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Saúde oral e seus determinantes numa população pré-escolar - Implementação de um programa de escovagem diária

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Monografia de Investigação do Mestrado Integrado em Medicina

Dentária da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do

Porto

Saúde oral e seus determinantes numa

população pré-escolar – Implementação de um

programa de escovagem diária

Margarida Maria Ferraz Martins de Almeida Maia

Porto, 2019

(2)

Monografia de Investigação do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da

Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto

Saúde oral e seus determinantes numa população pré-escolar –

Implementação de um programa de escovagem diária

Autor: Margarida Maria Ferraz Martins de Almeida Maia

Estudante do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto

Endereço de correio eletrónico: margaridamaia96@gmail.com

Orientadora: Professora Doutora Maria de Lurdes Ferreira Lobo Pereira

Professora Auxiliar da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto

Endereço de correio eletrónico: mpereira@fmd.up.pt

(3)

Índice

Resumo ... 1 Abstract ... 2 Introdução ... 3 Materiais e Métodos ... 5 População de estudo ... 5 Desenho do estudo ... 5 Análise estatística ... 6

Considerações éticas do estudo ... 6

Resultados... 7 Discussão ... 15 Conclusão ... 19 Bibliografia ... 20 Agradecimentos ... 25 ANEXOS ... 26 ANEXO I ... 27 Parecer da Orientadora ... 28 ANEXO II... 29 Declaração da aluna... 30 ANEXO III ... 31

Parecer da Comissão de Ética da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto ... 32

ANEXO IV ... 33

Aprovação pela Comissão da Proteção de Dados da Universidade do Porto ... 34

ANEXO V ... 37

Explicação do Estudo ao participante ... 38

ANEXO VI ... 39

Declaração de Consentimento Informado ... 40

ANEXO VII ... 41

Questionário ... 42

ANEXO VIII... 48

Ficha de registos ... 49

ANEXO IX ... 50

(4)

Índice de tabelas

Tabela I - Caracterização sociodemográfica da amostra... 7

Tabela II - Caracterização do consumo de bebidas potencialmente cariogénicas ... 7

Tabela III - Frequência do consumo de bebidas potencialmente cariogénicas ... 8

Tabela IV - Momento do consumo de bebidas potencialmente cariogénicas ... 9

Tabela V - Caracterização do consumo de alimentos potencialmente cariogénicos ... 9

Tabela VI - Frequência do consumo de alimentos potencialmente cariogénicos... 10

Tabela VII - Momento do consumo de bolos e bolachas... 10

Tabela VIII - Caracterização dos hábitos bucais ... 11

Tabela IX - Caracterização das idas ao dentista ... 11

Tabela X - Caracterização dos hábitos de higiene oral ... 12

Tabela XI - Caracterização do interesse e conhecimento dos Encarregados de Educação em relação à saúde oral ... 13

Tabela XII - Impacto do programa de escovagem no Índice de placa avaliado pelo Índice de Wilcoxon ... 14

(5)

Resumo

Introdução: Uma boa saúde oral é um aspeto essencial para a saúde geral e bem-estar. A cárie

dentária é uma das doenças mais prevalentes em crianças em todo o mundo, sendo um dos seus principais fatores de risco uma higiene oral deficiente. A escovagem dentária incorreta pode levar ao aparecimento desta doença. Assim, a escola poderá ter um papel fundamental na educação para a saúde oral, já que as doenças orais poderão ser facilmente prevenidas com corretos hábitos de higiene.

Objetivos: Este trabalho teve como objetivo a caracterização dos hábitos de higiene oral das

crianças do pré́-escolar e dos seus determinantes, assim como a avaliação do efeito de um programa de escovagem diária na escola no estado de saúde oral (índice de placa bacteriana e história passada e presente de cárie) nas mesmas.

Materiais e Métodos: Esta investigação foi realizada em crianças com idades entre os 2 a 6

anos, pertencentes ao Centro Escolar de Cabanelas, do Agrupamento de Escolas de Prado. Para a concretização do estudo existiram dois momentos distintos: o primeiro incluiu uma entrevista aos Encarregados de Educação, com recurso a um questionário estruturado e aplicado pela investigadora, e a realização de um exame clínico aos participantes do estudo. Foi introduzida a escovagem diária na escola, depois do almoço, entre janeiro de 2019 e março de 2019. O segundo momento consistiu na realização de um novo exame clínico, para avaliação da repercussão da implementação da escovagem.

Resultados: A amostra apresentou uma percentagem de prevalência de cárie dentária de

51,7%. Verificou-se uma diferença significativa no índice de placa após a implementação da escovagem, tendo este reduzido de 73,28% para 31,72%.

Conclusões: A implementação da escovagem diária na escola é um método que pode contribuir

positivamente para uma boa saúde oral das crianças.

Palavras-chave: escovagem; cáries; placa bacteriana; saúde oral; higiene oral; programas

(6)

Abstract

Introduction: A good oral health is an essential aspect of overall health and well-being. Dental

caries is one of the most prevalent disease in children worldwide and one of its greatest risk factors is a deficient oral hygiene. Incorrect toothbrushing and an inappropriate oral hygiene may lead to this disease. Thus, schools may play a pivotal role in education towards oral health, since oral diseases may easily be prevented by appropriate oral hygiene habits.

Objectives: This work aimed to characterize the oral hygiene habits of children in pre-school,

as well as its determinants. Furthermore, it aimed to evaluate the effect of a daily toothbrushing programme at school in the children’s oral health (dental plaque index and past and present history of caries).

