1.º Aditamento à LICENÇA AMBIENTAL
n.º 93, de
17
de Junho de
2008
Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da
Poluição (PCIP), é emitido o 1º Aditamento à Licença Ambiental do operador
Cemopol – Celuloses Moldadas Portuguesas, Lda.
com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 502 163 020, para
a instalação
Cemopol – Celuloses Moldadas Portuguesas, Lda.
Sita na freguesia e concelho de Pombal,
A presente licença é válida até
17 de
Junho
de 2015
Amadora, 1 de Abril de 2011
Este aditamento é parte integrante da Licença Ambiental n.º
93/2008, de
17
de Junho de
2008.
Alteração ao ponto 1.
(PREÂMBULO)Onde se lê:
Esta Licença Ambiental (LA) é emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (Diploma PCIP), para a
instalação Cemopol – Celuloses Moldadas Portuguesas, Lda, para a actividade principal de
fabrico de artigos de celulose moldada e para a actividade secundária de produção de electricidade e vapor em central de co-geração, às quais correspondem as seguintes capacidades licenciadas:
50 ton/dia, no que se refere à capacidade instalada de produção celulose moldada [CAEREV3 n.º 17290 - Fabricação de outros artigos de pasta de papel, de papel e de
cartão1];
950 + 1050 kW (1120 +1250 kVA), no que se refere à potência eléctrica instalada na central de co-geração, Turbinas 1 e 2, respectivamente [actividade classificada através da CAERev.3 n.º 35112 – Produção de electricidade de origem térmica
2
].
A actividade PCIP realizada na instalação é a produção de celulose moldada, a partir de papéis reciclados, incluída na categoria 6.1b) do Anexo I do Diploma PCIP, com uma capacidade instalada de 50 t/dia.
A instalação fica também autorizada a valorizar, através da sua incorporação no processo produtivo, os resíduos com os códigos LER 15 01 01 (embalagens de papel e cartão), 19 12 01 (papel e cartão) e LER 20 01 01 (papel e cartão) e, com uma capacidade de processamento de 50 t/dia correspondendo essa actividade, de acordo com o Anexo III da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março, a uma operação de valorização R3.
Deverá ler-se:
“Esta Licença Ambiental (LA) é emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (Diploma PCIP), para a instalação Cemopol – Celuloses Moldadas Portuguesas, Lda, para a actividade principal de fabrico de artigos de celulose moldada e para a actividade secundária de produção de electricidade e calor em central de co-geração, às quais correspondem as seguintes capacidades licenciadas:
50 ton/dia, no que se refere à capacidade instalada de produção celulose moldada [CAEREV3 n.º 17290 - Fabricação de outros artigos de pasta de papel, de papel e de
cartão3];
950 + 1050 kW (1120 +1250 kVA), no que se refere à potência eléctrica instalada na central de co-geração, Turbinas 1 e 2, respectivamente [actividade classificada através da
CAERev.3 n.º 35112 – Produção de electricidade de origem térmica
4
].
A actividade PCIP realizada na instalação é a produção de celulose moldada, a partir de papéis reciclados, incluída na categoria 6.1b) do Anexo I do Diploma PCIP, com uma capacidade instalada de 50 t/dia.
1
Actividade anteriormente classificada através da CAERev.2.1 21250 (Fabricação de artigos de pasta de papel, de papel
e de cartão, n.e.).
2
Actividade anteriormente classificada através da CAERev.2.1 40110 (Produção de electricidade).
3
Actividade anteriormente classificada através da CAERev.2.1 21250 (Fabricação de artigos de pasta de papel, de papel
e de cartão, n.e.).
