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Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário. Indicadores econômicos e fiscais e reajuste de aluguéis

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FEDERAL

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Indicadores econômicos e fiscais e reajuste de aluguéis

I - INDICADORES ECONÔMICOS E FISCAIS

Posteriormente ao envio do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário Federal para Julho/2010, foram divulgados os seguintes índices que o complementam:

a) TR de junho/2010: 0,0589%; b) Selic de maio/2010: 0,75%;

c) TJLP (2o trimestre/2010): 6,00% a.a.;

d) valor que teria o BTN atualizado pela TR (junho/2010): R$ 1,5385.

Também foram divulgados os índices de inflação do mês de maio/2010, conforme tabela a seguir.

ÍNDICES DE INFLAÇÃO* PRINCIPAIS ÍNDICES

MÊS/ANO

ICV (DIEESE) IPC (FIPE) INPC (IBGE) IPCA (IBGE)

VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO

NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO

% % % % % % % % JUNHO/2009 0,05 1,70 0,13 1,92 0,42 2,75 0,36 2,54 JULHO/2009 0,49 2,19 0,33 2,26 0,23 2,99 0,24 2,78 AGOSTO/2009 0,30 2,49 0,48 2,75 0,08 3,07 0,15 2,93 SETEMBRO/2009 0,27 2,76 0,16 2,91 0,16 3,23 0,24 3,17 OUTUBRO/2009 0,53 3,29 0,25 3,17 0,24 3,48 0,28 3,45 NOVEMBRO/2009 0,60 3,89 0,29 3,47 0,37 3,86 0,41 3,86 DEZEMBRO/2009 0,08 4,05 0,18 3,65 0,24 4,11 0,37 4,31 JANEIRO/2010 1,72 1,72 1,34 1,34 0,88 0,88 0,75 0,75 FEVEREIRO/2010 0,59 2,32 0,74 2,09 0,70 1,59 0,78 1,54 MARÇO/2010 0,47 2,80 0,34 2,44 0,71 2,31 0,52 2,06 ABRIL/2010 0,22 3,03 0,39 2,84 0,73 3,05 0,57 2,65 MAIO/2010 0,15 3,18 0,22 3,06 0,43 3,50 0,43 3,09

* Deixamos de publicar os índices da FGV (IPA-DI, IGPM, IGP-DI, IPC-DI) porque a Fundação não mais autoriza a sua divulgação.

Nota

Os índices de inflação acumulados podem variar de acordo com a fonte consultada. Nosso critério de arredondamento é o mesmo utilizado na regra aritmética: o resultado final do algarismo igual ou acima de 5 é arredondado para cima.

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II - REAJUSTE DE ALUGUÉIS COMERCIAIS E RESIDENCIAIS

1. Cláusula de reajuste anual

Por força das medidas decorrentes do Pla-no Real, é admitida a estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração igual ou superior a 1 ano, como ocorre, por exemplo, nos contratos de aluguéis.

Assim, os contratos de aluguéis poderão con-ter cláusula de reajuste, desde que tenham prazo igual ou superior a 1 ano. Observe-se, sob esse aspecto, que é nula de pleno direito qualquer es-tipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a 1 ano.

(Lei no 10.192/2001, art. 2o, caput, § 1o)

2. Contratos com estipulação de reajuste pelo (extinto) IPC-r

Os contratos de aluguéis firmados a partir do mês de julho/1994 somente poderiam prever

cláu-sula de reajuste (anual) segundo a variação acu-mulada do IPC-r.

Todavia, como o referido índice foi extinto des-de 1o.07.1995, nas obrigações e nos contratos em

que haja estipulação de reajuste pelo IPC-r, este deve ser substituído, a partir da citada data, pelo índice previsto contratualmente.

Na hipótese de inexistir previsão de índice de preços substitutos e caso não haja acordo entre as partes, deverá ser utilizada a média aritmética simples do INPC e do IGP-DI, a qual pode ser en-contrada por meio da seguinte fórmula:

Variação mensal =

Variação anual do INPC + Variação anual do IGP-DI

2

Com base nessas disposições, a média arit-mética simples do INPC e do IGP-DI, acumulados de junho/2009 a maio/2010, é de 4,85%.

(Lei no 9.069/1995, arts. 27 e 28; Lei no 10.192/2001,

art. 8o, §§ 1o e 2o; Decreto no 1.544/1995)

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Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

A retenção previdenciária nos serviços

prestados mediante cessão de mão de

obra e/ou empreitada

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Obrigação principal da retenção

3. Serviços sujeitos à retenção previdenciária

4. Alíquota a ser aplicada sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços a título de retenção para a Previdência Social

5. Base de cálculo da retenção - Apuração

6. Prestação de serviços em empresas que exponham os trabalhadores a agentes nocivos à saúde ou à integridade física

7. Situações que dispensam a empresa contratante de proceder à retenção previdenciária

8. Retenção previdenciária - Não aplicação 9. Retenção na construção civil

10. Destaque na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços

11. Valor retido - Recolhimento 12. Existência de decisão

judicial que vede a retenção 13. Obrigações da empresa contratada 14. Obrigações da empresa contratante 1. INTRODUÇÃO As empresas contratantes de serviços prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada deverão

pro-ceder à retenção previdenciária, em geral, de 11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do reci-bo de prestação de serviços de empresas por elas contratadas e recolher, à Previdência Social, a im-portância retida.

Entretanto, não é qualquer serviço prestado me-diante empreitada ou cessão de mão de obra que está sujeito à retenção em questão, mas somente aqueles relacionados no item 3 adiante e em seus subitens.

2. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL DA RETENÇÃO

A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a par-tir da competência fevereiro/1999, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher, à Previdência Social, a importância retida, em documento de ar-recadação identificado com a denominação social e o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa contratada, observado o disposto no

art. 79 e no art. 145 da Instrução Normativa RFB no

971/2009.

2.1 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes

pelo Simples Nacional

Estabelece o art. 191 da

Instrução Normativa RFB no

971/2009 que as Microem-presas (ME) e EmMicroem-presas de Pequeno Porte (EPP) optan-tes pelo Simples Nacional que prestarem serviços me-diante cessão de mão de obra ou empreitada não estão sujei-tas à retenção previdenciária, em geral de 11%, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitidos, excetuadas:

a) a ME ou a EPP tributada na forma dos

Ane-xos IV e V da Lei Complementar no 123/2006,

para os fatos geradores ocorridos até 31.12.2008; e

b) a ME ou a EPP tributada na forma do Anexo

IV da Lei Complementar no 123/2006, para

os fatos geradores ocorridos a partir de

1o.01.2009.

As empresas contratantes de serviços prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada, sujeitos à retenção previdenciária, devem reter, em geral, a quantia equivalente a 11% do valor

bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, emitidos pelas

empresas por elas contratadas, e recolher à Previdência Social a

importância retida

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A aplicação do disposto nas letras “a” e “b” res-tringe-se às atividades elencadas nos §§ 2o

(ativi-dades enquadradas como cessão de mão de obra para fins de retenção) e 3o (atividades enquadradas

como empreitada para fins de retenção) do art. 219 do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprova-do pelo Decreto no 3.048/1999, e, no que couber, às

disposições do Capítulo VIII (Da Retenção) do Título II (Das Contribuições Previdenciárias) da Instrução Nor-mativa RFB no 971/2009.