Materials and Methods: This investigation was carried out in children of ages between 2 and

6 years old, belonging to the Centro Escolar de Cabanelas, Agrupamento de Escolas do Prado. There were two distinct moments: the first included an interview with the parents/guardians, with a questionnaire structured and applied by the investigator, and a clinical examination of the children. Daily toothbrushing at school, after lunch, was implemented from January 2019 to March 2019. The second moment consisted of another clinical examination, in order to measure the repercussions of this daily toothbrushing programme.

Results: The sample displayed a prevalence of caries of 51.7%. A significant difference was

found in the dental plaque index after the application of the programme. In fact, the dental plaque index decreased from 73,28% to 31,72%.

Conclusion: The application of daily toothbrushing at school may contribute positively to a

good oral health in children.

Key-words: toothbrushing; caries; dental plaque; oral health; oral hygiene; toothbrushing

programme at school.

(7)

Introdução

A cárie dentária é uma das doenças mais prevalentes em crianças em todo o mundo

(1-4).

Os principais fatores de risco são a dieta rica em carbohidratos fermentáveis, uma higiene oral insuficiente e a exposição inadequada ao flúor (1, 2, 5-7). Adicionalmente, a literatura

descreve uma forte e consistente relação entre o estado socioeconómico e a prevalência de cárie

(2, 6, 8), assim como uma relação entre o aparecimento de cárie e o nível de escolaridade dos pais (6, 9-11). Tem sido referido que níveis superiores de escolaridade dos pais estão associados a uma

maior frequência da escovagem nas crianças (9). Tanto as restrições económicas como a

limitação do acesso à informação e aos profissionais de saúde, por parte dos pais, podem ter um papel condicionante na saúde oral das crianças (9).

É de extrema importância a preservação da dentição primária isenta de cáries para um normal crescimento da criança durante este período (12). O aparecimento de cáries, com a

eventual perda dentária precoce, poderá acarretar alterações graves no desenvolvimento da dentição definitiva, podendo desencadear um impacto significativo na saúde física, social e psicológica da criança (13). A dor e desconforto poderão surgir, fazendo com que as crianças

possuam dificuldades nas atividades diárias, como comer, falar e também dormir. Advirão, portanto, consequências, como a falta de comparência às aulas devido à privação do sono (2, 6, 9, 13). Naturalmente, as atividades diárias dos pais também sofrerão alterações, com a

necessidade de adaptação a estas adversidades (2).

A infância é, portanto, uma fase crítica, onde podem ser adquiridos hábitos, corretos ou não, de saúde oral.

Uma higiene oral adequada visa uma remoção eficaz da placa bacteriana e promoção de uma boa saúde gengival e prevenção de cáries. A adesão à superfície dentária por parte dos microrganismos constituintes da nossa flora oral, quando em crescimento excessivo, poderá levar ao desenvolvimento de doença periodontal e cárie dentária (7, 14, 15), daí a necessidade de

um correto controlo da placa bacteriana.

Por conseguinte, existem diversos cuidados a tomar para prevenir o aparecimento desta doença. Logo após o aparecimento do primeiro dente (aproximadamente entre os 6 e 12 meses de idade), a escovagem deverá ser introduzida (2). A escovagem reduz o impacto do

consumo de açúcares, hábito muito comum na infância, promovendo uma melhoria nos hábitos de higiene oral (1).

(8)

Os pais deverão estar conscientes das possíveis consequências para o desenvolvimento, crescimento e qualidade de vida dos seus filhos que uma higiene oral deficiente poderá provocar. A prevenção começa em casa e com a família, sendo por isso de extrema importância alertar os pais (2, 7, 9, 13).

As crianças possuem uma enorme aptidão para ouvir e facilidade em adotar comportamentos que tenham aprendido, sendo ótimos veículos para a divulgação de informação para as suas famílias (15).

Adicionalmente, a escola poderá ter um papel fundamental na educação para a saúde oral através da instrução das crianças, já que as doenças orais poderão ser facilmente prevenidas com corretos hábitos de higiene. É de salientar que, em meios mais desfavorecidos, a escola é por vezes o único veículo de informação. Os programas para a promoção de saúde oral em escolas podem ser eficazes no alcance da atenção das crianças (5) . O reforço e repetição da

informação que queremos transmitir é um procedimento essencial para chegar aos alunos. Assim, a implementação da escovagem diária (comportamento repetitivo) será mais facilmente adotada, para posteriormente ser inserida na rotina das crianças e dificilmente será esquecida

(15).

Este trabalho teve como objetivo a caracterização dos hábitos de higiene oral das crianças do pré-escolar e dos seus determinantes, bem como a caracterização do seu estado de saúde oral (índice de placa bacteriana e história passada e presente de cárie das crianças). Adicionalmente, foi implementado um programa de escovagem diária na escola, com a avaliação do seu impacto no índice de placa bacteriana, após um período de dois meses.

(9)

Materiais e Métodos

População de estudo

A população de estudo foram 29 crianças, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 2 e os 6 anos, pertencentes ao Centro Escolar de Cabanelas, do Agrupamento de Escolas de Prado.

Desenho do estudo

O projeto foi desenvolvido num estudo longitudinal, realizado em dois momentos distintos, com intervalo de dois meses.

Momento 1: Entrevista aos Encarregados de Educação e realização de um exame clínico aos participantes do estudo.

Foi realizada uma entrevista aos Encarregados de Educação, com recurso a um questionário (Anexo VII) estruturado e aplicado pela investigadora. No questionário, foram avaliadas características sociodemográficas, entre as quais o ano de escolaridade da mãe e do pai, dados pessoais da criança (sexo, nome e data de nascimento), questões relacionadas com os hábitos alimentares das crianças (frequência e momento de consumo de alimentos com potencial cariogénico) e hábitos relacionados com a higiene oral (frequência e momento de escovagem, acompanhamento na escovagem, tipo de escova, forma e momentos de utilização do dentífrico fluoretado). No que diz respeito à frequência de consumo de alimentos cariogénicos, definiu-se “Raramente” como apenas nos dias de festa.

