E S T U D O A N A T Ô M I C O D O L E N H O
DA F A M I L I A B O M B A C A C E A E D A A M É R I C A
Pierre D é t i e n n e ( * * ) A r t h u r A. Loureiro ( * ) Paulette Jacquet ( * * )
Resumo
Neste trabalho os autores apresentam o estudo dos caracteres anatômicos de 40 espé-cies da família Bombacaceae da América. Para cada uma, são apresentadas descrições do gêne-ro, características gerais, descrições anatômicas, comentários gerais sobre os gêneros, relação en-tre a densidade e coeficiente de flexibilidade das fibras, relação entre comprimento das fi-bras e espessura das paredes, uma tabela de renciação entre os gêneros, um quadro de dife-renciação entre: o tipo de parènquima, pontua-ções radiovasculares, filotaxia e tipo de semen-tes dos gêneros estudados. Atlas com 45 micro-fotografias ilustram o trabalho.
I N T R O D U Ç Ã O
O p r e s e n t e t r a b a l h o consiste n o es-t u d o a n a es-t ô m i c o de 4 0 espécies da f a m í l i a Bombacaceae, o r i u n d a s de 12 países, c o m o i n t u i t o de c o n t r i b u i r para o r e c o n h e c i -m e n t o d o seu l e n h o , v i s t o que t o d a s são e c o n o m i c a m e n t e i m p o r t a n t e . E u m a f a m í l i a de d i s t r i b u i ç ã o p a n t r o p i c a l c o m grande p o t e n c i a l e c o n ô m i c o . N o B r a s i l , as Bombacaceas são b e m representadas, s o b r e t u d o na A m a z ô n i a em c u j a região Ducke & B l a c k ( 1 9 5 4 ) , m e n c i o n a r a m cerca de 13 gêneros e o n d e algumas de suas espécies, c o m o a " S a m a ú m a " (Ceiba pentandra), a t i n g e m d i m e n s õ e s e n o r m e s , chegando a alcançar de 4 0 - 5 0 m e t r o s de altura p o r 1,5 a 2 m e t r o s de d i â m e t r o
( D A P ) . S e g u n d o o inve . t á r i o f l o r e s t a l -p i l ô t o de 1 3 7 . 0 0 0 hectares de m a t a ao longo da Estrada M a n a u s - I t a c o a t i a r a , rea-lizado p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l de Pesqui-sas da A m a z ó n i a sob r e s p o n s a b i l i d a d e de
R o d r i g u e s ( 1 9 6 7 ) , declara q u e u m a das essências mais f r e q u e n t e s na região é o " C a r d e i r o " ( S c l e r o n e m a m i c r a n t h u m ) . Sua o c o r r ê n c i a m é d i a p o r hectare para ár-vores de d i â m e t r o acima de 2 5 c m f o i de 3 , 4 árvores e 4 , 2 m 2 de m a d e i r a , e n q u a n -t o que para as de d i â m e -t r o s u p e r i o r a 4 5 c m , e n c o n t r o u u m a m é d i a de 0,7 ár-vores e 1 , 6 m 3 de m a d e i r a p o r hectare. A l e n c a r e t al. ( 1 9 7 2 ) , a f i r m a m que n o in-v e n t á r i o realizado na f l o r e s t a de t e r r a fir-m e I e II ( D i s t r i t o A g r o p e c u á r i o da Sufra-m a ) , S c l e r o n e Sufra-m a Sufra-m i c r a n t h u Sufra-m o c o r r e c o Sufra-m 7 , 3 0 m 3 / h a - 6 , 6 8 m3
/ h a e 6 , 4 2 m 3 / h a -5 , 8 7 m 3 / h a r e s p e c t i v a m e n t e c o m e sem casca, c u j a f r e q ü ê n c i a é de 1 8 e 15 árvo-res p o r hectare. É u m a espécie de grandes possibilidades c o m e r c i a i s até h o j e não de-v i d a m e n t e u t i l i z a d a , apresentando-se m o d e r a d a m e n t e pesada. Por suas q u a l i d a des, p o d e ser u m a sucedânea para o " C e d r o " ( C e d r e l a o d o r a t a ) . Diversas p r o p r i e dades da m a d e i r a de algumas espécies f o -r a m citadas p -r i n c i p a l m e n t e p o -r R e c o -r d & Hess ( 1 9 4 9 ) , q u e ressaltaram o e m p r e g o das m a d e i r a s de S c l e r o n e m a m i c r a n t h u m , A g u i a r i a excelsa e C a t o s t e m m a sclero-p h y l l u m sclero-para c o n s t r u ç ã o em geral, indús-t r i a de m ó v e i s e Ceiba p e n indús-t a n d r a para fa-b r i c a ç ã o de fa-b a r c o s ; L o u r e i r o & Silva
( 1 9 6 8 ) , c i t a m q u e as espécies de O c h r o m a p y r a m i d a l e , S c l e r o n e m a m i c r a n t h u m , S. p r a e c o x , P s e u d o b o m b a x m u n g u b a são i n -dicadas para a c o n f e c ç ã o de d i a f r a g m a de m i c r o f o n e s , b r i n q u e d o s , i s o l a m e n t o s tér-m i c o s , f ô r tér-m a s de c h á p e u , tér-m ó v e i s , const r u ç ã o c i v i l e n a v a l , c e l u l o s e e p a p e l . D i
-( * ) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia — Manaus-Brasil.
( * * ) Centre Technique Forestier Tropical — Nogent-Sur-Marne-França.
z e m ainda que certos gêneros, c o m o Ceiba e B o m b a x , p r o d u z e m o " c a a p o c " , o u -t r o s -tais c o m o Adansonia, Bombacopsis,
D u r i o e Pachira, f o r n e c e m sementes c o -mestíveis. Paula ( 1 9 7 5 a - 1 9 7 5 b ) , basea-d o nos seus estubasea-dos basea-diz ainbasea-da que as ma-deiras de Catostemma milanezii e C. al-buquerquei, são m o d e r a d a m e n t e m o l e s , a p r e s e n t a n d o fibras m u i t o espessas ricas e m celulose e p o b r e e m lignina. Essas ca-racterísticas i n d i c a m a v i a b i l i d a d e de u m e s t u d o c o m vista à p r o d u ç ã o de p o l p a pa-ra p a p e l .
Nossas pesquisas f o r a m realizadas n o L a b o r a t ó r i o do C e n t r e T e c h n i q u e Fo-restier T r o p i c a l ( N o g e n t - S u r - M a r n e ) na França, em c o l a b o r a ç ã o c o m pesquisado-res locais.
M É T O D O S
Os c o r p o s de p r o v a para o e s t u d o a n a t ô m i c o f o r a m p r o v e n i e n t e s d o c e r n e , afastado o mais possível da m e d u l a . O a l b u r n o não f o i observado d e v i d o à au-sência eventual de c o n t e ú d o m i n e r a l , n o r m a l n o cerne.
As lâminas f o r a m f e i t a s , segundo a t é c n i c a usual e c o l o r i d a s c o m v e r d e - i o d o e m n ú m e r o de 2 o u 3 amostras de cada gênero. T o d a s as observações f o r a m rea-lizadas d i r e t a m e n t e sobre p e q u e n o s c u b o s de m a d e i r a ( c o r p o de p r o v a ) de 1 x 1 x 1 x c m e m m i c r o s c ó p i o e p i s c ó p i c o c o m f a t o r e s de a u m e n t o de 2 0 x a 7 0 0 x . Para u m a
melhor observação os c u b o s f o r a m i m e r g i -dos na água sanitária ( 1 8 ? Chi) d u r a n t e 2 0 m i n u t o s , após imersão de 3 0 m i n u -tos e m água f e r v e n d o para e l i m i n a ç ã o de resina e de t o d o s os c o n t e ú d o s orgânicos das células.
Para a maceração e m e n s u r a ç ã o dos e l e m e n t o s vasculares e f i b r o s o s , f o r a m u t i l i z a d a s pequenas lascas de madeiras da p a r t e mais i n t e r n a d o c o r p o de p r o v a , q u e f o r a m colocadas em c o n t a t o c o m a m i s t u ra de F r a n k l i n c o m á c i d o e água o x i g e n a -da e c o r a n t e reativo de M a n g i n .
Os a u m e n t o s das m i c r o f o t o g r a f i a s
são r e s p e c t i v a m e n t e 2 5 x para o transver-sal, 5 0 x para o tangencial e 6 0 x para o radial.
D E S C R I Ç Ã O D O S G Ê N E R O S
Bombacopsis P i t t i e r ( E s t a m p a 1)
A p e s a r d o p e q u e n o n ú m e r o a m o s t r a s estudadas para cada espécie, pa-rece-nos q u e o e s t u d o a n a t ô m i c o do le-n h o v e m r e f o r ç a r o que diz R o b y le-n s , A.
( 1 9 6 3 ) , d i v i d i n d o em dois subgêneros.
A ) Primeiro G r u p o : Subgênero Bombacopsis
Material E s t u d a d o : B.
macro-calyx A . R o b y n s : Brasil (Am) I N P A X - 4 9 6 0 ( H e r b 3 6 0 3 1 ) , B. nervosa A . R o b y n s : Brasil ( A m ) I N P A X - 2 3 0 8 .
( H e r b 1 6 8 2 0 ) , G u i a n a Francesa C T F T 2 7 6 2 8 , S u r i n a m e - CTFT 4 5 0 9 .
Características gerais da madeira
Madeira m o d e r a d a m e n t e pesada ( 0 , 6 5 — 0 , 7 5 g / c m 3 ) ; esbranquiçada a bege; a l b u r n o não destacado d o cerne; grã d i r e i t a ; t e x t u r a grosseira. Apesar de c o n t e r sílica e m geral é f á c i l de ser tra-b a l h a d a .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros b e m visíveis a o l h o n u , difu-sos, s o l i t á r i o s e m ú l t i p l o s de 2 — 3, ra-ros 1 — 3 p o r m m 2 , m é d i o s a grandes
1 4 0 — 2 2 0 m i c r ô m e t r o s ; c o m p r i m e n t o dos e l e m e n t o s vasculares 5 0 0 - 7 0 0 mi-c r ô m e t r o s ; plami-cas de p e r f u r a ç õ e s sim-ples; p o n t u a ç õ e s intervasculares grandes de 9 — 12 m i c r ô m e t r o s . T i l o s raros ou ausentes.
vasicên-t r i c ô escasso. Séries de células esvasicên-travasicên-tifica- estratifica-das c o m 8 e l e m e n t o s e m geral v a r i a n d o de 6 — 10. Sílica a b u n d a n t e e m grandes c o r -púsculos.
