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Paulo Sidney Gomes Silva¹ Criste Jones Bessa Simão² Edivânia Gracielle Silva³

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Academic year: 2021

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TRATAMENTO DE EFLUENTES OLEOSOS DE ATIVIDADE PETROLÍFERAS UTILIZANDO TÉCNICA DE MICROBOLHAS DESENVOLVIDA PELA EMPRESA SERVINDU NÃO-RESIDENTE DA INCUBADORA TECNOLÓGICA DE MOSSORÓ.

Paulo Sidney Gomes Silva¹ Criste Jones Bessa Simão² Edivânia Gracielle Silva³

¹ Mestre em Gestão e Desenvolvimento de Cooperativas pela Universidade de Sherbrooke, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN, reside na rua Raimundo Firmino de Oliveira, 400 - Conj. Ulrick Graff - Mossoró-RN; Telefone para contato 55 84 98183 4020 e e-mail: paulo.gomes@ifrn.edu.br.

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² Pós-graduando em Especialização em Engenharia de Produção pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido- UFERSA e MBA em Estratégias de Negócios pela Universidade Potiguar- UNP. Residente na Rua Ferreira Itajubá, 747, SL-04, Salinas Shopping, Mossoró/RN; Telefone para contato 55 84 99999 3990 e e-mail: criste@servindu.com.br

³ Graduanda em Administração pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte; residente na rua Zé Alinhado n° 80, planalto 13 de maio, Mossoró/RN; Telefone para contato 55 84 99802 9812 e e-mail: g.ra.cielle@hotmail.com

RESUMO

A empresa Servindu- Serviços Industriais LTDA, incubada não-residente da Incubadora Tecnológica de Mossoró- ITMO, desenvolveu um projeto sustentável de tratamento de efluentes derivados da extração de petróleo. De forma mais específica, o projeto objetiva definir um modelo eficiente utilizando a técnica de microbolhas para tratamento de efluente líquido tipo AO, que possa ser apresentado como solução para implantação em estações coletoras de produção de petróleo. O projeto se estrutura a partir da implantação de pequenas unidades de tratamento de efluentes para reuso das águas em zonas de processamento da indústria do petróleo, as quais além de proporcionar a recuperação do óleo, possibilitará diminuir os gastos com o consumo de água potável através do tratamento de efluentes e reuso da água industrial. Portanto, os benefícios para a cadeia do petróleo e gás passam pela correta adequação à legislação ambiental, adoção de alternativas de produção mais limpas, chegando a contribuir, de forma decisiva, para exploração sustentável por parte das indústrias que operam no setor.

ABSTRACT

The Servindu- Industrial Services LTDA, incubated nonresident Technological Incubator of Mossoró- ITMO, developed a sustainable design of treatment derived from the extraction of oil effluents. More specifically, the project aims to define an efficient model using the microbubble technique for treating effluent liquid type AO, which can be presented as a solution for deployment in gathering stations oil. O project production is structured from the implementation of small wastewater treatment plants for reuse of water in the oil industry processing zones, which besides providing oil recovery, will enable decrease spending on the consumption of drinking water by wastewater treatment and reuse of industrial water. Therefore, the benefits for the oil and gas chain go through the proper adaptation to environmental legislation, adoption of cleaner production alternatives, reaching contribute decisively to sustainable exploitation by industries operating in the sector.

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INTRODUÇÃO

Ao longo da vida produtiva de um campo de petróleo ocorre, geralmente, a produção simultânea de gás, óleo e água juntamente com impurezas, denominada de efluentes líquidos. A geração desse tipo de efluentes nas unidades de exploração e produção de petróleo representa uma fonte básica de emissões de poluentes, e podem ser categorizadas, de acordo com Mariano ( 2001) como águas residuárias, contendo a matéria-prima principal ou produto; águas residuárias, contendo subprodutos produzidos durante as reações provenientes de derrames, fugas por gotejamentos, lavagem de reatores, pontos de transbordamento e outros, de torres de resfriamento, condensação de vapor, de água de lavagem geral, e de águas pluviais.

Independente da forma como o óleo se apresenta, o descarte ou reinjeção da solução oleosa só é permitido depois que o óleo e os sólidos em suspensão são removidos, ficando as concentrações máximas de óleo e sólidos permitidas nos efluentes a depender da legislação de cada país (OLIVEIRA, 1995). No Brasil, de acordo com a resolução no 20/86 do CONAMA (1986), o lançamento de efluentes oleosos não deverá ultrapassar a 20 mg/L de teor de óleos e graxas.

A Empresa SERVINDU - Serviços Industriais LTDA, empresa que foi incubada não residente na Incubadora Tecnológica de Mossoró – ITMO, dentre suas estratégias empresariais, vem buscando soluções para cadeia produtiva de petróleo e gás, desenvolvendo equipamentos para aperfeiçoar a produção de petróleo para campos maduros, uma destas soluções é uma unidade de tratamento de agua por microbolhas e/ou por ar dissolvido.