O exame clínico foi realizado de acordo com as normas de Organização Mundial de Saúde (OMS) (16). O diagnóstico de cárie foi realizado através dos critérios do ICDAS II, (17)

e índice de placa foi avaliado através do Índice de Pass (18).

Foi implementada a escovagem diária neste centro escolar, no contexto de sala de aula, entre janeiro de 2019 e março de 2019. As crianças e as educadoras foram instruídas a escovar corretamente os dentes. A escovagem era supervisionada e realizada pelas educadoras.

(10)

Momento 2: Realização de um novo exame clínico para avaliação do Índice de Pass.

Neste momento, foi realizada nova observação clínica e foi determinado o Índice de

Pass, de modo a avaliar a repercussão da implementação da escovagem diária no centro

escolar, no contexto de sala de aula, durante aquele período de tempo.

Foi entregue um cartão a cada criança (Vermelho – “Tens algumas cáries! É melhor ires ao dentista!”; Amarelo – “Se nunca foste ao dentista, está na hora!”; Verde – “Está tudo bem! Continua sempre assim!”) (Anexo IX), consoante a necessidade que cada criança apresentou em ir ao Médico Dentista. Estes cartões tiveram como objetivo dar um feedback aos Encarregados de Educação da observação clínica realizada.

Para além destes dois momentos, foi realizada uma palestra de promoção de saúde oral para as crianças e para os Encarregados de Educação que assim o desejaram, com instruções essenciais para adquirir bons hábitos de higiene oral, como por exemplo a importância da escovagem duas vezes por dia, a utilização de dentífrico fluoretado, a utilização de fio dentário, entre outros.

Análise estatística

As variáveis categóricas foram descritas através de frequências absolutas e relativas. Para verificar o impacto da implementação da escovagem nos níveis de placa bacteriana, foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon para comparar o Índice de Pass nos dois momentos de avaliação. Usou-se um nível de significância de 0,05.

Considerações éticas do estudo

O projeto de investigação foi aprovado pela Comissão de Ética da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (Anexo III) e autorizado pela Comissão da Proteção de Dados da Universidade do Porto (Anexo IV). Apenas foram incluídas as crianças cujos pais tenham assinado a Declaração de Consentimento Informado (Anexo VI) para efetivação da participação no estudo. Foi assegurado o anonimato dos participantes e a confidencialidade dos dados recolhidos.

(11)

Resultados

Na tabela I, mostram-se os dados sociodemográficos dos participantes. A maioria das crianças, 65,5 %, era do sexo feminino.

Verificou-se que 11 mães (37,9%) e 15 pais (51,7%) apresentavam uma escolaridade inferior ao 9ºano.

Em relação ao consumo de bebidas potencialmente cariogénicas (Tabela II), a bebida mais consumida foi o sumo de frutos, com a percentagem de 58,6% (17), seguida de 51,7% (15) para refrigerantes não gaseificados e 34,5% (10) para refrigerantes gaseificados.

Tabela II - Caracterização do consumo de bebidas potencialmente cariogénicas (n=29)

n % Refrigerantes gaseificados Consome Raramente Não Consome 10 13 6 34,5 44,8 20,7

Refrigerantes não gaseificados Consome Raramente Não Consome 15 10 4 51,7 34,5 13,8 Sumos de frutos Consome Raramente Não Consome 17 8 4 58,6 27,6 13,8 Tabela I - Caracterização sociodemográfica da amostra (n=29)

n % Sexo Masculino Feminino 10 34,5 19 65,5 Escolaridade Mãe < 9ºano ³ 9ºano 11 18 37,9 62,1 Escolaridade Pai < 9ºano ³ 9ºano 15 14 51,7 48,3

(12)

Relativamente à frequência do consumo de bebidas cariogénicas (Tabela III), observou-se que a maioria das crianças consumia bebidas potencialmente cariogénicas raramente ou uma a duas vezes por semana. No sumo de frutos, contudo, 12 crianças (41,4%) consumiam uma a duas vezes por semana. No que se refere aos refrigerantes não gaseificados, 4 (13,8%) crianças faziam-no uma vez por dia, e 2 (6,9%) faziam-faziam-no duas ou mais vezes por dia. Quanto aos sumos de frutos, 2 (6,9%) crianças consumiam uma vez por dia, e em 3 (10,3%) crianças foi declarado que consumiam duas ou mais vezes por dia.

Tabela III - Frequência do consumo de bebidas potencialmente cariogénicas (n=29) Refrigerantes gaseificados

Não consome Raramente

2 ou mais vezes por dia 1 vez por dia

1 a 2 vezes por semana

Refrigerantes não gaseificados Não consome

Raramente

2 ou mais vezes por dia 1 vez por dia

1 a 2 vezes por semana

Sumos de frutos Não consome Raramente

2 ou mais vezes por dia 1 vez por dia

1 a 2 vezes por semana

n 6 13 1 1 8 4 10 2 4 9 4 8 3 2 12 % 20,7 44,8 3,4 3,4 27,7 13,8 34,5 6,9 13,8 31,0 13,8 27,6 10,3 6,9 41,4

Em relação ao momento de consumo de bebidas potencialmente cariogénicas nos intervalos das refeições (Tabela IV), 7 (24,1%) crianças consumiam sumos de frutos, 3 (10,3%) refrigerantes não gaseificados e 4 (13,8%) refrigerantes gaseificados.

