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Ação voluntária: "ser com o outro"

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(1)

UNIVERSIDADE

FEDERAL DE

SANTA

CATARINA

-

-

CENTRO

SÓCIO-ECONOMICO

DEPARTAMENTO DE

SERVIÇO

SOCIAL

AÇÃO

VOLUNTÁRIA:

"SER

COM

O

OUTRO"

QWQ

,.. I 2:. ' GSE-UFSC APf0vado Pelo

DS$

Em,______/__›_`~ƒ ,z

Trabalho de

Conclusão

de

Curso

apresentado ao

Departamento

de Serviço

Social

da

Universidade Federal de Santa

Catarina para obtenção

do

título de

Assistente Social pela acadêmica:

Véra

Inêz

Gauer

Nilsson

(2)

“Todo

aquele

que

passa

por

nós,

deixa

um

pouco de

sí e leva

um

pouco

de nós! “

(3)

Anders,

Este trabalho é testemunha

do

companheirismo, dedicação,

incentivo e

amor

que

nos une.

Ele

também

é seu!

E, ao nosso filho que hoje

(4)

AGRADECIMENTOS

À

Deus

por sentir sua presença

em

todos os

momentos,

principalmente

quando

a vontade de desistir e de voltar atrás foi muito grande.

À

Mestre

e

amiga

Professora Nilva, que desde o início

do

curso

me

apoiou, incentivou e, agora

no

final

do

curso

pude

contar

com

seus ensinamentos.

Hoje

me

atrevo a dizer: “a

amiga

certa, das horas incertas”. '

À

Mestre “Graça”que,

com

sua brandura, transmitiu-me calma, respostas aos

meus

anseios e, pelas reflexões

que

juntas

fizemos. Mas,

principalmente por ter

sido

companheira

e amiga,

que

às vezes

mesmo

distante senti-me agraciada pelo seu

olhar

meigo

e por sua temura.

À

Equipe

Executiva da

Ação

Social Arquidiocesa: Sandra, Darlene,

Marlete, Teresa e Roberto, porque que

me

fizerem

sentir

como

“parte”integrante da

mesma.

À

você Vera

Nícia, supervisora e grande

amiga

de todas as horas, pelos

seus ensinamentos, troca de experiências, por tudo aquilo

que

aprendemos

e

sonhamos

juntas.

À

Krystina pelo crédito de

confiança

em

mim

depositado, por tê-la

bem

(5)

As

amigas

Drica, Beti, Oliva, Clau, Celita e Rosinha, pelos

momentos

de angústia, alegrias, expectativas e aprendizado

que

juntas partilhamos.

Aos

meus

familiares,

em

especial a

minha

mãe

Alice, pela sua fé

inabalável e por ter

me

ensinado o

amor

e o respeito a pessoa Idosa.

A

todos os professores pelos ensinamentos e troca de informações.

Ao

Zenirto pela amizade.

A

Neiva

por toda a ajuda nestes anos todos.

Aos

funcionários

do Departamento

de Serviço Social: Regina, Ieda,

Rosana,

Marta

e Ondina, grata pela atenção

que sempre

recebi de vocês.

E, a todos aqueles(as) que

comigo conviveram

nestes três anos e meio,

na

busca dos

meus

ideais e da

minha

utopia.

(6)

RECONHECIMENTO

Às

ldosas,

Coordenadora

e Voluntárias

do

Grupo

de Idosos Santana-

Agronômica,

pela oportunidade impar de ter convivido

com

vocês nesse

um

ano

e

meio.

Com

vocês aprendi e cresci

muito

como

pessoa, e

como

profissional a

experiência foi enriquecedora e inesquecível.

Aos

Voluntários

que

prontamente nos

receberam

e que,

mesmo

sem

nos

conhecer

responderam

ao questionário enviado, saibam que, seus depoimentos

colaboraram para

que

este trabalho se concretizasse.

O

meu

sincero reconhecimento, deixo-lhes esta

mensagem:

“Nascer

é

uma

probabilidade,

. , .

viver e

um

risco,

envelhecer é

um

privilégio.

(7)

O

W,

SUMÁRIO

INTRoDUCÃo

CAPÍTULO

I -

ANÁLISE

DA

SIGNIFICACÃQ

DA

ACÃo

voLUNTÁRIA

1.1

A

função social da igreja no Brasil ... ._ O1

1.2

Os

leigos na igreja ... _. 14

1.3 Falando sobre o voluntário ... ._ 19

CAPÍTULO

II -

A

AÇÃO

SOCIAL ARQUIDIOCESANA

E

O

TRABALHO

COM

VOLUNTARIOS

2.1

A

Ação

Social Arquidiocesana ... .. 25

2.2

O

trabalho

com

voluntários na

Ação

Social Arquidiocesana ... _. 31

CAPÍTULO

III _

Morlvos

E

SIGNIFICADOS

DA

AÇÃO

VOLUNTÁRIA

3.1 Compreensão teórica ... ._ 39

3.2 Análise compreensiva/interpretativa dos motivos e significados da

Ação

Voluntária

na Arquidiocese de Florianópolis. ... .. 47

CONSIDERAÇÕES

FINAIS

... .. 59

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

... _. ós

(8)

,aí

APRESENTAÇÃO

Este trabalho de

Conclusão

de

Curso

foi elaborado a partir

da

experiênciae

pesquisa

que

efetuamos

como

Estagiária

do Curso

de Serviço Social, junto à

Ação

Social

Arquidiocesana-ASA no

periodo

que compreende

agosto de

1994

a

dezembro

de 1995. ›

O

tema do

presente trabalho surgiu a partir das primeiras observações

que

realizamos junto aos

Grupos

\le Idosos

que

existem ligados a instituição.

Nesse

período

procedemos

a

um

levantamento a

fim

de

sabermos

quantos, quais

eram

os

Idosos, os grupos e os voluntários

que

neles atuavam;

chamou-nos

a atenção o grande

número

de pessoas

que

desenvolviam atividades

sem

no

entanto haver qualquer relação

ou

vínculo empregatício

com

a instituição; sendo que, por ocasião

do

levantamento

eram

um

número

de trezentas e setenta e quatro pessoas (374). ç

A

medida que íamos

tendo contato

com

os Voluntários mais aguçadas

ficávamos

para entender a ação por elas desenvolvidas.

Ainda na

primeira fase de estágio e

como

exigência das disciplinas de Teoria e Metodologia

do

Serviço Social

IV

e Pesquisa Social I elaboramos projeto de pesquisa

“O

que

mobiliza a pessoa a

engajar-se

no

trabalho voluntário”, o qual após a discussão

com

a Supervisora de

Campo

passou a ser executado nas fases seguintes resultando

no

trabalho que ora apresentamos.

~

A

convivência

com

as Voluntárias, cada vez mais

aumentava

o ponto de

interrogação inicial: qual o

motivo que

as levava dedicar parte de seu dia, de sua

semana, de sua vida

na

atividade

com

grupos, pessoas Idosas?

Como

se sentia

realizando suas atividades nos grupos?

Qual

a contribuição efetiva

que

a instituição

lhes propiciava face aos treinamentos oferecidos?

