• Nenhum resultado encontrado

O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS AULAS DE JOGOS ESPORTIVOS COLETIVOS EM ESCOLAS DO CEAGB

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS AULAS DE JOGOS ESPORTIVOS COLETIVOS EM ESCOLAS DO CEAGB"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

ISSN: 1981-3031 O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS AULAS DE JOGOS

ESPORTIVOS COLETIVOS EM ESCOLAS DO CEAGB

Wagner Tenorio Cavalcante Brito Medeiros¹ Eriberto José Lessa de Moura²

RESUMO

Existe um vasto campo de possibilidades para ensinar jogos esportivos coletivos na escola, assim observa-se a irrelevância de ensinar jogos esportivos coletivos apenas utilizando o ensino das técnicas. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo verificar o planejamento das aulas de educação física com o conteúdo jogos esportivos coletivos. Os sujeitos que fizeram parte dessa pesquisa foram três professoras de educação física de três escolas do Complexo Educacional Antonio Gomes de Barros que ministram aulas para turmas do ensino fundamental. O instrumento para coleta dos dados foi uma entrevista estruturada e observação das aulas através de diário de campo. A análise dos dados foi descritiva, pois o objetivo foi delinear as características das aulas dos professores para entender a relevância destas para o processo de ensino dos jogos esportivos coletivos. Na conclusão pode-se perceber que existiam muitas dificuldades para que as aulas fossem realizadas satisfatoriamente, mesmo quando planejadas, como a falta de espaços adequados, por exemplo, aulas com o sol forte, muitas turmas utilizando o mesmo espaço e de escolas diferentes, o que dificultava a professora até de perceber quem eram o seus alunos.

PALAVRAS-CHAVE: jogos esportivos coletivos- planejamento- ensino fundamental

¹Graduação em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Federal de Alagoas (2011) guinenomo@hotmail.com

² Graduação em EDUCAÇÃO FÍSICA pela Universidade Federal de Alagoas (1992); Mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas

(2)
(3)

2

INTRODUÇÃO

Como toda disciplina do contexto escolar, a educação física tem vários conteúdos que devem ser a aprendidos pelos alunos, como a ginastica, os jogos, as danças, os esportes e as lutas. O presente trabalho irá se desbruçar em uma parcela do conteúdo esporte, que são os jogos esportivos coletivos (JEC).

Este conteúdo vem sendo tratado em muitas escolas, conforme presenciado em estágios curriculares, como mera atividade, e não como conteúdo a ser aprendido nas aulas.

Em contrapartida, Parâmentros Curriculares Nacionais (PCNs) para a Educação Física sugerem dentro do processo educacional atitudes relacionadas a autonomia, cooperação e diversificação, apresentando um grande leque de possibilidades na educação física. Devido a este fato, percebe-se a incoerência de ensinar jogos esportivos coletivos utilizando apenas sequências de gestos mecânicos, que não se pode negar que são importantes para que o aluno tenha experiências motoras com o esporte formal, mas não no intuito da competição exacerbada em detrimento de valores educacionais.

Assim, encontra-se na escola dois problemas no ensino dos jogos esportivos coletivos: 1) vem sendo tratado como mera atividade, ou seja, os alunos praticam repetidas aulas o jogo, mas não percebem o sentido da prática daquela modalidade, sendo assim, não seria necessário um professor de educação física, visto que o jogo é praticado sem nenhuma mediação do professor, que apenas entregar a bola para que aluno pratique a atividade, e recolhe ao final da aula. 2) o conteúdo é ensinado apenas por sequência de gestos mecânicos, sem que o aluno reflita sobre aquele movimento, ou mesmo crie movimentos que podem ser utilizados.

Além disso, é necessário conhecer aquela modalidade que esta sendo praticada, bem como discutir valores que são inerentes ao esporte, com a ética, moral, o respeito as regras, o esporte de rendimento, a influência da mídia, por isso é preciso ir “para além do fazer”, fazendo com que o aluno reflita sobre esses aspectos.

