DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS
PATRÍCIA
DUTRA DOS SANTOS
CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO: UMA ALTERNATIVA DE
INTERNACIONALIZAÇÃO PARA
PEQUENAS
E
MÉDIAS EMPRESAS
CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO: UMA ALTERNATIVA DE
INTERNACIONALIZAÇÃO PARA
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado A disciplina Monografia - CNM 5420, como requisito parcial para obtenção
do Grau de Bacharel no curso de Graduação
em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina — UFSC.
Orientador: Prof° Dr. Fernando Seabra
Área de Pesquisa: Economia de Empresas
Florianópolis
Trabalho
de Conclusão de Curso apresentado A. disciplina Monografia - CNM 5420, como
requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel no curso de Graduação em Ciências
Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
A Banca Examinadora resolveu atribuir a nota;5
à acadêmica
PATRICIA DUTRADOS SANTOS
na disciplina CNM 5420 – Monografia, pela apresentação deste trabalho.
Banca Examinadora:
Art4
v
-
Prof. Dr. Fernando Seabra
Departamento de Ciências Econômicas - UFSC
Orientador
nu/A,
Prof. Dr. João Rogério Sanson
Departamento de Ciências Econômicas - UFSC
Membro da Banca
Prof. D
Departament
de Ciências Econômicas - UFSC
—
ilberto Montibeller Filho
Membro da Banca
A
Deus, por acreditar que Ele seja o grande incentivador e responsável por todos os meus ideais, sonhos e objetivos alcançados.Agradeço também a compreensão, o carinho e o apoio incondicional de toda minha familia: minha mile Vera, Carlos, Luciano, Ana e especialmente minha querida irmã
Nathaly. Vocês foram muito importantes. Obrigada por tudo!
Ao Professor Dr. Fernando Seabra, a quem admiro e respeito, pela atenciosa orientação e comprometimento, tornando possível a realização deste trabalho.
Destaco ainda, a colaboração do Sr. João Alba, consultor de exportação da AMPEbr, pela atenção e contribuição no desenvolvimento desta pesquisa fornecendo informações, comentários e opiniões fundamentais.
As grandes amizades que se formaram no decorrer do curso: Jean, Francini, Michelline, Silvia, Tatiana e Eder. Obrigada pelo companheirismo e pelo apoio. Lembrarei sempre dos momentos que marcaram nossa jornada universitária. Valeu turma!
Em especial, ao meu querido amigo Rodrigo, pelo carinho, companheirismo, dedicação e compreensão. Sentirei saudades dos momentos em que estivemos juntos nesta caminhada, a qual proporcionou um forte lap de respeito e amizade. Obrigada por tudo que vivi e aprendi com você. Você sabe o quanto é especial!
des se chama ontem e o outro amanhã.
Portanto,hoje é o dia certo para
você amar, sonhar, produzir e acima de tudo acreditar..."
SANTOS, Patricia Dutra dos. Consórcio de Exportação: Uma Alternativa de
Internacionalização Para Pequenas
e
Médias Empresas. 2004. 128 fls. Trabalho deConclusão de Curso — Monografia (Graduação em Ciências Econômicas). Departamento de Ciências Econômicas, UFSC. Florianópolis, SC.
0 presente trabalho aborda a estrutura e a operacionalização das atividades voltadas ao comércio exterior e desenvolvidas pelo consórcio de exportação como alternativa de internacionalização para pequenas e médias empresas. Com base em revisão teórica a pesquisa contextualiza o fenômeno da globalização, seus impactos sobre a economia brasileira e os ajustes estratégicos implementados pelas empresas no que diz respeito ao processo de internacionalização empresarial, além de caracterizar os instrumentos de
marketing internacional que visam a inserção da empresa no comércio exterior. Diante da atual conjuntura econômica global, novos relacionamentos empresariais estão voltados integração e a formação de parcerias, obtendo melhores resultados do que de forma isolada. Diante das alternativas de internacionalização apresentadas a formação de consórcios de exportação é uma das formas mais profissionais e rápidas para a empresa ingressar no mercado internacional. 0 consórcio de exportação pretende proporcionar As empresas uma gestão profissional em comércio exterior, por ser caracterizado, segundo a APEX, como uma associação entre empresas independentes, de pequeno ou médio porte, com o objetivo de desenvolver em conjunto suas atividades de exportação, seja para um produto ou para uma cadeia produtiva. Quanto ao relacionamento, os consórcios podem ser plurissetoriais e monossetoriais, e quanto a finalidade, promocionais e operacionais. A pesquisa faz um breve relato sobre o consórcio de confecções Valley Way e apresenta o novo projeto elaborado pela AMPE de Brusque que tem por objetivo incentivar a inserção das PMEs no comércio exterior, contando com o apoio financeiro da APEX e com incentivos através de algumas parcerias, no desenvolvimento de atividades voltadas ao mercado externo.
Palavras-Chave: 1 — Pequenas e Médias Empresas 2— Internacionalização
Figura 2.1 — Fatores essenciais para a gestão empresarial 33
Figura 2.2 — Unido de empresas 38
Figura 2.3 — Conceitos centrais de marketing 40
Figura 2.4 — As variáveis do marketing 41
Figura 2.5 — Principais decisões no marketing internacional 44
Figura 3.1 — Funções dos consórcios 65
Figura 3.2 — Consórcio horizontal 72
Quadro 2.1 — Tipologia das empresas 27
Quadro 2.2 — Causas de mortalidade das PMEs 32
Quadro 2.3 — Principais formas de acesso ao mercado externo 46
Quadro 2.4 — Parâmetros da exportação 47
Quadro 3.1 — Pontos de fragilidade das empresas diante da exportação 56
Quadro 3.2 — Equívocos mais comuns no processo de exportação 58
Quadro 3.3 — Vantagens e limitações dos consórcios de exportação 75
Quadro 3.4 — Atividades de promoção da APEX 77
Quadro 3.5 — Classificação dos projetos oferecidos pela APEX 78
Quadro 4.1 — Segmento do consórcio Valley Way 84
Quadro 4.2 — Vendas realizadas pelo Consórcio Valley Way 85
Tabela 2.1 — Número
de empresas exportadoras segundo
otamanho da firma
30Tabela 2.2 —
Valor exportado segundo
otamanho da firma
30APEX — Agência de Promoção de Exportações do Brasil
AMPEBR — Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque
BNDES — Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAMEX — Camara do Comércio Exterior
CIN — Centro Internacional de Negócios
FIESC — Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
FUNCEX — Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior
MERCOSUL — Mercado Comum do Sul
MDIC — Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MRE — Ministério das Relações Exteriores
PA — Projeto APEX
PEC — Projeto de Apoio As Exportações de Consórcios
PFC — Projeto de Formação de Consórcio
PH — Projeto Horizontal
P1— Projeto Isolado
PSI — Programa Setorial Integrado
PMES — Pequenas e Médias Empresas
SECEX — Secretaria de Comércio Exterior
SEBRAE — Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas
SENAI — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SENAC — Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
1 INTRODUÇÃO
131.1. Contextualização do Tema e do Problema 13
1.2. Justificativa e Importância do Trabalho 19
1.3. Objetivos 22
1.3.1 Objetivo Geral 22
1.3.2 Objetivos Especificos 22
1.4. Metodologia 23
1.5. Estrutura do Trabalho 24
