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AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DO CULTIVO DE UVA NIAGARA ROSADA EM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS IRRIGADO E NÃO IRRIGADO

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AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DO CULTIVO DE UVA NIAGARA ROSADA EM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS IRRIGADO E NÃO IRRIGADO

*Lucas Pauka Odorizzi

*Bacharel em Engenharia Agronômica na Faculdade Gammon.

___________________________________________________________________ RESUMO

A cultura da videira é uma atividade considerada importante socioeconomicamente, por ser muito implantada no âmbito de agricultura familiar, gerando renda à pequenos produtores e na região onde ela é cultivada. A videira é como a maioria das demais frutíferas, para produção de suas mudas a variedade de copa deve ser enxertada em enxertos vigorosos e que ambas tenham afinidades genéticas. Os porta-enxertos são muito importantes na implantação da cultura da uva, pois além de proporcionar vigor, qualidades aos frutos, controla a praga denominada Filoxera (Daktulosphaira vitifoliae) e facilita a adaptação da cultura a diferentes climas e solos. Portanto, o presente trabalho teve como o objetivo avaliar a produção e a qualidade da cultivar de uva Niágara rosada, enxertada sobre dois porta-enxertos de variedades diferentes, sendo eles o IAC 572 e IAC 766, com presença e ausência da tecnologia de irrigação. Os resultados indicaram diferenças significativas apenas no diâmetro de cachos que foi maior no IAC 572 tanto irrigado como não irrigado. Os demais parâmetros avaliados como teor de sólidos solúveis, produção, produtividade, massa dos cachos, comprimento de cachos e número médio de bagas por cacho não mostraram diferenças significativa.

PALAVRAS-CHAVE: Videira; Avaliação; Produção; Qualidade.

ABSTRACT

Grapevine cultivation is an important socioeconomic activity, since it is widely implemented in the context of family agriculture, generating income in small producers and in the region where it is cultivated. The vine is like most other fruit trees. In order to produce their seedlings, the canopy variety must be grafted on vigorous rootstocks and both have genetic affinities. The rootstocks are very important in the implantation of the grape crop, because besides giving vigor, qualities to the fruits, it controls the pest called Filoxera (Daktulosphaira vitifoliae) and facilitates the adaptation of the crop to different climates and soils. The objective of this study was to evaluate the production and quality of Niagara rose grapes cultivated on two rootstocks of different varieties, such as IAC 572 and IAC 766, with the presence and absence of irrigation technology. The results indicated significant differences only in the diameter of bunches that was higher in IAC 572, both irrigated and non-irrigated. The other reward

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parameters such as soluble solids content, yield, productivity, bunches mass, bunches length and average number of fruits per bunch do not have significant differences. KEY WORDS:Vine; Evaluation; Production; Quality.

Introdução

Segundo Embrapa (2008) a videira é uma planta sarmentosa, pertencente à família Vitaceae e ao gênero Vitis. (QUEIROZ-VOLTAN; PIRES, 2003). Ela está entre as frutíferas mais antigas da humanidade, tendo em estudos arqueológicos relatados a existência de fósseis de sementes dela que datam da Era Cenozóica. O seu centro de origem é de região fria (Groenlândia), onde há 300 mil anos surgiu sua primeira espécie. Sua dispersão para as diferentes regiões do mundo foi ocorrendo de pouco a pouco, sendo introduzida no Brasil em 1532, por Martim Afonso de Souza.

Embora originária de região fria, a videira se adaptou em diferentes regiões, inclusive as tropicais Semiáridas como o Vale do Submédio São Francisco região Nordeste do Brasil e Norte do Estado de Minas Gerais (EMBRAPA., 2008).

A uva é uma fruta que traz vários benefícios para a saúde, pois é fonte de vitaminas do complexo B e vitamina C, além de ser rica em minerais, tais como: cálcio, ferro, fósforo, magnésio, sódio e potássio. (CASTRO; SCHERER; GODOY, 2006) Outro fator importante que a uva contém, é sua grande fonte de compostos fenólicos, que se apresenta como uma das principais fontes de componentes fenólicos quando comparadas com outras frutas e vegetais. Os compostos fenólicos estão presentes nas frutas, vegetais, chás e vinhos e por conter atividades antioxidantes, antiinflamatório, antimicrobiana e anticarcinogênica promove diversos efeitos benéficos à saúde humana (BEER, D. et al., 2003).

Segundo Hedrick et aI. (1908), citado por Maia e Camargo, (2012) a Niágara Branca é originária dos Estados Unidos, ela é um híbrido interespecífico (Vitislabrusca X V.vinifera) suas bagas são de coloração branca. Foi dela que originou no Brasil em 1933 a Niágara Rosada, a partir de mutação somática natural ocorrida na região de Jundiaí Estado de São Paulo. A Niágara Rosada é uma cultivar com bagas de coloração rosadas, atualmente está entre os cultivares mais plantados no solo paulista, sua produção normalmente se concentra entre os meses de dezembro a fevereiro.

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A utilização de porta-enxertos é de fundamental importância na viticultura, pois apresentam uma tecnologia simples e com resultados realmente positivos. A utilização de sua prática ocorreu em consequência do surgimento da filoxera (Daktulosphaira vitifoliae), na metade do século XIX. Antes do surgimento da filoxera, a propagação da videira a nível de campo era somente por estacas, coletadas diretamente das plantas matrizes e colocadas para o seu enraizamento (não se utilizava de porta-enxertos). (MIELE; RIZZON, L.A; GIOVANNINI., 2009)

Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a produção e a qualidade da uva cultivar Niágara rosada, enxertadas sobre dois porta-enxertos de variedades diferentes e com presença e ausência da tecnologia de irrigação.

Revisão de Literatura Uva

Entre as diversas exigências da videira, a principal delas é temperaturas baixas no outono-inverno, para estimular o período de dormência, para quando chegar ao final do inverno e início primaveril dar início sua brotação após realização da poda. No entanto, com a utilização de reguladores de crescimento e da irrigação, possibilitou o desenvolvimento de seu cultivo nas mais diversas regiões, cujas horas de temperaturas mínimas nessas regiões não são suficientes para promover estímulo de dormência natural (FRÁGUAS, et al., 2017)

Ainda com referência aos mesmos autores acima mencionados, à exigência hídrica da videira, é variável de acordo com as condições climáticas de cada região e da duração do ciclo vegetativo da variedade em questão. Existem variedades precoces e tardias. De modo geral, sua exigência varia de 500 a 1.200 mm de água. Sua exigência em radiação solar varia de 1.200 a 1.400 horas de insolação para todo o ciclo vegetativo, com maior exigência na fase reprodutiva.

A uva está entre as frutas mais produzidas mundialmente, em 2014 ela foi a quarta fruta mais produzida no mundo, sua produção alcançou 74.499.858 toneladas e a área no mundo ocupada com videiras somam 7.124.510ha (EMBRAPA, 2015).

Segundo Anuário Brasileiro da Fruticultura (2017), a produção brasileira de uva em 2016 foi de 987.059 toneladas em uma área total de 78.011 ha. O Estado brasileiro maior produtor de uva é o Rio Grande do Sul, porém a região brasileira maior exportadora de uva “in natura” é o Nordeste (Vale São Francisco). (CARVALHO et al.; 2017)

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Hoje praticamente todos os Estados brasileiros cultivam uva, sendo considerada uma atividade geradora de empregos e renda, contribuindo significativamente com a sustentabilidade da agricultura familiar (QUEIROZ-VOLTAN; PIRES, 2003)

As variedades de copas mais cultivadas, considerando suas características de aceitação no mercado “in natura” (mesa) e resistência às pragas, doenças e produtividade são: cultivares finas: “Itália”, “Rubi”; “Benitaka”, “Brasil”; “Redglob”. Cultivares rústicos: “Niágara Branca”; “Niágara Rosada”, “Isabel” e “Bordo” (Fráguas7 et al., 2007).

A videira a nível campo é somente reproduzida via assexuada, utilizam-se de estacas para produzir os porta-enxertos e enxertia para as variedades de copas. Sua implantação sistematicamente é procedida, a partir de mudas enxertadas ou por enxertia no campo. Portanto, um dos primeiros passos para implantação do vinhedo está na escolha de um porta-enxerto ideal para a respectiva variedade de copa. Para isso deve saber se o porta-enxerto é compatível com variedade de copa em questão e as demais características que ele apresenta, tais como vigor, exigência edáfica e climática entre outras (QUEIROZ-VOLTAN; PIRES1, 2003).

Porta-enxerto

Fráguas et al. (2007) mencionam que existem grande diversidades de cultivares de videiras para produção de uvas de mesa e processamento e também às destinadas para porta-enxertos. Dentre os porta-enxertos, as variedades mais utilizadas hoje, são: 1) IAC 313 (Tropical); 2) IAC 572 (Jales); 3) IAC 766 (Campinas), 4) RR 101- 14; 5) Kober 5BB; 6) Traviú, 7) 103 P; 8) R 99; 9) R 110; 10) 420 A; 11) Gravesac.

Para Soares e Leão (2009), as relações entre porta-enxerto e a copa são consideradas complexas, pois nem sempre são totalmente harmônicos às exigências entre o porta-enxerto e a variedade de copa. Portanto, não é fácil definir às características que são transmitidas à copa pelo porta-enxerto. Porém, essa interação é um importante aspecto na determinação da produtividade das áreas cultivadas com videiras. Não é somente o vigor e produtividade que são observados como resultado do efeito do porta-enxerto, mas também assimilação dos nutrientes e qualidade da produção.

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O porta-enxerto “IAC 572” Jales foi originado a partir do cruzamento entre Vitis caribaea e 101-14 MGT (Riparia-Rupestris), trabalho realizado por Santos Neto, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), foi lançado para o cultivo comercial em 1970. Mostra-se resistente as doenças fúngicas de copas, apresenta facilidade de adaptação a diferentes classes de solo e apresenta ótimo vigor. Suas estacas enraízam facilmente e tem mostrado também elevado índice de pegamento na enxertia. Apresenta boa afinidade com diversas variedades de copas, inclusive com as Niágaras (HERNANDES; MARTINS, 2010).

O porta-enxerto “IAC 766” Campinas foi obtido a partir de cruzamento entre a Ripária do Traviú e a espécie tropical Vitis caribaea, trabalho também realizado por Santos Neto, em 1958. Apresenta um vigor considerado bom, mas inferior aos IAC 572 e IAC 313. Em regiões com características tropicais seus ramos apresentam um período de dormência mais extenso, quando comparado com os demais mencionados. Apresentam folhas resistentes às doenças fúngicas, e tem mostrado bons índices de pegamento tanto de enraizamento de suas estacas quanto na operação de enxertia. Mostra boa afinidade com várias variedades de mesas e vinhos, inclusive com a Niágara (SOARES; LEÃO, 2009).

Evidentemente que além da escolha correta da variedade do porta-enxerto e variedade de copa, e a formação correta da muda, o sucesso da cultura também depende, de um bom preparo do solo, seguido de uma boa correção e operações corretas de manejo, e, de tecnologia a ser aplicada como exemplo a prática de irrigação (FRÁGUAS et al., 2007).

Material e Métodos

O presente trabalho foi conduzido na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), localizado na Rodovia SP Km 333, no município de Assis, Estado de São Paulo. A APTA pertencente à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, cuja latitude é 22°37'06.7"S e a longitude 50°22'30.9"W.

No ano de 2016, ano anterior ao de produção, as videiras foram submetidas a uma poda de rejuvenescimento, para isso foi podado à aproximadamente 30 cm de altura a partir da superfície do solo, isso foi necessário em razão de elas não ter

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apresentado um bom desenvolvimento. Portanto, a finalidade dessa poda foi promover o surgimento de ramos novos de melhor vigor e desenvolvimento.

O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, constituído por 4 tratamentos e 8 repetições, totalizando 32 parcelas e cada parcela composta por 10 plantas, constituindo um total de 320 plantas, tendo seu período de condução para produção de Agosto de 2017 a Janeiro de 2018. O Quadro 1 mostra os tratamentos e suas repetições.

Quadro 1 – Tratamentos com suas respectivas repetições no campo.

Tratamentos Repetições Porta-enxerto 766 8 Porta-enxerto 572 8 Porta-enxerto 766 8 Porta-enxerto 572 8 Fonte: Do autor.

Este trabalho foi realizado com a cultivar Niágara Rosada, enxertadas sobre dois porta-enxertos de variedades diferentes. Sendo eles “IAC 572” Jales e “IAC 766” Campinas, cujo plantio foi realizado no ano 2015, utilizando espaçamento de plantio no campo de 3,0 metros entre linha e 1,0 metro entre planta, e o sistema de condução tipo espaldeira em forma de Y, utilizando sete arames.

Antes da implantação da cultura na área, foi realizada uma amostragem de solo de 0 a 20 cm de solo e uma análise de 20 a 40. As amostras são apresentadas nas Figuras 1 e 2.

Para a implantação da cultura foi realizada a correção de solo, aplicando 1 t ha-1 de calcário dolomítico, seguindo a recomendação da análise de solo para a cultura da uva que exige V% de 80%. Também foi feito a incorporação de 2,5 Kg de esterco de galinha por planta no plantio.

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Fonte: Do autor.

Figura 2. Analise de solo 20 – 40 cm.

Fonte: Do autor.

Foi aplicado 32g por planta de MAP (Mono-Amônio-Fosfato) 30 dias após a brotação dos ramos de produção, disponibilizando P para a cultura. Visando suprir a necessidade de K, foi também aplicado 80g por planta de KCl (Cloreto de potássio) divididas em três aplicações, sendo elas de 30g, 25g e 25g aos 30, 60 e 90 dias após a aplicação respectivamente. Foi aplicado também 160g de Ca(NO3)2 (Nitrato de cálcio), distribuindo em três aplicações de 50g, 50g e 60g aos 30, 60 e 90 dias após a brotação.

Na área irrigada Foi utilizado um sistema de fertirrigação, possibilitando fazer a adubação pelo sistema de irrigação, porém, na área onde não foi utilizado irrigação, a distribuição da adubação de cobertura foi realizada manualmente, espalhando o adubo próximo a planta a lanço.

Foi realizada também a aplicação de Supra Bor e Sulfato de Zn, nas dosagens de 1,25mL por planta e 0,63g por planta respectivamente no final do mês de agosto de 2017. Após o início da brotação, foi realizado a cada 15 dias a aplicação de fosfito de potássio, pelo motivo de o produto ser pouco tóxico e possui ação estimulante de defesa natural da planta e se mostra eficaz no controle do míldio (SÔNEGO et al., 2003). Foram também realizadas duas aplicações foliares de ácido bórico, nas

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concentrações de 0,3% e 0,6%, respectivamente, no início do florescimento e na fase chumbinho.

Para a realização do trabalho, no dia 11 de agosto de 2017 as videiras foram submetidas à poda de produção, onde cada um dos ramos delas podados foi deixado apenas uma gema, conforme sua exigência que tem preferência por poda curta. Assim que podado, em cada ramo foi aplicado extrato de alho (de nome comercial, Natualho) na concentração de 8%, seguido de óleo vegetal concentrado a 4%, visando promover a quebra de dormência e favorecer o seu rápido brotamento e consequentemente o seu florescimento e produção. Todas as operações de manejo e tratamentos fitossanitários necessários foram feitos adequadamente.

No início do mês de dezembro de 2017, deu-se o início a colheita para a avaliação da produção e qualidade entre os tratamentos com irrigação e sem irrigação e entre ambos os porta-enxertos.

A colheita foi realizada em seis vezes, em cada uma delas colhiam-se apenas os cachos maduros, sendo pesada cada parcela e contado o número de cachos colhidos em cada parcela separadamente. Após a etapa de pesagem e contagem do número de cachos, foram separados três cachos aleatoriamente de cada parcela, que foram utilizados para medição do diâmetro e comprimento dos cachos, também foi contado o número de bagas por cacho e foram pesadas as bagas, em seguida foram maceradas e a partir do suco retirado foi feito a aferição de sólidos solúveis. (representado em graus brix).

A partir dos dados coletados deste experimento foi possível encontrar pelo método de Tukey (5%) se houve diferença estatística entre os tratamentos.

Resultados e Discussão

Em ambiente parcialmente modificado, apesar de não ter apresentado diferença estatística significativa entre os porta-enxertos ‘IAC 572’ e ‘IAC 766’, o maior valor de produção foi obtido sobre o porta-enxerto ‘IAC 572’ conforme apresentado na Tabela 1.

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Tabela 1- Média de sólidos solúveis (brix), produção e massa dos cachos comparados pelo teste de Tukey (5%).

Tratamentos Brix Produção Massa dos

cachos ----Graus---kg/parcela---g--- 572 com irrigação 12,10 a 20,7 a 184 a 766 com irrigação 11,99 a 18,5 a 159 a 572 sem irrigação 12,63 a 20,9 a 178 a 766 sem irrigação 11,78 a 18,2 a 149 a

(*) Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Dos porta-enxertos avaliados, em relação a produção, diferentemente do experimento realizado por Hernandes et al. (2004), onde o maior valor de produção foi obtido na variedade de copa ‘Cabernet Sauvignon’ pelo porta-enxerto ‘IAC 766’, neste experimento o porta-enxerto ‘IAC 572’ apresentou maior produção, porém sem significativa diferença entre os porta-enxertos, conforme apresentado na tabela 1. Estes dados podem ser decorrentes de os meses de desenvolvimento da produção terem apresentado bons índices pluviométricos e com dias chuvosos bem distribuídos durante os meses de cultivo, como pode ser observada na Tabela 2, tendo penas o mês de setembro de 2017 apresentado pouca chuva, porém não chegando a influenciar negativamente na produção. Por este motivo não foi possível definir um porta-enxerto que se adapta melhor a uma produção sem sistema de irrigação.

