UNIVERSIDADE FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
`r ~
POS
GRADUAÇAO EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
ALGORITMOS
DE
PRE-PROCESSAMENTO
DE
IMPRESSÕES
DIGITAIS
PARA
SISTEMAS DE
IDENTIFICAÇÃO
DATILOSCÓPICA
AUTOMATIZADOS
DISSERTAÇÃO
SUBMETIDA
À
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA
PARA
OBTENÇÃO
DO
GRAU
DE
MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
FLÁVIO
AUGUSTO
PENNA
SOARES
ALGORITMOS
DE
PRÉ-PROCESSAMENTO
DE
IMPRESSÕES
DIGITAIS
PARA
SISTEMAS
DE
IDENTIFICAÇÃO
DATILOSCÓPICA
AUTOMATIZADOS
FLÁVIO
AUGUSTO
PENNA SOARES
ESTA DISSERTAÇAO
FOIIULGADA
ADEQUADA
PARA
OBTENÇÃO
DO
TITULO
DE
MESTRE EM
ENGENHARIA
ESPECIALIDADE
ENGENHARIA
ELETRICA,CIRCUITOS
EINSTRUMENTAÇÃO
ELETRONICA,
E
APROVADA
EM
SUA
FORMA
FINALPELO
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO.
/»
,/
¶`?`m“"`>‹.
PROF.
JOSECÃRLOYMOREIRA
BERMUDEZ,
PHD.
ORIENTADOR
PROF.
ENIO
VALMOR
K.ASsICI<,PHD
COORDENADOR
DO CURSO
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
BANCA
EXAMINADORA
,/
."l:___“”'*"-í"“'°“'_"'~“'-*“';; Ifl/
PROF. JOSE CARLOS REIRÁ BERMUDEZ,
PHD.
/“A GRIEN ADOR
\`/ A
PROF. RUI SEARA, DR. CO-ORIENIADOR
A/ZÂWEÍÊLR,
PRo“F. PLANS I]¿IELMUr ZÚRN,
PHD.
. . f/ /
'/1, 2
z;z~
E
.zu
c«‹,‹.zzAzz¿z';~LV 1
-“
ENG.
DIEGO Pn×ITo DE GARRIDO,PHD.
zíwm
AGRADECIMENTOS
Este trabalho sÓ
pode
ser realizadocom
o carinho, a ajuda e a amizade de várias pessoas 1Aos meus
pais, Flávio e Maria, pelo incentivo incessante.Aos meus
irmãos, Flavio Arthur e Flávio Antônio, e aminha
irmã Dulce Helena.À
minha
noivaAndrea
que, apesar da separação infelizmente necessária,sempre
procuroume
incentivar para a realização deste trabalho
com
muitoamor
e compreensão.Aos
grandes amigos, JoãoManoel
e Tong, que pela convivência de dois anos, alémdo
mestradoem
engenharia,ajudaram-me
a concluir os mestrados de culinária, pintura, carpintaria, etc.Ao
professor, e depois amigo,Thomas
Weihmann,
o qualme
despertou para a área deprocessamento de sinais, que sua estrela, lá de cima, continue a iluminar nossos caminhos.
Ao
Marcus
Vinicius, pela amizade desde ostempos
daUFRGS.
Ao
Orlando,companheiro
inseparável de trabalho. Obrigado por tudo.,mi
querido/À
Polyana, pela amizade e carinho.Ao
Aldebaro, pela amizade e discusões filosóficas.À
Ana
eHumberto
pelo coleguismo.Aos
ProfessoresBermudez
e Rui, pela orientação segura que culminou na conclusão destetrabalho,
em
especial pela grande idéiado
tema.Muito
obrigado!Prof. Sidnei, pela amizade e Prof. Márcio, pela calma que sempre nos transmite.
A
todos os colegasdo LINSE:
mestrandos, doutorandos, bolsistas, funcionários e demaisprofessores. Valeu!
Aos
colegasda
Escola Técnica Federal de Santa Catarina por todoo
apoio.Ao
Sr. Glênio Gastal,Coordenador
Geral de Períciasdo
RioGrande do
Sul, ao Sr.Lauro
LauriMjlitão, Diretor
do
Instituto de Criminalística, e ao Sr. Antônio Rego, Diretordo
Instituto deIdentificação, pela franquia aos Institutos e a assessoria prestada.
A
todos os datiloscopistasdo
II/RS edo IC/RS
pelas explicações e o curso rápido dedatiloscopia. Obrigado “colegas” !
Ao
CNPq,
representando opovo
brasileiro, pelo incetivo finaceiro.ÍNDICE
I.-LSEQ
Egylë
gsta dg
Tabelas
Resumo
Abstract
CAPÍTULO
IIntrodução Geral
CAPÍTULO
Ill”
A
Impressão
Digital
2.1. Introdução 2.2. Históricoda
Datiloscopia3
5
6
7
8
16
1617
2.3.
O
que éuma
Impressão
Digital 182. 4. Aquisição
da
Impressão
Digital 192.5. Identificação
de
uma
Impressão Digital2. 6. Classificação
de
Impressões Digitais2. 7.
O
Sistema Datiloscópico Brasileiro2.8.
Conclusão
CAPÍTULO
III
23
2-I26
27
Sistemas
Automáticos de
Identificação
Datiloscópica
29
3.1. Introdução
3. 2. Estrutura de
um
SistemaAutomatizado
de Identificação Datiloscópica3. 3. Aquisição
Automatizada
da
Impressão Digital3.4. Binarização
da
Imagem
29
32
36
39
3.5. Reconstrução
das
Linhas 423. 6. Pré-Processamento
da
Impressão Digitalpara
Classificação3. 7. Classificação 3. 8. Algoritmos
de
Identificação 3. 9.Conclusão
45
47
50
51Algoritmos de Pre'-processmnento de Inipressões Digiic/1`s para Siszeiiias de Identificação Datiloscopica Aulomalizc/dos 2
CAPÍTULO
IV
Aquisição
e_Melhoria
da
Impressão
Digital
53
4.1. Introdução
53
-I. 2.
Automação da
Tomada
da
Impre.ssão I)igital 5 -I-/. 3.
Problemas Devido
à
Aquisição56
4. 4. Binarização das Impressões Digitais
59
4. 5.
Eliminação
deRuídos
63-il. 6. Algoritmo
de
Reconstrução de Linhas67
-/. 7.
Conclusão
68CAPÍTULO
V
Extração
do
Esqueleto
da Impressão
Digital
71
5.1. Introdução 71
5. 2.
Abordagem Empregada
7-I5.3. Estrutura
Neural
Utilizada 795. 4. Treinamento
da Rede
Neural
82
5.5.
Conclusão
83
CAPÍTULO
VI
Resultados Experimentais
H85
6.1. Introdução85
6.2. Avaliação
da
Binarizaçãoda
Impressão Digital86
6. 3.
Correção das Linhas
107
6. -I.
Obtenção do
Mapa
de
Direções 1 116. 5.
Conclusão
I 1-ICAPÍTULO
VII
Conclusões
g
Sugestões
117
Referências
Bibliográficas
122
ci›_GE3E'1:-E ufsxch DE ÍEng. 1‹¬1àvzzz,-izzgzuzo Penim soares
W
LISTA DE
FIGURAS
Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig2.1. Linhas papilares: a) desenho
no dedo
indicador; b) impressão digital no papel. ... ._2.2. Aquisição da impressão digital: a) preparação da tinta; b) deposição da tinta
no
dedo; c) e d) rolagem
do dedo
sobre a Ficha Individual. ... ._2.3. Ficha Individual Datiloscópicaí a) anverso; b) verso. ... _.
