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Papel das doenças na limitação natural das populações de Lymantria dispar L. (Lepidoptera: Lymantridae)

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Recebido em 18 de Outubro de 1977

Papel das doenças na limitação natural

das populações de Lymantria dispar L.

( Lepidoptera : Lymantriidae) n

por

MARIA TERESA E. C. CABRAL Engenheiro Silvicultor Estacão de Biologia Florestal Departamento de Ecologia das populações

Entre os factores bióticos que contribuem para baixar a popu­ lação de uma praga destacam-se, a par dos parasitas e predadores, os microrganismos patogénicos, que conseguem por vezes, só por si, reconstituir o «equilíbrio natural». Nas mais recentes reflexões sobre meios de luta, considera-se errado o pretender irradicar uma praga, devendo pelo contrário apenas baixar a sua população até ao «nível de manutenção» dos parasitas, predadores e doenças, que se encarregarão de a condicionar de futuro consoante o tipo de dinâ­ mica de sua população.

Os conhecimentos existentes hoje sobre os microrganismos pa­ togénicos para os insectos, essencialmente vírus, bactérias, ricke- tsias, fungos, protozoários, são significativos e é já avultado (cerca de 794 em 1971) o número de investigadores que em todo o Mundo, sc ocupa deste campo de Entomologia, a Patologia dos insectos.

* Trabalho realizado em 1974 na cadeira de Entomologia Florestal do Ins­ tituto Superior de Agronomia e subsidiado pelo Fundo Especial de Caça e Pesca.

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154 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

O interesse de se estudarem esses microrganismos reside na possibilidade da sua posterior utilização como meio de luta, mas é além disso, um dos passos para se estudar a dinâmica populacional de um inseeto. Com efeito os microrganismos desempenham papel importante no ecossistema florestal, pois contribuem largamente para a reciclagem químico-energética. Os animais mortos, incluindo os insectos, estão envolvidos nesse processo sendo patogénicos alguns dos microorganismos responsáveis por ele, isto é, podem causar doen­ ças nos indivíduos sãos interferindo assim na população. É por isso corrente incluir o estudo das doenças dos insectos nas respectivas «tabelas de sobrevivência» estando já a sua integração bastante estu­ dada (Bird, 1961; Bird e Elgee, 1957; Neilson and Morris, 1964; Stairs, 1964, 1966, 1968; Stark, 1959; Campbell, 1967; Graham, 1963) e os métodos de amostragem e de interpretação baseados em mode­ los matemáticos muito elaborados.

Ao tentarmos iniciar o estudo do papel das doenças nas popula­ ções de L. dispar começámos por apreciar os conhecimentos sobre a dinâmica da sua população, que já são numerosos, destacando-se como mais objectivos os de Vasic (1971) na Jugoslávia e os de Leo- nard, 1968, 1970; Campbell, 1963, 1967, 1969; Bess (1961) nos Esta­ dos Unidos.

Segundo estes autores as flutuações das populações L. dispar são caracterizadas por quatro fases gradológicas (gradologiques): latência (latence) progradação (progradation), culminação (culmi-

nation) retrogradação (retrogradation).

O gráfico extraido de Bovey (1970) ilustra esta flutuação. Para a L. dispar o periodo entre gradações é de 3 a 5 anos e a gradação dura mais ou menos o mesmo, sendo portanto os inter­ valos entre a culminação de 8 a 9 anos. As várias fases gradológicas são caracterizadas por:

I — alterações de comportamento que se manifestam:

a) —na escolha do local para postura, b) —na escolha de lugar para pupar, c) — na actividade diária das larvas do 4.° ao 6.° instar.

a — no período de latência as posturas são feitas de pre­ ferência em sítios escondidos e sempre junto ao solo.

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PAPEL DAS DOENÇAS NA LIMITAÇÃO NATURAL DA L. DÍSPAR 155

Isto deve ser consequência de peso das fêmeas que não abandonam o local onde crisalidam, vendo-se ainda muitas vezes junto à postura a fêmea morta.

Quando a população entra em gradação as fê­ meas vão-se tornando mais ágeis e conseguem subir até altura variável do tronco, aumentando assim a per­ centagem de posturas feitas em ramos superiores. A própria postura é diferente consoante a fase gradoló- gica. No ano de culminação e no anterior nota-se nos locais escolhidos para postura uma acumulação fican­ do muitas posturas perto uma das outras por vezes contíguas e grandes extensões de tronco sem nenhu­ mas.

b — a escolha de local de crisalidação é uma outra carac- terística que se modifica no ciclo da gradação. Quando a população está no 2.° ou 3.° ano da gradação come­ çam a notar-se «ninhos de crisálidas» que podem con­ ter grande número destas (30 a 40) Fot. 1.