(13)

Na Tabela V, mostram-se os resultados referentes ao consumo de alimentos potencialmente cariogénicos. A maioria das crianças consumia alimentos sólidos. Apenas 2 crianças (6,9%) não consumiam chocolates.

Tabela IV - Momento do consumo de bebidas potencialmente cariogénicas (n=29) Refrigerantes gaseificados

Não consome Raramente

Durante as refeições Intervalo das refeições

Refeições e intervalo das refeições Refrigerantes não gaseificados

Não consome Raramente

Durante as refeições Intervalo das refeições

Refeições e intervalo das refeições Sumos de frutos

Não consome Raramente

Durante as refeições Intervalo das refeições

Refeições e intervalo das refeições

n % 6 20,7 13 44,8 6 20,7 4 13,8 0 4 10 10 3 2 4 8 8 7 2 0 13,8 34,5 34,5 10,3 6,9 13,8 27,6 27,6 24,1 6,9

Tabela V - Caracterização do consumo de alimentos potencialmente cariogénicos (n=29) Bolos e bolachas

Consome Raramente Não consome

Caramelos, Gomas, rebuçados Consome Raramente Não consome Chocolates Consome Raramente Não consome n 25 4 0 24 5 0 16 11 2 % 86,2 13,8 0 82,8 17,2 0 55,1 37,9 6,9

(14)

No que diz respeito à frequência de consumo de alimentos potencialmente cariogénicos (Tabela VI), 11 crianças (37,9%) consumiam chocolate raramente, número igual ao que respondeu “1 a 2 vezes por semana”. Contudo, nas restantes categorias os valores são superiores, tendo 18 crianças (62,1%) referido comer guloseimas uma a duas vezes por semana e 12 (41,4%) referido comer bolos e bolachas todos os dias. Por fim, 4 crianças (13,8%) comiam bolos e bolachas duas ou mais vezes por dia.

Tabela VI - Frequência do consumo de alimentos potencialmente cariogénicos (n=29) Bolos e bolachas

Não consome Raramente 1 vez por dia

2 ou mais vezes por dia 1 a 2 vezes por semana Caramelos, Gomas, rebuçados Não consome

Raramente

1 a 2 vezes por semana

Mais do que 2 vezes por semana Todos os dias

Chocolates Não consome Raramente

1 a 2 vezes por semana

Mais do que 2 vezes por semana Todos os dias n % 0 0 4 13,8 12 41,4 4 13,8 9 31 0 0 5 17,2 18 62,1 5 17,2 1 3,5 2 6,9 11 37,9 11 37,9 5 17,2 0 0

Já no que ao momento do consumo concerne (Tabela VII), 21 crianças (72,4%) fazem-no durante o intervalo das refeições.

Tabela VII - Momento do consumo de bolos e bolachas (n=29) Bolos e bolachas

Não consome Raramente

Durante as refeições Intervalo das refeições

Refeições e intervalo das refeições

n % 0 0 4 13,8 2 6,9 21 72,4 2 6,9 10

(15)

Nas questões relacionadas com a caracterização dos hábitos bucais (Tabela VIII), apurou-se que 58,6% da amostra não possui hábitos bucais. A utilização de chupeta e o hábito de roer as unhas apresentaram a percentagem de 10,3%.

Tabela VIII - Caracterização dos hábitos bucais (n=29)

n % Ausentes 17 58,6 Chupeta 3 10,3 Chuchar o dedo 1 3,4 Roer as unhas 3 10,3 Outros 5 17,2

Na Tabela IX, encontram-se caracterizados os hábitos de saúde oral, nomeadamente na frequência e motivo de Consulta de Medicina Dentária. Observou-se que 48,3% da amostra nunca foi ao dentista. Para além disso, das 15 crianças que já foram a uma consulta, 3 (20%) foram devido a dor.

Tabela IX - Caracterização das idas ao dentista Visitas da criança ao dentista (n=29)

Nunca foi ao dentista Só quando precisa

No último ano foi uma vez

No último ano foi mais do que uma vez Motivo da consulta (n=15)

Para ver se está tudo bem (rotina) Dor Outro motivo n 14 3 6 6 9 3 3 % 48,3 10,3 20,7 20,7 60,0 20,0 20,0

Relativamente aos hábitos de higiene oral (Tabela X), a maioria das crianças (51,7%) escova os dentes apenas 1 vez por dia, 79,3% não escova depois do jantar e 37,9% não escova antes de dormir.

Uma percentagem de 44,8% das crianças escova os dentes sempre sozinha, 72,3% começou a escovar com idades superior aos 12 meses de idade e apenas 31% coloca pasta em quantidade suficiente para cobrir a escova toda.

(16)

Tabela X - Caracterização dos hábitos de higiene oral (n=29)

n %

Número de vezes que escova os dentes por dia Não escova todos os dias

1 vez por dia 2 vezes por dia

Mais do que 2 vezes por dia Depois do pequeno-almoço Não Sim Depois do almoço Não Sim Depois do jantar Não Sim Antes de dormir Não Sim

Ajuda para escovar os dentes

Nunca. Ele escova sempre sozinho Ajudo sempre que escova

Ajudo ás vezes

Ajudo uma vez por dia Tipo de escova

Manual Elétrica

Meses em que começou a usar escova dos dentes 0-6

6-12 >12

Meses em que começou a usar pasta dos dentes 0-6

6-12 >12

Pasta fluoretada

Não respondeu/não sabia Sim 2 6,9 15 51,7 11 1 17 12 22 7 23 6 11 18 13 6 7 3 28 1 1 7 21 1 5 23 9 20 37,9 3,4 58,6 41,4 75,9 24,1 79,3 20,7 37,9 62,1 44,8 20,7 24,1 10,3 96,6 3,4 3,4 24,1 72,3 3,4 17,2 79,3 31 69