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Tabela 2- Média de comprimento e diâmetro de cacho, número de bagas por cacho e massa das bagas comparados pelo teste de Tukey (5%).

Tratamentos

Comprimento Diâmetro Bagas por cacho Massa de baga ---cm---cm---un---g--- 572 com irrigação 12,238 a 6,59 a 42,8 a 3,86 a 766 com irrigação 11,400 a 6,30 ab 45,3 a 3,53 a 572 sem irrigação 12,613 a 6,55 a 46,8 a 3,88 a 766 sem irrigação 11,67,5 a 5,89 b 44,0 a 3,50 a

(*) Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Figura 3 - Dados pluviométricos mensais desde a poda da uva até a colheita total área (agosto de 2017 a janeiro de 2018).

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O porta-enxerto IAC 572 também apresentou maior teor de sólidos solúveis, maior massa dos cachos, cachos maiores e maior massa de bagas, porém em nenhuma destas análises a diferença foi significativa entre os porta-enxertos. Já em relação ao diâmetro, o tratamento com porta-enxerto ‘IAC 572’ apresentou cachos de diâmetro significativamente maior aos cachos do tratamento com porta-enxerto ‘IAC 766’ sem irrigação, porém o tratamento com o porta-enxerto ‘IAC 766’ com irrigação não apresentou diferença estatística dos tratamentos com ‘IAC 572’ tanto irrigado como não irrigado.

Considerações Finais

Das oito variáveis avaliadas, somente o diâmetro de cacho do porta-enxerto ‘IAC 572’, deferiu estatisticamente do porta-enxerto ‘IAC 766’ sem irrigação. Nas demais variáveis avaliadas não houve diferença significativa, provavelmente por as condições climáticas nesse período de estudo estarem favoráveis ao desenvolvimento da uva.

Referências

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CASTRO, J. F; SHERER, R; GODOY T. H. avaliação do teor e da estabilidade de vitaminas do complexo b e vitamina c em bebidas isotônicas e energéticas. Quim. Nova, Campinas, n. 4, p. 719 – 723, mar. 2006. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v29n4/30249.pdf>. Acessado em: 13 março 2018. EMBRAPA. Arvore do conhecimento. Uva de mesa. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/uva_de_mesa/arvore/CONT000gn526 ovr02wx5ok0liq1mq5ur5v0h.html>. Acesso em: 13 março 2018.

EMBRAPA. Desempenho da vitivinicultura brasileira em 2015. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/9952204/artigo-desempenho-da-vitivinicultura-brasileira-em-2015>. Acesso em: 15 março 2018.

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FRÁGUAS, J. C. et al. Uva (Vitis spp). In: JUNIOR T. J. P.; VENZON, M (orgs). 101 Culturas. manual de tecnologias agrícolas. Belo Horizonte: Epamig, 2007 p. 769-773. HERNANDES, J. L.; MARTINS, F. P. Importância do uso de porta-enxertos na viticultura. In: BUENO, S. C. S. (Coord.). Vinhedo paulista. Campinas: CATI, 2010. MAIA G. D. J.; CAMARGO A. U. O cultivo da videira Niágara no Brasil. Ed. Brasília: Carlos Eduardo Felice Barbeiro, 2012. 300 p.

MIELE, A.; RIZZON, L.A.; GIOVANNINI, E. Efeito do porta-enxerto no teor de nutrientes em tecidos da videira 'Cabernet Sauvingon'. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 31, n. 4, p. 1141-1149, 2009.

QUEIROZ-VOLTAN, R.B.; PIRES, E.J.P. A videira. In; POMMER, C.V. (Ed.). Uva: tecnologia de produção, pós-colheita, mercado. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2003, p.37-62.

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SÔNEGO, O. R.; GARRIDO, L. R.; GRIGOLETTI JÚNIOR, A. Doenças fúngicas. In: FAJARDO, T. V. M. (Ed.). Uva para processamento: fitossanidade. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. p. 11-44. (Embrapa Informação Tecnológica. Frutas do Brasil, 35).

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