Nota

As empresas optantes pelo Simples Nacional ficaram isentas da reten-ção também no período de 1o.01.2000 a 31.08.2002.

A ME ou a EPP que exerça atividades tributadas na forma do Anexo III, até 31.12.2008, e tributadas na forma dos Anexos III e V, a partir de 1o.01.2009, todos

da Lei Complementar no 123/2006, estará sujeita à

ex-clusão do Simples Nacional na hipótese de prestação de serviços mediante cessão ou locação de mão de obra, em face do disposto no inciso XII do art. 17 e no § 5o-H do art. 18 da referida Lei Complementar.

Nota

O inciso XII do art. 17 e o § 5o-H do art. 18 da Lei Complementar no

123/2006 dispõem:

Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: [...]

XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; [...]

Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte comercial, optante pelo Simples Nacional, será deter-minado mediante aplicação da tabela do Anexo I desta Lei Comple-mentar.

[...]

§ 5o-H. A vedação de que trata o inciso XII do caput do art. 17 desta

Lei Complementar não se aplica às atividades referidas no § 5o-C deste

artigo. [...]

O mencionado § 5o-C estabelece:

§ 5o-C. Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 17 desta Lei

Com-plementar, as atividades de prestação de serviços seguintes serão tri-butadas na forma do Anexo IV desta Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída no Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta Lei Complementar, devendo ela ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis:

I - construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores;

[...]

VI - serviço de vigilância, limpeza ou conservação.

Não obstante o anteriormente exposto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio da Súmula no 425,

pu-blicada nos DJe de 13, 14 e 17.05.2010, consubstanciou o seu entendimento acerca do tema ao estabelecer:

SÚMULA 425

A retenção da contribuição para a seguridade social pelo tomador do serviço não se aplica às empresas optantes pelo Simples.

2.2 Valor retido - Natureza

O valor retido do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços não caracteriza retenção da contribuição previdenciária em si, mas sim a retenção de determinado valor representado pela apli-cação de um percentual sobre o valor da mão de obra, o qual, posteriormente, será compensado depois da apu-ração da contribuição previdenciária efetivamente devi-da pela empresa prestadora dos serviços. A retenção previdenciária configura, portanto, uma antecipação.

2.3 Cessão de mão de obra e empreitada - Conceito Cessão de mão de obra é a colocação, à disposi-ção da empresa contratante, em suas dependências ou na de terceiros, de trabalhadores que realizem ser-viços contínuos, relacionados ou não à sua atividade-fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de con-tratação, inclusive por meio de trabalho temporário, na forma da Lei no 6.019/1974.

Entende-se por dependências de terceiros aque-las indicadas pela empresa contratante que não se-jam as suas próprias e que também não pertençam à empresa prestadora dos serviços.

Serviços contínuos são aqueles que constituem ne-cessidade permanente da contratante, que se repetem de forma periódica ou sistemática, ligados ou não à sua atividade-fim, ainda que a execução seja realizada de maneira intermitente ou por diferentes trabalhadores.

Entende-se por colocação à disposição da em-presa contratante a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.

Exemplo

A empresa “X” contrata a empresa “Y” para proceder à cobrança de valores que não foram saldados no prazo por seus clientes. Para tanto, 10 empregados da empresa “Y” trabalharão nas de-pendências da empresa “X” seguindo as orientações desta en-quanto durar o contrato.

Empreitada, por sua vez, é a execução, contratual-mente estabelecida, de tarefa, obra ou serviço, por pre-ço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou

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de equipamentos, os quais podem ou não ser utilizados nas dependências da empresa contratante, de terceiros ou da empresa contratada, buscando-se alcançar um resultado pretendido.

Exemplo

A empresa “A” contrata a empresa “B” para demolir um galpão de sua propriedade, situado em município diverso de sua sede, por um preço pré-fixado, sendo que todas as despesas decorren-tes do trabalho contratado correrão por conta da empresa “B”.

Dos conceitos mencionados, verifica-se que, na cessão de mão de obra, os trabalhadores são dirigi-dos pela empresa contratante, posto que estão à sua disposição, e os serviços não podem ser prestados nas dependências da empresa contratada, ao passo que, na empreitada, os trabalhadores são dirigidos pela empresa contratada, não havendo colocação destes à disposição da contratante, e os serviços po-dem ser realizados em quaisquer dependências, não importando a quem pertençam.

3. SERVIÇOS SUJEITOS À RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA A legislação relaciona, taxativamente, os serviços que se encontram sujeitos à retenção previdenciária. As mencionadas relações são, portanto, exaustivas, o que vale dizer que apenas os serviços ali encontrados estão sujeitos à retenção e nenhum outro.

Entretanto, a pormenorização das tarefas com-preendidas em cada um dos serviços é exemplifi-cativa; ou seja, mesmo que não tenha sido expres-samente citada nas referidas relações, se a tarefa estiver contida no serviço relacionado, estará sujeita à retenção.

3.1 Serviços prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada

Encontram-se sujeitos à retenção previdenciária, independentemente de serem prestados mediante ces-são de mão de obra ou empreitada, os serviços de:

a) limpeza, conservação ou zeladoria que se constituam em varrição, lavagem, encera-mento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, lo-gradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum;

b) vigilância ou segurança que tenham por fina-lidade a garantia da integridade física de pes-soas ou a preservação de bens patrimoniais;

Nota

Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de mo-nitoramento eletrônico não estão sujeitos à retenção.

c) construção civil que envolvam construção, de-molição, reforma ou acréscimo de edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como reparação de jardins ou passeios, colocação de grades ou instrumentos de recreação e urbanização ou sinalização de rodovias ou vias públicas; d) natureza rural que se constituam em

desmata-mento, lenhadesmata-mento, aração ou gradeadesmata-mento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais, tosquia, insemi-nação, castração, marcação, ordenhamento e embalagem ou extração de produtos de ori-gem animal ou vegetal;

e) digitação que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação de teclados ou similares;

f) preparação de dados para processamento, executados com vistas com vistas a viabilizar ou facilitar o processamento de informações, tais como escaneamento manual ou leitura ótica. 3.2 Serviços prestados apenas mediante cessão de

mão de obra

Estão sujeitos à retenção previdenciária, apenas quando prestados mediante cessão de mão de obra, os serviços de:

a) acabamento que envolvam conclusão, prepa-ro final ou incorporação das últimas partes ou dos componentes de produtos, com a finalida-de finalida-de colocá-los em condições finalida-de uso; b) embalagem relacionados com o preparo de

produtos ou de mercadorias, visando à preser-vação ou conserpreser-vação de suas características para transporte ou guarda;

c) acondicionamento, compreendendo aqueles envolvidos no processo de colocação orde-nada dos produtos quando do seu armazena-mento ou transporte, a exemplo de sua colo-cação em palets, empilhamento, amarração, entre outros;

d) cobrança que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa contra-tante, ainda que executados periodicamente;