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156 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

c — O ritmo de actividade diária do 4.° ao 6.° instar é dife­ rente consoante o nível populacional. Para níveis ele­ vados a maior actividade verifica-se durante a noite, estando durante o dia as larvas escondidas nos abri­ gos, só se alimentando quando a noite cai.

Quando entram em gradação as larvas perdem esta característica só se escondendo para a muda e estão habitualmente nas folhas, ramos e troncos e alimentam-se mesmo durante o dia.

II — Alteração do potencial biótico que se manifesta:

a)—na fertilidade das fêmeas, b)—na percentagem de ovos estéreis, c) — no indíce sexual (relação entre o número de machos e fêmeas ou percentagem de fêmeas),

a — o número de ovos por postura varia entre 50 a 1 000 e, concomitantemente, as dimensões da postura. Nas fases iniciais de gradação predominam as posturas grandes (entre 600 e 1 000 ovos) embora existam tam­ bém algumas posturas médias. As posturas pequenas (50 a 300 ovos) são raras. Na culminação predomi­ nam posturas médias e pequenas, na retrogradação há praticamente só posturas pequenas (200 - 300 ovos) ou muito pequenas (50 a 100 ovos),

b — a percentagem de ovos estéreis varia também sendo muito elevada nos períodos de latência. Do mesmo modo a percentagem de eclosão de larvas varia com a fase de gradação sendo a mortalidade mínima durante a latência.

c — a relação entre o número de machos e de fêmeas é de 0,5 na larva neonata e independente da fase gra- dológica, mas durante o desenvolvimento larvar há uma alteração deste indíce consoante o nível popula- lacional. Nos primeiros anos de gradação o índice é de 0,55 - 0,60 para as crisálidas e adultos, e nos anos de culminação este indíce baixa para 0,20 - 0,30.

Passando depois para a revisão bibliográfica das doenças que atacam a L. dispar, verificou-se que este foi um dos primeiros in- sectos cuja patologia foi estudada.

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PAPEL DAS DOENÇAS NA LIMITAÇÃO NATURAL DA L. DÍSPAR 157

No Quadro I indicam-se os microrganismos já identificados como patogénicos ou associados à L. díspar assim como o país de origem e a bibliografia correspondente. Feita esta prospecção em quase todos os países passou-se para a selecção dos que poderiam ser usados como meio de luta e foram feitos os ensaios biológicos para estudar a sua eficácia.

Apenas os investigadores americanos enveredaram paralela­ mente pela avaliação do efeito que as doenças tinham na diminuição da população. Assim, Campbell, (1967) que se ocupava da dinâmica deste insecto, construiu um sub-modelo referente à incidência de doenças nas larvas do último instar. Para isso estudou métodos de amostragem e processo de prospecção e identificação dos micror­ ganismos, para posteriormente relacionar a % de larvas doentes com os factores ambientais e populacionais de que ela dependia.

No caso dos provoamentos de Quercus bicolor estudado por Campbell verificou-se que a taxa de larvas doentes dependia dos se­ guintes factores (função curvílinea dos log das variáveis):

1 — % de pupas fêmeas na geração n;

2 — N.° de ovos por acre no inicio da geração n;

3 — Precipitação (em polegadas) no mês de Junho do ano (n); 4 — % de folhagem de Quercus bicolor em relação à folhagem

total do estrato arbóreo;

5 — % de Vaccininum augustifolium no estrato arbustivo; 6 — % de pupas fêmeas na geração n -1.

A interpretação dos resultados obtidos ,tanto para as popula­ ções como para a incidência de doenças permitiram concluir que a taxa de sobrevivência das larvas do l.° e último instar constituia a maior causa de variação para as populações pouco densas.

A taxa de sobrevivência das pupas fêmeas de populações densas variou com o número de parasitas Ichneumonideos e de insectos doentes.

