rotatividade de mão-de-obra e dificuldades em preencher vagas em: supermercados e hipermercados; hotéis, bares e restaurantes; e nas franqueadas que requerem adequação aos padrões da marca. Outros ramos enfrentam a carência de mão-de-obra qualificada.

Fonte: www.mte.gov.br (Consulta em 22/03/2013)

(1) Indústria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil. (2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública.

(3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

(*) Resultados acrescidos dos ajustes conforme o CAGED; a variação relativa tem por base os estoques do mês atual e de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes.

TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Indústria(1) Serviços Agropecuária e Outros Total Comércio Varejista Comércio Atacadista Administração Pública(2) Outros Serviços(3) 2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396 2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361 2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903 2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084 2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607 2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916 Dez -19.112 -2.680 -835 -198 -8.116 -3.245 -34.186 2012* 41.809 26.864 5.910 1.573 50.357 6.110 132.623 Jan 7.802 -1.399 719 -78 7.811 -202 14.653 Fev 4.652 302 1.047 332 8.407 -665 14.075 Mar 5.709 2.691 720 199 4.691 841 14.851 Abr 8.182 3.074 133 316 5.249 3.969 20.923 Mai 5.650 1.625 282 -14 3.679 516 11.738 Jun 559 951 289 293 2.634 409 5.135 Jul 1.918 1.615 335 254 1.731 153 6.006 Ago 1.677 2.216 159 3 3.857 179 8.091 Set 2.727 2.999 611 56 2.733 433 9.559 Out 1.082 3.230 628 12 1.896 -192 6.656 Nov -3.341 7.112 626 -53 2.330 -917 5.757 Dez -21.347 -3.187 -843 -657 -13.059 -4.178 -43.271 Nov -3.510 6.771 700 3 3.766 -2.067 5.663 2013* 13.038 -2.718 2.334 621 14.711 -313 27.673 Jan 9.263 -2.537 1.038 420 3.940 -999 11.125 Fev 3.164 -289 1.301 206 10.765 710 15.857

(12)

Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.3. Quadro Comparativo da Criação de Emprego

Fonte: www.mte.gov.br (Consulta em 22/03/2013)

2.4 Empregos Gerados no Comércio do Paraná

(*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED: 1) Agropecuária e Silvicultura;

2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;

3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e comunicação, alojamento alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.

(**) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.

TABELA 7: CRIAÇÃO DE EMPREGOS – SALDO (Número de

empregos admitidos menos o número de demitidos)(*) Período Brasil Paraná 2012 1.301.842 89.139 Fev 150.600 14.075 Mar 111.746 14.851 Abr 216.974 20.923 Mai 139.679 11.738 Jun 120.440 5.135 Jul 142.496 6.006 Ago 100.938 8.091 Set 150.334 9.559 Out 66.988 6.656 Nov 46.095 5.757 Dez -496.944 -43.271 2013 -- -- Jan 28.900 11.125 Fev 123.446 15.857

TABELA 8 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Saldo do Comércio (**) Variação em Relação ao Mês Anterior (%) Saldo Acumulado no ano 2012 --- --- --- Fev 1.349 298,38 669 Mar 3.411 152,85 4.080 Abr 3.207 -5,98 7.287 Mai 1.907 -40,54 9.194 Jun 1.240 -34,98 11.683 Jul 1.950 57,26 14.022 Ago 2.375 21,79 16.705 Set 3.610 52,00 20.613 Out 3.858 6,87 24.778 Nov 7.738 100,57 32.774 Dez -4.030 -152,08 28.922 2013 --- --- --- Jan -1.499 36,20 -1.499 Fev 1.012 -68,51 -384

(13)

Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.5. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2013

Fonte: www.mte.gov.br (Consulta em 22/03/2013)

TABELA 9 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2013

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setores Saldo em Brasil Paraná

Janeiro Fevereiro Saldo em Saldo em Janeiro Fevereiro Saldo em

Extrativa Mineral 454 165 25 26

Ind. Transformação 43.370 33.466 6.035 3.373

Serviços de Utilidade Pública 4.285 -57 22 25

Construção Civil 33.421 15.636 3.181 -260 Comércio -67.458 -10.414 -1.499 1.012 Serviços 14.746 82.061 3.940 10.765 Administração Pública 704 12.364 420 206 Agropecuária -622 -9.775 -999 710 TOTAL 28.900 123.446 11.125 15.857

(14)

Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO 2.6. Taxa de Desemprego

A taxa de desemprego no ano de 2012 foi 5,5%; ano em que dezembro foi 4,6%%, o menor do ano e, desde 2002, foi o melhor dezembro. O desemprego menor reflete o bom momento da demanda familiar na economia brasileira em relação ao mercado de trabalho, apesar das dificuldades vivenciadas pela indústria de transformação e pela indústria exportadora. Comparado ao desemprego em países da Europa, os indicadores brasileiros foram excelentes.