Tendo em vista tais preocupações acima, o presente estudo se fez necessário pelo fato de ter como objetivo verificar o planejamento e desenvolvimento das aulas de jogos esportivos coletivos.

(4)

3

O PLANEJAMENTO DAS AULAS DE JOGOS ESPORTIVOS COLETIVOS NAS TRÊS DIMENSÕES DE CONTEÚDO.

Muitos professores quando vão tratar de jogos esportivos coletivos, concentram as atividades nos movimentos especificos da modalidade esportiva ou apenas entrega a bola aos alunos e se torna um expectador da aula educação física.

Contudo, para que o aluno tenha a possibilidade de aprender é preciso ir além dos movimentos especificos e a recreação, é necessário saber o porque da realização daquele movimento, bem como possa atribuir valores e atitudes apropriadas na prática esportiva.

Estes valores e atitudes, como também os movimentos específicos e o porque de realizados devem estar inseridos no planejamento das aulas realizados pelo professor, assim é coerente que o planejamento responda as seguintes questões: por que ensinar?” “o que ensinar?” e “como ensinar”?

O “o que ensinar?” está vinculado com o conteúdo que está sendo tratado, que neste caso são os JECs, o “como ensinar?” está relacionado com os métodos de ensino- aprendizagem-treinamento e o “por que ensinar?” tem relação com a relevância que aquele contéudo tem para os alunos.

É essencial que as dimensões de contéudo estejam inseridas no planejamento do professor, mas é essencial também que elas sejam demonstradas nas aulas de educação física. Existem três dimensões de contéudo: conceitual, procedimental e atitudinais.

A dimensão conceitual está relacionada com conceitos e príncipios.

Os conceitos se referem ao conjunto de fatos, objetos ou símbolos que tem caracteristicas comuns, e os principios se referem as mudanças que se produzem num fato, objeto ou situação em relação a outros fatos, objetos e situações e que normlamente descrevem relações de causa-efeito e que ou de correlação. (NEIRA, 2006, p.64(b))

Neste sentido, trabalhar os JECs a dimensão conceitual é conhecer os fundamentos do esporte, o histórico, as mudanças pelas quais ele vem passando, porque ocorre essas mudanças, as relações do esporte com a sociedade, saber porque realizar os fundamentos específicos de cada modalidade.

A dimensão procedimental está vinculada aos procedimentos, ou seja, “o que se deve saber fazer, sem se restringir apenas à execução de atividades, mas procedendo também a uma reflexão de como realizá-las”. (Ulasowicz; Peixoto, 2004, p.67)

(5)

4

Esta dimensão, em muitas aulas dos JECs, é absoluta não dando margem para que as outras sejam inseridas, foi isso que aconteceu com as aulas de educação física no quando o conteúdo a ser tratado são os JECs, assim

[...] a ênfase no desenvolvimento e na aprendizagem de habilidades esportivas dos programas de Educação Física eleva o desinteresse e a exclusão dos menos habilidosos, o que geralmente representa a maioria dos alunos. Isso se agrava quando a escola prioriza competições estudantis, desvirtuando a prática pedagógica dos professores, estabelecendo uma relação treinador-atleta e não mais professor-aluno. (Ulasowicz; Peixoto, 2004, p. 64)

A dimensão atitudinal agrupa as atitudes, valores. Valores são principios ou as ideias que permitem as pessoas emitir um juizo sobre as condutas e seu sentido as atitudes ou predisposições relativamente estáveis das pessoas para atuar de certa maneira. São as formas como cada pessoa reliza sua conduta de acordo com valores determinados. (NEIRA, 2006(b))

Tratando os JECs dessa forma é possível que o aluno tenha mais autonomia para refletir sobre o esporte, bem como ter a sua maneira de praticá-lo fora do contexto escolar, e este deveria ser o objetivo de ensinar os JECs na escola: o professor fornecer subsídios para que o aluno conheça o esporte e refletir sobre ele, e o aluno utilizar o conheceu nas aulas fora da escola, como também o aluno pode trazer o que conheceu fora das aulas para dentro delas.