2.4. Identificação de
uma
impressão digital. ... _.2.5.
Exemplo
dos 4 grupos de impressões digitais: a) arco; b) presilha intema;c) presilha extema; e d) verticilo ... ._
3.1.
Esquema
de funcionamento deum
sistema misto de identificação datiloscópica ... _.3.2.
Funcionamento
deum
dispositivo para identificação de funcionários. ... _.3 .3. Estrutura básica de
um
sistema datiloscópico automatizado ... __3.4. Digitalizador usado para adquirir diretamente a impressão digital. ... __
3.5. Técnica de codificação das linhas papilares ... ._
4.1.
Imagem
em
tamanho
original deuma
impressão digital retirada deuma
FichaIndividual Datiloscópica. ... ._
4.2.
Imagem
segmentadaem
64
×64
blocos,onde
cada bloco (k,l) possuin
×m
pixels.. 4.3. Correção de ruído: a)Imagem
binarizadacom
erros; b)Imagem
binarizada após aprimeira correção; c)
Imagem
binarizada após a segunda correção ... ._4.4. Linhas corroídas: a) Linha horizontal
com
erosão e sua correção; b) Linha verticalcom
erosão e sua correção. ... ._4.5. Linhas dilatadasí a) Linha horizontal
com
dilatação e sua correção; b) Linhavertical
com
dilatação e sua correção. ... ._4.6. Gabarito utilizado pelo algoritmo de correção de erosões e dilatações. ... ._
4.7. Correção de linhas: a) Linha horizontal segmentada e sua correção; b) Linhas
verticais unidas e sua correção. ... ._
5.1. Linhas papilares principais para cada
uma
das classes de impressões digitais __________ _. 5. 2.Definição
de sub-blocos. a)Bloco
original; b)36
Sub-blocos (3 × 3) criados apartir da redivisão sobreposta
do
bloco original. ... __5.3.
Definição
de sub-blocos. a)Bloco
original; b) 9 Sub-blocos (4 × 4) criados a partirda redivisão sobreposta
do
bloco original. ... ._5.4.
Imagens
e suas freqüências espaciais associadas: blocoscom
linhasbem
definidas(superior) e seus respectivos padrões freqüenciais (inferior) ... ._
5.5. Blocos padrões de imagens: a) linhas
com
4 pontos de espessura; b) linhascom
5pontos de espessura. ... ..
5.6.
Rede
neural implementada. ... _.6.1. Histograma típico de
uma
impressão digital ... _.6.2. Histograma tipico de
uma
impressão digital ... ._6.3.
Imagem
original deuma
presilha intema de alta qualidade. ... _.6.4.
Imagem
6.1 binarizada pelamédia
do
tom
de cinza. ... ._6.5.
Imagem
6.1 binarizada pelométodo
de Ridler-Calvard ... ._6.6.
Imagem
6.1 binarizada pelométodo
de Lloyd. ... _.6.7.
Imagem
6.1 binarizada pelaabordagem
proposta ... ._6.8.
Imagem
original deuma
presilhaextema
de qualidademédia
... ._.flllgoritmor de Pre'~processan¡ento de Impressões Di'g1Ia1s¡Jm'ci Sisteriicis de ldemificação Daiiloscópica Alzuoinatizadoi Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig Fig
6.9.
Imagem
6.6 binarizada pelamédia
dos tons de cinza ... ..6.10 6.11 6.12 6.13 6.14 6.15 6.16 6.17 6.18 6.19 6.20 6.21 6.22 6.23 6.24 6.25 6.26. 6.27 6.28 6.29 6.30. 6.31 6.32 6.33 6.34.
Imagem
6.6 binarizada pelométodo
de Ridler-Calvard. ... ..Imagem
6.1 1 binarizada pelo nivelmédio do
tom
de cinza ... ..Imagem
6.11 binarizadasegundo
o algoritmo proposto. ... ._Imagem
6.1 binarizada pelamédia
dos niveis de cinza e bloco móvel. ... ..Imagem
6.6 binarizada pelométodo
de Ridler-Calvard e bloco móvel. . ... ._Imagens
6.11 binarizada pelométodo
de Ridler-Calvard e bloco móvel. ... ._Imagem
6.1 binarizada pelométodo
de Lloyd e bloco móvel. ... ..Imagem
6.6 binarizada pelométodo
de Lloyd e bloco móvel. ... ..Imagem
6.11 binarizada pelométodo
de Lloyd e bloco móvel. ... ..Imagem
6.1 binarizada pelométodo
proposto e bloco móvel. ... ._Imagem
6.6 binarizada pelométodo
proposto e bloco móvel. ... ..Imagem
6.11 binarizada pelométodo
proposto e bloco móvel. ... ..Imagens
binarizadas pelométodo
proposto e blocomóvel
... ..Imagens
binaiizadas da Fig. 6.28: correção de pequenas falhas e ruído. ... ..Imagens
corrigidas da Fig. 6.29: uniformização na espessura de linhas e valesImagens
corrigidas da Fig. 6.30: eliminação de falsos pontos característicos. ..Mapa
de direções obtido a partir das impressões digitais da Fig.6.31. .. ... ..CPGEEL - UFSC Eng. Flávio Àugiisto Penna Soares DEZ/1995
Imagem
6.6 binarizada pelométodo
de Lloyd ... ..Imagem
6.6 binarizada pelométodo
proposto. ... ..Imagem
original deuma
presilha interna de baixa qualidade ... ..Imagem
6.11 binarizada pelométodo
de Ridler-Calvard.Imagem
6.11 binarizada segundo o algoritmo de Lloyd. ... ..Imagem
6.6 binarizada pelamédia
dos niveis de cinza e bloco móvel. ... ..Imagem
6.11 binarizada pelamédia
dos niveis de cinza e bloco móvel. ... ..LISTA DE
TABELAS
Tabela 4.1. Escolha de ot
em
função de e õ ... ..62Tabela 6. l. Distribuição das impressões digitais pela qualidade. ... ..85
Tabela 6.2. Distribuição das impressões digitais por classe. ... ..86
Tabela 6.3. Escolha de oc
em
função de_ e õ ... ..89Tabela 6.4.
Tempo
de processamentomédio
de cada algoritmo ... .. 106Tabela 6.5.
Número
médio
de correções realizadas para cada tipo de binarização ... ._ 1 ll_ H H T M “HM 7 H
Eng. F1¢i\i¡o.4z‹gz‹iy:o 'Pen/1a Soares
K W
RESUMO
Este trabalho apresenta
um
estudo sobreum
sistema de identificação datiloscópicaautomatizado.
As
várias abordagens desenvolvidas para cadauma
das etapas deum
sistemaautomatizado foram analisadas e avaliadas.
Um
algoritmo específico para realizar a binarização deimpressões digitais através de
um
limiar variável para cada regiãoda
imagem
foi proposto.Devido
a falhasque surgem
durante os processos de aquisição e de binarização, foramdesenvolvidos três algoritmos de correção de imagens binarizadas.
Além
destes, desenvolveu-seum
novo
algoritmo para a extraçãodo
mapa
de direções de impressões digitais binarizadas.O
objetivo
do
mapa
de direções é a reduçãodo volume
de informações visando a classificação dasimpressões digitais.
Todos
os algoritmos foram avaliados e o algoritmo de binarização teve seusresultados confrontados
com
os obtidos por outrosmétodos
clássicos.As
avaliações quantitativase qualitativas
demonstram
que, na maioria dos casos, as abordagens escolhidas para manipulaçãodas impressões digitais implicaram
numa
imagem
binarizada de alta qualidade.Os
algoritmospropostos são independentes entre si e
podem
ser implementadosem
qualquer sistema deidentificação datiloscópica automatizado.