Vale a pena referir, por nos parecer bastante bem elaborado, o programa americano do combate à L. dispar que segundo Waters

(1971) consta dos seguintes pontos:

1 — Aperfeiçoamento dos métodos de amostragem de todos os estados da vida do insecto para previsão das variações nu­ méricas da população;

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QUADRO I

Microrganismos patogénicos ou associados à Lymantria dispar

Microrganismos Pais de origem Pat. para a

L. dispar Autor Data

BACTÉRIAS

Pseudomonadaceae

Pseudomonas sp. Estados Unidos + Podgwait and

Campbell

1967

Pseudomonas sp. Rússia Gukazian 1967

Pseudomonas auriantica Rússia + Gukazian 1967

Pseudomonas fluorescens Rússia + Gukazian 1967

Bacterium sp. (4 estirpes) Rússia Gukazian 1967

Bacterium cazaubon Estados Unidos + Steinhaus 1947

Bacterium cazaubon + Sweetman 1936

Bacterium lymantricola adi- posus

França + * Paillot 1917

Bacterium melolonthae li- quefaciens

França + Paillot 1936

Bacterium pieris liquefa- ciens

França + * Paillot 1933

Bacterium pyrenei + Sweetman 1936

Bacterium prodigium Rússia + Gukazian 1967

Enterobacteriaeeae

Serratia sp. Estados Unidos + Podgwait and

Campbell

1967

Serratia marescens Estados Unidos + Steinhaus 1947

Proteus sp. Estados Unidos + Podgwait and

Campbell

1967

Enterobacter sp. Estados Unidos + Podgwait and

Campbell 1967

Brucellaceae

Diplobacillus melolonthae Estados Unidos + Steinhaus 1947

Micrococcaceae

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(Continuação)

M icrorgan ismos País de origem Pat. para a

L. dispor Autor Datu

Micrococcus Estados Unidos + Steinhaus 1947

Lactobacilla.ceae

Streptococcus sp. Espanha + Romanyk 1966

Streptococcus disparis + Sweetman 1936

Streptococcus disparis Steinhaus 1947

Streptococcus fecalis Estados Unidos + Podgwait and

Campbell

1967

Diplococcus lymantria + Sweetman 1936

Bacillaceae

Bacillus bombycis n lique-

fasciens França _ Paillot 1933

Bacillus pieris n lique-

fasciens França + * Paillot 1933

Bacillus gortynae França + Paillot 1913

Bacillus hoplosternus França Paillot 1933

Bacillus liparis França + Picard and

Blanc 1913

Bacillus lymantriae França + Picard and

Blanc 1913

Bacillus lymantriae alpha, Beta

França Steinhaus 1947

Bacillus lymantricola adipo-sus

França __.* Steinhaus 1947

Bacillus melolonthae França + Steinhaus 1947

Bacillus melolonthae lique- fasciens

França + * Steinhaus 1947

3acillus melolonthae n lique-fasciens

França + Steinhaus 1947

Bacillus agglomeratus U. Sov. Gukasian 1947

Bacillus megatherium U. Sov. Gukasian 1947

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(Continuação)

Microrganismos Pais de origem Pat. para a

L. dispor Autor Data

Bacillus subtilis U. Sov. Gukasian 1947

Bacillus idosus U. Sov. Gukasian 1947

Bacillus mycoides U. Sov. Gukasian 1947

Bacillus tuviensis U. Sov. + Gukasian

Bacillus insectus U. Sov. + Gukasian

Bacillus cereus var alesti U. Sov. + Gukasian

Bacillus dendrolimus U. Sov. + Gukasian

Bacillus thuringiensis Sweetman 1936

Bacillus thuringiensis Bulgária + Grigorova 1964

Bacillus thuringiensis Jugoslávia + Saric 1967

Clostridium sp. Espanha + Romanyk 1966

FUNGOS

Mycobacteriacae

Actinomyces albus U. Sov. + Gukasian 1967

Aspergillaeeae

Aspergillus sp. Espanha + Romanyk 1966

Monilliaceae +

Beauveria sp. Espanha + Romanyk 1966

VIRUS

Borreliniavirus reprimens + Sweetman 1936

(Poliedrose nuclear) Dif. Regiões

Jugoslávia

+ Anónimo 1973

(Poliedrose nuclear) Dif. Regiões

U. S. A.

+ Anónimo 1969

(Poliedrose nuclear) Dif. Regiões

U. Sov.

+ Anónimo 1969

(Poliedrose nuclear) Roménia + Ceianu; Mihala-

lache; Balinschi 1971 1965

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(Continuação)