2 OS IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO
E
OS AJUSTES
ESTRATÉGICOS IMPLEMENTADOS PELAS PMEs QUE VISAM 0
ACESSO AO MERCADO EXTERNO
252.1 Globalização e Pequenas e Médias Empresas 25
2.2 0 Papel das PMEs no Comércio Exterior Brasileiro 27 2.3 0 Comportamento das Empresas de Pequeno Porte em Santa Catarina 31
9.4 Diagnóstico das Exportações Catarinenses 33
2.5 A Inserção Internacional da Empresa 35
2.6 Estratégias de Marketing 39
2.6.1 0 Marketing Internacional 42
2.6.2 Instrumentos de Marketing Internacional 44
2.6.3 A Formação de Consórcios de Exportação 48
2.6.4 Considerações sobre Comunicação e Promoção 49
3 CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO:
UMA ALTERNATIVA PARA
A
PEQUENA
E
MÉDIA EMPRESA
533.1 PMEs diante da Alternativa de Exportação 53
3.2.1 Consórcio de Exportação — Definições 61
3.2.2 Etapas para Criação de um Consórcio 64
3.3 Tipos de Consórcios 66
3.3.1 Consórcios Promocionais 68
3.3.2 Consórcios Operacionais 70
3.3.3 Consórcios Monossetoriais 71
3.3.4 Consórcios Plurissetoriais ou Multissetoriais 73
3.4 Vantagens e Limitações dos Consórcios 74
3.5 0 Papel da Agência de Promoção de Exportação do Brasil 76
4 0 CONSÓRCIO
DE
EXPORTAÇÃO
VALLEY WAY
E 0
PROJETO
VOLTADO À
INSERÇÃO
DAS
PMES TÊXTEIS
DE BRUSQUE NO
COMÉRCIO
EXTERIOR
814.1 A Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque 81
4.2 Breve Relato sobre o Consórcio Valley Way 83
4.2.1 A Atuação do Consórcio Valley Way 83
4.2.2 Problemas Encontrados pelo Consórcio Valley Way 86
4.2.3 0 Bloqueio do Consórcio 88
4.3 0 Projeto Elaborado pela AMPE de Brusque 90
4.3.1 Características do Projeto 91
4.3.2 Considerações sobre os Principais Pontos do Projeto 93
5 CONCLUSÃO
98REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
102I INTRODUÇÃO
1.1 Contextualizaeão do Tema
e
do ProblemaO fenômeno da globalização tem sido responsável por profundas e freqüentes mudanças no cenário econômico internacional, impondo um ritmo acelerado ao processo de integração comercial entre os mercados e exigindo um melhor desempenho das empresas diante do comércio exterior.
Sendo assim, a dinâmica das transformações econômicas pressiona o mercado internacional a adotar exigentes padrões de competitividade nas estruturas organizacionais, buscando constantemente vantagens competitivas para empresas que acompanham este ritmo e aprimoram sua gestão empresarial, uma vez que a globalização não dá chances a empresas desatualizadas e despreparadas.
Este fenômeno global é caracterizado por constantes mudanças politicas, sociais e econômicas, refletindo seus impactos na sociedade e nas empresas que se encontram obrigadas a implementar um novo padrão de organização, produção e gestão. Nesta mesma direção, a internacionalização da economia resulta no incremento de ações que visam o melhor comportamento dos agentes diante das oportunidades oferecidas pela conjuntura econômica atual:
A abertura econômica favorece a manutenção, no mercado global, de empresas competitivas e com vantagens de capacitação tecnológica, gerencial e produtiva. Fatores estes nem sempre presentes na estrutura organizacional de pequenas empresas.
Pelo comércio internacional de bens e serviços, e via fluxos monetários internacionais, as economias dos diferentes países estão mais inter-relacionadas do que jamais estiveram anteriormente, [...] acompanhar o movimento do ambiente internacional tornou-se uma atitude central tanto da estratégia econômica como da política econômica nacional (KRUGMAN e OBSTFELD, 1999, p.1).
No entanto, as diferenças ou deficiências econômicas entre os países são importantes para influenciar uma interação comercial entre os mesmos, uma vez que este comércio é mutuamente benéfico. Esta interação faz com que os países se especializam na produção de algum bem para através de vantagens comparativas, estabelecerem comércio com outro pais que tenha deficiência na produção de outro produto e assim poderem trocar bens e serviços.
A essência das vantagens comparativas no comércio internacional mostra que o comércio entre dois países pode beneficiar ambos os países, se cada um produzir os bens nos quais possui vantagens comparativas (KRUGMAN e OBSTFELD, 1999 p.15). 1
Desta forma, busca-se oferecer a possibilidade de um mutuo beneficio na reorganização mundial, uma vez que dada uma produção maior, é possível a principio elevar o nível de renda de cada indivíduo.
Para compensar a grande competitividade existente e favorecer vínculos entre empresas de economias distintas e internacionalizadas, Baumann (1996) discorre que, os tipos de formas de associação entre as empresas são cada vez mais variados, desde participações acionárias a associações (joint ventures2), exploração de franquias, e acordos de subcontratação, entre outros.
Segundo Casarotto (1998), "quando se passa a falar em negócios e não mais em fábricas isoladas, uma forma de diminuir riscos e ganhar sinergia é através da formação de alianças entre empresas, especialmente as pequenas".
Desta forma, Roberts e Tybout (1997) afirmam que "L.] torna-se necessário investigar os fatores de competitividade que efetivamente contribuam para a produção exportável por parte das firmas existentes ou mesmo pela entrada de novas empresas nas vendas externas".
Entretanto, "[...] os processos de mudança desencadeados pela liberalização comercial e pela integração econômica, devem ser enfocados nos aspectos setoriais, e nos movimentos de entrada, saída e permanência de empresas nas atividades exportadoras". (ROBERTS e TYBOUT, 1997, p. 58).
Para Keegan (1999) 3, "o mercado globalizado, a crescente competição entre as empresas e as oportunidades apresentadas pelos diversos mercados mundiais tem levado as empresas a atuar fora de seu mercado de origem". 0 mercado local é restrito e o global apresenta melhores perspectivas de crescimento. [...] as empresas que não responderem aos
2 Cfe Minervini (2001), é um contrato entre duas partes para criar uma associn.lio entre empresas, com
objetivo comum e vantagem reciproca na finalidade de concretizar negócios por tempo definido ou indefinido.
desafios e oportunidades da globalização serão absorvidas por outras, mais dinâmicas, ou simplesmente desaparecerão".
Diante disso, a conveniência de se estabelecer uma política de promoção comercial centrada nas firmas, incluindo as pequenas e médias empresas (PMEs), esta sustentada na evidência a que chegaram Keesing e Lail (1992), segundo a qual a eficácia de um programa de promoção comercial externa depende da existência de serviços de consultoria técnica que contribuam, em primeira instancia, para "o aprimoramento das habilidades e da competitividade da oferta exportável" de empresas com motivação para realizar negócios no mercado externo, em última instancia, para desenvolver as atividades de marketing internacional.
Com o foco de atuação centrado na exploração do mercado externo, as ações de planejamento de marketing internacional despontam com especial atenção, uma vez que o mesmo caracteriza uma importante ferramenta de aplicação gerencial no processo de internacionalização e no planejamento empresarial das PMEs.