Fomos

discutindo, refletindo

no

sub-

núcleo, procurando bibliografias

que

nos ajudassem a entender tal ação e que ao

mesmo

tempo

chegasse até as Voluntárias e as fizesse refletir sobre isso de

modo

que

suas atividades obtivessem

uma

melhor

qualidade,

um

maior

avanço.

Desde

o início de nossa pesquisa nos

deparamos

com

uma

dificuldade de

(9)

não

nos

impediu

de fazermos

uma

tentativa de entendimento dessa a ação. Para tanto

nos

propusemos

a escrever este trabalho

que

será dividido

em

três capítulos.

No

primeiro capitulo apresentaremos alguns

momentos

e aspectos que nos

foram

possíveis de

serem

estudados

no

tocante a

configuração

da ação voluntária

no

decorrer da história,

no

qual falaremos da influência e

do

papel

que

o Estado, a

Sociedade Civil e a Igreja e, principalmente esta

que sempre

teve

um

lugar

inquestionável

no

campo

da assistência social. Já a sociedade civil teve seu papel de

peso

na

construção e afirmação de

uma

sociabilidade baseada

em

valores tais

como,

a

solidariedade.

E como

mola

propulsora desta ação

com

discursos e práticas

diferenciados a ação voluntária.

Já,

no segundo

capítulo, trazemos

algumas

informações

que julgamos

importantes para o entendimento

do

espaço institucional

onde

vivenciamos nossa

prática de estágio, quando,

como

e

com

quais objetivos

foram

desenvolvidos pela

ASA

treinamentos

com

Voluntários desde praticamente- o início de suas atividades,

bem

como

quais orientações receberam estas pessoas

que atuam

nos grupos para

entendermos

posteriormente qual o rebatimento

que

estas tiveram,

no

desenvolvimento

das ações junto aos

Grupos

e conseqüentemente, a pessoa Idosa

que

deles participa.

E, para contarmos

como

foi a nossa prática de estágio, a pesquisa,

com

reflexões acerca desta iluminados pelo referencial teórico, tendo

como

categorias

fundantes para a análise das falas dos voluntários: a intencionalidade, 0 significado, a

consciência crítica e a consciência histórica e motivos; tendo

sempre

presente

que

estávamos frente a frente

com

uma

pessoa e, diante

da compreensão chegada

qual a

contribuição

que

o Serviço Social

pode

oferecer neste contexto.

Finalmente serão apresentadas as considerações finais, referências bibliográficas e anexos

que

julgamos pertinentes para ilustração desse trabalho.

(10)

O

CAPÍTULO

1

(11)

1.1

A

função

social

da

Igreja

no

Brasil 1

Tendo

como

cenário o Brasil da atualidade,

vimos

configurar a presença de

um

Estado

com

papel secundário,

como

regulador das “regras

do

jogo”.

Com

o apoio

da iniciativa privada, excludente

em

suas políticas sociais e vivendo

numa

sociedade

marcada

por

uma

profunda religiosidade, pobreza crescente, violência, recessão,

“apartheid” social é

que

começamos

a retomar

no tempo

para

melhor

entender

como

a

ação

voluntária foi se caracterizando até chegar aos nossos dias; ressaltamos que,

diante desse contexto, se

toma

imprescindível passar pela igreja e

gmpos

religiosos, devido ao grande papel

que

estes representaram

na

construção dessa história.

É

grande a quantidade de organizações voluntárias que surgiram nos mais

diversos

campos

de atuação: cultura, educação, assistência social, grupos sociais

(negros, idosos, índios)

em

defesa dos direitos

humanos

e que,

comumente,

são terreno para ações voluntárias.

Mobilizam

recursos fmanceiros das

mais

diversas origens, e

atuam

nos

mais

diferentes âmbitos,

podendo

atravessar fronteiras.

De

natureza privada,

trabalhando a serviço

do

público,

não

estão ligados a órgãos

do

governo; elas são as

Organizações

Sem

Fins Lucrativos

ou

Organizações

Não

Governamentais

-

ONGs.

Para

Landim

(1993), são várias as definições para esse tipo de organização,

e

refletem

as

mais

diferentes

ou

a diversidade de visões

que

se

tem

sobre elas, e

que

é

somente

a partir dos anos 80, que essa questão se

toma

alvo de estudos e produções

acadêmicas,

embora

essas organizações sejam protagonistas de democratização,

participação e

muito

cpntribuar/nk para aliviar os problemas

humanos

pelo

mundo

afora.

Nos

contextos de Terceiro

Mundo

Latino Americano, essas organizações

aparecem

ligadas à democratização e à construção

da

sociedade civil, tida

como

espaço

de manifestação de pluralismos, de possibilidades de realizações, representando

um

importante papel

na

resolução de

problemas

e insatisfações presentes nas sociedades

(12)

No

Brasil, as Organizações

Sem

Fins Lucrativos'

vêm

crescendo e

ganhando

visibilidade hoje, visto representarem, constantemente, a fronteira entre o

público e o

P

rivado. Contudo, a

forma que

essas organizações

assumiram

na sociedade

e, conseqüentemente,

na

história brasileira, frente às transformações ocorridas

no

cenário nacional,

não foram

alvo de discussões

na

sociedade.

Nem

por parte

da

historiografia,

como

fala

Landim,

(ibid. pag. 8) _,/,'9¿¿_?:(e3L

“O

exercício de procurar ao longo do tempo as

organizações

não

governamentais

sem

ƒins lucrativos...

se dá, nessa história, de

modo

fragmentado e

descontínuo, à

sombra

de outras problemáticas onde o Estado e as relações público-privado têm sido objetivos

privilegiados ”.

Portanto, ao elencarrnos aqui, a trajetória das organizações voluntárias

no

Brasil, percebe-se

que

representou e

vem

representando

um

profundo exercício de

pesquisa e revisao bibliográfica.

Se nos detivermos

na

história

do

Brasil, iremos perceber

que

durante quatro

séculos, o centro da vida social, política e

econômica

de nossa sociedade foi a agricultura de exportação, de

mão-de-obra

escrava

como

por exemplo,

pequenos

agricultores

sem

título de propriedade.

No

período colonial, visualizávamos as grandes fazendas

com

a

senzala, a capela e o canavial, casas de

moradores

e, muito esporadicamente,

homens

livres.

As

relações

que

se estabeleciam nesse contexto

eram

as de dependência,

onde

se trocava individualmente a proteção e favores por lealdade e serviços que,

comumente,

conhecemos

por clientelismo.

Outro

aspecto bastante importante a ser ressaltado nessa época é o papel

que a Igreja Católica

desempenhou

até 1889,

com

a

Proclamação

da República,

'

Organizações Sem F ins Lucrativos são encontradas no Brasil diversas nomenclaturas para designar estas instituições:

sociedades civis sem fim lucrativos, ou simplesmente organizações, ou entidades sem tins lucrativos, associações,

(13)

3

quando

vigorou,

no

Brasil, o

modelo

de cristandade,

com

o catolicismo sendo a

religião oficial

do

Estado.