4
A instalação fica também autorizada a valorizar, através da sua incorporação no processo produtivo, os resíduos com os códigos LER 03 03 10 (rejeitados de fibras e lamas de fibras,
fillers e revestimentos provenientes da separação mecânica), LER 03 03 99 (outros resíduos
não anteriormente especificados) LER 15 01 01 (embalagens de papel e cartão), LER 19 12 01 (papel e cartão) e LER 20 01 01 (papel e cartão) e, com uma capacidade de processamento de 50 t/dia correspondendo essa actividade, de acordo com o Anexo III da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março, a uma operação de valorização R3.”
Alteração ao ponto 3.1.2. Condições gerais de operação
Deverá ler-se:
A instalação deve ser operada de forma a serem aplicadas todas as regras de boas práticas e medidas de minimização das emissões durante as fases de arranque e de paragem, bem como no que se refere a emissões difusas e/ou fugitivas, durante o funcionamento normal da instalação.
Em caso da ocorrência de acidente com origem na operação da instalação deverá ser efectuado o previsto no ponto 5 da licença (Gestão de situações de emergência), salientando-se que a notificação deverá incluir os períodos de ocorrência e, salientando-sempre que aplicável, os caudais excepcionais descarregados.
Qualquer alteração do regime de funcionamento normal da instalação deverá ser comunicada à APA.
A gestão dos equipamentos utilizados na actividade deve ser efectuada tendo em atenção a necessidade de controlar o ruído, particularmente através da utilização de equipamentos que, sempre que aplicável, se encontrem de acordo com o Regulamento das Emissões Sonoras para o Ambiente do Equipamento para Utilização no Exterior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 221/2006, de 8 de Novembro.
Alteração ao ponto 3.1.2.1
(Operação de gestão de resíduos)Onde se lê:
Valorização de resíduos no processo produtivo
Inerente à actividade de produção de artigos de celulose moldada, realizada na instalação, e em condições do normal funcionamento desta actividade, ocorre por valorização material a incorporação no processo produtivo do resíduo não perigoso embalagens de papel e cartão e resíduos de papel e cartão, proveniente de terceiros, identificados com os códigos LER 15 01 01, 19 12 01 e 20 01 01.
Deverá ler-se:
“Valorização de resíduos no processo produtivo
Inerente à actividade de produção de artigos de celulose moldada, realizada na instalação, e em condições do normal funcionamento desta actividade, ocorre por valorização material a incorporação no processo produtivo do resíduo não perigoso embalagens de papel e cartão e resíduos de papel e cartão, proveniente de terceiros, identificados com os códigos LER 15 01 01, 19 12 01 e 20 01 01 e rejeitados de fibras e lamas de fibras, fillers e revestimentos provenientes da separação mecânica, identificados com o código LER 03 03 10 e outros resíduos não anteriormente especificados, identificados com o código LER 03 03 99.”
Alteração ao ponto 3.1.4.1
(Águas Residuais e Pluviais)Deverá ler-se:
“Na instalação existemduas redes separativas de águas residuais, nomeadamente:
a) Águas residuais domésticas, provenientes das instalações sanitárias, sociais e balneários, existentes;
b) Águas residuais industriais provenientes do fabrico da pasta, lavagem dos moldes,
scrubbers, lavagens de clichés, oficina, zona dos compressores e dos aditivos.
Os efluentes domésticos (indicados em a)) são encaminhados para a rede de esgotos domésticos do Parque Industrial Manuel da Mota, onde se localiza a instalação.
No que se refere às águas residuais industriais (indicadas em b)), estas são encaminhadas para a estação de tratamento de águas residuais industriais (ETARI) da instalação, com uma capacidade de tratamento de 170 m3/dia e um sistema de tratamento de lamas activadas de arejamento prolongado, precedido por um tratamento de floculação/ flotação por ar dissolvido. A figura seguinte apresenta um diagrama de processo do tratamento dos efluentes industriais da Cemopol, apresentando-se no Anexo I.1 uma descrição pormenorizada deste sistema de tratamento.