Assim, essa autonomia é necessária para que não haja uma educação para a submissão, por isso a criança deve tomar consciência da prática, e não que essa seja apenas uma repetição de movimentos, porque a autonomia proporcionada pela habilidade naquele contexto deve servir para outro, para isso, é preciso que a criança tome consciência da sua prática.

Pode-se ter com exemplo, a transformação didática do handebol realizada por uma turma de professores alunos em formação, em uma quadra polivalente com três bolas de handebol e dois cones. (PIRES; NEVES, 2005)

Para o início da aula foi proposto um pega-ajuda alterado, em que três pegadores de posse de uma bola cada um, tentavam “cogelar” os demais atingindo-os nas pernas com a bola. Depois de determinado tempo a atividade foi interrompida para ser problematizada com a pergunta: “como este jogo pode didaticamente transformado

(6)

5

de modo a inserir nele ações colaborativas e que envolvam mais alunos em todos os momentos da ação?” A solução foi transformar a estrutura do pega ajuda, de modo que, ao invés de ter uma bola para cada pegador, fosse apenas uma bola para que eles trocassem passes com objetivo de se aproximar dos perseguidos. (PIRES; NEVES, 2005)

A partir deste exemplo, foram trabalhadas duas dimensões de conteúdos: a procedimental, na qual houve o exercício da competência técnica também chamada de objetiva (fundamentos do passe, drible, movimentação com e sem a bola etc.) e a atitudinal, que houve o exercício da competência social (ações cooperativas, solidariedade, reconhecimento que o companheiro está mais bem colocado e que se deve passar a bola, o respeito as regras do jogo, etc).

METODOLOGIA

A pesquisa é qualitativa de cunho descritivo em que se busca analisar a realidade das aulas de jogos esportivos coletivos na educação física escolar no Centro Educacional Antonio Gomes de Barros (CEAGB), sendo que este “estudo não tem a pretensão de enumerar ou medir unidades ou categorias homogêneas. Além disso, a pesquisa qualitativa caracteriza-se pela abertura das perguntas” (OLIVEIRA, 1997; DEMO, 2000).

A pesquisa foi realizada em três escolas do CEAGB, nas quais houve uma conversa com os coordenadores pedagógicos das escolas para conseguir a autorização para entrar na escola, como também, para verificar quem eram os professores de educação física da escola e as quais os horários eles estariam nela.

Neste sentido, os sujeitos que fizeram parte dessa pesquisa foram três professoras de educação física das três escolas supracitadas, sendo uma professora de cada escola, que foram identificadas como: professoras 1, 2, 3. Estas estavam ministrando aulas para turmas do ensino fundamental do 6º ao 9º ano com o conteúdo jogos esportivos coletivos.

O instrumento para coleta dos dados foi uma entrevista estruturada que teve como objetivo o conhecimento da forma que o docente ministra aulas de educação física com o conteúdo “jogos esportivos coletivos. Além disso, foi realizada uma observação de 21 aulas dos professores, sendo 7 aulas de cada um deles, no período de 22/03/2011 a 07/04/2011. Esta observação teve o caráter participante, pois “[...] os pesquisadores

(7)

6

deve imergir nos mundos de seus sujeitos. As pessoas precisam ser estudadas em seus próprios termos, [...].