A

Igreja, ao

mandar

para o Brasil os missionários, a tim de

que fundassem

escolas e convertessem os índios; criassem dioceses e paróquias; instalassem ordens

religiosas e conventos, toma-se

uma

“peça

fundamental

de legitimação do poder do Estado colonízador” ( ibid, pag.l2); contribuindo para a consolidação da sociedade

colonial

com

um

perfil autoritário e patriarcal. Essas

marcas

permanecem

na

história, e

as

mudanças

que foram

efetuadas até as primeiras décadas

do

século

XX,

quer sejam

na

área política

ou

institucional,

foram

no

sentido

deadaptar

os interesses da grande

lavoura.

Nesse

momento,

o terreno

não

era propício para

que

surgissem associações

voluntárias” autônomas,

com

o objetivo de prestarem serviços públicos.

Nesse

contexto, pensar

em

iniciativas de caráter filantrópico, supõe pensar

na

igreja e

no

seu papel

como

órgão público

na

organização

da

sociedade civil. “()s

rituais religiosos tais

como,

batismo,

funeral

e

o matrimônio

eram

condições

essenciais

para

o

reconhecimento do

indivíduo,

sendo

que, as instituições religiosas

- capelas, confrarias, irmandades,

paróquias

e dioceses,

representavam

espaço

por

onde

se

passava

a vida sociaL ” (ibid, pag. 13)

\5 Portanto, pensar

em

assistência,

no

período colonial,

convém

necessariamente pensá-la ligada à igreja

com

o

mandato do

estado

na

sua

promoção.

Cabe

relembrar o caráter leigo

do

catolicismo colonial.

“É

o catolicismo dos Santos padroeiros, das devoções das festas, das romarias, dos santuários e das capelas eregidas

por

toda a parte da população”. ( ibid, pag. 14)

que

se desenvolveu graças à grande

quantidade de leigos

não

articulados entre si, que se encarregaram dos trabalhos

religiosos.

É

nesse

campo

que

vamos

encontrar as Confiariasg e as Irrnandades3'

2

Confrarias- resquícios de corporações de artes e oticios.

-f

3

Innand__a_des: estas apareciam vinculadas às tradicionais ordens religiosas medievais: franciscanos, carmelitase

(14)

associações voluntárias4 “através das quais se tinha acesso aos serviços sociais, ao lazer,

à convivência sociaF° (Oliveira op. cit. Landim, 1993, pag. 14)

As

‹¿onfr.arias_

normalmente

formadas

em

tomo

das capelas representavam

um

típico

exemplo

de participação coletiva dos leigos

no

período colonial. Seus estatutos

deveriam

ter a aprovação

do

Rei e da Igreja,

embora

não dependessem

destes para desenvolver suas atividades e para sua administração.

Já _ as

Irmanda

_d_es, _

na

sua maioria, representavam determinadas classes

sociais,

como

por exemplo, a

Irmandade

dos

Homens

Negros ou

a da Santa

Cruz

dos

Militares,

que

refletiam a influência

da

miscigenação racial constante

no

Brasil.

Os

devotos dessas Irrnandades ( Associações Voluntárias) contribuíam materialmente para

seu

funcionamento

e,

em

troca, recebiam auxílio médico, financeiro

ou

funeral.

Segundo

Bnmeau

apud Landim,

essas irmandades

mantinham

freqüentemente casas de

caridade

ou

asilos para indigentes.

Podemos

encontrar,

também, na

sociedade colonial, a

chamada

filantro}1i\a

-senhoria-l-,

onde

os Senhores das grandes fazendas

eram

os responsáveis por donativos

e heranças que, aliados às esmolas,

eram

os recursos

com

os quais essas entidades

podiam

contar.

Além

disso, os eremitas- indivíduos

que

se

dedicavam

à vida ascética, à

promoção

de culto e devoções-

foram

outros personagens marcantes da história dos leigos

no

catolicismo colonial. Azzi, citado por Landim, traz o

exemplo

de

Joaquim do

Livramento

como

uma

das iniciativas individuais de realizar a filantropia, por ter sido

o criador de escolas, asilos de

meninos

e seminários.

Tendo

como

alicerce as ordens religiosas

na

estruturação da assistência

social, saúde e educação, é

que

chegam no

Brasil,

no

Século

XVI

os Jesuítas

com

a

missão-cololnizadora de instalar as “escolas de ler e escrever”. Destaca-se,

também,

que

nesse periodo, Franciscanos, Cannelitas e Beneditinos, ao lado das Santas Casas

de Misericórdia e hospitais, fundados nas antigas escolas dos Jesuítas, representavam

aqueles que,

com

grande eficácia, convertiam índios, criavam seminários e

eram

os

4 Associações

Voluntárias- entidades privadas de serviços sociais, saude, educação, voltadas para seus membros e

extensiva a um número e variedade de formas organizativas e iniciativas sociais, que vão desde clubes recreativos e

(15)

5

responsáveis pela assistência pública à saúde.

As

ordens e congregações religiosas

dispunham

de

autonomia

econômica,

com

recursos advindos, não apenas de doações,

mas

de heranças e dotações de particulares.

Em

suma, o

que

podemos

chamar

de Associações de Voluntários, surgidas

no

período, aconteceram

no

espaço da igreja católica

ou

sob seus cuidados,

permeadas

pelos valores

da

caridade cristã, dentro do catolicismo que fora implantado, cujo

pano

de fundo

eram

as relações dessa

com

o estado.

Como

nos diz Landim, é a mistura

do

público e

do

privado,

do

confessional e o civil. “A assistência à população nestas

diversas áreas esteve

marcada

pela lógica da autoridade tradicional, onde coube aos

“Senhores a iniciativa da proteção aos “pobres ”5 , segundo o sistema hierárquico do

dom

e

da lealdade”. Araújo citado por

Landim:

15, esclarece essa

forma

de assistência:

“Muitos fazendeiros reservavam

na

Casa

Grande

um

aposento destinado aos familiares enfermos e,

em

suas terras,

uma

casa ou dependências especiais para empregados e

escravos,

quando

acidentados ou doentes”.

,,

/

No

período

que compreende

a Independencia, a

Monarquia

e a Primeira

República, percebe-se a consolidação

do

controle do Estado sobre os interesses

agrários, o

que

ficou conhecido

como

o Coronelismo, sistema intrincado,

que

funcionou baseado

em

hierarquias, lealdades, laços de parentescos e

na

troca de votos

por favores políticos. Esse foi o palco das transformações da sociedade civil, que se

constitui acoplado ao crescimento da população e dos centros urbanos.

Outra

marca

desse periodo, mais precisamente Século

XIX,

é a separação

da

Igreja e o Estado. Por

um

lado, este último

afimia

uma

perspectiva leiga e

racionalista, tentando assegurar-se de recursos técnicos e

humanos,

que possibilitassem

o

domínio do que

anteriormente havia sido entregue à igreja. Esta, por sua vez,

assume

um

ponto de ruptura,

quando

se confrontam as

normas

religiosas

com

as

normas

legais

do

Estado.

É

o

que

ficamos

conhecendo

como

sendo a Questão Religiosa.

O

ápice

desse conflito foi a proibição, por parte

da

hierarquia

da

Igreja,

da

participação dos

membros

das irmandades e confrarias

em

organizações maçônicas, este resistem e

5 Esta

assistência não se caracteiizava como Associação Voluntária pois, era destinada somente àqueles da fazenda e era

(16)

me

6

ganham

causa

quando

recorrem à justiça Imperial.