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e) coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos que envolvam busca, transporte, separação, trata-mento ou transformação de materiais inservíveis ou resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de equipa-mentos tipo contêineres ou caçambas estacio-nárias;

f) copa que envolvam preparação, manuseio e distribuição de todo ou de qualquer produto alimentício;

g) hotelaria que concorram para o atendimento a hóspede em hotel, pousada, paciente em hos-pital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;

h) corte ou ligação de serviços públicos que te-nham como objetivo a interrupção ou a cone-xão do fornecimento de água, esgoto, energia elétrica, gás ou telecomunicações;

i) distribuição que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em via pública, de bebidas, alimentos, discos, panfle-tos, periódicos, jornais, revistas ou amostras, entre outros produtos, ainda que distribuídos no mesmo período a vários contratantes; j) treinamento e ensino, assim considerados

como o conjunto de serviços envolvidos na transmissão de conhecimentos para a instru-ção ou para a capacitainstru-ção de pessoas; k) entrega de contas e documentos que tenham

como finalidade fazer chegar ao destinatá-rio documentos diversos, tais como conta de água, conta de energia elétrica, conta de te-lefone, boleto de cobrança, cartão de crédito, mala direta ou similares;

l) ligação de medidores que tenham por objeto a instalação de equipamentos destinados a aferir o consumo ou a utilização de determina-do produto ou serviço;

m) leitura de medidores executada, periodicamen-te, para coleta das informações aferidas por es-ses equipamentos, tais como velocidade (radar), consumo de água, gás ou energia elétrica; n) manutenção de instalações, máquinas ou

equi-pamentos, quando indispensáveis ao seu fun-cionamento regular e permanente e desde que mantida equipe à disposição da contratante; o) montagem que envolvam a reunião

sistemáti-ca, conforme disposição predeterminada em processo industrial ou artesanal, das peças de

um dispositivo, mecanismo ou qualquer obje-to, de modo que possam funcionar ou atingir o fim a que se destinam;

p) operação de máquinas, equipamentos e veí-culos relacionados com a sua movimentação ou funcionamento, envolvendo serviços do tipo ma-nobra de veículo, operação de guindaste, painel eletroeletrônico, trator, colheitadeira, moenda, empilhadeira ou caminhão fora de estrada; q) operação de pedágio ou de terminal de

trans-porte que envolvam manutenção, conserva-ção, limpeza ou aparelhamento de terminal de passageiros terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia ou de via pública e que envolvam ser-viços prestados diretamente aos usuários; r) operação de transporte de passageiros,

inclu-sive nos casos de concessão ou de subcon-cessão, que envolva deslocamento de pes-soas por meio terrestre, aquático ou aéreo; s) portaria, recepção ou ascensorista realizados

com vistas ao ordenamento ou ao controle do trânsito de pessoas em locais de acesso públi-co ou à distribuição de enpúbli-comendas ou docu-mentos;

t) recepção, triagem ou movimentação relacio-nados a recebimento, contagem, conferência, seleção ou remanejamento de materiais; u) promoção de vendas ou eventos que tenham

por finalidade colocar em evidência a quali-dade de produtos ou a realização de shows, feiras, convenções, rodeios, festas ou jogos; v) secretaria e expediente quando relacionados

ao desempenho de rotinas administrativas; w) saúde quando prestados por empresas da

área da saúde e direcionados ao atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recupe-rar, manter ou melhorar o estado físico, mental ou emocional desses pacientes;

x) telefonia ou telemarketing que envolvam a operação de centrais ou de aparelhos telefô-nicos ou de teleatendimento.

4. ALÍQUOTA A SER APLICADA SOBRE O VALOR BRUTO DA NOTA FISCAL, DA FATURA OU DO RECIBO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TÍTULO DE RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL

Em geral, a alíquota a ser aplicada sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de presta-ção dos serviços é de 11%.

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Contudo, quando a atividade exercida pelo segu-rado na empresa contratante o expuser a agentes no-civos prejudiciais à saúde ou à integridade física, de maneira a possibilitar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de trabalho em con-dições especiais, o percentual mencionado deverá ser acrescido de 4%, 3% ou 2%, respectivamente, perfa-zendo a alíquota total de 15%, 14% ou 13%, que in-cidirá sobre o valor dos serviços prestados por esses segurados.

Para tanto, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços específico para os serviços prestados em condições especiais pelos segurados ou discriminar o valor des-tes na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

1) A empresa “A” contrata a empresa “B” para lhe prestar, me-diante cessão de mão de obra, serviços de cobrança no valor de R$ 20.000,00.

Os empregados de “B”, colocados à disposição de “A”, não es-tarão sujeitos a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física.

A contratada “B” emitirá nota fiscal, fatura ou recibo de presta-ção de serviços contra “A”, na qual deverá destacar a retenpresta-ção previdenciária no valor de R$ 2.200,00.

- Valor dos serviços = R$ 20.000,00

- Valor da retenção = R$ 2.200,00 (R$ 20.000,00 x 0,11) - Valor a ser retido e recolhido por “A” = R$ 2.200,00 - Valor líquido a pagar a “B” = R$ 17.800,00 (R$ 20.000,00 -

R$ 2.200,00)

Deve-se observar que o valor da retenção não deve alterar o valor da nota fiscal, da fatura ou do recibo, o qual continuará a ser de R$ 20.000,00 (valor bruto dos serviços).

Entretanto, o valor da retenção efetuada deverá ser destacado nos documentos referidos na forma do item 10 deste texto. 2) A empresa “C” contrata a empresa “D” para lhe prestar,

me-diante cessão de mão de obra, serviços de saúde, os quais serão exercidos em condições especiais, prejudiciais à saúde, que autorizam a concessão de aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho, no valor de R$ 20.000,00.

A contratada “D” emitirá nota fiscal, fatura ou recibo de presta-ção de serviços contra “C”, no qual deverá destacar a retenpresta-ção previdenciária no valor de R$ 2.600,00.

- Valor dos serviços = R$ 20.000,00

- Alíquota a ser aplicada 13% (11% + 2%, em virtude da exposi-ção dos trabalhadores a agentes prejudiciais à saúde) - Valor da retenção = R$ 2.600,00 (R$ 20.000,00 x 0,13) - Valor a ser retido e recolhido por “C” = R$ 2.600,00 - Valor líquido a pagar a “D” = R$ 17.400,00 (R$ 20.000,00 -

R$ 2.600,00)

Deve-se observar que o valor da retenção não deve alterar o valor da nota fiscal, fatura ou recibo, o qual continuará a ser de R$ 20.000,00 (valor bruto dos serviços).

Entretanto, o valor da retenção efetuada deverá ser destacado nos documentos referidos na forma do item 10 deste texto.

5. BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO - APURAÇÃO Em geral, a base de cálculo da retenção previ-denciária é o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

Entretanto, a legislação permite que, em algumas hipóteses, os valores relativos a materiais e/ou equi-pamentos utilizados na realização dos trabalhos se-jam deduzidos do valor total para efeito de apuração da base de cálculo da retenção.

5.1 Fornecimento de materiais ou utilização de equipamentos previstos contratualmente

Os valores de materiais ou equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, for-necidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, desde que comprovados.