ABSTRACT
This
work
presents a studyon
automatic systems for automatic ñngerprint identification.Various existing approaches for each of the steps of the system are analyzed and evaluated.
An
algorithm for binarization
of
fingerprint images is proposed. In thisnew
algorithm, a variablethreshold is used for different
image
regions. Three algorithms are also proposed for correction ofdefects caused
by
acquisition andby
the binarization algorithms. For classification purposes, anew
algorithm is proposed to extract the directionsmap
of binary fmgerprint images.The
new
algorithm reduces significantly the redundancy in the information used for fingerprint
classification. All algorithms proposed are evaluated.
The
binarization algorithm is tested againstclassical binarization methods. Qualitative and quantitative evaluations
show
that thenew
binarization approach presents a high quality level. All algorithms developed are independent and
can
be
implemented as needed in any system for automatic fingerprint identification.CAPÍTULO
IIntrodução
Geral
Desde
o inicio da evolução da espécie humana, oshomens
sentiram a necessidade deidentificar-se
mutuamente
àmedida que
começaram
a reunir-seem
gnipos.Não
apenas a simesmos,
mas
também
os seres vivos e as coisas que os cercavam. Assim, colocaramnomes
nosanimais e plantas, e designaram palavras para descrever os objetos e os locais
onde
viviam. Estacaracterística,
ou
mesmo
necessidadehumana
de identificação, fazcom
que cadahomem
possuaum
nome
próprio. Estenome
permiteque
ele se diferencie perante os seus pares e lhe confereuma
identidade. Aqui, entende-se por identidade a qualidade que individualizauma
pessoa,ou
mesmo
um
objeto, fazendo-o diferente dos outros e idênticos a simesmos.
A
partir de então, toda criança ao nascer recebeum
nome
civil que é registrado paraconhecimento de toda a sociedade.
Porém,
onome
civilnão
éum
sinal da individualidade fisica dapessoa, porque
pode
ser trocadoou
alterado.É comum
inclusive encontrar-se pessoascom
nomes
idênticos.Além
disso, existem indivíduosque
podem
ser portadores de váriosnomes
diferentes,
como
pseudônimos,ou
mesmo
por falsidade ideológica. Assim, onome
civil, quesimbolicamente sintetiza a personalidade de alguém, representa tão somente a individualidade
jurídica
da
pessoaque
o traz enão
àquela natural. Logo, trata-se deum
atributo artificial ealterável pelo indivíduo fisico.
De
conseguinte, para se falar de identidade pessoal incontestável e indelével nosindivíduos, tem-se de fixar o nexo de identidade entre o
nome
(personalidade juridica) e ohomem
(personalidade fisica). Este elo de identidade há de ser estável, inalterável, permanente e derivado
dos caracteres fisicos
do
serhumano. Tem-se
de procurar para cadahomem
7não
um
nome
civil,CPGEEL ¬. UFSC Eng. Flávio Augusto Penna Soure;
_ É
`
éllgorimøos de Pre'-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação Dali/oscópica Automatitadas 9
mas
um
nome
inapagável e natural,um
nome
antropológico. Estenome
antropológico, ohomem
deve nascer
com
ele eacompanha-lo
por toda a sua vida.Deve
ser imutável, a tim de diferencia-lodos seus semelhantes, individualizando-o de
modo
a não existir dois indivíduos que sejamidênticos. Desta forma, a qualquer instante poder-se-á
afirmar
com
“absoluta” convicção aidentidade de
uma
pessoa, eliminando-se qualquer possibilidade de erroou
fraude.Dentre os caracteres antropológicos, as cristas papilares das polpas digitais são as que
mais se destacam pela facilidade de sua verificação e pela sua constância. Elas
formam
figuras defácil classificação: os desenhos digitais, existentes
em
todas os dedos dos indivíduos.Os
desenhosdigitais são perenes, imutáveis e classificáveis
em
grupos de fácil verificação, daí o seu grandevalor para a identificação individual. Eles existem desde o terceiro
mês
de vida intra-uterina e sóse destroem pela
decomposição
da pele após a morte.A
datiloscopia,como
o
nome
indica (dáctilos,dedo
e skopein, examinar), é a ciênciaque
tem
por objetivo examinar os desenhos digitais visando à identificação individual.Na
IdadeModerna,
os trabalhos de Vucetichderam
oembasamento
científico necessário para que adatiloscopia fosse utilizada
com
segurança.Além
decomprovar
a unicidade de cada impressãodigital, Vucetich conseguiu demonstrar que as
mesmas
podiam
ser classificadasem
grandesgrupos.
Como
é normalque
as classes se apresentem aleatoriamente distribuídasem
cadaum
dosdez dedos das mãos, o conjunto das dez impressões permite
que
este (conjunto) recebaum
código para representá-lo.
Mais
ainda, este código datiloscópico é passível de classificação, tal onúmero
decombinações
possiveis.A
partir daconñança
depositada nanova
sistemática,começaram
a surgir pelomundo
todo os Institutos de Identificação responsáveis pelos sistemasdatiloscópicos.
Atualmente
no
Brasil, o sistema de classificação datiloscópica utilizado e' baseadonaquele definido por Vucetich.
Os
desenhos formados pelas linhas papilares são divididosem
quatro .grupos de padrões distintos.
Cada
grupo é subdivididoem
novas classes,que-são
-K-UFSC
_*
““A
Zizi” Eng. šlávm Augusto Penna SoaresWA
V W 7
`
Algoritmos de Pre'-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação Datiloscópica Auiomarizados 10
variações significativas encontradas
em
cadaum
dos padrões principais. Estes padrões sãoutilizados para classificar cada
um
dos dez dedos dasmãos
deum
indivíduo.O
trabalho érealizado por especialistas
chamados
datiloscopistas.A
partir deuma
ficha onde
se encontram asdez impressões digitais
do
individuo, os datiloscopistas realizam a classificação.A
seguir, estedocumento,
chamado
deficha
individual datiloscópica, é arquivada de acordocom
o códigodatiloscópico atribuído a cada
um
dos dedos. Desta forma, pemiite-se que aficha
datiloscópicaseja facilmente recuperada
do
arquivo a partir deste código.Embora
ométodo
de Vucetich seja adotadoem
todo o Brasil, existem pequenasvariações entre os Institutos Estaduais de Identificação na classificação dos subpadrões. Estas
diferenças se
devem
a interpretações diferenciadas sobre aimagem
fonnada pelas linhas papilares.Muitas vezes, os técnicos
que
trabalham lado a ladono
processo de classificaçãopossuem
opiniões divergentes sobre
como
classificaruma
determinada impressão digital.O
principal problemado
atual sistema datiloscópicoempregado no
Brasil é suadefasagem
tecnológica, maisdo que
divergênciasno
processo de classificação.Em
primeiro lugar,a manipulação dián`a das fichas provoca
uma
degradação naturaldo
material.Mais
ainda, as fichasdatiloscópicas estão sujeitas à ação de agentes da natureza,
como
fogo e umidade, além dadeterioração gradual
do
papelcom
o passar dos anos.As
fichas infelizmente nãopodem
serfotocopiadas
com
0
objetivo de se produziruma
ficha de reserva (cópia de segurança), por causada
riqueza de pequeníssimos detalhesque
uma
impressão digital apresenta: os pontoscaracterísticos. Estes pontos
não
podem
ser alteradosou
mascarados pelo processo de fotocópiaporque
a identificação deuma
impressão digital é toda baseada na presença e tipo destespequenos
sinais. Desta forma, a troca de informações entre os Institutos de Identificação só serealiza mediante
o
envio das fichas datiloscópicas originais ao solicitante.Logo, o
extravio deuma
ficha
datiloscópicapode
ocorrer facilmente, constituindoum
fato gravíssimo.Num
segundo aspecto, pode-se verificar que a falta deum
intercâmbio fácil e ágil entre.¬l lgoritmos de Pré-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação Dariloscópica .=lutomaIi:ados 11
os Institutos, aliado à falta de padronização na classificação, permite que
um
mesmo
indivíduocadastre-se simultaneamente
em
diversos Estados Brasileiros. Inclusive, poderá utilizar-se denomes
falsos para isto. Desta forma, constatamos a urgente necessidade de reestruturação daatual sistemática de identificação datiloscópica utilizada
no
país. Deve-se buscar a uniformizaçãoda classificação e
também
a modernizaçãodo
sistema através da utilização de recursoscomputacionais e automatizados. Nesta linha de aperfeiçoamento, já existem Estados
onde
asfichas datiloscópicas encontram-se parcialmente armazenadas
em
sistemas computadorizados.Nestes sistemas são incluidos os dados pessoais de cada indivíduo (nome, filiação, endereço, data
de nascimento, etc.) e o código datiloscópico. Através
do
código pode-se encontrar nos arquivosdatiloscópicos a
ficha do
indivíduocom
as suas impressões digitais. Estaautomação
auxiliaem
muito os técnicos na identificação de pessoas as quais se conhece pelo
menos
um
dos seus dadospessoais.