DESENVOLVIMENTO

Os tratamentos de efluentes, em sua maioria, são processos que vem ganhando uma importância fundamental, haja vista que todo resíduo industrial, em função de sua potencialidade poluidora, deve ser adequadamente tratado para evitar danos ao meio ambiental, bem como para atender a legislação ambiental vigente.

O projeto que originou o presente artigo tem por objetivo principal definir um modelo eficiente para o tratamento de efluente líquido tipo AO. Para tanto, propõe-se a adoção da técnica de microbolhas, descrita anteriormente, como solução eficiente para implantação em estações coletoras de produção de petróleo. A adoção dessa técnica pressupõe como necessário:

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 Conhecer o tipo de óleo presente no efluente que se pretende tratar, uma vez que tal substância pode apresentar diferentes formas e comportamentos a depender do tipo de combinação em análise;

 Caracterizar físico-quimicamente o efluente a ser tratado;

 Determinar os parâmetros para aplicação do processo unitário por microbolhas;  Desenvolver protótipo do sistema de microbolhas em laboratório;

 Realizar estudos de natureza técnica, econômica e ambiental que assegurem a real viabilidade da adoção da técnica;

Os procedimentos a serem realizados para o emprego da técnica de microbolhas consistem na adição de ar por tubos porosos sob um campo centrifugo, onde o ar é dissolvido em água quando submetido a um saturador sob pressão. A água, por sua vez, quando saturada com ar será introduzida à pressão atmosférica na célula de flotação, ocasionando a liberação do ar em excesso sob a forma de microbolhas, as quais irão aderir à fase em suspensão promovendo a flotação. Os testes iniciais estão sendo desenvolvidos para que seja alcançado o menor tamanho possível da microbolha, como mostra a imagem abaixo obtida em um dos experimentos.

Figura 1: Registro de um dos testes usando a microbolha

A flutuação do gás depende diretamente da introdução do tamanho das bolhas em um determinado fluxo de água produzida para ajudar com a separação de água e óleo. As bolhas crescem e se agregam com as gotículas de óleo e, posteriormente, aceleraram grandemente a velocidade de separação, em termos de tempo e de eficiência.

Quando comparado a outras tecnologias de separação ou tratamento, unidades de flutuação são mais compactos em relação aos flotadores tradicionais, o que torna o uso dessa técnica bem mais adequada para aplicações em zonas Onshore e Offshore.

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CONCLUSÃO

O fator de preocupação ambiental incentivou ao desenvolvimento deste projeto, baseando-se no fato de que a criação e implantação de pequenas unidades de tratamento de efluentes para reuso da águas em zonas de processamento da indústria do petróleo, onde proporcione a recuperação do óleo; são viáveis e promovem em termos ambientais, o desenvolvimento sustentável industrial, além de diminuir gastos com o consumo de água potável através do tratamento de efluente e reuso da água industrial e, conseqüentemente, proporcionando a conservação do meio ambiente por meio de alternativas sustentáveis.

Com o desenvolvimento desta unidade de tratamento de efluentes, a produção de petróleo em campos maduros onde há poços produtores que chegam a produzir até 97% de agua, poderemos ter uma melhor separação de agua/óleo, menor tempo de residência destes efluentes no processo de separação, garantindo uma otimização no processo produtivo de petróleo, reduzindo o custo com químicos usados em alguns casos de separação, este equipamento por ter um tempo de separação muito curto pode ate ser usado na separação de água do mar em casos de derreamentos, deste modo podemos identificar a viabilidade de desenvolver e comercializar este tipo de equipamento para atender a necessidade hoje existente no mundo do petróleo.

REFERÊNCIAS

CASTRO, J. F. T., BARROS, E. C., SHIOYA, N. H. Evolution of produced water treatment in Campos Basin. SPE 46580, p. 1-5, 1998.

LIMA, A. S. B. Associação das técnicas de coagulação e floculação com agente polimérico no tratamento de água produzida em estação de produção de petróleo no município de Governador Dixsept-Rosado/RN: estudo de caso. Mossoró, 103p. Dissertação (mestrado) – Escola das Ciências Exatas e Engenharia da Universidade Potiguar, 2013.

MARIANO, J.B. Impactos Ambientais do Refino de Petróleo, Tese de M. Sc, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2001

MORETTI. R. C. et al, Associação da Flotação com Reatores biológicos Anaeróbios e Aeróbios para Tratamento de Esgoto Sanitário, 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Ambiental – ABES, Joinvile, 2003.

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PINTO FILHO, A.C.T. & BRANDÃO, C.C.S. Avaliação do Potencial da Flotação por Ar Dissolvido como Pós-tratamento para Efluentes de Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente. In: Congresso da AIDIS, XXVII. Porto Alegre, 2000. Anais. Rio de Janeiro, ABES, 2000. Sp (I-001),.

SCHOENHALS, M. Avaliação da Eficiência do Processo de Flotação Aplicado ao

Tratamento Primário de Efluentes de Abatedouro Avícola. Florianópolis, 87p. Dissertação

(mestrado) – Escola de Engenharia Química da Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. THOMAS, J. E., Fundamentos de Engenharia de Petróleo. Rio de Janeiro, Editora Interciência, 2001.

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