Raios n ã o e s t r a t i f i c a d o s (salvo al-guns p e q u e n o s ) , p o u c o n u m e r o s o s 4 — 6 p o r m m , de 2 — 4 ( 5 - 6 ) células de largu-ra, a l t o s de 2—4 (5) andares de células se-riadas d o p a r ê n q u i m a , de e s t r u t u r a heterogênea (células h o r i z o n t a i s m o d e r a d a m e n t e alongadas n o c e n t r o , m e n o s a l o n -gadas o u quadradas nas e x t r e m i d a d e s e células e n v o l v e n t e s ) . Pontuações radiovas-culares às vezes maiores e mais alongadas q u e as intervasculares. C o r p ú s c u l o s de sí-lica raros o u ausentes.
Fibras de p o n t u a ç õ e s s i m p l e s , m u i -t o longas 2 6 0 0 — 3 2 0 0 m i c r ô m e -t r o s , lar-gas 3 3 — 3 5 m i c r ô m e t r o s c o m paredes m u i t o espessas ( 2 p = 2 6 — 3 0 m i c r ô m e -t r o s ) e, p o r c o n s e g u i n -t e , u m c o e f i c i e n -t e de f l e x i b i l i d a d e f r a c o de 12 - 2 4 .
Camadas de c r e s c i m e n t o m a l d e f i -nidas p o r zonas fibrosas u m p o u c o mais escuras o n d e o p a r ê n q u i m a aparece menos a b u n d a n t e e talvez f o r m a n d o u m a f i -níssima l i n h a c o n t í n u a n o f i m d o anel de c r e s c i m e n t o .
B) Segundo G r u p o : Subgênero Aculeatae
Material Estudado: B. quinata D u -g a n d : Venezuela C T F T 1 7 0 8 0 , C T F T 2 3 1 5 6 , Panamá C T F T 5 7 2 9 , C T F T 2 5 1 9 8 , C T F T 2 5 2 0 1 , C T F T 2 7 4 7 0 .
Características Gerais da Madeira
Madeira t e n r a e leve ( 0 , 4 0 — 0 , 5 0 g/cm**); c e r n e m a r r o m b e m destacado d o a l b u r n o bege; grã d i r e i c a ; t e x t u r a m u i -t o grosseira. Diz-se q u e a q u a l i d a d e dessa madeira é m e l h o r q u a n d o as toras são imergidas em água c o r r e n t e . Fácil d e t r a b a l h a r .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros b e m visíveis a o l h o n u , difu-sos, s o l i t á r i o s e m ú l t i p l o s de 2 - 3 (4), raros 1 - 2 p o r m m 2 , grandes 2 0 0 - 300 m i c r ô m e t r o s ; c o m p r i m e n t o dos elemen-tos vasculares de 4 0 0 — 5 0 0 micrômetros; placas de p e r f u r a ç õ e s s i m p l e s ; pontua-ções intervasculares grandes de 1 2 - 1 5 m i c r ô m e t r o s . T i l o s f r e q ü e n t e s .
P a r ê n q u i m a d i s t i n t o s o m e n t e sob lente, subagregado e m finíssimas linhas alternadas i r r e g u l a r m e n t e p o r 2 a 4 filas tangenciais de fibras e v a s i c ê n t r i c o muito escasso. Séries de células estratificadas c o m 4 e l e m e n t o s em geral. Cristais solitá-rios, de 2 , 4 , às vezes mais.
Raios não e s t r a t i f i c a d o s , raros 3-5 (6) p o r m m de 3—5 (7) células de largu-r a , a l t o s de 2—4, às vezes 6 — 7 andalargu-res de células seriadas d o p a r ê n q u i m a , de es-t r u es-t u r a hees-terogênea (células horizones-tais n o c e n t r o , quadradas nas extremidades e células envolventes mais o u menos qua-dradas). Pontuações radiovasculares às ve-zes maiores e mais alongadas que as inter-vasculares. Cristais, raros o u ausentes.
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, va-r i a n d o de 1 7 0 0 — 2 0 0 0 m i c va-r ô m e t va-r o s de c o m p r i m e n t o , m u i t o largas 3 5 - 4 5 mi-c r ô m e t r o s mi-c o m paredes delgadas (2p = 9 — 1 2 m i c r ô m e t r o s ) . C o e f i c i e n t e de fle-x i b i l i d a d e f o r t e de 7 0 - 8 0 .
Camadas de c r e s c i m e n t o não per-c e p t í v e i s .
C a t o s t e m a B e n t h a m ( E s t a m p a 2)
M a t e r i a l e s t u d a d o
Características Gerais da M a d e i r a
M a d e i r a m o d e r a d a m e n t e pesada C. c o m m u n e ( 0 , 6 0 — 0 , 7 0 g / c m 3 ) ; m o d e r a -d a m e n t e pesa-da a pesa-da, C. fragrans ( 0 , 7 0 - 0 , 8 0 g / c m 3 ) e pesada (acima de 0 , 8 0 g / c m 3 ) para C. albuquerquei e C. sclerophyllum. Cerne c a s t a n h o de t o n a -lidade amarelada (C. c o m m u n e e C . fragrans) a c a s t a n h o de t o n a l i d a d e v e r m e -lha (C. albuquerquei), d i s t i n t o , t o d a v i a não b e m d e m a r c a d o d o a l b u r n o amarela-d o s u j o ; g r ã amarela-d i r e i t a ; t e x t u r a m u i t o gros-seira; aspecto l u s t r o s o . Fácil de t r a b a l h a r , p o d e n d o receber b o m a c a b a m e n t o .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros visíveis a o l h o n u , d i f u s o s , s o l i t á r i o s e m ú l t i p l o s de 2 3 , p o u c o n u m e r o s o s 2 5 p o r m m 2 , grandes 1 7 0 -2 5 0 m i c r ô m e t r o s ; c o m p r i m e n t o dos elem e n t o s vasculares de 3 5 0 — 4 5 0 elem i c r ô -m e t r o s ; placas de p e r f u r a ç õ e s s i -m p l e s ; p o n t u a ç õ e s radiovasculares médias a grandes 9 - 1 2 m i c r ô m e t r o s . T i l o s raros o u ausentes.
P a r ê n q u i m a b e m visível a o l h o n u , e m faixas largas de 3 — 8 células (a ú l t i m a f a i x a da c a m a d a de c r e s c i m e n t o é mais f i -na, de 2 — 4 células de l a r g u r a ) , paratra-queal v a s i c ê n t r i c o e a l i f o r m e c h e g a n d o a f o r m a r c u r t a s a longas c o n f l u ê n c i a s . Sé-ries de células estratificadas c o m 4 ele-m e n t o s eele-m geral. Cristais s o l i t á r i o s , o u de 2 - 4.
Raios b e m visíveis, não e s t r a t i f i c a -d o s , raros 2 — 3 p o r m m , -de 3 - 8 (10) células de largura ( p e q u e n o s raios de
1 — 2 células de largura r e l a t i v a m e n t e n u m e r o s o s ) , altas de 3 - 12 (15) anda-res de células seriadas d o p a r ê n q u i m a , de e s t r u t u r a heterogênea (células h o r i z o n t a i s n o c e n t r o , m e n o s alongadas o u quadradas nas e x t r e m i d a d e s e células e n v o l v e n t e s ) . Pontuações radiovasculares às vezes m a i o -res e m a i s alongadas q u e as intervascula-res. Cristais raros o u ausentes.
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, lon-gas, v a r i a n d o de 1 9 5 0 - 2 4 0 0 (2600) m i c r ô m e t r o s , largas 2 4 — 3 2 micrômetros c o m paredes m u i t o espessas ( 2 p - 20—27 m i c r ô m e t r o s ) , p o r tal m o t i v o apresenta u m c o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e fraco de 9 - 2 0 .
Camadas de c r e s c i m e n t o mal defi-nidas p o r faixas de p a r ê n q u i m a mais finas e c o n t í n u a s .
Presença f r e q ü e n t e de grandes ca-nais t r a u m á t i c o s em linhas tangenciais. Cavanillesia R u i z e t Pavon ( E s t a m p a 3)
Material estudado
C. arbórea K. S c h u m : B r a s i l , CTFT 1 4 1 9 1 . C. hylogeiton U l b r : Peru (Jansen 12). C. platanifolia H . B . K . P a n a m á , CTFT 1 4 0 7 6 .
Características Gerais d a Madeira
M a d e i r a e x t r e m a m e n t e leve (0,10 -0 , 2 -0 g / c m 3 ) ; cerne bege o u d e tonalidade u m p o u c o rosada, i n d i s t i n t o o u pouco d i s t i n t o d o a l b u r n o e s b r a n q u i ç a d o ; grã e m geral d i r e i t a ; t e x t u r a m u i t o grosseira. M u i t o f r á g i l , não d u r á v e l . A t é o momen-t o sem a p l i c a ç ã o c o m e r c i a l .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros visíveis a o l h o n u , difusos, so-l i t á r i o s e m ú so-l t i p so-l o s de 2 - 3 , m u i t o raros
1 - 2 p o r m m 2 e grandes 2 0 0 - 280
m i c r ô m e t r o s ; c o m p r i m e n t o dos elemen-t o s vasculares 4 5 0 - 5 0 0 micrômeelemen-tros; placas de p e r f u r a ç õ e s s i m p l e s ; pontua-ções intervasculares grandes, de 10 — 12 m i c r ô m e t r o s . T i l o s raros o u ausentes.
Raios b e m visíveis, não estratifica-dos, raros 2 - 3 p o r m m , de 3 - 8 ( 1 0 ) células de largura, altos 3 — 8 andares de células seriadas d o p a r ê n q u i m a , de e s t r u t u r a heterogênea (células h o r i z o n t a i s n o c e n t r o , quadradas nas e x t r e m i d a d e s e células e n v o l v e n t e s ) . Pontuações radio-vasculares às vezes maiores e mais alonga-das que as intervasculares. Cristais às vezes presentes.
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, l o n -gas de 1 8 0 0 — 2 0 0 0 m i c r ô m e t r o s , m u i t o largas 3 5 — 4 0 m i c r ô m e t r o s , paredes del-gadas 1 2 — 1 4 m i c r ô m e t r o s . C o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e de 6 0 - 70.