Porém,
ainda exigeque
se faça a procura manual daficha
datiloscópica nos arquivos.Por
outro lado, estaautomação
não resolve o problema da inclusão deum
individuono
sistema.Como
os dados pessoais fomecidos pelo indivíduopodem
não ser verdadeiros, os técnicos sãoobrigados a verificar,
uma
auma,
todas as fichasdo
arquivo que apresentemo
mesmo
códigodatiloscópico que o
novo
indivíduo. Trata-se deum
trabalho cansativo, pois é repetitivo e exigetotal atenção dos datiloscopistas durante
um
longo periodo de tempo.Atualmente, existem muitos recursos tecnológicos
que
permitem a totalautomação
dossistemas datiloscópicos, o que resolveria os problemas citados. Aparelhos digitalizadores capazes
de
converteruma
impressão digitalnuma
imagem
computadorizada já foram desenvolvidos. Elespodem
trabalhar diretamentecom
odedo do
individuoou
obterem aimagem
a partir das fichasdatiloscópicas já arquivadas.
Uma
vezque
estejaarmazenada
namemória do
computador,uma
impressão digital
pode
ser copiada e transmitida inúmeras vezes,sem
nenhuma
perda dequalidade.
Além
do
mais,o computador
permite o “manuseio eletrônico” das impressões digitais.Este
manuseio
agiliza os processos de classificação,annazenagem,
procura e identificação daCPGEEL `- UFSC Eng.
.ll/goritmos de Pre'-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação Dar1`l0sco'pI`ca Auromatizados 12
impressão.
E
o importante, tudo é realizado segundoum
único critério de classificação eidentificação,
sem
os problemasda
inconstância apresentada na avaliação pelo serhumano.
Outravantagem
daautomação
deum
sistema datiloscópico é a reduçãodo
espaço ñsico paraarmazenamento
e a possibilidade de total descentralizaçãodo
mesmo. Cada
arquivo mecânico deuma
tonelada é substituido porum
pequeno computador
demesa
com
capacidade dearmazenamento
mil vezes maior.Além
disto, estes computadores pessoaispodem
estar situadosem
várias cidades distantes e,uma
vez ligadosem
rede, há a possibilidadedo
intercâmbio deinformações
sem
perda de qualidadeou
eficiência.H
Porém,
a implementação destaautomação
implica no desenvolvimento de algoritmoscomputacionais complexos. Inicialmente, a conversão da impressão digital
do
mundo
fisico para omundo
eletrônico não é perfeita. Este tipo de processo exige a implementação de algoritmosque
corrijam pequenas distorções geradas pela conversão. Normalmente, a
imagem
gerada pelodigitalizador é colorida
ou
em
tons de cinza.Como
a impressão digital possui apenas doiselementos, linhas e vales, é interessante reduzir-se a
imagem
para apenas duas coresou
tons:branco e preto.
Os
algoritmos utilizados para estefim
realizamum
processochamado
desegmentação.
Ou
seja, a separação entre objetos e fundo da cenaou
anteparo.Quando
setratarem de apenas dois elementos, são conhecidos
como
algoritmos de binarização. Desta fonna,aplicando-se a binarização sobre a impressão digital separamos de forma nítida as linhas papilares
do
resto daimagem
(os valesou
o próprio papelonde
ela se encontra).Além
do
inconveniente daimagem
em
tons de cinza gerada pelo conversor, outrosproblemas durante o processo de aquisição da impressão
podem
prejudicar a qualidade daimagem
binarizada obtida.O
pouco
número
de algoritmos de binarização específicos paraimpressões digitais leva muitas vezes a utilização de algoritmos genéricos. Estes algoritmos não
realizam
uma
binarização eficiente poisnão manipulam
convenientemente as peculiaridadesenvolvidas
com
a aquisição deuma
impressão digital.Notamos,
então, o -quão importante éCPGEEL - UFSC Eng. Fiávio Augusto Penna Soares
i
Algoritmos de Prelprocessamento de Impressões D¡gi`m1`s para Sistemas de Identificação Datiloscópica .alutomati-:ados 13
termos processos de aquisição e binarização muito
bem
interligados. Neste aspecto, a elaboraçãode algoritmos específicos para a manipulação de impressões digitais é indispensável.
Somente
com
algoritmos dedicados, aimagem
binarizada deuma
impressão digital poderá conter asmesmas
formas e direções das linhas e vales presentes na parte dorsaldo
dedo.E
o maisimportante,
sem
qualquer alteração dos pontos característicos.Embora
muitos cuidados sejamtomados
durante a aquisição e a binarização, falhas naslinhas ainda
podem
existir. Para corrigir este problema, existem algoritmos capazes de verificarlinha a linha a existência de falhas. Estes algoritmos de correção, muitas vezes apresentados
também
sob aforma
de filtros numéricos,têm
por objetivo uniformizar as impressões digitais.Assim,
uma mesma
impressão digital adquiridaem
dois instantes diferentes, possuirá praticamentea
mesma
imagem
binarizada para fins de classificação, arquivamento e identificação. Outrastécnicas
foram
desenvolvidas, principalmente para facilitar a classificação,onde
as correçõesacontecem
em
cima
deuma
imagem
reduzida da impressão digital. Esta redução,chamada
deextração
do
esqueleto, procura reduzir cada linha e cada vale à espessura deum
pixel. Trata-se deuma
analogiacom
oque
acontece aos ossosem
relação ao corpohumano.
No
entanto, parao
processo de identificação, este tipo de redução é inadequado pois simplifica o formato dos pontos
característicos prejudicando
um
processo confiável de identificação.Por
outro lado, paraum
processo automático de classificação, este tipo de redução, viaesqueletizaçãol , é muito interessante, pois diminui consideravelmente a quantidade de dados a
serem analisados por
um
algoritmo classificador. Esta diminuiçãono volume
de informaçõesfacilita
também
a definição de classes mais simples e compactas para oagrupamento
dasimpressões digitais. Classes
bem
definidas e reduzidastambém
simplificam a estrutura deum
classificador. Vários algoritmos foram desenvolvidos
em
cima deuma
imagem
esqueletizada da*O verbo esqueletizar que significa extrair o esqueleto, constitui-se num jargão técnico da área de processamento de imageme não se encontra presente nos dicionálios da língua portuguesa. ;. ~
'
_
Algoritmos de Pré-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação Dariloscópica .~'lutomari:ar1os I-I
impressão digital. Entre estes algoritmos, técnicas
modernas
de redes neurais e lógica difusa estãopresentes.