A análise dos dados foi descritiva, pois o objetivo foi delinear as características das aulas dos professores para entender a relevância destas para o processo de ensino- aprendizagem-treinamento dos jogos esportivos coletivos, visto que “[...] as pesquisas descritivas tem como objetivo primordial a descrição das características de determinadas população ou fenômeno, ou então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. (GIL, 2002, p.42)

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

No quesito do planejamento da aulas a professora 1 em sua entrevista, relatou que realiza um planeajamento anual e que este é pautado no que a turma necessita. Mas, de acordo com as observações este planejamento não parece ser efetivado, pois o desenvolvimento de sua aula era sempre o mesmo, em todas as turmas observadas, isto é, a professora perguntava o que os alunos gostariam de fazer, entregava a bola, montava a rede, dependendo se o desejo dos alunos era jogar voleibol, e ao final da aula eles lhe devolviam a bola.

Desta forma, as dimensões de contéudo que deveriam ser praticadas na aula era prejudicada, principalmente a dimensão conceitual , pois em nenhuma das aulas a professora deu qualquer informação sobre como deveria ser feita a atividade, e qual seria o objetivo dela.

Neste sentido, Darido e Rodrigues (2008, p. 52) confirmam que esta situação é recorrente na educação física, já que

[...]em boa parte da história da Educação Física escolar os professores atribuíram maior valor à dimensão procedimental dos conteúdos, sendo a dimensão conceitual e atitudinal relegada ao acaso ou permanecendo no currículo oculto, de modo que houve na história da Educação Física escolar uma ênfase maior nos conteúdos ligados à prática, à realização dos movimentos, ao “saber-fazer” (procedimental). Já o “por que fazer” (conceitual) e o “como se relacionar dentro desse fazer” (atitudinal) ficaram em segundo plano ou não foram desenvolvidos intencionalmente nas aulas.

Assim, suas aulas sempre se pautavam apenas nos procedimentos das atividades, nas quais o objetivo era sempre jogar o que os alunos queriam, e na maioria das vezes, era o futsal na sua forma tradicional. É este o entendimento que a professora tem sobre a

(8)

7

dimensão procedimentos dos conteúdos, visto que segundo a entrevista obtida, procedimentos é levar com que os alunos a fazer o que eles gostam de fazer.

Contudo, “[...]um novo olhar para a prática pedagógica em Educação Física deverá estar atento aos relacionamentos e conhecimentos no âmbito das manifestações da cultura corporal de movimento, e não apenas à vivência dos movimentos”. (DARIDO; RODRIGUES, 2008, p.53)

Todavia, as condições da escola eram favoráveis para o desenvolvimento das aulas, que eram realizadas sempre no ginásio coberto da escola, com a possibilidade de utilização de cones, bolas, traves e rede de voleibol.

A dimensão atitudinal era pouco trabalhada pela professora, contudo é necessário relatar sobre o relacionamento e as atitudes dos alunos com relação as aulas. A maioria dos alunos ficavam na arquibancada e não realizavam as atividades, havia uma falta de interesse pelas aulas de educação física da professora.

A professora 2 relatou que também realiza o planejamento apenas anualmente, mas ao contrário da professora 1, ela dava ênfase também a aulas teóricas como foi constatados em duas observações, nas quais, foi feita a correção do exercicio do caderno em sala para a composição da 1º nota, com as seguintes questões: O que os jogos proporcionam as crianças? Qual a função dos jogos? Como funcionam as regras dos jogos?

Porém, as aulas práticas não existiam conexões com o conteúdo apresentado em sala, visto que, apesar de a professora ter trabalhado estas questões citadas acima sobre os jogos, as práticas eram relacionadas a jogos esportivos coletivos, nos quais, estas questões não eram enfatizadas.

Embora que, “os professores consideram importante o desenvolvimento de conhecimentos teóricos, mas esses conhecimentos são desenvolvidos apenas em dias de chuva ou totalmente desvinculados das situações práticas. (DARIDO; RODRIGUES, 2008, p.55)

No discurso da professora 2, isso fica mais evidente, pois ela declara que dimensão conceitual são as aulas teoricas, a procedimental são as aulas na quadra, a atitudinal são os problemas que os alunos respondem, os relacionamentos. Para trabalhar com os jogos esportivos coletivos é necessário avaliar o conhecimento prévio dos alunos, conversar na sala e depois realizar a aula na quadra. Ou seja, para a

(9)

8

professora não existe elo entre aulas teóricas e práticas, pois para ela as aulas teóricas são na sala e as práticas na quadra.