O desempenho do início de 2012 permanece neste começo de 2013. Em janeiro, foi 5,4%. Uma explicação para o emprego maior e baixo desempenho do PIB em 2012 pode ser a baixa produtividade da mão-de-obra, com tecnologia defasada e poucas inovações na indústria e as dificuldades das exportações de manufaturados.

As políticas econômicas de aquecimento adotadas pelo governo federal, mesmo que conjunturais, mais a disposição de evitar queda na demanda, permitiram desempenho positivo para o emprego no ano, fatores importantes para manter a demanda e aquecer as vendas do comércio.

Verifica-se para alguns ramos uma insuficiência de qualificação profissional e carência na disponibilidade de trabalhadores. Mesmo com melhores índices, o emprego continua a merecer atenção especial do governo, considerando-se a parcela expressiva dos que chegam ao mercado a cada ano em busca do primeiro emprego.

A RM de Curitiba, apresenta taxas inferiores às do Brasil, decorrentes de vantagens comparativas da economia regional.

Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 28/03/2013) RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 27/02/2013)

(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.

TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE DESEMPREGO Período Taxa de Desemprego Variação % Brasil RM Curitiba (1) 2006 10,0 6,9 2007 9,3 6,2 2008 7,9 5,4 2009 8,1 5,4 2010 6,8 4,5 2011 6,0 3,7 Nov 5,2 3,4 Dez 4,7 3,0 2012 5,5 3,9 Fev 5,7 3,7 Mar 6,2 4,5 Abr 6,0 4,3 Mai 5,8 4,6 Jun 5,9 4,1 Jul 5,4 3,8 Ago 5,3 3,3 Set 5,4 3,2 Out 5,3 3,7 Nov 4,9 3,2 Dez 4,6 3,2 2013 --- --- Jan 5,4 4,8 Fev 5,6 4,5

(15)

Federação do Comércio do Paraná

3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.1. Salário Mínimo no Brasil

O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação definida pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de produtividade. É um valor de referência para a remuneração no país.

Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na data base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários do comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários para os trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.

De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses anteriores, representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que tem o salário mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a inflação. Em 2012 e 2013 o reajuste do salário mínimo foi maior que a inflação de referencia.

Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 23/01/2013)

O salário mínimo –SM, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a vigorar (*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito Federal); os estados foram divididos em sub-regiões, num total de 50 sub-regiões. Para cada sub-região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre maior e menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em julho de 1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.

Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país. A partir de 1990, apesar dos altos índices de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o poder de compra do SM, que apresentou crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.

A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999. Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao contrário de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que na sua origem, os dados mostram não existir perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a partir de 1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década de 50.

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior .O valor no período pode diferir da inflação anual. (3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2012.

(*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda, 22/03/2000. Consulta em 27/10/2011).

TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Início da Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07 2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41 2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21 2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77 2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32 2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81 2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54 2012 622,00 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86 2013(3) 678,00 8,26 332,11 2,041 2/1/2013 5,84

(16)

Federação do Comércio do Paraná

3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.2. Salário Mínimo no Paraná

O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para categorias de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe citar: empregadas domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto máximo do reajuste.

As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de 2006; b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei n.º 16.470 de 2010; f) Lei 16.807 de 2011; g) Lei 17.135 de 2012. O salário no Paraná e os percentuais de correção utilizados a cada ano, são superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo federal.

No mês de abril serão definidos os novos salários a vigorarem a partir de maio de 2013.

Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 24/09/2012)

______________________________________________________________________________________________________________________ (1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.

(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: (IPCA acumulado de Maio a Março) I) R$ 904,20 – Técnicos de nível médio (grupo 3).

II) R$ 842,60 – Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8).

III) R$ 811,80 – Trabalhadores de serviços administrativos. Trabalhadores empregados em serviços, trabalho doméstico, vendedores do comércio em lojas e mercados, Trabalhadores de reparação e manutenção (grupo 4,5 e 9).

IV) R$ 783,20 – Trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca (grupo 6).

TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Data de Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07 2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63 2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00 2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04 2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53 2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22 2011 817,78 6,89 519,59 1,574 1/5/2011 5,21 2012(3) 904,20 1,57 472,34 1,914 1/5/2012 4,48

(17)

Federação do Comércio do Paraná

4. NÍVEL DE PREÇOS 4.1. Introdução

As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na avaliação conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem utilizar metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos preços. Ademais, os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o cálculo da inflação deve representar os padrões de consumo das categorias de renda avaliadas.

Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores: 1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil, obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por famílias com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos em cada região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância, dimensão e habitantes para a composição do índice nacional.

2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).

4.2. Meta da Inflação

O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-CMN, Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para a inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de referência, o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.

O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia no ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e das variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e siderurgia).

(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo (2) IPC - Preços ao Consumidor

(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o Distrito Federal – Brasília.

TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS

Índice Elaboradora Entidade Coleta: dias Período de Geográfica Base Familiar Renda Principal Uso

1) IPCA (1) IBGE 1 a 30

(mês civil)

11 Capitais (*)

1 a 40 SM Inflação oficial do País Tem ampla aplicação.

2) IPC (2) IPARDES

/Curitiba

1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em Curitiba

(18)

Federação do Comércio do Paraná

4. NÍVEL DE PREÇOS 4.3. Taxa de Inflação

A inflação de fevereiro: 0,60%, foi bem superior ao previsto, em especial em um mês com reduzido número de dias úteis ( 21,5 dias) e onde o comércio de shoppings intensifica liquidações. Os preços dos alimentos, dos hortifrutigranjeiros, as despesas pessoais e a educação foram as que mais contribuíram para esse percentual.

O ano de 2012 teve uma inflação inferior à de 2011: respectivamente, 6,20% e 6,50%.Os

altos índices da inflação no 2.º semestre de 2012 acabaram puxando para cima o valor desse ano. Para 2013, o Banco Central estabeleceu o percentual de 4,5% como meta de inflação no ano.

O índice verificado em 2012 teve como componentes importantes: a valorização do dólar sobre o real, e a elevação dos custos de produção em diversos setores de atividade econômica.

A crise mundial restringiu a economia global; as commodities subiram no exterior devido a queda na safra americana de soja e milho, com reflexos nos preços internos e na receita de exportações. Neste momento, uma queda nos juros não irá estimular a demanda, pois a renda e do poder de compra do consumidor estão comprometidos. A valorização do US$ sobre o R$ permite melhorar exportações de alguns segmentos, mas os preços internos poderão crescer considerando que os importados estarão mais caros e participam com 20% a 25% na demanda interna.

P

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 19/03/2013) Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 19/03/2013)

TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO

Perío do Brasil Meta de Inflação (%) Curitiba IPCA (IBGE) (%) IPC (IPARDES) (%) 2004 7,60 5,5 10,40 2005 5,69 4,5 4,05 2006 3,14 4,5 4,82 2007 4,46 4,5 4,78 2008 5,90 4,5 4,85 2009 4,31 4,5 3,88 2010 5,91 4,5 5,09 2011 6,50 4,5 5,81 Variação

mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses

2012 6,20 4,5 5,91 Mar 0,21 1,22 5,24 0,58 1,20 4,71 Abr 0,64 1,87 5,10 0,84 2,06 4,48 Mai 0,36 2,24 4,99 0,50 2,57 4,74 Jun 0,08 2,32 4,92 0,07 2,63 4,83 Jul 0,43 2,76 5,20 0,16 2,80 4,84 Ago 0,41 3,18 5,24 0,36 3,17 4,74 Set 0,57 3,77 5,28 0,80 3,99 5,25 Out 0,59 4,38 5,45 0,50 4,50 5,53 Nov 0,60 5,01 5,56 0,94 5,48 6,11 Dez 0,79 6,20 6,20 0,40 5,91 5,91 2013 -- -- -- 4,5 -- -- -- Jan 0,86 0,86 6,15 0,79 0,79 6,00 Fev 0,60 1,47 6,31 0,46 1,26 6,40

Tabela 14.A – Maiores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Fevereiro)

Educação 5,40

Alimentação e bebidas 1,45 Transportes 0,81

Tabela 14.B – Menores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Fevereiro)

Habitação -2,38

Comunicação 0,10

Artigos de Residência 0,53

Tabela 14.C – Maiores aumentos por localidades – Brasil (Fevereiro)