Notemos,
então,que
a manipulação automatizada deuma
impressão digital necessitade duas abordagens diferentes:
uma
para a classificação e outra para a identificação.A
proposta deste trabalho é dar continuidade à evolução dos sistemas de identificaçãoutilizados
no
pais, trazendo-os parauma
realidade deautomação
completa. Neste aspecto, vimosque
além de equipamentos, aautomação
da classificação e identificação deuma
impressão digitalse
dá
através de algoritmos computacionais.Os
algoritmosdefinem
a qualidade, a eficiência e asegurança de
um
sistema automático de identificação datiloscópica.Logo,
a manipulação deuma
imagem
de impressão digital, por se tratar deum
processo específico e de muita acuidade, deveser realizada por algoritmos
também
específicos.Assim,
no
Capitulo IV, apresentamosum
algoritmo de binarizaçãoque
foi projetadoprocurando adequar-se às características da aquisição de
uma
impressão digital. Este algoritmoapresenta resultados superiores aos algoritmos genéricos de binarização de imagens por ser
desenvolvido e ajustado para manipular somente impressões digitais.
A
seguir,uma
técnica paracorrigir falhas presentes nas linhas papilares binarizadas é apresentada. Esta técnica baseia-se nas
caracteristicas de aquisição e de binarização da impressão digital para inferir sobre a existência
ou
não
de falhas nas linhas daimagem
binarizada.Com
esta técnica, conseguimosuma
melhora naqualidade final da
imagem
da impressão digital, resultandoem
taxas de erromenores
naclassificação e identificação da
mesma.
No
Capítulo V,uma
nova
técnica para se reduzir as informações presentes na impressãodigital é apresentada.
O
objetivo éobtermos
um
conjuntominimo
de dados capaz de permitiruma
fácil classificação datiloscópica. Esta
nova
técnica utiliza a infonnação resultantedo
cálculo daTransformada de Fourier Discreta de segmentos da
imagem
binarizada. Esta infomiação e'apresentada para análise de
uma
rede neural.Como
resposta, a redefomecerá
dados para seconstruir
um
modelo
reduzidoda
impressão digital. Estemodelo
servirá de entrada paraum
Algoritmos de Pre'-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de identificação Datiloscópica /lutomanbados 15
algoritmo classificador de impressões digitais.
Complementando
o trabalho, resultados comparativos entre algunsmétodos
debinarização são avaliados
no
Capitulo VI. Neste capítulo,mostramos
também
dados estatísticosda eficiência
do
algoritmo de redução de dados descritono
Capitulo V.Para aqueles que não
dominam
o processo de análise deuma
impressão digital para a suaclassificação e identificação, faremos
uma
pequena revisão sobre o assuntono
Capitulo II.Abordaremos
as principais características das impressões digitais e a singularidadeque
permite oseu uso
como
meio
de identificação inequívoca dos indivíduos.Os
parâmetrosque
são utilizadospara a sua classificação e identificação assim
como
osmétodos
de aquisiçãomanual
e a forma dearmazenamento
também
são apresentados.Por fim,
osque querem
teruma
visão mais detalhadado fimcionamento
deum
sistemaautomático de identificação datiloscópica encontrarão
no
Capítulo IIIuma
pequena
explanaçãosobre o assunto. Ali apresentamos cada
uma
das etapas constituintes deum
sistema automático eas técnicas e algoritmos já desenvolvidos para implementa-las. Análises rápidas sobre as
caracteristicas de cada técnica apresentada
também
são realizadas.CAPÍTULO
II
A
Impressão
Digital
2.1.
INTRODUÇÃO
A
necessidade da identificação dos sereshumanos
vem
desde a antiguidade.O
objetivodesta atitude era excluir da sociedade o indivíduo
que
cometiaum
crime, evitandoque
tomasse arepetí-lo,
ou
servindocomo
indicador aos demais sobre seu caráter. Para estefim,
ao longo dostempos
surgiram diversos sistemas de identificação dos cidadãos.No
início das civilizações, aidentificação
do
cidadão que cometiaum
crime erasempre
realizada através de sua desfiguraçãofisica.
Na
Françada
Idade Média, por exemplo, os ladrõeseram marcados
com
ferroem
brasa.Geralmente
no
rosto, as marcas muitas vezes revelavamo
tipo de crime cometido.À
medida que
os
povos avançavam
em
cultura e conhecimento,em
respeito pela pessoa e dignidade humanas,novos
processos mais compassivos de identificaçãoforam
aparecendo. Durante muito tempo,utilizou-se a tatuagem
como
sinal para marcarum
criminoso. Note-se que os processos deidentificação
eram
todos deformadoresdo
corpohumano.
Apenas
com
a descoberta dafotografia, na
metade do
séculoXIX,
é que se julgou resolvido o problema de identificação doscriminosos. Acreditava-se
que
a confecção deum
álbum
com
as suas fotografias seriao
suficientepara identificá-los
quando
necessário.No
entanto, a alteração natural da facehumana
peloenvelhecimento
ou
aquela proposital (crescimentodo
cabeloou
corte da barba), dificultavam aidentificação dos indivíduos.
Além
destes fatos, os problemas decorrentes de sósias e irmãos.=l1gor/'tmos de Pré-processamento de Impressões Digitais para Sisrenzas de Idennficação Dari/oscópica .-'lutornatizados 17
gêmeos
contribuiram para o fracasso danova
sistemática.A
fase cientifica da identificação iniciou-secom
os trabalhos de Bertillon, técnico daPolícia de Paris. Ele criou
um
processo de identificaçãoem
1878 queficou
conhecidocom
onome
de Bertillonage.A
Bertillonage compreendiano
assinalamento antropométrico, o retratofalado e, mais tarde, o autor acrescentou as impressões digitais à
ficha
de identificação doscriminosos.
O
sistema foi adotado oficialmente pela Prefeitura de Polícia de Parisem
1883.A
partir deste
momento,
os sistemas de identificaçãocomeçaram
a ser utilizados para outros finsque
não apenas os de catalogar criminosos.Com
a ajuda dos conhecimentos científicos, verificou-se que era muito conveniente a identificação de todos os cidadãos, não somente a dos excluídos.
A
identificação datiloscópica hojeem
dia já está substituindo a assinaturado
indivíduoem
muitasáreas, pois a impressão digital não
pode
ser falsificada e não se alteracom
o passardo tempo
(amaneira de
uma
pessoa assinar seunome
semodifica
com
a idade).2.2.
HISTÓRICO
DA
DA"r1LoscoP1A
O
primeiro trabalho sistematizado acerca dos desenhos digitais,chamando
a atençãodo
mundo
científico sobre sua importância, foi escrito por João Evangelista Purkinje [5].Sua
tese foipublicada
em
1823,em
Breslau, sobo
título "Comentario deexamine
physiologico organi visuset sistematis cutanei",
onde
pela primeira vezaparecem
os desenhos papilares classificadosem
nove
tipos fundamentais.A
seguir,em
1844,aparecem
os trabalhos deHuschke
sobre o assunto,seguidos
em
1856 pelos estudos de J. Engel.A
primeira aplicação dos desenhos digitais à identificação deve-se, todavia, a WilliamHerschell,
em
1858.A
frentedo
govemo
civil de Bengala, Índia Inglesa, ele exigiu queem
todosos
documentos
de pessoas analfabetas fossem apostas as impressõesdo
polegar e indicadorCPGEEL - .UFSC Eljlg. Flávio Augusto Penna Süares ' ` W
Algoritmos de Preiprocessamento de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação Datiloscópica ,4utomat¡:ados 18
direitos.
