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Implementação de um método de pesquisa e enumeração de Pseudomonas aeruginosa na rede de distribuição de águas de consumo da AGERE/EM

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Academic year: 2020

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Universidade do Minho

Escola de Engenharia

Carla Cristina Alves

Implementação de um Método de Pesquisa

e Enumeração de Pseudomonas Aeruginosa

na Rede de Distribuição de Águas de Consumo

da AGERE/EM

14

Carla Cristina Alv

es Implement ação de um Método de P esquisa e Enumeração de Pseudomonas A eruginosa na R ede de Dis

tribuição de Águas de Consumo da A

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Dissertação de Mestrado

Mestrado Integrado em Engenharia Biológica

Trabalho realizado sob a orientação da

Professora Doutora Maria Olívia Baptista Pereira

e da

Engenheira Carmo Morais (AGERE)

Universidade do Minho

Escola de Engenharia

Carla Cristina Alves

Implementação de um Método de Pesquisa

e Enumeração de Pseudomonas Aeruginosa

na Rede de Distribuição de Águas de Consumo

da AGERE/EM

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DECLARAÇÃO

Nome: Carla Cristina Alves

Endereço electrónico: c.alves_ox@hotmail.com

Número do Bilhete de Identidade: 10782647 Título dissertação ? /tese ? :

Implementação de um Método de Pesquisa e Enumeração de Pseudomonas Aeruginosa na Rede de Distribuição de Águas de Consumo da AGERE/EM

Orientador(es): Dr.ª Olívia Pereira Eng.ª Carmo Morais Ano de conclusão: 2013

DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR, NÃO É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DE QUALQUER PARTE DESTA DISSERTAÇÃO

Universidade do Minho, ___/___/______

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“  A  água  e  a  saúde  da  população  são  duas  coisas  inseparáveis.  A  

disponibilidade  de  água  de  qualidade  é  condição  indispensável  para  a  

própria  vida  e,  mais  do  que  qualquer  outro  fator,  a  qualidade  da  água  

condiciona  a  qualidade  da  vida”.  

(OPA/OMS-­‐  Águas  e  saúde,  Washington,  D.C.,  1998)  

           

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Agradecimentos  

Quero   expressar   os   meus   melhores   agradecimentos   e   o   meu   profundo   reconhecimento   a   todos   aqueles   que   de   alguma   forma   contribuíram   direta   ou   indiretamente,  para  a  concretização  deste  trabalho:  

À  minha  orientadora,  Doutora  Olívia  Baptista  agradeço  a  disponibilidade  ao   longo  do  trabalho,  em  especial  na  revisão  final  do  trabalho  escrito.  

À   AGERE/EM,   o   meu   agradecimento   sincero   por   me   ter   proporcionado   a   oportunidade   de   realizar   este   trabalho,   em   especial   à   Eng.   Carmo   Morais   pela   orientação   técnico-­‐   cientifica,   pelos   ensinamentos   transmitidos   e   pela   boa   disposição  e  simpatia.  

À  Doutora  Dores  Martins,  pelas  sugestões  dadas,  na  realização  do  trabalho   prático  e  pela  boa  disposição  com  que  sempre  me  atendeu.  

Aos  funcionários  da  ETA,  agradeço  a  simpatia  com  que  me  receberam,  em   particular   à   Carla   Alves   e   à   Sofia   Névoa   pelo   apoio   prestado   no   laboratório.   Agradeço   também,   ao   Jorge   e   ao   Sr.   Jaime   pelo   ótimo   ambiente   que   me   proporcionaram  nos  momentos  das  colheitas.  

À   Ana   Margarida,   que   sempre   se   mostrou   interessada   e   solícita   em   me   ajudar  com  este  trabalho,  bem  como  na  reta  final  do  curso,  tendo  sempre  uma   palavra  de  ânimo  nos  momentos  mais  tensos,  tornando  a  minha  caminhada  mais   leve   e   colorida.   Obrigada   pelos   momentos   de   trabalho   em   grupo,   partilha   de   informação,  esclarecimento  de  dúvidas  e  também  pelas  conversas  descontraídas.  

Aos   meus   Pais,   por   estarem   sempre   presentes   na   minha   vida,   pois   sem   o   apoio,  incentivo  e  a  confiança  que  depositaram  em  mim  teria  sido  muito  difícil   chegar  até  aqui.  

Ao  Sérgio,  pelo  amor,  paciência,  preocupação,  força  e  carinho  ao  longo  de   todo  o  meu  percurso  académico.  

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Resumo  

O   progressivo   conhecimento   de   diversos   microrganismos   patogénicos   cloro-­‐ resistentes,   incluindo   algumas   bactérias   como   Pseudomonas.   aeruginosa,   revelou   que   estes   microrganismos   podem   ser   encontrados   em   biofilmes   aderentes   às   paredes   das   condutas  das  redes  de  distribuição  de  água  de  consumo.  

O   presente   trabalho,   em   parceria   com   a   Empresa   pública   Municipal   AGERE-­‐   Empresa  de  Águas,  Efluentes  e  Resíduos  de  Braga,  centrou-­‐se  na  implementação  de  um   método   de   pesquisa   e   enumeração   de   P.   aeruginosa,   nomeadamente   o   método   de   filtração  por  membranas  baseado  no  NSM  HPA  w6:  2005-­‐  “Enumeration  of  Pseudomonas  

aeruginosa  by  membrane  filtration”,   fundamentado   na   Norma   Europeia   EN   ISO   16266:  

2008.  

O   principal   objetivo   do   trabalho   desenvolvido   foi   testar   o   funcionamento   do   protocolo,   elaborou-­‐se   um   plano   de   colheita   de   amostras   de   água   nos   reservatórios   terminais   na   rede   de   distribuição   da   AGERE.   Durante   um   período   de   três   semanas   consecutivas  (com  início  na  última  semana  de  Julho  de  2012),  foram  efetuadas  recolhas   de   amostras   representativas   de   água   nos   reservatórios   de   S.   Mamede   Este,   Morreira,   Priscos,  Lamas  de  Cima,  Ruílhe  e  Pedralva.  

No  total,  foram  filtradas  cerca  de  60  amostras  de  água  dos  reservatórios  referidos.   Todas  as  membranas  usadas  na  filtração  das  amostras,  apresentaram  cor  amarelada  que   se   intensificou   com   o   aumento   da   pressão   e   do   volume   filtrado.   Para   as   amostras   dos   reservatórios  de  S.  Mamede  e  Priscos,  a  cor  das  membranas  variou  entre  o  amarelo  e  o   alaranjado.   Pressupõe-­‐se   que   a   cor   apresentada   pelas   membranas   seja   causada   pela   presença   de   matéria   orgânica/inorgânica,   sólidos   dissolvidos   ou   ácidos   húmicos   presentes  na  água  que  circula  na  rede  de  distribuição.  A  presença  destas  substâncias  nas   membranas  comprometeu  a  observação  microbiológica  das  amostras,  pondo  em  dúvida   a   presença   ou   ausência   de   P.  aeruginosa,  e  pôs  em  causa  o  funcionamento  do  meio   de   cultura.  