Neste ritmo acelerado e globalizado, os avanços tecnológicos não obedecem a fronteira de um pais, tampouco tem nacionalidade. Os países que têm melhores resultados no comércio internacional são aqueles em que os executivos traçam políticas visando manter vantagens competitivas no cenário mundial, através de planejamento, estratégias de marketing, capacitação tecnológica, pesquisa e desenvolvimento etc.
Sendo assim, é fundamental que associações, federações e instituições atuam de forma ativa no envolvimento de forma cooperativa e no desenvolvimento de medidas que visam a internacionalização dessas empresas de pequeno porte, dando orientação, estrutura, preparação e administrando atividades direcionadas ao comércio exterior.
Ou seja, ações que visam a reformulação na estratégia empresarial destas pequenas organizações com a adoção de instrumentos de marketing internacional através da gestão da exportação, a qual proporcionará um melhor desempenho A empresa diante das oportunidades oferecidas pelo comércio exterior.
Diante dos desafios encontrados, algumas alternativas de inserção internacional como estratégia de exportação para as PMEs, são interessantes, devido A suas características e peculiaridades existentes. Uma das alternativas existentes é a formação de consórcios de exportação — entidade esta constituída como uma associação sem fins lucrativos na qual as empresas atuam em conjunto no desenvolvimento de atividades voltadas ao comércio exterior, juntando sinergias, aumentando a competitividade e reduzindo os riscos e custos do processo de internacionalização.
Vale ressaltar que, no mercado interno estas empresas continuam atuando de forma individual, sendo em muitos casos concorrentes entre si. Com a participação em consórcios de exportação, elas adquirem vantagens competitivas que também favorecem, de forma direta, o desempenho no mercado doméstico 4.
40 termo "doméstico" refere-se a "local" e não a familiar, como em geral é utilizado (KRUGMAN, 1999. p
As empresas
têm condições
de interagir de diferentes formas. Nesteestagio,
permanecendo inalterados outros fatores, o poder de
monopéolio5
é menorquando
as companhias competem agressivamente e maiorquando
cooperam entre si.A forma de interação entre as empresas é também um importante — is vezes o mais importante fator determinante do poder de monopólio. Suponha que existam quatro empresas atuando em um mercado. Elas poderiam estar competindo agressivamente entre si e procurando vender abaixo do valor da concorrência, para obter fatias adicionais do mercado; isto provavelmente faria com que os preços caíssem a níveis quase competitivos. Cada empresa teria receio de aumentar seu prego, temendo que valores inferiores aos da concorrência pudessem reduzir sua fatia de mercado, fazendo com que passasse a ter pouco ou nenhum poder de monopólio. Por outro lado, as empresas poderiam não estar competindo muito, e até estarem em conluio (violando a legislação antitruste). Numa situação extrema, poderiam formar um cartel, concordando explicitamente em limitar os níveis de produção e aumentar unilateral, apresentando maiores probabilidades de lucro, portanto o conluio pode gerar um substancial poder de monopólio (KRUGMAN e OBSTFELD, 1999, p.450).
Enfim,
para prosperar em um mundo demudanças
abruptas, de novas forças e perigos emergentes e de influências imprevistas do exterior, as empresas precisampreparar-se e desenvolver respostas ativas. Precisam ser imaginadas novas estratégias, ser feitos novos planos e ser mudada a maneira de fazer negócios. Para continuar como agentes na economia mundial, os governos, as empresas e os indivíduos precisam responder agressivamente com
inovação,
aperfeiçoamento dos processos e criatividade.5 Conforme Paulo Sandroni — Dicionário de Economia — refere-se a ulna forma de organização de mercado,
1.2 Justificativa e Importância do Trabalho
Atualmente, uma das grandes dificuldades das pequenas e médias empresas é a falta de conhecimento frente ao comportamento do comércio internacional, que a priori é visto como uma alternativa inerente as grandes organizações.
Entretanto, o potencial de exportação não pode ficar limitado somente as grandes empresas, uma vez que o Brasil busca aumentar a sua base exportadora para aproximar-se dos países desenvolvidos, ganhar competitividade no mercado e também atrair mais divisas para honrar seus compromissos.
Conforme Carvalho Jr. e Nassif
et al
(1999), "a existência de empresas que entram e abandonam com freqüência o mercado sugere a pertinência de se implementar políticas e medidas que tenham como objetivo a retenção das mesmas na comercialização externa e no reconhecimento de seus produtos, de modo a aumentar a competitividade internacional."0 comércio exterior reúne um conjunto de técnicas e exige uma permanente
atualização que tornam obrigatória a profissionalização de suas atividades. Um departamento de exportação profissional custa caro, impedindo as pequenas e médias empresas de assumir seus custos e de garantir o período de maturação e de estudos necessários até o inicio do retorno que pode produzir (MACIEL e LIMA, 2002, p.63).
"A
situação econômicado Brasil,
indicaforte
tendência governamental ao fomento e apoioAs
exportações. Esse fato representa interessante oportunidadeAs
empresas que mantêm instrumentos eficientes e eficazesde
informação, inovação e qualidade [...]" (CASAROTTO, 1998, p.56).Diante disso,
a
alternativade
internacionalização atravésde
consórciosde
exportação oude
projetos que unem esforços entre empresas é uma interessante estratégia empresarial, alémde
ser umanova
tendênciano
mercado, ajustandoas
possibilidades individuaisde
cada empresa e implementando instrumentos em conjunto parase
obter o melhor desempenhono
comércioexterior.
Para
alcançar estes objetivos é necessário quea
gestão empresarial adote medidas para corrigir algumas falhas existentesno
cenário comportamental das PMEs comoa
faltade
cultura exportadora, hajavista
quea
mesma vemde
encontro coma
idéiade
que o consórciode
exportação éum
laboratório para o desenvolvimento eum
aprendizado para os empresários envolvidos aperfeiçoarema
gestão empresarialno
cumprimento das exigências impostas pelo comércio internacional, obtendo destaforma
competitividadeno
mercado interno e externo.O
desenvolvimento das atividades de marketing internacional oferece oportunidades crescentes, integrando conhecimentos do mundo todo, construindo e fortalecendoa
posição competitiva.As
empresas que dependem substancialmentede
longos processosde
produção podem expandiras
suas atividades muito alémdos
seus mercados domésticos e beneficiar-sede
alcançar muito mais clientes.considerando que empresas
e indivíduos
são afetados direta ou indiretamente pelos acontecimentos econômicose
politicos que ocorrem no mercado internacional.No Brasil,
o
reflexo da globalização cada vez mais acentuado, está pondo em questionamento a competitividade das pequenas empresas do pais, sejam elas de qualquer dimensão ou setor, pois estão inseridase
competindo num mercado internacionalizado.Evidentemente não basta ter um bom produto
e
preço adequado para a empresa conseguir conquistar clientes pelo mundo afora. Antes de explorar novos mercados, esta precisa estar preparada para participar do disputadíssimo jogo do comércio exterior.Entretanto,
o
processo de exportação não deve ser encarado como uma simples estrutura de vendas excedentes para evitar a falência ou para fugir de oscilações nas políticas macroeconômicas,e
sim como um processo de aperfeiçoamento na estrutura da empresa, no conhecimento do mercadoe
na gestão empresarial em busca de constantes vantagens competitivas.Este tipo de orientação
e
capacitação empresarialserá
necessário parao
desenvolvimento das PMEs de Brusque, considerando a grande
importância
que estas empresas representam para a economia regionale
nacional. Através de atividades direcionadas ao comércio exteriore
desenvolvidas pela Associação das Microe
Pequenas Empresas de Brusque (AMPE) juntamente como
apoio financeiro da APEX6, estas empresas poderão desenvolvere
aprimorar suas vantagens, atuando de forma competitiva no mercado externoe
no mercado doméstico.A
importância
deste trabalho é justificada, portanto, pelo fato de apresentar todas ascaracterísticas e
aspectos relevantes que envolvem os consórcios de exportação, como nova tendência de mercado no sentido de incentivar a formação de parcerias entre empresase
aimplantação de programas com atividades que aprimoram
a
capacitação gerencial e a gestão voltada A internacionalização da empresa.1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Discutir a estrutura e a operacionalização das atividades voltadas ao comércio exterior e desenvolvidas pelo consórcio de exportação como alternativa de internacionalização para pequenas e médias empresas.