Camadas de c r e s c i m e n t o não d e f i n i -das.
Ceiba M i l l e r ( E s t a m p a 4)
Material estudado
C. pentandra G a e r t n : Brasil ( A m . ) I N P A X - 1 9 0 9 , Brasil (Pa.) C T F T 2 7 7 3 6 , S u r i n a m e C T F T 4 4 3 1 , C T F T 7 1 0 9 , Equa-d o r C T F T 2 1 9 9 6 , V e n e z u e l a C T F T 2 3 1 5 5 . C. samauma S c h u m : Peru C T F T
1 6 2 2 2 , C T F T 1 6 2 3 8 . C. trichistandra B a k h : E q u a d o r C T F T 2 3 4 7 3 .
Características Gerais da Madeira
M a d e i r a leve a m u i t o leve ( 0 , 2 5 -0 , 5 -0 g / c m 3 ) ; c e r n e e s b r a n q u i ç a d o c o m u m a p e q u e n a t o n a l i d a d e rosada o u castan h o c i castan z a i castan d i s t i castan t o d o a l b u r castan o ; grã d i r e i -t a ; -t e x -t u r a m u i -t o grosseira. Fácil de - traba-lhar, u t i l i z a d a para caixas, b r i n q u e d o s , barris de p o u c a d u r a ç ã o , c a i x o t e s de e m b a l a g e m , etc...
Descrição A n a t ô m i c a
Poros visíveis a o l h o n u , d i f u s o s , so-l i t á r i o s e m ú so-l t i p so-l o s de 2 — 3 , raros 1 — 2 p o r m m 2 , r a r a m e n t e até 5, grandes 2 0 0 — 3 0 0 m i c r ô m e t r o s , c o m p r i m e n t o dos e l e m e n t o s vasculares de 4 0 0 — 5 0 0 m i c r ô m e t r o s ; placas de p e r f u r a ç õ e s
simples; p o n t u a ç õ e s intervasculares de 9 -12 m i c r ô m e t r o s (C. pentandra, C. trichis-tandra) e 16 — 17 m i c r ô m e t r o s ( C. sa-m a u sa-m a ) .
P a r ê n q u i m a p o u c o p e r c e p t í v e l sob lente, subagregado em finíssimas linhas al-ternadas, regular o u i r r e g u l a r m e n t e por 1 o u 2 filas tangenciais de fibras e apotra-queal v a s i c ê n t r i c o escasso, às vezes em li-nhas t e r m i n a i s de 1 — 3 células de largura. Séries de células estratificadas c o m 4 ele-m e n t o s . Cristais presentes.
Raios b e m visíveis, não estratifica-dos, raros 2 — 4 , às vezes 5 p o r m m , de 4 - 8 (10) células de largura, altos,
ge-r a l m e n t e 2 — 5 andage-res de células sege-ria- seria-das d o p a r ê n q u i m a , de e s t r u t u r a hetero-gênea (células h o r i z o n t a i s n o c e n t r o , qua-dradas o u u m p o u c o eretas nas extremi-dades e algumas grandes células envolven-tes. Pontuações radiovasculares às vezes maiores e mais alongadas que as intervas-culares. Cristais raros.
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, lon-gas de 1 5 0 0 — 2 0 0 0 m i c r ô m e t r o s (C. pentandra e C. trichispentandra) e de 2100 -2 3 0 0 m i c r ô m e t r o s (C. samauma), largas de 3 2 — 4 0 m i c r ô m e t r o s , às vezes até 50 m i c r ô m e t r o s (C. pentandra), c o m paredes m u i t o delgadas 7 — 10 m i c r ô m e t r o s (C. pentandra e C. trichistandra) e 12 - 13
m i c r ô m e t r o s (C. samauma). Coeficiente de f l e x i b i l i d a d e e n t r e 6 5 — 9 0 (C. pen-tandra e C. trichispen-tandra) e 5 8 - 63 (C. samauma).
Camadas de c r e s c i m e n t o indistin-tas, salvo q u a n d o aparece esporadicamen-te u m a l i n h a t e r m i n a l de p a r ê n q u i m a .
Chorisia K u n t h ( E s t a m p a 5)
Material estudado
C. insiynis H . B . K . : A r g e n t i n a CTFT 4 8 2 5 , Peru C T F T 1 1 3 2 7 . C. integrifolia u l b r . Peru C T F T 1 6 9 5 5 , C T F T 1 6 9 6 1 .
cerne c a s t a n h o rosado, m u i t o c l a r o ( C . insignis) o u c i n z a (C. integrifolia), i n d i s t i n -to do a l b u r n o ; grã d i r e i t a o u n ã o ; t e x t u r a muito grosseira. Fácil de t r a b a l h a r , c o n t u do é m u i t o susceptível ao ataque d e f u n -gos.
Descrição A n a t ô m i c a
Poros b e m visíveis a o l h o n u , solitá-rios e m ú l t i p l o s de 2 - 3 , raros de 1 p o r m m 2 e m u i t o grandes 2 5 0 — 3 0 0 m i c r ô -metros; c o m p r i m e n t o dos e l e m e n t o s vas-culares de 4 0 0 — 5 0 0 i m i c r ô m e t r o s ; pla-cas de perfurações s i m p l e s ; p o n t u a ç õ e s intervasculares grandes de 11 — 15 m i c r ô -metros. T i l o s presentes.
P a r ê n q u i m a a b u n d a n t e , p o r é m p o u -co p e r c e p t í v e l , subagregado em finíssimas
linhas alternadas mais o u menos p o r 1 —2 filas tangenciais de f i b r a s , p a r a t r a q u e a l vasicêntrico escasso e em linhas t e r m i n a i s . Séries de células estratificadas c o m 2 — 4 elementos. Cristais raros.
Raios b e m visíveis, não estratifica-dos, p o u c o n u m e r o s o s 3 — 5 p o r m m , de 3 - 4 (6) células de largura, a l t o s de 2 — 6 (8) andares de células seriadas d o p a r ê n q u i m a , de estruturas heterogênea (células h o r i z o n t a i s no c e n t r o , q u a d r a d a s nas e x t r e m i d a d e s e células e n v o l v e n t e s ) . Pontuações radiovasculares às vezes m a i o -res e mais alongadas que as intervascula-res. Cristais raros.
Fibras de p o n t u a ç õ e s s i m p l e s , l o n -gas de ( 1 7 0 0 ) 2 0 0 0 - 2 2 0 0 m i c r ô m e t r o s , largas de 3 2 - 4 0 m i c r ô m e t r o s ; paredes delgadas ( 2 p -"=8—13 m i c r ô m e t r o s ) , p o r tal m o t i v o u m c o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e f o r t e de 6 0 - 8 0 .
Presença esporádica de grandes ca-nais t r a u m á t i c o s em linhas tangenciais.
Camadas de c r e s c i m e n t o d i s t i n t a s m a c r o s c o p i c a m e n t e p o r zonas fibrosas es-curas e m i c r o s c o p i c a m e n t e p o r u m a linha de p a r ê n q u i m a .
Eriotheca S c h o t t et E n d l i c h e r ( E s t a m p a 6)
Material estudado
E. crassa A . R o b y n s : G u y a n a Fran-cesa C T F T 1 6 0 8 9 , C T F T 1 6 7 6 6 , C T F T 1 6 7 7 3 , C T F T 1 6 7 8 1 . E. globosa A . Ro-b y n s : G u y a n a Francesa C T F T 1 4 7 1 8 , C T F T 1 6 3 67
, Peru C T F T 1 4 4 5 2 . E. lon-gipedicellata A . R o b y n s : Brasil ( A m . ) I N P A X - 6 7 6 2 . E. ruizii A . R o b y n s : Peru C T F T 1 7 5 0 2 , C T F T 2 3 4 7 5 . E. surina-mensis A . R o b y n s : S u r i n a m e C T F T 4 4 8 2 , G u y a n a Francesa C T F T 8 0 5 7
Características Gerais da Madeira
Madeira leve ( 0 , 4 0 - 0 , 5 0 g / c m 3 ) ; c a s t a n h o - c l a r o de t o n a l i d a d e u m p o u c o rosada ( E . globosa, E. ruizii e E.
surina-mesis, c a s t a n h o de aspecto alaranjado c o m u m falso cerne mais escuro levemen-te rajado e mais pesada ( 0 , 5 0 — 0 , 7 0 g / c m 3 ) para as espécies E. crassa e E. longi-pedicellata; grã d i r e i t a ; t e x t u r a grosseira.
Fácil de t r a b a l h a r .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros b e m visíveis a o l h o n u , d i f u -sos, solitários e m ú l t i p l o s de 2 - 3 (4), raros 1 - 3 p o r m m ^ , grandes 180 - 3 0 0 m i c r ô m e t r o s ; c o m p r i m e n t o dos elementos vasculares de 4 0 0 6 0 0 ( 8 0 0 ) m i c r ô -m e t r o s ; placas de perfurações si-mples, p o n t u a ç õ e s intervasculares grandes 9 — 13 m i c r ô m e t r o s . T i l o s presentes, p o u c o s a n u m e r o s o s .
P a r ê n q u i m a b e m visível sob lente só q u a n d o a secção é m o l h a d a , subagrega-d o em finíssimas linhas alternasubagrega-das p o r 1 , r a r a m e n t e 2 filas tangenciais de fibras e paratraqueal v a s i c ê n t r i c o m u i t o escasso. Séries de células estratificadas c o m 4 ele-m e n t o s eele-m geral, p o r é ele-m 6 — 8 na espé-cie E. crassa. Cristais raros.
no c e n t r o e células quadradas nas e x t r e -midades). Pontuações radiovasculares às vezes maiores e u m p o u c o mais alongadas que as intervasculares. Cristais observados só na espécie E. ruizii..
Fibras de p o n t u a ç õ e s s i m p l e s , l o n -gas de 1 6 0 0 - 2 3 0 0 m i c r ô m e t r o s , lar-gas de 27 — 4 1 m i c r ô m e t r o s , c o m paredes médias ( 2 p = 1 5 — 2 5 m i c r ô m e t r o s ) . Coe-ficiente de f l e x i b i l i d a d e v a r i a n d o de 2 6
(E. longipedicellata) até mais de 4 0 ( E . ruizii e E. surinamensis). Presença de al-gumas fibras septadas na espécie E. ruizii.
Camadas de c r e s c i m e n t o i n d i s t i n -tas, às vezes d i s t i n t a s em E. globosa. Presença esporádica de grandes canais t r a u -máticos em linhas tangenciais.