Recife 0,98

Belo Horizonte 0,84

Brasília 0,77

Tabela 14.D – Menores aumentos por localidades – Brasil (Fevereiro)

Rio de Janeiro 0,25

Porto Alegre 0,35

(19)

Federação do Comércio do Paraná

5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA

A taxa SELIC em março de 2013 permaneceu em 7,25%, valor vigente desde outubro de 2012. A política de queda nos juros pelo Banco Central ocorre desde julho de 2011, quando a SELIC chegou 12,50%. Até então o aumento dos juros era utilizado para desestimular a demanda como parte da estratégia de combate à inflação. Em agosto daquele ano foi iniciada a política de expansão da demanda e antirrecessão, com inversão em relação a jan-jul, ante os receios de recessão na economia. Teve início a política de contenção dos juros, mantida em 2012, visando blindar a economia contra recessão e não comprometer seu desempenho.

Até julho/2011, para explicar a elevação dos juros o governo mencionava: conter demanda e manter inflação no limite da meta: 5,91% em 2010 e 6,50% em 2011. Emprego e massa salarial crescentes pressionavam a demanda; a opção foi elevar juros para conter consumo.

Continuando o US$ valorizado, juros em queda e importados participando em 25% do consumo interno, haverá dificuldades para controlar a inflação. O governo optou por priorizar a expansão da demanda, mesmo que houvesse resquício inflacionário.

O juro real (nominal menos inflação) próximo de 3,5% (anualizado), melhorou em relação aos anos anteriores. A entrada de dólares especulativos diminuiu bastante em função da queda no juro real. O ponto de corte para a redução do rendimento da poupança, considerando as mudanças vigentes, é a SELIC em 8,0%, percentual que ocorre desde julho/2012.

Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 25/03/2013) Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries Temporais – Mercados Financeiros e de Capitais – Aplicações Financeiras – Caderneta de Poupança – Rentabilidade no Período) (Consulta em 19/03/2013)

(*) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração)

TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL

2010 2011 2012 2013 Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Jan 8,75 Jan 10,75 Jan 10,50 Jan 7,25

Fev 8,75 Fev 11,25 Fev 10,50 Fev 7,25

Mar 8,75 Mar 11,75 Mar 9,75 Mar 7,25

Abr 9,50 Abr 12,00 Abr 9,00 Abr Mai 9,50 Mai 12,00 Mai 8,50 Mai Jun 10,25 Jun 12,25 Jun 8,50 Jun Jul 10,75 Jul 12,50 Jul 8,00 Jul Ago 10,75 Ago 12,00 Ago 8,00 Ago

Set 10,75 Set 12,00 Set 7,50 Set Out 10,75 Out 11,50 Out 7,25 Out Nov 10,75 Nov 11,00 Nov 7,25 Nov Dez 10,75 Dez 11,00 Dez 7,25 Dez

TABELA 16 – POUPANÇA (*) Período Rentabilidade 2012 --- Fev 0,5000 Mar 0,6073 Abr 0,5228 Mai 0,5470 Jun 0,5000 Jul 0,4973 Ago 0,4675 Set 0,4273 Out 0,4273 Nov 0,4134 Dez 0,4134 2013 --- Jan 0,4134 Fev 0,4134

(20)

Federação do Comércio do Paraná

5. MERCADO DE AÇÕES

Após a ascensão de janeiro sobre dezembro, em fevereiro houve queda de quase 6,0% do índice Bovespa: atingiu 57.878 pontos. Desde agosto, se mantém próximo a 60.000 pontos, com valores abaixo dos obtidos no 1.º quadrimestre de 2012. A aparente estagnação do mercado de ações pode ser atribuída: 1) à venda de ações pelos aplicadores do exterior e repasse do valor aos países de origem, a fim de compensar as dificuldades econômico-financeiras naqueles mercados; 2) a valorização do dólar redirecionou parte das aplicações acionárias para a moeda americana; 3) a queda nos juros dos cartões de créditos e financiamentos puxou para baixo a lucratividade e a cotação das ações de bancos; 4) a posições internas adotadas pelas empresas; 5) a políticas governamentais que não estimularam investimentos privados. Estes fatos estão na sequência do acirramento da crise na Europa e países do Euro nos quais as bolsas tem funcionado de forma precária impedindo identificar tendências a médio prazo, diante das mudanças conjunturais intensas nesses países e no contexto global. A economia dos EUA apresenta algumas incertezas e a China programou uma redução no crescimento do PIB. Empresas estatais do governo brasileiro não estão com bom desempenho na Bolsa, o que puxou a média para baixo: é o caso da Petrobrás e de empresas de eletricidade, estas na sequência da queda no preço da energia.