Sobre os conceitos, a professora ao realizar a atividade, do mesmo modo da professora 1, não dava nenhuma informação sobre o conteúdo relacionado a atividade, modo como ela deveria ser realizado, embora, em uma aula observada a professora colocou algumas regras que deviam ser respeitadas para a atividade do minivoleibol.

Existiam alguns elementos que dificultavam o desenvolvimento das aulas, como por exemplo, a falta de vestimenta adequada dos alunos, que foi constante nas observações das aulas das três professoras, muitos alunos realizavam a aula descalços, muitas vezes, debaixo de sol muito forte.

Sobre as atitudes, muitos alunos não participam das aulas, mas aqueles que participam se sentiam muito satisfeitos.

Com relação ao planejamento da professora 3, ela respondeu que realiza o planejamento diariamente, e este é feito de acordo com os conteúdos para cada faixa etária.

Apesar de, a professora não saber responder o que são as dimensões (conceitual, procedimental e atitudinal) e como trabalha-las nos jogos esportivos coletivos, desenvolve nos conceitos os fundamentos dos esportes.

No momento em que foram desempenhadas as observações, a professora estava aplicando o conteúdo futsal nas turmas, e este era desenvolvido por temas relacionados ao jogo de futsal formal, como as regras do futsal sobre vestimenta, as categorias do futsal, sub-9, sub-11, sub-13, sub-15, sub-17, adultos. Posições dos jogadores: goleiro, fixo, alas, Pivô. as substituições no futsal e sobre os significados dos cartões.

No parágrafo acima, a professora realmente concretiza o seu discurso de que trabalha os fundamentos dos esportes nos conceitos, mas existiam muitas dificuldades para aplicação desses conceitos na dimensão procedimental, pois, por exemplo, na aula do dia 28/03/2011, com a turma do 8º ano A, havia dificuldade com o espaço, porque não havia vaga no ginásio do CEAGB. Esta foi dividida em turmas de meninos e meninas. As meninas jogavam queimada e os meninos jogam futebol.

Na dimensão atitudinal que segundo Neira (2006, p.68) “aprende-se uma atitude quando uma pessoa pensa, sente e atua de uma forma mais ou menos constante frente ao objeto concreto ao qual a atitude é dirigida”.

(10)

9

Nesse sentido, algumas atitudes dos alunos e da professora parece já estarem enraizadas como: “futebol é coisa de homem”, “queimado é coisa de menina” “A gente sempre joga futsal”, “A professora escreve tudo que os meninos já sabem”, “Vamos rachar professora”, “handebol é muito feminino”

“O esporte deve ser pensado de acordo seu contexto e sua manisfestação. Quando vinculado a educação, à cidadania e à comunidade é necessário por parte dos professores, ampliar olhares e horizontes para além da formação de “atletas” (ROSSETTO JUNIOR et. al., 2008, p. 21-22)

Mas não apenas isso, o esporte deve trabalhado na escola seguindo os principios do esporte educacional: inclusão de todos, construção coletiva, respeito a diversidade, educação integral e autonomia.

Por isso, o ensino dos esportes na escola não se trata de separação e gêneros nas atividades, perceber quem é o melhor ou realização de práticas repetitivas, mas sim, compreender o esporte como possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, psicomotor e sócio-afetivo e as as ações pédagógicas devem abordar os conteúdos em dimensões conceitual, atitudinal e procedimental.

CONCLUSÃO

Com relação ao planejamento e desenvolvimento das aulas, existiam muitas dificuldades para que as aulas fossem realizadas satisfatoriamente, como a falta de espaços adequados, por exemplo, aulas com o sol forte, muitas turmas utilizando o mesmo espaço e de escolas diferentes, o que dificultava a professora até de perceber quem eram o seus alunos, e com isso, mesmo que a professora realizasse o planejamento, seria impossível de se ministrar aula nesta situação.