Figura 1 – Diagrama do Processo de Tratamento dos Efluentes Industriais da Cemopol
Efluente Bruto Tanque Pulmão
T101 Tamisador de Finos S201 Tanque de Homogeneização T201 Tubo Floculador M202
Flotação poor Ar Dissolvido F201 Tanque de Arejamento T301 Decantador Secundário T401 Tanque de Lamas T501 Floculante Neutralizante Coagulante Sólidos para Destino Final Efluente Tratado Lamas para Desidratação Nutrientes Ar Ar
Após o processo de decantação secundária, o clarificado, livre de sólidos em suspensão, é descarregado graviticamente para o ponto de descarga ED1 que enviará o efluente tratado para o colector municipal, sendo posteriormente encaminhado para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Pombal.
As lamas geradas na ETARI são posteriormente misturadas com as lamas geradas no processo fabril e enviadas para a desidratação de lamas por centrífuga, processo externo à ETARI e integrante do processo fabril.
Há uma reutilização parcial das águas residuais industriais nos processos, designadamente:
As águas de refrigeração (arrefecimento de máquinas) são colectadas, através da rede de drenagem interna, num fosso de recepção que as distribui para os depósitos de águas coladas para reintrodução no pulper. Apenas quando os depósitos de águas coladas estão cheios, a água do fosso (excedente), é enviada para a ETARI para tratamento final antes de ser descarregada no colector municipal;
A água removida na operação de moldagem é recolhida nas caixas de nível (D05 e 2D05) das duas linhas, é clarificada, por flotação com injecção de ar (KROFTA), para ser reintroduzida no processo. Este circuito constitui um circuito independente designado por “circuito de águas flotadas” Após o tratamento a água flotada é recolhida nos respectivos depósitos de cada linha (D18 e 2D13), a partir dos quais é distribuída aos diversos utilizadores: chuveiros das moldadoras; ajuste de consistência; apoio ao circuito de águas coladas, etc. Cada linha de produção dispõe de um sistema de flotação por injecção de ar (KROFTA) para clarificação da água a reintroduzir no processo.
Circuitos de água de arrefecimento das bombas de vácuo, com circuito fechado independente, arrefecem os equipamentos e voltam às torres de refrigeração (tipo atmosférico), onde os valores da temperatura diminuem, para que possam ser novamente reutilizadas. As eventuais perdas verificadas por evaporação são repostas com água fresca. Dadas as suas características bacteriológicas o circuito é mantido separado dos restantes.
As águas pluviais geradas na instalação são recolhidas por duas redes de drenagem compostas por colectores enterrados, sumidouros e caixas de ligação, as quais são encaminhadas para dois pontos de descarga distintos: rede do pluvial do parque industrial e terreno camarário. As águas provenientes de zonas de circulação pavimentadas, incluindo parque de estacionamento coberto e báscula, bem como parte da água recolhida das caleiras dos edifícios são encaminhadas para o ponto de descarga ED3, correspondente ao ponto de
ligação ao colector da rede de águas pluviais do Parque Industrial Manuel da Mota. As águas de drenagem das áreas exteriores correspondentes ao cais de descarga, armazenagem exterior de paletes são descarregadas nos terrenos camarários localizados a norte da instalação no ponto ES1.
As águas pluviais potencialmente contaminadas, do novo depósito de armazenagem de gasóleo, passam por um separador de hidrocarbonetos, sendo posteriormente encaminhadas para o colector municipal.
As escorrências das águas pluviais do parque de armazenamento de matérias-primas (papel e cartão) são encaminhadas para a ETARI da Cemopol.
Qualquer alteração nas redes de drenagem das águas residuais deverá ser participada previamente à APA.”