Em
1880, GilbertThompson,
engenheiro da "American Geological Survey", para evitarfraudes nas ordens de
pagamento que
ordenava, escrevia a importânciaem
algarismos a ser pagasobre sua impressão digital impressa
no
documento.Coube,
entretanto, ao antropologista inglês, Francisco Gálton,em
1888,numa
conferência
no
Real Instituto de Londres, a glória de demonstrar cabalmente a importânciadatiloscópica para a identificação criminal, acabando
com
as dúvidas existentes.Os
trabalhos deGálton,
no
século passado,foram
osque
mais contribuíram para o êxito da datiloscopia.O
Brasil adotou a datiloscopiacomo
processo de identificaçãoem
1903, sendo portantoum
dos primeiros países a utilizá-la.Nos
dias de hoje, na grande maioria dos paísesdo
mundo,
adactiloscopia é adotada e
empregada
como
o
melhor e mais eficiente processo de identificaçãodos indivíduos.
Em
cada cidade de grande porte existe hojeum
Instituto de Identificação, localonde
se coletam, classificam earmazenam
as impressões digitais de cada cidadão que reside naregiao.
2.3.
O
QUE
É
UMA
IMPRESSÃO
DIGITAL
A
impressão digitalnada
mais éque
a cópia feitaem
papel das linhas papilares que seformam
na face palmarda
última falange.Na
Figura 2.1.podemos
visualizar os desenhospapilares presentes
no dedo
e a impressão digital adquirida.O
que faz da impressão digital serobjeto de estudo
há
mais deum
século e meio, é justamente a peculiaridade de serum
desenhosingular para cada
dedo de
cada indivíduo.As
linhas papilaresdesenham
várias figuras, formas epontos característicos, tais
como,
bifiircações, descontinuidades, junções, deltas e laços. Esteconjunto de características permite a inñndável variedade de desenhos diferentes
que
seapresentam
em
cadaum
de nossos dedos.Por
seruma
marca,um
sinal único para cada indivíduo,Algoritmos de Prelprocessamenio de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação Datiloscópica A iuomatizados 19
a impressão digital surgiu
como
instrumento para realizar a identificação deforma
inequívoca dosindivíduos. ”"“ .V . -- "'=~ ' ' \\`h ”' ' "` '=\?'Í‹. z .-.-:_*_'.‹','-›»›~iz'.f2'›¿*.:,' ' ' _., 7 ¬-.. 1 _' `‹- z!íí.'›\*âfa'~z?~::”f*'Êz~š - ft' R .=~'z --¬ š~?*<- *-* -› - 1; *- -¬~¬¬\\§~2=.-; E ;_.f»';.-í-í'ífi...§£%' ' /"° ' \> ..“_'- ' - .‹\ . *.f"'*,._..."5-`~"`$,«`p:§`~“Y~'§,'{›-×' .°. .-...f-..‹.,_.,,.,.4,~. .- z ‹ ‹,,,›-..\~..z.\-. et- \‹' . .,,.¶.,.t~ ...c,,;a<.‹,,a.¢ _ _ .. ._ , --**z»1z-J ;.z z'-'<M×.:->..~*¬.‹--"“z"zz...z -'éâi' - z '.‹'~‹,¡3 _- , /. f ::=«:¬,;_ M» W»-~‹ -1
l
_ _ \\ :.-«., ._ '*.7.z;_`- ¡.'- _'f¬.\_f~› nz; .. .`¿v›) .‹="-».T_'- .:.:_ W? :`;`.;í°~×× . j‹:‹_' 1 , Miu. _ _:.___“_¬¢)'¡;..-; \ 'L/' t .. :'f,f$/`.›' - s t›z‹z‹»-›.z¢=~ rzfz;-:.f~,-.‹.-;;."~ . f ;;'. ‹ '~ ~ 3,: ;j.=' . TI., â = f ~ *Í . '_.-;f,›f¬¿,.,.›.›-__.-»¿...;"""' *"" . ê,¿»~-za ¿ _ _ 1 S *ääwfi 'ff . -~ * ..',§‹§~¿§; À.Qt,a,g .,
` ' ° 'ÊK
.‹'~“r”= r" ' , V- ;'.=T. . Ç :L wflaõçfa-«__ zlf,-,-.f>"9 T" 'àš 1 '”"* '- .. . . WAl
_ . ,. ¬....z›.. .V ›-fa. -w~›‹-›-`;=., . .;_+""_7' 1°-O¡.1=,«:'.»-.. ~ ¬ ›. » "' "' aê . . wa ..f~~»' ` z__›_..,..z» _.: V- ,_. f›;:.<I-¡‹..S' ' . “I -z- - _ »»a'e«.¬z~.--z.-,z.>...-_. -- ._ › -fz.. , ...z - ~.f='¬;'‹'›¢~”' "¢ " ' ,§"듬'.§¿‹°=.í:«;-'z -* ~ " t _~' ~“' ..‹".~-” -›‹~^ z.¿::~_z~.~.:.';f~'.~.~..;F 7:1 Y t f - ~ 4 '× ' ' ~ " ' ,.:=.‹z_>,››ƒ<;'¿-»,¡.,¿ .zš ,za z --X W ~ ›- ..¬\~¬z-.»...››1.. - -. ¿_ ,gd _ M;,¿'¡»›¡ &'Ç‹~*« aê. ¡ vp» - tz ' -' >'1¿~'~›:=*= 1 P ~ Vw `= `í='^! fl' '-' ' ' " › , .. ., _ ., .. .. zeêiiill ^ €:':í':- -as->.›.9~`-l,=‹›¡ ff” ,'«=f.^«‹;.*;.-:z:=.-'.'. -.›-z.-z,›!¿*‹z›,ss. \›»x-azzfâaz-\«-Fig. 2.1. Linhas papilares: a) desenho no dedo indicador; b) impressão digital no papel.
2.4.
AQU1s1ÇÃo
DA
IMPRESSÃO
DIGITAL
A
técnica desenvolvida para a aquisiçãomanual
da impressão digital data da própriacriação de todo o sistema de identificação.
Como
o próprionome
diz, a “impressão digital” éadquirida pelo registro
em
papel das linhas papilares de nossos dedoscom
auxilio de tinta.Vejamos
a seguir os procedimentos para se tomarzuma
impressão digital.Primeiramente, prepara-se a tinta tipográfica, de cor preta. Esta,
que
se apresentanormalmente
naforma
pastosa, é depositada sobreuma
superficie lisa e rígida (mármore, porexemplo).
Em
seguida, a tinta é “afinada” através da pressão deum
pequeno
rolo de borracha, até2 Palavra
utilizada pelos técnicos para designar o ato de adquirir urna impressão digital, ou seja, transferir o desenho das linhas papilares.. do dedo para 0 papel com o auxílio de tinta.
