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RICHARD LUIZ GONÇALVES O VOLEIBOL NA EDUCAÇÃO INFANTIL A MODALIDADE QUE DESPERTA A CIDADANIA

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Leme 2017

RICHARD LUIZ GONÇALVES

O VOLEIBOL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A MODALIDADE QUE DESPERTA A CIDADANIA

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Leme 2017

O VOLEIBOL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A MODALIDADE QUE DESPERTA A CIDADANIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Educação Física - Licenciatura.

Orientadora: Walquiria Andrade

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RICHARD LUIZ GONÇALVES

O VOLEIBOL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A MODALIDADE QUE DESPERTA A CIDADANIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Educação Física - Licenciatura.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Fábio Angioluci Diniz Campos

Prof. Esp. Jadir Donizetti da Silva

Prof.ª Esp. Adriana Paula D`Angelo

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus que me manteve firme nessa trajetória rumo a mais uma realização, e a minha mãe Teresinha Marciano Gonçalves por estar ao meu lado em todo o tempo com seu apoio incondicional.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me capacitou para a conclusão desse trabalho e aos professores Adriana Paula D’Angelo e Jair Donizetti Gonçalves pela disposição de dividir comigo seus conhecimentos.

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GONÇALVES, Richard Luiz. O VOLEIBOL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A

MODALIDADE QUE DESPERTA A CIDADANIA. 2017. 43. Trabalho de Conclusão

de Curso Educação Física - Licenciatura – Universidade Anhanguera, Leme, 2017.

RESUMO

O referido trabalho objetivou a promoção da ação reflexiva sobre a prática do Voleibol no contexto da Educação Infantil, bem como a aplicação metodológica da mesma, buscando a identificação dos benefícios que a referida ação promove no contexto educacional se aplicada de forma responsável por meio da ludicidade e de forma prazerosa nas aulas de Educação Física. Buscou-se mostrar de forma clara e objetiva o papel do vôlei enquanto esporte, sendo constatado que sua prática promove a autoestima, permeia o trabalho em equipe, bem como os aspectos relacionados a disciplina organização. A metodologia utilizada se deu por meio de pesquisas de trabalhos fundamentados nas concepções de autores renomados sobre o assunto em pauta, bem como por meio de revistas e sites eletrônicos. O conteúdo de todo o trabalho leva o leitor a conclusão da relevância da prática e oferecimento do voleibol na educação infantil, uma vez que a atividade citada oferece subsídios positivos nos âmbitos cognitivos tanto quanto no social da criança.

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GONÇALVES, Richard Luiz. THE VOLLEYBALL IN CHILDREN EDUCATION: THE

MODE THAT AWAKENS CITIZENSHIP. 2017. 43. Trabalho de Conclusão de Curso

Educação Física - Licenciatura – Anhanguera, Leme, 2017.

ABSTRACT

This work aimed to promote reflexive action on the practice of Volleyball in the context of Early Childhood Education, as well as the methodological application of it, seeking to identify the benefits that the said action promotes in the educational context if applied responsibly through playfulness and pleasantly in Physical Education classes. The aim was to show clearly and objectively the role of volleyball as a sport, being verified that its practice promotes self-esteem, permeates teamwork, as well as aspects related to the discipline of organization. The methodology used was based on researches of works based on the conceptions of renowned authors on the subject at hand, as well as the means of magazines and electronic websites. The content of all the work leads the reader to conclude the relevance of volleyball practice and volunteering in early childhood education, since the activity cited offers positive subsidies in the cognitive as well as in the social context of the child.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...21 1 HISTÓRIA DO VOLEIBOL E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR...23 2 OS BENEFÍCIOS DO VOLEIBOL NO CONTEXTO EDUCACIONAL E SOCI AL...28 3 O VOLEIBOL NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS...33 4 O VOLEIBOL NA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL….36 CONSIDERAÇÕES...42 REFERÊNCIAS...43

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INTRODUÇÃO

Sendo uma modalidade desportiva, o voleibol explora diversos movimentos corporais, podendo não só auxiliar no desenvolvimento motor de seus praticantes quanto no fortalecimento da autoestima, cooperativismo, disciplina e organização. Trata-se ainda de uma ótima ferramenta lúdica para a socialização entre os alunos de diferentes gêneros.

O conteúdo desse trabalho se justifica pelo favorecimento que o assunto apresenta aos profissionais de Educação Física Escolar em relação aos benefícios que o voleibol oferece ao alunado da Educação Infantil, uma vez que se trata de uma modalidade desportiva que ensina o vencer em equipe, promovendo a socialização do indivíduo e conduzindo-o a um querer em se mover e em estar em constante treinamento pessoal, promovendo o desenvolvimento social. Por se tratar de uma atividade lúdica, auxilia de forma atrativa e significativa no que diz respeito à conduta de regras, aumento da percepção, raciocínio rápido, agilidade e valorização da interação com o outro, sendo uma metodologia auxiliadora na formação da cidadania.

O objetivo do estudo com as buscas por informações a respeito desta modalidade no ensino é de causar uma reflexão maior nos professores que atentem para a inicialização neste esporte como objeto lúdico na aprendizagem, podendo ser trabalhada de várias maneiras. Esta modalidade desportiva pode desenvolver em seus praticantes o gosto pela competição em equipe e no contexto escolar, pode ser utilizado como valioso instrumento educacional através do esporte, incentivando nos alunos o desejo pelo jogo, pela convivência em equipe, e competição.

Esse trabalho tem por objetivo incitar o profissional de Educação Física Escolar a conceber o voleibol sob a perspectiva de um instrumento significativo na metodologia pedagógica através da modalidade desportiva, oferecendo um panorama da trajetória desse jogo que auxilia na capacitação dos sujeitos para a cidadania.