1.3.2 Objetivos Específicos
a) Avaliar os instrumentos de marketing internacional que visam a inserção da pequena e média empresa no comércio exterior;
b) Caracterizar as condições de acesso ao mercado externo para empresas de pequeno e médio porte através dos consórcios de exportação, considerando o seu histórico, os tipos, as vantagens, as atividades realizadas e características adicionais;
1.4 Metodologia
Para que fossem alcançados os objetivos deste trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas, pesquisa de campo, coleta de dados secundários e entrevistas com pessoas que vivenciam na pratica as experiências relacionadas ao fenômeno em estudo, no âmbito das organizações.
0 método de abordagem utilizado foi o da pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, tornando possível identificar, avaliar e analisar as características que envolvem o fenômeno de pesquisa, ou seja, os consórcios de exportação.
A fim de contextualizar a economia brasileira no comércio exterior, o comportamento das empresas e sua internacionalização, o processo e alternativas de inserção na economia internacional através de instrumentos de marketing internacional e outros aspectos pertinentes ao tema chave deste trabalho, empreendeu-se extensa pesquisa de fontes indiretas e secundarias.
Assim foram examinados livros, revistas, apostilas, artigos, jornais, periódicos especializados, dissertações, monografias, sites de instituições e órgãos governamentais e não governamentais na Internet, fontes documentais, contatos telefônicos e por interne com Associações, Sindicatos e Federação das Indústrias.
1.5 Estrutura do Trabalho
0 presente trabalho encontra-se organizado da seguinte forma:
Na primeira seção desenvolveu-se a introdução com a contextualização do tema pesquisado e sua justificativa, incluindo os objetivos geral e especifico, a metodologia aplicada e em seguida a organização do trabalho.
Para dar sustentação ao estudo realizado, a segunda seção aborda os principais conceitos referentes ao comércio exterior, ao comportamento e desempenho das PMEs no cenário econômico, relatando ainda os instrumentos de marketing internacional que visam o acesso ao comércio exterior, além de outros aspectos pertinentes ao fenômeno em estudo.
A terceira seção envolve o principal tema de pesquisa, ou seja, os consórcios de exportação como alternativa de acesso ao comércio internacional para PMEs, considerando suas principais características e outros aspectos relevantes.
Os resultados da entrevista realizada na AMPE de Brusque encontram-se na quarta seção, com ênfase ao projeto elaborado por esta associação.
2 OS IMPACTOS DA GLOBALIZAÇÃO E OS AJUSTES
ESTRATÉGICOS IMPLEMENTADOS PELAS PMEs QUE VISAM O
ACESSO AO MERCADO EXTERNO
0 objetivo desta seção é contextualizar o fenômeno da globalização e entender seus impactos sobre as PMEs e os ajustes estratégicos implementados pelas mesmas, no que diz respeito ao processo de internacionalização. Considerando os instrumentos de marketing
internacional que visam a inserção da empresa no comércio exterior.
2.1 Globalização e Pequenas e Médias Empresas
0 Brasil, no inicio da década de 1990, inicia um processo de mudanças da política econômica nacional e de suas estratégias de inserção na economia internacional, visando recuperar os espaços perdidos e projetar um novo cenário de orientação estratégica para ajustes do setor produtivo nacional aos novos desafios e oportunidades trazidas pelas grandes transformações da conjuntura econômica globalizada.
Diante do fenômeno da globalização, muitos são os conceitos e referências existentes, haja vista que o mesmo passou a ser uma expressão corrente na literatura e no noticiário cotidiano.
0 processo de globalização reflete na implementação das estratégias de empresas de pequeno porte que visam a exploração dos mercados de forma cooperativa:
Analisando a globalização em sua forma dinâmica é possível observar que a capacidade também dinâmica dos sistemas locais com ambientes inovadores é projetada naturalmente para o exterior. As micros e pequenas empresas empenhadas na diferenciação de seus produtos em qualidade e se organizando coletivamente, são uma forma eficaz de globalização coletiva territorializada (BENKO, 1999 apud TOMELIN, 2000, p.4).
Conforme Veiga
e
Markwald (1998), "a ascensão das pequenase
médias empresas enquanto estruturas eficientes de produção está relacionada A nova funcionalidade econômica exigida pela superação do pós-fordismoe
pelo advento da especializaçãoflexível".
Na visão de Carvalho Jr.
e
Nassif (1999), caberá as empresas (sejam pequenas, médias ou grandes)o
papel fundamental de implementar mudanças futuras no padrão exportador. No entanto, diante da coexistência de empresas exportadorase
não-exportadoras,o
papel dapolítica
comercial consiste em propiciaro
alargamento da base produtiva voltada para as atividades comerciais externas.No Brasil, as PMEs carecem de capital, têm dificuldade de acesso aos avanços tecnológicos
e
grande parte de seus proprietários não está
preparada para enfrentar os novos desafios inerentes A abertura de mercados.local). Atuando em conjunto, as PMEs estarão fortalecidas e em melhores condições de competir com
as
potencialidades do primeiro mundo, do que de forma isolada.importante ressaltar que, "mesmo que ela tenha um mercado local, não está livre de, a qualquer momento, ser atropelada por uma empresa do exterior, em seu tradicional mercado" (CASAROTTO, 1998, p.23).
2.2 0 Papel das PMEs no Comércio Exterior Brasileiro
As empresas podem ser divididas quanto ao ramo de atividade em que atuam. Para o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequena Empresa (SEBRAE), as empresas variam de acordo com o ramo de atividade, a saber: empresas industriais, empresas comerciais e empresas de prestação de serviços.
Ainda podem ser divididas quanto ao seu porte, que variam entre micro, pequena, média e grande empresa. Várias entidades utilizam formas distintas para classificar o porte das empresas. 0 SEBRAE utiliza os critérios definidos pela Lei N° 9.841 de 5 de outubro de 1999, para identificar as micro, pequenas
e
médiasempresas.
Quadro
2.1 —
Tipologia das empresasTamanho Número de Empregados
Indústria
Comércioe
ServiçosMicro
1a
19 1a 9
Pequena
20 a 99 10a 49
Média
100a499
50 a 99Grande
Mais de
500Mais de
100Seguindo
oexemplo de
paísesdesenvolvidos, nos
últimostempos, governos de
paísesemergentes
têmdirecionado
ofoco de suas
açõespara a
inserçãodas
PMEsno
comércio internacional.