Alteração ao ponto 3.1.4.3
(Resíduos)Onde se lê:
Na instalação estão identificados quatro locais de armazenamento temporário de resíduos, com as seguintes características e funções:
- PA1 – parque de armazenamento, com 425 m
2
de área impermeabilizada, não vedada, constituído por áreas distintas para os diferentes tipos de resíduos não-perigosos (designadamente rejeitados mecanicamente separados do fabrico de pasta a partir de papel e cartão usados, lamas do tratamento local de efluentes, arame, embalagens de plástico, metais) e perigosos (embalagens contaminadas com
produtos químicos). Na zona parcialmente coberta do parque (cerca de 225 m2)
encontram-se armazenados parte dos resíduos não-perigosos e a totalidade dos resíduos perigosos. Na área respeitante ao armazenamento de lamas do tratamento local de efluentes, existe um sistema de drenagem de águas residuais, que encaminha as águas pluviais potencialmente contaminadas para a ETARI;
- PA2 – parque de armazenamento de embalagens de madeira (resíduos de paletes),
com 675 m2 de área nãoimpermeabilizada, não coberta e sem vedação;
- PA3 – parque de armazenamento de tubagens metálicas, com 225 m
2
, de área não impermeabilizada, não coberta e sem vedação;
- PA4 – parque de armazenamento de óleos usados, no interior da oficina da
instalação, com uma bacia de retenção de 0,4 m3.
Deverá ler-se:
“Na instalação estão identificados cinco locais de armazenamento temporário de resíduos, com as seguintes características e funções:
- PA1 – parque de armazenamento, com 425 m2 de área impermeabilizada, não vedada, onde são armazenados rejeitados mecanicamente separados do fabrico de pasta a partir de papel e cartão usados, lamas do tratamento local de efluentes, embalagens de plástico, misturas de embalagens e ferro e aço e tubagens metálicas. Na área respeitante ao armazenamento de lamas do tratamento local de efluentes, existe um sistema de drenagem de águas residuais, que encaminha as águas pluviais potencialmente contaminadas para a ETARI;
- PA2 – parque de armazenamento de embalagens de madeira, armazenadas num
contentor metálico, com 675 m2 de área nãoimpermeabilizada, não coberta e sem vedação;
- PA3 – parque de armazenamento com 225 m 2
, de área nãoimpermeabilizada, não coberta e sem vedação.
- PA4 – armazenamento temporário de baterias e resíduos eléctricos e electrónicos, em contentores ECOBAT e em PEAD. Trata-se de um local na zona de utilização de equipamento e consumíveis de produção, com área totalmente coberta e impermeabilizada.
- PA5 - parque de armazenamento de óleos usados, no interior da oficina da instalação, com uma bacia de retenção de 0,4 m3.
Alteração ao ponto 3.1.5.2
(Emissões Atmosféricas)Onde se lê:
Ainda no que respeita às Fontes FF5 e FF6, estas deverão ser intervencionadas, no prazo de 12 meses, de modo a serem removidas as estruturas físicas que condicionam a boa dispersão dos poluentes, nomeadamente a estrutura horizontal localizada na parte final da chaminé, de acordo com o disposto no n.2 do art.º 32º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril.
Deverá ler-se:
“Ainda no que respeita às Fontes FF5 e FF6, estas deverão ser intervencionadas, no prazo de 12 meses, após a emissão do presente aditamento, de modo a serem removidas as estruturas físicas que condicionam a boa dispersão dos poluentes, nomeadamente a estrutura horizontal localizada na parte final da chaminé, de acordo com o disposto no n.2 do art.º 32º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril. Desta forma, sugere-se a substituição da referida curvatura por um chapéu de saída de água que não condiciona a boa dispersão dos gases.”