Gyranthera Pittier ( E s t a m p a 7) Material Estudado
G . caribensis P i t t : Venezuela C T F T 2 3 1 5 8
Características Gerais da Madeira
Madeira leve ( 0 , 4 0 - 0 , 4 5 g / c m3
) ; cerne c r e m e i n d i s t i n t o d o a l b u r n o ; grã direita; t e x t u r a grosseira. Fácil de traba-lhar, é u m a madeira sólida e m relação à sua densidade f r a c a , mas é m u i t o suscep-tível ao ataque p o r f u n g o s .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros visíveis a o l h o n u , d i f u s o s , so-litários e m ú l t i p l o s de 2 — 4 , raros de 1 — 2 p o r m m 2 e grandes 2 0 0 2 2 0 m i c r ô -m e t r o s ; c o -m p r i -m e n t o dos e l e -m e n t o s vas-culares de 4 0 0 - 5 0 0 m i c r ô m e t r o s ; pla-cas de perfurações s i m p l e s ; p o n t u a ç õ e s intervasculares 9 m i c r ô m e t r o s . T i l o s p o u c o presentes.
P a r ê n q u i m a p o u c o d i s t i n t o , visível s o m e n t e sob lente, subagrega^o ° m f i n í s -simas linhas alternadas r e g u l a r m e n t e p o r 3 — 4 filas tangenciais de fibras e paratraqueal v a s i c ê n t r i c o escasso. Séries de c é l u -las estratificadas c o m 4 e l e m e n t o s . Cris-tais raros.
Raios não e s t r a t i f i c a d o s , raros ( 2 — 3 p o r m m ) , de 4 — 7 células de lar-gura, altos de 3 — 7 andares de células se-riadas d o p a r ê n q u i m a , de e s t r u t u r a hete-rogênea (células h o r i z o n t a i s no c e n t r o , quadradas nas e x t r e m i d a d e s e células en-volventes). Pontuações radiovasculares às vezes maiores e mais alongadas que as in-tervasculares. Cristais presentes.
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, l o n -gas de 1 6 0 0 — 1 7 0 0 m i c r ô m e t r o s , lar-gas de 4 2 — 4 4 m i c r ô m e t r o s c o m paredes m u i t o delgadas ( 2 p = 9 m i c r ô m e t r o s ) . C o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e 8 0 .
Camadas d e c r e s c i m e n t o indistintas. Huberodendron D u c k e ( E s t a m p a 8) Material Estudado
H. swietenioides D u c k e : Peru C T F T 1 6 8 4 4 , C T F T 2 7 5 3 5 , E q u a d o r C T F T 2 2 0 5 8 .
Características Gerais da Madeira
Madeira m o d e r a d a m e n t e pesada ( 0 , 6 5 — 0 , 7 5 g / c m3
) ; cerne c r e m e indis-t i n indis-t o d o a l b u r n o ; grã d i r e i indis-t a ; indis-t e x indis-t u r a mé-dia. Fácil de t r a b a l h a r , p o d e n d o receber b o m a c a b a m e n t o .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros visíveis a o l h o n u , difusos, so-l i t á r i o s e m ú so-l t i p so-l o s de 2 — 3 (4), raros ( 1 — 2 p o r mrri2) e m é d i o s (mais o u me-nos de 2 0 0 m i c r ô m e t r o s ) ; c o m p r i m e n t o dos e l e m e n t o s vasculares de 4 0 0 - 5 0 0 m i c r ô m e t r o s ; placas de perfurações sim-ples; p o n t u a ç õ e s intervasculares v a r i a n d o de 8 — 10 m i c r ô m e t r o s . T i l o s às vezes presentes.
P a r ê n q u i m a d i s t i n t o sob lente, sub-agregado em finíssimas linhas alternadas p o r 2 — 4 filas tangenciais de fibras, dis-posição de preferência escalariforme c o m os raios e paratraqueal v a s i c ê n t r i c o escas-so. Séries de células estratificadas c o m 4 e l e m e n t o s . Cristais s o l i t á r i o s , abundantes.
cé-lulas de largura, altos de 2 - 6 andares de células seriadas d o p a r ê n q u i m a , de estru-t u r a heestru-terogênea (células h o r i z o n estru-t a i s n o c e n t r o , quadradas nas e x t r e m i d a d e s e cé-lulas e n v o l v e n t e s ) . Pontuações radiovascu-lares raras, observam-se p r i n c i p a l m e n t e p o n t u a ç õ e s m u i t o grandes e alongadas e n t r e as células dos raios e e n t r e as d o pa-r ê n q u i m a . Cpa-ristais ppa-resentes.
Fibras de p o n t u a ç õ e s s i m p l e s , l o n -gas de 1 7 0 0 - 1 9 0 0 m i c r ô m e t r o s , lar-gas de 2 4 — 2 6 m i c r ô m e t r o s , c o m paredes delgadas ( 2 p = 9 — 12 m i c r ô m e t r o s ) . Coe-f i c i e n t e de Coe-f l e x i b i l i d a d e m é d i o , de 5 0 - 6 0 .
Camadas de c r e s c i m e n t o apenas v i -síveis pela d i f e r e n ç a de e s p a ç a m e n t o en-t r e as pequenas linhas de p a r ê n q u i m a . Matisia H u m b o l t et B o n p l a n d ( E s t a m p a 9) Material Estudado
M . bicolor D u c k e : Peru C T F T 2 7 5 6 2 . M . cordata H. et B.: Peru C T F T 1 7 4 8 9 .
Características Gerais da Madeira
Madeira leve ( 0 , 4 5 - 0 , 5 0 g / c m3
) ; cerne c r e m e , i n d i s t i n t o d o a l b u r n o ; g r ã d i r e i t a ; t e x t u r a m é d i a . Fácil de t r a b a l h a r , c o n t u d o susceptível ao a t a q u e p o r f u n -gos.
Descrição A n a t ô m i c a
Poros b e m visíveis a o l h o n u , d i f u -sos, s o l i t á r i o s e m ú l t i p l o s de 2 - 4 ( 6 ) , p o u c o n u m e r o s o s 2 - 4 p o r m m 2 , m é d i o s a grandes 1 8 0 2 4 0 m i c r ô m e t r o s ; c o m -p r i m e n t o dos e l e m e n t o s vasculares d e 7 0 0 — 8 5 0 m i c r ô m e t r o s ; placas de p e r f u -rações s i m p l e s ; p o n t u a ç õ e s intervasculares m u i t o pequenas e n t r e 3 — 4 m i c r ô m e t r o s . P a r ê n q u i m a visível apenas sob l e n t e subagregado e m finíssimas linhas al-ternadas i r r e g u l a r m e n t e p o r 1 - 3 filas tangenciais de f i b r a s e p a r a t r a q u e a l vasi-c ê n t r i vasi-c o esvasi-casso. Séries de vasi-células não es-t r a es-t i f i c a d a s c o m 6 - 1 0 e l e m e n es-t o s . Cris-tais f r e q u e n t e s , s o l i t á r i o s e ΰs vezes em sé-ries.
Raios não e s t r a t i f i c a d o s , de dois p o s : p e q u e n o s , n u m e r o s o s 1 — 2 seriada e os o u t r o s largos de 3 — 5 (6) células» largura e altos de 3 - 10 andares de céb las seriadas d o p a r ê n q u i m a , no total con 1 0 — 1 4 raios sobre a secção tangencial. E s t r u t u r a h e t e r o g ê n e a : 1 - seriadocc# p o s t o de células h o r i z o n t a i s pouco alon-gadas, células quadradas e eretas; multo seriados c o m células h o r i z o n t a i s no w
t r o , q u a d r a d a s nas e x t r e m i d a d e s e células e n v o l v e n t e s . Pontuações radiovasculara
idênticas às intervasculares. Cristais fre-q ü e n t e s .
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, Ion gas de 1 9 0 0 - 2 4 0 0 m i c r ô m e t r o s , larga de 3 5 — 4 0 m i c r ô m e t r o s , c o m parede médias ( 2 p = 1 4 — 16 m i c r ô m e t r o s ) . Ce* f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e mais ou mena 6 0 .
Camadas de c r e s c i m e n t o ausenta o u m u i t o p o u c o visíveis.
O c h r o m a S w a r t z ( E s t a m p a 10) Material Estudado
O . pyramidale U r b . : Brasil (Am.l I N P A X - 2 0 2 2 , G u a t e m a l a C T F T 15187, E q u a d o r C T F T 8 5 8 0 e C T F T 2 2 0 7 0 .
Características Gerais da Madeira
Madeira m u i t o leve ( 0 , 1 0 - 0,22 g / c m3
) ; cerne i n d i s t i n t o d o alburno, es-b r a n q u i ç a d o de t o n a l i d a d e apenas rosa-d a ; g r ã rosa-d i r e i t a ; t e x t u r a grosseira. Fácil de t r a b a l h a r , m u i t o r e p u t a d a e utilizada para fabricações de b r i n q u e d o s , isolantes t é r m i c o s o u f ô n i c o s e o u t r o s usos espe-ciais.
Descrição A n a t ô m i c a
tangencial (55x); C ) Corte radial (60x)
9 - 1 2 m i c r ô m e t r o s . T í l o s raros o u au-sentes.
P a r ê n q u i m a m u i t o a b u n d a n t e , mas não visível m e s m o sob l e n t e em v i r t u d e das paredes das fibras serem m u i t o del-gadas. S o b m i c r o s c ó p i o ele aparece d o tipo subagregado, células isoladas e e m finíssimas e c u r t a s linhas associadas às fibras, e, t a m b é m , p a r a t r a q u e a l vasi-cêntrico escasso. Séries de células não o u muito m a l estratificadas c o m 4 e l e m e n -tos. Cristais não f o r a m observados.
Raios não e s t r a t i f i c a d o s , p o u c o numerosos 3 — 4 p o r m m , largos de 3 - 5 (7) células de e s t r u t u r a heterogênea (células h o r i z o n t a i s e n t r e c o r t a d a s p o r f i -las de célu-las quadradas o u u m p o u c o ere-tas q u e alguns autores c o n s i d e r a m c o m o células l a t e r i c u l i f o r m e s n o c e n t r o quadra-das o u eretas nas e x t r e m i d a d e s e células envolventes). Pontuações radiovasculares às vezes m a i o r e s e mais alongadas q u e as intervascu lares.