0foco
estávoltado principalmente para a
incorporaçãodas micro,
pequenas
emédias empresas, cada vez em maior volume espalhadas por todo
o territórionacional. No que tange ao crescimento das
exportaçõesbrasileiras, a implementação de
estratégias, tanto para as
empresasquanto para
ogoverno,
sãode extrema
importância.Para as empresas, exportar
significamelhorar a rentabilidade das
operações,maior
produtividade, diminuição da carga
tributária, reduçãoda dependência das vendas
internas,experiência pela
atuaçãoem outros mercados, estimulo para aumentar a eficiência
ea
competitividade, aperfeiçoamento de recursos humanos
edos processos industriais, além de
mitigar riscos.
No lado do governo,
oaumento nas
exportaçõescontribui para a
obtençãode
superávit
na balança comercial, aquecimento da economia
eaumento na criação de
empregos
formais.
No Brasil, existem aproximadamente quatro
milhõesde empresas, sendo que
98% sãode pequeno
emédio porte, que respondem por apenas
20%do PIB.
0 númerode
empresas exportadoras, que em algum momento exportaram mercadorias, evolui de cerca
de
6mil, em
1976,para cerca de
16 800mil, em
2001,representando aproximadamente
0,4%das empresas existentes no Pais. No entanto, cerca de
97empresas de grande porte
foram
responsáveispor
53%das
exportaçõesem
20007.7 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior — MDIC. Disponível em
Diante das
políticas
implementadas pelo governo, as diretrizes estão voltadas para a busca da evoluçãoeconômica
do pais, no sentido de expandir ainda mais as exportações, diversificar os mercados, ampliar a pauta exportadora com produtos de maior valor agregadoe
aumentaro
número de empresas exportadoras.Conforme Veiga
e
Markwald (1998), "a evolução das exportações brasileiras noperíodo
1990/96 destaca dois fatos relevantes: (i) a elevada concentração dos fluxos de exportação nas empresas de maior tamanho;e
(ii)o
explosivo aumento no número de PMEs voltadas parao
mercado externo, mas com reduzido impacto na participação dessas empresas no volume de exportação".As políticas de exportação para as PMEs se legitimam A.. luz (i) de problemas
específicos que as PMEs enfrentam para entrar na atividade exportadora e para ampliar suas vendas externas e (ii) da constatação de que booms exportadores
incluíram a irrupção entre as firmas exportadoras, de um número significativo de novas empresas, inclusive PMEs (ROBERTS e TYBOUT, 1997 apud VEIGA e MARKWALD, 1998, p.7).
necessidade de se estabelecer uma estrutura de implementação coordenada de ações voltadas para a participação das PMEs na exportação, com o objetivo de suprir falhas de mercado que tornam a entrada e a permanência destas empresas na atividade exportadora custosa e arriscada" (VEIGA e MARKWALD, 1998, p.11).
Na Italia
e
Estados Unidos, por exemplo, aunido
de pequenas empresas emconsórcio
resultou emforça
exportadora, surgindoo
centro industrial deMilão.
Atualmente, estas empresassão responsáveis
por mais de50%
dasexportações
daquele pais.O
número
de empresas brasileiras exportadoras segundoo
tamanho da firma, noperíodo
de1997
a2001,
encontra-se na Tabela abaixo:Tabela 2.1 — Número de empresas exportadoras segundo
o
tamanho da firma.Tamanho 1997 1998 1999 2000 2001
Micro 5.286 5.553 6.343 6.513 6.208
Pequena 3.992 4.114 4.442 4.784 4.866
Média 3.022 2.978 3.086 3.226 3.294
Grande 1.197 1.130 1.125 1.160 1.142
Não classificado 353 191 172 333 1.311
TOTAL 13.850 13.966 15.168 16.016 16.821
Fonte: SECEX/FUNCEX/MDIC.
A Tabela
2.2
apresentao
volume deexportação
queo
pais registrou noperíodo
de1997
a2001,
considerandoo
porte das empresas envolvidas:Tabela 2.2 —
Valor exportado segundo o tamanho da firma.Tamanho 1997 1998 1999 2000 2001
Micro 3.732,8 4.045,6 3.247,3 3.131,8 3.329,4
Pequena 5.529,7 4.471,7 4.084,8 4.272,8 4.378,1
Média 9.374,6 9.643,8 9.066,8 9.451,9 9.782,4
Grande 34.312,7 32.893,0 31.540,9 38.162,2 40.262,8
Não classificado 36,1 52,0 55,7 41,9 386,5
TOTAL 52.985,9 51.106,0 47.995,5 55.060,6 58.139,3
Conforme Carvalho Jr. e
Nassif (1999),
asexportações
dasPMEs contribuíram,
entre1990
e1996,
de 4% a7%
do total exportado, sendo que2.191
atuaram noMercosul
(principal mercado deatuação), 1.400
exportaram para aALADI8
e um pouco mais de1.100
para aUnido
Européia.O
balanço
final entre os estímulos e asrestrições
que o comércio colocará para o crescimento econômicodependerá
das respostas em termos de investimento local pelos agentes privados e,conseqüentemente,
da maior ou menor capacidade que demonstrarem as políticasmacroeconômicas
e a política industrial para maximizar ousufruto
das oportunidades oferecidas pelo comércioexterior9.
2.3
0Comportamento
das Empresas de Pequeno Porte em Santa CatarinaDados de uma pesquisa inglesa divulgada pelo
SEBRAE
revelam que,54%
das empresas de pequeno porte abertas no Brasilsão
criadas,não
por oportunidades denegócios,
mas por falta deopção
deempregabilidade
formal. Este acaba sendo um dos fatores principais para o alto índice de mortalidade das empresas, uma vez que isso compromete o sucesso das mesmas por falta de planejamento adequado.A partir da
realização
de pesquisas, oSEBRAE
informa que, o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas em Santa Catarina é de43%,
sendoresponsável
por uma perda de quase70
milhões de reais por ano no Estado.8 Associação Latino-Americana de Integração.
9 BRASIL. Ministério das Relações Exteriores — MRE. Disponível em http://www.mre.gov.bricomércio
Vale ressaltar que, mais de 22 mil postos de trabalho desaparecem anualmente por conta do fechamento dos pequenos negócios10. Apesar de alarmantes, as médias percentuais do Estado são inferiores As nacionais. No Brasil, 60% das micro e pequenas empresas fecham com menos de um ano de atuação.
Neste sentido, alternativas são criadas para garantir a sobrevivência das empresas sendo que algumas micro e pequenas empresas apostam nas incubadoras que asseguram infra-estrutura e consultoria até que a empresa se firme no mercado.
Das cerca de 200 mil micro e pequenas empresas existentes no estado, apenas 40 mil são filiadas a alguma entidade. Com o associativismo, os empresários têm mais informações, cursos de aperfeiçoamento e acesso As alternativas de crescimento, compartilhando dificuldades para ajudar a diminuir as causas de mortalidade que levam empresas a não darem continuidade As suas atividades no mercado:
uadro 2.2 —
Causas de mortalidade das
PMEso Falta de experiência e treinamento para a atividade que se vai desenvolver; o Falta de disciplina e organização;
o Desconhecimento ou desconfiança de entidades que podem ajudar no começo; o Falta de poder contratual com os fornecedores, clientes, bancos, instituições; o Capacidade produtiva insuficiente;
o Recursos humanos inadequados;
o Superestimação do mercado, sem ter realizado uma pesquisa; o Falta de um mínimo plano de trabalho;
o Visão muito a curto prazo;
o Desconhecimento de metodologia moderna de trabalho;
ci Incapacidade de criar alianças, por excesso de zelo e individualismo. Fonte: Minervini (2001).