O presente trabalho segue a metodologia de pesquisa bibliográfica em livros, periódicos, artigos, revistas, teses, sites eletrônicos, etc., sendo fundamentada e concluída através dos pensamentos de diversos autores especialistas sobre o tema sob um novo olhar.

O referido trabalho aborda as possibilidades do aprendizado do voleibol através das ferramentas pedagógicas jogar/brincar nas aulas de Educação Física Com ajuda

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de diferentes autores que trabalham o lúdico e jogar/brincar. As brincadeiras e o jogo são manifestações que podem facilitar o processo de aprendizagem das crianças, possibilitando a construção da reflexão, da autonomia, cooperação e da criatividade, estabelecendo desta forma uma relação conectada entre ensinar e aprender, facilitando o conhecimento.

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1. HISTÓRIA DO VOLEIBOL E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Criado por volta de 1895, o voleibol é hoje um dos esportes mais praticados no mundo.

Trata-se de uma modalidade desportiva de importante papel no desenvolvimento de crianças e adolescentes, uma vez que explora diversos movimentos corporais, levando ao aluno a elaboração de movimentos diversos. Entretanto cabe dizer que a prática dessa modalidade esportiva tem como maior benefício a integração social do indivíduo, colaborando para a criação de uma personalidade colaborativa, por meio da diversidade, auxiliando o desenvolvimento do aspecto cognitivo, motor, físico, afetivo e motivacional, devendo ser aplicado de forma interdisciplinar na Educação Física Escolar, o que conseguintemente será de grande auxílio em outras disciplinas curriculares da escola.

Para isso é necessário que os professores compreendam que o esporte na escola necessita de um tratamento diferenciado, sendo entendido e trabalhado como conteúdo da educação física, só assim, através do jogo e do lúdico, despertaremos nos alunos o prazer em movimentar-se (DARIDO; RANGEL, 2005; CAMPOS, 2006).

Há muito vem se discutindo na Educação Física sobre os jogos, do brinquedo ou do desporto. Seu caráter simbólico é representativo na cultura dos povos, e o exemplo disso, é bastante ignorado na prática.

O jogo ou o esporte representam, num contexto lúdico, as ações individuais e coletivas das pessoas e da sociedade. Portanto, a competição não nasce no jogo, mas é nele representada (PIAGET, 1978; FREIRE, 1992; et. al). Neste contexto, existem os jogos competitivos, particulares da segunda infância em diante, no momento em que se começa a surgir os chamados jogos sociais.

Sendo assim, suprimir do lúdico os elementos que caracterizam a competição seria o mesmo que negar aquilo que constitui os fundamentos da civilização, pois o jogo é mais antigo e muito mais original (HUIZINGA, 1996).

Quanto ao voleibol, é importante que a escola em conjunto com o professor promova o esporte não somente como uma atividade competitiva, supervalorizando os vencedores em detrimento dos perdedores, mas que proporcione o bem-estar pelo

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prazer em competir e colaborar para a vitória de uma equipe. Talvez esse desafio a ser proposto pela escola, apresente certa resistência por parte dos alunos, que somente veem no esporte o lado da competição individual, ou na valorização de um grupo superior ao outro, não conhecendo muitas vezes os benefícios que este pode causar ao organismo e ao convívio.

O jogo é um importante elemento educacional que pode ensinar conteúdos às crianças, sendo um instrumento pedagógico (FREIRE, 1992).

A utilização dos jogos cooperativos é fundamental na escola, pois criam oportunidades para o aprendizado, eliminando o medo e o sentimento de fracasso, fazendo com que todos sejam vencedores (ORLICK, 1989). De acordo com Brotto (2001) o jogo possui um conjunto de características que formam a “Arquitetura do jogo”, como visão, objetivo, regras, contexto, comunicação, estratégias, clima, resultados e celebração.

“A utilização dos jogos cooperativos é fundamental na escola, pois criam oportunidades para o aprendizado, eliminando o medo e o sentimento de fracasso, fazendo com que todos sejam vencedores (ORLICK, 1989). ”

O lúdico como ferramenta pedagógica nas aulas de Educação Física irá proporcionar aos alunos uma prática saudável e prazerosa, fazendo com que os seus aspectos cognitivos e afetivos sejam desenvolvidos de forma espontânea. Sua origem é encontra na palavra latina “Ludus” que quer dizer “jogo”.

Se achasse confirmada a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo (ALMEIDA, 2009, p.01).

A definição de jogo é: Atividade lúdica que contribui para a Paidéia- A educação- e proporciona as forças e as virtudes que permitem fazer a si mesmo na sociedade: “[...] o jogo prepara para a entrada na vida e o surgimento da personalidade. (MURCIA, 2005, p.19). ”

Neste pensar, vemos como jogos desportivos podem ajudar na construção do caráter e da personalidade sócio comunicativa das crianças e adolescentes, pois inspira o cooperativismo e a comunicação, que por sua vez, exige um maior respeito ao próximo.

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Uma vez que o intuito do trabalho é o esclarecimento da importância do Voleibol como metodologia pedagógica nas aulas de Educação Física Escolar, entende-se que um breve histórico sobre essa modalidade desportiva será de grande valia no decorrer do trabalho.

Os esportes coletivos são os favoritos nas aulas de Educação Física. O Voleibol, criado em 1895 pelo diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços na cidade de Holyoke, Massachussetts, William G. Morga, sendo chamado inicialmente de mintonette.

Entretanto, de acordo com Suvorov e Grishin (2002) o esporte em alta da época era o basquetebol, que em apenas quatro anos de criação havia se propagado com força e velocidade consideráveis.

Todavia, para as pessoas de maior faixa etária, o jogo nem sempre era possível. Dessa forma, objetivando uma maior interação dos fiéis e sugestão de Lawrence Rinder, William G, Morgan decidiu elaborar um jogo mais suave, atrativo e menos agressivo e, consequentemente menos propenso a danos físicos, para que os colaboradores de idade mais avançada da associação tivessem a chance de participar.