A economia brasileira dispõe de fundamentos econômicos que, isoladamente, não levariam a uma instabilidade na BOVESPA. Todavia, num ambiente globalizado, as oscilações no exterior se propagam de forma rápida e encadeada, afetando o mercado interno. A alta sensibilidade das bolsas de valores reflete negativamente a ingerência do Estado na economia. O não repasse pela Petrobrás dos aumentos do petróleo importado restringiu a cotação de suas ações.

Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa – Estatísticas Históricas – Evolução diária) (Consulta em 19/03/2013) (1) Cálculo anual com base na média de cada mês.

(2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamento do pregão no mês.

TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Período Índice Bovespa (Pontos) (1) (2) Variação Percentual (%) 2007 53.213 39,74 2008 55.329 3,98 2009 52.748 -4,66 2010 67.275 27,54 2011 61.348 -8,77 Dez 57.466 0,54 2012 --- --- Jan 60.577 5,41 Fev 65.435 8,02 Mar 66.571 1,74 Abr 62.578 -6,00 Mai 57.230 -8,55 Jun 54.692 -4,43 Jul 54.511 -0,33 Ago 58.234 6,83 Set 60.047 3,11 Out 58.591 -2,42 Nov 57.223 -2,34 Dez 59.582 4,12 2013 --- --- Jan 61.534 3,27 Fev 57.878 -5,94

(21)

Federação do Comércio do Paraná

6. RISCO PAÍS

O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos investidores mundiais em relação à capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto menor a possibilidade de um país honrar suas dívidas ou menor o grau de segurança proporcionado aos investidores, maior será o risco-país (e maior a possibilidade de não honrar débitos com credores). Quanto maior a possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros mais altos para os investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.

Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países emergentes. O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002; o menor foi 147 pontos em julho de 2011. É um indicador de características mais conjunturais que estruturais, muito vinculado às circunstâncias ou variáveis verificadas no momento de sua medição.

O risco-país do Brasil nos três primeiros meses de 2013, respectivamente, 136, 151 e 182 pontos é um indicador excelente da credibilidade da economia brasileira junto ao resto do mundo e também uma forma comparativa de avaliar a economia brasileira com outros países também quantificados em termos de risco-país. Os números do segundo semestre de 2012 foram melhores que os do primeiro. Apesar da não superação na totalidade da crise econômica externa nos países desenvolvidos, a qual poderia repercutir de forma mais intensa sobre o Brasil, prevalecem para a economia brasileira condições de credibilidade e fundamentos econômicos melhores que países da União Europeia, que permitem um risco-país não preocupante.

Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 19/03/2013)

(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.

TABELA 18 – RISCO PAÍS

Período Risco País

(*) (pontos) Variação (%) 2009 306 8,89 2010 204 -33,33 2011 193 -10,29 2012 --- --- Mar 190 -12,04 Abr 177 -6,84 Mai 181 2,26 Jun 249 37,57 Jul 213 -14,46 Ago 175 -17,84 Set 180 2,86 Out 162 -10,00 Nov 152 -6,17 Dez 155 1,97 2013 --- --- Jan 136 -12,26 Fev 151 11,03 Mar 182 20,53

(22)

Federação do Comércio do Paraná

8. VARIAÇÃO DO DÓLAR

Em março de 2013 o dólar atingiu R$ 1,9843 no 1.º dia útil, após ter atingido em dezembro de 2012 o maior valor desse ano: R$ 2,1115. O Banco Central se demonstra atento no acompanhamento da relação cambial com o Real-R$. Em julho-agosto de 2012 o Banco Central interveio no mercado comprando dólares para evitar que caísse abaixo de R$ 2,00. Os sólidos indicadores da economia brasileira que atraíam divisas e investimentos do exterior em 2011, em especial quando comparado ao desempenho de países da Europa, foram contaminados pela crise nos países do Euro, o que resultou em valorização do dólar, dado a maior procura. A grande saída de dólares para o exterior reduziu a disponibilidade interna, elevando sua cotação. Há possibilidade de estabilização do dólar nos próximos meses em torno de R$ 2,00, desde que a crise europeia não se intensifique. As empresas brasileiras com dívidas em US$, tiveram crescimento da mesma em R$, pois a conversão exige mais moeda nacional. O Banco Central realiza intervenções no mercado de divisas, vendendo ou comprando dólares, a fim de conter oscilações extremas.