Microrganismos Pais de origem Pat. para a

L. dispar Autor Data

(Poliedrose nuclear) Itália + Magnoler 1967

(Poliedrose nuclear) Alemanha + Magnoler 1953

(Poliedrose nuclear) Espanha + Romanyk 1966

(Poliedrose nuclear) Japão + Anónimo 1973

Poliedrose citoplásmica Japão + Anónimo 1973

Espanha + Romanyk 1966

Suissa + Anónimo 1973

PROTOZOÁRIOS

Nosematidae

Plisthophora schubergi Áustria + Zwõlfer 1927

Plisthophora schubergi hy-

phantriae —

+ Weiser 1957

Thelohania disparis + Timofejeva 1956

Thelohania similis Bulgária + Weiser 1957

Nosema lymantriae Bulgária + Weiser 1957

Nosema muscularis Bulgária + Weiser 1957

Nosema serbica Bulgária + Weiser 1961

Nosema sp. Bulgária + Weiser

Nosema toletanica Espanha + Ruperez 1965

* Bactéria apresentando nas lavras de L. dispar formas vegetativas bas­ tante diferenciadas das observadas em meio de cultura ou nas larvas de outros insectos.

** Fez-se a revisão bibliográfica sem a preocupação de considerar sino- nimia difícil de fazer com exactidão visto se tratar de trabalhos publicados durante um período de cerca de 60 anos. É por isso muito natural que haja duplicações.

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162 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

2 — Desenvolvimento de critérios «Standard» e metodologia para avaliação dos prejuízos;

3 — Demonstração da eficácia e inocuidade dos vírus da polie-drose nuclear e das novas formulações de B. thuringiensis. 4 — Novos ensaios com parasitas.

5 — Estudos mais detalhados do comportamento e do efeito de algumas aves e dos roedores das espécies Peromyscus sp. 6 — Desenvolvimento de um sistema eficiente de armadilhas com atractivos sexuais sintéticos para os machos, nas zonas peri­ féricas ;

7 — Ensaios de campo com atractivos sexuais para causar «per­ turbações dos adultos» (adult confusing) usando tanto téc­ nicas de dispersão terrestres como aéreas.

8 — Isolamento e identificação de substância(s) existentes nas folhas de plantas não hospedeiras que possam inibir a ali­ mentação larvar.

9 — Escolha e ensaios biológicos com novos insecticidas quí­ micos.

Este programa polivalente só poderá ser realizado com a colaboração de especialistas de formações diversas que enquadrados pelos entomologistas responsáveis pelo combate à praga, sejam capazes de avançar nas várias linhas de tra­ balho citadas.

Esta é quanto a nós a visão do que deve ser um com­ bate a pragas aplicável ao estudo de muitos outros desfo- lhadores florestais, tendendo a obter o controle da praga pelos meios que se julguem prejudicar o menos possível o ambiente e baseados num somatório de conhecimentos da população que garantam intervir no momento mais opor­ tuno. Pode por outro lado esclarecer as causas do surto da praga, fazendo ressaltar os principais factores responsáveis que eventualmente possam ser modificados, razão pela qual se apresentou o esquema de Waters.

Começámos em 1972 a fazer uma prospecção das doenças de L.

dispar entre nós e a tentar averiguar se as variações das populações

descritas nos trabalhos citados se verificavam do mesmo modo nos núcleos de infestção que mantínhamos em observação. Este trabalho consta portanto em primeiro lugar da identificação dos microorga- nismos patogénicos primários e em segundo lugar de uma primeira

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PAPEL DAS DOENÇAS NA LIMITAÇÃO NATURAL DA L. DÍSPAR 163

apreciação da dinâmica da sua população, para depois de integrar o factor doença. Evidentemente que são necessários muitos anos de observação para se tirarem conclusões válidas, mas julgamos que vale a pena divulgar os resultados já obtidos como primeira infor­ mação de observações que se irão repetir.

Mais do que os resultados interessa divulgar um esquema de trabalho e uma visão das bases em que se deve apoiar a decisão de intervir e a escolha do método a usar.

MATERIAL E MÉTODOS 1 — Prospecção de doenças

Como a evolução de algumas das doenças microbianas dos in- sectos é morosa, podendo processar-se durante algumas semanas, e a fase mais conveniente para este estudo é a ilarvar, procura-se fazer esta prospecção geralmente no final deste estado.

Colhemos por isso larvas de Lymantrm díspar L. preste a crisa- lidar nos seguintes núcleos de infestação: Montijo (Sarilhos Gran­ des), Grândola, Setúbal, em sobreiro, e Coruche e Alcobaça, em chou­ po, Populus nigra e Populus sp. respectivamente.