Os   dados   obtidos   não   permitiram   concluir   acerca   da   presença   ou   ausência   de   P.  

aeruginosa  na   água   dos   reservatórios   amostrados.   Consequentemente,   as   constatações  

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Abstract  

The   progressive   knowledge   of   various   chlorine-­‐resistant   pathogens,   including   some  bacteria  such  as  Pseudomonas.  aeruginosa  revealed  that  these  microorganisms  can   be  found  in  biofilms  adherent  to  the  walls  of  the  pipes  of  the  distribution  networks  of   drinking  water.  

This   work,   in   partnership   with   the   Public   Company   AGERE,   responsable   for   the   management   of   public   water,   wastewater   and   solid   wastes   of   Braga,   focused   on   the   implementation   of   a   research   method   and   enumeration   of  P.  aeruginosa,   including   the   method   of   membrane   filtration   based   on   NSM   HPA   w6:   2005   -­‐   "Enumeration   of   Pseudomonas  aeruginosa  by  membrane  filtration",  based  on  the  European  standard    EN   ISO  16266:  2008.  

The   main   objective   of   this   research   was   to   test   the   operation   of   the   protocol.   A   plan   was   elaborated   for   sampling   of   water   in   terminal   reservoirs   in   the   distribution   network  of  AGERE.  Over  a  period  of  three  consecutive  weeks  (starting  the  last  week  of   July  2012),  were  made  representative  sampling  of  water  in  the  reservoirs  of  S.  Mamede,   Morreira,  Priscos,  Lamas  de  Cima,  Ruílhe  and  Pedralva.  

In   total,   were   taken   about   60   filtered   samples   of   water   from   the   mentioned   reservoirs.   All   membranes   used   in   the   filtration   of   the   samples   showed   yellow   color,   intensified   with   increasing   pressure   and   volume   filtered.   For   samples   of   reservoirs   S.   Mamede  and  Priscos,  the  color  of  the  membranes  ranged  between  yellow  and  orange.  It   is   assumed   that   the   color   shown   by   membranes   is   caused   by   the   presence   of   organic/inorganic  matter,  dissolved  solids  or  humic  acids  in  the  water  that  circulates  in   the   distribution   network.   The   presence   of   these   substances   in   the   membranes   compromised  the  observation  of  microbiological  samples,  questioning  the  presence  or   absence  of  P.  aeruginosa  and  questioning  the  operation  of  the  culture  medium.  

The  data  did  not  allow  conclusions  about  the  presence  or  absence  of  P.  aeruginosa   in   the   water   of   the   sampled   reservoirs.   Consequently,   the   results   obtained   have   few   bases   of   support.   For   more   appropriate   and   definitive   conclusions,   further   and   exhaustive  studies  would  be  required.  

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Índice

 

1.   NOTA  INTRODUTÓRIA  ...  1  

ENQUADRAMENTO  ...  3  

2.   REVISÃO  BIBLIOGRÁFICA  ...  7  

2.1.  DISTRIBUIÇÃO  E  DISPONIBILIDADE  DA  ÁGUA  NO  MUNDO  ...  9  

2.1.1  Setor  agrícola  como  o  maior  consumidor  de  água  ...  13  

2.2.  CONSUMO  DE  ÁGUA  EM  PORTUGAL  ...  14  

2.2.1  Eficiência  Hídrica  ...  15  

2.2.2  Metas  de  PNUEA  até  2020  ...  19  

2.3.  SISTEMAS  DE  ABASTECIMENTO  DE  ÁGUA  POTÁVEL  ...  20  

2.4.  SISTEMAS  DE  TRATAMENTO  DE  ÁGUA  POTÁVEL  ...  22  

2.4.1.  Descrição  geral  das  operações  unitárias  de  tratamento  de  água  de   origem  superficial  e  subterrânea  ...  24  

2.4.2.  Desinfeção  pelo  cloro  ...  27  

2.4.3.  Aspetos  químicos  da  desinfeção  com  o  cloro  ...  27  

2.4.4.  Parâmetros  que  influenciam  a  eficácia  da  desinfeção  da  água  com  cloro  ...  31  

2.5.  SISTEMAS  DE  DISTRIBUIÇÃO  DE  ÁGUA  POTÁVEL  ...  33  

2.5.1.  Alguns  aspetos  que  influenciam  a  qualidade  da  água  durante  o  seu   transporte  ao  longo  do  sistema  de  distribuição  ...  34  

2.6.  CONTROLO  DA  QUALIDADE  DE  ÁGUA  DE  ABASTECIMENTO  PÚBLICO  ...  42  

2.7.  LEGISLAÇÃO  APLICÁVEL  ÀS  ÁGUAS  DE  CONSUMO  EM  PORTUGAL  ...  44  

2.8.  MICROBIOLOGIA  DAS  REDES  DE  DISTRIBUIÇÃO  DE  ÁGUA  POTÁVEL  ...  49  

2.8.1.  Microrganismos  patogénicos  emergentes  ...  50  

2.9.  MICRORGANISMOS  PATOGÉNICOS  DA  FAMÍLIA  PSEUDOMONADACEAE  ...  51  

2.10.  PSEUDOMONAS  AERUGINOSA  ...  52  

3.   APRESENTAÇÃO  DA  EMPRESA  AGERE  ...  55  

3.1  APRESENTAÇÃO  DO  LOCAL  DE  ESTÁGIO  ...  57  

3.2  ESTAÇÃO  DE  TRATAMENTO  DE  ÁGUAS  (ETA)  ...  58  

3.3  DESCRIÇÃO  DO  PROCESSO  DA  ETA  ...  59  

3.4  REDE  DE  DISTRIBUIÇÃO  DE  ÁGUA  ...  60  

(13)

4.2  MÉTODOS  ANALÍTICOS  ...  66  

4.3  REAGENTES  ...  66  

4.4  MICRORGANISMO  ...  69  

4.5  PROCEDIMENTO  EXPERIMENTAL  APLICADO  EM  AMOSTRAS  DE  ÁGUA  TRATADA,   FILTRADA  E  BRUTA.  ...  70  

4.5.1  Filtração  e  incubação  ...  70  

4.5.2  Controlo  de  qualidade  ...  71  

4.5.3  Contagem  das  colónias  ...  73  

4.5.4  Testes  de  confirmação  ...  75  

4.6  APLICAÇÃO  DO  MÉTODO  EM  RESERVATÓRIOS  FIM  DE  LINHA  DA  REDE  DE   ABASTECIMENTO  DE  ÁGUA  DA  AGERE.  ...  78  