A cotação do US$ a partir de outubro/2011 não favoreceu as importações brasileiras como no primeiro semestre de 2011; beneficia os exportadores, considerando a desvalorização do Real. O benefício aos exportadores deve ser visto num contexto onde os países da Euro, EUA e Argentina passam por dificuldades que limitam suas importações. O dólar valorizado pressiona preços internos, dado a presença de 25% (aproximadamente) de importados (insumos e bens finais) na demanda interna. A valorização do dólar está ocorrendo em diversas economias.

A tendência para o 1.º semestre de 2013 é o dólar se manter próximo a R$ 2,00.

Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 19/03/2013)

(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.

TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)

Período 2010 (R$) 2011 (R$) 2012 (R$) 2013 (R$) Jan 1,7232 1,6502 1,8676 2,0415 Fev 1,8765 1,6604 1,7370 1,9838 Mar 1,7992 1,6640 1,7146 1,9843 Abr 1,7693 1,6186 1,8308 Mai 1,7307 1,5739 1,9143 Jun 1,8247 1,5870 2,0344 Jul 1,7998 1,5591 1,9887 Ago 1,7481 1,5543 2,0426 Set 1,7433 1,6032 2,0329 Out 1,6804 1,8804 2,0254 Nov 1,7036 1,7499 2,0306 Dez 1,7044 1,7922 2,1115

(23)

II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L

Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

9.1. Desempenho emJaneiro 1. INTRODUÇÃO

O varejo do Paraná em janeiro de 2013 apresentou queda em relação a dezembro e crescimento na comparação com janeiro de 2012. Como explicações para este desempenho estão: a) o 1.º bimestre do ano tem, tradicionalmente, as menores vendas, enquanto dezembro é o mês de pico de vendas; b) o início do ano apresenta uma série de despesas típicas para o período, que induzem muitos consumidores a fazerem reservas e adiar/reduzir outros gastos para adequarem o orçamento.

O mês de janeiro teve 26 dias úteis e nenhuma data comemorativa com reflexos sobre as vendas. Uma característica de janeiro é a ocorrência de promoções e liquidações de estoque com descontos em relação aos preços praticados em dezembro. O objetivo é obter liquidez, transformando mercadoria em receita a fim de bancar novas compras e/ou reduzir ônus financeiro, e contribuir para aquisição de mercadorias para um novo período no calendário.

O começo do ano coincide com as férias escolares e o verão, quando ocorre com mais intensidade as viagens e o deslocamento do potencial de consumo para outros centros urbanos. Um exemplo muito próximo que pode ser utilizado é o do litoral do Paraná que multiplica sua população com a chegada dos veranistas. O período marca o redirecionamento do consumo para outros centros, fato que exige a preparação prévia do comércio das cidades receptoras, muito mais do que simplesmente nos ramos de hotéis, transporte, combustíveis e lazer.

O que se tem nesse início de 2013, na sequencia de 2012 que apresentou um crescimento de 5,8% nas vendas, é uma melhor expectativa dos empresários do comércio em relação ao desempenho esperado para o 1.º semestre do ano. Não há condições ainda para uma visualização mais consistente em relação ao desempenho provável, considerando as características típicas de inicio de ano. No entanto, a partir de março deverão surgir os primeiros e mais consistentes sinais relativos ao desempenho provável do 1.º semestre. Mas é inegável que boa parte do padrão a ser obtido estará relacionado às políticas econômicas a serem implementadas pelo governo federal. Permanecem algumas heranças no cenário econômico daquilo ocorrido em 2012: esgotamento da capacidade de endividamento de consumidores; alta do US$ sobre o R$ elevando preços de importados; maior rigor na concessão de créditos. Por outro lado, o governo procura reduzir as limitações na economia adotando políticas expansivas: manutenção dos juros em 7,25%; IPI reduzido sobre produtos específicos; queda na tarifa de energia elétrica; isenção de impostos sobre a cesta básica, tudo isso em paralelo ao financiamento para o agricultor e novas linhas de crédito para a indústria. A menor remuneração da poupança incentiva consumidores a anteciparem compras.