Fibras de p o n t u a ç õ e s s i m p l e s , l o n -gas d e 1 5 0 0 — 2 2 0 0 m i c r ô m e t r o s , m u i t o largas (40) — 5 0 a 5 8 m i c r ô m e t r o s c o m paredes m u i t o delgadas ( 2 p = 5 — 1 0 m i -c r ς m e t r u s ) . C o e f i -c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e m u i t o f o r t e de 7 7 — 9 0 .
Camadas de c r e s c i m e n t o i n d i s t i n t a s . Pachira S a i n t H i l a i r e ( E s t a m p a 11)
Material Estudado
P. aquática A u b l e t : Brasil ( A m . ) I N P A X - 1 1 8 0 ( H e r b 1 0 4 0 9 ) , G u y a n a Francesa C T F T 8 6 5 7 , S u r i n a m e C T F T 4 6 7 4 . P. insignis Sav. Brasil ( A m . ) I N P A X - 3 7 7 4 ( H e r b 1 7 1 9 8 ) , V e n e z u e l a C T F T 2 3 1 2 7 .
Características Gerais da Madeira
M a d e i r a leve a m u i t o leve ( 0 , 3 5 — 0,55 g / c m ^ ) ; cerne e s b r a n q u i ç a d o o u creme, i n d i s t i n t o d o a l b u r n o ; grã e m geral d i reita; t e x t u r a grosseira. Oferece c e r t a d i f i -c u l d a d e de t r a b a l h a r e m v i r t u d e da presença de sílica.
Descrição A n a t ô m i c a
Poros visíveis a o l h o n u , d i f u s o s , so-l i t á r i o s e m ú so-l t i p so-l o s de 2 - 3 ( 4 ) , reso-lativa- relativa-m e n t e n u relativa-m e r o s o s para essa f a relativa-m í l i a 5 — 1 5 p o r m m ' , m é d i o s a grandes 1 5 0 — 2 2 0 m i c r ô m e t r o s . C o m p r i m e n t o dos e l e m e n tos vasculares v a r i a n d o de 4 0 0 — 6 5 0 m i -c r ô m e t r o s ; pla-cas de p e r f u r a ç õ e s s i m p l e s ; p o n t u a ç õ e s radiovasculares de 9 — 12 m i -c r ô m e t r o s . T i l o s raros o u ausentes, p o r é m n u m e r o s o s n u m a das amostras.
P a r ê n q u i m a visível sob e l e n t e , sub-agregado e m f i n í s s i m a s linhas alternadas r e g u l a r m e n t e p o r 1 (2) filas tangenciais de fibras e, t a m b é m , p a r a t r a q u e a l vasicêntri-c o esvasicêntri-casso. Séries de vasicêntri-células estratifivasicêntri-cadas c o m 4 - 8 e l e m e n t o s . S í l i c a a b u n d a n t e sob a f o r m a d e grandes c o r p ú s c u l o s .
Raios n ã o e s t r a t i f i c a d o s de 5 — 6 p o r m m , largos de 2 - 5 (7) células, altos 2 - 6 (8 - 1 0 ) andares de células seriadas d o p a r ê n q u i m a , de e s t r u t u r a heterogênea (células h o r i z o n t a i s em geral p o u c o alongadas n o c e n t r o , quadradas nas e x t r e m i -dades e c é l u l a s e n v o l v e n t e s ) . Pontuações radiovasculares às vezes maiores e mais alongadas q u e as i n t e r v a s c u lares. Cristais só f o r a m observados n u ma a m o s t r a de P.
insignis.
Fibras d e p o n t u a ç õ e s s i m p l e s , l o n -gas de 1 8 0 0 — 2 5 5 0 m i c r ô m e t r o s , lar-gas de 2 6 — 3 5 m i c r ô m e t r o s de paredes médias ( 2 p = 1 5 — 2 2 m i c r ô m e t r o s ) . C o e f i -c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e v a r i a n d o de (20) 3 0 - 5 0 .
Camadas de c r e s c i m e n t o i n d i s t i n t a s . Pseudobombax D u g a n d ( E s t a m p a 12) Material Estudado
P. ellipticum D u g a n d : G u a t e m a l a C T F T 1 7 5 6 6 , P. m a r g i n a t u m A . R o b y n s : B o l í v i a C T F T 1 1 2 1 8 . P. munguba D u -g a n d : Brasil ( A m . ) I N P A X - 4 1 5 2 , Peru C T F T 8 1 7 5 . P. septenatum D u g a n d : Co-l ô m b i a C T F T 1 1 3 1 4 .
Características Gerais da Madeira
g / c m 3 ) , em geral 0 , 4 0 g / c r n ^ (P. e l l i p t i -c u m ) ; esbranquiçada de t o n a l i d a d e às ve-zes u m p o u c o rosada; a l b u r n o i n d i s t i n t o ; grã em geral d i r e i t a ; , t e x t u r a grosseira.
Fácil de t r a b a l h a r .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros b e m visíveis a o l h o n u , d i f u -sos, s o l i t á r i o s e m ú l t i p l o s de 2 — 3 , de
1 — 2 p o r m m 2 (de 3 - 10 na espécie P. m u n g u b a ) , m é d i o s a grandes 1 5 0 — 2 8 0 m i c r ô m e t r o s . C o m p r i m e n t o dos element o s vasculares de ( 3 0 0 ) 4 0 0 5 5 0 m i -c r ô m e t r o s ; pla-cas de p e r f u r a ç õ e s sim-ples; p o n t u a ç õ e s intervasculares de 10 — 14 m i c r ô m e t r o s .
P a r ê n q u i m a visível sob l e n t e , sub-agregado em finíssimas linhas alternadas i r r e g u l a r m e n t e c o m as f i b r a s e m faixas t e r m i n a i s (P. e l l i p t i c u m , P. m a r g i n a t u m e P. s e p t e n a t u m ) e, t a m b é m , paratraqueal v a s i c ê n t r i c o escasso. Séries de células estratificadas c o m 4 e l e m e n t o s e m geral. Cristais só f o r a m observados na espécie P. e l l i p t i c u m .
Raios i r r e g u l a r m e n t e d i s t r i b u í d o s , e m geral os menores apresentam estrati-ficados p r i n c i p a l m e n t e na espécie P. sep-t e n a sep-t u m , raros 4— 6 p o r m m , alsep-tos de
1 — 4 o u 5 andares de células seriadas (até 7 - 8 na espécie P. m u n g u b a ) , largu-ra 3 — 4 (5) células de e s t r u t u r a heterogê-nea (células h o r i z o n t a i s n o c e n t r o , quadradas o u u m p o u c o eretas nas e x t r e m i d a -des e células envolventes). Pontuações ra-diovasculares às vezes maiores e mais alongadas que as intervascu lares. Cristais raros o u ausentes.
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, l o n -gas de 1 8 0 0 — 2 6 0 0 m i c r ô m e t r o s , lar-gas de 2 5 — 4 0 m i c r ô m e t r o s de paredes delgadas ( 2 p = 9 — 13 m i c r ô m e t r o s ) . C o e f i -c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e v a r i a n d o de 54 — 7 2 .
Camadas de c r e s c i m e n t o demarca-das p o r faixas de p a r ê n q u i m a nas espé-cies P. e l l i p t i c u m , P. m a r g i n a t u m e P.
septenatum e, i n d i s t i n t a s na espécie P. munguba.
Quararibea A u b l e t ( E s t a m p a 13) Material Estudado
Q. asterolepis P i t t : Honduras CTFT 5 8 3 0 , CL aff. guianensis A u b l . : Brasil C T F T 5 7 9 0 . a ochrocalyx V i s h : Brasil ( A m . ) I N P A X - 2 9 5 5 e I N P A X-4115 (herb. 2 8 1 2 2 ) .
Características Gerais d a Madeira
Madeira m o d e r a d a m e n t e pesada ( 0 , 6 0 - 0 , 7 0 g / c m * * ) ; esbranquiçada de t o n a l i d a d e a m a r e l a d a ; a l b u r n o indistinto; grã d i r e i t a ; t e x t u r a m é d i a ; superfície lus-trosa. Fácil de t r a b a l h a r , recebendo bom a c a b a m e n t o .
Descrição A n a t ô m i c a
Poros não visíveis a o l h o n ú , difu-sos, solitários e m ú l t i p l o s de 2 — 3 (4), p o u c o n u m e r o s o s 5 — 8 p o r m m 2 , peque nos a m é d i o s 9 0 — 1 4 0 micrômetros. C o m p r i m e n t o dos e l e m e n t o s vasculares de 5 0 0 — 6 0 0 m i c r ô m e t r o s ; placas de per-furações simples; p o n t u a ç õ e s intervascu-lares m u i t o pequenas, 2 - 3 micrômetros. T i l o s não f o r a m observados.
P a r ê n q u i m a visível s o m e n t e sob len-t e , subagregado em finíssimas linhas allen-ter- alter-nadas p o r 1 — 2 filas tangenciais de fibras, a p a r e n t e m e n t e e s c a l a r i f o r m e c o m os raios, r a r a m e n t e em linhas terminais, e, t a m b é m , p a r a t r a q u e a l v a s i c ê n t r i c o escas-so. Séries de células b e m destacadas, po-r é m mal d e f i n i d a s na sua estpo-ratificação c o m 4 — 6 e l e m e n t o s . F o r a m observados pequenos c o r p ú s c u l o s de sílica na espécie Q. guianensis e cristais nas demais.
me-nos q u a d r a d a s ) . P o n t u a ç õ e s radiovascula-res d o m e s m o t i p o das intervascularadiovascula-res. Cristais presentes, às vezes a b u n d a n t e s .
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, l o n -gas de 1 6 0 0 — 2 0 0 0 m i c r ô m e t r o s , lar-gas de 2 8 - 3 4 m i c r ô m e t r o s de paredes médias ( 2 p = 1 1 — 1 6 m i c r ô m e t r o s ) . C o e f i -c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e de 5 0 — 6 3 .
Camadas de c r e s c i m e n t o i n d i s t i n t a s . R h o d o g n a p h a l o p s i s A . R o b y n s ( E s t a m p a 14)
M a t e r i a l E s t u d a d o
R. b r e v i p e s A . R o b y n s : Brasil ( A m . ) I N P A X - 1 1 0 1 ( H e r b . 1 0 0 5 9 ) . R. d u c k e i A . R o b y n s : Brasil ( A m . ) I N P A X - 2 4 4 ( H e r b . 1 6 7 4 ) . R. faroensis A . R o b y n s : Brasil ( A m . ) I N P A X - 2 5 2 ( H e r b . 1 6 9 6 ) . R. m i n o r A . R o b y n s : Brasil ( A m . ) I N P A X - 2 9 8 8 ( H e r b . 1 5 1 2 9 ) .