A

separação definitiva entre Igreja e

Estado ocorre após a

Proclamação da

República,

quando

a constituição Liberal de

1891 “estabelece a liberdade de culto, proíbe subvenções

governamentais aos templos e a educação religiosa, reconhece validade apenas para casamentos civis, seculariza a educação”( ibid, pag. 17)

Nesse

momento,

a Igreja, independente e

sem

apoio, entra

em

sintonia

com

Roma

e

obedece

ao

movimento

religioso preconizado por Pio IX.

O

que

acontece é a

recristianização

com

a reforma

do

clero, envio de padres e freiras advindos

principalmente de congregações Européias.

Conventos

são reabeitos, são

fundadas

novas

paróquias, associações de leigos são criadas

com

finalidade

devocional,

caritativa e assistencial.

O

processo de reestruturação da igreja,

no

Brasil, passou fundamentalmente

pela

conclamação

dos fiéis, tendo

como

orientação a caridade,

como

cerne da ética

católica, o centro, a alma, a “rainha” de todas as virtudes.

Nesse

projeto de estabelecimento de vínculos entre a igreja e as massas, a

fundação de escolas, hospitais, obras pias e caridade

ocupavam

a preocupação central

da igreja.

Eram

fundadas graças à

esmola que

os fiéis prestavam por

serviços

religiosos, tais

como,

sacramentos, missas... e

eram

de todas as classes.

As

contribuições para as obras religiosas e sociais,

segundo

Oliveira, citado por Landim,

vinham

principahnente das classes abastadas.

Nesse

contexto, os colégios católicos representaram importante papel; teve-

se

na

criação

do

Centro D. Vidalõ , grande mérito quanto à articulação de intelectuais

brasileiros de

onde

sairam vários líderes

que fundaram

outras instituições.

O

Centro D.Vidal exerceu influências fundamentais naquele

momento,

quer seja através

do

engajamento, quer seja

na

conquista dos intelectuais brasileiros.

O

Então Cardeal D.

Leme,

ao falar sobre o Centro, assim se expressava

(Moura

op.cit.Aguiar, 1991 :25):

6

O

Centro D.Vital foi fundado em 1922, destinado a penetrar no meio intelectual através de bibliotecas e publicações de

livros selecionados. Este centro foi fundado pelos intectuais Jackson de Figueiredo, Perilo Gomes e Hamilton Nogueira.

(17)

-7

“é a

maior

afirmação da inteligência cristã

no

Brasil”

Com

o controle sobre as bases leigas, a igreja, por volta de 30,

chegou

a ser

considerada a

mais

forte instituição da sociedade brasileira.

O

ano

de

34

vai

marcar

o início de

um

novo

período entre Igreja e Estado,

uma

forte aliança.

Na

ampla

colaboração entre ambos, multiplicam-se as entidades

sem fins

lucrativos

que atuavam

nas áreas da educação, saúde assistência.

A

filantropia

exercida pelos empresários

ou

setores dominantes da

época

passa, nesse período, pela

Ação

Social da Igreja.

Encontramos,

também,

a presença de igrejas protestantes que,

com

a

assinatura

do

Tratado de

Comércio

e

Navegação

fimtado

entre o Brasil e a Inglaterra,

vão

culminar

na

vinda ao país dos primeiros clérigos anglicanos.

Além

disso, grupos religiosos

com

menos

visibilidade, tais

como,

Espíritas e Afro-brasileiros, Igrejas

evangélicas de imigração (Luteranos)

ou

de missões (congregacionais, Presbiterianos,

Metodistas e Batistas),

embora

perseguidos pelas autoridades,

conseguem

estabelecer

laços significativos entre as

camadas

populares urbanas, dedicando-se às obras sociais.

Esse periodo

ficou

marcado

pelo desenvolvimento da

Ação

Católica

conclamada

pela igreja,

que comprometia

e convidava o leigo para participar

do

apostolado hierárquico, e

que

ficou

conhecida

com

a

Ação

Católica Brasileira-ACB,

tendo

como

principal objetivo a

formação

do

laicato para colaborar

na

missão da igreja “salvar as almas pela cristianização dos indivíduos da Família e da Sociedade”

(Aguiar, 1991 :23).

A

partir

do Papa

Pio XI, a

Ação

Católica se inova e lhe é atribuído

um

ordenamento

jurídico. Pio

XI

considerava a

mesma

como

sendo a

máxima

necessidade

de participação dos Leigos

no

apostolado social.

Cabe

ressaltar

que mais

tarde, ligados à

Ação

Católica, são inclusas as

chamadas

.IEC(Juventude Estudantil Católica), .IUC(Juventude Universitária Católica),

(18)

8

atuavam na formação

de consciências distintamente cristãs. Percebe-se que é notória a

participação

do

leigo

como

voluntário

amando

na

difusão da doutrina social da igreja e

na

recristianização

do

povo

brasileiro. '

1

A

Ação

Social

também

merecia destaque

no

papel que desempenhava; suas

atividades

tinham

como

objetivo

promover

o Progresso Social, a melhoria das

condições de vida

na

sociedade e a aplicação à vida coletiva dos princípios da justiçae

da caridade. Essa tarefa era exercida pela conjugação de esforços da Igreja,

do

particular e

do

Estado.

A

Ação

Social é entendida

como

expressão

do

corpo místico

da

igreja: Pai, Filho e Espírito Santo.

É, pois, da

Ação

Social e da

Ação

Católica que saem, mais tarde, jovens

para o Serviço Social

no

Brasil.

Confonne

Arlete (1982, pag. 46), a justificativa da

ação social

que

a Igreja desenvolve nesse período,

na

área social, está intimamente

ligada à crença de

que

a sociedade deveria propiciar ao

homem

condições de vida

que

lhes pennitissem realizar seus destinos últimos que

eram

de vivenciar

na

vida terrena a

vida etema.

Sua

atuação se

deu

diretamente, através dos

movimentos

e instituições

com

caráter progressivo, preventivo e curativo.7

\

u

\

z

Nas

últimas decadas

do

Seculo

XIX,

com

a

complexificaçao

da questao

social nas cidades, configura-se o surgimento de novas entidades de auxílio

mútuo

que

se

juntam

às já existentes

como,

por exemplo, as

Irmandades

e

Ordens

Terceiras.

Nessas

entidades, a assistência prestada era a farmacêutica, a médica, nas

enfermidades,

no

desemprego,

na

invalidez e

na

morte.

Temos,

como

exemplo, a

Sociedade Portuguesa de Beneficência, fundada

em

1840, que era

uma

das entidades

que

prestavam auxílio aos imigrantes, sobretudo europeus, que

povoavam

as cidades.

O

que

se

deu

foi a proliferação das Associações Volu_r_itá_§ias nas cidades maiores

do

Brasil, que

mudam

de perfil paulatinarnente,

começando

a se politizarem e a se

constituírem

em

grupos de interesses,

perdendo

o caráter religioso, convertendo-se

em

movimentos

e sindicatos.