O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao va-lor de aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção. Compete à contrata-da manter, em seu poder, para apresentar à fiscaliza-ção da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), os documentos fiscais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, relativos ao material ou aos equipamentos cujos valores foram discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

Considera-se discriminação no contrato os valo-res nele consignados, relativos aos materiais ou aos equipamentos, ou os previstos em planilha à parte, desde que esta integre o contrato mediante cláusula nele expressa.

5.1.1 Fornecimento de materiais ou utilização de equipamentos contratualmente previstos, mas sem discriminação de valores

Os valores de materiais ou de equipamentos, pró-prios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de valores, desde que es-pecificados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção. O valor dessa base de cálculo deve cor-responder, no mínimo, aos percentuais a seguir relacio-nados, aplicados sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação dos serviços:

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a) 50%, para os serviços em geral;

b) 30%, para os serviços de transporte de pas-sageiros cujas despesas de combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada;

c) 65%, quando se referir à limpeza hospitalar; d) 80%, quando se referir aos demais tipos de

limpeza.

5.1.1.1 Fornecimento de equipamentos não previstos contratualmente cuja utilização é inerente à execução do serviço

Se a utilização de equipamentos for inerente à execução dos serviços contratados, desde que haja a discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, deverá ser adota-do o seguinte procedimento:

I - havendo fornecimento de equipamentos e constando os respectivos valores em contrato, aplica-se o disposto no subitem 5.1; ou

II - não havendo discriminação de valores em contrato, independentemente da previsão contratual do fornecimento de equipamentos, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, para a prestação de serviços em geral, a 50% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo e, no caso de prestação de serviços na área da construção civil, aos percentuais a seguir relacionados:

a) pavimentação asfáltica: 10%;

b) terraplenagem, aterro sanitário e draga-gem: 15%;

c) obras de arte (pontes ou viadutos): 45%; d) drenagem: 50%;

e) demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto manuais: 35%. Quando, na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, constar a execução de mais de um dos serviços referidos nas letras “a” e “b”, cujos valores não constem individualmente discrimi-nados na nota fiscal, na fatura ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual correspondente a cada tipo de serviço, conforme disposto em contrato, ou o per-centual maior, se o contrato não permitir a identifica-ção do valor de cada serviço.

5.2 Fornecimento de materiais ou utilização de equipamentos sem previsão contratual

Quando não existir previsão contratual de forneci-mento de material ou utilização de equipaforneci-mento e o uso desse equipamento não for inerente ao serviço, ainda que haja discriminação de valores na nota fis-cal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no caso de serviço de transporte de passagei-ros, situação em que a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, a 30% do valor bruto dos mencionados documentos.

5.2.1 Nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços - Discriminação de valores relativos a materiais e equipamentos - Inexistência - Consequências

Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de servi-ços, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão contratual para o fornecimento de materiais ou utilização de equipa-mentos, com ou sem discriminação de valores em contrato.

5.3 Valores relativos a alimentação e vale-transporte - Deduções

Poderão ser deduzidas da base de cálculo da re-tenção as parcelas que estiverem discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que correspondam:

a) ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme a Lei no

6.321/1976;

b) ao fornecimento de vale-transporte, de confor-midade com a Lei no 7.418/1985 e o Decreto no

95.247/1987, observadas as alterações poste-riores.

A fiscalização da RFB poderá exigir, da contrata-da, a comprovação das deduções mencionadas nes-te subines-tem.

(9)

5.4 Empresa prestadora de serviços - Taxa de administração ou de agenciamento

O valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento, ainda que discriminado na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não poderá ser objeto de dedução da base de cálculo da retenção, inclusive em caso de serviços prestados por trabalhadores temporários.

Caso a empresa emita duas notas fiscais, faturas ou recibos, relativos ao mesmo serviço, uma contendo o valor correspondente à taxa de administração ou de agenciamento e a outra, o valor da remuneração paga aos trabalhadores utilizados na prestação do serviço, a retenção incidirá sobre o valor de cada um desses documentos.

5.4.1 Consórcio

Em caso de faturamento de consórcio para a con-tratante, para fins de não retenção sobre a taxa de ad-ministração, deverá ser emitida nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviço somente com o valor correspondente à taxa de administração ou de agen-ciamento em separado do valor dos serviços presta-dos pelas consorciadas.

6. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM EMPRESAS QUE EXPONHAM OS TRABALHADORES A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE OU À INTEGRIDADE FÍSICA Conforme já mencionado no item 4 deste texto, quan-do a atividade quan-dos seguraquan-dos, na empresa contratante, for exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física destes, de forma a possibi-litar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de trabalho, o percentual da retenção, apli-cado sobre o valor dos serviços prestados, deverá ser acrescido de 4%, 3% ou 2%, respectivamente, perfazen-do a alíquota total de 15%, 14% ou 13%. Esse acréscimo incide apenas sobre o valor dos serviços prestados por segurados sujeitos a condições especiais.

Nessa situação, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços específico para os serviços prestados em condições especiais pelos segurados ou discriminar o valor destes no respectivo documento.

Exemplo

A empresa “A” contrata a empresa “B” para prestar serviços su-jeitos à retenção previdenciária no valor de R$ 15.000,00. A em-presa “B” cede à emem-presa “A” 5 empregados, dos quais 2 estão submetidos a condições especiais de trabalho que permitem a concessão de aposentadoria especial aos 25 anos de serviço. A empresa “B” emite contra a empresa “A” 2 notas fiscais: uma no valor de R$ 10.000,00, relativa aos 3 empregados não sujeitos a condições especiais de trabalho e outra no valor de R$ 5.000,00 relativas aos 2 empregados sujeitos a condições especiais. Assim, temos:

Valor dos serviços correspondente a R$ 15.000,00, dos quais: a) 3 empregados não sujeitos a condições especiais =

R$ 10.000,00

b) 2 empregados sujeitos a condições especiais = R$ 5.000,00 Retenção:

a) R$ 1.100,00 (R$ 10.000,00 x 0,11)

b) R$ 650,00 (R$ 5.000,00 x 0,13 - alíquota de 11% + 2% relati-vos à exposição dos 2 trabalhadores a agentes nocirelati-vos) Total da retenção = R$ 1.750,00 (R$ 1.100,00 + R$ 650,00)

6.1 Inexistência de documento específico ou de discriminação dos valores relativos aos trabalhadores expostos a condições especiais Havendo previsão contratual de utilização de tra-balhadores na execução de atividades em condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física e não havendo emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços específico ou discriminação do valor destes, a base de cálculo, para incidência da alíquota adicional (4%, 3% ou 2%, conforme o caso), será proporcional ao número de trabalhadores envolvi-dos nas atividades exercidas em condições especiais, desde que haja possibilidade de identificação dos tra-balhadores envolvidos e dos não envolvidos com es-sas atividades exercidas em condições especiais.

Exemplo

Valor total dos serviços = R$ 6.000,00 Número total de empregados cedidos = 20

Número de empregados que exercem atividade sujeita à condi-ção especial = 10

Cálculo

R$ 6.000,00 ÷ 20 = 300 R$ 300,00 x 10 = R$ 3.000,00

R$ 3.000,00 = base de cálculo para a incidência da contribuição adicional

6.1.1 Impossibilidade de identificação dos trabalhadores expostos a agentes nocivos Na impossibilidade de se identificar o número de trabalhadores envolvidos e não envolvidos com as atividades exercidas em condições especiais, o acréscimo da retenção incidirá sobre o valor total dos serviços contido na nota fiscal, fatura ou recibo de

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prestação de serviços, no percentual correspondente à atividade especial.