' ' CÊEÉÉLK-'_L‹'FSC 'WWW' V Eng. 1-;7ávio.#lugVz;à;i'oPenn‹;1šoares J ¬“-'Vw K .V 7 DEZ/1995
Algoritmos de Pre'-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de [dentificação Datiloscópica Auzomazizados 20
apresentar
uma
consistência adequada.Na
etapa seguinte, os dedosdo
indivíduo, já previamentelimpos e desengordurados, são cobertos
com uma
pequena camada
desta tinta, utilizando-se omesmo
rolo.Toda
a região posterior da última falange de cada dedo, inclusive parte das laterais,fica
entãoimpregnada
com
a tinta.A
seguir,podemos
visualizar estes passos.~ - -z~ ‹z‹z.==› 3. ' *J-L"5-`=.*` i' l'-- "~. %š~'z`;~ i
“%~\lf
«,'-z;@v@@§iã¢l~¬
- ,fz 'Q ' " 15 z*‹ 5.'-`. i'. I' ` J. -"`;*-- .. 2.... ~ z';¡`;‹"~¢"l l › ~. ,__ sff/ *É -# Í Siliiih lfl . ' “;':i' Ê; › if, l :fšf :_ " . ' {.¡.Ê ‹__..¿&-.-; ~ ' \ I "‹Í
fe fi af `." ` › q. ‹ -Iëímz.-..L-.i' 4,Â
" f' "'\
g.”Í
1 ,I . 4 h A 1/4 ,. \\ ' ' ‹ z z _ -Q: .e O -T(8)
(b)
_ - 4 , z' . .‹, _ z /' z;,
aê*
I ' i :À V ‹ I I '* - ›¬ › _ \,~ ‹ .. --. . * ze _. › - _. - ' "' ATÉ;-:='-‹¿»›Íf~==» -ii *^'z'.~'-z›.¬;. ' › ,. ‹ . ' '.,.,»-z ' \ ` 2. .z~--=›'.e
/¡›` \ :rf ,Q _), ' z [sf ._I
aí
,LS
.-*¿.`l "“__¿› 4 ` qólf ii _ ` V I "“* -f « ' af 7ëggâi
t¶%äí›
/šššlw, iwgflfi
(c)
(Ú)
Fig. 2.2. Aquisição da impressão digital: a) preparação da tinta; b) deposição da tinta no
dedo; c) e d) rolagem do dedo sobre a Ficha Individual.
A
folha de papelonde
se registram as impressões digitais é conhecidacomo
FichaIndividual Datiloscópica. Esta
ficha
é confeccionadanum
tipo especial de papel branco ebrilhante,
adequado
para receber a tinta tipográfica e absorvê-la, evitando sua degradaçãocom
o
manuseio.
Nesta
ficha, além de se registrarem a impressão dos dez dedosno
anverso,no
versosão registrados os
dados
pessoaisdo
indivíduo,conforme
Fig. 2.3. Esta ficha, após serCÊEEL
- I_;U‹`SCg
V
-
Algoritmos de Pre'-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação Dariloscópica .41‹Io››iari2ador 21
preenchida, _é colocada
num»
pequeno
instrumento rigidoque
possui 5 sulcos dispostosverticalmente, de
tamanho pouco
maiordo
que a falangedo
dedo,afim
de facilitar atomada
daimpressão. Este instrumento procura
também
uniformizar a disposição das impressões sobre opapel.
For fim,
cadadedo
é rolado levemente sobre a peça preparada para que, através da pressãoexercida, faça
com
que
as linhas papilares tingidas registrem-se no papel.mo aiwme 00 sua. Juuuuz eu mam az cuzmm uuu. nnnnolodnu MÃODHEITA
i
A cóo. 02.02.02: É toemnvhdu~
:amoo oo flí Q man wow HÁiIÍ$m|lflDÀ- l . 1_ (21) "Í fr*aum: oxrai ,vao
'amam
'lí
Auaunngn usa.
íllfiš
Í;
ífiiflm
083.: FOTO UVRO FMHA8 ` . (b)Fig. 2.3. Ficha Individual Dafiloscópica: a) anverso; b) verso.
.sl/goritmos de Pre'-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de identificação Daliloscópica Automatizados 22
A
tomada
da impressão digital é feita nos Institutos de Identificação espalhados pelo paíspor técnicos especializados, os datiloscopistas.
A
eles cabe garantir a qualidade das impressõesdigitais adquiridas e, posteriormente, realizar a classificação.
Somente
uma
aquisição de altaqualidade
pode
garantir a fiel transferência das informações contidas nas linhas papilaresdo dedo
para a impressao
no
papel.2.5.
IDENTIFICAÇÃO
DE
UMA
IMPRESSÃO
DIGITAL
Cada
desenhoformado
pelas linhas papilares é de tal sorte único que a possibilidade dese encontrar duas impressões idênticas é praticamente nula. Esta unicidade está garantida por
cada
uma
das linhasque
compõem
a impressão digital.A
linha papilar possuium
início eum
fim,
localizados
em
algum
pontoda
impressão. Este inícioou
fim
pode
ocorrer deforma
espontâneaou
ser decorrência de bifurcaçõesou
interrupções abruptas.Além
disto, cada linhapode
unir-seàs vizinhas de várias formas.
A
todas estas manifestaçõesdamos
onome
de pontoscaracterísticos.
Segundo
a legislaçãoem
vigor, paraque
se possa fazeruma
afirmativa deidentidade,
ou
seja,comprovar que
determinada impressão sob análise pertence aum
dado
indivíduo, são necessários
que
se identifiqueno minimo
12 pontos característicos distintos. Elesdevem
serdo
mesmo
tipo e estar namesma
posiçãoem
ambas
as impressões. Estenúmero
surgiude intensa pesquisa realizada por Gálton,
Ramos
e Balthazar, quecomprovaram
que apossibilidade de duas pessoas possuírem os
mesmos
12 pontos característicos é de 1 para 1bilhão.
