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A CONTRIBUIÇÃO DA FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM CRIANÇAS COM LEUCEMIA

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Revista UNIABEU Belford Roxo V.9 Número 21 JANEIRO-ABRIL de 2016

A CONTRIBUIÇÃO DA FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS

EM CRIANÇAS COM LEUCEMIA

Gabrielle Silva de Souza Freitas¹ Cíntia Gonçalves de² Maria Izabel Dias Miorin de Morais³

RESUMO: Este artigo teve como objetivo apontar as principais ações do fisioterapeuta nos

cuidados paliativos para o restabelecimento da qualidade de vida da criança com leucemia. Este estudo apresenta caráter teórico, exploratório com abordagem qualitativa. Através dos resultados obtidos a fisioterapia pode ser benéfica nos cuidados paliativos de crianças com leucemia, pois conta com um arsenal extenso de técnicas como a cinesioterapia, eletroterapia e hidroterapia, que possibilitam ao paciente passar menos tempo hospitalizado e mais tempo com a família e amigos.

Palavras-chaves: câncer; leucemia infantil; fisioterapia.

ABSTRACT: This article aims to point out the main actions of the physiotherapist in palliative

care for the restoration quality of life in children with leukemia. This study presents theoretical, exploratory qualitative approach. The results obtained physical therapy can be beneficial in palliative care for children with leukemia, because it has an extensive arsenal of techniques such as therapeutic exercise, electrotherapy and hydrotherapy that allow patients to spend less time in hospital and more time with the family and friends.

Keywords: cancer; childhood leukemia; physiotherapy.

1 INTRODUÇÃO

O câncer está sendo visto como a doença do século e poderá tornar-se a causa de maior mortalidade no mundo (VARELLA et al., 2014). Estimativas demonstram que o número de novos casos vem aumentando, em 2014 foram 11.370, sendo 5.050 em homens e 4.320 em mulheres (INCA, 2014). O câncer pediátrico representa de 0,5% a 3% de todos os tumores diagnosticados mundialmente (REIS, 2007), sendo os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC), sarcomas, linfomas e a leucemia os tipos de câncer com maior incidência em crianças (SIEGEL et al., 2015, pp. 5-29).

A leucemia é uma doença maligna originada na medula óssea, local de produção das células sanguíneas, que formam o tecido hematopoiético do organismo. As células acometidas são os leucócitos (glóbulos brancos). Ocorre a proliferação desordenada de leucócitos imaturos, ocasionando competição subsequente por elementos metabólicos. Isto prejudica a produção de células sanguíneas normais. Desta forma, as células jovens anormais passam a substituir os glóbulos brancos

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maduros, as hemácias e plaquetas gerando infecções frequentes, anemias e tendência hemorrágica, principais sintomas da doença (VARELLA et al., 2014) (CIPOLAT et al., 2011, pp. 229-236). A etiologia desta patologia ainda é desconhecida, porém, existem fatores que influenciam no seu desenvolvimento (PAIÃO, 2015, pp. 153-169), esses fatores podem ser tanto ambientais como genético (LINS, 2005).

Este câncer destaca-se como o mais comum em crianças, representando cerca de 94% dos tumores localizados no sistema hematopoiético e reticuloendotelial (INCA, 2011). A maior incidência ocorre em crianças com faixa etária entre 1 a 4 anos, tendo um declínio na faixa etária entre 5 a 9 anos em ambos os sexos, porém, possui maior frequência de acometimento no sexo masculino (REIS et al., 2007, pp. 5-15). O grau de morbidade e taxa de mortalidade vão depender do tipo e do desenvolvimento da doença, da idade da criança e da resposta inicial ao tratamento. Um diagnóstico precoce influencia no prognóstico do paciente, e na leucemia infantil ocorre uma grande dificuldade para realizar esse diagnóstico em uma fase inicial, pois os primeiros sintomas são os mesmos que acompanham grande parte das doenças infantis, tais como fadiga, palidez, anemia, febre e infecções (GOMES et al., 2014, pp. 1-10).

O tratamento da leucemia infantil pode ser realizado através da quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea (TMO), sendo este a melhor alternativa clínica para o tratamento das leucemias de alto risco. Porém, quando a doença é descoberta em uma fase mais avançada, a resposta ao tratamento torna-se mais difícil e a ocorrência de óbitos é inevitável (GOMES et al., 2014, pp. 1-10).