Alteração ao ponto 4.2.2
(Controlo das emissões para a atmosfera)Onde se lê:
Um relatório síntese das emissões para o ar deve ser integrado como parte do RAA contendo a seguinte informação:
- indicação do número de horas de funcionamento anual de cada fonte de emissão para
o ar e consumo de combustível anual das fontes FF3, FF4 e FF5;
- número de horas anual de funcionamento deficiente ou de avaria do equipamento de
tratamento de gases das Fontes FF1 e FF2 (art 11º, nº 5);
- para cada parâmetro monitorizado este relatório deverá ainda apresentar:
o os valores de concentração medidos, os caudais mássicos e a respectiva
carga poluente (expressa em ton ou kg/ano), para as Fontes FF1, FF2 e FF4;
o Em particular para cada parâmetro monitorizado, da Fonte FF4, a respectiva
carga poluente (expressa em kg/t) e ainda a indicação dos parâmetros SO2 e
NOx, expressos em mg/MJ de combustível
- metodologia seguida para o cálculo de todos os valores apresentados
Deverá ler-se:
“Um relatório síntese das emissões para o ar deve ser integrado como parte do RAA contendo a seguinte informação:
- indicação do número de horas de funcionamento anual de cada fonte de emissão para o ar e consumo de combustível anual associado às fontes FF3, FF5 e FF6;
- número de horas de funcionamento deficiente ou de avaria do equipamento de tratamento de gases das Fontes FF1 e FF2 (art 11º, nº 5) anual;
- indicação do período de funcionamento dos queimadores dos dois secadores e das turbinas ao longo do ano;
- para cada parâmetro monitorizado, imposto em sede de licenciamento ambiental ou caracterizado voluntariamente pelo operador no âmbito da análise de desempenho do processo, este relatório deverá ainda apresentar:
o os valores de concentração medidos, os caudais mássicos e a respectiva carga poluente (expressa em ton ou kg/ano), para as Fontes FF1, FF2 e FF4; o Em particular para cada parâmetro monitorizado, da Fonte FF4, a respectiva
carga poluente (expressa em kg/t) e ainda a indicação dos parâmetros SO2 e
NOx, expressos em mg/MJ de combustível
Alteração ao ponto 4.3.1
(
Controlo de Ruído)
Deverá ler-se:
“As alterações a realizar deverão contemplar medidas de minimização das emissões de ruído que assegurem o cumprimento do Regulamento Geral do Ruído (RGR).
Após o arranque da ETARI, deverá ser realizado uma nova avaliação do ruído ambiente, junto dos vários receptores sensíveis mais expostos ao ruído proveniente da actividade da instalação, para verificação do cumprimento dos critérios de exposição máxima e de incomodidade previstos no Art.º 13 º do RGR, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro.
No prazo de 6 meses, deverá ser enviado à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) um relatório síntese acerca dessa avaliação, no qual devem constar os seguintes elementos:
i. Cópia do relatório de avaliação de ruído realizado;
ii. Planta a escala adequada e devidamente legendada, evidenciando a área de inserção da instalação e contendo a identificação dos vários receptores sensíveis com maior exposição ao ruído proveniente do funcionamento da instalação, localizados num raio mínimo de 1 km. Na planta a apresentar deverá igualmente ser efectuada a identificação dos pontos onde foram realizadas as medições de ruído;
iii. Caso em algum dos pontos de avaliação se verifique incumprimento do RGR, o relatório a apresentar deverá igualmente incluir avaliação sobre as acções a adoptar, com vista à conformidade legal, bem como as eventuais medidas de minimização necessárias implementar na instalação e sua calendarização;
Caso seja necessária a implementação de medidas de minimização, deverá(ão) posteriormente ser efectuada(s) nova(s) caracterização(ões) de ruído, de forma a verificar o cumprimento dos critérios de incomodidade e de exposição máxima, devendo os relatórios síntese destas novas avaliações ser igualmente incluídos no RAA (Relatório Ambiental Anual).
As medições de ruído (período diurno, período do entardecer e período nocturno) deverão ser repetidas sempre que ocorram alterações na instalação ou na sua envolvente que possam ter implicações ao nível do ruído ou, se estas não tiverem lugar, deverão efectuar-se medições de ruído, com uma periodicidade máxima de 5 anos, de forma a verificar o cumprimento dos critérios de exposição máxima e de incomodidade previstos no Art.º 13 º do Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro.