6.2 Utilização de trabalhadores em atividades especiais sem previsão contratual

Na hipótese de a contratante desenvolver ativi-dades em condições especiais e de não haver previ-são contratual da utilização ou não dos trabalhadores contratados no exercício dessas atividades, incidirá, sobre o valor total dos serviços contidos na nota fis-cal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, o percentual adicional de retenção correspondente às atividades em condições especiais desenvolvidas pela empresa ou, não sendo possível identificá-las, o percentual mínimo de 2%.

7. SITUAÇÕES QUE DISPENSAM A EMPRESA CONTRATANTE DE PROCEDER À RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

A empresa contratante fica dispensada de efetuar a retenção, e a contratada, de registrar o destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quando:

a) o valor correspondente a 11% ou mais, confor-me o caso, dos serviços contidos em cada nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de servi-ços, for inferior ao limite mínimo estabelecido na legislação para recolhimento em documento de arrecadação (atualmente R$ 29,00);

b) a contratada atender cumulativamente aos se-guintes requisitos:

b.1) não possuir empregados;

b.2) prestar serviço pessoalmente por meio do titular ou sócio;

b.3) apresentar seu faturamento do mês anterior com resultado igual ou inferior a 2 vezes o limite máximo do salário-de-contribuição, ou seja, R$ 6.934,80 (R$ 3.467,40 x 2); Nota

A contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que não possui empregados e de que seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior a 2 vezes o limite máximo do salário-de-contribuição.

c) a contratação envolver somente serviços pro-fissionais relativos ao exercício de profissão re-gulamentada por legislação federal ou serviços de treinamento e ensino, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros contribuintes individuais;

Notas

(1) Nessa hipótese, a contratada apresentará à tomadora decla-ração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que o serviço foi prestado por sócio da empresa no exercício de profissão regulamentada ou, se for o caso, por profissional da área de treinamento e ensino, sem o concurso de empregados ou contribuintes individuais, ou consignará o fato na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

(2) São serviços profissionais regulamentados pela legislação fe-deral, entre outros, os prestados por administradores, advogados, aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda, agrôno-mos, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxilia-res de laboratório, bibliotecários, biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas, economistas domésticos, economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísticos, farmacêuticos, fisiotera-peutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos, ge-ólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais, leiloeiros rurais, leiloeiros, massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários, químicos, radialistas, secretárias, taquí-grafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técni-cos em radiologia e tecnólogos.

8. RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA - NÃO APLICAÇÃO Não se aplica o instituto da retenção previdenciá-ria nos casos de:

a) contratação de serviços prestados por traba-lhadores avulsos, por intermédio de sindicato da categoria ou de Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO);

b) empreitada total, conforme definido na alínea “a”, inciso XXVII, caput, e no § 1o, ambos do

art. 322, aplicando-se, nesse caso, o instituto da solidariedade, conforme disposições pre-vistas na Seção III do Capítulo IX deste Título, observado o disposto no art. 164 e no inciso IV, § 2o, do art. 151, todos da Instrução Normativa

RFB no 971/2009;

c) contratação de entidade beneficente de assis-tência social isenta de contribuições sociais; d) contribuinte individual equiparado a empresa

e a pessoa física, missão diplomática e repar-tição consular de carreira estrangeira;

e) contratação de serviços de transporte de car-gas a partir de 10.06.2003;

f) empreitada realizada nas dependências da contratada;

Notas

(1) Embora não se aplique o instituto da retenção previdenciária na situação mencionada nesta letra “b”, a contratante poderá elidir-se da responsabilidade solidária mediante a retenção previdenciária de 11% ou mais, conforme o caso, sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços contra ela emitido pela contratada, a comprovação do recolhimento do valor retido, na forma prevista pela legislação previdenciária, e a apre-sentação da documentação comprobatória do gerenciamento dos riscos ocupacionais. Observa-se que, nesta hipótese, a retenção é uma faculdade do contratante e não uma obrigação.

(11)

(2) Excluem-se da responsabilidade solidária, a partir de 21.11.1986, as contribuições sociais previdenciárias decorrentes da contratação, qualquer que seja a forma, de execução de obra de construção civil, reforma ou acréscimo, efetuadas por órgão público da administração direta, por autarquia e por fundação de direito público.

g) obra de construção civil, reforma ou acrésci-mo, por meio de empreitada total ou parcial, contratados por órgãos públicos da adminis-tração direta, autarquias e fundações de direi-to público, observado o disposdirei-to no inciso IV, § 2o, do art. 151 da Instrução Normativa RFB no

971/2009, ressalvado o caso de essas institui-ções contratarem serviços de construção civil, mediante cessão de mão de obra ou emprei-tada, em que se obriguem a efetuar a retenção prevista no item 1.

Nota

O inciso IV, § 2o, do art. 151 da Instrução Normativa RFB no

971/2009 dispõe:

Art. 151. São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obri-gação previdenciária principal e as expressamente designadas por lei como tal.

[...]

§ 2o Excluem-se da responsabilidade solidária:

[...]

IV - a partir de 21 de novembro de 1986, as contribuições sociais previdenciárias decorrentes da contratação, qualquer que seja a forma, de execução de obra de construção civil, reforma ou acrés-cimo, efetuadas por órgão público da administração direta, por autarquia e por fundação de direito público.

[...]

9. RETENÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Na construção civil, sujeitam-se à retenção: a) a prestação de serviços mediante contrato de

empreitada parcial;

b) a prestação de serviços mediante contrato de subempreitada;

c) a prestação de serviços como os discrimina-dos no Anexo VII da Instrução Normativa RFB no 971/2009;

d) a reforma de pequeno valor. 9.1 Serviços não sujeitos à retenção

No âmbito da construção civil, não se sujeita à re-tenção a prestação de serviços de:

a) administração, fiscalização, supervisão ou ge-renciamento de obras;

b) assessoria ou consultoria técnicas;

c) controle de qualidade de materiais;

d) fornecimento de concreto usinado, de mas-sa asfáltica ou de argamasmas-sa usinada ou preparada;

e) jateamento ou hidrojateamento; f) perfuração de poço artesiano;

g) elaboração de projeto da construção civil; h) ensaios geotécnicos de campo ou de

labo-ratório (sondagens de solo, provas de carga, ensaios de resistência, amostragens, testes em laboratório de solos ou outros serviços afins);

i) serviços de topografia; j) instalação de antena coletiva;

k) instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, ventilação, aquecimento, ca-lefação ou exaustão;

l) instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, ventilação, aquecimento, calefa-ção ou exaustão quando a venda for realizada com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil;

m) instalação de estruturas e esquadrias metáli-cas, de equipamento ou material, quando for emitida apenas a nota fiscal de venda mer-cantil;

n) locação de caçamba;

o) locação de máquinas, ferramentas, equipa-mentos ou outros utensílios sem fornecimento de mão de obra;

p) fundações especiais.