As colheitas foram feitas na primeira quinzena de Junho e gra­ dualmente à medida que se iam fazendo os esfregaços para evitar a permanência dos insectos em cultura laboratorial, o que podia favo­ recer o aparecimento de doenças.

Usou-se na colheita material previamente esterilizado em auto- clave, tendo-se o cuidado de apanhar apenas as larvas vivas. Colhe­ ram-se também algumas larvas mortas que foram estudadas sepa­ radamente.

Os resultados das contagens que fizemos referem-se apenas a insectos vivos, pois os mortos só vieram confirmar a existência das doenças.

Em virtude do pessoal de que dispúnhamos para esta tarefa ser limitado não pudemos realizar o mesmo número de esfregaços para cada local, visto ter de estar coordenada a coilheita, com a execução destes. Seleccionámos por isso dois núcleos mais acessíveis, que eram também os que tinham níveis populacionais que nos faziam esperar maior abundância de larvas doentes, e fizemos cerca de 100 obser­ vações em cada um. Nos restantes não foi possível atingir este nú­ mero.

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164 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

Assim que chegaram ao laboratório as larvas foram mortas com éter acético para fazer os esfregaços da hemolinfa, intestino médio

o tecido adiposo. A primeira era extraída cortando uma falsa pata

e deixando cair uma gota na lâmina. Em seguida fazia-se a dissecção da larva e absorvia-se a hemolinfa restante com papel de filtro se­ guindo-se lavagens com água esterilizada por processo idêntico ao descrito por Heimpel (1960) e por nós já usado em determinações de pH. Colhia-se então um pouco de intestino médio e de corpo gordo para fazer o esfregaço pela técnica habitual.

A coloração usada foi a do azul de Lõffler para uma primeira observação. Quando foi assinalada a presença de microorganismos repetiram-se os esfregaços usando-se corantes mais específicos: Co­ rante de Smirnoff para as bactérias esporulantes e corante Leishman para os protozoários, sendo neste caso a fixação do esfregaço à lâ­ mina feita à temperatura ambiente e não por passagem à chama. Usou-se como meio de cultura para as bactérias gelose nutritiva e nos casos em que no esfregaço se notou abundância de Bacillus colocou-se sobre o meio um pouco de intestino, deixarahi-se desenvol­ ver as várias bactérias presentes, e isolou-se a que nos interessava segundo a técnica de Martignoni a Steinhaus (1961).

Os esfregaços foram observados num microscópio Wild com uma ampliação de 1 000 X à medida que se iam realizando, para no caso de haver qualquer microorganismo a isolar ser possível manter a larva ainda em bom estado, pois apenas a hemolinfa ficou inutilizada com a dissecção.

A contagem referente à presença do vírus, bactérias, protozoá­ rios foi feita considerando como atacados apenas os tecidos que em todos os campos de observação apresentavam sistematicamente os referidos microrganismos em número superior a dois. A presença de microrganismos em número inferior foi igualmente anotada mas só como ocorrência esporádica.

Claro que o limite usado é um tanto subjectivo mas baseámo- -nos em Podgwait Campbell (1967) que estabeleceram o limite de 5 microrganismos em todos os campos de observação microscópica para estudar as doenças nas larvas de L. dispar colhidas no campo depois de mortas. Como as nossas observações se referiam a larvas vivas pensámos que o limite deveria ser inferior.

Esta primeira informação quantitativa do aparecimento de doen­ ças não desce a grande pormenor e foi calculada por defeito pois como dissemos, excluímos as larvas mortas que eram frequentes em

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PAPEL DAS DOENÇAS NA LIMITAÇÃO NATURAL DA L. DÍSPAR 165

todos os locais de colheita. Neste caso haveria a possibilidade de se tratar de larvais parasitadas embora pudessem estar simultâneamente doentes.

Dá também apenas indicação da percentagem de doenças das larvas no momento de crisalidação visto excluir as que foram mor­ rendo nos primeiros instares. É uma primeira informação que não pretende ser completa pois só um estudo gradual ao longo do ciclo e apoiado numa amostragem bem concebida permitirá construir uma «life table», que considere a incidência das doenças nas várias fases da vida do insecto.