(17)

Quantidade de pasta que coloca na escova Suficiente para cobrir toda a escova

Quantidade do tamanho de uma ervilha (+/- 1 cm)

Quantidade igual ao tamanho da unha do dedo mindinho do seu filho/a

9 13 7 31,0 44,8 24,1

Observou-se que 37,9 % dos Encarregados de Educação não teve acesso a informação acerca dos cuidados a ter com a higiene oral do seu filho e que 86,2% apresentou interesse em assistir a uma palestra relacionada com este tema, tendo apenas 4 (13,8%) negado o interesse (Tabela XI).

Tabela XI - Caracterização do interesse e conhecimento dos Encarregados de Educação em relação à saúde oral (n=29)

n %

Acesso a informação acerca dos cuidados a ter com a higiene oral do seu filho

Não Sim

Interesse numa palestra relacionada com este assunto Não Sim 11 18 37,9 62,1 4 25 13,8 86,2 Na tabela XII, mostram-se os resultados relativos aos valores medianos do Índice de

Pass antes e depois da implementação do programa de escovagem.

Observou-se uma diferença significativa no índice de placa após a implementação da escovagem. A mediana do Índice de Pass baixou significativamente de 73,28% para 31,72% após a implementação da escovagem depois do almoço.

(18)

Tabela XII - Impacto do programa de escovagem no índice de placa avaliado pelo Índice de

Wilcoxon

n Mínimo Máximo Média Z p Índice de Pass pré intervenção 29 20 100 73,28 -4,707 < 0,005 Índice de Pass pós intervenção 29 5 70 31,72

No nosso estudo, a prevalência de cárie observada foi de 51, 7%, isto é, a maioria das crianças observadas apresentava pelo menos um dente cariado.

(19)

Discussão

A cárie precoce de infância é uma doença infeciosa muito comum na idade pré-escolar, podendo ser prevenida logo a partir dos primeiros anos de vida (6, 19-21). Consiste na

desmineralização dos tecidos duros da peça dentária, existindo uma interação complexa entre diversos fatores: flora autóctone da cavidade oral, indivíduo/dente suscetível, bactérias cariogénicas e substrato (20, 22). O desenvolvimento da cárie reflete a atividade metabólica da

placa bacteriana devido ao desequilíbrio originado pela dieta rica em hidratos de carbono, como os doces, gomas, bolos, chocolates, e a presença de bactérias cariogénicas. Deste modo, há decomposição dos alimentos por parte das bactérias, e subsequente formação de ácidos, provocando uma descida acentuada do pH da placa bacteriana e originando a dissolução da superfície mineral dentária e aparecimento da lesão de cárie (20, 21, 23). Este estudo demonstrou

uma prevalência de cárie na amostra de 51,7%, tendo mais de metade das crianças pelo menos um dente cariado.

Uma escovagem dentária incorreta e uma higiene oral inapropriada podem levar ao aparecimento desta doença. A escovagem é uma ação mecânica simples e eficaz na remoção mecânica e desagregação da placa bacteriana, prevenindo a cárie dentária e a doença periodontal (7, 24) . Deste modo, um comportamento e hábito a adquirir desde cedo é esta ação

mecânica pelo menos duas vezes por dia, durante dois minutos (6, 7, 9, 13).

No presente estudo, pudemos averiguar que 51,7% da amostra escova apenas uma vez por dia e uma pequena percentagem não escova todos os dias. Uma percentagem considerável, mais de um terço da amostra, não escova antes de dormir. É referido, na literatura, que uma das escovagens deve ser obrigatoriamente realizada antes de dormir (21, 25). Até aos 7 anos, a

criança deverá sempre usufruir do auxílio e supervisão dos pais para a obtenção de uma correta escovagem (2, 6, 7) . Neste estudo, uma percentagem elevada escova os dentes sempre sozinha,

e, para além disso, a maioria começa a escovar os dentes muito tarde, acima dos 12 meses de idade. A escovagem deverá ser introduzida logo após o aparecimento do primeiro dente temporário, quer com uma escova macia ou com uma gaze (19). Uma percentagem de 31% da

amostra coloca pasta dentífrica em excesso, o suficiente para cobrir a escova toda. O excesso de flúor poderá levar ao aparecimento de fluorose dentária, pelo que é importante colocar as quantidades recomendadas (26).

(20)

A quantidade de dentífrico fluoretado (1000-1500 ppm) deverá ser semelhante ao tamanho da unha do 5ºdedo da criança ou de uma ervilha (27, 28).

A utilização de flúor em concentração adequada e de uma forma regular é responsável por um menor desenvolvimento de novas cáries dentárias (25, 28).

Para que possa ocorrer uma diminuição da incidência de cárie, a promoção de saúde oral pode ter um papel fundamental. Programas comunitários de promoção de saúde oral são uma mais valia nas creches e jardins de infância, não só para os educadores, como também para os pais e crianças (19, 21, 23, 29). Vários estudos revelaram a importância da realização de

procedimentos interativos e interventivos nas escolas (8, 9, 15, 19). As crianças devem ser educadas

acerca dos seus dentes, da importância da escovagem e das possíveis consequências decorrentes de uma higiene oral deficiente. Por sua vez, nas escolas, as educadoras devem ser instruídas de modo a transmitirem bons hábitos de higiene aos seus alunos. Os pais também necessitam de ser informados sobre os corretos métodos de escovagem e procedimentos preventivos a ter com os seus filhos (19) . O fornecimento precoce de informação a todos os

prestadores de cuidados sobre as crianças é um fator importante para o controlo de comportamentos negativos associados à saúde oral (21) .