Capacidade Gerencial
Conhecimento
do
Negócio"[...] a alternativa consórcio poderia, com certeza, reduzir a mortalidade infantil das empresas, pois ele reduz os custos, os riscos e,
o
mais importante, com ele se aprende em conjunto" (MINERVINI, 2001).Neste sentido, a chave do
êxito
para qualquer empreendimentoé o equilíbrio
entre os fatores demonstrados na Figura 2.1:Figura 2.1 — Fatores essenciais para a gestão empresarial.
Capacidade
Empresarial
Fonte: Minervini (2001).
Para atingir um mercado exportador
é
necessário ter preço, qualidadee
capacidade de fornecimento: três itens dificeis de serem alcançados pelo pequeno empresário. necessário uma ampla capacitação deste empresariado em cultura de comércio exterior,e
vivência de atividades em conjunto buscando um espirito associativista,
e
minimizando os indices de mortalidade das empresas.2.4 Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense"
I' SANTA CATARINA. Sistema FIESC. Noticias de 27 de junho de 2003. Disponível em
O último diagnóstico do setor exportador catarinense de 2003 foi lançado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), o qual reuniu a participação de empresas de 14 ramos de atividades diferentes, desde micros a grandes unidades industriais, possibilitando a identificação dos principais obstáculos As exportações do Estado.
Ações que as empresas exportadoras de Santa Catarina julgam como necessárias para a sua maior inserção no cenário internacional também foram apresentadas. De uma população de 1448 empresas exportadoras catarinenses em 2002, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), a amostra do diagnóstico, edição 2003, foi de
111 empresas, que respondem por aproximadamente 70% do total exportado pelo Estado. A partir dos resultados da pesquisa, a FIESC busca auxiliar as empresas exportadoras do Estado através da implementação de ações que visem reduzir as dificuldades apresentadas, além de articular-se com órgãos públicos federais e estaduais na busca de soluções para os entraves existentes.
Conforme informações divulgadas pelo Centro Internacional de Negócios (CIN/FIESC), os principais resultados obtidos com a realização desta pesquisa foram os seguintes:
1) As empresas de grande porte correspondem a 33% do total de empresas pesquisadas;
2) Destas empresas, mais de 50% do faturamento é direcionado as exportações; 3) 45% das empresas exporta menos de US$ 1 milhão por ano;
4) 22% das empresas exporta mais de US$ 10 milhões por ano; 5) Os EUA são o principal mercado de destino;
7) Ações que devem ser priorizadas pelo governo para o incremento das exportações: desoneração tributária, desburocratização de procedimentos necessários A exportação e linhas de financiamento mais atrativas;
8) 87% das empresas pesquisadas projetaram crescimento de suas exportações em 2003: China, India, Rússia e Oriente Médio são novos mercados que as empresas estão desenvolvendo trabalhos de prospecção e promoção comercial;
9) 61% das empresas não procuraram acompanhar as negociações internacionais ou tem acompanhado sem encontrar informações de seu interesse.
Segundo o presidente do Sistema FIESC, José Fernando Xavier Faraco, as indústrias de Santa Catarina estão buscando o mercado externo para compensar a retração da demanda interna e a diferença do real frente ao dólar. A cultura exportadora disseminada nas indústrias catarinenses contribui diretamente para o alcance destes resultados.
2.5 A Inserção Internacional da Empresa
De acordo com Araújo (1996) 12, nos últimos quarenta anos, as inovações nas áreas de informática, telecomunicações e transportes acarretaram formas inéditas de internacionalização de mercados que, dentre outras conseqüências, implicaram novos tipos de vínculos entre agentes econômicos de diferentes partes do planeta.
A necessidade de internacionalização da empresa é resultado de uma visão estratégica dos empresários que se encontram expostos a competição global desde o inicio
da década passada. Desta forma, o mercado externo deve ser visto como uma extensão natural dos negócios internos da empresa. 0 raciocínio é que, numa economia globalizada, não dá para disputar a dianteira mantendo-se de costas para o resto do mundo.
Conseqüentemente, o novo cenário nacional se encontra voltado A abertura econômica, de estabilização da economia, de modernização, de incorporação de novas técnicas de produção, de alternativas para redução do custo Brasil, de aumento de produtividade e competitividade e de estimulo ao processo de internacionalização das empresas brasileiras.
Conforme Porter (1998), "o papel mais estratégico do governo no estimulo e apoio ao setor produtivo visando a conquista da competitividade está em promover a competitividade nacional. Segundo ele, a prosperidade nacional é criada e não herdada."
No que tange ao papel das empresas, Casarotto (1998) afirma que a internacionalização 13, isto 6, o processo de integração econômica mundial, ou globalização, requer um comportamento estratégico sólido por parte das empresas, principalmente no que tange A evolução do mercado. Esse mercado não é representado pelo mercado atual, mas pelo mercado mundial.
Diante deste cenário, estar atento ao comportamento da concorrência é fundamental para melhor se situar no mercado:
A empresa, mesmo que opere somente no mercado nacional, deve manter-se informada sobre as ações de seus potenciais concorrentes em todas as partes do mundo, também para manter vantagens competitivas que permitam a defesa e a preservação de seu mercado atual (CASAROTTO, 1998, p.48).
13 0 termo internacionalização refere-se as estratégias empresariais competitivas ligadas ao mercado global, o
Conforme Kotler (2000), depois de analisar a possibilidade de se internacionalizar, a empresa deve decidir em que mercados entrar. Para isso deve observar a atratividade dos diversos potenciais mercados. A decisão de como entrar tem relação com o grau de comprometimento com a atividade e também com o grau de investimento.
Estes esforços sejam eles públicos ou privados, estão voltados á coordenação de uma correta estratégia de inserção competitiva na economia internacional.
importante ressaltar que, a exportação não é um processo inerente somente As grandes empresas, uma vez que o ambiente atual e competitivo mostra a necessidade destas pequenas organizações de implementarem em sua estratégia empresarial a gestão de exportação.
Entretanto, não se pode falar do global olhando apenas as grandes empresas, oligopólios multinacionais ou transnacionais. E fundamental considerar no processo de desenvolvimento as empresas de pequeno e médio porte de bases locais que, embora produzam localmente, participam do processo capitalista universal de modernidade, inovação tecnológica, especialização, produtividade, eficiência e competitividade. Ou seja, pensar globalmente e agir localmente para alcançar uma atuação eficiente no comércio exterior.
Diante deste cenário, as empresas de pequeno e médio porte são as que mais necessitam de apoio, mas também têm grande potencial de inovação e flexibilidade para ajustes rápidos e adequados aos novos desafios da inovação e da competição:
A capacidade de inserção competitiva nos mercados nacionais e internacionais e
a capacidade de incorporação de tecnologias não é uma obra do acaso ou uma ação isolada de algumas empresas, mas sim uma causa compartilhada entre governos centrais, regionais e locais, com universidades e centros de pesquisa com os setores produtivos localizados nos municípios (CARON, 2003, p.75).