2 — Avaliação do nível populacional

Em alguns dos locais onde se tinha feito a prospecção de doen­ ças (Grândola, Setúbal, Montijo, em montados de sobro e Alcobaça em choupo) colheram-se cerca de 100 pupas num total de 5 árvores em Junho de 1972. No laboratório determinaram-se as percentagens de parasitismo, pesos de pupas dos dois sexos, percentagem de eclo­ sões de adultos e de fêmeas na fase pupal. As pesagens referem-se a médias de 15 determinações para cada amostra e sexo. Todo o material foi colocado em caixas de cultura com arejamento e man­ tido em observação para fazer as determinações citadas.

RESULTADOS

1 — Vamos primeiro referir os microrganismos identificados: a — Bactérias

As bactérias que foram observadas nos esfregaços, por vezes em grande abundância nomeadamente se nos lembrarmos que estes fo­ ram feitos com larvas vivas e aparentemente sãs, apresentavam além de formas vegetativas típicas de género Bacillus (Fot. 2), outras que estavam em pré-esporulação, às vezes mesmo com o esporo já compiletamente formado.

As culturas em gelose nutritiva das colónias isoladas permiti­ ram ver que o seu desenvolvimento à temperatura de 28"C se com­ pletava em 24 horas, pois passado este período todas as bactérias tinham esporulado.

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166 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

Para verificar se eram microrganismos patogénicos primários fez-se um teste apenas com 2 das Bactérias isoladas, reinfectando com a suspensão (em água esterilizada) de toda a cultura depois de esporulada, larvas de Cadra cautella criadas em massa no labora­ tório*. A reinfecção foi feita por incorporação dessa suspensão no alimento fornecido aos insectos.

Verificámos que este insecto era sensível às bactérias ensaiadas, visto que passadas 24 horas já encontrámos larvas mortas e os esfre- gaços feitos mostraram formas vegetativas semelhantes às da cul­ tura em estudo.

Das 20 larvas em que se detectaram nos esfregaços abundância de Bacillus isolámos apenas 7 culturas puras, pois em princípio pare- ceu-nos que se tratava sempre do mesmo género. As restantes foram no entanto conservadas em frigorífico para utilização posterior.

Destas 7 culturas, cujo aspecto morfológico tanto das colónias como das formas vegetativas e esporos eram semelhantes, enviámos 5 para o Instituto Pasteur de Paris-Centro de identificação de B. thu-

rmgiensis, onde foram objecto da análise de rotina (morfológica, bio­

química e serológica) feita naquele laboratório.

Todas as culturas foram classificadas naquele instituto como

Bacillus thuringiensis, com a particularidade de não produzirem cris­

tais.

Os locais de colheita e classificação completa são indicados no Quadro II.

Apenas num dos locais se encontrou a estirpe V, que supomos ser a primeira vez isolada da Lymantria dispar; nos outros embora se trate sempre de serotipo I há diferenças em algumas das reacções. O facto de serem formas não produtoras de cristais não é pela pri­ meira vez observado pois, embora em princípio a existência de cris­ tais fosse uma das características distintivas entre os Bacillus ce-

reus e Bacillus thuringiensis são hoje conhecidos muntantes acrista-

logénios deste.

A existência de B. thuringiensis a infectar naturalmente insec­ tos foi também pela primeira vez observada no nosso país.

* Estas culturas foram-nos fornecidas pelo Laboratório da Defesa Fitossani- nitária dos Produtos Armazenados.

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PAPEL DAS DOENÇAS NA LIMITAÇÃO NATURAL DA L. DISPAR 167 QUADRO II

Classificação de bactérias isoladas a partir de larvas de L. dispar

Local Espécies atacadas culturaN.° de Classificação

Coruche Popolus nigra 101 B. thuringiensis var. thuringiensis serotipo I (25 600)

Montijo Quercus suber 138 * » I (38 400)

Setúbal Quercus suber 194 » » I (38 400)

Setúbal Quercus suber 307 » » I (25 600)

Grandola Quercus suber 319 B. thuringiensis var. canadensis *

serotipo V (25 600)

* A lista das reações serológicas e bioquímicas das fichas que nos foram

enviadas pelo Instituto Pasteur de Paris não corresponde no caso do serotipo V a esta identificação segundo a chave indicada por Barjac (1968).

b — Vírus

A virose que encontrámos com relativa abundância nos nossos núcleos de Lymantria dispar L. foi a poliedrose nuclear, que foi pos­ sível identificar tanto pela sintomatologia como pela observação dos esfregaços. Julgamos que a presença desta doença no campo foi pela primeira vez detectada entre nós, embora já alguns anos — Heitor (1956) tenha descrito pormenorizadamente as duas viroses deste in- secto, estudada a partir de infecção feita laboratorialmente com vírus de proveniência inglesa.