7

Maiores esclarecimentos ler: Lima, Arlete Alves de, Contexto histórico ein que se introduziu o Serviço Social no Brasil.

Iri. Serviço Social rio Brasil-

A

ideologia de urna década. 2.Ed, São Paulo: Cortez, 1982 e LIMA, Alceu Amoroso.

(19)

9

Na

gestão de Getúlio Vargas se inaugura

no

Brasil a era nacional-

desenvolvimentista e centralizadora

com

a presença

do

Estado na sociedade, que se

expressa e se consolida nas legislações previdenciária e trabalhista; a política social

tem

como

característica o corporativismo, a fragmentação, a seletividade e a

ineficiência. Vive-se sob a ótica

do

Estado de bem-estar Social

com

fonnação

da

chamada

Cidadania regulada.

“Em

outras palavras, são cidadãos todos aqueles

membros

da

comunidade que

se encontram, localizados

em

qualquer

uma

das ocupações

reconhecidas e definidas

em

lei”. (Santos op. cit. Landim:24), ampliando

com

isso, a

marginalização de algims segmentos,

como,

por exemplo, os trabalhadores rurais,

c0uja

ocupação

a lei desconhecia naquele

momento.

Cabe

ressaltar

que

Getúlio soube

muito

bem

cooptar os

movimentos

existentes, intervindo

no

quadro associativista.

Com

o projeto Getuliano de natureza corporativista e autoritária, ao

Estado coube, então, a responsabilidade pelo financiamento e prestação dos Serviços

Sociais.

Em

1935, é

promulgada

lei que estabelece a Declaração de Utilidade Pública

como

instrumento

que

regulava a colaboração entre as entidades

sem

fins

Olucrativos e

o Estado.

Nasce

então, o

Conselho

Nacional de Serviço Social-CNSS, subordinado ao

Ministério

do

Trabalho,

que

se encarregou de executar esse tipo de colaboração

com

a

regulamentação através

do

decreto no. 5.698 de 1943, que preconizava a assistência a

gnipos desprotegidos, à velhice e à invalidez, à

matemidade,

educação, de anormais,

de adultos...

E,

também,

desse periodo (1942), a criação da Legião Brasileira de

Assistência-LBA órgão

govemamental

responsável pelo atendimento aos setores

mais

fragilizados

da

população: crianças, gestantes, nutrizes portadores de deficiências e idosos, tendo

como

presidente a então

Primeira-Dama

a Sra.

Darcy

Vargas.

A

peculiaridade

*

que

marca

aTBA\desde

os primórdios é a presença da força de trabalho

`_""'“" ^ - Hr... ___ __ . __.. --f f E

Voluntário que, por

um

ato de

boa

vontade e de responsabilidade

com

o

próx_im_o,_se

congregam.

A

fonte inspiradora

do

primeiro

movimento

de trabalho voluntário ligado à

área

govemamental no

Brasil,

foram

as vicissitudes provenientes da participação

na

segunda Guerra

Mundial.

Os

brasileiros

que iam

para a Guerra

deixavam

um

grande

número

de familias desprotegidas e vulneráveis às contingências

da

época.

Darcy

(20)

Vargas faz

um

chamado

às Primeiras

Damas

para

que cumprissem

a missão de

proteger a família dos soldados.

A

necessidade de fazer algo pelos pracinhas

começa

a ser sentida pela

sociedade. Caberia às Primeiras-damas se engajarem

no movimento,

conjuntamente

com

as Associações Comerciais e demais brasileiros.

A

assistência prendia-se

no

sentido de auxiliar,

amparar

os desvalidos, os necessitados, os atingidos mais

diretamente pelas conseqüências

da

guerra. «

Durante o período

que

compreende

a década de

30

até o

Golpe

de Estado de

64

(era

do

autoritarismo, sob o

Govemo

dos militares), assiste-se à criação de

associações civis, organizações sindicais, entre elas a

UNE

(União Nacional dos

Estudantes)

em

1937, o

SAR

( Serviço de Assistência Rural),

bem como

movimentos

leigos ligados à

Ação

Católica

que vão

formar correntes de esquerda e progressistas;

representando

um

período de efervescência das organizações

sem

fins

lucrativos, de

objetivos diversos e de iniciativas ligadas ao

govemo,

com

forte presença

do

estado.

Para

Landim

( ibid. pag. 26):

“De meados

da década de 50

em

diante, a sociedade civil

brasileira

começa

a povoar-se

por

um

associativismo

relativamente

autônomo

e fortemente politizado,

onde

os

sindicatos atrelados ao Estado tiveram papel de peso”.

Com

a implantação

do

regime de ditadura

em

64, inicia-se

um

novo

periodo,

onde

encontraremos a lenta e progressiva associação da sociedade civil.

A

modemização

acelerada

da

sociedade,

mudanças

nas políticas sociais

govemamentais,

modelo

centralizador de rendas, a urbanização, a alfabetização e o crescimento

da

população universitária,

caminhando

para

uma

diversificação produtiva e social, são

alguns dos aspectos

que

marcaram

esse periodo.

Com

a

nova

Constituição de 67, inspirada nos

moldes

da doutrina de

Segurança Nacional, as organizações e

movimentos

populares são repnmidos, sindicatos e universidades sofrem intervenção federal, dissolução dos partidos políticos

(21)

ll

com

suas lideranças reprimidas, censura à imprensa, prisão, tortura e morte de grupos e

partidos de inspiração marxista.

Ao mesmo

tempo, o Estado

avançou

sobre a sociedade

civil e abriu áreas institucionais a interesses privados.

Entre

1964

e 1985,

foram tomadas medidas

para organização de sistemas

nacionais públicos

ou

estatalmente regulados

na

prestação de bens e serviços sociais

básicos, tais

como:

saúde, previdência, educação, habitação e assistência social.

Na

área da previdência, por exemplo, a intervenção é vinculada exclusivamente ao estado,

sem

a participação dos sindicatos.

O

Outra característica dgsse período, são os processos de privatização

orientados pela lógica

do mercado na

aplicação de recursos públicos, favorecendo o

crescimento

do

setor empresarial

em

detrimento

do

setor

sem

fins

lucrativos.

O

que

assistimos foi, de

um

lado, à

modernização

da sociedade e, de outro, o fechamento dos

canais de participação.

O

que apresenta grande crescimento nesse

momento,

são as

associações civis: Irmandades Religiosas, de Funcionários Públicos, de Trabalhadores,

de Profissionais (professores, advogados, médicos, odontólogos, jomalistas,

etc. ) e de

empregadores.

Cabe

ressaltar o importante papel

que

a Igreja

desempenhou

nesse contexto.

Sob

a influência

do

Concílio Vaticano II e das

Novas

Orientações da

CNBB

-

Conferência Nacional dos Bispos

do

Brasil,

em

1962, dava visíveis mostras de renovação pastoral; é a presença

do

laicato, o engajamento social e político.

À

revelia

do

Estado, espalharn-se

novos

atores religiosos e leigos pelo país, estimulados, e

cedendo

espaços da igreja para a gestação de

movimentos

de operários, trabalhadores,

donas

de casa e de jovens, etc.