A aquisição de hábitos e comportamentos saudáveis deve ser introduzido, desde cedo na infância. A prevenção começa em casa, com a família (2, 9). São os hábitos estabelecidos

precocemente que prevalecem, pois ficam facilmente memorizados no intelecto da criança, o que ajudará à adoção permanente de bons métodos de higiene oral ao longo da vida, através da sua aptidão para ouvir e aprender (15, 24).

Esta investigação demonstrou uma redução significativa no índice de placa através da implementação da escovagem diária, após o almoço. Este resultado, apesar da reduzida amostra e consequente parca validade externa, cimenta a importância da escovagem dentária diária na vida das crianças e a repercussão positiva que pode ter na sua saúde oral. A escovagem diária na escola, por vezes a única por dia, poderá ter efeitos muito positivos na saúde oral destas crianças. A desorganização da placa, mesmo que realizada uma vez por dia, poderá ser vantajosa para a diminuição da prevalência de cárie dentária. A escola poderá ter um papel fundamental na educação para a saúde oral das crianças que não possuem práticas adequadas em casa (29-31).

(21)

Um nível de escolaridade dos pais reduzido também poderá ter consequências na saúde oral das crianças (11).

Neste estudo, verificou-se que uma elevada percentagem de pais possuía escolaridade inferior ao 9ºano, podendo ser considerado um nível de escolaridade relativamente baixo, uma vez que não possuíam a escolaridade mínima obrigatória (32). A literatura afirma que o nível de

instrução dos pais é determinante para o aparecimento de cárie dentária. Níveis de instrução mais baixos apresentam uma maior prevalência e gravidade de cárie dentária (6, 9-11).

Apenas uma baixa percentagem de Encarregados de Educação afirmou ter tido acesso a informação acerca dos cuidados a ter com a higiene oral dos seus filhos. Este facto poderá estar relacionado com a baixa frequência de ida ao Médico Dentista.

Vários estudos recomendam que a primeira consulta de medicina dentária deverá ocorrer após o aparecimento do primeiro dente decíduo, durante o primeiro ano de vida (19, 33).

Na amostra estudada, verificou-se que aproximadamente metade das crianças nunca foi ao dentista e que uma pequena percentagem compareceu na consulta devido a dor de dentes. A primeira observação da cavidade oral é fundamental, tanto para a criança, como para os seus cuidadores. As consultas de medicina dentária precoces são essenciais, tendo como justificação a prevenção de cáries precoces de infância, a deteção de lesões incipientes de cárie em estadios iniciais, a avaliação do crescimento dentário e craniofacial, entre outros. Os pais terão espaço para fazer questões e tirar dúvidas. Ao longo da consulta, a criança poderá ambientar-se e o seu comportamento no decorrer da consulta influenciará o seu comportamento nas consultas seguintes (34). Deste modo, se a criança for ao médico dentista desde cedo, provavelmente não

irá apenas por motivo de dor. No decorrer da consulta, poderão ainda ser transmitidas informações acerca dos hábitos de higiene oral apropriados e eficazes a adotar, como a dieta equilibrada e o uso de flúor (28, 34).

Um outro fator determinante da cárie precoce de infância é a dieta. É necessária uma escolha adequada e equilibrada dos alimentos para a prevenção desta doença. A ingestão de uma dieta rica em açúcar é o fator de risco mais importante para o desenvolvimento da cárie dentária (1, 35, 36). O consumo crónico e prolongado de alimentos e bebidas açucaradas alimenta

(22)

Vários fatores são considerados relativamente à dieta cariogénica de um indivíduo: a quantidade de ingestão de açucares, a frequência e momento de ingestão, o tipo de substrato e a consistência (21, 25, 35). O consumo elevado de alimentos pegajosos como as gomas, bolachas,

caramelos é considerado mais cariogénico do que os alimentos mais duros e menos pegajosos

(21, 37, 38).

A percentagem de consumo de sumos de frutos foi muito elevada, sendo um fator relevante para o desenvolvimento de cáries, pois muitos destes sumos têm açucares adicionados (21, 23, 39). Uma percentagem de 20,7% das crianças consome refrigerantes não

gaseificados uma ou mais vezes por dia, 41,4% das crianças consome bolos e bolachas uma vez por dia e 62,1% caramelos, gomas e rebuçados uma a duas vezes por semana.

Esta frequência elevada de consumo faz com que o pH da cavidade oral esteja continuamente a descer abaixo do pH crítico (21, 40). Para além disso, verificou-se uma percentagem

considerável de consumo de bebidas e alimentos potencialmente cariogénicos nos intervalos das refeições. Isto faz com que os períodos de desmineralização se tornem cada vez mais frequentes e os períodos de remineralização não se realizem em quantidade suficiente para compensar a perda de superfície dentária (21, 37, 38) .

Este estudo apresenta algumas limitações, nomeadamente o facto de a informação ter sido recolhida pelo método de questionário, podendo estas não refletir a realidade das atitudes dos participantes. Apesar de ser um estudo longitudinal, seria desejável observar os participantes após períodos mais prolongados, para tentar perceber o impacto da implementação da escovagem em outros parâmetros clínicos para além do índice de placa, nomeadamente na prevalência da cárie dentária.