A evolução da poliedrose nuclear dá-se por fases que pudémos acompanhar nos esfregaços observados. A primeira alteração mani­ festa-se no núcleo, notando-se a concentração de cromatina numa mancha com numerosos grânulos. Estes grânulos são a primeira eta­ pa da formação dos poliedros que se desenvolvem à volta de uma densa membrana central. Notam-se depois os poliedros já formados dentro do núcleo que atinge uma grande dimensão (Fot. 3) e obser- vam-se nas fases mais avançadas da doença poliedros soltos em todos os tecidos (Fot. 4) que se encontram já bastante desorgani­ zados.

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168 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

As dimensões destes poliedros variam segundo Steinhaus (1949) entre 0,5 e 15 microns sendo o diâmetro médio 3,5 microns.

c — Protozoários

Na maioria das larvas observadas apenas o intestino e o corpo gordo estavam atacados de protozoários. A hemolinfa aparece mais raramente infectada notando-se por vezes abundância do micror­ ganismo naqueles dois tecidos sem que neste ele apareça. Alguns insectos além de protozoários apresentam virose simultâneamente.

Procurámos caracterizar a espécie tanto em vivo como depois de fixada, mas como só conseguimos encontrar esporos frescos ou já envelhecidos (Fot. 5) não a pudemos identificar, o que não deixare­ mos evidentemente de tentar no futuro quer recorrendo à obtenção de outras formas do ciclo de vida, quer enviando exemplares para um dos centros de identificação de doenças de Invertebrados. Ape­ nas se concluiu tratar-se de um Microsporídeo.

2 — Papel das doenças na limitação natural das populações e conclusões

Os Quadros III e IV contêm respectivamente a % de larvas doen­ tes no último instar e as determinações feitas na fase de pupa - pesa­ gens, percentagem de parasitismo e percentagem de fêmeas.

QUADRO III Local Espécies atacadas N.° de insects. observ.

Com virose Com Bacillus

Protozoários % Total de lar­ vas doentes N.o % N.“ % N.« % Montijo Q. suber 100 10 10 3 3 8 8 21,0 Setúbal Q. suber 90 3 3.3 12 13,3 2 2,2 18,8 Grândola Q. suber 5* 2 1 0 Coruche Populus nigra 55 10 18,2 2 3,6 8 14,5 36,3 Estrada de V. Fra­ des Populus sp. 25 2 8 3 12 2 8 28,0

* Por se tratar de uma amostra muito reduzida não se calcularam as per­ centagens de larvas doentes mas apenas se considerou a sua presença.

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PAPEL DAS DOENÇAS NA LIMITAÇÃO NATURAL DA L DÍSPAR 169 e& ■2 'S w > Ê « o pí Q H O* - O Í50 1CÍ d O’ S 3 s & • O) ^ 6 033 cu 3 cu o .i 5 3 H u S o S *s E " N /o b . 1 9 7 1

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170 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

Como dissemos esta primeira informação não permite de modo nenhum tirar conclusões quanto à relação entre as incidências de doenças e a fase gradológica. Verifica-se no entanto que há varia­ ções entre o estado da praga nos vários locais.

A percentagem de larvas doentes foi maior para as populações que tinham o choupo por hospedeiro do que para aquelas em que era o sobreiro a planta atacada. O mesmo facto já tinha sido constatado por Mihalache na Roménia. No nosso caso fazemos notar que os so­ breiros constituíam povoamentos normais enquanto os choupos eram ornamentais bordejando uma estrada (Fot. 6).

Quanto ao parasitismo na fase pupal (incluímos aqui também os parasitas que atacam a' L. díspar em larva e eclodem da pupa) a percentagem mais elevada verificou-se em Grândola e foi devido a uma espécie única Brachymeria intermédia (Nees) (Hymenoptera: Chalcididae).

Compararam-se também os pesos das pupas machos e fêmeas nos vários locais através de um teste t, verificando-se que havia dife­ renças entre valores obtidos para as pupas fêmeas do choupo e de dois dos núcleos de sobreiro Montijo e Grândola. Em Setúbal a per­ centagem de fêmeas foi muito inferior à dos outros tocais e muito abaixo dos 50% o que segundo a bibliografia consultada e já indi­ cado por Serrão Nogueira (1972) para a processionária (Thaumeto-

poea pitycampa Schiff) significa que a praga está em declíneo. As

diferenças entre os pesos das pupas fêmeas desse local e as de chou­ po já não foram significativas.