Deverão ser integrados no respectivo RAA relatórios síntese correspondentes aos resultados das monitorizações efectuadas.
As campanhas de monitorização, as medições e a apresentação dos resultados deverão cumprir os procedimentos constantes na Norma NP 1730-1:1996 ou versão actualizada correspondente, assim como as directrizes a disponibilizar em www.iambiente.pt..”
Alteração
do Anexo I.1
(Descrição da actividade)Onde se lê:
Central de Cogeração
Esta unidade integra um grupo gerador com potência de 950 kW (1120 kVA), accionado por uma turbina a gás natural, com recuperação dos gases de combustão para utilização nos dois secadores. Os gases de escape da turbina de cogeração são enviados, através de condutas isoladas, para os circuitos de distribuição do ar que alimenta os dois secadores existindo para isso válvulas de regulação individual que se encontram abertas. Em caso de anomalia e/ou arranque os gases sofrem um by-pass, e são enviados directamente para a chaminé da própria turbina (Fonte FF5), com passagem prévia por um silenciador.
Está prevista a ampliação da Central de cogeração instalação através da instalação de uma segunda turbina a gás natural com 1050 kW (1250 kVA), cujos gases de escape são igualmente enviados para os circuitos de distribuição do ar que alimenta os dois secadores, existindo uma chaminé de by-pass (Fonte FF6) para situações de arranque e/ou anomalia.
ETARI
A Cemopol possui uma ETARI para tratamento de águas residuais industriais constituída pelos seguintes equipamentos:
Tanque de gradagem ou obra de entrada; Tanque de homogeneização;
Tamisador;
Tanque de arejamento; Decantador;
Tanque receptor de lamas; Centrifugadora.
A ETARI possui ainda um canal que, em caso de emergência, permite o transbordo do efluente directamente do tanque de gradagem para o colector municipal.
Está ainda prevista, para até final de 2008, a instalação de uma segunda centrifugadora, para assegurar a extracção das lamas em excesso da ETAR, bem como de um espessador de lamas, antes do encaminhamento das mesmas para o sistema de desidratação.
Deverá ler-se:
“Central de Cogeração
Esta unidade integra um grupo gerador, accionado por duas turbinas a gás natural, com recuperação dos gases de combustão para utilização nos dois secadores. Os gases de escape das turbinas de cogeração são enviados, através de condutas isoladas, para os circuitos de distribuição do ar que alimenta os dois secadores existindo, para isso, válvulas de regulação individual que se encontram abertas. Em caso de anomalia e/ou arranque, os gases sofrem um
by-pass e são enviados directamente para as chaminés das próprias turbinas (Fontes FF5 e
FF6), com passagem prévia por um silenciador.
ETARI
Os órgãos de tratamento da ETARI da Cemopol são os seguintes:
Tanque pulmão que tem como função receber e acumular o efluente bruto, a partir do qual é bombeado para a nova Gradagem de Finos. Este equipamento é projectado para receber o efluente bruto do processo industrial, sendo dotado de um agitador para que não haja estagnação do efluente;
Gradagem de Finos, sistema instalado a montante do Tanque de Homogeneização evitando, desta forma, a deposição de sólidos de menores dimensões no fundo do mesmo;
Tanque de Homogeneização: permite efectuar a homogeneização e equalização das cargas e caudais a alimentar ao tratamento biológico, sendo equipado com um agitador submersível. Esta unidade é projectada para fazer face às variações existentes ao nível dos caudais e composições do efluente bruto, amortecendo os choques derivados das pontas e estabilizando as composições.