(23)

Conclusão

Através dos resultados obtidos, pudemos concluir que a escovagem diária foi eficaz na redução do índice de placa. Apesar das limitações deste estudo, parece ser possível concluir que a implementação da escovagem diária na escola é uma mais valia para a saúde oral destas crianças, uma vez que reduz significativamente a placa bacteriana.

(24)

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(29)

Agradecimentos

À minha orientadora, Professora Maria de Lurdes, por toda a paciência, por todo o apoio e por ter acreditado sempre em mim durante a realização deste trabalho.

Aos meus professores, que durante estes anos foram uma fonte de sabedoria para mim.

Aos colegas que me fizeram sorrir nos dias bons e dias maus, e um especial obrigada à minha binómia Ju, pela forte amizade que fomos construindo ao longo destes anos.

Aos meu pais, pelos valores que me transmitiram e por serem sempre uma fonte de confiança e segurança para mim. O seu apoio incondicional foi fundamental.

Aos meus irmãos Francisco, Luís e Zé, por serem os melhores do mundo e por serem um exemplo para mim.

À Titia e Vovó Lu, por serem uma fonte de amor para mim no Paraíso.

Ao meu namorado Henrique, por todo o seu amor, carinho e compreensão, e por ter estado sempre ao meu lado. Sem ele não seria possível.

Aos Gen e amigos, por estarem sempre presentes na minha vida.

“Se tentares viver de amor, perceberás que, aqui na terra, convém fazeres a tua parte. A outra, não sabes nunca se virá, e não é necessário que venha. Por vezes, ficarás desiludido, porém jamais perderás a coragem, se te convenceres de que no amor, o que vale é amar”

(30)

ANEXOS

(31)

ANEXO I

(32)
(33)

ANEXO II

Declaração da aluna

(34)
(35)

ANEXO III

Parecer da Comissão de Ética da Faculdade de Medicina Dentária da

Universidade do Porto

(36)

32

Pt)iit )

FACULDM)E DE MLX2ttNA DENTAF1IA UN DADt 00 0F1TQ Exma Senhora

Margarida Maria Ferraz Martins de Almeida Maia Faculdade de Medicina Dentária da U. Porto

CD)122

FEV2

(CC à Orientadora Sra. Prof. Doutora Maria de Lurdes Pereira)

Assunto: Parecer relativamente ao Projeto de Investigação n 19/2018.

(Saúde Oral e seus determinantes numa população pré-escolar - implementação

de um programa de escovagem diária).

Informo V. Exa. que o projeto supracitado foi analisado na reunião da Comissão de Ética para a Saúde, da FMDUP, no dia 1 de fevereiro de 2019.

A Comissão de Ética é favorável à realização do projeto tal como apresentado.

Subject: Recommendation on the research project n° 19/20 18.

(Saúde Oral e seus determinantes numa população pré-escolar-implementação de

um programa de escovagem diária).

1 hereby inform that the aforementioned project was analyzed on 1stfebruary, 2019 by the Ethics

Committee for Health ofthe Faculty of Dental Medicine,

The Ethics Committee is favourable to the project execution.

Com os melhores cumprimentos,

A Presidente da Comissão de Ética para a Saúde, da FMDUP

Prof. Doutora Inês Alexandra Costa Morais Catdas

RUA DA. MANUEL PEREIRA DA SILVA, 42D0-392 PORTO-PORTUGAL

TELEFONE: +351 2209011 00; FOJE: +3510901101; www.fOJd+p.pt

(37)

ANEXO IV

Aprovação pela Comissão da Proteção de Dados da Universidade do

Porto

(38)
(39)
(40)
(41)

ANEXO V

(42)

Saúde oral e seus determinantes numa população pré-escolar – Implementação

de um programa de escovagem diária

Explicação do Estudo

Eu, Margarida Maria Ferraz Martins de Almeida Maia, estudante da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, estou a desenvolver um estudo que consiste na avaliação do impacto da implementação da escovagem diária em ambiente de sala de aula nos níveis de higiene oral das crianças do pré-escolar.

Adicionalmente, pretende-se caracterizar a saúde oral e os hábitos de higiene oral relacionados, em crianças com idades compreendidas entre os 2 e 6 anos do Centro Escolar de Cabanelas, pertencente ao Agrupamento de Escolas de Prado.

Para atingir os objetivos, será realizado um questionário em que se pretende avaliar as características sociodemográficas dos participantes e os hábitos relacionados com a saúde oral. A cada criança será realizado um exame oral onde serão avaliados o índice de placa bacteriana (verificar a existência de acumulação de bactérias sobre a superfície dentária) e a prevalência de cáries. Existe ainda a possibilidade de realização de um terceiro momento de recolha de dados, sensivelmente um ano após a primeira recolha, para efeitos de avaliação do sucesso do programa.

Este trabalho não acarretará qualquer risco e o possível desconforto será o associado ao preenchimento de um questionário e à realização de um exame oral.

Durante a realização deste estudo, serão consideradas as regras éticas, nomeadamente quanto ao tratamento e armazenamento de dados, sendo garantida a confidencialidade de toda a informação. Todos os participantes têm tempo para refletir sobre o pedido e a liberdade para escolher se aceitam ou não participar.

Caso queira entrar em contacto com a investigadora, pode fazê-lo através do email margaridamaia96@gmail.com ou pelo número 965746485.

Em caso de dúvidas relacionadas com tratamento de dados pessoais poderá contactar a Encarregada de Proteção de Dados da Universidade do Porto – dpo@reit.up.pt.

Agradeço, desde já, a sua atenção e a sua valiosa colaboração.