Para as pupas macho nunca houve diferenças significativas en­ tre as várias amostras.

Uma observação feita nos mesmos locais durante o ciclo bioló­ gico do insecto em 1973 mostrou que em todos estes locais a praga tinha atingido um nível baixo supomos que devido a incoincidência entre a rebentação do sobreiro e o nascimento das larvas. As con­ dições climatéricas originaram um atraso no abrolhamento e durante uma visita a estes locais na época de eclosão vimos as larvas neo- natas sobre as posturas e os sobreiros apena com a folhas do ano anterior muito coriáceas. Algumas larvas estavam na vegetação ex­ pontânea mas em visita posterior verificámos que as sobreviventes no final da fase larvar eram muito poucas o que igualmente se mani­ festou pela grande escassez de posturas no final do ciclo biológico de 1973.

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PAPEL DAS DOENÇAS NA LIMITAÇÃO NATURAL DA L. DÍSPAR 171

Os resultados obtidos e as observações feitas vieram confirmar que além das doenças e parasitismo, os factores climáticos que con­ dicionam a incoincidência entre o insecto e o hospedeiro, são por vezes decisivos no retrocesso da praga. 0 estudo de uma dinâmica populacional só se poderá fazer depois de determinados todos os factores de que depende o número de insectos, o que pressupõe obser­ vações sistemáticas durante um número de anos suficientemente ele­ vados para que eles possam ocorrer.

RESUMO

Na Primavera de 1972 fez-se uma prospecção das doenças que atacam a L. dispar em Portugal.

A percentagem total de larvas doentes do último instar variou entre 18,8 a 21 % para os ataques de insectos em sobreiro e foram mais elevadas nos ataques em choupo atingindo os 28 a 36 %.

Identificaram-se como microrganismos responsáveis pelas doenças a poliedrose nuclear (nuclear polyedrosis) atingindo 3 a 18%; Pro­ tozoários (espécie ainda não identificada) atacando 2,2 a 14,5% e

Bacillus thuringiensis serotipos I-V (formas acristalogéneas) ata­

cando 3 a 13%. A associação dos primeiros microrganismos era tam­ bém frequente.

Procurou-se relacionar a incidência de doenças com a taxa de parasitismo e com a fase gradológica.

SYNOPSIS

The gypsy moth L. dispar disease complex has been studied in Portugal since the Spring 1972. The total rate diseased last instar larvae ranged between 18,8-21 % for the insect population on cork oak tree Q. suber, beeing higher for poplar attacks, 28-30%. Nuclear polyedrosis viruses 3-15%; Bacillus thuringiensis (acrystalogenous forais) serotype I and V, 3-13%; and Microsporidea (not yet iden- tified), 2,5-14,5% were recognized as main primary pathogens. Virus and Protozoa associations were very often observed. An approach to relate disease frequency with parasitism and gradation phase was effected.

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172 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

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Fot. 1 — Ninhos de crisálidas de L. dispar característicos de elevado nível popu­ lacional. Grândola 1972

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176 ANAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA

Fot. 2 — Bacillus thuringiensis

(formas vegetativas) em esfrega- ços do instestino de larvas de

L. dispar. Ampliado cerca de

1000 vezes.

Fot. 3 — Poliedrose nuclear de L. dispar notando-se ainda os po­

liedros agrupados dentro das cé­ lulas infectadas. Ampliado cerca de 800 vezes.

Fot. 4 — Poliedrose nuclear de L. dispar em fase avançada de

infecção com os poliedros soltos e os tecidos destruídos. Ampliado cerca de 1800 vezes.

Fot. 5 — Protozoários: Micros-

poridea em esfreiaços de L. dis­

par. Ampliado cerca de 2000

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PAPEL DAS DOENÇAS NA LIMITAÇÃO NATURAL DA L. DÍSPAR 177

Foto. 6 — Desfolha moderada causada pela L. dispar em choupos.

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Imagem

Fig. 1 — Flutuação da população do tipo temporário com gradações ocasionais.
Fot. 1 — Ninhos de crisálidas de L. dispar característicos de elevado nível popu­
Fot. 2 — Bacillus thuringiensis  (formas vegetativas) em esfrega-  ços do instestino de larvas de  L

Referências

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