A

CNBB

assurne importante papel

na

defesa das

liberdades civis e dos direitos

humanos,

promovendo

a tradução da doutrina social

cristã através de inúmeros documentos; ressalta-se a criação de novas organizações

ligadas a esta:

Comissão

Pastoral da Terra e o

Conselho

Indigenista Missionário.

No

Brasil, nas duas últimas décadas, assistimos ao forte crescimento de

associações civis.

Em

meados

de 80, o termo

ONG-

Organização

Não

Govemamental

começa

a ser utilizado;

no

entanto,

em

70, estas já

podiam

ser identificadas

no

(22)

militância e profissionalismo, sendo sua principal característica o direcionamento político e, seu fundamento, o exercício

da

autonomia, cidadania e da transformação

social.

Landim,

ao citar dados de

uma

pesquisa efetuada pela Receita Federal sobre

as entidades de assistência social

em

1993, revelou

que

eram

55. 369,

ou

seja,

representavam

29,13%

das entidades

sem

fins

lucrativos

no

Brasil que são religiosas,

beneficentes e se

dedicam

à "prestação de serviços de natureza diversa a grupos

fragilizados

da

população

como

crianças, pequenas e abandonados, nutrízes, idosos,

deƒicientesfisicos

ou

mentais, alcoólatras, desempregados, os

que

se encontram

na

linha

de pobreza absoluta, etc ".

( ibid, pag. 35). São,

no

geral,

menos

profissionalizadas, e 0

trabalho voluntário parece ter

mais peso

e valor simbólico.

Oliveira citado por

Landim

(1993, pag. 36) propõe

uma

divisão de

entidades de assistência social existentes

no

país: o primeiro grupo seriam aquelas

instituições tradicionais de caridade,

com

abrigos para crianças, idosos... inspirados

nos sentimentos de compaixão, misericórdia, caridade e filantropia, de caráter

assistencialista, patemalista e gerador de dependência de suas ações.

No

segundo

grupo, estariam aquelas entidades de

promoção

do

desenvolvimento e, por último, as

entidades

com

fins

eleitoreiros, pelos quais

boa

parte dos recursos públicos

que

são

destinados à área social são apropriados por politicos, de caráter privado.

Contudo, apesar das diversas divisões e das diferentes áreas, é a área

religiosa que, através das

Obras

Sociais Católicas (igreja) e

do

Estado,

continuam

até

hoje

na

prestação de serviços assistenciais à população.

A

Igreja, por sua vez, baseada

em. sua doutrina, convida o leigo ao

compromisso,

tendo

como

ingrediente principal o amor. “Sentimento

que não

se

pode

cobrar

em

contratos de trabalho,

mas

que esta presente

de

modo

insubstituível

na

ação voluntária... ” (Lessa

apud Landim:40)

Com

a redemocratização, a

nova

conjuntura política e

econômica

propicia

abertura ao diálogo e trabalhos

comuns

entre as entidades civis e empresariais.

O

que

acontece é o crescimento das entidades

sem

fins lucrativos, associações de moradores,

(23)

13 Esse

mundo

mais recente, é

permeado

pelo ideário de construção da sociedade ci\n`l e da cidadania

não

regulada,

mas

ativa e participante.

Hoje, pensar associações voluntárias, Organizações

Não

Govemamentais,

em

ação voluntária implica,

também,

como

nos referimos anteriormente, identificar a

ação cada vez

menor

do

Estado,

como

fala Brant (1993, pag. 70):

“Nesse contexto de deficit do Estado, ressurgem a

família e a comunidade”.

É, pois, a sociedade civil

que

se

toma

protagonista das atenções .e serviços

destinados às

camadas

populares, cenário da ação de pessoas que, envoltas

em

espírito

de solidariedade, doação, servir...,

tomam-se

agentes

do

acesso aos bens e direitos

negados

àqueles.

A

nossa preocupação foi a de estudar a

Ação

Volimtária

no

Brasil e,

no

nosso entender, ela

não pode

ser efetuada senão através

do

estudo da Igreja Católica e

outros religiões,

do

estado e da sociedade civil via associações, lideranças, iniciativas

individuais, de

uma

cultura de caridade e da pessoalização, de

uma

tradição social- democrata,

onde

ajudar o outro é obrigação cívica e evocação

do

altruísmo e da

boa

vontade.

Dedicamos

mais atenção à Igreja Católica pelo fato de ter sido e ainda

representar papel de grande peso

na formação

da consciência

da

participação e

engajamento

ao qual o cristão é convidado.

Cabe

ressaltar

que

o veio de voluntários

com

os quais nos

deparamos mais

comumente

vivem

e se

engajam

nesse trabalho devido as influências e orientações

dessa

mesma

Igreja.

O

próximo

ítem será dedicado à análise de

algumas

dessas orientações, as

quais apresentam efetivo rebatimento sobre a ação desenvolvida pelo Voluntário

com

(24)

1.2

Os

leigos

na

Igreja

O

Trabalho Voluntário nasceu e desenvolveu-se sob os cuidados da religião

e, durante

mais

de três séculos, esteve sob o

monopólio

quase que exclusivo da Igreja

Católica e,

com uma

certa diversificação,

com

as Igrejas Protestantes e grupos

Espíritas.

Até

os nossos dias, a Igreja continua sendo forte construtora de

Obras

Sociais (asilos, orfanatos, albergues, etc.).

Como

fonte de sustentação a estas

encontramos

as Igrejas, doações e o Estado. Logo, é a continuação

da

já conhecida

parceria entre Igreja/Estado

na

prestação dos serviços de assistência à população.

A

Igreja,

como

instituição

sem

fms

lucrativos, através da história, traz

na

doutrina social

um

ideal de

compromisso

de cada cristão que deve ser assumido

enquanto Ser

no mundo.

A

Doutrina Social Cristã é

definida

como

sendo:

“corpo social de princípios fundamentais de

uma

sistema

social à luz

do

cristianismo” (Schweitzer, 1967, pag. 5).

É

o

que

existe de sistematização aos princípios da moral social aplicada à

vida social.

O

ensino

da

Doutrina Social Cristã é exercido pelo Papa, Bispos, Padres e

todo o clero.

Chegam

até nós através dos

chamados

“Documentos

Pontificios”,

documentos

das

Congregações

Romanas

e nos

Documentos

de Bispos e Sínodos.

Os

Documentos

Pontíficios

mais

conhecidos por nós, são as Encíclicas Papais, por

tratarem

mais

precisamente das questões sociais.

A

pedra angular de toda a Doutrina Social da Igreja foi a Encíclica

“Rerum

Novarurn”,

promulgada

pelo

Papa Leão

XIII a 15 de

maio

de 1891. Essa Encíclica

unificou

e oficializou o

pensamento

Social Católico; tratava da condição dos

(25)

15

Desde

então, a Doutrina Social Cristã entrou

em

plena expansão,

acompanhando

de peito os passos

da

história até os nossos dias, alcançando grande

~

repercussao.

Para efeito desse estudo, analisaremos alguns

documentos

oficiais da Igreja, a

fim

de fundamentar suas orientações aos Leigos.