Dessa forma Willian colocou uma rede semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros, sobre a qual uma câmara de bola de basquete era batida, surgindo assim o jogo de vôlei. A primeira quadra de Voleibol tinha as seguintes medidas: 15,24 metros de comprimento por 7,62 metros de largura. A rede tinha a largura de 0,61 metros. O comprimento era de 8,235 metros, sendo a altura de 1,98 metros (do chão ao bordo superior). A bola era feita de uma câmara de borracha coberta de couro ou lona de cor clara e tinha por circunferência de 63,7 a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336 gr (WEINICK, 2004, p. 42).

Em 1896, aconteceu uma Conferência no Springfield's College para Diretores de Educação Física nos EUA, onde dois times apresentaram o jogo, dando início a propagação da prática em Springfield, bem como em outras cidades de Massachussetts, e Nova Inglaterra. Logo o Dr. A.T. Halstead propôs a mudança de nome do jogo, que passou a chamar-se Voleibol, em virtude de sua fundamentação, onde a bola era jogada de um lado ao outro por cima da rede. No mesmo ano

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publicou-se o primeiro artigo sobre Voleibol, em Nova Yorque na cidade de Búfalo, tendo como autor J.Y. Cameron.

No ano de 1900, o Voleibol chegou ao Canadá. Em 1908 foi desenvolvido no Japão e China, logo após, em 1910, nas Filipinas, e conseguintemente, no México e em diversos países, de continentes variados.

O Peru foi o primeiro país da América do Sul a ter conhecimento do Voleibol, por meio da educação primária. No ano de 1915 o esporte chegou ao Brasil, por meio da ACM- Organização Cristã de Moços, nessa época o esporte já havia sido regulamentado e em 1917, foi levado a associação de paulista.

Em 20 de abril de 1947, na França, foi instituída a Federação Internacional de Voleibol. Foi fundada pela união de alguns países: Brasil, Egito, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Itália, Iugoslávia, Polônia, Portugal, Romênia, Tchecoslováquia e Uruguai. Doía anos depois, em 1949, o 1º Campeonato Mundial aconteceu em Praga – Tchecoslováquia, sendo que os vencedores foram os russos.

No ano de 1951, o Brasil participou da primeira competição internacional, no 1º Campeonato Sul-Americano. Pouco tempo depois, em 1954, fundou-se a Confederação Brasileira de Voleibol – CVB, objetivando a difusão do esporte no Brasil. No mesmo ano, de 12 a 22 de setembro, o Sul-Americano, apoiado pela Federação Carioca e tendo recebido patrocínio da CBD – Confederação Brasileira de Desportos, foi realizado no Ginásio do Fluminense na cidade do Rio de Janeiro, onde os times brasileiros foram os vencedores do campeonato nas modalidades feminino e masculino. Após uma década, o Vôlei brasileiro estreou nos Jogos Olímpicos do Japão, em Tóquio. Pouco tempo depois, competiu no Campeonato Mundial de Paris, na França, ficando em 11º lugar no ranking.

Em setembro de 1962, no Congresso de Sofia, houve o reconhecimento da modalidade como esporte Olímpico. Em 1964, aconteceu sua primeira participação em uma Olimpíada, onde disputou no masculino com dez países, na cidade de Tóquio, Japão, sendo eles: Brasil, Bulgária, Coréia do Sul, Estados Unidos, Holanda, Hungria, Japão, Romênia, Rússia e Tchecoslováquia. Tendo como primeiro campeão de uma Olimpíada no Voleibol a equipe masculina da Rússia, onde a Tchecoslováquia Japão recebeu o bronze. Na modalidade do Voleibol feminino, o Japão venceu em 1º lugar, a Rússia em 2º e em 3º foi classificada a Polônia.

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Nesse ínterim, percebe-se o rápido avanço do Voleibol na história do esporte mundial, o que leva ao entendimento de que sua prática é promotora de benefícios diversos. Na Educação Física Escolar Infantil, o Voleibol oferece condições valiosíssimas no que diz respeito ao desenvolvimento da criança. Entretanto cabe ao professor de Educação Física considerar a importância de um trabalho lúdico e pedagógico, que objetive o crescimento físico, pessoal cognitivo e social do alunado.

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2. OS BENEFÍCIOS DO VOLEIBOL NO CONTEXTO EDUCACIONAL E SOCIAL

O esporte influencia no desenvolvimento saudável dos alunos e os distanciam da mentalidade distorcida, aqueles que os pratica tem uma vida mais ativa e com menos riscos de adquirir alguma doença e é isso que os alunos devem ter em mente sobra à importância e os benefícios da atividade física para a saúde. No cotidiano, geralmente não podemos evitar a competição, mas no ambiente escolar, é possível trabalhar de maneira conjunta através do voleibol, para se trabalhar a cooperação e a contribuição na formação do ser crítico. O objetivo do voleibol escolar não é formar atletas de alto rendimento, mas pode sim ser um grande incentivo para que esses alunos futuramente sejam jogadores de voleibol profissional.