38
A pequena empresa, operando de modo individualizado, não mais pode servir como um modelo empresarial para o futuro. Ela deve [...] dar um salto de qualidade equipando-se em um sistema local aberto, para investir em velocidade
e responsividade, inserindo-se em redes relacionais (CASAROTTO, 1998, p.12).
Com relação a união de empresas, Minervini (2001) afirma que, esta é uma forma utilizada, por exemplo, para participação em licitações internacionais, para fornecimento de produtos complementares ou mesmo para fornecimento de volumes consideráveis que podem ser alcançados somente juntando a capacidade produtiva de várias empresas de um mesmo setor.
A Figura abaixo demonstra esta união:
Figura 2.2 — União de empresas
Empresa A
Líder
Empresa Empresa
C
Fonte: Minervini (2001).
A unido em forma de agrupamentos
é
uma forma das empresas de pequeno porte se tornarem mais competitivas, com maior agilidade, qualidadee
redução de custos, podendo ser revertida em redução de preços ou aumento da margem de lucro.Conforme Maciel
e
Lima (2002), toda empresa que permaneça isolada da evolução do mundo exterior ao seu próprio pais ou região correo
risco de perder rapidamente a capacidade de competir. Perde a possibilidade de ampliar seu mercado como também perdeo próprio
mercado interno invadido por concorrentes externos.2.6 Estratégias de Marketing
A década de noventa evidencia um tipo de comportamento empresarial no qual as empresas locais ou internacionais tem de pensar em termos globais. 0 tempo
e
a distância diminuem rapidamente como
advento das comunicaçõese
dos transportes que tornam-se mais eficientese
também com a velocidade presente nas informações que envolvem os fluxos financeiros.Os produtos desenvolvidos em um pais encontram grande aceitação em outros, considerando as estratégias de marketing implementadas que visam, além de outras ações, a pesquisa de mercado
e
a analise das oportunidades.Segundo Kotler (1998),
o
marketing é um processo sociale
gerencial através do40
Neste sentido, é importante examinar os seguintes termos que se encontram interligados, como: necessidades, desejos, demandas, produtos, valor, satisfação, qualidade. troca, transações, relacionamentos e mercados, como mostra a Figura 2.3:
Figura 2.3 — Conceitos centrais de marketing
Mercados
Valor,
Satisfaçãoe
Qualidade
Necessidades,
Troca,
Transações
e
Relacionamentos
4111 Desejos e
Demandas
Fonte: Kotler (1998).
Para Dickson (2000) 14 , o conceito de marketing evoluiu para
o
conceito demarketing estratégico, sendo definido como a missão da corporação em buscar vantagens
competitivas sustentáveis satisfazendo as necessidades dos clientes.
0 conceito de marketing estratégico é a filosofia orientadora da estratégia de
marketing geral da empresa. A estratégia de marketing responde As questões orientadas
para metas: (1) aonde a empresa quer ir, (2) como chegar la, (3) como manter uma vantagem competitiva.
14 Apud. Czinkota, Michael R. Marketing: as melhores práticas (et al). Porto Alegre: Bookman, 2001.
0 processo de marketing consiste em quatro pontos, segundo Kotler (1998): 1) Analisar as oportunidades de marketing;
2) Selecionar os consumidores-alvo; 3) Desenvolver o mix de marketing;
4) Administrar o esforço de marketing.
0 mesmo autor ainda observa informações sobre o mix de marketing, onde este é definido como o grupo de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo, consistindo em todas as ações da empresa com a intenção de influenciar a demanda de seu produto. As possibilidades são reunidas em quatro grupos de variáveis, conhecidos como os "Quatro Ps", conforme mostra a Figura 2.4:
Figura 2.4 — As variáveis do marketing
De acordo com Oliveira (apud TOMELIN, 2000, p.83), a atividade de planejamento deve preceder as iniciativas empresariais de forma a conduzir um processo decisório que se inicia antes da ação especifica para a atividade, assim focando elementos específicos, nesse caso associados ás ações de marketing. É no marketing que o planejamento se faz mais necessário, pois possibilita a compreensão da complexidade do ambiente no qual se inserem as organizações e o traçado de ações capazes de atender as metas e objetivos específicos.
2.6.1 0 Marketing Internacional
Conforme Czinkota (2000), "o marketing internacional é o processo que planeja e implementa transações através das fronteiras nacionais para criar trocas que satisfaçam aos objetivos de indivíduos e organizações". Além de permitir que clientes em todo o mundo encontrem variedades de produtos por preços menores, proporciona através de suas atividades, a melhora no conforto e estilo de vida.
0 marketing internacional significa mais do que apenas levar para o exterior o produto bem-sucedido no pais de origem. Entrar num mercado exige profunda
dedicação e aguçada compreensão de culturas e ambientes de marketing algumas vezes muito diferentes. Em geral, entrar num mercado significa adaptar os produtos, programas e técnicas da empresa As necessidades e circunstâncias
especiais de cada novo mercado global (KOTLER, 1998, p. 434).
Os estudos efetuados em diversos países sobre marketing cooperativo para exportação mostram a formação de consórcios como um conceito promissor no engajamento de pequenas e médias empresas na exportação. Para o Brasil, que tem no comércio exterior um importante alavanque
para
sua economia, a formação de consórcios para exportação é vital.Neste sentido, a inclusão de um plano de marketing internacional visa assegurar o sucesso das atividades dos consórcios de exportação, sendo um instrumento orientador das ações empresarias dos consórcios.
A confecção de um plano de marketing é necessária a medida que promove a discussão e a identificação de produtos, sua distribuição e os mercados-alvo a serem explorados pela exportação.
Um plano de marketing é necessário por uma ou mais das seguintes razões:
E um elemento essencial do plano de atividades comerciais da empresa e fator imprescindível nos processos de planejamento financeiro e da produção;
Capacita a empresa a reagir as mudanças. Os mercados estão em constante evolução (em tecnologia, concorrência, importações, necessidades dos clientes, situação econômica em geral);
ci Auxilia na implementação de mudanças na estratégia da empresa.
Exemplos: expansão de exportações em mercados existentes e entrada em novos mercados, lançamentos de novos produtos, consolidação ou redução do esforço exportador;
ci Serve de suporte para pedidos a bancos e instituições de desenvolvimento,
Avaliando o ambiente de marketing global Decidindo em que mercado entrar Decidindo operar internacionalme
nte ou não
s\ 7
Decidindo Decisão sobre
sobre o 110. a
programa de estruturação
marketing global de global marketing Decidindo
como entrar no mercado
11111111111
- 11111'
Integra todas as atividades comerciais da empresa de forma coerente, protege a empresa de
mudanças
inesperadas do mercado, estabelece metas deexportação
e
serve de objetivo para aação
administrativa relativa ao setorexterno.
"A empresa precisa decidir-se sobre
o
programa de marketing global,e
em queextensão
seus produtos, promoção, preçoe canais de distribuição devem ser adaptados para
cada pais estrangeiro". (KOTLER,1998, p.448).
