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ORIENTADOR(ES): ANTÔNIO MARCOLINO DO NASCIMENTO, ARTHUR BITTES JÚNIOR

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Academic year: 2021

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Realização: Apoio: TÍTULO: ALIMENTOS BIOFORTIFICADOS NO BRASIL: UMA REVISÃO

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

SUBÁREA: Enfermagem

INSTITUIÇÃO: FACULDADES OSWALDO CRUZ - FOC

AUTOR(ES): LILIANE DE ALMEIDA DA SILVA VIEIRA, DENISE MENDES DA SILVA, THIFANY DANTAS VIDAL, LAÍS DOS SANTOS RAYMUNDO, LAURIENNY SOBRAL BARBOSA

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1 - RESUMO

O desenvolvimento de alimentos biofortificados pode auxiliar no combate à fome oculta, um problema de saúde pública. O objetivo deste trabalho foi analisar as evidências científicas sobre o desenvolvimento de alimentos biofortificados no Brasil. Uma revisão integrativa, a partir de artigos em português, publicados nos últimos 5 anos na Scielo - Scientific Electronic Library Online. A biofortificação é uma intervenção nutricional, cujo objetivo é aumentar o conteúdo de micronutrientes em alimentos por biofortificação agronômica ou biofortificação genética. No Brasil, a maior parte das pesquisas é liderada pela EMBRAPA, patrocinadas por grandes corporações, fundações privadas e organismos internacionais. Os programas visam o melhoramento de culturas, como batata-doce, mandioca, milho, arroz, feijão, trigo e abóbora. A análise da composição centesimal de cultivares de feijão biofortificados, comparados com feijões adquiridos no comércio evidenciou um aumento, não significante, dos teores de ferro, potássio e magnésio. Massas alimentícias a base de alimentos biofortificados como trigo, arroz polido e feijão carioca com casca e farinha de trigo mostraram ser uma alternativa viável e nutritiva. Farinha de batata-doce com alto teor de β-caroteno, é fonte de pró-vitamina A, apresentaram efeitos benéficos na saúde humana, como melhoria da imunidade e diminuição de doenças degenerativas. A farinha de batata-doce pode substituir parcialmente a farinha de trigo na confecção produtos utilizados em alimentação escolar e de apoio materno infantil. A biofortificação, no entanto, apresenta diversos aspectos negativos, sendo necessários estudos que visem elucidar seus amplos efeitos, nas esferas econômica, política, social e nutricional. Até o momento, foram identificados 17 artigos, destes, foram selecionados 06 artigos cujo conteúdo estava dentro dos objetivos deste estudo.

Descritores: nutrição, segurança alimentar, biofortificação. 2 - INTRODUÇÃO

No Brasil, assim como em outros países do mundo, a carência de micronutrientes é considerada um problema de saúde pública que acomete, principalmente, mulheres e crianças menores de cinco anos (ARAUJO, M. C. et al. 2013). Dentre as carências de micronutrientes podem ser destacadas a do ferro e das vitaminas A e B1. O consumo de alimentos básicos, como milho, arroz e trigo não fornece as quantidades mínimas de nutrientes requeridas pelo homem. A

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deficiência de nutrientes essenciais, especialmente Fe, Zn, I e vitamina A é conhecida por fome oculta.

O desenvolvimento de alimentos com teores mais elevados de micronutrientes é um dos desafios dos programas de biofortificação de produtos agrícolas para melhoria da nutrição humana. A biofortificação é um melhoramento genético convencional (LOVATO, F. et al. 2018). A ideia do programa é aumentar o valor nutricional dos alimentos que já fazem parte da dieta da população, permitindo o acesso a estes alimentos sem exigir mudanças de seus hábitos alimentares. (NUTTI, M.R. 2015)

3 – OBJETIVOS

O objetivo desta pesquisa foi analisar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre o desenvolvimento de alimentos biofortificados no Brasil.

4 - METODOLOGIA:

Trata-se de uma revisão integrativa, a partir de artigos completos em português, publicados nos últimos 5 anos na plataforma digital na Scielo - Scientific Electronic Library Online. A questão norteadora empregada foi: os alimentos biofortificados já são uma realidade no Brasil? Como estratégia de busca foi realizada a combinação de palavras-chaves selecionadas dos Descritores na área de Saúde. Foi aplicado o operador booleano “and”. Para resultados mais significativos optou-se por: (1) “nutrição”, “biofortificação” e (2) “alimentos” e “biofortificação”.

5 - DESENVOLVIMENTO:

Ao contrário da fortificação de alimentos, a biofortificação é uma intervenção nutricional específica, com o objetivo de aumentar o conteúdo de micronutrientes em alimentos. Pode ser feita por práticas agronômicas como o manejo da cultura, biofortificação agronômica e melhoramento genético da planta, biofortificação genética (Loureiro et al 2018).