C a r a c t e r í s t i c a s Gerais d a M a d e i r a
M a d e i r a m o d e r a d a m e n t e pesada ( 0 , 5 5 — 0 , 7 2 g / c m3
) ; c a s t a n h o c l a r a , al-b u r n o p o u c o d i s t i n t o , p o r é m mais c l a r o ; grã d i r e i t a ; t e x t u r a m é d i a a grosseira. Apesar de c o n t e r sílica é f á c i l de ser tra-balhada.
Descrição A n a t ô m i c a
Poros visíveis a o l h o n ú , d i f u s o s , sol i t á r i o s e m ú sol t i p sol o s de 2 — 4 , r e sol a t i v a m e n -te n u m e r o s o s para essa f a m í l i a 4 - 9 p o r m m 2 , m é d i o s a grandes 1 4 0 2 0 0 m i c r ô -m e t r o s . C o -m p r i -m e n t o dos e l e -m e n t o s vas-culares de 4 0 0 - 5 0 0 m i c r ô m e t r o s ; placas de p e r f u r a ç õ e s s i m p l e s ; p o n t u a ç õ e s inter-vasculares de 9 — 12 m i c r ô m e t r o s .
P a r ê n q u i m a visível s o m e n t e sob len-te subagregado e m f i n í s s i m a s linhas allen-ter- alter-nadas p o r 1 r a r a m e n t e 2 filas tangenciais de fibras e, t a m b é m , p a r a t r a q u e a l vasi-c ê n t r i vasi-c o m u i t o esvasi-casso. Séries de vasi-células estratificadas c o m 4 — 8 e l e m e n t o s . Sílica a b u n d a n t e de m é d i o s a grandes c o r p ú s c u -los.
Raios e s t r a t i f i c a d o s o u n ã o , e m ge-ral de 1—2 seriados (às vezes n u m e r o s o s )
e s t r a t i f i c a d o s , os de 3 - 5 seriados são ir-regulares. Na espécie R. m i n o r são de 1-2 (3) seriados e quase t o d o s estratificados, r e l a t i v a m e n t e n u m e r o s o s 6—9 p o r mm, os m u l t i s s e r i a d o s p o d e m ser m u i t o altos até 10 células seriadas d o p a r ê n q u i m a , de es-t r u es-t u r a hees-terogênea (células horizones-tais n o c e n t r o , m e n o s alongadas o u quadradas nas e x t r e m i d a d e s e células envolventes mais o u m e n o s p e r c e p t í v e i s ) . Pontuações radiovasculares às vezes maiores e mais alongadas que as intervasculares. Presença de c o r p ú s c u l o s de sílica.
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, lon-gas de 1 8 0 0 — 2 1 0 0 m i c r ô m e t r o s , larlon-gas de 2 5 a 3 0 m i c r ô m e t r o s de paredes espes-sas ( 2 p - 2 2 a 2 6 m i c r ô m e t r o s ) . Coeficien-t e de f l e x i b i l i d a d e f r a c o de 12 — 20.
Camadas de c r e s c i m e n t o às vezes visíveis p o r u m a t e x t u r a mais estreita no
l i m i t e dos anéis de c r e s c i m e n t o .
S c l e r o n e m a B e n t h a m ( E s t a m p a 15)
M a t e r i a l e s t u d a d o
S. m i c r a n t h u m D u c k e : Brasil (Am.) I N P A X - 3 8 6 4 ( H e r b . 2 1 1 6 6 ) , CTFT 1 1 2 6 2 . S. p r a e c o x D u c k e : Brasil (Am.) I N P A X - 6 3 8 ( H e r b . 5 5 9 9 ) .
Características Gerais da M a d e i r a
M a d e i r a m o d e r a d a m e n t e pesada ( 0 , 6 0 — 0 , 7 0 g / c m3
) ; cerne castanho bem d i s t i n t o d o a l b u r n o e s b r a n q u i ç a d o de to-n a l i d a d e a c i to-n z e to-n t a d a o u amarelada; grã em geral d i r e i t a ; t e x t u r a grosseira. Fácil de t r a b a l h a r , r e c e b e n d o b o m acabamento.
D e s c r i ç ã o A n a t ô m i c a
Poros visíveis a o l h o n u , difusos, so l i t á r i o s e m ú l t i p l o s de 2 — 3 , pouco nu-merosos 4 - 6 p o r m m2
e grandes 1 8 0
-8 m i c r ô m e t r o s . T i l o s e m geral n u m e r o s o s . P a r ê n q u i m a visível a o l h o n u , apre-sentando t o d o s os t i p o s : v a s i c ê n t r i c o es-caíso, a l i f o r m e , a n a s t o m o s a d o e m curtas lelongas linhas o u faixas ligando os p o r o s , geralmente apresenta u m a l i n h a o u f a i x a terminal, m a s , às vezes, p o u c o o u não dis-tinta e n t r e às outras. Séries de células es-tratificadas c o m 4 e l e m e n t o s . Cristais não foram observados.
Raios não e s t r a t i f i c a d o s , p o u c o n u -merosos 4 - 6 p o r m m , m u i t o largos (4 — 10 células), de 3 - 10 andares de células seriadas d o p a r ê n q u i m a , de e s t r u t u r a he-terogênea (células h o r i z o n t a i s n o c e n t r o , menos alongadas o u quadradas nas e x t r e midades e células envolventes). P o n t u a -ções radiovasculares às vezes maiores e mais alongadas que as intervasculares. Conteúdos m i n e r a i s não f o r a m observa-dos.
Fibras de p o n t u a ç õ e s simples, l o n -gas de 1 9 0 0 - 2 1 0 0 m i c r ô m e t r o s , lar-gas de 27 2 9 m i c r ô m e t r o s de paredes d e l -gadas ( 2 p = 1 0 — 1 2 m i c r ô m e t r o s ) . Coe-ficiente de f l e x i b i l i d a d e r e l a t i v a m e n t e forte (57 - 6 2 ) .
Camadas de c r e s c i m e n t o demarca-das p o r linhas o u faixas de p a r ê n q u i m a mais longas e mais regulares q u e as o u -tras.
Presença ocasional d e grandes ca-nais t r a u m á t i c o s e m linhas tangenciais.
Comentários Gerais
O presente t r a b a l h o n ã o é u m estudo c o m p l e t o da f a m í l i a das B o m b a -caceae da A m é r i c a , mas u m a t e n t a t i v a de elucidar r e c o n h e c i m e n t o s através d o estudo da a n a t o m i a d o l e n h o dos p r i n c i -pais gêneros, e n t r e eles, alguns já consa-grados n o c o m é r c i o e o u t r o s c o m possi-bilidades c o m e r c i a i s .
A f a m í l i a , segundo A u b r é v i l l e ( 1 9 7 5 ) , t e m n o c o n t i n e n t e a m e r i c a n o 2 2 gêneros ( 1 5 9 espécies) agrupados e m 5 t r i b o s : H A M P E A E (Cavanillesia, H a m p e a * e Scleronema); M A T I S I E A E ( B e m o u i l l a * H u b e r o d e n d r o n , Matisia, O c h r o m a , Pati-n o a * Pragmatheca* Quararibea e Septo-t h e c a i ; C A T O S T E M M A T E A E (Aguia-ria e C a t o s t e m m a ) ; A D A N S O N I E A (Bombacopsis, Eriotheca, Pachira, Pseu-d o b o m b a x e RhoPseu-dognaphalopsis) e C E I B E A E (Ceiba, Chorisia e Neobuchia*). S e g u n d o os autores o gênero G y r a n thera é c o l o c a d o nas C E I B E A E o u nas
A D A N S O N I E A E
E s t u d a m o s a n a t o m i c a m e n t e 4 0 es-pécies, as quais r e p r e s e n t a m u m n ú m e r o r e l a t i v a m e n t e b a i x o e m relação a q u a n t i -dade d e espécies existentes n o c o n t i n e n t e , mas é s u f i c i e n t e para ter u m a avaliação se-gura da e s t r u t u r a a n a t ô m i c a de cada gêne-r o .
1) Variação das Características Anatô-micas na F a m í l i a
Vasos. Na m a i o r i a dos gêneros são g e r a l m e n t e raros a m u i t o raros d e 0 , b -4 p o r m m 2 , o c a s i o n a l m e n t e até 5 — 6 , salvo e m Pachira, Quararibea, Rhodogna phalopsis e Scleronema o n d e são c o m u -m e n t e de 5 — 1 0 p o r -m -m 2 . O d i â -m e t r o tangencial é grande, a m é d i a g e r a l m e n t e é c o m p r e e n d i d a e n t r e 1 8 0 3 0 0 m i c r ô -m e t r o s , apenas o gênero Quararibea
parece ter u m a m a n i f e s t a ç ã o de p o r o s pe-q u e n o s d e 9 0 - 1 4 0 e m m é d i a . As placas de p e r f u r a ç õ e s dos e l e m e n t o s de vasos são simples, m u i t o p o u c o inclinadas, quase h o r i z o n t a i s . A s p o n t u a ç õ e s intervasculares são alternas, de médias a grandes, e n -t r e 9 - 1 4 m i c r ô m e -t r o s , p o d e n d o a-tingir 1 5 — 1 7 m i c r ô m e t r o s nos gêneros Ceiba (C. samauma) e Chorisia (C. integrifolia)
( * ) O; 7 gêneros com um asterisco não foram estudados neste trabalho, são mono ou pau-ciespecificos. relativamente pouco importantes, por exemplo, Bernouilla flammea Oüv, ár.
o u e n t r e 6 — 8 m i c r ô m e t r o s no gênero Scleronema. D o i s gêneros d i s t i n g u e m - s e pelas" p o n t u a ç õ e s e x t r e m a m e n t e pequenas de 2 — 4 m i c r ô m e t r o s : Matisia e Quarari-bea. O c o m p r i m e n t o dos e l e m e n t o s vas-culares é p o u c o variável, e m geral longos, e n t r e 4 0 0 — 6 0 0 m i c r ô m e t r o s . Os gêneros Matisia, Bombacopsis (Subg. B o m b a c o p -sis) e O c h r o m a a p r e s e n t a m e l e m e n t o s de vasos mais l o n g o s e n t r e 6 0 0 8 5 0 m i c r ô m e t r o s , t o d a v i a os de O c h r o m a são m é -dios, mas a p r e s e n t a m apêndices m u i t o longos.