São

eles:

Ubi Arcano

Dei (1922),

Concílio Vaticano II, Puebla

(México

1979), Diretrizes Gerais da

Ação

Pastoral da

Igreja

no

Brasil

(CNBB),

Divini

Redemptoris

de

1937

e Christifideles Laicis (João

Paulo Il, 1992) pelas orientações

que

neles

constam

no

tocante à

Missão

do Leigo.

Ao

promulgar

a Encíclica

Ubi Arcano

Dei, a 23 de

dezembro

de 1922, Pio

XI

lança a idéia da

Ação

Católica,

chamando

os fiéis para

que assumissem

seu papel

ativo dentro

da

Igreja e

definindo-a

como

sendo:

a participação dos

leigos organizados...

no

estabelecimento do reino Universal de Jesus

Cristo

”(Havana

op. Cit. Lima, 1982, pag. 34).

A

organização da Liga Eleitoral Católica (LEC),

em

1933, idealizada pelo

então Cardeal

Dom

Leme,

tinha

como

objetivo a orientação aos católicos para

que

dessem

seus votos aos candidatos

que defendessem

os interesses e reivindicações

católicas, tais

como:

a indissolubilidade

do casamento

e o ensino religioso facultativo

nas escolas

na Assembléia

Constituinte. .

Desempenhou

importante papel a

Ação

Católica,

movimento

de colaboração dos leigos

no

apostolado

da

Igreja,

com

a missão de evangelização,

orientação dos católicos e reconstrução

da

sociedade,

sem

contudo participarem da

política partidária enquanto

movimento

e

não

podendo,

também,

comprometer-se

com

nenhum

destes.

Essa preocupação podia ser encontrada

em

1942,

numa

circular dos

arcebispos e bispos,

onde preconizavam

a instalação da

Ação

Católica

em

todas as

paróquias,

como

sendo “questão de zelo e obediência obrigatória e

não

facultativa”. (

Aguiar, 1991, pag.24).

Era a Igreja

que

se

preocupava

com

a recristianjzação, e incumbia o Leigo

(26)

Laicato,

surgem

grupos, associações

que

organizam cursos,

semanas

de estudos

com

o intuito de formar aqueles

que

integravam seus quadros.

O

próprio

CEAS

- Centro de Estudos e

Ação

Social nasce

com

a finalidade

básica de “estudo e difusão da doutrina social da igreja e a ação social dentro da

mesma

diretriz”

(Y

asbeck

apud

Aguiar, 1991, pag.29). V

Na

pastoral

da

Igreja (1932), a

Ação

Social,

ou

seja, o Cristão, a partir das

orientações

do

Evangelho, deveria trabalhar

na

promoção

e libertação

da

pessoa

humana.

É

uma

função sacramental,

onde

o cristão a partir dos sacramentos,

como,

por exemplo, o batismo, assumirá sua

vocação

plena

que

é a de servir.

O

cristão é convidado a exercer a caridade seguindo as seguintes

orientações:

- caridade oportuna, é perceber a necessidade

na

hora

em

que ela se

apresenta.

- caridade

eficaz

- é aquela que

não

se contenta

com

boas intenções, vai

até o fun

na

resolução dos

problemas

dos necessitados;

- caridade

sem

reservas - é levar a caridade às últimas consequências e

Cristo é apresentado

como

exemplo;

- caridade desinteressada - é fazer o

bem

servir

sem

esperar

nada

em

troca.(Paulo VI, 1972, pag.5).

A

CNBB,

ao apresentar as Diretrizes Pastorais para o biênio 75/76,

propunha

uma

ação pastoral inspirada

na

missão de Cristo e de sua Igreja: “é aí

que

se encontra

uma

fonte

permanente

de diretrizes e princípios”

(Documentos

da

CNBB,l975,

pag.7).

Nesse Documento,

o Leigo/Cristão,

mais

uma

vez, é

chamado

a assumir seu

papel “próprio e insubstituível para o crescimento do corpo de cristo; à tornarem a Igreja

presente e atuante nos lugares e circunstâncias

onde

apenas através dela

pode

chegar o

sal da terra ”. (rbidern:39).

É

a

vocação

batismal

do

cristão que deveria ser assumida

(27)

7

O

Cristão/Leigo é

chamado

à responsabilidade

na

edificação da Igrejla,

colocando-se a serviço dela, de acordo

com

os

dons

que recebeu e

com

as funções

que

lhe

eram

confiadas.

Já, nas Diretrizes Gerais da

CNBB,

previstas para o período 79/82, os

Leigos

eram

identificados

como membros

da

Igreja fiéis a Cristo e

comprometidos na

construção

do

reino de Deus.

O

Documento

reconhece a necessidade de incentivo, da

formação

doutrinal, social e apostólica.

A

participação

do

Laicato deve ser

no

âmbito da execução e das decisões

quanto ao planejamento

da

pastoral e sua articulação a nivel nacional via

CNL

-

Conselho

Nacional de Leigos,

que tem

como

lema: “Leigos organizados

=

Leigos

Evangelizados”.

Em

Puebla,

no

México, a Conferência Episcopal,

retomando

0 Concílio

Vaticano II e Medellín, afinna

em

todas as atividades a presença

do

Leigo,

na

busca

da

promoção

do

bem comum,

na

defesa da dignidade dos mais fracos e necessitados,

na

construção da paz, da liberdade, da justiça e

na

criação de

uma

sociedade

mais

justa e fratema.

Mais

recentemente, o

Papa

João Paulo II,

na

Clnistifideles Laici de 1992,

apresentava a seguinte caracterização

do

Leigo:

- Pertencem à Igreja e a seu ministério (n°.8).

-

São

os co-responsáveis pela missão da Igreja (n°. 15).

-

Os

Leigos são a Igreja (n°.9).

-

Fazem

parte

do

povo

de

Deus

(n°. 14).

No

referido

Documento,

0

Papa

retoma Pio XII que dizia:

“Os

fiéis, e mais propriamente os leigos, encontram-se

na

linha mais avançada da vida da Igreja; para eles, a

Igreja é o princípio vital da sociedade

humana. Por

isso,

eIes,... são a Igreja...”(pg.26).

Além

disso, convida o Leigo,

na

lógica da doação, a utilizar seus dons,

(28)

das

mundo.

Os

fiéis Leigos são convidados a participar de conselhos pastorais

diocesanos, das paróquias,

enfim,

mais

uma

vez, o Leigo/cristão é convidado a se

engajar

em

grupos, organizações

ou

movimentos,

a

fim

de realizar sua missão de

solidariedade, de doação:

“Os

fiéis

podem

livremente

fundar

e dirigir associações

para fins de caridade ou piedade, ou para

fomentar

a vocação cristã

no mundo,

e reunir-se para alcançar

em

comum

esses

mesmos

fins “(sobre o Apostolado dos

leigos, apud Christifideles Laicis, 1992, pag.72).

É

nesse contexto

que

apareceram, sobretudo nas sociedades organizadas, as

diversas formas de voluntariado,

que

se traduzem nas

mais

diversas e variadas formas

de serviços e obras.

Para João Paulo II “o voluntariado deve ser visto

como

sendo

uma

importante

expressão de apostolado,

onde

os fiéis leigos,

homens

e mulheres,

desempenham

um

papel de primeiro plano” (ibid. pag. 107).