2. COMPONENTES IMPORTANTES PARA O DESEMPENHO

a) taxa de inflação maior que a verificada em dezembro;

b) comprometimento da renda de parcela de consumidores com o padrão de gastos do início do ano: IPTU, IPVA, ISS, gastos escolares: mensalidades, uniformes e material didático

c) mercado de trabalho aquecido e remuneração média maior em alguns segmentos; d) manutenção do financiamento habitacional;

e) ascensão das classes D e E, de elevada propensão a consumir, e ampliação da classe C; f) “custo Brasil” que pressiona preços e reduz o poder de compra;

g) inadimplência e endividamento dos consumidores ainda elevados; h) maiores exigências para a concessão de crédito pessoal.

(24)

Federação do Comércio do Paraná

3. NÚMEROS

Uma síntese das vendas de Janeiro consta a seguir.

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

4. DESTAQUES NO PARANÁ EM JANEIRO DE 2013:

4.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de2012 (%) Acumulado Do Ano (Jan) (%)

1. Livrarias e Papelarias 10,71 1. Óticas 26,41 1. Óticas 26,41

2. Materiais de Construção -5,29 2. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas 18,98 2. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas 18,98 3. Concessionárias de

Veículos -6,71 3. Cine-Foto-Som 15,97 3. Cine-Foto-Som 15,97

4. Cine-Foto-Som -9,29 4. Concessionárias de Veículos 14,62 4. Concessionárias de Veículos 14,62

5. Óticas -11,40 5. Supermercados 13,70 5. Supermercados 13,70

4.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2012 (%) Acumulado Do Ano (Jan) (%)

1. Calçados -54,48 1. Calçados -16,49 1. Calçados -16,49

2. Vestuário -49,75 2. Lojas de Departamentos -12,59 2. Lojas de Departamentos -12,59 3. Tecidos -37,79 3. Autopeças e Acessórios -0,16 3. Autopeças e Acessórios -0,16

4. Lojas de Departamentos -33,56 4. Tecidos 0,18 4. Tecidos 0,18

5. Farmácias e Perfumarias -23,36 5. Farmácias e Perfumarias 1,24 5. Farmácias e Perfumarias 1,24

4.3 Polos pesquisados e Ramos de maior e menor crescimento em 2013 (acumulado do ano):

5. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO:

5.1 Lojas de departamentos: considerando a diversidade de produtos com os quais trabalha, não cresceu o

esperado em 2012. Inicia 2013 com desempenho abaixo do verificado no ano anterior. Oferece amplo leque de opções, onde muitas são típicas de outros ramos. A concentração de produtos no mesmo espaço favorece vendas. Tem grande poder de negociação com fornecedores. Há concorrência acirrada no segmento e também dos ramos que vendem produtos semelhantes: a) eletrodomésticos e eletroeletrônicos; b) móveis e decorações; c) calçados; e d) vestuário.

5.2 Móveis, decorações e utilidades domésticas: bom crescimento sobre janeiro de 2012. Expectativa de

manutenção do desempenho positivo no ano, com o estímulo da ocupação de imóveis novos, substituição de mobiliário antigo, financiamento facilitado e melhoria de renda. A Pesquisa não capta vendas de móveis vendidos da fábrica (marcenarias) para o consumidor.

5.3 Concessionárias de veículos: caiu em relação a dezembro e cresceu na comparação com janeiro de 2012. Foi

beneficiado pela redução do IPI no período de maio a dezembro de 2012.

TABELA 20 – VARIAÇÃO DAS VENDAS EM JANEIRO DE 2013 Variação das Vendas:

Janeiro - 2013 em relação a RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) PARANÁ (%) 1. Mês anterior -18,75 -16,16 -15,72 -11,34 -13,82 -10,76 -17,59

2. Mesmo mês ano anterior 12,14 8,61 1,22 2,86 1,25 7,07 9,50

3. Acumuladas no ano 12,14 8,61 1,22 2,86 1,25 7,07 9,50

RM de

Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%)

Maior crescimento Óticas 33,81 Cine-Foto-Som 31,32 Óticas 30,26 Cine-Foto-Som 26,66 Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas 16,50 Combustíveis e Lubrificantes 21,42 Menor crescimento Lojas de Departamentos -11,23 Calçados -13,97 Calçados -33,17 Calçados -14,08 Tecidos -29,39 Tecidos -19,17

(25)

Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

5.4 Supermercados e hipermercados: bom crescimento sobre o mesmo mês de 2012.

5.5 Combustíveis e lubrificantes: bom desempenho comparado a janeiro de 2012. A expectativa é grande em

relação a política de preços a ser praticada pela Petrobrás para o setor a partir de março.

