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Alternativa agroflorestal para pequenos produtores agrícolas em áreas de terra firme do município de Santarém, Pará.

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Boletim de Pesquisa

m . .. Agosto, 1993 ' Número 147

-

ALTERNATIVA

AGROFLORESTAL PARA

PEQUENOS PRODUTORES

AGR~COLAS,

EM ÁREAS DE

TERRA

FIRME DO

MUNIC~PIO

DE

SANTARÉM, PARÁ

Ministbrio da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma AgrAria

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuhria

-

EMBRAPA Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazbnia Oriental

-

CPATU Belern, PA

(2)

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidente da República

Itarnar Augusto Cautiero Franco

MINISTRO DA AGRCULTURA, DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRARIA

José ~ n t Ù & ar& Munhoz

Presidente

, qMurilo Xavier Flores

Diretores

José Roberto Rodrigues Peres

Alberto Duque Portugal Eka Ange~a Battaggia .. Brito . . da Cunha

Chefia do CPATU

Dilson Augusto Capucho FrazBo

-

Chefe

Emanuel Adilson Souza Serdo

-

Chefe Adjunto Thcnico

(3)

BOLETIM

DE

PESQUISA No 147

ISSN O t 00-81 02

Agosto,

1993

ALTERNATIVA AGROFLORESTAL

PARA

PEQUENOS PRODUTORES

AGR~COLAS,

EM ÁREAS

DE TERRA FIRME DO

MUNIC~PIO

DE

SANTARÉM,

PARÁ

Luciano

Carlos

Tavares Marques

Jorge

Alberto Gaze1 Yared

Célio

Amando

Palheta

Ferreira

Ministerio da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma AgrZiria Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuBria

-

EM BRAPA

Centro de Pesquisa Agroflorestal da ArnazBnia Oriental

-

CPATU BeIBm, PA

(4)

Exemplares desta publicaç%o podem ser solicitados A EMBRAPA-CPATU Trav. Dr. E n h s Pinheiro, sfn Telefones: (091 ) 2264612,226-6622 Telex: (691) 1210 Fax: (09 1 226-9845 Caixa Posta!, 48 66095-700

-

BelBm, PA Tiragem: 500 exemplares Comitê de Publicaç&s

Antbnio Agostinho MUlter C6liêi Maria bopes Pereira Damdsio Coutinho Filho

Ernanuel Adilson Souza Serra0

Emrnanuel de Souza Cruz

-

Presidente

Jogo OlegBrio Pereira de Carvalho SltSrgio de Melto Alves

LindBurea Atves de Souza

-

Vice-presidente

Maria de NazarB MagalhBes dos Santos

-

SecretAria Executiva Rairnundo Freire de Oliveira

Saturnino Dutra

Revisores Técnicos

Alfredo Kingo Oyarna Hornma

-

EMBRAPA-CPATU

Osvaldo Ryohei Kato

-

EMBRAPA-CPATW Silvio Brienza Júnior

-

EMBRAPA-CPATU

Expediente

Coordenaçilo Editorial: Ernrnanuel de Souza Cruz Normalizaç%a: Cblia Maria Lopes Pereira

Revisão Gramatical: Maria de Nazar4 Magalhaes dos Santos

Migrrel Simao Neto (texto em inglgs) Cornpasiç%o: Francisco de Assis Sampaio de Freitas

MARQUES, L.C.T.; YARED, J.A.G.; FERREIRA, C-A. P. Aiternativa

ãgrafiorestaSi para pequenos produtores agiricatas em hreas de ter- ra firme do rnunicipio de Santarh, Pará. BelBrn: EMBRAPA- CPATU, 7893. 18p. (EMBRAPA4PATU. Boletim de Pesquisa, 147) 1. Sistema agrofiorestal. 2. Planta

-

Consorciação. 3. Planta

-

Consar- ciaçao

-

Espkcie florestal

-

Custo. 4. Fruta

-

Consorciaç%o

-

EsptScie florestal

-

Custo. I. Yared, J.A.G., colãb. 11. Ferreira, C.A.P., colab. tll. EMBRAPA Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amarbnia Oriental (Belern,

PA). IV. Titulo. V. SBrie.

CDD: 634.9

"

(5)

...

Tamanho e preparo da drea

Componentes e plantio

.*.m~~~*~.~.0...m...m.*a5...11...~?.~~.~.~..mme

Coleta

de dados

..~..~...m~...m...~...~...

*....

...

RESULTADOS

E

DISCUSSÁO

...

...

Crescimento

das espécies florestais

Prod u@es

de

milho e banana

...~...~...~...

Considern~ões

econômicas

...

C ~ N C L U S ~ E S

...08.~..~...m...m*....0...4...m..m...0~.8.m

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRAFICAS

.~..a...

(6)

?ALTERNATIVA

AGROFLORESTAL PARA

PEQUENOS

PRODUTORES

AGR~COLAS,

EM

AREAS

DE

TERRA

FIRME

DO

M U N I C ~ O

DE

SANTAREM,

PARA

Luciano Carlos Tavares ~ a r ~ u e s l

Jorge Albecto Gazel yaredi

CBlio Armando Palheta

erre ira^

RESUMO: Estudou-se em área da pequeno produtor, no municfpio

de Santarhm, PA, um sistema agrofiorestal envolvendo culturas

de ciclos curto e mbdio, fruteiras perenes e especies florestais. As

esphcies florestais estudadas foram consideradas prõmissaras,

com exceç4o da Vochys!a rnaxima Ducke (quaru ba-verdadeira). As

produçoes obtidas até o momento, considerando dois componen-

tes (Zea mays

-

milho e Musa sp.

-

banana) evidenciaram a ten-

dhncia do modelo auto-sustentar-se econbrnica e financeiramente.

Termos para indexaçao: plantios consorciados, fruteiras tropicais,

esphcies florestais e agricultura migratbria.

AN AGROFORESTRY ALTERNATIVE FOR SMALL

LAND HOLDERS

IN

AREAS OF "TERRA

FIRME"

FORESTS NEAR SANTARÉM,

PARA

ABSTRACT: On-farm agraforestry research involving tem porary

crops, fruit crops and tree crops was carrisd out in a small tand- holder area in Santarem, ?A. Except for Vochysia maxima Ducke ("quaruba-verdadeira"), the tree species were cansidered promising for intercropping systems. The praduction obtained so

far for Zea mays

-

corn and Musa sp.

-

banana has shown good

prospects for economieal and financia] sustainability.

Index terms: mixed plantations, fruit species, tree species, shifting

cultivation, intercropping.

€ng.-~tal. M.Sc. EMBRAPA-CPATU. Caixa Po.bl48. CEP 8801 7-970. B e l h , PA. 2~con. EMBRAPA-CPATU.

(7)

No

municipio de S m PA, os pequaios prdutores ru-

rais, em áreas de terra firme, dedicam-se quase que exclusivamente a pxdução de cultivos de ciclo curto para subsistencia. Têm-se observado,

cntrmto, que nesse mude10 socimn@Ifico, além da degachg2.o ao meio ambiente, não foi canseguida a viabiliração, até o momento, de um meca- nismo sustentado de capitalizaqão. Diante desse fato, visualiza-se para esses pequenos agricultores, a utilização de cultivos agrícolas perenes,

em

associação com espécies florestais que participariam no conjunto produtivo da propriedade rural, como elementos de capitalização.

Ncssc contexto, a mrnbma@o agruflorenal é uma pdtioi em

potencial para a Amezania brasileira como f m a de otllnuar a utilizaç30 racional e 8conOniica do solo com produçóes cuntinuas de madeira e ali- mento, san causar d e w s d 6 g i c o s ao solo. A ado~& de sistemas agro- florestais pode consolidar ou aumentar a produtividade de estabelecimentos

~ ~ á r ie oplantaç6es s florestais das mais diversas dimeris6es ou, pelo menos, evitar que haja a degradação do solo ou mesmo a diminuição

da

produtividade no d m m r dos anos (Centro..., 1986).

Em

Trinidlad-Tobago,

o serviço florestal conseguiu =tabele- cer plantaçíks de Tecfona grandis m a ajuda de pequenos produtores. Nas mnas baixas da

Costa

Rica, Col6mbia e Equador, existem também

alguns exemplos de cumbinaçh agroflorestais de Cordia allioduru e Cedrelo odorata sonabtea~do o cacau e o café (Vega, 1979).