Neste documento, o Cristão/Leigo é convidado a realizar ações

que

combatam

a violência, a opressão, a segregação e que lutem

em

favor da verdade, da liberdade, da justiça e da caridade, desenvolvendo a cultura da solidariedade

em

todos os níveis. Tal Solidariedade “é

caminho

para a paz e simultaneamente para o

progresso ”. (ibidem: IO).

É

com

o Voluntário, nascido e gerado sob essas orientações

que

vamos

nos

deparar

no

campo

de estágio.

Ao

fazemos

alusão a

algumas

dessas

orientações,objetivamos atingir

uma

efetiva compreensão, a

fim

de analisar o

rebatimento

que

tais orientações tiveram

na

Ação

Voluntária, mais precisamente

na

pessoa

do

voluntário, e

como

este irá pautar suas ações junto às diversas atividades e

entidades

onde

atua.

É

sobre esse Voluntário

que

falaremos

no próximo

ítem deste

(29)

19

1.3 -

Falando

sobre o voluntário

Como

pudemos

perceber

no

primeiro ítem deste trabalho, as Organizações

Sem

Fins Lucrativos

nascem

e transitam

num

terreno para-estatal após os anos 30, e se

apresentam

como

ponto de partida para a inclusão dos setores marginalizados

no

acesso aos serviços sociais básicos

assumindo

as controvérsias da intervenção social.

No

Brasil, essas entidades “não

aparecem

como

uma

única categoria,

mas

antes

em

uma

área misturada e confusa,

ocupada

por

tipos diferentes de agentes,

com

diversos propósitos”. ( Di

Maggio

e

Anheier

op. cit

Landim,

1933, pag. 41).

Essas entidades, organizações e associações

sem

fins

lucrativos de todo o

tipo, comunitárias, de pais e mestres, de associações de moradores,

em

defesa da

mulher,

do

negro, etc, apresentam,

no

nosso entender,

um

ideal de construção de

um

tipo de sociedade civil,

com uma

cidadania ativa,

que

visa a realização

da

pessoa e de

seus direitos, através de

uma

ética

que

supere os preconceitos, a discriminação, a

dominação

e

que

cresça e se multiplique

um

modelo

de sociedade

mais

justa e

igualitária.

Além

disso, após termos estudado as Organizações Voluntárias e

como

se

configuraram no

decorrer

da

história,

fica

bem

claro

que

se

desenvolvem quando

o

Estado, o

Govemo

não

são mais expressão

do

acesso aos bens 'e serviços da

população,

ficando esse setor entregue aos cuidados dessas organizações que

têm

sido,

como

fala

o Assistente Social Egbert:

“... a ponta da lança da

mudança

social e de

caminhos

abertos ” (Debates Sociais/CBCISS, 1982136).

A

Ação

Voluntária

não

é

'um fenômeno

tão

somente

da atualidade.

A

sociedade já vive sob os resultados dessa ação desde muito, ação que

tem

sido

conseqüência de

uma

idéia surgida

com

alguém,

em

algum

lugar e pela Igreja que,

com

(30)

20

serviço dos outros, teve seu esforço individual resultando

em

beneficios para muitos,

ou

seja, para

uma

realização coletiva.

Esse Voluntariado Cristão continua a fazer a história e a viver a caridade

nas ações espontâneas, livres , gratuitas, desinteressadas, sendo

uma

testemunha da'

mensagem

do

evangelho,

do

amor,

da

doação, e à espera

da recompensa

etema.

Esse

Voluntário vai pautar suas ações

na constmção

da cidadania, de

novos

sujeitos e, neste

caso, proporcionar atividades e reflexões

que

paitam de suas necessidades e conhecimentos, valorizando-o e

tomando-o

um

participante ativo.

Em

outros países,

como

é o caso de Barcelona, o Voluntariado Social já se

constitui

como

uma

associação.

É

o caso de Sabadell, que

em

1992,

comemorou

150 anos de Associações,

com

um

total de 137 entidade agrupadas

em

22

classes de atividades, dentre as quais o Voluntariado Social.

Contudo, sendo o voluntário elemento responsável e,

no

nosso entender,

diante

da

conjuntura atual, indispensáveis

na

construção e

no

acesso de grande parcela

da

população aos serviços sociais, pelo trabalho social,

tem

sido

definido

das mais diferentes maneiras. Citaremos

algumas

a título de ilustração, pois nosso objetivo

não

é conceituar, mas, sim, entender

como

essa ação acontece.

“E

aquele

que

age por livre e espontânea vontade,

sem

coação”

(Eduardo Lindeman apud Batista, 1968)

“É

0

jovem

ou adulto que, devido ao seu interesse

pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte de seus

tempo,

sem

retribuição alguma, a diversas

formas

de

atividades, organizadas ou não, de bem-estar social ou

outros campos”.

Organização das Nações Unidas (ibidem Batista, 1968)

“E

uma

pessoa que

assume

de maneira

não

compulsória

(31)

21

“E

uma

pessoa

que assume

de maneira

não

compulsória e

não

remunerada, suas obrigações de cidadania”.

(Nathan E.Cohen, 1960, pag.l1)

Entendemos

que

o voluntário é toda e qualquer pessoa que, sensibilizada

com

os

problemas

sociais, se

compromete,

de

forma

gratuita, e dedica parte de seu

tempo

livre a serviço de grupos,

comunidade

e outros segmentos da sociedade

onde

vive. ›

A

Cáritašg, organismo ligado à Igreja Católica, que

tem

como

objetivos a

promoção,

orientação das

Ações

Sociais, e conscientização das

comunidades

para a

solidariedade nas emergências naturais e sociais

pode

ser encontrada

em

várias cidades

do

nosso país, e assim

define

voluntário:

4

“É

uma

pessoa sensível e socialmente engajada

que

faz

opção

por

uma

ação social gratuita, caracterizada pela

solidariedade

como

expressão de

um

conceito de vida mais coletivo e comunitário”.(Informativo Cáritas, 1995:

3).

Os

motivos que

levam

o Voluntário ao engajamento são das r_nais_

diversificadas ordens, a inspiração religiosa, a civil, a individual

ou

a grupal,

comunitária

ou

humanitária,

mas

sabe-se

que

acredita

no

ser

humano,

e

tem

como

elemento

comum

a gratuidade, a integração e a partilha dos bens sociais.

Ao

desenvolver suas atividades, estas serão pautadas

na

sua visão de

homem

e de

mundo,

na

ideologia política,

no

referencial religioso

ou na formação

técnico-cientifica que'

tenha recebido

no

decorrer de sua trajetória

como

Voluntário.

8

Cáritas é uma organização da Igreja Católica Apostólica Romana de âmbito Intemacional e no Brasil faz parte CDIBBe

atua nas Dioceses e Paróquias; desenvolve programas sociais com a colaboração do Voluntário nas seguintes areas:

Crianças e Adolescentes, Meninos de Rua, Idosos, Mulher Margirializada, Portadores do HIV, na Formação de

lideranças, Cultura e comunicação popular, Oficinas, Cooperativas e Microempresa, Medicina altematrva, Artesanato,

Referências

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