4.6.1  Seleção  da  área  de  estudo  ...  79  

4.6.1.1  Procedimento  de  recolha  ...  81  

4.6.2  Elaboração  e  descrição  do  plano  de  colheita  nos  reservatórios  ...  81  

5.   DISCUSSÃO  DE  RESULTADOS  ...  85  

5.1  RESULTADOS  OBTIDOS  NAS  AMOSTRAS  DE  ÁGUA  PROVENIENTE  DA  ETA  ...  87  

5.2  RESULTADOS  OBTIDOS  NAS  AMOSTRAS  DE  ÁGUA  PROVENIENTES  DOS  RESERVATÓRIOS  ...  87  

6.   CONCLUSÕES  E  SUGESTÕES  DE  TRABALHOS  FUTUROS  ...  97  

BIBLIOGRAFIA  ...  103  

ANEXOS  ...  107  

ANEXO  I:  NORMA  EUROPEIA  EN  ISO  16266:2008  ...  109  

ANEXO  II:  NSM  HPA  W6:  2005-­‐  “ENUMERATION  OF  PSEUDOMONAS   AERUGINOSA  BY  MEMBRANE  FILTRATION”.  ...  131    

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Lista  de  tabelas  

Tabela  1  -­‐  Distribuição  global  da  Água     9   Tabela  2  -­‐  Características  que  um  desinfetante  deve  possuir     26   Tabela  3  -­‐  Aspetos  positivos  e  negativos  para  o  método  de  desinfeção  com  cloro     27   Tabela  4  -­‐  Reações  do  cloro  com  impurezas  presentes  na  água     29   Tabela  5  -­‐  Descrição  das  reações  da  curva  da  cloração  até  ao  ponto  crítico   31   Tabela  6  -­‐  Parâmetros  que  influenciam  o  processo  de  desinfeção  da  água  com  cloro     32   Tabela  7  -­‐  Esquemas-­‐tipo  de  tratamento  de  águas  doces  superficiais  segundo  a  legislação  

nacional     46  

Tabela  8  -­‐  Composição  do  meio  de  cultura  CM00559  Pseudomonas  Agar  Base  para  a  bactéria  P.  

aeruginosa   66  

Tabela  9  -­‐  Composição  do  C-­‐N  suplemento  Pseudomonas  SR0102E  utilizado  na  constituição  do  

meio  de  cultura  Pseudomonas  Agar  base     67  

Tabela  10  -­‐  Composição  do  meio  MCA  utilizado  na  confirmação  da  P.aeruginosa     68   Tabela  11  -­‐  Composição  do  diluente  utilizado  na  preparação  das  diluições  das  amostras  de  água  a  

analisar   69  

Tabela  12  -­‐  Composição  do  meio  sólido  de  Yeast  Extract  Agar   69   Tabela  15  -­‐  Características  dos  reservatórios  fim  de  linha  do  sistema  de  abastecimento  de  água  

ao  concelho  de  Braga   80  

Tabela  16  –  Concentração  de  cloro  residual,  pH  e  temperatura  das  amostras  de  água  colhidas  nos  

reservatórios  de  estudo   87  

Tabela  17  -­‐  Resultados  obtidos  das  amostras  de  água  colhidas  à  entrada  e  saída  dos  reservatórios   de  S.  Mamede,  Morreira,  Priscos,  Lamas  de  Cima,  Ruílhe  e  Pedralva   90  

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Lista  de  figuras  

Figura    1  -­‐  Disponibilidade  da  água  até  2025     11   Figura    2  -­‐  Pressão  sobre  os  recursos  hídricos     12   Figura    3  -­‐  Aumento  da  população  mundial  entre  1900  e  2000,  que  desencadeia  consumo  

excessivo  de  água     24  

Figura    4  -­‐  Utilização  da  água  no  mundo  pelos  setores  agrícola,  doméstico  e  industrial.   25   Figura    5  -­‐  Consumo  de  água  em  km3/ano  da  população  mundial     26  

Figura    6  -­‐  Procura  da  água  em  Portugal,  no  conjuntos  dos  três  setores:  doméstico,  agrícola  e  

industrial,  no  início  do  século  XXI     15  

Figura    7  -­‐  Ineficiência  em  Portugal  no  uso  da  água  por  setor:  urbano,  agrícola  e  industrial   16   Figura    8  -­‐  Variação  da  procura  de  água  entre  2000  e  2009  em  Portugal   18   Figura    9  -­‐  Variação  da  ineficiência  nacional  no  uso  da  água  entre  2000  e  2009     18   Figura    10  -­‐  Desperdício  do  uso  de  água  por  setor  entre  2000  e  2009  em  Portugal  e,  metas  

estabelecidas  pelo  PNUEA  até  2020   20  

Figura    11  -­‐  Sistema  de  abastecimento  de  água  potável   22   Figura  12  -­‐  Esquema-­‐tipo  de  tratamento  de  água  de  origem  superficial,  o  processo  unitário  de  

tratamento  de  água  mais  frequente  está  representado  com  a  cor  azul  mais  escuro   23   Figura    13  -­‐  Esquema-­‐tipo  de  tratamento  de  água  de  origem  subterrânea,  o  processo  unitário  de  

tratamento  de  água  mais  frequente  está  representado  com  a  cor  azul  mais  escuro   24   Figura    14  -­‐  Curva  da  evolução  da  concentração  de  cloro  residual     30   Figura    15  –  Diferentes  etapas  de  formação  de  biofilme   35  

Figura    16  -­‐  Esquema  de  um  biofilme   36  

Figura    17  -­‐  Segmento  de  uma  tubagem  da  rede  de  abastecimento  de  água  potável  com  

deterioração  visível.  Nas  suas  paredes  interiores,  o  tubo  apresenta  incrustações  que  podem   em  parte  ser  explicadas  pela  interação  entre  microrganismos  e  superfícies  metálicas   51   Figura    18  -­‐  Secção  de  um  tubo  retirado  de  um  sistema  real  de  distribuição  de  água  potável   41   Figura    19  -­‐  Comparação  de  duas  amostras  de  água  potável  para  consumo  (adaptado  de   42   Figura    20  -­‐  Contaminação  do  sistema  de  distribuição  de  água  potável   50   Figura    21  -­‐  Imagens  da  bactéria  P.  aeruginosa     52   Figura    22  -­‐  Mapa  do  concelho  de  Braga,  e  respetiva  representação  do  sistema  de  abastecimento  

de  água  ao  concelho  de  Braga   61  

Figura  23  -­‐  Fotografia  do  controlo  positivo     68   Figura  24  -­‐  Fotografia  do  controlo  negativo    69   Figura  25  -­‐    Fotografias  do  controlo  branco  (esquerda)  e  do  controlo  diluente  (direita)    70   Figura  26  -­‐  Esquema  demonstrativo  das  etapas  necessárias  para  identificar  P.  aeruginosa    70  

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Figura  29  -­‐  Etapas  a  seguir  para  realizar  o  teste  de  confirmação  de  colónias  presumíveis  de  P.  

aeruginosa    72

   