Com isso, surge a necessidade de inserir os cuidados paliativos para dar assistência aos pacientes em fase terminal (NASCIMENTO et al., 2013, pp. 2721-2728). Entretanto, esses cuidados não se destinam somente a pacientes na finitude. Crianças em condições crônicas ameaçadoras podem beneficiar-se deste tratamento em toda trajetória da doença (SILVA et al., 2015, pp. 56-62), pois o cuidado paliativo é utilizado para a prevenção e o alívio do sofrimento físico, psicossocial e espiritual, buscando proporcionar conforto e melhorar, o quanto possível, a vida do paciente (VARELLA et al., 2014).

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O envolvimento da equipe multidisciplinar no tratamento oncológico é de extrema importância, pois cada profissional contribui com técnicas específicas nos cuidados necessários para promover uma assistência completa (SILVA et al., 2008, pp. 504-8). O fisioterapeuta atua nos cuidados paliativos principalmente de maneira preventiva, a fim de evitar maiores complicações a partir de uma grande variedade de técnicas, além de contribuir com o aspecto psicossocial, restaurando o senso de dignidade, autoestima, e reinserindo o paciente em suas relações cotidianas (MARCUCCI et al., 2005, pp. 67-77).

Em todo o mundo, crianças de 0 a 14 anos são acometidas por diferentes tipos de câncer. Nos Estados Unidos, o câncer é a segunda causa de morte em crianças, sendo ultrapassado somente por acidentes, estima-se que 10.380 crianças serão diagnosticadas com câncer até o final de 2015, entre estas, 1.250 não irão sobreviver. A leucemia é responsável por 30% destes novos casos, dos quais 77% são leucemias linfóides; o cancro no sistema nervoso representa 26%; o neuroblastoma, 6% (SIEGEL et al., 2015, pp. 5-29). Porém, de acordo com o INCA (2014), a leucemia representa uma incidência de 25% a 35% na população infantil, enquanto os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum em países desenvolvidos. Já nos países em desenvolvimento, este tipo de câncer é o segundo maior em incidência. Diante do exposto, este trabalho justifica-se por indicar uma atribuição fundamental do profissional de fisioterapia no tratamento do paciente oncológico pediátrico. Portanto, o objetivo deste estudo foi apontar as principais ações do fisioterapeuta nos cuidados paliativos para o restabelecimento da qualidade de vida da criança com leucemia.

2 METODOLOGIA

2.1 Classificação do Estudo

Este estudo apresenta caráter teórico, exploratório com abordagem qualitativa, que consiste em se preocupar com as ciências sociais e uma realidade que não pode ser quantificada, aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas, não sendo perceptível e captável em equações médias e estatísticas. Porém, os dados quantitativos e qualitativos se complementam (MYNAIO, 2001). O conteúdo reunido e apresentado foi embasado em levantamento bibliográfico.

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2.2 Pesquisa Bibliográfica

As informações aqui contidas foram obtidas a partir de um levantamento bibliográfico em pesquisa de dados, sendo utilizadas as bibliotecas virtuais BIREME, MEDLINE, PUBMED, PERIODICOS CAPES, SCIELO e o site de busca Google Acadêmico para a coleta de dados, abrangendo literatura nacional e internacional sobre o assunto. A pesquisa bibliográfica foi realizada a partir dos seguintes descritores: câncer, leucemia na infância, cuidados paliativos e fisioterapia. Além disso, foram consultados livros disponibilizados na biblioteca da faculdade UNIABEU. Esta pesquisa bibliográfica foi realizada no período de fevereiro a outubro de 2015.

2.3 Análise Estatística

As informações pesquisadas, quando possível, foram transformadas em quadros, tabelas e gráficos, a fim de favorecer a organização e a comparação entre dados. Para isto, foi utilizado o programa Excel® como ferramenta, tanto para realizar as análises estatísticas que originaram os gráficos quanto para a comparação e ordenação dos dados tabelados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Relevância e sobrevida de crianças acometidas com diferentes tipos de câncer

O câncer tem ganhado relevância no Brasil, devido ao perfil epidemiológico que a doença vem apresentando. Desta forma, o tema conquista espaço nas agendas políticas e técnicas de todas as esferas de governo, bem como nas agências de fomento que financiam pesquisas no Brasil. O conhecimento adquirido sobre esta patologia permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma direcionada para a melhoria desse cenário na população brasileira (INCA, 2014).

A taxa de ocorrência do câncer varia de acordo com certos fatores, entre estes, o gênero é uma das características de influência, pois alguns estudos comprovam maior frequência da leucemia em crianças do sexo masculino (REIS et al., 2007, pp. 5-15). Além disso, a Síndrome de Down é outro fator que também aumenta a chance do desenvolvimento da leucemia. Segundo Paião (2012), algumas doenças hereditárias ou genéticas podem predispor a criança ao câncer. De acordo com Lins

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(2005), a síndrome de Down aumenta em 10 a 20 vezes o risco do desenvolvimento da leucemia na infância, sendo o fator associado mais comum a essa patologia. A incidência aumentada de leucemia linfoide aguda (LLA) também está documentada em outras doenças genéticas como Síndrome de Bloom, Anemia de Fanconi e ataxia-teleangiectasia (LICHTVANA, 2007).