Apesar do reduzido niimm de trabaIhos desenvolvidos, nessa área, M Amazônia brasileira ate o momento, tanto ao nível de produtores quanto ao de instmiiç5m de pesquisa, os resultados têm demonstrado a viabilidade t8cnico-ecdrnica da consorciaç%o de espécies florestais com cultivos agridas e/ou pastagms.

No

Estado do Pará, a experiência prhtica mais antiga de cornbinaqão de culturas agrícolas com espécies florestais vem sendo reali- zada por agricultores nipo-brasileiros em Tomé-Açu. Segundo Taketa

(1982), a diversificação de culturas empregada pelos agicultores nipo- -brasileiros é uma opção para a estabilidade econ6mica na agricultura

local. Recentemente, o oconsórcio de seringueira com pimenta-do-reino vem

sendo utiIizado por agricultores na Co16nia Agrícola de Uraim, rnUXLicipio de Paqominas, PA.

(8)

Quanto a pesquisa na região do Tapajós, PA, Brienza Jiinior

et al. (1983) enfatizam a viabilidade de um modelo silvi-agrícola rotativo,

no sentido de obter

uma

produção agricola periódica em cozlsórcio com espécies florestais de riipido crescimento. Após a primeira fase de implan-

tação desse modelo, a comparação do perfil econOmico tradicional da propriedade mral daquela região, com o valor monetário agregado pela

venda

da

madeira, evidenciaram que o valor bruto da prdução/ha/mo e a

receita liquida das atividades agricolás/ha/ano aumentam, respectiva- mente 6,2% e 2%. Isso indica que o plantio de espécies florestais pode ser feito pelo pequeno agricultor sem implicar em prejuízos.

Considerando-se a necessidade atual de acelerar as investiga- ç&s nessa linha de pesquisa, este trabalho teve por objetivo estudar um

modelo agroflorestal de produção, adaptado para pequenos produtores agdcolas em áreas de terra firme do município de Santarém, no Estado do

Pará, e capaz de funcionar

como

uma alternativa de capitalização.

Características

da área

O experimento foi conduzido em área de pequeno produt~r lu- calizada a s margens da rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá), km 60, ao sul da cidade de Santarém, cujas coordenadas geográficas são 2O45' de latitu-

de sul e 55O00' de longitude oeste de Greenwich.

O clima local é do tipo h, segundo a classificação de

Kõppen, com índice pluviométrico anual de 2.100 mm, caracterizado por

periodo de quatro meses (agosto a novembro) em que a precipitação é inferior a 60 mm. A temperatura média anual e de 24,9OC.

Essa área passuia ecossistema original de floresta densa que após a derrubada e queimada foi utilizada para o plantio de mandioca (Mmihor esculenia) durante dois anos consecutivos. Na época da instala- ção do experimento, o local apresentava-se totalmente tomado por uma

capoeira de aproximadamente quatro anos.

Antecedendo o preparo da área para a implantação do expe- rimento, fez-se uma amostragern de solo, coletando-se 20 amostras simples

(9)

resultados das análises fisicas e quimicas desta amostra evidenciaram para

areia grossa, 2% areia fina, 1%; limo, 8%; argila total, 89%; pH em água,

4,8%; fósforo, 1,2 ppm; potássio, 17,6 pprn; cálcio mais magnésio, 1

,O

meq% e aluminio, 0,7 mq%.

Tamanho e preparo da área

O

tamanho

da

área estudada e de 1,5 ha, considerando-se a capacidade anual de trabalho de uma família rural.

O

preparo

foi

feito ma- nuatmente com derrubada da capoeira, queima da vegeta@ e posterior ençoivamento.