Quando na prestação dos serviços relaciona-dos à instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, ventilação, aquecimento, calefação ou exaustão e à instalação de estruturas e esqua-drias metálicas, de equipamento ou material houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de presta-ção de serviços relativa à mão de obra utilizada na instalação do material ou do equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de cálculo da retenção.

Caso haja, para a mesma obra, contratação de serviço relacionado nas letras “a” a “p” (imediata-mente anteriores) e, simultanea(imediata-mente, fornecimento de mão de obra para execução de outro serviço su-jeito à retenção, deve-se aplicar a retenção apenas

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a este serviço, desde que os valores estejam dis-criminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços. Não havendo a mencionada discriminação, deve-se aplicar a retenção a todos os serviços contratados.

10. DESTAQUE NA NOTA FISCAL, NA FATURA OU NO RECIBO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

A contratada deverá destacar o valor da retenção, com o título “Retenção para a Previdência Social”, na emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de pres-tação de serviços.

O mencionado destaque deverá ser identificado logo após a descrição dos serviços prestados apenas para produzir efeito como parcela dedutível no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, sem alteração do valor bruto do referido documento.

Caso a empresa prestadora dos serviços não efe-tue o destaque do valor retido, ficará sujeita à autua-ção com imposiautua-ção da multa correspondente.

10.1 Subcontratação - Destaque dos valores retidos

Havendo subcontratação, os valores retidos da subcontratada e comprovadamente recolhidos pela contratada poderão ser deduzidos do valor da retenção a ser efetuada pela contratante, des-de que todos os documentos envolvidos se refiram à mesma competência e ao mesmo serviço.

Para este efeito, a contratada deverá destacar, na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, as retenções da seguinte forma:

a) retenção para a Previdência Social: informar o valor correspondente a 11% ou mais, confor-me o caso, do valor bruto dos serviços, ressal-vado o disposto no § 1o do art. 112, no § 2o do

art. 125 e no art. 145 da Instrução Normativa RFB no 971/2009;

b) dedução de valores retidos de subcontrata-das: informar o valor total correspondente aos valores retidos e recolhidos, relativamente aos serviços subcontratados;

c) valor retido para a Previdência Social: infor-mar a diferença entre a retenção apurada na forma da letra “a” e a dedução efetuada de acordo com a letra “b”, que indicará o

valor a ser efetivamente retido pela contra-tante.

Exemplo

A empresa “A” contratou a empresa “B” para prestar-lhe, me-diante cessão de mão de obra, serviços de embalagem de mer-cadorias no valor de R$ 35.000,00. Os trabalhadores cedidos não estarão sujeitos a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física. A empresa “B”, por sua vez, subcontratou a empresa “C” que, nas mesmas condições, executará parte dos serviços no valor de R$ 15.000,00.

A empresa “C”, por ocasião da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços contra a empresa “B”, de-verá destacar, a título de “Retenção para a Previdência Social”, a quantia equivalente à aplicação da alíquota de 11% sobre o valor dos serviços prestados. Assim, a empresa “B” efetuará a retenção de R$ 1.650,00 (R$ 15.000,00 x 0,11).

A empresa “B”, por sua vez, ao emitir a nota fiscal, a fatura ou o recibo de prestação de serviço contra a empresa “A”, deverá de-duzir, do valor total a ser retido para a Previdência Social, a quan-tia já retida quando da quitação dos serviços com a empresa “C”, desde que tenha efetuado o recolhimento correspondente. Assim, temos:

Valor total dos serviços: R$ 35.000,00

Valor da retenção: R$ 3.850,00 (R$ 35.000,00 x 0,11) Valor retido na subcontratação: R$ 1.650,00

Na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, as retenções deverão ser destacadas da seguinte forma: Retenção para a Previdência Social: R$ 3.850,00

Dedução de valores retidos de subcontratada: R$ 1.650,00 Valor retido para a Previdência Social: R$ 2.200,00 (R$ 3.850,00 - R$ 1.650,00)

A contratada, juntamente com a sua nota fiscal, fa-tura ou recibo de prestação de serviços, deverá enca-minhar, à contratante, exceto em relação aos serviços subcontratados em que tenha ocorrido a dispensa da retenção prevista na letra “a” do item 7, cópia:

a) das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços das subcontratadas com o destaque da retenção;

b) dos comprovantes de arrecadação dos valo-res retidos das subcontratadas;

c) das Guias de Recolhimento do FGTS e Informa-ções à Previdência Social (GFIP) elaboradas pelas subcontratadas, nas quais constem, no campo “CNPJ/CEI do Tomador/Obra”, o CNPJ da contratada ou a matrícula do Cadastro Es-pecífico do INSS (CEI) da obra e, no campo “Denominação Social do Tomador/Obra”, a denominação social da empresa contratada. 10.1.1 Consórcio - Empresa responsável pela

administração - Retenção

Na hipótese de prestação de serviços por meio de consórcio e caso a empresa responsável pela sua

(13)

ad-ministração tenha efetuado retenção sobre os valores brutos das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços de empresas consorciadas que os realizaram por intermédio de consórcio e tenha pro-cedido ao recolhimento no CNPJ das consorciadas, es-ses valores poderão ser deduzidos do valor a ser retido na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, emitido pelo consórcio para a contratante, por ocasião do faturamento dos serviços prestados pelas consorciadas.

10.1.2 Documento fiscal - Destaque

Se os serviços forem prestados por meio de con-sórcio constituído na forma dos arts. 278 e 279 da Lei no 6.404/1976, sujeito à retenção, a empresa

res-ponsável por sua administração deverá destacar, na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, emitidos em nome do consórcio, a retenção para a Previdência Social correspondente a 11% do valor bruto dos serviços prestados por todas as con-sorciadas participantes, ressalvadas as disposições contidas no § 2o do art. 125 e no art. 145 da Instrução

Normativa RFB no 971/2009.

10.1.2.1 Relatório - Emissão

Para efeito do disposto no subitem 10.1.2, a em-presa responsável pela administração do consórcio deverá anexar, à nota fiscal, à fatura ou ao recibo de prestação de serviços, emitidos em nome do consór-cio, um relatório com a identificação e a participação individualizada de todas as consorciadas, de modo que todos os documentos envolvidos se refiram à mesma competência e ao mesmo serviço.

A empresa responsável pela administração do consórcio deverá encaminhar, à contratante, os se-guintes documentos:

a) cópia das notas fiscais, das faturas ou dos re-cibos de prestação de serviços das consorcia-das com o destaque da retenção correspon-dente;

b) cópia das GFIP elaboradas pelas consorciadas com o seu CNPJ identificador, na qual constem, no campo “CNPJ/CEI do Tomador/Obra”, o CNPJ do consórcio ou a matrícula CEI da obra e, no campo “Denominação Social do Tomador/ Obra”, a denominação social do consórcio ou o nome da obra contratada; e

c) relação de empresas consorciadas, com os seguintes dados:

c.1) razão social da consorciada; c.2) identificador CNPJ da consorciada; c.3) participação da consorciada de acordo

com os atos constitutivos do consórcio; c.4) relatório, por competência, de notas

fis-cais, faturas ou recibos emitidos por con-sorciada, do qual constem o número e o valor do documento.