Flotação de Ar Dissolvido (DAF): este equipamento é responsável pela redução inicial de carga orgânica diminuindo, deste modo, as cargas afluentes ao tratamento biológico, o que permite a melhoria deste tipo de tratamento. Esta unidade permite efectuar tratamento físico-químico (coagulação-floculação, com adição de químicos, seguida de flotação) num único equipamento. O equipamento é composto por um tubo flotador, onde são adicionados os químicos ao efluente, uma unidade automática de preparação e dosagem de polímero e uma unidade de flotação por ar dissolvido. Trata-se do método mais eficiente de separação de sólidos, óleos, gorduras e materiais fibrosos de águas residuais. Na unidade de flotação por ar dissolvido, são removidos cerca de 30%-40% da carga orgânica e 70%-90% de sólidos suspensos.
Reactor biológico: o sistema preconizado para esta instalação é o de lamas activadas de arejamento prolongado, através de difusores de bolha fina e funcionamento contínuo. O reactor biológico tem uma rede de difusores de ar de membrana instalada no fundo, que garante o fornecimento de ar atmosférico. Neste tanque, através da biomassa suspensa (lamas activadas) efectua-se a biodegradação dos compostos orgânicos presentes no efluente. Por outro lado, dado tratar-se de um tanque de arejamento enterrado em betão, a descarga do clarificado da DAF para este reactor é gravítica, sem haver necessidade de uma estação elevatória. O sistema de arejamento tem em consideração as cargas efectivas do efluente, bem como a temperatura de chegada do efluente (30º C), o que implica uma necessidade de oxigénio maior que o normal. A degradação é feita por oxidação da matéria orgânica dissolvida, produzindo-se dióxido de carbono que é libertado para o ar e biomassa que age como lamas activadas.
Decantador Secundário Gravítico: O efluente, tratado no reactor biológico, é conduzido para a etapa de decantação, onde os sólidos em suspensão sedimentam pela acção da gravidade e o sobrenadante, efluente tratado, é removido do sistema por transbordo, através de uma caleira de perfil triangular. Desta forma, separa-se o efluente tratado da biomassa, obtendo-se a clarificação final.
Tanque de Lamas: As lamas em excesso produzidas no processo biológico bem como as lamas químicas, geradas no tratamento primário, são bombeadas para o tanque de lamas, onde permanecem enquanto aguardam a alimentação à unidade de desidratação. Devido á diferente natureza das lamas em questão, é instalado no tanque de lamas um agitador responsável pela homogeneização das lamas.”
Alteração
do Anexo I.2
(MTD adoptadas)Deverá ler-se:
“MEDIDAS GERAIS
- Sistema de Gestão Ambiental (SGA) o qual apresenta certificação externa, segundo os requisitos da norma NP EN ISO 14001 que optimiza a gestão, aumenta a consciencialização, define metas, prevê medidas, compreende instruções sobre os processos e directrizes laborais.”
Onde se lê:
MEDIDAS PARA REDUÇÃO DAS EMISSÕES PARA A ÁGUA
- Optimização da gestão dos circuitos de água processual com clarificação por flotação e
reintrodução no processo;
- Clarificação das águas por flotação para utilização nos chuveiros das máquinas
moldadoras;
- Separação dos circuitos de água do processo e reutilização (circuito de águas frescas,
circuitos de águas coladas, circuito de águas flotadas, circuito de águas residuais industriais, circuito de águas das bombas de vácuo)
- Substituição de substâncias potencialmente perigosas por outras de menor
perigosidade;
- Tratamento primário e secundário de efluente industrial.
Deverá ler-se:
“MEDIDAS PARA REDUÇÃO DAS EMISSÕES PARA A ÁGUA
- Sistema de tratamento de lamas activadas de arejamento prolongado, precedido por um tratamento de floculação/ flotação por ar dissolvido.
- Optimização da gestão dos circuitos de água processual com clarificação por flotação e reintrodução no processo.
- Clarificação das águas por flotação para utilização nos chuveiros das máquinas moldadoras.
- Separação dos circuitos de água do processo e reutilização (circuito de águas frescas, circuitos de águas coladas, circuito de águas flotadas, circuito de águas residuais industriais, circuito de águas das bombas de vácuo).