Componentes e plantio

O

modelo estudado é composto das esp6cies florestais de rá- pido crescimento D i p t e y odor0 ta (cumm). Cordia goeldiana (freijó),

Vochysia mmimo (quaniba-verdadeira), Swie tenia macrophyla (mogno), Rugassa gdianensis (tatajuba) e Bertholletia excelsn (castanhado-brasil)

- que foram combinadas duplamente com Theobroma grnnd~rfloritm

(cupuaçu), I . sp. (i@) e Muso sp. (banana), tendo esta úItima sido plantada coacomitantemente com a cultura de ciclo curto Zea moys (milho, variedade BR-5 102).

No primeiro ano (janeirdl986) realizou-se o plantio da bana- neira no espaçamento de 3 m x 3 m e, entre as linhas destas, cultivou-se o milho no espaçamento de 1,O m x 0,5 rn (área mupada de 70%).

No segundo ano (1 987) foi realizado o plantio do ingá, do cu-

puaçu e das espkies florestais, aproveitando o sombreamento das bana- neiras. As espécies florestais foram distribuídas em três grupos, assim constituidos: Gmpo A (qumba

+

mogno), Gmpo B (freijó

+

cumaru) e Grupo C (tatajuba + c ~ a 4 u - b r a s i l ) , ocupando cada grupo a área de

0,5

ha.

O plantio destas espécies foi feito obedecendo u m a sequência onde

a primeira espécie de cada grupo foi plantada em linhas duplas, distando

15 m uma da outra, com espaçamento de 9 m x 9

rn

entre as plantas; e a segunda, dentro das linhas duplas daquelas, com plantas espaçadas a cada 9 rn.

O

cupuaçu foi plantado também em linhas duplas distanciadas 4,5 m das linhas laterais das espécies florestais, m espaçamento de 6 m x 6 m

entre plantas e o ingá, na mesma linha da bananeira, com espaçamato de 24 m x 24

rn

entre plantas (Fig. 1).

(10)

FIG. 1. Distribuição horizontal e perfil dos componentes plantados no mo-

(11)

Coleta de dados

As coletas de dados das espkies florestais foram realizadas a

cada doze meses, a partir da data do plantio. até aos 36 meses de idade. A altura, nos primeiros doze meses, foi determinada com o auxilio de régua graduada de 5 em 5 cm, enquanto nos periodos subseqúentes utilizou-se tarnkm o aparelho "blumeleiss" .

O diâmetro a altura do peito (DAP) foi obtido com o auxilio de paquímetro e de fita diametrica.

Para as consideraçdes econômicas calcularam-se os custos

medios, a preço de mercado, dos insumos utilizados, como também OS

custos de mão-de-obra, em hUmem/dianiectare.

Crescimento das

espécies

florestais

Os resultados de crescimento em altura, diâmetro i altura do peito (DAP) e sobrevivência das espénes florestais, plantadas aos doze, 24 e 36 meses de idade sHo apresentados na Tabela I .

TABELA 1. Evolução do crescimento em altura, diâmetro a altura do peito (DAP) e sobreviv5ncia das espécies florestais, plantadas aos doze, 24 e 36 meses de idade.

Sobrevivência (%) Altura (m) DAP (cmJ

Especie

I2 24 36 12 24 36 12 24 36

Mogno* 100,O 95,O 95,O 2,2 5,7 6,9

-

6,2 7,6 Tatajuba 100,O 100,O 100,O 1,5 4,8 6,s

-

4,7 6,7

Freij6 E00,O lM,O lW,O 1,4 3,9 5,s

-

4,6 6,5 Cumaru 100,O 100,O EO0,D 1,3 3,1 4,2

-

2,8 3,8

Castanhado-hil 90,O W,O 90,O 0,s 1,3 2,4

- -

3,3

Quamb-verdadeira 18,5 18,5 18,5 0,3 0,8 2,0

-

- 2 ,a

(12)

Com

exce(.o

da

quamba-verdadeira, a sobrevivência das es- pécies florestais foi altamente satisfatha. A baixa sobrevivência desta espécie tem sido observada também em plantios a pleno sol em Cuniii-

UM,

PA (Dubois, 197 1) e em Beltem, PA (Yared et ai. 1988). Contras- tando com esses resultados, Brienza lunior et al. (1991) encontraram so- brevivência de cerca de 80% para a espécie plantada a pleno sol, mas esses

mesmos autores salientam que taxas mais elevadas são obtidas em ambien-

te de proteção lateral. Diante desse fato, há a necessidade de estudos mais detahdos para melhorar o estabclccimento desta espécie, uma vez que a

madeira de guamba-verdadeira é utilizada no mercado regional e vem, progressivamente, obtendo grande aceita~iio nos mercados nacional e internacional. No segundo e terceiro anos, apenas o mogno teve a sua sobrevivência reduzida para 95%.