5.6 Materiais de construção: bom desempenho neste começo de 2013, estimulado por queda nos juros, redução

tributária em itens específicos, ampliação do financiamento e melhoria na renda. Para as grandes obras ou grandes construtoras, as vendas ocorrem via comércio atacadista ou então via indústria de materiais de construção, com entrega do pedido na obra.

5.7 Farmácias e perfumarias: os genéricos ampliaram participação nas vendas; a guerra de preços das grandes

redes estimula esse ramo mas prejudica pequenas redes e farmácias isoladas (muitas sendo adquiridas por grandes redes de fora do Paraná). O desempenho atual decorre da ampliação das classes C, D e E, maior renda, expectativa de vida, promoções e ampliação das farmácias populares.

5.8 Autopeças e acessórios: vendas crescentes em 2012. Em janeiro de 2013, pouca oscilação em relação ao

mesmo mês do ano anterior. Peças importadas encareceram com o dólar valorizado.

5.9 Óticas e Cine-foto-som: são ramos incentivados por inovações tecnológicas e designs que influenciam o

consumidor. Em janeiro de 2013 as óticas tiveram melhor desempenho. O dólar valorizado não prejudicou vendas. São ramos que trabalham com grande percentual de importados, incluindo-se aí os relógios. Enfrentam a concorrência de produtos que entram ilegalmente.

5.10 Livrarias e papelarias: as vendas são concentradas no início do semestre letivo, com destaque para o 1.º

semestre. Vem diversificando e ampliando seus produtos, com venda crescente de: informática, material de escritório, cd’s, dvd’s, blue-rays e brinquedos, além dos já tradicionais. A abertura de cursos e centros de ensino superior no interior do Estado mais os cursos de ensino a distância (EAD), estimula as vendas desse ramo mais no interior que na RM de Curitiba. As vendas por e-commerce, não captadas pela Pesquisa, crescem rapidamente.

5.11 Calçados: vendas em 2012 não cresceram o esperado. O desempenho de janeiro-2013 foi menor que 2012. Tem

a concorrência das lojas de departamentos, vestuário e supermercados. Demonstra expressivo crescimento das vendas por e-commerce, em especial na linha esportiva: tênis, etc.

5.12 Vestuário: após desempenho tímido em 2012, quando mudanças de estação, novos modelos e designs, não

ajudaram, apresenta em janeiro de 2013 crescimento em relação a 2012. O desempenho no ano anterior pode ser consequência da opção do consumidor por redirecionar seus gastos ou liquidar dívidas. Enfrenta a concorrência de outros ramos do varejo.

5.13 Tecidos: as vendas estão relacionadas à ocupação de imóveis residenciais, comerciais e reformas, em paralelo à

melhoria de renda. Busca se adequar ao novo perfil de mercado. Ampliou a oferta: cortinas, carpetes, cama-mesa-banho, sofás, papéis de parede, novos padrões, etc. Concorre com “móveis e decorações”. Têm preços promocionais, típicos de um mercado competitivo. Os tecidos para vestuário diminuíram a participação, diretamente proporcional à redução de alfaiates/costureiras.

Referências

Documentos relacionados

 Oclusiva Bilabial Vozeada cabaça, brava, blasfemar, garbosa  Oclusiva Alveolar Desvozeada ataca, trava, Atlas, carta, gasta  Oclusiva Alveolar Vozeada cada, ladra,

A disponibilização de dados pela RFB ao órgão ou à entidade solicitante será operacionalizada, por qualquer meio ou solução que venha a ser adotada pela

O desempenho do método foi muito homogêneo: ficou acima de 92% em todas as imagens (um máximo de 2 topos não atingidos em um total de 23), e com uma média de 95% para as imagens

O Business English Course é verbal, não verbal e escrita eficaz, um módulo prático com aulas em inglês, dentro do cenário das ministradas em inglês por corporações

Nas cinco regiões brasileiras, em todo o período, verificou-se que as gastroenterites infecciosas e complicações, asma e pneumonias bacterianas mantiveram-se como as

Considerando a importância da qualidade dos gastos públicos e da eficiência pública como mecanismo de promoção do desenvolvimento, questiona-se a magnitude dos

A estrutura do regula- mento foi modificada, reservando-se à RDC 48 todo o enunciado das exigências técnicas e legais para a concessão do registro e transformando os anexos da

Para atender às exigências requeridas pelas mudanças aceleradas do mercado de trabalho e às necessidades tecnológicas que cada vez mais vêm invadindo todos os