- Substituição de substâncias potencialmente perigosas por outras de menor perigosidade.”
Onde se lê:
MEDIDAS PARA REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE RESÍDUOS
- Instalação de sistemas eficientes de desidratação dos rejeitos e das lamas, de forma a
diminuir o seu teor em humidade;
- Adequada gestão dos resíduos por forma a garantir a produção a níveis o mais baixos
possíveis e recuperar, reciclar e valorizar, com consequente minimização de resíduos para eliminação;
- Utilização de sistemas informáticos para controlo automático do processo produtivo,
Deverá ler-se:
“MEDIDAS PARA REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE RESÍDUOS
- Instalação de sistemas eficientes de desidratação dos rejeitos e das lamas, de forma a diminuir o seu teor em humidade.
- Adequada gestão dos resíduos por forma a garantir a produção a níveis o mais baixos possíveis e recuperar, reciclar e valorizar, com consequente minimização de resíduos para eliminação.
- Procura de novas técnicas para valorização dos resíduos processuais, nomeadamente rejeitados mecanicamente separados do processo, com vista à sua valorização material ou energética.
- Utilização de sistemas informáticos para controlo automático do processo produtivo, nomeadamente na preparação de pasta e alimentação às máquinas.”
Alteração ao Anexo II.
(MONITORIZAÇÃO DAS EMISSÕES DA INSTALAÇÃO E VALORES LIMITE DE EMISSÃO)Onde se lê:
Quadro II.2.2 - Gama de valores de emissão a obter após tratamento na ETARI complementado com tratamento na
ETAR de Pombal Parâmetro Expressão dos resultados Gama de valores de emissão associados às MTD (VEA)(1) Caudal m3/t papel < 7 m3/t
Carência Bioquímica de Oxigénio (CBO5)
kg/t papel < 0,05-0,15
Carência Química de Oxigénio
(CQO) kg/t papel 0,5-1,5
Sólidos Suspensos Totais
(SST) kg/t papel 0,05-0,15
Azoto Total kg/t papel 0,02-0,05
Fósforo Total kg/t papel 0,002-0,005
AOX kg/t papel < 0,005
Deverá ler-se:
“Quadro II.2.2 - Valores Limite de Emissão a obter após tratamento na ETARI complementado com tratamento na
ETAR de Pombal1 Parâmetro Expressão dos resultados Valores Limite de Emissão Caudal m3/t papel < 7 m3/t Carência Bioquímica de Oxigénio
(CBO5)
kg/t papel 0,15 Carência Química de Oxigénio
(CQO) kg/t papel 1,5
Sólidos Suspensos Totais
(SST) kg/t papel 0,15
Azoto Total kg/t papel 0,05 Fósforo Total kg/t papel 0,005
AOX kg/t papel 0,005
(1) Valores de caudal e cargas atingíveis com base na aplicação das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) do BREF P&P - “Reference
Document on Best Available Techniques in the Pulp and Paper Industry”, Comissão Europeia, de Dezembro de 2001.
Onde se lê:
Quadro II.3.1 – Monitorização e Valores Limite das Emissões para a Atmosfera das Fontes FF1 e FF2 (Secadores 1 e 2, respectivamente)
Parâmetro VLE (1) (mg/m3N) Frequência de monitorização Partículas 150 Bianual SO2 500 NOx (como NO2) 500 CO 1000 COT 200
VLE refere-se a um teor de 17% de O2 e gás seco no efluente gasoso
Deverá ler-se:
Quadro II.3.1 – Monitorização e Valores Limite das Emissões para a Atmosfera das Fontes FF1 e FF2 (Secadores 1 e 2, respectivamente)
Parâmetro VLE (1) (mg/m3N) Frequência de monitorização Partículas 150 Bianual SO2 500 3 em 3 anos
NOx (como NO2) 500 Bianual
COV 200 3 em 3 anos