Quanto ao crescimento em altura e diâmetro, o mogno apre- sentou melhor desempenho nas três idades avaliadas. A incidência de HypsipyZa grundella so ocorreu a partir da segundo ano, quando as plan- tas apresentavam cerca de 5,7 m de altura, observando-se aproximadamen-

te 2 1 ,O% do povoamento com sintomas aparentes de ataque no broto ter- minal. A ocorrência dessa praga, somente a partir daquela altura pode ser explicada possivelmente pela barreira lateral provocada pelas plantas de bananeira. Yared & Carpanezzi ( 1 9 8 1 j reiacionam dentre outras medidas para reduzir ou anular o ataque de Hypsipyla grandella, a utilização de parede lateral de vegetação. Embora tenha ocorrido esse problema, é possivel a obtenção de madeira de mogno, com tratamentos silviculturais

(e.g. poda) para a formação de fustes retos.

A tatajuba também apresentou boa perfonnance, com incre-

mento médio anual em altura de cerca de 2,3 d a n o , o qual e superior aos verificados em Belterra, PA (Yared et al. 1988) e em Paragominas, PA

(Marques, 1 990).

A castanhado-brasil é u m a das espécies de menor crescimen- to, mas ainda superior ao da quaruba-verdadeira.

O

padrão de crescimento observado para a castanha-do-b ras i I, no entanto, enquadra-se nas caracte- rísticas apresentadas por essa espécie em parcelas puras, caracterizandu-se por um crescimento inicial lento, mas com incremento maior a partir de idades mais avançadas (mais ou menos quatro a cinco anos).

(13)
(14)
(15)

O

maior valor dos custos medios ocorreu no m o de 1986

(TabeIa 3).

No

custo calculado nase período, cerca de 43% pode ser

atribuído a cubra do milho (plantio, capinas, aiheita e bnieficiamento), ~onfomie t demonstrado nas Tabelas 4 e 5 .

TABELA

4. Custos estimados de rngodeabra para o estabelecimento e manutenção de 1 ha do modelo apflorestal, Santarém, Pa- r i , 19861'1 990.

Custos Unidade Coeficiente

(Cr$

iÈez./90) Primeiro ano

-

Preparo de A n a (rgagem, queimada e

colvara) H D

-

Aquisiç%o de mudas de banana WD

-

Coveamento e plantio da banana WQ

-

Plantio do milho II/D

-

Capina na hrea do milho WD

-

Rwgens nas linhas da b a n a WD

-

Coroamento nas plantas de banana W D

-

Colheita e beneficiamento do milho WD

-

Produçgo de mudas das espécies

florestais

WD

Subtotal Segundo ano

-

Covearnento e plantio das Wies

florestais, inga e cupuaçu

W D

-

Tratos culturais (roçagens,

covearnento e poda) HI]D

-

Colheita da banana

WD

Subtotal

Terceiro Ano

-

Tratos cul tuaais ( r ~ g m s ,

coroarnento e poda) HJD

-

Colheita da banana

W D

Subtotal Quarto ano

-

Tratos culturais (roqagens,

çoroamento c @a) H D

-

Colheita da banana WD Subtotal

Quinto ano

-

Tratos culturais (roçagens,

coroarnento e @a) WD

-

Colheita da bariana WD

(16)

TABELA 5 . Custos

estimados

dos

insurnos utilizados

no

estabele-

cimento

de 1 ha

do

modelo agroflorestal,

Santarém

-

Pará, 1986.