2.6.2 Instrumentos de Marketing Internacional
Conforme Kotler
(1998),
a empresa enfrenta seis importantesdecisões
no marketinginternacional, demonstrados na Figura 2.5:
Figura
2.5 -
Principais decisões no marketing internacional ‘\Antes de decidir se opera ou não internacionalmente, Kotler (1998) observa que, a empresa deve ter uma completa compreensão do marketing internacional. Esse ambiente mudou bastante nas duas últimas décadas, criando ao mesmo tempo novas oportunidades e novos problemas.
Os motivos que levam a empresa a ingressar no mercado internacional, conforme Minervini (2001) são os seguintes:
a) Necessidade de operar em um mercado de volumes que garantam urna dimensão industrial da empresa;
b) Pedidos casuais de importadores;
c) Dificuldades de vendas no mercado interno; d) Melhor aproveitamento das estações; e) Possibilidades de pregos mais rentáveis; f) Melhor programação da produção;
g) Prolongamento do ciclo de vida de um produto; h) Para diversificar riscos;
i) Para melhorar a imagem com fornecedores, bancos e clientes;
j) Para equilibrar-se contra a entrada de competidores no mercado interno; k) Para uma estratégia de desenvolvimento da empresa.
Na visão de Kotler (1998), existem também outros fatores que podem influenciar na tomada de decisão sobre este acesso:
a) Atacar em seus próprios mercados, empresas que estão oferecendo no mercado doméstico melhores produtos ou com pregos mais baixos;
b) Oportunidades de obter mais lucro em outros mercados;
c) A empresa querer ser menos dependente de um único mercado;
d) Clientes que estão viajando para fora do pais e estão precisando de atendimento internacional.
Com relação à inserção no comércio exterior, algumas formas são apresentadas, conforme o Quadro abaixo:
Quadro 2.3 — Principais formas de acesso ao mercado
internacional. •Vendedor direto
• Consórcio
de
Exportação• Trading Company"
• Joint Venture
•
Contratos de
Franchisineou Licenciamento
• Participação
em Feiras
e Exposições •Internet
Fonte: Minervini (2001).
15 Conforme Minervini (2001), é uma sociedade mercantil, cujas atividades são compra e venda,
intermediação, financiamento, comercialização e, inclusive, industrialização [...] detectando negócios em
diferentes partes do mundo.
16
E um sistema de
gerenciar a comercialização (marketing) de produtos e/ou serviços, baseando-se em umacolaboração muito estreita entre duas empresas, legal e financeiramente independentes (EFF-European
MERCADO
Comunicação, seleção e gestão.
PRODUTO
Um produto que corresponda ás exigências dos consumidores.
EMPRESA
Uma empresa que pense internacionalmente e atue, em
conseqüência,
integrando várias funções.A informa
Ao
está na base de todoo ro eto de ex
orta
Fonte: Minervini (2001).A
exportação
representa hoje mais doque
nunca, uma ferramentaindispensável
para o desenvolvimento da empresa, no melhoramento da competitividade e na redução de custos. Para que a exportação seja realizada de uma forma segura, competitiva, profissional e duradoura, énecessário
investir em qualidade, design, conhecimento de mercado,seleção
de parceiros, nível de informação, promoção no exterior, etc.De acordo com a
classificação,
aexportação
pode ser direta e indireta. A direta équando
o fabricante exporta diretamente para o importador no exterior, e o exportador éresponsável
por todo o processo.Já a exportação indireta se dá
quando o fabricante contrata
uma empresa no mercadointerno
paraintermediar
a venda de seu produto no mercadoexterno,
podendo ser uma empresa comercial exportadora ou uma trading company.0 Quadro abaixo demonstra osparâmetros
relacionadosà exportação,
conformeMinervini
(2001):
2.6.3
A
Formaçãode Consórcios
No caso dos consórcios de exportação, por se tratar de uma iniciativa ou de um mecanismo não difundido em nossa cultura empresarial, os campos de análise sobre sua aplicação e suas características carecem de maiores estudos e investigações.
Diante das alternativas de internacionalização apresentadas, o consórcio é uma das formas mais pro fissionais e rápidas para a empresa ingressar no mercado internacional, conforme Minervini (2001). Segundo critérios do Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a formação dos consórcios de exportação tem por objetivo:
D. Promover a horizontalização das empresas, incentivando a especialização na produção de partes, peças e componentes intercambidveis;
D. Viabilizar a participação das PMEs no comércio exterior; D Consolidar um modelo de gestão cooperativo e lucrativo; D Gerar aumento de produção e renda.
Em resposta a estes objetivos, alguns
resultados
sãoesperados com o
consórciode
exportação, segundo o MDIC, como:o Concretização de negócios;
o Realização de acordos de colaboração técnico-industrial;
o Incremento do nível de design, qualidade, embalagem, processos produtivos;
o Redução de riscos e custos da internacionalização para cada uma das empresas;
o
Mudança de atitude frente A
internacionalização.2.6.4 Considerações
sobreComunicação
e
PromoçãoÉ importante considerar alguns aspectos
quando
se pretende exploraro
mercadoexterno
e
convencero
cliente em qualquer negociação, conformeMinervini (2001).
Comrelação
as diferenças culturais:».
Colocar-se na cultura do parceiro, uma vez que esteé
um passo fundamental parao êxito,
considerando aspectos culturais como tempo,saudação,
uso do primeiro nome, cores, sexo, linguagem corporal, humor, idiomas, presentes, costumes adicionais;>
Considerar asvariáveis
culturais em umanegociação:
conceito decontratação,
aseleção
dos negociadores,o
uso deargumentação,
aimportância
da comunicaçãoe
a atitude emrelação
ao risco;».
Perfil
da cultura local:considerações
e
informações
culturais adicionais (detalhestípicos)
dospaíses.
Segundo
Minervini (2001),
oconhecimento do
idioma, as técnicas comerciais, a sintonia como
parceiro, a culturae
outras coisas maissão
partes fundamentais dagestão
do mercadointernacional.
Concretizarnegócios
é
muito mais que somente negociar,é
socializar, estabelecer laços de amizade,
é
conhecero
perfil doempresário,
o
protocoloe
depois os detalhes.
tabus.
0
vendedor deve examinar a maneira como os consumidores dos diferentes países pensam e usam alguns produtos antes de planejar um programa de marketing. As normas e comportamentos também variam de pais para pais. Cada pais ouregião
temtradições
culturais, preferências e comportamentos que os
profissionais
de marketingnão
podem deixar de estudar.Nas raizes do sucesso da empresa
estão
certas regras quelhe
permitem tanto se ajustar asdiferenças
culturais como explorá-las, de acordo comCzinkota (2000):
• Implemente
ações
voltadas ao comprometimento com a cultura local;• Estabeleça
algum percentual dofaturamento
que seja direcionado as atividades que visam o aprimoramento no conhecimento da cultura;• Cultive relacionamentos;
• Adapte os produtos para os mercados locais;
• Ajude os empregados a compreender os aspectos e peculiaridades de cada
localidade;
• Coordene-se por
regiões.
Outro aspecto importante é a marca. Se do ponto de vista da
comunicação
identificar o produto com a marca é uma meta ambiciosa, do ponto de vista econômico é muito menos interessante, isso acontece
quando não há
uma política de marca muito bem planejada. Os pontos deforça
da marcasão:
posicionamento, estabilidade,mercado,
internacionalidade,
suporte,tendência
e poder de se defender."A marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou