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Entornos virtuales de aprendizaje (EVA): aproximación al mejoramiento de la calidad comunicacional en una universidad venezolana

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Artigo

EVA: uma abordagem para o melhoramento da qualidade

comunicacional em uma universidade venezuelana

1

Luis Alfredo Ramírez Ch.2

Keyla Isabel Cañizales 3

RESUMO

O objetivo do artigo é avaliar o am-biente virtual da aprendizagem do Decanato de Ciências e Tecnologia da Universidade do Centro-oeste “Lizandro Alvarado” (Venezuela), do ponto de vista da comuni-cação. Trata-se de uma abordagem do pon-to de vista da comunicação na Educação a Distância e a indicação de estratégias que incentivam a participação. As intervenções das tecnologias da informática e da comu-nicação poderiam gerar o uso ou desuso de novos termos, porém, podem também afetar o correto uso da linguagem e a qualidade dos conteúdos. Através da combinação de méto-dos mistos, com ênfase nas ferramentas da metodologia qualitativa (entrevistas, grupo focal e questionários), revisou-se o conteúdo de 53 cursos. Desses, somente 20 apresentam interatividade, 26 são utilizados como re-positórios de informação e 7 estão inativos. Visa-se oferecer um aporte para docentes e aprendizes, mas, também, a refl exão de todos

1 Versão traduzida do original em espanhol.

2 Universidad Centroccidental “Lisandro Alvarado” (Barquisimeto–Lara, Venezuela) laramirez@ucla.edu.ve 3

Universidad Centroccidental “Lisandro Alvarado” (Barquisimeto–Lara, Venezuela) kcanizales@ucla.edu.ve

os atores envolvidos. Destaca-se entre a má práxis: o mal uso de maiúsculas e minúsculas; seções de interatividade vazias, o que poderia desmotivar a participação; matérias sem refe-rência da autoria ou sem indicar a fonte e a ausência de retorno diante das perguntas dos estudantes. Existem boas práticas, como cur-sos em queas instruções são claras e elabora-se uma adequada indução ao estudante.

Palavras-chave: educação a distância; qualidade; comunicação; tecnologia.

RESUMEN

El objetivo es evaluar comunicacional-mente los entornos virtuales de aprendiza-je del Decanato de Ciencias y Tecnología de la Universidad Centroccidental “Lisandro Alvarado”. Se trata de una aproximación de la comunicación de la Educación a Distancia y determinar las estrategias que incentivan la participación. La intervención de las tecno-logías de la información y la comunicación

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podrían generar el uso o desuso de nuevos términos, pero también afectar el correcto uso del lenguaje y la calidad de los contenidos. Mediante la combinación de métodos mixtos, con énfasis en las herramientas de la metodo-logía cualitativa, (entrevistas, grupo focal y encuestas), se revisa el contenido de 53 cursos, de estos, sólo 20 presentan interactividad, 26 son utilizados como repositorios de informa-ción y 07 están inactivos. Se busca brindar un aporte para docentes y aprendices, así como la refl exión de todos los actores involucrados. Entre las malas prácticas destaca: mal uso de mayúsculas y minúsculas; secciones de inte-ractividad vacías que podrían desalentar la participación; materiales sin referenciar la autoría o sin indicar la fuente y, ausencia de retroalimentación ante las interrogantes de los estudiantes. Hay buenas prácticas en cur-sos en los que las instrucciones son claras y donde se elabora una adecuada inducción al estudiante.

Palabras-clave: educación a distancia; calidad; comunicación; tecnología.

ABSTRACT

Th e objective of this article is to evaluate the virtual learning environment managed by the Deanery of Science and Technology of the Centroccidental Lisandro Alvarado University, under a communication perspective. Th e investigation focuses on communication in the Distance Education point-of-view, and on the indication of strategies that encourage participation. Information and communication technologies might cause new terms to be inserted or excluded from vocabularies and may aff ect the correct use of language and quality

of contents. Th rough the combination of mixed methods, with emphasis in qualitative methodology tools (interviews, focal group and questionnaires), the content of 53 programs was revised. A total of 20 programs were considered interactive, 26 used as information repositories, and 7 were inactive. We aimed to contribute with teachers and students, but also to encourage refl ection among all the actors involved in the process. As bad practice indicators, the following could be highlighted: misusage of upper- and lower-case letters, empty interactive sections (which does not favor motivation); missing author references or indication of sources, and students’ questions remaining unanswered due to lacking feedback. Good practices have also been observed, such as courses with clear instructions and proper indications are given to students.

Keywords: distance education; quality; communication; technology.

INTRODUÇÃO

O objetivo principal da pesquisa é ava-liar o manejo da comunicação utilizada no Ambiente Virtual da Aprendizagem (EVA, pelas siglas em Espanhol) do sistema de Educação a Distância (EaD) no Decanato de Ciências e Tecnologia (DCeT) da Universidade do Centro Ocidente “Lisandro Alvarado (UCLA), na cidade de Barquisimeto, Estado Lara, Venezuela. Busca-se, também, determinar as estratégias de comunicação para o incentivo da participação dos estudan-tes, usadas pelos docenestudan-tes, assessores ou tu-tores das disciplinas ofertadas sob o esquema semipresencial, desenvolvidas sob o Sistema de Educação a Distância da UCLA (Seducla).

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A pesquisa se alinha à preocupação constante de se fazer uso adequado da comu-nicação, pois, ao mesmo tempo em que a in-tervenção das tecnologias da informática e da comunicação (TIC), geralmente, leva ao uso e desuso de termos, tal dinâmica também pode afetar o correto uso da linguagem, incidindo negativamente na qualidade dos conteúdos compartilhados sob o esquema da EaD.

QUALIDADE, COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: UMA RELAÇÃO ESTREITA

No ano de 2005, o Centro Virtual para o Desenvolvimento de Padrões de Qualidade para a Educação Superior a Distância para América Latina e o Caribe, junto com a Universidade Técnica Particular de Loja ,com o objetivo de promover, nas instituições de ensino superior, melhoria, lançamento e ad-ministração com sucesso dos programas de EaD, baseados na tecnologia da informática, destacaram como critérios de qualidade:

a) Os Processos Facilitadores (liderança e es-tilo de gestão; política e estratégia, desen-volvimento das pessoas; recursos e alian-ças; destinatários e processos educativos). b) Os Resultados (relacionados aos

destina-tários; os processos educativos, as pessoas, a sociedade e o global).

Vale ressaltar que, na maioria dos cri-térios expressados, a comunicação tem um papel determinante para a sua verifi cação, avaliação ou análise desucesso,razão pela qual os critérios de qualidade na modalidade semipresencial estão estreitamente ligados à questão comunicativa.

Segundo Monterola (2011), entre as fun-ções da Educação Superior está a necessidade

de outorgar uma formação qualifi cada para aqueles que devem enfrentar o mundo glo-bal, tanto na capacitação profi ssional como na formação de cidadãos responsáveis. Essa fun-ção é impossível de realizar sem profi ssionais da docência de alta qualidade.

Peré (2004) assinala que, tanto a comu-nicação, quanto a educação têm desenvolvido teorias paralelas estreitamente relacionadas. No parecer dele, é impossível falar em edu-cação sem contemplar a comuniedu-cação, pois quando existe uma relação educativa, é esta-belecida uma relação de comunicação.

Por outro lado, Palacios (2206) conside-ra que a comunicação na EaD pode ser enten-dida como: exercício da qualidade do ser hu-mano; lazer; expressão; interação; afi rmação do ser; abertura ao mundo; se sentir e sentir os outros e se apropriar de si mesmo. Esse autor adverte que a conjunção da pedagogia, comunicação, tecnologia e administração re-presenta o verdadeiro desafi o da EaD, que, no geral, não tem sido abordada de forma inte-grada, sistêmica e modular.

Santos e Oliveira (2011) ressaltam que, entre as estratégias comuns para incentivar as interações estão os cumprimentos, os emoti-cons, os elogios, as perguntas, as sugestões, as recomendações, as avaliações. Segundo os au-tores, o uso das estratégias de natureza afetiva é fundamental para garantir a participação dos estudantes nos ambientes em quea comu-nicação escrita substitui a relação cara a cara.

Clementino (2011) menciona que, entre os fatores motivacionais expressados pelos aprendizes da EaD,destacam-se a re-troalimentação e a atenção personalizada do professor ou tutor, qualifi cando como diferenças que humanizam o processo de

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ensino-aprendizagem. Assim, o trinômio interação, retroalimentação e atenção perso-nalizada proporciona o estabelecimento ou fomento das relações pessoais entre os parti-cipantes do esquema virtual.

METODOLOGIA

Uma combinação de métodos mistos é usada na realização da pesquisa, focando principalmente na metodologia qualitativa. Casas (2008) nos advertesobre as limitações que poderiam existir, bem como as vantagens e desvantagens de cada metodologia.

As técnicas usadas foram o uso de questionários aos representantes de Seducla, grupo focal para consulta a docentes que tra-balham em cursos no esquema semipresen-cial, revisões na plataforma e questionários aos estudantes. Foram realizados dois instru-mentos para coletar informação, como é espe-cifi cado a seguir:

a) Um questionário piloto destinado aos aprendizes, da modalidade EaD, daque-les ambientes virtuais de aprendizagem (EVA) selecionados para o estudo, distri-buídos pela via eletrônica.

b) Depois de analisados e tabulados os resul-tados do instrumento piloto, estes foram apresentados aos facilitadores ou docentes especialistas, reunidos em grupo focal, com o objetivo de considerar as recomen-dações feitas por eles, elaborar correções e aplicá-lo, presencialmente, aos estudantes dos EVA em estudo.

RESULTADOS

Principais achados nos EVA

Atualmente, na plataforma http://sed. ucla.edu.ve, estão registrados um total de 53 cursos, dos quais só vinte (20) apresentam interatividade, ou seja, mantêm comunicação entre os participantes; vinte e seis (26) cursos são utilizados exclusivamente como repositó-rios de informação das disciplinas; enquanto que sete (07) cursos se apresentam de forma inconclusa ou sem atividade alguma. Com re-lação aos cursos do site http://sed.ucla.edu.ve/ ced, há um total de 52, porém a maioria está em processo de desenvolvimentoe. Apenas, dez (10) funcionaram com certa interativida-de, em períodos diferentes ao estudado.

Foi evidenciado o uso errado de mai-úsculas e de minmai-úsculas. Erros de gênero e número. Seções de interatividade vazias. Colocação de materiais sem referenciar a autoria ou sem mencionar a fonte de onde foi obtido. Nas instruções aos estudantes, pode-se observar, por parte dos docentes, o uso incorreto de acento gráfi co, abuso de maiúsculas e palavras mal escritas.

Muitos estudantes não colocam suas fo-tos do rosto no primeiro plano, mesmo com o pedido expresso dos docentes, e foram en-contrados casos nos quais o docente também não coloca a fotografi a. Da mesma forma, não se evidencia retroalimentação, pelo menos na plataforma, sobre as atividades propostas pelo docente. Nos trabalhos entregues pelos estudantes, encontram-se falhas evidentes com relação ao uso de signos de pontua-ção e descumprimento das normas segundo o solicitado.

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Existem cursos onde as instruções são claras e se elabora um comando adequado ao estudante, incluindo dinâmicas de apresenta-ção e motivaapresenta-ção à participaapresenta-ção. São explora-das as expectativas dos estudantes sobre a dis-ciplina, o conteúdo e o plano de avaliação são apresentados. Em alguns casos, são enfatiza-dos valores como responsabilidade, honesti-dade, cooperação e tolerância. Em outros, são expressas as normas da aula e as regras básicas de funcionamento do centro de computação.

Observa-se o uso de ferramentas, como o Slideshare, para apresentações ou o FLV Player, para vídeos, ou o ISpring, para apre-sentações com animações, com o objetivo de tornar os conteúdos mais dinâmicos e atra-entes. Também são utilizados os fóruns para ativar a participação com instruções que con-vidam os moderadores a guiar a discussão dos temas introduzidos por eles mesmos.

Há aportes dos estudantes que impul-sionam a aprendizagem colaborativa, como quando indicam soft wares úteis para o curso e indicações sobre o seu acesso eo tempo de

download do aplicativo para o computador.

Da mesma forma, encontra-se a possibilida-de possibilida-de os aprendizes esclarecerem, entre si, suas dúvidas sobre os problemas específi cos de alguma disciplina.

Incentivos para ativar a participação Entre as estratégias mencionadas pe-los docentes para motivar a participação dos estudantes, estão o Skype e as apresentações pessoais do fórum social, embora assinalem que uma das debilidades é que,na maioria das relações que se estabelecem através do texto, há a reclamação por uma maior presença de vídeos para a complementação da interação.

Outra estratégia é a retroalimentação do virtual, no encontro presencial, além de ser um aspecto que ajuda na permanência do estudante:

“Eu me motivo através do fórum social, tento me envolver com o fórum das apresentações..., mas há uma debilidade que eles sentem, - adverte-... que tudo está escrito! E eles, para sentar e escre-ver, devem romper uma barreira, que é a escrita, a redação e a linguagem”. (MP, março 2012).

“Temos tentado nos comunicar com ví-deos, mas os coloco em YouTube e eles o visualizam” (CP, março 2012).

“Combinar bem a virtualidade com a presencialidade. Porque às vezes aconteceu comigo e me autocritico que, na parte presencial, não con-seguia avaliar o que era colocado na parte virtual. Ou seja, o que é feito du-rante uma semana na plataforma, no próximo encontro presencial realizar o feedback. Ao conseguir isso, pode-remos melhorar muito e isso permite continuar” (HA, março 2012).

Falhas na leitura e capacitação na tarefa pendente

De acordo com os docentes, existem falhas básicas de leitura que impedem a com-preensão das instruções pelos estudantes que recebem instruções através dos fóruns da plataforma:

“Meus garotos quase não leem! Verda-de...leem umas partes, outras são ig-noradas, não sei o porquê ...Não fazem uma leitura exaustiva! É como se lessem a primeira parte e a última e muitas

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vezes respondem às tarefas em função dessas perguntas. Isto me acontece com muita frequência” (MP, março, 2012). “Estamos trabalhando com estudantes que fazem uso da imagem e do som, para nós era escrever, eles cresceram com o vídeo, os jogos interativos, o Bla-ckberry, para eles escrever é uma coisa secundária, coisa que para nós é fun-damental! Portanto, uma ferramenta como essa, para que seja utilizada 100%, tem que ser visual, tem que ter vídeo!” (CP, março, 2012).

Outro grupo de docentes sente que a es-crita é uma questão que os estudantes mane-jam de acordo com seus interesses particula-res; qualquer coisa que capte a atençãoatravés das redes sociais, mesmo quando os escritos careçam de qualidade ortográfi ca, são desen-volvidos pelos estudantes. Isso leva à refl exão de que talvez falte algo às propostas lançadas pelos docentes tutores da plataforma, que poderia motivar os alunos, mas ainda não foi decifrado.

Formação docente

Um dos aspectos solicitados pelos facili-tadores ou docentes participantes na pesquisa foi a necessidade de ser oferecida capacitação constante, tanto no uso de ferramentas, quan-to em outras áreas, como design:

“Eu sinto que vou necessitar de apoio na fase de desenho das interfaces. Acredi-to que está bem, mas talvez seja muiAcredi-to formal para os garotos. Provavelmen-te para eles [as inProvavelmen-terfaces ]Provavelmen-tenham que ser mais atrativas e com cores, ícones... Aí sim vou precisar de ajuda!” (MT, março, 2012).

“É claro que necessitamos de um estí-mulo, mas não um estímulo com re-lação à ferramenta de tecnologia, não para mim! Não é o mais importante. Necessitamos de ajuda no que diz res-peito à semipresencialidade, é nisso que devemos ser claros com os estudantes” (HA, março, 2012).

Entre os erros expressos pelo pessoal docente que participou no estudo, encontra-se o fato de dar por certo que os estudantes, por pertencerem à área de tecnologia, conhe-cem a plataforma e, para resolver a situação, propõem instruir os aprendizes.

Estudantes demandam mais investimento e atenção na EaD

Diante da consulta aos estudantes sobre sua aprendizagem na modalidade semipre-sencial e à quantidade de aportes realizados em comparação com a modalidade presen-cial, descobrimos que alguns dos estudantes participantes no estudo preferem a modali-dade tradicional, pelo fato de não possuirem computador e por considerarem que a mo-dalidade semipresencial exige mais tempo. A modalidade semipresencial também é vista como mais difícil;outros estudantes alegam não ter recebido as informações por estarem nos primeiros semestre da carreira.

“A aula presencial é mais dinâmica e a capacidade de resposta diante as dúvi-das é imediata. Sou mais participativa presencialmente, não me conecto por-que não possuo computador e pouco tempo para navegar” (Informante 26, maio, 2012).

Outro grupo de estudantes encontra vantagens no esquema semipresencial porque

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permite reforçar seus conhecimentos, há dis-ponibilidade de material e a possibilidade de captar a atenção do docente de forma perso-nalizada. A modalidade permite ganhar mais confi ança e trabalhar de forma mais confor-tável ,a partir de casa, permite desenvolver a autoaprendizagem e exige incrementar a pes-quisa. Alguns solicitam melhorias das avalia-ções e pedem mais tempo para as resoluavalia-ções das mesmas.

“É melhor porque temos mais oportu-nidade para sair bem, maior participa-ção e a nossa participaparticipa-ção é levada em conta, embora devam melhorar os tipos de avaliações e o tempo para resposta” (Informante 31, maio, 2012).

“A EaD facilita a assimilação de conte-údos, nos ajuda a sermos autodidatas e cria a necessidade de pesquisar mais. Infelizmente, quando não se tem tato com o professor e há material con-fuso, fi cam as dúvidas” (Informante 48, junho, 2012).

“Há maior participação da minha par-te porque exispar-tem fóruns de discussão e eles são avaliados. Sempre mantenho contato com o professor via online e es-clarecemos as dúvidas” (Informante 51, junho, 2012).

“Não limitar tanto o sistema da platafor-ma, considerando que existem pessoas que trabalham e estudam e o tempo de conexão ocorre só à noite” (Informante 51, junho, 2012)

“Que o docente seja mais específi co de acordo com o tema ministrado e que os professores usem mais o ambiente vir-tual” (Informante 30, maio, 2012).

“É uma ferramenta valiosa, mas há ne-cessidade de orientá-la melhor, ensiná-la desde o primeiro semestre. [É preci-so] Fazer o esforço para que não seja só um repositório de material, e sim para uma interação constante onde quer que se esteja” (Informante 48, junho, 2012).

Os estudantes consultados garantem que as instruções ministradas são claras e precisas, consideram que a experiência é gra-tifi cante em função do conteúdo utilizado. A interação entre os estudantes não é forte, pois 43% do total explorado manifesta não ter conseguido o objetivo. Porém, 70% do grupo consultado considera que seus aportes foram valorados pelo docente. Igual porcentagem manifesta ter conseguido desenvolver a auto-aprendizagem e o espírito colaborativo.

CONCLUSÕES

A qualidade dos EVA está ligada à co-municação e,no esquema semipresencial, a comunicação escrita é fundamental. Portanto, o uso correto dos signos de pontuação é im-prescindível por parte dos docentes, para que sirva de exemplo para os alunos.

Na pesquisa, é ressaltado o tema da afe-tividade, ao contrário do que se poderia pen-sar por conta da ausência do contato cara a cara. Parece que o esquema semipresencial não descarta a importância da afetividade, ao mesmo tempo em que é esclarecido que não se trata de lidar com os estudantes de forma infantil, paternalista, mas sim considerar cada uma de suas dúvidas e trabalhar sobre elas em conjunto. Nesse sentido, o tutor deve dar ao estudante todo o apoio necessário.

O conhecimento do parecer dos estu-dantes sobre os EVAexige o compromisso de

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todos para melhorar os aspectos relacionados à comunicação. Por outro lado, convida-nos a continuar a desenvolver os EVA, a motivação e a capacitação permanente e integral para do-centes e estudantes. Ao mesmo tempo, o pare-cer nos leva a considerar possíveis mudanças no funcionamento permanente de tudo o que sustenta o esquema semipresencial.

Entre as sugestões feitas pelos aprendi-zes estão a fl exibilidade e disponibilidade da plataforma, a aquisição de melhores equipa-mentos ao DCyT. Em alguns casos,solicita-se exemplifi car mais e tornar os conteúdos me-nos teóricos. A demanda por maior participa-ção dos docentes no ambiente virtual refl ete esta necessidade.

Uma recomendação que surge da pes-quisa é a motivação de todos os atores que participam na atividade. Outra recomendação é a de queespecialistas da modalidade EaD, formados para esses ambientes, integrem par-te das equipes do Seducla. Além disso, que sejam docentes com EVA em desenvolvimen-to. Subcontratar especialistas externos deve constituir um último recurso, pois a experi-ência está nas mãos dos pioneiros na moda-lidade, que têm muito a dizer para convencer aqueles que ainda apresentam resistências.

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