Figura  30  -­‐  A  fotografia  da  esquerda  apresenta  a  placa  de  MCA  (Biogerm)  e  a  fotografia  da  direita  

apresenta  o  teste  da  oxidase     75  

Figura    31  -­‐  Ilustração  do  sistema  de  abastecimento  de  água  ao  concelho  de  Braga     76   Figura    32  -­‐  Esquema  representativo  do  plano  elaborado  para  a  colheita  das  amostras  de  água  

nos  reservatórios  de  estudo     79  

Figura  33  -­‐  Fotografias  das  amostras  de  água  dos  reservatórios  de  S.  Mamede  (em  cima)  e  Lamas  

de  Cima  (em  baixo)    86  

Figura  34  -­‐  Fotografias  das  amostras  de  água  do  reservatório  de  Priscos    87   Figura  35  -­‐  Fotografias  das  amostras  de  água  do  reservatório  de  Morreira,  as  amostras  colhidas  à  

entrada  (esquerda)  e  à  saída  (direito)     87  

Figura  36  -­‐  Fotografias  das  amostras  de  água  no  reservatório  de  S.  Mamede  de  Este,  amostra   colhida  à  entrada  (esquerda)  e  saída  (direita)    88   Figura  37  -­‐  Fotografias  das  amostras  de  água  do  reservatório  de  S.  Mamede,  com  um  volume  

filtrado  de  20  mL  (esquerda),  50  ml  (centro)  e  100  mL  (direita)    88   Figura    38  -­‐  Fotografias  das  amostras  de  água  do  reservatório  de  Morreira,  com  um  volume  

filtrado  de  1,5  L  (direita)  e  100  mL  (esquerda)  a  uma  pressão  de  2  bar  (fotografia  da   esquerda)  e  3  bar  (fotografia  da  direita)  volume  filtrado  de  1,5  L  (esquerda)  e  100  mL  

(direita),  amostras  colhidas  à  saída    89  

Figura  39  -­‐  Fotografias  das  amostras  de  água  do  reservatório  de  Priscos,  com  um  volume  filtrado   de  1,5  L  a  uma  pressão  de  2  bar  (fotografia  da  esquerda),  amostra  colhida  à  entrada  e  3  bar   (fotografia  da  direita)  volume  filtrado  de  1,5  L,  amostras  colhidas  à  entrada  e  à  saída     89  

 

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Lista  de  abreviaturas  

AdP-­‐  Águas  de  Portugal  

APA-­‐  Agência  Portuguesa  do  Ambiente    

AGERE  -­‐  Empresa  de  Águas,  Efluentes  e  Resíduos  de  Braga  

ETA  –  Estação  de  Tratamento  de  Águas  

INSAAR-­‐  Inventário  Nacional  de  Sistemas  de  Abastecimento  de  Água  e  de  Aguas   Residuais  

IRAR-­‐  Instituto  Regulador  de  Águas  e  Resíduos  

PEAASAR-­‐   Plano   Estratégico   de   Abastecimento   de   Água   e   de   Saneamento   de   Águas  Residuais  

PNA-­‐  Programa  Nacional  do  Ambiente  

PNUD-­‐  Programa  das  Nações  Unidas  para  o  Desenvolvimento  

PNUEA-­‐  Programa  Nacional  do  Uso  Eficiente  da  Água  

RCM-­‐  Resolução  do  Conselho  de  Ministros  

VMA  –  Valor  Máximo  Admissível  

 HPA-­‐  Health  Protection  Agency  

NHS-­‐  National  Health  Service      

NSM-­‐  National  Standard  Method  

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1. Nota  introdutória    

 

 

Sumário  

Neste   capítulo,   pretende-­‐se   contextualizar   o   leitor   para   o   tema   deste   trabalho.   Apresentam-­‐se  também  os  objetivos  gerais  da  dissertação,  bem  como  o  modo  como  esta   está  organizada.                          

(21)
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Enquadramento  

A   água   pode   ser   um   veículo   de   transmissão   de   variados   tipos   de   microrganismos   patogénicos,   alguns   naturais   do   ambiente   aquático   e   outros   introduzidos   na   água   por   hospedeiros   infetados.   A   crescente   importância   de   bactérias   patogénicas   nos   sistemas   de   abastecimento   deve-­‐se   à   sua   capacidade   de  adesão  à  superfície  interna  de  estruturas  do  sistema  de  distribuição  de  água,   formando   biofilmes   que   permitem   o   seu   crescimento   e   proliferação,   podendo   afetar   a   qualidade   da   água   e   aumentar   o   risco   para   a   saúde   pública.   Estima-­‐se   que  mais  de  90%  dos  microrganismos  vivem  sob  a  forma  de  biofilmes  (Costerton   et  al.,  1987)  e  que  praticamente  não  existe  nenhuma  superfície  que  não  possa  ser   ou  vir  a  ser  colonizada  por  bactérias  (Characklis&Marshall,  1990).  A  manutenção   da   qualidade   da   água   ao   longo   dos   sistemas   de   distribuição   de   água   é   um   dos   principais   problemas   com   que   se   defrontam   as   entidades   distribuidoras.   A   presença   de   quantidades   relativamente   elevadas   de   carbono   orgânico   biodegradável   em   conjunto   com   temperaturas   elevadas   e   baixa   concentração   residual   de   cloro   podem   permitir   o   crescimento   de   patogénicos   oportunistas   como  P.  aeruginosa  entre  outros  microrganismos  nocivos,  durante  a  distribuição   de  água.  

P.   aeruginosa   é   uma   bactéria   oportunista,   aeróbia,   gram-­‐negativa,   patogénica   para   o   Homem   e   com   elevada   resistência   a   antibióticos,   sendo   responsável   por   um   grande   número   de   infeções,   de   gravidade   e   localização   diversificadas.   Para   a   sua   pesquisa   e   enumeração   utilizam-­‐se   meios   de   cultura   enriquecidos,   seletivos   e   diferenciais.   O   valor   máximo   admissível   (VMA)   deve   ser,  quando  se  usar  o  método  dos  tubos  múltiplos,  inferior  a  1,  ou  zero,  quando   se  recorre  à  técnica  das  membranas  filtrantes.  A  diretiva  98/83/CE  aponta  como   método   de   referência   a   norma   EN   ISO   12780,   podendo   os   Estados   Membros   recorrer   a   outros   métodos   alternativos,   desde   que   sejam   cumpridas   as   disposições   do   nº5   do   artigo   7º   da   diretiva.   O   normativo   legal,   relativo   à   qualidade   da   água   para   consumo   humano,   que   transpôs   para   a   ordem   jurídica  

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para   a   água   de   consumo   humano   colocada   à   venda   em   garrafas   ou   outros   recipientes.  

O  principal  objetivo  do  presente  trabalho  centrou-­‐se  na  implementação  de   um   método   de   pesquisa   e   enumeração   de   P.   aeruginosa.   Tendo   em   vista,   a   colocação  do  protocolo  estudado  em  prática,  e  em  colaboração  com  a  Estação  de   Tratamento   de   Água   (ETA)   da   Empresa   AGERE,   foi   elaborado   um   plano   de   colheita   de   amostras   de   água   nos   reservatórios   da   rede   de   distribuição.   Na   impossibilidade   de   realizar   colheitas   em   todos   os   reservatórios   da   rede   de   distribuição,   devido   à   limitação   do   período   de   estágio,   foram   selecionados   seis   reservatórios  terminais.  O  critério  desta  seleção  baseou-­‐se  em  estudos  que  têm   mostrado   que   os   sistemas   de   distribuição   de   água   potável   são   habitat   de   populações   bacterianas   complexas,   nomeadamente   biofilmes   de   P.   aeruginosa.   Esses   estudos   também   têm   revelado   que   os   biofilme   presentes   nas   superfícies   dos  sistemas  de  água  são  tipicamente  resistentes  a  desinfetantes,  como  o  cloro.   Os   reservatórios   selecionados   para   o   presente   estudo   foram:   S.   Mamede   Este,   Morreira,  Priscos,  Lamas  de  Cima,  Ruílhe  e  Pedralva.    