A educação física tem um vasto campo de desenvolvimento pela frente. Não nos ensinaram na escola a sermos sensíveis, nem a lidar com emoções. Não nos ensinaram a viver em sociedade, nem ater uma moral autônoma, muito menos nos ajudaram a desenvolver sentido estético. A única coisa que, de modo geral, interessa ao sistema escolar é o desenvolvimento das funções intelectuais, o que é muito pouco para uma sociedade que, além de raciocínios lógicos, deveria se alimentar de solidariedade, de cooperação e de amor. Se souber suas possibilidades educacionais, a educação física, recorrendo ao exercício e ao jogo, certamente poderá realizar uma pedagogia integrada, que encerre em cada ato e em cada atitude a mobilização de recursos motores e intelectuais. (BOJIKIAN, 2003)

Os motivos de o esporte voleibol ser pouco desenvolvido nas aulas de educação física se justifica, talvez, pelo alto grau técnico das habilidades motoras especificas exigida para o seu jogo. A aprendizagem dos gestos técnicos do voleibol deve ser alcançada com a utilização de educativos adequados e exercícios de fixação. Porém este método de ensino é julgado por muitos professores com cansativo e de pouco interesse por parte dos alunos. (FREIRE, 1992)

Geralmente, as aulas estipuladas para o esporte voleibol são muitas vezes reduzidas ou até mesmo retiradas do programa escolar, durante o desenvolvimento

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do planejamento, subtraindo do aluno às experiências de movimento que, especificamente, só esse esporte lhe oferece. Os motivos que justificam a falta desse esporte durante as aulas devem ser detectados, com o intuito de buscar soluções que facilitem os professores na sua tarefa de ensinar a prática esportiva.

De acordo com Bizzochi (2000), o maior desafio no ensino do voleibol se dá em razão de suas características de precisão e movimentação, pois ao receber a bola tem que haver uma resposta eficiente e tática. O objetivo do jogo é fazer com que a bola caia na quadra adversária, através de toque com as mãos por cima da rede. Com o saque a bola é colocada em jogo, cada equipe pode dar três toques, para não deixar a bola tocar seu próprio chão. O jogador não pode dar dois toques consecutivos, com exceção se estiver no bloqueio.

As atividades esportivas fazem parte da história da humanidade desde os jogos olímpicos da antiguidade que tiveram início na Grécia. Entretanto, muitos avanços são verificados ao analisar as competições atuais em que as mais diversas modalidades são prestigiadas pelo nível de performance dos atletas que influenciam as pessoas, independente da fase da vida, a buscar a prática esportiva. As aulas de educação física escolar possibilitam a iniciação ao esporte durante a infância e adolescência, inclusive a participação nos jogos escolares nos quais se observa a presença de competitividade.

Uma Educação Física direcionada à cidadania destaca que não é o fato de a Educação Física constar na legislação como componente escolar que garantirá a todos terem acesso ao seu conteúdo. Ou seja, para o autor dependerá do professor se realmente os alunos entrarão em contato com o conhecimento da área, pois ela pode estar na grade curricular e ser destinada a apenas determinados alunos e/ou apresentar conteúdos reduzidos, impossibilitando que na prática escolar a Educação Física aconteça de uma forma que permita ao aluno conquistar a sua cidadania. (FREIRE, 1992)

Segundo Bojikian, (2003), a mídia vem fazendo com que o brasileiro tenha cada vez mais interesse pela prática do voleibol, deixando-o em segundo lugar para manter a saúde, lazer ou mesmo competir. É sem dúvida um dos esportes que mais sofreu alterações em suas regras e sua estrutura, o que lhe torna um esporte altamente interessante. De modalidade esportiva coletiva, o voleibol apresenta na sua

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essência o jogo, fator que sociocultural mente motiva e estimula as pessoas, mostrando-se muito favorecido e propício o desenvolvimento da sua prática.

Franco (2002), se mostra preocupado com o ensino da modalidade esportiva na escola sem um procedimento metodológico apropriado, tendo o objetivo voltado apenas para a assimilação de gestos técnicos. Dessa forma, não ocorre o direcionamento para a reflexão em um contexto mais abrangente, por exemplo, o entendimento da origem e evolução da modalidade esportiva e que atitudes podem ser promovidas durante o seu ensino.

Com o passar dos anos e com a experiência adquirida nessa modalidade, percebeu que os degraus devem ser solidificados a cada fase dentro de um placo eficiente, sequenciado e com muito trabalho. O voleibol tem sido exemplo de evolução esportiva em todos os aspectos, é a modalidade onde o trabalho de condicionamento físico específico, técnico e técnico tático tem possibilitado uma grande evolução grupal, sempre trabalhando para ajustar e chegar perto do ideal. (RIBEIRO, 2004)

Nesse contexto, onde a educação física na escola é a disciplina que os alunos normalmente mais gostam, pois eles se sentem livre fora do ambiente de sala. Neste momento o professor pode propiciar além do aprendizado, descontração, interação, entre outros. Porém deve estar atento aos valores, para que todos aprendam a ter o espírito da cooperação, no qual um ajude o outro incentivando a cada vez mais melhorar o desempenho da equipe, pois o voleibol é um esporte com grande potencial para desenvolver a socialização e espírito coletivo em seus praticantes. O contato direto com o adversário não existe, o que permite a interação entre as pessoas de diferentes faixas etárias na mesma equipe.

No ambiente escolar é fundamental trabalhar com os jogos cooperativos, pois eles criam oportunidades para o aprendizado, eliminadas o sentimento de fracasso e medo, fazendo que todos sejam vencedores. (FREIRE, 1992). Os conhecimentos biomecânicos e psicológicos do professor tornam o ensino mais eficaz para o aluno, o professor deve ensinar antes, durante e após a aula, corrigindo os erros e estimulando os acertos do aluno ou da classe, fazendo com que o aprendizado seja facilitado (RIBEIRO, 2004)

Para os profissionais de educação física, o desenvolvimento e o sucesso com o voleibol, dependem do comprometimento e da qualidade da sua prática pedagógica, que devem reconhecer a importância do jogo como um veículo para o

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desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos. É do professor a responsabilidade no aprendizado do aluno, devendo atuar como mediador, mostrando a real diferença entre os jogos competitivos e cooperativos, para saber qual o momento certo de aplicá-los. Os professores têm experiências variadas com os jogos competitivos, aliados no desenvolvimento dos indivíduos, favorecendo e melhorando suas potencialidades, porém poucos procuram uma alternativa com os jogos cooperativos que proporciona o bem-estar, prazer e qualidade de vida. É preciso divulgar e estabelecer as regras visando o aprendizado (BORSARI, 1989)

Com inúmeros benefícios e características, contribui no desenvolvimento físico, afetivo, social e cognitivo, na aquisição de habilidades motoras, estimula satisfação, alegria e motivação. E se trabalhado corretamente na escola, os benefícios serão vistos também em outras disciplinas, pois a interação principalmente na concentração. É pelo movimento que a criança vivencia novas experiências, desenvolve suas habilidades motoras que podem ajudar na aprendizagem, na criatividade e na socialização. (FRANCO, 2002)

Além das habilidades motoras, desenvolve noção espaço-temporal, determinando a coordenação precisa de uma ação externa para uma resposta motora satisfatória, fazendo com que o corpo responda e atenda a uma exigência externa. Essa complexidade de dominar o espaço-temporal só é possível com a construção de um espaço sensório-motor em conjunto aos progressos da percepção e da motricidade, ambas as características da aprendizagem. (WEINECK, 2000)

Por meio da competição ocorre o despertar do aluno para seu melhor desenvolvimento físico, emocional e intelectual das crianças, ou seja, passam buscar o seu melhor desempenho com treinos, condicionamentos, habilidades, integração e sua atenção. Com o trabalho dos fundamentos do voleibol o aluno se prepara para viverem diferentes experiências que de certa forma ajuda no seu dia-a-dia. Sabendo atacar, defender, trabalhar em equipe no conceito de suas palavras. Demonstra serem atividades simples, mas quando vivenciadas no jogo demonstram a capacidade que cada pessoa tem de viver e de conviver com outras, revelando suas dificuldades e facilidades.

O referido jogo se destaca pelo desenvolvimento das qualidades motrizes como velocidade, flexibilidade e resistência aeróbica, além da força para que possam dominar os hábitos motores do voleibol. Na fase do ensino fundamental as crianças

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são velozes, tem boa capacidade de concentração e de diferenciação de movimentos. (SUVOROV e GRISHIN, 2002).

O esporte estimula habilidades motoras, pessoais e as necessidades sociais da criança. Somente quando a criança puder adquirir a consciência desta soma de atributos, terá a motivação necessária para atingir um bom desempenho esportivo. Nesta fase aprendem bem mais rápido as habilidades motoras do que os adultos, e após essa consolidação das ações, a criança aumenta sua autoconfiança e sua motivação. O treinamento na educação Física faz parte da continuação da aprendizagem e nele formam as condições morfológicas, funcionais, psicológicas e pedagógicas básicas. O sucesso desse aperfeiçoamento é condicionado pela união do processo de assimilação das técnicas dos movimentos. E esse treinamento pode auxiliar na melhora do desempenho de habilidades motoras (FRANCO, 2002).

O objetivo é proporcionar as crianças a vivencia de todos os conteúdos abrangidos pela educação física proporcionando a integração das suas habilidades motoras de forma lúdica e simbólica, de modo a instigar a consciência crítica da realidade e da sociedade que as cercam. É de suma importância o aluno aprender a jogar dentro das regras, uma vez que discutimos e vivemos constantemente a importância dessas regras dentro da nossa sociedade.

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3. O VOLEIBOL NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

Por sua característica de coletividade, o voleibol é considerado fundamental para crianças e adolescentes, pois estimula o desenvolvimento psicomotor, possibilitando vivências no meio escolar e contribuindo para estabelecer a organização da imagem corporal. Para a Educação Física todo movimento corporal pode ser pedagogicamente tematizado e desenvolvido através da aplicação dos conteúdos os esportes e os jogos coletivos. Na disciplina de Educação Física o voleibol é um conteúdo com possibilidade de se estudar e desenvolver de várias atividades, mas também é uma modalidade esportiva que tem finalidade competitiva.

Nesse sentido, cabe ao professor da disciplina avaliar essas questões e introduzir o desporto no âmbito escolar sem causar prejuízos aos alunos. No contexto da Educação Física escolar o voleibol é compreendido e proposto neste âmbito com o intuito de promover a cultura corporal de movimento. A maneira de aplicação aos alunos não deve ser “excludente” e sim “inclusiva”, pois todos os alunos devem ter direito às atividades de movimento. Os movimentos básicos deste esporte deverão ser trabalhados de forma que todos os alunos possam desenvolvê-los. Assim, o professor como educador deve elaborar situações na aplicação do movimento de vôlei visando à promoção da formação integral do aluno (CAMPOS, 2006).

Betti (1999), ao defender uma Educação Física direcionada à cidadania, destaca que não é o fato de a Educação Física constar na legislação como componente escolar que garantirá a todos terem acesso ao seu conteúdo. Ou seja, para o autor dependerá do professor se realmente os alunos entrarão em contato com o conhecimento da área, pois ela pode estar na grade curricular e ser destinada a apenas determinados alunos e/ou apresentar conteúdos reduzidos, impossibilitando que na prática escolar a Educação Física aconteça de uma forma que permita ao aluno conquistar a sua cidadania (BETTI, 1999).

Desde OS anos 70, a Educação Física é considerada como esportistas, pois valorizava os alunos que realizam de maneira correta as técnicas das modalidades, determinadas pelos professores sendo a única forma plausível para a execução dos movimentos a técnica esportiva com movimento já padronizados predeterminados. No caso da modalidade voleibol isso também é característico, pois nas primeiras décadas

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do século XX, logo após o seu surgimento em 1895 (BOJIKIAN, 2003), o jogo desenvolvia-se realizando os fundamentos de saque por baixo e toque. O fundamento manchete só foi criado a partir da década de 60 pela escola asiática (Japão, China, Coréia). O surgimento desse movimento ocorreu em resposta ao movimento da cortada criada anteriormente pela considerada escola do Leste Europeu (União Soviética, Polônia, Tchecoslováquia) (BIZZOCCHI, 2004).

Os esportes coletivos desportivos estão divididos em três etapas ou fases de desenvolvimento que são: fase de iniciação esportiva I; fase de iniciação esportiva II; fase de iniciação esportiva III. Este mesmo autor argumenta que em cada etapa os objetivos são bem definidos conforme o ensino formal e consoante a cada fase da idade biológica, escolar, cronológica e também se relacionando às categorias de certames a ser disputados nos campeonatos a serem executados. Nos anos iniciais do ensino fundamental, que equivalem ao período da 1ª a 4ª series, deve ser trabalhada a etapa de iniciação esportiva I. Nesse momento, as crianças têm o envolvimento nas atividades desportivas com cunho lúdico, participativo e alegre para que sejam estimuladas a desenvolver o pensamento tático. Nesse processo é de suma importância que todos os alunos participem das atividades, pois devem ter acesso aos princípios educativos dos jogos e brincadeiras visando o processo de ensino-aprendizagem de forma positiva. Ressalta-se que nesta etapa é melhor evitar as competições, pois estes alunos ainda não estão maduros para estas atividades onde é exigido perfeição nos movimentos e melhores táticas de jogadas. (NASCIMENTO, 2007)

Na visão de Campos (2006), a ação de educar não se deve negligenciar os aspectos competitivos que são inerentes a qualquer sociedade. Entende-se que é o tratamento que o professor de Educação Física Escolar ou o professor treinador irá trabalhar com esses “aspectos competitivos” é que determinará os seus pontos positivos para o crescimento do aluno e do aluno atleta. É possível admitir que o vôlei possa ser trabalhado nessas duas abordagens na escola sem que prejudique a educação integral dos alunos. Para isso, deverá haver uma reflexão constante sobre os objetivos propostos e um planejamento coerente com toda a proposta pedagógica da escola e, principalmente, com as demandas dos alunos.

Os desportos estão sendo praticados com maior ênfase nas diferentes faixas etárias, principalmente pelas crianças e, assim sendo, a procura tem sido enorme. Em

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muitos lugares, o voleibol não é visto como um esporte de lazer, de diversão, mas como uma maneira de formar atletas, sempre buscando um bom desempenho. O esporte em si está associado à possibilidade de romper barreiras e hierarquias sociais, colocando as pessoas em igualdade diante das regras, o que torna o vôlei uma atividade educativa e coletiva (NASCIMENTO, 2007).

Conforme a afirmação de Silva (2014) o profissional de Educação Física deve orientar seus alunos a respeito da importância da atividade física, em relação aos benefícios que ela proporciona, principalmente na infância e adolescência, promovendo hábitos saudáveis evitando as doenças da sociedade moderna. Os esportes coletivos, assim como o vôlei, promovem a autoestima, melhoram e possibilitam o trabalho em equipe, fomentam a disciplina e a organização. No meio escolar o treinamento desportivo deve respeitar as diferenças entre crianças e adolescentes no âmbito de sua aplicação.

O autor afirma ainda que, o voleibol explora diversos movimentos corporais do aluno que poderá criar movimentos, sendo esse um meio de socialização entre meninos e meninas que poderão estar praticando juntos. Portanto, o professor precisa entender que a prática do esporte nas escolas deve ser entendida e trabalhada como conteúdo da Educação Física através de jogos e do lúdico, despertando nos alunos o prazer de movimentar-se

Entre os vários benefícios da prática esportiva, desde a idade mais tenra das crianças, o desenvolvimento e o sucesso do voleibol está interligada aos profissionais de Educação Física e deriva do comprometimento, da qualidade e de métodos pedagógicos que, aplicados, vão considerar a relevância do desporto como um meio de crescimento social, emocional e intelectual dos alunos. Neste sentido, este mesmo autor afirma que: “O voleibol tem inúmeros benefícios e características, contribui no desenvolvimento físico, afetivo, social e cognitivo, na aquisição de habilidades motoras, estimula satisfação, alegria e motivação. E, se trabalhado corretamente na escola, os benefícios serão vistos também em outras disciplinas, pois a interação principalmente na concentração. ” (MOSCARDE, et al, 2013).

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4.O VOLEIBOL NA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Definir o voleibol é uma tarefa fácil em todos os âmbitos: seis jogadores ocupam cada equipe, onde cada um ocupa posições de ataque, defesa, bloqueio e um de levantador. Trata-se de um jogo versátil, uma vez que, na falta do número de jogadores citado, pode-se jogar com apenas três indivíduos de cada lado em um espaço mais reduzido. São usadas várias técnicas para o início de movimento da bola, que vão desde o saque, cortadas e bloqueios.

Um dos aspectos que torna o jogo apto para crianças é o fato de ser um esporte de pouco contato físico, tornando-o uma atividade com baixíssimo índice de lesões. Existem diversos exercícios promovidos pelas ações do jogo de vôlei que proporcionam a capacidade de combinação de movimentos rápidos e reativos, adaptação de mudanças contínua, capacitação do controle e equilíbrio, habilidades motoras automatizadas, conteúdo socializador de integração e cooperação, bem como a concentração e resistência física. Cabe citar que essa modalidade esportiva possui uma mini versão, sendo a mais indicada para crianças. Nesse caso, o número de participantes é menor e o espaço também pode ser reduzido, sendo que a bola tem menor peso.

Nesse contexto, cabe a apresentação de quatro características que justificam as afirmações sobre os aspectos positivos do voleibol para a criança:

- Ausência de contato físico: possibilita que crianças, meninos ou meninas, de biótipo variado participem do jogo sem prejuízo para qualquer das equipes.

-A bola não pode ser retida: Favorece o trabalho em equipe, uma vez que os participantes necessitam uns dos outros para manter a bola em movimento.

-A bola no chão causa a paralisação do jogo, o que oportuniza o trabalho integrado da equipe.

-Os erros técnicos causam a perda de pontuação, fazendo com que a criança busque de forma incessante o aperfeiçoamento de si mesma.

Reiterando sempre que na primeira fase, o voleibol deve ser apresentado sem o intuito de competir, e sim por meio da ludicidade, proporcionando uma atividade prazerosa.

As atividades esportivas coletivas são desenvolvidas em três etapas onde os objetivos são definidos de acordo com o ensino formal e a faixa etária biológica,

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cronológica, escolar e categorias disputadas em campeonatos. A fase de iniciação esportiva I, está direcionada aos anos iniciais do ensino fundamental, de forma que o esporte deve ser oferecido inicialmente por meio da ludicidade, onde a criança se envolve prazerosamente desenvolvendo a concepção tática. É importante que nessa etapa a participação dos alunos seja integral, onde todos deverão ter acesso as brincadeiras educativas através dos jogos, na promoção do ensino-aprendizagem positivamente. A competição deve ser evitada, uma vez que o grau de maturidade desse alunado ainda não foi desenvolvido o suficiente para que se exija movimentos perfeitos e jogadas táticas perfeitas. Conseguintemente, surgem as fases de iniciação esportiva I e II, porém não iremos trata-la no momento, em virtude de que as mesmas perpassam a faixa etária em questão. (NASCIMENTO, 2007)

Ainda de acordo com Nascimento (2007), a prática dos esportes tem sido frequente nas mais diversas faixas etárias, sendo que a procura dos esportes pelas crianças aumentou expressivamente. Nesse sentido, o voleibol tem se destacado pela perspectiva de lazer, de forma que seus praticantes não sentem a necessidade de apresentar um desempenho atlético ou competitivo. O voleibol se encontra mais perto da concepção social, no sentido do rompimento das diferenças de classes e hierarquias, onde o indivíduo se sente em igualdade diante das regras. Meinel, (1984), dispõe sobre alguns aspectos que devem ser considerados em cada faixa etária no contexto escolar, bem como no Coletivo de Autores (1993):

1ª Idade – “[...] O brincar sem restrições está grandemente subordinado a restrições temporais”. “[...] componentes do comportamento motor é a acessibilidade e as solicitações de rendimento esportivo e o desejo de rendimento. ”, “[...]deve-se contar, em grau mais forte, com flutuação da atenção e a capacidade de concentração para uma determinada tarefa, no início da escolaridade. ” (MEINEL, 1984, p.302-303). 2ª Idade – “fase da melhor capacidade de aprendizagem motora na infância” “[... ]A habilidade de concentração e a iniciativa na solução de tarefas de movimento esportivo são bem melhor que no começo da idade escolar”. “[...] em geral, os movimentos infantis tornam-se mais convenientes, econômicos e objetivos. ” (MEINEL, 1984, p. 326-327)

O Primeiro ciclo vai da antiga pré-escola até a 3ª série. É o ciclo “de organização da identidade dos dados da realidade”, portanto, compete ao professor

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de Educação Física identificar, juntamente com o aluno, o vôlei como jogo e esporte e como ele é desenvolvido no contexto real desse aluno. O segundo ciclo vai da 4ª a 6ª séries. É o ciclo de iniciação à “sistematização do conhecimento”, ou seja, a partir do momento que conheceu o vôlei, este passa a ser dele e o aluno estará vivendo esse vôlei de forma geral, abrangente, mas sua. O Terceiro ciclo vai da 7ª a 8ª série. É o “ciclo de ampliação da sistematização do conhecimento”. O aluno possui elementos suficientes para pensar de forma autônoma sobre o vôlei e para pôr em prática os elementos que compõem o jogo de voleibol de uma forma mais efetiva. O Quarto ciclo se dá na 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio. É o ciclo “de aprofundamento da sistematização do conhecimento”. Este é o momento em que a apropriação dos conhecimentos do vôlei chegará no seu estágio máximo e o aluno poderá passar a usar os seus conhecimentos de vôlei dentro do contexto social e cultural em que vive. (COLETIVO DE AUTORES, 1993, p.34-35)

O voleibol, como todo esporte coletivo, melhora a autoestima, estimula o trabalho em equipe, a disciplina e a organização. Explora os movimentos corporais do alunado de forma diversificada, sendo ainda um esporte dirigido a ambos os gêneros, socializando-os de forma significativa. Dessa forma, o profissional da Educação Física deve contextualizar a pratica do esporte escolar como conteúdo disciplinar, fazendo uso da ludicidade dos jogos no intuito de despertar nos discentes o prazer pelo movimento, considerando a diversidade necessária nas faixas etárias entre crianças e adolescentes. (SILVA, 2014)

No contexto da prática da Educação Física educacional os movimentos do corpo podem e devem ser tema pedagógico utilizado como metodologia de ensino por meio da prática desportiva coletiva. Cabe ainda a citação de que por se tratar de um esporte coletivo, o voleibol pode ser considerado de grande valia pedagógica, uma vez que oferece estimulo ao desenvolvimento psicomotor, promove experiências escolares e contribui para o estabelecimento da organização da imagem corporal.

Assim, o voleibol é um esporte perfeito para ser desenvolvido na escola tanto como conteúdo de uma aula de Educação Física Escolar, como também uma modalidade esportiva com fins específicos de competição. Compete ao professor relevar tais questões e implantar o jogo no contexto escolar. (CAMPOS, 2006p. 33).

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Todavia, segundo Campos (2006), o voleibol é um esporte de cunho competitivo, de forma que o docente de Educação Física deve considerar hipóteses de introdução dessa prática de ensino de forma consciente, evitando causar qualquer prejuízo ao alunado. Ainda de acordo com o autor, a metodologia utilizada pelo docente não deve ser segregativa e sim “inclusiva”, pois todos os alunos devem ter direito às atividades de movimento. Os movimentos básicos deste esporte deverão ser trabalhados de forma que todos os alunos possam desenvolvê-los. Assim, o professor como educador deve elaborar situações na aplicação do movimento de vôlei visando à promoção da formação integral do aluno (CAMPOS, 2006).

No trabalho com movimentos do vôlei com fins educacionais, o desafio para o aluno é a possibilidade de explorar o maior número possível de movimentos a partir dos elementos do vôlei. Por elementos do vôlei há que se explicitar que são todos aqueles fundamentos que o compõem, da ludicidade de sua prática, valores morais e de esforço individual, a relação social que o jogo promove e a democratização por congregar pessoas de diferentes níveis, qualidades, gêneros, posições sociais diferentes num mesmo momento com um objetivo de superação de muitas situações do ambiente em que esse esporte acontece. (CAMPOS, 2006, p.34).

Na concepção de Moscarde, et al. (2013) ao considerar os benefícios diversos que o esporte oferece, mesmo no que diz respeito ao desenvolvimento das crianças menores, o sucesso alcançado com a prática do voleibol se encontra diretamente ligado ás ações de comprometimento e as metodologias pedagógicas utilizadas pelos profissionais de Educação Física que atuam de forma qualitativa, considerando a ação do desporto como meio de avanço emocional, intelectual e social do alunado. O voleibol tem inúmeros benefícios e características, contribui no desenvolvimento físico, afetivo, social e cognitivo, na aquisição de habilidades motoras, estimula satisfação, alegria e motivação. E, se trabalhado corretamente na escola, os benefícios serão vistos também em outras disciplinas, pois a interação principalmente na concentração (MOSCARDE, et. al, 2013) O que se confirma na citação abaixo:

[...] o Voleibol deverá ser abordado como conteúdo em uma aula de Educação Física Escolar, a saber, que, o esporte, como prática social que institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal, se projeta numa dimensão complexa de fenômeno que envolve códigos, sentidos e significados da sociedade que o cria e o pratica. Por isso,

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deve ser analisado nos seus variados aspectos, para determinar a forma em que deve ser abordado pedagogicamente no sentido de esporte “da” escola e não como o esporte “na” escola. (COLETIVO DE AUTORES,1993, p.70)

De acordo com Piaget (1989), “os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para gastar a energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual”. O esporte escolar, fundamentado na ação lúdica, direciona o aluno na procura de novos conhecimentos, o que exige do mesmo a atividade, a reflexão, a criatividade, o descobrimento e a socialização.

Nesse sentido, o jogo representa uma problemática a ser resolvida pela criança, de modo que a solução deverá ser constituída pela mesma por meio da inteligência e criatividade. Assim, torna-se essencial o papel mediador do docente, que deve planejar suas atividades de forma que estimule a descoberta e a criatividade, promovendo situações que levem a criança a pensar de forma crítica, reflexiva e criativa.

O jogo é um dos elementos fundamentais da cultura humana. Ele se caracteriza por ser a ação livre que se desenvolve dentro de certos limites de tempo e espaço que origina ordens e estimula a socialização. É uma forma de exercitar o corpo, talvez a única que atinja o ser humano na sua totalidade. Jogando, mais do que em qualquer outra atividade, as pessoas têm oportunidade de se reconstruir como tais, reintegrando os segmentos cognitivos, psicomotor e afetivo-social num todo. Os esportes traduzem a mais autêntica manifestação sócio pedagógica da educação. Por intermédio do jogo, as pessoas aprendem a se relacionar através de normas que emanam do próprio convívio, identificando espontaneamente a necessidade de elaboração de um código de direitos e deveres. A Educação Física encontra no jogo seu principal instrumento. Serve para fixar os padrões motores das crianças até a pré-adolescência, quando os alunos são iniciados nos diferentes esportes, são diversas as oportunidades de exploração do jogo como estratégia pedagógica. (Piaget,1989)

O voleibol na Educação infantil deve ter uma formação básica, desenvolvida por meio de ferramentas metodológicas os aspectos cognitivos, afetivos e motores. O ponto central não se direciona a metodologia de ensino, mas, aos aspectos que serão desenvolvidos no aluno em suas capacidades por meio da prática do voleibol. Nesse

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contexto, entende-se que o profissional de Educação Física deve estar continuamente em busca de novos conhecimentos, para que dessa forma possa adequar sua postura as necessidades do alunado.

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CONSIDERAÇÕES

No decorrer do trabalho concluiu-se que a prática do Voleibol na disciplina de Educação Física Escolar possui inúmeros benefícios para a criança, proporcionando a prática do esporte em forma de lazer, por meio das atividades lúdicas, promovendo o movimento do corpo bem como os demais benefícios já citados durante o texto.

Através dos estudos realizados, confirmou-se em cada etapa a concepção dos benefícios do voleibol nas aulas de Educação Física da Educação Infantil objetivando a formação integral bem como o incentivo à pratica de atividades físicas, ação de suma importância no desenvolvimento da criança.

Espera-se que o referido estudo venha servir de reflexão e comprometimento por parte dos profissionais de Educação Física em relação aos benefícios que o Voleibol promove na ação social formativa do alunado, desde a primeira fase de escolaridade, uma vez ser a instituição escolar o ambiente de pluralidade das relações interpessoais, bem como dos aspectos de desenvolvimento integral na formação da cidadania.

Por meio das pesquisas efetuadas na produção do referido trabalho, percebeu-se a necessidade do trabalho interdisciplinar nas aulas de educação física, onde o objetivo final se dê em prol da construção do sujeito de forma completa.

Para tanto se faz necessário a diversidade de ações e metodologias aplicadas na disciplina, entendendo ainda que o voleibol é parte intrínseca como ferramenta de trabalho no contexto apresentado.

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Referências

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