Foi verificado também a falta de interesse dos professores pelos alunos, visto que como relatado em muitas aulas, poucos alunos participam dela, porque ficavam na arquibancada realizando outras atividades sem conexão aula, como também a falta de interesse do professor incentivar esses alunos a participar das aulas.

Neste sentido, o principio da inclusão em nenhuma das aulas foi evidenciado, o que faz com que o aluno não tenham concretizado este direito de aprender jogos esportivos coletivos nas aulas de educação física, este que não deve ser hegemônico nas aulas, mas também não pode ser obsoleto, principalmente porque existe um conteúdo a ser aplicado que é relevante que o aluno aprenda, para que, além de ter a possibilidade

(11)

10

de realizar o sua prática esportiva autonomamente, possa também, entender as núncias dos esportes quando forem realizados na forma de espetáculo.

Contudo, as aulas de jogos esportivos coletivos na educação física escolar não têm a finalidade de forma atletas em modalidades específicas, mas sim de formar indivíduos que entendam sobre o esporte e que possam praticar o esporte na forma de participação respeitando os outros, as regras estabelecidas pelo grupo etc.

REFERÊNCIAS

DARIDO, Suraya Cristina; RODRIGUES, Heitor de Andrade. As três dimensões dos conteúdos na prática pedagógica de uma professora de educação física com mestrado: um estudo de caso. Revista da Educação Física/UEM v. 19, n. 1, Maringá, 2008.

DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento cientifico. Atlas, São Paulo, 2000

NEIRA, Marcos Garcia.. Educação Física: Desenvolvendo compentências. 2ª ed. São Paulo: Phorte, 2006

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia cientifica: projetos de

pesquisas, TGI, TCC, monografia, dissertações, teses. Pioneira Thompson Learning,

2004.

PIRES, Giovani De Lorenzi; NEVES, Annabel das. O trato com o Conhecimento

Esporte na Formação em Educação Física. In. Didática da educação física. KUNZ,

Eleonor (Org.) 3ª ed. Ed. Injuí. Injuí, 2005. (p. 53-98)

ROSSETTO JUNIOR, Adriano José. et. al. Práticas pedagógicas reflexivas em

esporte educacional: unidade didática como instrumento de ensino e aprendizagem. São Paulo. Phorte, 2008

ULASOWICZ, Carla; PEIXOTO, João Raimundo Pereira. Conhecimentos conceituais e procedimentais na educação física escolar: a importância atribuída pelo aluno. Revista

Referências

Documentos relacionados

Para tanto, foram traçados três objetivos específicos: (i) caracterizar o percurso da política de saúde no Brasil e a formação do SUS; (ii) descrever a Política de

Figura 2 - Taxa de germinação de sementes de girassol armazenadas por 3 anos e submetidas ao osmocondicionamento com soluções de PEG -0,5MPa; PEG 1,0MPa; NaCl -0,5MPa e;

Assim sendo, a. tendência assumida pela pós - graduação em co- municação nos anos 60 contribuiu muito menos para melhorar e.. Ora, a comunicação de massa , após a Segunda Guerra

Focamos nosso estudo no primeiro termo do ensino médio porque suas turmas recebem tanto os alunos egressos do nono ano do ensino fundamental regular, quanto alunos

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

psicológicos, sociais e ambientais. Assim podemos observar que é de extrema importância a QV e a PS andarem juntas, pois não adianta ter uma meta de promoção de saúde se

Nesse sentido, Ridola (2014) afirma o Estado possui como dever, perante a sociedade, a criação de condições que permitam o devido exercício da dignidade.. Entretanto,

A acção do assistente social não se fundamenta em intuições ou suposições sobre a leitura e diagnóstico do problema em análise /estudo, suporta-se no método que orienta