Para   além   da   presente   nota   introdutória,   esta   dissertação   encontra-­‐se   dividida   em   6   capítulos   principais.   No   capítulo   2   é   feita   uma   revisão   bibliográfica   dos   fundamentos   teóricos   que   estão   na   base   do   estudo   abordado   nesta  dissertação.  Para  uma  melhor  interpretação,  este  capítulo  foi  dividido  em   duas  partes.  Assim,  na  1ª  parte  são  descritas  as  principais  operações  unitárias  do   tratamento  de  água  para  consumo  em  Portugal  e  a  respetiva  legislação  aplicada.   São  também  abordados  aspetos  que  podem  influenciar  a  qualidade  da  água  para   consumo.   Na   2ª   parte   deste   capítulo,   faz-­‐se   uma   breve   referência   ao   facto   da   água  ser  um  veículo  de  transmissão  de  microrganismos  patogénicos,  através  das   redes   de   distribuição   de   água   potável.   Por   último,   faz-­‐se   referência   a   microrganismos  patogénicos  da  família  Pseudomonadaceae,  abordando  com  mais   pormenor  as  características  de  P.  aeruginosa.  

No   capítulo   3,   é   apresentada   a   ETA   da   AGERE,   entidade   onde   foi   desenvolvido  o  presente  trabalho.    

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No  capítulo  4,  é  apresentado  o  protocolo  utilizado  no  trabalho  laboratorial,   sendo  descrito  o  método  de  filtração  por  membranas  baseado  no  HPA  NSM  w6:   2005-­‐   “Enumeration   of   Pseudomonas   aeruginosa   by   membrane   filtration”,   fundamentado   na   Norma   Europeia   EN   ISO   16266:   2008.   Para   avaliar   o   funcionamento   do   método,   foram   testadas   amostras   de   água   tratada,   filtrada   e   bruta   proveniente   do   rio   Cávado.   É   ainda   descrita   a   aplicação   do   método   nos   reservatórios  fim  de  linha  da  rede  de  distribuição  da  AGERE/EM.  

A  discussão  dos  resultados  obtidos,  relativos  às  amostras  de  água  colhidas   nos   reservatórios   selecionados   para   o   presente   estudo   são   apresentados   no   capítulo  5.  

No  capítulo  6  apresentam-­‐se  as  conclusões  gerais  do  presente  estudo,  bem   como   as   recomendações   futuras   para   um   melhor   desempenho   do   protocolo   laboratorial   utilizado,   de   forma   a   poder-­‐se   concluir   quanto   à   presença   ou   ausência  de  P.  aeruginosa.  

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2. Revisão  Bibliográfica    

 

 

Sumário  

Neste   capítulo   é   feita   a   revisão   bibliográfica   dos   fundamentos   teóricos   subjacentes   ao   estudo  abordado  nesta  dissertação.  Este  capítulo  é  apresentado  em  duas  partes:  

1ª  Parte:  

2.1  Distribuição  e  disponibilidade  da  água  no  mundo   2.2  Consumo  da  água  em  Portugal  

2.3  Sistemas  de  abastecimento  de  água  potável   2.4  Sistemas  de  tratamento  de  água  potável   2.5  Sistemas  de  distribuição  de  água  potável   2.6  Controlo  de  água  de  abastecimento  público  

2.7  Legislação  aplicável  às  águas  de  consumo  em  Portugal   2ª  Parte:  

2.8  Microbiologia  das  redes  de  distribuição  de  água  potável   2.9  Microrganismos  patogénicos  da  família  Pseudomonadaceae   2.10  Pseudomonas  aeruginosa            

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2.1.  Distribuição  e  disponibilidade  da  água  no  mundo    

 

Nenhuma   forma   de   vida,   animal   ou   vegetal,   é   possível   sem   água,   razão   porque  esta  é  considerada  um  recurso  de  primeira  necessidade.  Sendo  verdade   que  as  primeiras  comunidades  humanas  da  história  se  organizavam  para  viver   nas  proximidades  dos  cursos  de  água,  também  não  existem  dúvidas  que  a  água   continua   a   constituir   um   dos   fatores   mais   importantes   para   o   progresso   das   sociedades  contemporâneas.  

A   água   é   um   recurso   insubstituível   num   elevado   número   de   atividades   humanas,  sendo  simultaneamente  uma  componente  essencial  dos  ecossistemas   naturais.  Caracterizada  por  ser  um  bem  ao  qual  é  atribuído  valor  ecológico,  social   e   económico,   a   água   pode   estar   na   origem   de   conflitos   por   se   encontrar   desigualmente   distribuída   na   superfície   terrestre   (Rodrigues   et   al.,   2009).   A   Tabela  1  representa  a  distribuição  da  água  na  superfície  terrestre.  

Tabela  1  -­‐  Distribuição  global  da  Água  (Rodrigues  et  al.,  2009).  

Distribuição  global  da  água  (%)  

Água  doce  superficial   0,0101  

Água  doce  subterrânea  (a  menos  800m  de  profundidade)   0,3050  

Água  doce  profunda  (a  mais  de  800m)   0,3000  

Água  solidificada  (calotes  polares)   2,3000  

Água  salgada   97,0849  

 

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0,7   %   distribui-­‐se   por   lagos,   rios,   lençóis   subterrâneos   e   atmosfera.   Ao   contrário   do   petróleo,  a  água  é  um  recurso  infinitamente  renovável  seguindo  um  ciclo  natural:  a  água   da  chuva  cai  proveniente  das  nuvens,  regressa  ao  mar  salgado  através  das  correntes  dos   rios  de  água  doce,  para  voltar  depois  a  evaporar-­‐se  e  a  formar  nuvens.  Este  ciclo  pode   explicar  o  motivo  pelo  qual  não  se  pode  dizer  que  a  água  está  a  acabar,  mas  as  reservas   disponíveis   são,   de   facto,   limitadas.   O   sistema   hidrológico   do   planeta   Terra   bombeia   e   transfere  anualmente  para  o  solo  aproximadamente  44000  Km3  de  água,  o  que  equivale  

a   6900   m3/habitante   do   planeta   (PNUD,   2006).   Segundo   Ferreira   et   al,   (2010),   as  

disponibilidades   hídricas   e   as   possibilidades   de   usos   de   água   não   se   limitam   nem   se   esgotam   no   ciclo   hidrológico,   mas   dependem   da   conjetura   ecológica   e   económica   e,   assim,   os   usos   múltiplos   da   água   são,   simultaneamente,   qualitativos   e   quantitativos   e   obrigam  a  uma  gestão  sustentada  e  a  uma  partilha  justa  e  equitativa  dos  seus  benefícios.  

A  6ª  Expo  Conferência  da  Água,  foi  palco  privilegiado  para  a  troca  de  experiências   entre   profissionais   de   diferentes   países,   potenciando   uma   visão   global   do   sector   e   do   mercado  da  água.  O  especialista  Carlos  Fernández-­‐  Jáuregui,  diretor  da  Wasa-­‐GN-­‐  Water   Assessment   &   Advisory   Global   Network,   alertou   para   as   disparidades   hídricas   de   diferentes  países  do  mundo,  segundo  o  especialista  a  distribuição  do  sector  é  essencial,   defendeu   o   perito   que   está   a   reunir   quórum   no   sentido   de   constituir   uma   Agência   Mundial   da   Água,   sob   a   alçada   das   Nações   Unidas   (Jornal   água   &   ambiente,   Janeiro   2012).  

                         Rodrigues   et   al.   (2009)   (citado   por   Santos   (2011))   afirma   que   nos   últimos   50   anos   a   população   mundial   conseguiu   reduzir   as   reservas   globais   de   água   em   cerca   de   62,7%.   Na   América   do   Sul   essa   redução   chega   a   73%   e   no   continente   africano   a   75%.   Esta  situação  é  provocada  pela  extração  de  água  dos  aquíferos  com  maior  rapidez  do  que   a  sua  recarga  pela  chuva.    

Os  efeitos  da  extração  excessiva  de  água  podem  ser  observados  nas  secas,  cada  vez   mais  frequentes  e  prolongadas,  na  erosão  dos  solos  e  na  desertificação  dos  ecossistemas,   factos  que  assolam  diversos  países.  A  razão  procura/oferta  relativa  à  água  tem  vindo  a   aumentar  de  forma  exponencial.  A  crescente  procura,  comparativamente  à  oferta  cada   vez   menor,   de   água   doce   tem   sido   um   tema   importante   para   a   sociedade   em   geral   (PNUD,  2006).  

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                       A   figura   1   mostra   a   disponibilidade   da   água   até   2025   nos   países   desenvolvidos,   países  em  desenvolvimento  húmidos  e  países  em  desenvolvimento  áridos.  

 

Figura    1  -­‐  Disponibilidade  da  água  até  2025  (PNUEA,  2006).  

Tomando  o  ano  de  1950  como  marco,  a  distribuição  do  crescimento  global   da  população  tem  vindo  a  modificar,  de  forma  acentuada,  as  disponibilidades  de   água  per  capita.  Enquanto  as  reservas  estabilizaram  nos  países  ricos,  na  década   de  70,  nos  países  em  desenvolvimento  as  reservas  continuam  a  diminuir,  e  em   particular  nos  em  desenvolvimento  de  clima  árido  (PNUD,  2006).  O  ritmo  a  que   esse   declínio   tem   vindo   a   registar-­‐se   está   bem   patente   nas   atuais   previsões   de   evolução  futura.  Segundo  o  PNUD,  por  volta  do  ano  2025,  mais  de  3  milhões  de   pessoas  poderão  viver  em  países  sujeitos  a  pressão  sobre  os  recursos  hídricos  e   14  países  irão  passar  de  uma  situação  de  pressão  sobre  os  recursos  hídricos  para   uma  de  escassez  efetiva.  As  figuras  2  e  3  mostram  que  a  distribuição  de  água  não   é  igual  em  todo  o  mundo.  O  problema  da  carência  de  água  tem  um  maior  impacte   em   África   e   no   continente   asiático,   no   entanto,   este   problema   afeta   já   o   desenvolvimento   industrial   e   socio-­‐   económico   em   todas   as   partes   do   mundo,   incluindo  China,  Índia  e  Indonésia  (PNUD,  2006).  

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Figura    2  -­‐  Pressão  sobre  os  recursos  hídricos  (PNUD,2006).  

O  PNUD  considera  que  uma  disponibilidade  inferior  a  1000  m3  /pessoa  ano  

representa   uma   situação   de   escassez   de   água   e,   abaixo   dos   500   m3   equivale   a  

escassez   absoluta.   Cerca   de   700   milhões   de   pessoas,   oriundas   de   43   países,   vivem  abaixo  do  limiar  mínimo  que  define  a  situação  de  falta  de  água.  Desde  há   um  século,  pelo  menos,  que  o  consumo  de  água  tem  vindo  a  crescer  a  um  ritmo   muito  mais  rápido  do  que  a  população  e,  esta  tendência  mantem-­‐se.  Nos  últimos   cem  anos,  a  população  quadruplicou,  enquanto  o  consumo  de  água  cresceu  sete   vezes.  À  medida  que  o  mundo  vai  enriquecendo,  também  se  vai  tornando  mais   sequioso  de  água.  A  figura  3  representa  a  evolução  da  população  mundial  entre   1900   e   2000,   e   o   respetivo   consumo   de   água   resultante   da   referida   evolução   (PNUEA,   2006).   Os   padrões   de   consumo   também   se   alteraram,   em   1900,   a   atividade   industrial   utilizava   em   média   6%   das   reservas   de   águas   mundiais.   Hoje   utiliza   quatro   vezes   mais.   Durante   o   mesmo   período   de   tempo,   a   percentagem   de   água   consumida  pelos  municípios  triplicou,   atingindo  os  9%  (PNUEA,  2006).  

   

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2.1.1  Setor  agrícola  como  o  maior  consumidor  de  água  

Durante   o   século   XX,   nos   países   em   desenvolvimento   a   agricultura   absorveu   mais   de   80   %   do   consumo   de   água   e,   os   restantes   20   %   foram   distribuídos   pelo   setor   doméstico   e   setor   industrial   (PNUD,   2006).   A   figura   4   compara   a   utilização   da   água   no   mundo   pelos   países   de   elevado   rendimento   e   países  em  desenvolvimento  entre  1998  e  2002.                                              

           

De   acordo   com   o   historial   do   uso   da   água,   o   Homem   fez   uso   desta   principalmente  para  a  agricultura.  Nos  dias  de  hoje,  a  agricultura  continua  a  ser  a   maior   consumidora   de   água   na   maior   parte   das   regiões   do   mundo,   pelo   que   caberá  ao  setor  agrícola  enfrentar  o  desafio  da  pressão  dos  recursos  hídricos.  

Em   termos   de   futuro,   prevê-­‐se   que   o   padrão   de   consumo   de   água   continuará  a  mudar.  Tendo  em  conta  o  ritmo  de  urbanização  e  o  crescimento  da   produção   que   continuará   a   ganhar   terreno,   a   procura   da   água   por   parte   da   indústria   e   dos   municípios   irá   continuar   a   aumentar.   Ao   mesmo   tempo,   o   crescimento   da   população   e   dos   rendimentos   estimularão   a   procura   de   água   para   a   irrigação,   a   fim   de   satisfazer   as   necessidades   de   produção   alimentar.   A   figura  5  mostra  o  consumo  de  água  em  km3/  ano  em  cada  setor,  desde  1900  até  

2000,  prevendo  o  consumo  até  2025,  registando-­‐se  o  maior  consumo  de  água  no   setor  agrícola  (PNUD,  2006).  

Figura     4   -­‐   Utilização   da   água   no   mundo   pelos   setores   agrícola,   doméstico  e  industrial.  

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Segundo   o   PNUD,   em   2025   haverá   perto   de   8   mil   milhões   de   pessoas   no   mundo,   registando-­‐se   uma   taxa   de   crescimento   nos   países   desenvolvidos   de   79   %   para   82   %.   Em   2025,   os   sistemas   agrícolas   mundiais   terão   de   alimentar   mais   de   2,4   mil   milhões   de   pessoas.   Esta   tendência   representa   um   aumento   nas   captações   de   água   nos   países   em   desenvolvimento  (PNUD,  2006).  

 

 

Perante   esta   realidade,   é   inevitável   colocar   algumas   questões   com   implicações  profundas  para  o  desenvolvimento  humano.  Com  base  nos  dados  do   PNUD,  no  mundo  atual  existem  cerca  de  800  milhões  de  pessoas  desnutridas,  a   questão   que   se   impõe,   é   como   conseguirá   o   mundo   alimentar   mais   2,4   mil   milhões  de  pessoas  no  ano  de  2025,  com  base  nos  recursos  hídricos  que  já  hoje   estão  em  crise  profunda.      

                                                                                                                                                         

2.2.  Consumo  de  água  em  Portugal  

Segundo  a  APA,  baseada  em  dados  do  PNA  (2002)  Portugal  iniciou  o  século   XXI  com  uma  procura  anual  de  água  no  território  continental  estimada  em  cerca   de   7.500   milhões   m3,   no   conjunto   dos   três   setores:   doméstico,   agrícola   e  

industrial.   O   setor   agrícola   é,   em   termos   de   volume,   o   maior   consumidor   (>80   %).   Em   termos   de   custos   de   abastecimento,   o   setor   doméstico   é   o   mais   representativo,   uma   vez   que   a   água   para   consumo   humano   requer   tratamento   prévio  (APA,  2012).  A  figura  6,  apresenta  a  procura  de  água  por  setor  no  início   do  século  XXI  a  nível  nacional,  bem  como  os  custos  associados  (PNA,  2002).  

Figura     5   -­‐   Consumo   de   água   em   km3/ano   da   população   mundial  

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Figura    6  -­‐  Procura  da  água  em  Portugal,  no  conjuntos  dos  três  setores:  doméstico,  agrícola  e   industrial,  no  início  do  século  XXI    (PNA,  2002).  

 

2.2.1  Eficiência  Hídrica  

                   O   PNUEA   visa   o   uso   eficiente   da   água,   cujas   linhas   orientadoras   resultam   de   um   importante  esforço  interministerial  e  interdepartamental.  Tem  como  principal  objetivo  a   promoção  do  uso  eficiente  da  água  em  Portugal,  especialmente  nos  setores  doméstico,   agrícola  e  industrial,  contribuindo  para  minimizar  os  riscos  de  escassez  hídrica  e  para   melhorar   as   condições   ambientais,   sem   pôr   em   causa   a   qualidade   da   vida   das   populações,  bem  como  o  desenvolvimento  socioeconómico  do  país.  

A   realidade   não   deixa   dúvidas   quanto   à   importância   que   a   água   tem   na   sociedade  enquanto  recurso  natural  e  económico:  

ü É   um   recurso   limitado,   tornando-­‐se   necessário   conserva-­‐lo   e   geri-­‐lo   com   preocupações  ambientais.  

ü Corresponde  a  um  interesse  económico  a  nível  nacional,  ou  seja,  desperdícios  de   água  representam  gastos  para  o  país  com  um  valor  muito  relevante.  

ü Corresponde  a  um  interesse  económico  a  nível  das  empresas,  a  água  é,  em  muitos   sectores,  um  importante  fator  de  produção.  

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ü Constitui   uma   matéria   importante   em   termos   de   legislação   nacional   e   comunitária,   é   uma   das   áreas   com   crescente   preocupação   ambiental   onde   têm   sido   incorporadas  um  número  significativo  de  leis  em  vigor.  

 

O   PNUEA,   baseado   em   informação   cedida   pela   APA   e   pelo   Ministério   da   Agricultura   do   Mar,   do   Ambiente   e   do   Território,   elaborou   um   estudo   subordinado   ao   lema   “Água   com   Futuro”,   tendo   como   principal   objetivo   implementar   um   plano   que   garanta   uma   melhor   gestão   da   água,   adquada   aos   conhecimentos   técnicos   do   presente   e   com   uma   atitude   responsável   de   prevenção  face  ao  futuro.  Os  autores  do  referido  estudo  afirmam  que  nem  toda  a   água   captada   é   realmente   aproveitada,   uma   vez   que   existe   uma   parcela   importante   de   desperdício   associada:   perdas   no   sistema   de   armazenamento,   transporte  e  distribuição;  uso  ineficiênte  da  água  para  os  fins  previstos.  A  figura   7,  representa  o  desperdício  nacional  no  uso  da  água  por  setor,  relativo  a  perdas   no  sistema  de  armazenamento,  transporte  e  distribuição,  mostrando  também  o   cálculo   que   traduz   a   percentagem   da   eficiência   de   utilização   da   água   e   o   desperdício  da  mesma  (PNUEA,  2012).  

 

Figura     7   -­‐   Ineficiência   em   Portugal   no   uso   da   água   por   setor:   urbano,   agrícola   e   industrial   (PNA,  2002).  

Foi  selecionado  o  mesmo  indicador  de  eficiência  de  utilização  da  água  para   todos   os   setores   considerados,   tornando   direta   e   transparente   a   comparação   entre  metas  e  resultados  obtidos.  A  eficiência  relativa  de  utilização  da  água  e  o   desperdício  relativo  são  calculados  da  seguinte  forma:  

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Eficiência  de  utilização  da  água  (%)  =  consumo  útil/Procura  efetiva  *  100   Desperdício  (%)  =  100  –  Eficiência  (%)  

Onde,  

a  eficiência  de  utilização  da  água  mede  até  que  ponto  a  água  captada  da   natureza   é   utilizada   de   modo   otimizado   para   a   produção   com   eficiência   do   serviço  desejado;  

o   consumo   útil   corresponde   ao   consumo   mínimo   necessário   num   determinado   setor   para   garantir   a   eficácia   da   utilização   correspondente   a   um   referencial  específico  para  essa  utilização;  

a   procura   efetiva   corresponde   ao   volume   efetivamente   utilizado,   sendo   naturalmente  igual  ao  consumo  útil.  

Quanto   mais   próximo   estiver   a   procura   efetiva   do   consumo   útil,   mais   próximo   se   está   dos   100%   de   eficiência   de   utilização   da   água,   situação   naturalmente  desejável  mas  irrealista.  

O   consumo   útil   e   a   procura   efetiva   expressam-­‐se   nas   mesmas   unidades   e   são  referentes  ao  mesmo  período  de  tempo  (exemplo  o  ano).  

 

O   PNUEA   diz   que   a   procura   total   de   água   reduziu-­‐se   significativamente   entre  2000  e  2009  em  cerca  de  43  %.  Diversas  entidades  gestoras  de  distribuição   de  água  de  abastecimento  no  setor  urbano  fizeram  um  esforço  considerável  para   reduzir  as  perdas  nos  sistemas  de  transporte  e  distribuição.  A  figura  8  mostra  a   procura   nacional   de   água   por   setor   entre   2000   e   2009   e,   apresenta   também   a   procura  relativa  de  água  no  mesmo  período  (PNA,2002  e  PNA,  2010).  