Nas últimas décadas, o tratamento para leucemias obteve uma progressão considerável. Porém, as taxas de sobrevida possuem grande diferença entre as populações (Fig. 1), devido a diferença no acesso ao tratamento. Entre a população masculina dos Estados Unidos e da Europa Ocidental, a sobrevida em cinco anos é de 43%, enquanto para o Japão observa-se uma sobrevida de 25%; na América do Sul, 24%; na Índia, 19%; na Tailândia, 15%; e na África subsaariana, 14%. Nos locais com acesso ao tratamento, a sobrevida relativa em cinco anos, em crianças, alcança 80% (INCA, 2014).

Figura 1: Taxa de sobrevida de crianças com leucemia em diferentes regiões

Nos Estados Unidos foi realizado um estudo para avaliar a sobrevida de crianças com diferentes tipos de câncer ao longo de 35 anos (Fig. 2). Os tipos avaliados em diferentes tecidos foram a leucemia linfoide aguda (LLA); leucemia mieloide aguda (LMA); neoplasia de cérebro e sistema nervoso; linfoma de Hodgkin; outros linfomas; neuroblastoma; osteossarcomas, sarcomas e tumor de Wilms. Desses, o que apresentou maior taxa de sobrevida ao longo dos anos foi o linfoma de Hodgkin, seguido do tumor de Wilms, com taxas de 98% e 92%, entre os anos de 2004 e 2010, respectivamente. Os pacientes com LLA apresentavam taxa de sobrevida de 57% entre os anos 1975 e 1977. No entanto, no último período da

43 43 25 24 19 15 14 0 20 40 60 SOBREVIDA (%) R EG IÕ ES ÁFRICA SUBARIANA TAILÂNDIA ÍNDIA AMÉRICA DO SUL JAPÃO EUROPA OCIDENTAL ESTADOS UNIDOS

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pesquisa (2004 a 2010), esse percentual subiu para 92%, indicando o progresso científico no diagnóstico e tratamento desse tipo de câncer. Contudo, a LMA não apresentou o mesmo resultado, sendo a sobrevida de 19% em 1975, e de 66% em 2010 (SIEGEL et al., 2015).

Figura 2: Perfil de sobrevida (%) de crianças com diferentes tipos de câncer.

3.2 Intervenções Fisioterapêuticas nos Cuidados Paliativos

Os dados obtidos no estudo destacam diversas técnicas utilizadas pelos fisioterapeutas nos cuidados paliativos (Tab. 1), porém, neste estudo foram descritas as técnicas mais citadas na pesquisa realizada.

O quadro álgico é considerado a segunda maior queixa, entre pacientes que estão em estágio final da doença. Segundo Pena (2008), a dor oncológica ocorre em 54% das crianças hospitalizadas e em 26% das ambulatoriais. Dentre as etiologias possíveis, ela pode ser causada pela própria doença oncológica (37%), pela quimioterapia (41%), aspiração de medula óssea (78%) ou punção lombar (61%). O recurso fisioterapêutico mais utilizado para alívio da dor é a eletroterapia através da Eletroestimulacão Nervosa Transcutânea (TENS), utilizada para o controle da dor aguda e crônica, através de diferentes métodos como o TENS convencional, TENS

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de acupuntura, TENS breve intenso e TENS Burst. Vários relatos na literatura demonstram a eficácia do TENS na dor oncológica, apresentando respostas positivas ao tratamento desses pacientes. Com vários efeitos benéficos na utilização do TENS, temos também algumas contraindicações para pacientes oncológicos no uso dele: não devemos colocar sobre tecido neoplásico, pele desvitalizada após radioterapia, pacientes incapazes de compreender a natureza da intervenção ou de dar feedback sobre o tratamento (VILLANOVA et al., 2013, pp. 28-33).

Outra técnica fisioterapêutica muito utilizada no tratamento da dor oncológica é a cinesioterapia. Segundo Florentino (2012), a cinesioterapia, a qual utiliza movimentos como forma de tratamento, a partir de movimentos voluntários que proporcionam mobilidade, a flexibilidade, a coordenação muscular, o aumento da forca muscular e a resistência a fadiga.