Parênquima axial. Pela sua d i s p o s i -ç ã o , pode-se r e u n i r os gêneros e s t u d a d o s e m 2 grupos e 2 s u b - g r u p o s : o p r i m e i r o c o m p a r ê n q u i m a axial e m linhas e faixas tangenciais e p a r a t r a q u e a l a l i f o r m e , m u i -tas vezes c o n f l u e n t e (Catostema e Sclero-nema). O s e g u n d o g r u p o c o m p a r ê n q u i m a subagregado. Nesse g r u p o pode-se reco-nhecer alguns c o m f i n í s s i m a s linhas alternadas r e g u l a r m e n t e p o r 2 4 filas t a n genciais de f i b r a s ( H u b e r o d e n d r o n e G y -ranthera) e os o u t r o s c o m f i n í s s i m a s li-nhas alternas p o r 1 - 2 filas tangenciais de f i b r a s .
O n ú m e r o das células p a r e n q u i m a -tosas p o r série parece f i x o d e n t r o dos gê-neros ( o u dos s u b g é n e r o s ) : Matisia varia e n t r e 6 — 1 0 células, Bombacopsis, sub-g é n e r o Bombacopsis, 6 — 8 células, Pa-chira, Quararibea e Rhodognaphalopsis, 4 — 8 células, Eriotheca c o m p r e d o m i -nância de 4 , às vezes 6 — 8 e os o u t r o s gê-neros c o m 4 células, às vezes 2. A estra-t i f i c a ç ã o das séries de p a r ê n q u i m a é geral-m e n t e p e r f e i t a e b e geral-m v i s í v e l , salvo nos gêneros Matisia, O c h r o m a e Quararibea. Cristais mais o u m e n o s n u m e r o s o s f o r a m observados e m t o d o s os gêneros, e x c e t o Bombacopsis subg. Bombacopsis, Ochro-ma, Pachira, Rhodognaphalopsis e Scle-ronema. C o n c r e ç õ e s silicosas presentes em todas as a m o s t r a s dos gêneros B o m -bacopsis subg. Bom-bacopsis, Pachira e
Rhodognaphalopsis.
Raios. G e r a l m e n t e são m u i t o tos e não e s t r a t i f i c a d o s , e x c e t o e m
al-guns gêneros o u espécies o n d e são na m a i o r i a e s t r e i t o s (1 - 3 seriados) e de 1 andar de a l t u r a ( R h o d o g n a p h a l o p s i s em geral mais o u m e n o s n o gênero Eriotheca e, às vezes na espécie B o m b a c o p s i s quina-ta). E n t r e os raios m u l t i s s e r i a d o s , pode-se observar u m a q u a n t i d a d e relativamente g r a n d e de raios b a i x o s unisseriados nos gêneros Catostema, S c l e r o n e m a , Matisia, e m u i t o n u m e r o s o s e m Quararibea, Ceiba, Cavanillesia e Chorisia; nos o u t r o s gene ros os raios b a i x o s são raros. E m todos os gêneros, os raios são p o u c o numerosos en-t r e 2 — 9, de 2 — 3 p o r m m linear nos gê-neros Catostema, Cavanillesia, (Ceiba), (Chorisia), G y r a n t h e r a , Quararibea e 6 -9 p o r m m nos gêneros Eriotheca e
R h o d o g n a p h a l o p s i s , f a z e n d o exceção o gênero Matisia, o n d e pode-se observar cer-ca de 1 2 raios p o r m m . Os raios de todos os gêneros são h e t e r o g ê n e o s , do tipo K R I B S I I I . S a l i e n t a m o s que os raios do g ê n e r o O c h r o m a são c o n s t i t u idos de célu-las q u a d r a d a s às vezes c o m tendência a eretas, s e p a r a n d o os raios fusionados, o c o r r e n d o t a m b é m células horizontais consideradas p o r alguns autores como s e n d o células l a t e r i c u l i f o r m e s , contudo s o m o s de o p i n i ã o que essas células são do t i p o e n v o l v e n t e e n ã o t i p i c a m e n t e laten-c u l i f o r m e laten-c o m o se observa n o gênero Du-rio o u na f a m í l i a das T i l i a c e a e . A segunda observação é r e f e r e n t e aos gêneros
gêneros sem sílica n o p a r ê n q u i m a p o d e m ter raros cristais, mas n e n h u m f o i obsérva-telo nos gêneros O c h r o m a e Scleronema.
Fibras. São de p o n t u a ç õ e s simples e não septadas, salvo na espécie Bomba-copsis quinata é, às vezes n o gênero Erio-theca ( E . ruizii). O c o m p r i m e n t o varia de médio a g r a n d e (em geral e n t r e 1 6 0 0 — 2500 m i e r ô m e t r o s ) , mas as espécies d o gênero Bombacopsis subg. Bombacopsis fazem e x c e ç ã o p o r a p r e s e n t a r e m fibras muito longas ( 2 6 0 0 3 2 0 0 m i e r ô m e tros). As larguras v a r i a m de 2 5 — 4 5 m i -erômetros, mas n o gênero O c h r o m a são geralmente largas c o m mais de 50 m i e r ô metros. A espessura das paredes e o c o e f i -ciente de f l e x i b i l i d a d e são m u i t o variáveis nessa f a m í l i a : a espessura das duas pare-des é m e n o s de 8 m i e r ô m e t r o s (Ochroma e Ceiba) a 3 0 m i e r ô m e t r o s (Bombacopsis) e c o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e v a r i a n d o de menos de 2 0 (Bombacopsis, Catostema e Rhodognaphalopsis) a mais de 8 0 ( O c h r o -ma). C o m estas duas características, os gê-neros e s t u d a d o s p o d e m ser d i v i d i d o s gros-seiramente e m dois g r u p o s : o p r i m e i r o com paredes espessas (duas paredes supe-riores a 15 m i e r ô m e t r o s ) e c o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e f r a c o i n f e r i o r a 5 0 (gênero Bombacopsis subg. Bombacopsis, Catos-tema, Eriotheca, Pachira e Rhodognaphalopsis) e o segundo c o m t o d o s os o u -tros gêneros q u e t ê m fibras de paredes delgadas e c o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e su-perior a 5 0 .
A seguir d a m o s a relação e n t r e a densidade e c o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e das fibras e, a relação e n t r e o c o m p r i -m e n t o das f i b r a s e espessura das paredes dos gêneros estudados, r e s p e c t i v a m e n t e . (Fig. 1 e 2)
n e m a Q u a n d o são m u i t o grandes e n u merosos, c a u s a m p r e j u í z o s p r i n c i p a l m e n -te às i n d ú s t r i a s d u r a n t e a l a m i n a ç ã o das toras.
2) A n a t o m i a d o Lenho e Sistemática
A a n a t o m i a d o l e n h o t e m poucas características de descrição em relação c o m a B o t â n i c a S i s t e m á t i c a e não p o d e ser t ã o precisa q u a n t o ela, n o e n t a n t o , p e r m i t e fazer observações c o n f i r m a n d o o mais f r e q ü e n t e e, às vezes, c r i t i c a n d o as conclusões dos b o t â n i c o s .
R e c o r d a m o s a classificação da f a m í lia p o r o r d e m de e v o l u ç ã o c o m o H u t c h i n -son ( 1 9 6 7 ) :
A ) Folhas simples - D U R O N I E A E (não americanas) c o m Neesia, Papuoden-d r o n , D u r i o , C a m p n o s t e m o n , Coelostegia, Boschia, Kostermansia e Cullenia.
- H A M P E A E c o m Hampea, Sclero-nema e Cavanillesia
- M A T I S I E A E c o m Quararibea, O c h r o m a , Matisia, Patinoa, Bernouilla, Septhotheca, Phragmotheca e Huberoden-d r o n .
B) F o l h a s c o m p o s t a s o u u n i f o l i o l a -das
- C A T O S T E M M A T E A E c o m Aguiaria e C a t o s t e m m a
- A D A N S O N I E A E c o m Bombax ( a f r i c a n o e asiático) Pseudobombax, Erio-theca, Adansonia ( A f r i c a n o ) , Bombacop-sis, Rhodognaphalon ( A f r i c a n o ) , Rhodog-naphalopsis, Pachira e G y r a n t h e r a
- C E I B E A E c o m Ceiba, Chorisia e Neobuchia
2 . 1) Os Gêneros
Canais Traumáticos — São de f a t o bolsas cheias de resina p r e t a , r a r a m e n t e branca q u e aparecem c o m o canais, às vezes, m u i t o grandes, a l i n h a d o s tangen-c i a l m e n t e s o b r e a seção transversal. Esses canais se e n c o n t r a m f r e q ü e n t e m e n t e nos gêneros C a t o s t e m m a , Eriotheca e
le-U O
T
B — Bombacopeis
C — Catostemma
T — Cavanillesia
U — Ceiba
O
O V — Chorisia
E — Eriotheca
H — Huberodendron
G — Gyranthera
V
B GM — M a t i s i a
° u
uO — Ochroma
u
B
BP — Pachira
x
BX — Pseudobombax
B B
Q — Quararibea
X V
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R — Rhodognaphalopsis
T
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S — Scleronema
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x 9 s
M U H M V
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F
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C C C
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B B C
R C C
C
9 0 DEN
Fig. 1 — Relaηγo entre a densidade e coeficiente de flexibilidade das fibras
30. 2 PAR.
2 5 .
2 0 .
15.
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C O M P R . 1
2 0 0 0 3 0 0 0
n h o nâ*o apresenta d i f e r e n ç a s s u f i c i e n t e s para separá-los. A o c o n t r á r i o , a separa-ção da espécie Bombacopsis quinata (es-pécie ú n i c a d o Bombacopsis subg. Acu-leatae) c o n c o r d a b e m c o m a a n a t o m i a d o l e n h o . Essa espécie é m u i t o d i f e r e n t e das o u t r a s de Bombacopsis subg. Bombacop-sis e apresenta m a i s a f i n i d a d e c o m o gêne-r o Egêne-riotheca (ségêne-ries de p a gêne-r ê n q u i m a de 4 células c o n t e n d o cristais e não s í l i c a , f i -bras septadas r e l a t i v a m e n t e curtas de paredes delgadas, e l e m e n t o s vasculares c u r -t o s ao c o n -t r á r i o de Bombacopsis subg. Bombacopsis q u e t e m séries de p a r ê n q u i -m a de (6) - 8 células c o n t e n d o sílica e não cristais, f i b r a s não septadas, longas de paredes m u i t o espessas e e l e m e n t o s vasculares mais longos).