11. VALOR RETIDO - RECOLHIMENTO

A competência a ser observada, para efeito de recolhimento do valor retido, é aquela correspondente à emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

Assim, a importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia 20 do mês seguinte ao da emissão da respectiva nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, antecipando-se esse prazo para o dia útil imediatamente anterior quan-do não houver expediente bancário no referiquan-do dia.

No campo identificador do documento de arre-cadação deverá ser informado o CNPJ do estabele-cimento da empresa contratada ou a matrícula CEI da obra de construção civil, conforme o caso, e, no campo “Nome ou denominação social”, a sua deno-minação social seguida da denodeno-minação social da empresa contratante.

O código de pagamento a ser utilizado no campo 3 da Guia da Previdência Social (GPS) será:

a) 2631 - Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço - CNPJ; b) 2640 - Contribuição Retida sobre NF/Fatura da

Prestadora de Serviço - CNPJ - Uso Exclusivo do Órgão do Poder Público - Administração Di-reta, Autarquia e Fundação Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante do serviço);

c) 2658 - Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço - CEI; d) 2682 - Contribuição Retida sobre NF/Fatura da

Prestadora de Serviço - CEI (Uso Exclusivo do Órgão do Poder Público - Administração Dire-ta, Autarquia e Fundação Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante do serviço).

(14)

11.1 Multa de mora

A multa de mora devida no caso de recolhimento em atraso do valor retido será aquela prevista no art. 35 da Lei no 8.212/1991.

Nota

A aplicação do disposto nos arts. 35 e 35-A da Lei no 8.212/1991, com a

redação dada pela Lei no 11.941/2009, às prestações de parcelamento e aos

demais débitos não pagos até 3.12.2008, inscritos ou não em Dívida Ativa, cobrados por meio de processo ainda não definitivamente julgado, observará o constante na Portaria PGFN/RFB no 14/2009.

11.2 Consórcio

Tratando-se de retenção efetuada sobre nota fis-cal, fatura ou recibo de prestação de serviços emitido pelo consórcio, o recolhimento da retenção deverá ser efetuado em nome e CNPJ das empresas consorcia-das, proporcionalmente à participação de cada uma delas, conforme declarado pelo consórcio em relação anexa, na forma do subitem 10.1.2.1.

11.2.1 Saldo de retenção - Compensação - Restituição - Possibilidade

Caso reste saldo de retenção a recolher, depois de observados os procedimentos previstos nos subi-tens 10.1.1, 10.1.2 e 11.2, o pagamento desse valor deverá ser efetuado em nome e CNPJ da empresa responsável pela administração do consórcio, a qual poderá compensá-lo com as contribuições devidas à Previdência Social ou pedir sua restituição na forma prevista na Instrução Normativa RFB no 900/2008.

11.3 Siafi

O órgão ou a entidade integrante do Sistema In-tegrado de Administração Financeira (Siafi) deverá re-colher os valores retidos com base na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, respei-tando como data-limite de pagamento o dia 20 do mês subsequente ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, observado o disposto no item 7.

11.4 Vários documentos fiscais - Recolhimento Quando, por um mesmo estabelecimento da con-tratada, forem emitidas mais de uma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços para um mesmo es-tabelecimento da contratante, na mesma competência, sobre as quais houve retenção, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos valores retidos em nome da contratada, em um único documento de arrecadação.

11.5 Valor retido - Não recolhimento - Consequências

A falta de recolhimento, no prazo legal, das impor-tâncias retidas configura, em tese, crime de apropria-ção indébita previdenciária, previsto no Código Penal, art. 168-A, e enseja a emissão de Representação Fis-cal para Fins Penais (RFFP).

11.6 Empresa contratada - Remuneração dos segurados - Consolidação

A empresa contratada poderá consolidar, em um único documento de arrecadação, por competência e por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remuneração de todos os segurados envolvidos na prestação de serviços e daqueles alocados no setor administrativo, bem como, se for o caso, a contribui-ção social previdenciária incidente sobre o valor pago a cooperativa de trabalho relativamente à prestação de serviços de cooperados, compensando os valores reti-dos com as contribuições devidas à Previdência Social por qualquer de seus estabelecimentos.

12. EXISTÊNCIA DE DECISÃO JUDICIAL QUE VEDE A RETENÇÃO

Caso a empresa prestadora dos serviços apre-sente, à tomadora, decisão judicial que vede a aplica-ção da retenaplica-ção, deverá ser observado o seguinte:

a) na hipótese de a decisão judicial referir-se à empresa contratada mediante cessão de mão de obra ou empreitada, não sujeita à aplica-ção do instituto da responsabilidade solidária, as contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração da mão de obra utiliza-da na prestação de serviços serão exigiutiliza-das utiliza-da contratada;

b) se a decisão judicial referir-se à empresa con-tratada mediante empreitada total na cons-trução civil, sendo a ação impetrada contra o uso, pela contratante, da faculdade previs-ta no art. 164 da Instrução Normativa RFB no

971/2009, hipótese em que é configurada a previsão legal do instituto da responsabilidade solidária, prevista no inciso VI do art. 30 da Lei no 8.212/1991, ressalvado o disposto no art.

157 da Instrução Normativa RFB no 971/2009,

a contratante deverá observar o que consta nos arts. 161 e 163 da mesma norma, no que couber, para fins de elisão de sua responsabi-lidade.

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Na situação prevista na letra “a” deste item, quan-do a contratada pertencer à jurisdição de outra uni-dade da RFB, deverá ser emitido subsídio fiscal para a unidade competente da jurisdição do estabeleci-mento matriz da empresa contratada, ainda que a de-cisão judicial não determine a aplicação do instituto da responsabilidade solidária.

13. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATADA A empresa contratada deverá elaborar:

a) folhas de pagamento distintas e respectivo resumo geral para cada estabelecimento ou obra de construção civil da empresa contra-tante, relacionando todos os segurados aloca-dos na prestação de serviços;

b) GFIP com as informações relativas aos toma-dores de serviços, para cada estabelecimen-to da empresa contratante ou cada obra de construção civil, utilizando os códigos de re-colhimento próprios da atividade;

c) demonstrativo mensal por contratante e por contrato, assinado pelo seu representante le-gal, contendo:

c.1) denominação social e CNPJ da contra-tante ou matrícula CEI da obra de cons-trução civil, conforme o caso;

c.2) número e data de emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;

c.3) valor bruto, valor retido e valor líquido re-cebidos relativamente a nota fiscal, fatu-ra ou recibo de prestação de serviços; c.4) totalização dos valores e sua consolidação

por obra de construção civil ou por estabe-lecimento da contratante, conforme o caso. 13.1 Consórcio

Aplica-se o disposto no item 13 à empresa pres-tadora de serviços por intermédio de consórcio, em relação à sua participação no empreendimento, ain-da que o faturamento se dê em nome do consórcio, observados os procedimentos previstos neste texto quanto à retenção e ao recolhimento.