Na
Fig. 2.4podemos
visualizar a identificação deuma
impressão digital encontrada nolocal
do
crimecom
àquela pertencente ao indivíduo suspeito.VCPGIEEL -'
U 7 A ` z _
Eng. šliivio flugiisto Penñnazsoaryes
W
"E U Mmfiz¬Algoritmos de Pre'-processamemo de Impressões Digilais para Sistemas de Ídennficaçäa DatiloseópicaAutomarizados 23
‹.íí‹:~.f\1‹') ;×:ii.àí r>ie‹_f;›<:fà;m-.‹i
NA
i'›R,~'\"i'i‹:.zr\ .-\ ii>i‹íN'1":i*1C.z\<,;,\‹› i.>i.<-1mizxs
i.\»ii›ieià:ssf›i~:s i:i«”:i'â'.z-xis i _ .z ..., , , __ \ ›-'°;.›››--' w' 1 ‹ - :' »i×:'“‹'=_'«-~*f¬'..‹fz"t'= ,'~íf1*`~I-;.~~ . . ='.'~:é':z.¬‹-= › . -* ff" › _ z. -~z¬. . ,'›-..,¬»."_ ,;_,. 0 "__,. .*;-.,- , '.‹ - 1* .-‹f;;'¬:,.~-.». ,Z ›,.;×1f×. f ,_.›,.. '.f;;«;*, -« ~»~^-› .›. fx'-"-,. *'~ M ~~ ~ ; ~ - , ,‹'*”..'“,* -az *~ fãs: « z »..-. ,~~z, -- _4 .¿4_`_.:-Ã,.r_-' '__' «,"=' . '
/
.=_¡f' 4-" . \..›:.\
- ,. .. '.-`Ç‹;'Í»-*›"'.'...'ÍÍzÍ..,`..,'~~'=..§`*"' - . __` × ff* ‹‹~.. 32;, *vz .-, ., -,/_ _. .~ ~› » .. ,_,«»,,..~»-.- ..M
aí» If»/. ~ \ . ,~‹~‹.‹-.~z.-;. ~ , _, 13 V, j ›,z Mw» ,.¿7_ ` _¶,_ , ¡_ ._ __ .,__.. _,___¬ -.,_` ,I ,V `^i.~' " ‹".«' ia-Í«f'“"`°"Í“.°"-~« ' rf .. i if À' =`-" 21” "~~'1"f-‹›~zz.,, >~‹~< ü I `¡ ¿,. '_' flv ›_¿‹'›_,_,..f~""‹'f_›M;::.›_, l_r›~ ;¿,_-.._ if) ,_¿~!. 4 `_›*__,Á::,, __f :z_.¢;_M,,,,..,,, ,`:__.¿`‹._- \_ _ 1 3' .»‹‹›~:_W` j~›‹._ › ="~`\'~; " ' 'Hz' â Ç ...sv ¿;‹_,\`*.\¿~r`k› ze), * ' * " V* _ -¬ *› . , › 1 -››‹¢~. \.~ ~^'›-,- z 1 `_\~{.1`›.~§" '‹ .z _ -Í.,., , ׬ ~Í.`×,^ zzf , _ 1' › ›z›.~ ,fx ~§'¿íé>/,›- if; *- v. 3; .fz fil: ¬...1¿-.~›>-~fá\' z¬ S -‹ ¡ ', z . `__._.. '~\ w* . «_ ,.. , ~ ~› . .'...,-.- A _- - ~. ,z .çzff -. --. ›-; .;.: z-â:.\z;z*ff
;.iz.›f..z-«‹~¬-~ f$\_»-»._,>.~zà- V faz «fz s'›¿"-.›*: . ;›-;¡¿~. ‹z;2`§'»:/'É ^.”<~'íf‹2;š§x:\-- “ ~' 'H' \~ ›~*~š:=z'×`~`z.-¿r‹~›."›-\. _' ` zzf.-‹" .z '‹›'-bz 21»-. ‹~z fz* =*.'. ~;: . fz,-*L-';2';r;~\ z *=;'».>_*,'~i's»\\ ".z;.›*,h~*_,›ƒ,T<z, ~ ' ^› * ° ‹', ;_‹¡ fi, f H”/‹~ ,M \\\ ,, -~ i . 8 « fz ~ e «~ ~ . . À 41; _ ¡› _ __ z,~¿ ,': _ -.'_ ¬. . ¿.‹}__\ _ - , 1.* Í› f?Í}";=".-} ‹'1z,.' .":”Í^ I; fi 'Êv"ÍÍ"" ; . - '-~z*`-*`Í'”Íf-'í*:'. ~ › ' 55 '\ ¡, '~ ' *‹' " \-“Í/. ›l` - '- ~.~'›.-4-fz. f ` . 'H `.,,.~,,f_._¿ , . «g;:;»\~
z ¿,_.z;›¡¡¡,~‹ V .ç _) - fã' ~Yfifz-
*še-i` ~ i .#7/Êz\* “" » ,U/~ z s z-‹-'-1 _ z-...., _, - ._ zi f; ~ if - _, ~ *¡f'*'*1'”~'-.‹1›,êf”f -› “ .i-_'~..«,=›;. “'.`/Í -: mg; J, W, 4 ‹,..,._, V; Man, 4 f_ ,.¡,,f.;/5/
Q V. ,~*»;« » i :;.. 1'›~"›*'›'5. .«<‹~z:z2¿:z,. -z ‹ . -› « z: zé. I 1* 'ly .' `;.".. , ›,‹ ., Wu- , c '!e.í~ Í-*W Í. v ,ff ,. zv * .z ~= ,¬" j . _ 'Í - __. ¿._À Í . . .. vw , , V - « .-fé
ê» . ._ -‹ ,_.,. , -‹ Q ëtš.-i " *K \ › '-~' _ --‹=«_.., ,_,.t.»-V .nz-'_ ,.‹ .z _ ,- z. ,. Ê.. l;.:à`_,;íz¢V › _ ví ,‹. z:_,..z~~‹`=:É€~5¬Íl~2'
E:FE-.§.z;¿;
Í›3='-íl"f“'*\ i i‹'‹'-!1'fi'.f|.‹.l.^ sz .lvl'i§'«|^f:.-í-';`z V fi, 3:-='ii'Cš(íU=fr i ii 14.1... ;>›¬›i¿.f¡›_
?_.¡¡.`.¡,, ;,z ¡ ' HH ~!«:.‹-:‹z.az:,'zi_L,_«.
¡.._.¡¡ri_,;‹ ‹'~:.1!,¡ 1" ii , ih..-, ~ ,, f¬ '*5"`i“' ~'‹=r- l:!.~' fhlzif-' im \
Fig. 2.4. Identificação de
uma
impressão digital.Por
seruma
caracteristica individual e única, incapaz de ser adulterada, copiadaou
falsificada, a impressão digital logo despertou o interesse dos agentes de segurança para sua
utilização
como
um
instrumentono
auxílio à identificação dos indivíduos. Principalmente, porqueé
comum
deixarmos nossa impressão digital registradaem
cada localou
objetoonde
encostamosou
pressionamos nossos dedos.O
objetivo da utilização da impressão digitalcomo
característica pessoal de identificaçãologo apresentou
um
pequeno
inconveniente. Se as impressões são diferentesuma
das outras (sãoúnicas),
como
organizá-lasem
um
fichário, para facilitar a procura? Logo, as impressões sópodem
ser agrupadas se existir pelomenos
alguma
característica evidente que permita sua rápidaclassificação, facilitando o arquivamento e a posterior procura. Esta característica
em comum
a“___ 'w”éM“' 7 K
Eng.
F
lziifio Augusto Perina SoaresK _ _ U
Algoritmos de Pre'-processamento de Impressões Digitais para Sistemas de Identificação DaiiloscópicaAutomatizados 24
todas as impressões digitais é
chamada
de figura característica.2.6.
CLASSIFICAÇÃO DE IMPRESSÕES
DIGITAIS
Ao
se estudar as linhas papilares que percorrem a face posteriordo
dedo, pode-seclassificá-las
em
três grupos fimdamentais.Um
grupo de linhasque
se dispõe na base da falange e,por isso,
denominado
basal; outroque
percorre as suas bordas marginais; e, finalmente,um
terceiro
que
se dispõeno
centroda
polpa digital,chamado
central. Observando-se detidamentecertas impressões digitais,
notamos
em
detemiinado pontopróximo
à base, que as linhasmarginais, quer de
uma
bordaou
de outrado
dedo, divergem para atingiro
lado oposto.Assim
fazendo,
deixam
no
pontode
seu afastamento, espaçosque
tomam
a forma deum
triângulo, istoé, de
um
delta grego, A.Daí
onome
de deltadado
pelos autores a esta figura característica. Estaslinhas divergentes são
chamadas
diretrizes. Continuando a observação,podemos
verificarque
aslinhas diretrizes
envolvem
linhas papilares quetêm
a forma deum
laço. Esses laçostêm
origemno
lado oposto de
onde
se encontra o delta,como
se por ali “escapassem”. Esses laçostambém
sãofiguras características nas impressões digitais e auxiliam na sua classificação. Vucetich
tomou
parabase de sua classificação datiloscópica a presença
ou
não destes deltas e classificou os desenhosem
quatro tipos fundamentais:Arco
- são classificadas neste grupo todas as impressões digitais que não apresentamdelta algum.
Por
conseqüência, as linhas que partem deuma
das bordasdo dedo
vão ao ladooposto descrevendo curvas
com
uma
leve convexidade voltada para a pontado
mesmo.
Presilha Interna - neste padrão encontramos agrupadas as impressões que apresentam
um
delta situado à direitada
pessoaque
observa a impressão.As
linhasdo
lado oposto, apósdescreverem