Os produtos biofortificados estão sendo desenvolvidos em países da América Central, da África e da Ásia (NESTEL et al., 2006 apud ALVES, R. M. V. et al. 2012). No Brasil, a maior parte das pesquisas esta a cargo do projeto Biofort liderado pela EMBRAPA, com as dinâmicas internacionais em que pontificam grandes corporações, fundações privadas e, mesmo, organismos internacionais. (FÓRUM BRASILEIRO DE SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL,

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2016). Os programas como AgroSalud e Harvest Plus, há vários anos, têm buscado o melhoramento de culturas, como batata-doce, mandioca, milho, arroz, feijão, trigo e abóbora, via seleção e cruzamento de genes chaves, de forma a obter biofortificação no campo (ALVES, R M V et al, 2012)

Lovato, F. et al. (2018) analisaram a composição centesimal de cultivares de feijão biofortificados e compararam com feijões adquiridos no comércio. A biofortificação aumentou, porém não significativamente, os teores de ferro, potássio e magnésio. Entretanto, houve uma redução no teor de lipídios.

Os pesquisadores Minguita, A. P. S et al (2015) desenvolveram e caracterizaram massas alimentícias a base de alimentos biofortificados: trigo, arroz polido e feijão carioca com casca e farinha de trigo), enriquecidos por biofortificação com minerais importantes e necessários à nutrição humana, uma alternativa viável e nutritiva.

Alves, R M V et al, (2012) desenvolveram uma farinha de batata-doce, quando elaborada a partir de raízes com alto teor de β-caroteno, é fonte de pró-vitamina A, que apresenta efeitos benéficos na saúde humana, como melhoria da imunidade e diminuição de doenças degenerativas, como câncer, doenças cardiovasculares, catarata e degeneração macular. A farinha de batata-doce pode substituir parcialmente a farinha de trigo na confecção de bolos, biscoitos e outros produtos utilizados em alimentação escolar e de apoio materno infantil.

6 - RESULTADOS PRELIMINARES

Até o momento, aplicados os critérios de inclusão e exclusão foram identificados 17 artigos, destes, após a e avaliação dos resumos foram selecionados 06 artigos cujo conteúdo estava dentro dos objetivos do estudo. Trata-se de um tema relativamente novo com poucos artigos publicados em português

7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A biofortificação é importante e necessária à nutrição humana. Entretanto a sua pesquisa e aplicação no Brasil ainda é incipiente no Brasil. A técnica apresenta diversos aspectos negativos, sendo necessários estudos que visem elucidar seus amplos efeitos, nas esferas econômica, política, social e nutricional. Enquanto isso, as principais causas da insegurança alimentar devem ser sanadas utilizando outras estratégias para a solução do problema da fome, seja ela oculta ou crônica.

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8 - FONTES CONSULTADAS

ALVES, Rosa Maria Vercelino et al . Estabilidade de farinha de batata-doce biofortificada. Braz. J. Food Technol., Campinas , v. 15, n. 1, p. 59-71, Mar. 2012 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232012000100007

ARAUJO, Marina Campos et al . Consumo de macronutrientes e ingestão inadequada de micronutrientes em adultos. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 47, supl. 1, p. 177s-189s, Feb. 2013.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102013000700004&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 29 ago 2019.

FÓRUM BRASILEIRO DE SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL. Biofortificação: as controvérsias e as ameaças à soberania e segurança alimentar e nutricional. Rio de Janeiro. p.42.2016. Disponível em

https://br.boell.org/pt-br/2018/08/06/biofortificacao-controversias-e-ameacas-soberania-alimentar-e-nutricional Acesso 25 ago 2019

LOUREIRO et al. Biofortificação de alimentos: problema ou solução? Segur. Aliment. Nutr., Campinas, v. 25, n. 2, p. 66-84, maio/ago. 2018. Disponível em:

https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8652300 Acesso em

27 ago 2019

LOVATO, Frederico et al . Composição centesimal e conteúdo mineral de diferentes cultivares de feijão biorfortificado (Phaseolus vulgaris L.). Braz. J. Food Technol., Campinas , v. 21, e2017068, 2018. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1981-67232018000100418&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em 27 ago 2019.

MINGUITA, Adriana Paula da Silva et al . Produção e caracterização de massas alimentícias a base de alimentos biofortificados: trigo, arroz polido e feijão carioca com casca. Cienc. Rural, Santa Maria, v. 45, n. 10, p. 1895-1901, Oct. 2015 . Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-84782015001001895&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em 28 ago 2019.

NUTTI,M. Alimentos Biofortificados Uma Área Com Aplicações Inovadoras E Promissoras Aditivos Ingredientes [on line]. 2015 [acesso em 27 nov 2019]. Disponível em: http://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/20160

1/2016010171360001453470224.pdf Acesso em 25 ago 2019.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. Biofortificação de alimentos: saúde ao alcance de todos Boletim informativo da sbcs .v.42, n.2 mai-ago, p.

2016. Disponível em:

Referências

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