S e m p r e e m relação c o m o gênero Bombacopsis, H u t c h i n s o n ( 1 9 6 7 ) não c o n s i d e r o u Rhodognaphalon e Rhodog-naphalopsis c o m o gêneros d i s t i n t o s de Bombacopsis, p o r q u e estão separados s o m e n t e p o r c a r a c t e r í s t i c a s d o p ó l e n . Pe-la a n a t o m i a d o l e n h o , o gênero Rhodog-naphalopsis é m u i t o p r ó x i m o das espécies de Bombacopsis subg. B o m b a c o p -sis, as d i f e r e n ç a s são os e l e m e n t o s vasculares mais c u r t o s ( 4 0 0 — 5 0 0 m i c r ô m e -t r o s c o n -t r a 5 0 0 - 7 0 0 m i c r ς m e -t r o s ) , as fibras t a m b é m mais c u r t a s ( 1 8 0 0 - 2 1 0 0
m i c r ς m e t r o s c o n t r a 2 5 0 0 - 3 2 0 0 micrς-m e t r o s ) e os p o r o s u micrς-m p o u c o micrς-mais nu-merosos. O gênero Rhodognaphalon, pela sua espécie R. brevicuspe R o b e r t , relacio-na-se c o m o Bombacopsis subg. Bomba-copsis p e l o c o m p r i m e n t o dos elementos vasculares ( 5 5 0 - 6 5 0 m i c r ς m e t r o s ) edas f i b r a s ( 2 5 0 0 — 2 9 0 0 m i c r ς m e t r o s ) , mas diferencia-se pela espessura das paredes das f i b r a s ( c o e f i c i e n t e de f l e x i b i l i d a d e de 6 0 — 70) e pela ausência de sílica no p a r ê n q u i m a . U m a o u t r a espécie, Rhodog-naphalon schumannianum A. Robyns, t e m t a m b é m as paredes das fibras delga-das e ausência de sílica n o parênquima, mas os seus e l e m e n t o s vasculares são mais c u r t o s ( 5 0 0 — 5 3 0 m i c r ς m e t r o s ) e as fi-bras são i g u a l m e n t e m a i s c u r t a s (cercade 2 0 0 0 m i c r ς m e t r o s ) . V e r tabela I.
A s s i m a a n a t o m i a d o l e n h o aceita m u i t o b e m a divisão d e A . R o b y n s do gé-n e r o Bombacopsis e m três gêgé-neros separa-d o s : Bombacopsis sensu stricto, Rhosepara-dog- Rhodog-naphalon e Rhodognaphalopsis, mas faz n o t a r q u e , Bombacopsis quinata, a única espécie de Bombacopsis sub. Aculeataeé mais p r ó x i m a d o g ê n e r o a f r i c a n o Rhodog-naphalon d o que das o u t r a s espécies ame-ricanas d o g ê n e r o Bombacopsis. Abaixo f o r n e c e m o s o e s q u e m a das afinidades bo-tânicas d a d o p o r R o b y n s ( 1 9 6 3 ) :
Pachira 4 • Bombacopsis 4 • Rhodognaphalon 4 •Rhodognaphalopsis
T e r i a , pela a n a t o m i a d o l e n h o , a f o r m a s e g u i n t e :
Bombacopsis Bombacopsis
Pachira
T A B E L A 1 - Relação de d i f e r e n c i a ç ã o entre os gêneros a b a i x o d i s c r i m i n a d o s
* C o m p r i m e n t o
dos vasos
Séries de p a r ê n q u i m a
C o n t e i parên Sílica
idos de :juima
Cristais
# C o m p r i m e n t o
das fibras
•
Espessu ra duas paredes
Coeficiente f l e x i b i l i d a d e
B o m b a c o p s i s
Sub.— Gên. B o m b a c o o s i s 5 0 0 - 7 0 0 (6) 8 - ( 1 0 )
+
— 2 6 0 0 - 3 2 0 0 2 6 - 3 0 1 3 - 2 4B o m o a c o p s i s
Sub. — Gên. Aculeatae 4 0 0 - 4 9 0 4 —
+
1 7 0 0 - 2 0 0 0 9 - 1 2 7 0 - 8 0R h o d o g n a p h a l o p s i s 4 2 0 - 5 0 0 <4) 6 - 8
+
—
1 8 0 0 - 2 1 0 0 2 0 - 2 6 1 4 - 2 0R h o d o g n a p h a l o n
brevicuspe 5 5 0 - 6 5 0 6 - 8
—
+
2 4 0 0 - 2 9 0 0 9 - 1 5 6 0 - 7 0R h o d o g n a p h a l o n
s c h u m a n n i a n u m 5 0 0 - 5 3 0 4 - 6 (8) —
+
1 9 0 0 - 2 1 0 0 8 - 1 2 6 4 - 7 4é possível agrupar c o m o u t r o gênero estu-d a estu-d o e sua posição estu-d o gênero Eriotheca é a m e l h o r . T o d a v i a sua madeira t e m de 6 — 8 células de p a r ê n q u i m a p o r séries o que indica u m a p e q u e n a d i f e r e n ç a e m relação às o u t r a s espécies de Eriotheca es-t u d a d a s que apresenes-tam g e r a l m e n es-t e 4 cé-lulas p o r séries c o m u m a p e r c e n t a g e m fra-ca de 6 - 8 células.
2.2) Divisão por Tribos
- H A M P E A E . Os gêneros Cavanilie-sia e Scleronema são m u i t o d i f e r e n t e s pela a n a t o m i a , o p r i m e i r o sendo d o t i p o das Ceibeae e o segundo d o t i p o das Catostemmateae, c o m o p a r ê n q u i m a
dis-p o s t o em linhas e faixas.
- M A T I S I E A E . Essa t r i b o t e m 2 gêneros m u i t o d i f e r e n t e s dos o u t r o s : Ma-tisia e Quararibea, a p r i n c i p a l d i f e r e n ç a é o t a m a n h o das p o n t u a ç õ e s intervascula-res de 2 — 4 c o n t r a 8 - 1 2 m i c r ô m e t r o s nos gêneros O c h r o m a e H u b e r o d e n d r o n . O gênero O c h r o m a é u m p o u c o d i f e r e n t e dos o u t r o s gêneros da f a m í l i a , t o d a v i a pe-la a n a t o m i a d o l e n h o ele se a p r o x i m a mais das (Ceibeae que o gênero Matisia d o t i p o das Matisieae. A m e s m a observação p o d e ser f e i t a para o gênero Huberoden-d r o n , mais p r ó x i m o Huberoden-de Gyranthera classi-f i c a d o nas Adansonieae.
- C A T O S T E M M A T E A E . M e t c a l f e e C h a l k ( 1 9 5 0 ) , descreveram o p a r ê n q u i -ma d o gênero Aguiaria s e m e l h a n t e ao d o gênero C a t o s t e m m a S e g u n d o R e c o r d & Hess ( 1 9 4 9 ) , a densidade de Aguiaria é cerca de 1,14 g / c m 3 , prova s u p l e m e n t a r que esse gθrero não e s t u d a d o a q u i deve ser classificado c o m o C a t o s t e m m a , cuja madeira p o d e a t i n g i r u m a densidade de 0 , 9 0 g / c m 3 o u mais.
- A D A N S O N I E A E . A e s t r u t u r a d o l e n h o dos gêneros estudados nessa t r i b o é m u i t o h o m o g ê n e a . Essa observação está de a c o r d o c o m as idéias dos b o t â n i c o s que classificaram c o m o B o m b a x sensu lato t o d o s os B o m b a x , Pseudobombax, Eriotheca, Bombacopsis, Pachira, R h o d o
-gnaphalopsis e Rhodognaphalon antes que R o b y n s ( 1 9 6 3 ) os dividisse através de pequenas características c o m o a estru-t u r a dos grãos de p ó l e n . Só o gênero Gyranthera é que n u n c a f o i classificado n o gênero B o m b a x p o r apresentar estru-tura a n a t ô m i c a u m p o u c o d i f e r e n t e .
— C E I B E A E . Os dois gêneros estu-dados, Ceiba e Chorisia, são m u i t o pare-cidos pela e s t r u t u r a d o l e n h o , por isso é m u i t o d i f í c i l e m e s m o impossível de se-pará-los através da a n a t o m i a d o lenho. Ver q u a d r o I.
2.3) Identificação dos Gêneros
Nessa f a m í l i a , em que as madeiras são de e s t r u t u r a h o m o g ê n e a , é difícil de separar a m a i o r p a r t e dos gêneros. Ma-c r o s Ma-c o p i Ma-c a m e n t e os gêneros Catostemma e Scleronema são i d e n t i f i c a d o s pelo pa-r ê n q u i m a e m linhas, faixas e vasicθntpa-rico a l i f o r m e , mas n u n c a subagregado. 0 gêne-ro Quararibea, apresenta raios m u i t o lar-gos e os p o r o s r e l a t i v a m e n t e pequenos e o gênero Matisia c o m os seus raios de dois t i p o s sobre a secção transversal. De fato, pode-se separar os gêneros c o m mais cer-teza c o m a u x í l i o de u m microscópio. A chave que f o i necemos a b a i x o não é cer
-t a m e n -t e i n f a l í v e l , p o i s -t e r í a m o s de es-tu- estu-dar m u i t a s espécies para caracterizar ca-da g ê n e r o , mas esperamos que ela seja eficaz para o r e c o n h e c i m e n t o dos géne-ros estudados.
1 - Pontuações m u i t o pequenas, menores
q u e 5 m i c r ô m e t r o s 2 — P o n t u a ç õ e s maiores de 5
micrôme-t r o s 3 2 - Poros mais de 1 5 0 •micrômetros de
d i â m e t r o . Raios de d o i s t i p o s distin-tos, os m u i t o largos 3—6 seriados, cerca de 1 0 - 1 3 p o r m m . . MATISIA — Poros de 9 0 - 1 4 0 m i c r ô m e t r o s de
d i â m e t r o . Raios largos de 5 - 1 0 célu-las, cerca de 2 - 4 p o r m m . QUARA-RIBEA 3 - P a r ê n q u i m a em linhas, faixas e