Outros sintomas muito comuns que acometem crianças em fase terminal são os de caráter psicofísicos como o estresse e a depressão. Nestes casos, a fisioterapia contribui com técnicas que proporcionam o alívio desses sintomas através da hidroterapia Watsu, a qual consiste em uma técnica usada pelo fisioterapeuta, de forma passiva, com o objetivo de produzir relaxamento através da água aos pacientes com dores crônicas, depressão, estresse, insônia. Segundo Acosta (2010), com base em alongamentos musculares, o Watsu tem o intuito de desbloquear os canais de energia do corpo, podendo ter seus efeitos ampliados dentro da água aquecida, uma vez que a associação de calor e flutuação permite uma diminuição das tensões físicas e emocionais. A hidroterapia Watsu tem algumas contraindicações que devem ser avaliadas pelo fisioterapeuta, como incisões cirúrgicas recentes, alterações cutâneas, doenças de pele, hipotonia muscular severa, febre alta acima de 38ºC (BIASOLI 2006).

O sintoma mais prevalente relacionado ao câncer em fase terminal tem sido a fadiga, que pode estar relacionada com uma anemia ou distúrbio metabólico. Segundo Campos (2011), a fadiga relacionada ao câncer (FRC) é um dos sintomas mais prevalentes nesses pacientes, sendo reportada por 50% a 90% dos pacientes durante o curso da doença ou do seu tratamento, impactando na qualidade de vida de forma severa além de diminuir a capacidade funcional diária dos pacientes. Neste caso, o tratamento fisioterapêutico utilizado será o alongamento e massagens de alívio.

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As atividades lúdicas utilizadas com essas crianças amenizam o sofrimento hospitalar e criam um ambiente mais humanizado. Os recursos lúdicos incluem brincadeiras, jogos, livros, brinquedos, papéis, lápis de cor, música e dança. O brincar é uma estratégia importante para promover uma relação entre o fisioterapeuta e a criança, fazendo com que participem mais ativamente das atividades e se sintam acolhidas e preparadas para enfrentar o tratamento (PEDROSA et al., 2007, pp. 99-106).

Quadro 1: Condutas fisioterapêuticas nos cuidados paliativos da criança com câncer.

Disfunções Condutas

Dor Eletroterapia (TENS e CIV)

Terapia Manual Cinesioterapia Crioterapia Termoterapia

Estresse Terapia manual

Hidroterapia (Watsu)

Consciência corporal e relaxamento

Depressão Atividade física

Apoio emocional Síndrome do desuso Encurtamentos Descondicionamento Fraqueza muscular Fadiga Alterações posturais Úlceras de decúbito Alongamentos Atividade física

Exercícios ativos com peso leve a moderado Atividades funcionais Posicionamento Mudanças de decúbito Massagem de alívio Disfunções pulmonares Atelectasias Dispneia Secreção Mudanças de decúbito

Manobras de reexpansão pulmonar Incentivadores de fluxo

Exercícios respiratórios

Exercícios de controle respiratório e relaxamento Ventilação não-invasiva

Manobras de higiene brônquica Estimulação da tosse

Instrumentos de oscilação expiratória Aspiração

Disfunções neurológicas

Plegias e paresias Parestesias

Disfunções vesicais

Exercícios ativos e funcionais Treino sensitivo

Fortalecimento de períneo

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A progressão do câncer permanece alta. Em breve será a principal causa de morte no mundo. Contudo, os índices de sobrevida têm melhorado, apesar do diagnóstico ainda tardio em alguns países, por falta de divulgação da doença e acesso ao sistema de saúde, dificultando o tratamento e o prognóstico da doença.

A leucemia é o câncer mais comum na infância. Entretanto, esta patologia tem demonstrado melhora nas taxas de sobrevida; os pacientes com LLA e LMA apresentaram, entre os anos de 1975 e 2010, um aumento na taxa de sobrevida de 57% para 92%, e de 19% para 66%, respectivamente. Os cuidados paliativos são inseridos ao tratamento dessas crianças em qualquer fase da doença, sendo as técnicas fisioterapêuticas de extrema importância nesses cuidados.

A fisioterapia disponibiliza diversas técnicas, tais como a eletroterapia, hidroterapia, a cinesioterapia e as atividades lúdicas, que melhoram a qualidade de vida, através da prevenção e do alívio de sintomas, com o objetivo de que passem menos tempo hospitalizadas e mais tempo em casa com a família e amigos.

Cabe ressaltar que a carência de estudos voltados à relação do fisioterapeuta com crianças terminais dificultou a discussão dos resultados e, por essa razão, sugere-se que pesquisas similares sejam realizadas, contribuindo para a formação de um corpo de conhecimento na área.

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Recebido em: 16 de outubro de 2015. Aceito em: 09 de março de 2016.

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Figura 1: Taxa de sobrevida de crianças com leucemia em diferentes regiões
Figura 2: Perfil de sobrevida (%) de crianças com diferentes tipos de câncer.

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