13.2 Dispensa da elaboração de folha de pagamento e GFIP distintas por estabelecimento - Hipótese A empresa contratada fica dispensada de ela-borar folha de pagamento e GFIP com informações distintas por estabelecimento ou obra de construção

civil em que realizar tarefa ou prestar serviços quan-do, comprovadamente, utilizar os mesmos segurados para atender a várias empresas contratantes, alterna-damente, no mesmo período, inviabilizando a indivi-dualização da remuneração destes por tarefa ou por serviço contratado.

Consideram-se serviços prestados alternadamente aqueles em que a tarefa ou o serviço contratado sejam executados por trabalhador ou equipe de trabalho em vários estabelecimentos ou em várias obras de uma mes-ma contratante ou de vários contratantes, por etapas, em uma mesma competência, os quais envolvam os serviços que não compõem o Custo Unitário Básico (CUB). 13.3 Empresa contratada legalmente obrigada a

manter escrituração contábil

A contratada legalmente obrigada a manter escri-turação contábil formalizada deve registrar, mensal-mente, em contas individualizadas, todos os fatos ge-radores de contribuições sociais, inclusive a retenção sobre o valor da prestação de serviços.

O lançamento da retenção na escrituração contá-bil deverá discriminar:

a) o valor bruto dos serviços; b) o valor da retenção; c) o valor líquido a receber.

Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês e por contratante, a empresa contratada de-verá manter, em registros auxiliares, a discriminação desses valores por contratante.

14. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATANTE A empresa contratante fica obrigada a manter em arquivo, por empresa contratada, em ordem cronoló-gica, à disposição da RFB, pelo prazo decadencial previsto na legislação tributária, as correspondentes notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de ser-viços, cópia das GFIP e, se for o caso, dos documen-tos relacionados no § 2o do art. 127 e, na hipótese

de serviços contratados por meio de consórcio, os relacionados no § 2o do art. 128, ambos da Instrução

Normativa RFB no 971/2009.

14.1 Escrituração contábil formalizada

A contratante legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada deverá registrar,

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mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais, inclu-sive a retenção sobre o valor dos serviços contra-tados.

14.2 Lançamento - Discriminação

O lançamento da retenção na escrituração contá-bil deverá discriminar:

a) o valor bruto dos serviços; b) o valor da retenção; c) o valor líquido a pagar. 14.2.1 Registros auxiliares

Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratada, a empresa contratante deverá manter, em registros auxiliares, a discriminação desses valores individualizados por contratada.

14.3 Dispensa de escrituração contábil - Demonstrativo mensal - Elaboração

A empresa contratante, legalmente dispensada da apresentação da escrituração contábil, deverá elaborar demonstrativo mensal, assinado por seu re-presentante legal, relativo a cada contrato, contendo as seguintes informações:

a) denominação social e CNPJ da contratada; b) número e data de emissão da nota fiscal, da

fatura ou do recibo de prestação de serviços; c) valor bruto, valor de retenção e valor líquido

pago relativamente à nota fiscal, à fatura ou ao recibo de prestação de serviços;

d) totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil e por estabelecimento da contratada, conforme o caso.

(Lei no 8.212/1991, art. 31; Regulamento da Previdência

Social, aprovado pelo Decreto no 3.048/1999, arts. 219 e 220;

Lei no 12.254/2010; Instrução Normativa RFB no 971/2009;

Por-taria PGFN/RFB no 14/2009; Lei no 11.933/2009)

IOB Setorial

RURAL

A saúde do trabalhador rural e a

proteção contra intempéries

A Norma Regulamentadora no 31 (NR 31),

apro-vada pela Portaria MTE no 86/2005, tem por objetivo

estabelecer os preceitos a serem observados na or-ganização e no ambiente de trabalho, de forma que torne compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades de agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança, a saúde e o meio ambiente do trabalho.

As disposições da NR 31 são aplicadas a quais-quer atividades mencionadas anteriormente,

verifica-das as formas de relações de trabalho e emprego e o local dessas atividades.

O empregador rural ou equiparado deve, entre outras coisas, garantir adequadas condições de tra-balho, higiene e conforto para todos os trabalhadores, segundo a especificação de cada atividade, realizar avaliações dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e, com base nos resultados obtidos, adotar medidas de prevenção e proteção para garan-tir que todas as atividades, os lugares de trabalho, as máquinas, os equipamentos, as ferramentas e os pro-cessos produtivos sejam seguros e em conformidade com as normas de segurança e saúde.

Assim, na ocorrência de alterações de condições climáticas, as quais comprometam a saúde ou a

(17)

se-gurança do trabalhador, o empregador rural ou equi-parado deve:

a) orientar os seus empregados quanto aos pro-cedimentos a serem adotados na ocorrência de condições climáticas desfavoráveis; b) interromper as atividades na ocorrência de

condições climáticas que comprometam a se-gurança do trabalhador;

c) organizar o trabalho de forma que as ativida-des que exijam maior esforço físico, quando possível, sejam desenvolvidas no período da manhã ou no final da tarde.

Além das medidas anteriormente expostas, o em-pregador está, ainda, obrigado a fornecer aos traba-lhadores, gratuitamente, chapéu ou outra proteção contra o sol, a chuva e os salpicos, e botas imperme-áveis e antiderrapantes para o trabalho em terrenos úmidos, lamacentos, encharcados ou com dejetos de animais.

(Lei no 5.889/1973, art. 13; NR 31, aprovada pela

Porta-ria MTE no 86/2005, subitens 31.1, 31.2.1, 31.3.3, 31.19.1 e

31.20.2)

IOB Entende

Empregados portadores de aparelhos

de chamada eletrônica e as horas

extras no regime de sobreaviso

Uma situação que tem causado polêmica no âm-bito do direito trabalhista é a caracterização do regi-me de sobreaviso e a forma de pagaregi-mento das horas correspondentes.

Regime de sobreaviso é aquele em que o em-pregado, mesmo estando em gozo dos seus perío-dos de repouso, fica à disposição do empregador, aguardando, a qualquer momento, o chamado para o serviço.

Atualmente, muitas empresas fornecem a seus empregados aparelhos de comunicação, tais como

bip, telefone celular, radiocomunicador portátil (walkie talkie), rádio PX, pager, laptop etc., os quais visam

não só à pronta localização do empregado como tam-bém à transmissão de instruções para a execução dos trabalhos. Assim, esses empregados, mesmo

es-tando em gozo do período de repouso entre as jorna-das de trabalho ou em repouso semanal remunerado, em caso de necessidade, são chamados para prestar serviços. É o denominado “plantão a distância”.

O regime de sobreaviso é legalmente previsto para os empregados ferroviários que, nos termos da Con-solidação das Leis do Trabalho (CLT), art. 244, § 2o,

permanecem em suas próprias casas, aguardando, a qualquer momento, o chamado para o serviço. A dura-ção da escala de sobreaviso é de 24 horas, no máximo, e as horas de sobreaviso devem ser remuneradas à razão de 1/3 do salário normal.

Embora o regime de sobreaviso tenha origem e previsão legal nos serviços ferroviários, ele pode ser estendido, por analogia, a empregados de outras ati-vidades empresariais que permaneçam fora do local da prestação dos serviços, na expectativa de serem chamados ao serviço em horas destinadas a descan-so e lazer.

Referências

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