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Figura     8   -­‐   Variação   da   procura   de   água   entre   2000   e   2009   em   Portugal(PNA   2002   e   PNA   2010).  

A   redução   de   consumo   mais   significativa   verificou-­‐se   no   setor   agrícola,   revelando   ser   o   maior   consumidor   de   água.   Esta   redução   deveu-­‐se   a   uma   conjugação  de  fatores  relacionados,  por  um  lado  com  a  conjuntura  nacional,  que   conduziu   a   uma   redução   das   áreas   regadas   no   primeiro   decénio   do   século,   sobretudo  no  norte  e  centro  do  país  e,  por  outro  lado,  ao  aumento  da  eficiência   do   uso   da   água,   tanto   na   componente   relativa   à   aplicação   da   água   de   rega   nas   parcelas.  A  seca  que  se  registou  entre  2004  e  2006  contribuiu  também  para  uma   redução  temporária  das  áreas  regadas  (PNUEA,  2012).  

A   aplicação   de   algumas   medidas   nos   vários   setores   proporcionou   a   melhoria   da   eficiência   do   uso   da   água.   A   ineficiência   associada   às   perdas   no   sistema   de   adução   e   distribuição,   a   mais   facilmente   contabilizada,   foi   mais   significativa   no   setor   urbano.   A   figura   9   apresenta   a   ineficiência/desperdício   nacional   no   uso   da   água   por   setor,   relativas   às   perdas   no   armazenamento,   transporte  e  distribuição  (PNUEA,  2012).  

 

Figura    9  -­‐  Variação  da  ineficiência  nacional  no  uso  da  água  entre  2000  e  2009  (PNA,2002  e   PNA,  2010).  

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Apesar   do   aumento   verificado   na   eficiência   de   utilização   da   água,   existe   ainda  uma  parcela  importante  de  desperdício,  associada  a  ineficiência  de  usos  e   perdas,  continuando  a  exigir  oportunidades  para  uma  melhoria  significativa  do   consumo   da   água   em   todos   os   setores,   com   impactes   ambientais,   sociais   e   económicos  (PNUEA,  2012).  

A   ineficiência   do   uso   da   água   é   especialmente   gravosa   em   períodos   de   escassez   hídrica.   Portugal   atravessou   já   vários   períodos   de   seca,   sendo   a   mais   recente  a  que  se  registou  em  2004/2005  (PNA,  2010).  Além  da  dimensão  social   inerente   à   vivência   da   seca   pelas   populações   e   setores   produtivos   diretamente   afetados,  uma  seca  pode  representar  um  forte  impacto  económico.  O  montante   global  dos  custos  setoriais  da  seca  de  2005  ascendeu  a  286  205  800€  (PNUEA,   2012).  

2.2.2  Metas  de  PNUEA  até  2020  

Em   2000   as   estimativas   (PNA,   2002)   apontavam   para   um   desperdício   no   uso  de  água  em  cada  setor  abrangido  pelo  PNUEA  de:  40  %  no  setor  agrícola,  30   %  na  indústria  e  40  %  no  urbano.  Com  base  nestes  dados,  a  RCM  nº113  estipulou   metas   a   alcançar   pelo   PNUEA   para   o   desperdício   de   água   por   setor   aplicáveis   numa  execução  de  10  anos:  20  %  para  o  setor  urbano;  35  %  para  o  setor  agrícola   e  15  %  para  o  industrial.  Ou  seja,  pretendia-­‐se  alcançar  a  eficiência  de  uso  de  80   %,   65   %   e   85   %   para   os   setores   urbano,   agrícola   e   industrial,   respetivamente.   Numa  fase  inicial,  são  essas  as  metas  que  se  admitem  atingir  até  2020  (PNEUA,   2012).   Contudo,   a   melhoria   observada   para   os   diferentes   setores   levantam   a   possibilidade  de  se  estipular  objetivos  mais  exigentes  para  2020.  A  Comissão  de   Implementação   e   Acompanhamento,   que   irá   efetuar   a   governação   do   PNUEA,   terá  como  primeiro  objetivo  efetuar  o  diagnóstico  da  evolução  da  eficiência  do   uso  da  água  observado  nos  setores  abrangidos  pelo  PNUEA  ao  longo  da  última   década,   incluindo   a   identificação   dos   fatores   que   contribuíram   para   essa   melhoria.   Face   às   conclusões   obtidas,   as   metas   serão   revistas   e   ajustadas   à   realidade   atual.   Para   o   efeito,   far-­‐se-­‐á   ainda   o   cruzamento   com   objetivos  

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metas   serão   continuamente   revistas   ao   longo   da   implementação   do   PNUEA.   A   figura  10  apresenta  o  desperdício  nacional  no  uso  da  água  por  setor  entre  2000  e   2009  e  mostra  também  as  metas  do  PNUEA  até  2020  (APA,  2012).  

 

Figura     10   -­‐   Desperdício   do   uso   de   água   por   setor   entre   2000   e   2009   em   Portugal   e,   metas   estabelecidas  pelo  PNUEA  até  2020  (APA,2012).  

Torna-­‐se  evidente  que  a  água  é  um  fator  essencial  para  o  desenvolvimento   socioeconómico   do   país   e,   como   tal,   deve   ser   encarada   como   um   recurso   estratégico  e  estruturante,  compreendendo  que  este  recurso  natural  não  só  deve   ser  gerido  como  uma  das  linhas  orientadoras  da  política  de  gestão  da  água,  como   também  ser  usado  de  forma  eficiente  e  racional.    

2.3.  Sistemas  de  abastecimento  de  água  potável  

Nenhuma   comunidade   pode   viver   ou   evoluir   sem   um   abastecimento   adequado  de  água  que  permita  aos  seus  habitantes  viver  de  um  modo  saudável  e   confortável,   e   que   contribua   para   o   desenvolvimento   da   sua   economia.   Esta   noção  de  evolução  não  pode  ser  concebida  sem,  simultaneamente,  se  considerar   a  sua  salubridade.  Além  do  abastecimento  em  quantidade  suficiente,  é  requisito   essencial  que  a  água  seja  saudável  e  pura,  uma  vez  que  também  é  o  veículo  mais   comum  e  importante  na  transmissão  de  doenças  (Chaves,  1998).  

Imagem

Figura        4    -­‐    Utilização    da    água    no    mundo    pelos    setores    agrícola,    doméstico   e   industrial
Figura        5    -­‐    Consumo    de    água    em    km 3 /ano    da    população    mundial    (PNUD,2006)   
Figura      9   -­‐   Variação   da   ineficiência   nacional   no   uso   da   água   entre   2000   e   2009   (PNA,2002   e    PNA,   2010)
Figura        10    -­‐    Desperdício    do    uso    de    água    por    setor    entre    2000    e    2009    em    Portugal    e,    metas    estabelecidas   pelo   PNUEA   até   2020   (APA,2012)
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