Custos

Quantidade

(Cr$

Dez./90) Primeiro ano

-

Sacos de plástico de tamanho 20 x 15 cm 500 mid. 560,100

-

Sementes de milho 10 kg 1.000,00

Observou-se que mesmo com os altos custos verificados para o cultivo do milho no primeiro

ano,

a receita obtida com a produção dessa cultura permitiu uma amortização de cerca de 96% do custo total verifi-

cado naquele período. Evidentemente,

caso

o miiho náo tivesse sido plan- tado, o custo no primeiro ano seria de Cr$ 45.560,00, que foi o valor do desembolso para a implantação do sistema. A margem de seguranw (Tabela 3) indica que caso houvesse o aumento de apenas 4 3 % na pro-

du@o obtida ou

no

preço de venda do milho, esse acréscimo permitiria saldar o dkficit de Cr$3.060,00 verificado no primeiro ano.

Quanto à banana, apesar de apresentar prduç&óes abaixo

da

média

do

municipio de Santarém, conforme relatado anteriormente, as

receitas foram mais que suficientes para a amortização dos gastos de manutenção dessa cultura, como também, do plantio e da condução dos demais componentes envolvidos no modelo (Tabela 3). Os lucros alcança-

dos pela cultura da banana, por hectare, nos anos de 1987, 1988, 1989 e 1990 f o m equivalentes, em r& mensal, a 1,6; 0,6; 1,7; e 1,8 salários mínimos vigentes no Brasil (Dezmbm' l990), respectivamente.

Esses valores são bastante expressivos, considerando-se que o

maior dos lucros calculados (0,6 salários minimos) foi a quantia recebida por aproximídammte 63% dos trabalhadores rurais no Brasil durante o ano de 1987, e os demais valores conseguidos corresponderam a renda ganha por apenas 10% das pessoas envolvidas nessa atividade, nesse

(17)

TABELA 6. Populaç6es

econ6mica

e

nHo

economicamente

ativas

mral

do Brasil,

em

1987.

Classe de renda mensal População (%)

Sem rendimento

De O

ate 112

SM

De

112 atd 1

SM

De 1 ate 2

SM

De

2 ate 3

SM

De 3

ate 5

SM

De5

ate 10

SM

Acima

de

1

O

SM

Sem declaraçgo Total 26.589260 100,O SM: SaEMo mínimo. Fonte: A n h o . . . (1 989).

É ainda prematura a avaliaçk do sistema sob um enfoque global. A julgar pelos dados obtidos, por apenas dois componentes (milho e banana), e considerando, numa segunda fase, a inclusão dos resultados econômicos provenientes da produqão de fnitoslsementes do cupuaçu e das esgkcies florestais, e finalmente quando da renovação do modelo, da extra-

ção de madeira, pressupõe-se que o sistema agroflorestal seja rentável economimente. Entretanto, para a adoção desse modelq são necessários estudos mais aprofundados sobre os custos e as receitas, albm

da

observa-

ç h de todas as variaçks bioeconômicas possiveis durante o seu desen- vslvimentç, .

Considerando-se os dados obtidos nas condiçks específicas em que o trabalho foi desenvolvido, é possível concluir o seguinte:

-

Os valores de crescimento em altura, DAP e sobrevivhcia do mogno, freijo, curnam, tatajuba e castanha-do-brasil indicam estas es-

(18)

a quaruba-verdadeira exige estudos mais detídhados visando a um melhor

m p r t a m e n t o da espécie;

-

O sistema agrofloW banana oom mogno evitou. ao me- nos no primeiro ano, o ataque de HypsipyI gmndef!a nesta espécie A o m a l ;

-

A utilização do milho e da biunuieira no modelo agroflm-

tal

b perfeitamente viável, tanto pelas produções obtidas, principalmente do

milho, quanto pelo aspecto ecológico, referente ao fato da bananeira servir de sombreamento para o cupuaçuaeiro em sua fiise inicial de crescimento;

-Segundo os dados preluninares obtidos com apenas dois componentes (milho e banana), a tendência do modelo é de auto-sustentar-

se eçonhica e fumeeiramente.

A N U ~ ~ O ESTA~~STICO

DO

BRASIL, Rio de Janeiro: IBGE, v.49,

p-73,126, 1989.

ANUARIO ESTAT~STICO

DO

ESTADO DO

PARA,

B e l h : IDESP, v. 1% p-390,398, 1988/1989.

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Referências

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