Atenciosamente,

Margarida Maria Ferraz Martins de Almeida Maia

(43)

ANEXO VI

(44)

Consentimento

______________________________________________________________ (nome

completo), pai, mãe ou responsável pelo paciente

______________________________________________ ________________ (nome completo), compreendi a explicação que me foi fornecida, por escrito e verbalmente, acerca da investigação conduzida pela estudante Margarida Maria Ferraz Martins de Almeida Maia na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, para a qual é pedida a minha participação.

Tomei conhecimento de que, de acordo com as recomendações da Declaração de Helsínquia, a informação que me foi prestada versou os objetivos, os métodos, os benefícios previstos, os riscos potencias e o eventual desconforto. Além disso, foi-me afirmado que tenho o direito de decidir livremente aceitar ou recusar a todo o tempo a participação no estudo. Sei que posso abandonar o estudo e que não terei que sofrer qualquer penalização, nem quaisquer despesas pela participação no mesmo.

Foi-me dado todo o tempo de que necessitei para refletir sobre esta proposta de participação.

Nestas circunstâncias:

£ consinto que o/a meu/minha filho(a) participe neste projeto de investigação, tal como me foi apresentado pela investigadora responsável;

£ autorizo ser contactado em caso de eventual realização de um terceiro momento de recolha de dados;

£ autorizo que os dados deste estudo sejam utilizados para outros trabalhos científicos, desde que irreversivelmente anonimizados.

Data __/__/____

Assinatura do paciente/responsável pelo paciente _________________________________________

(45)

ANEXO VII

Questionário

(46)

Assinale com um X a opção correta nos espaços correspondentes.

Questões relacionadas com os dados sociodemográficos dos pais da criança participante: 1. Ano de escolaridade da mãe:

2. Ano de escolaridade do pai:

3. Dados pessoais da criança:

Sexo:

1 Masculino

2 Feminino

42

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Ensino Superior

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Ensino Superior

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º

Caro Encarregado de Educação,

Este questionário tem como objetivo a avaliação da saúde oral no pré-escolar, no Centro Escolar de Cabanelas, pertencente ao Agrupamento de Escolas de Prado, tendo por base a integração num projeto de dissertação de mestrado, no qual o seu educando será participante. Destina-se a conhecer alguns dos fatores que, de algum modo, poderão estar relacionados com a saúde oral das crianças e a caracterizar os conhecimentos dos pais sobre as atitudes relacionadas com a higiene oral dos seus filhos. Será efetuada uma avaliação clínica com o objetivo de avaliar o índice de placa bacteriana (verificar a existência de acumulação de bactérias sobre a superfície dentária) e a prevalência de cáries.

O tempo estimado de resposta ao questionário é de aproximadamente 15 minutos. A participação no estudo é voluntária e toda informação fornecida é confidencial. Agradeço a sua disponibilidade e colaboração.

(47)

Nome da criança:

Data de nascimento: __/__/___

Questões relacionadas com os hábitos alimentares do seu filho/a:

1. Refrigerantes gaseificados (Coca-cola, Fanta, Guaraná ou outros...)

1 Consome

2 Não consome

3 Raramente (apenas nos dias de festa)

Se colocou uma cruz em “Consome” na questão anterior, por favor, continue a responder:

2. Refrigerantes não gaseificados (Ice Tea ou outros...)

1Consome

2Não consome

3Raramente (apenas nos dias de festa)

Se colocou uma cruz em “Consome” na questão anterior, por favor, continue a responder:

1 vez por dia 2 ou mais vezes por dia 1 a 2 vezes por semana

Durante as refeições Durante as refeições Durante as refeições

Intervalo das refeições Intervalo das refeições Intervalo das refeições

Refeições e intervalo das refeições Refeições e intervalo das refeições

1 vez por dia 2 ou mais vezes por dia 1 a 2 vezes por semana

Durante as refeições Durante as refeições Durante as refeições

Intervalo das refeições Intervalo das refeições Intervalo das refeições

(48)

3. Sumos de frutos (Naturais ou Néctares ou outros ...)

1Consome

2Não consome

3Raramente (apenas nos dias de festa)

Se colocou uma cruz em “Consome” na questão anterior, por favor, continue a responder:

4. Alimentos açucarados (bolachas, bolos ou outros ...)

1Consome

2Não consome

3Raramente (apenas nos dias de festa)

Se colocou uma cruz em “Consome” na questão anterior, por favor, continue a responder:

5. Guloseimas (caramelos, gomas, rebuçados...)

1Não consome

2Raramente (apenas nos dias de festa)

31 a 2 vezes por semana

4Mais do que 2 vezes por semana

5Todos os dias

44

1 vez por dia 2 ou mais vezes por dia 1 a 2 vezes por semana

Durante as refeições Durante as refeições Durante as refeições

Intervalo das refeições Intervalo das refeições Intervalo das refeições

Refeições e intervalo das refeições Refeições e intervalo das refeições

1 vez por dia 2 ou mais vezes por dia 1 a 2 vezes por semana

Durante as refeições Durante as refeições Durante as refeições

Intervalo das refeições Intervalo das refeições Intervalo das refeições

(49)

6. Chocolates

1Não consome

2Raramente (apenas nos dias de festa)

31 a 2 vezes por semana

4Mais do que 2 vezes por semana

5Todos os dias

Questões relacionadas com os hábitos bucais do seu filho/a:

0-Ausentes 4-Morder o lábio

1-Chupeta 5-Outros

2-Chuchar o dedo

3-Roer as unhas

Questões relacionadas com as idas ao dentista:

Visitas da criança ao dentista:

1Nunca foi ao dentista

2Só quando precisa

3Há mais de um ano

4No último ano foi uma vez

5No último ano foi mais do que uma vez

Motivo da consulta:

1Para ver se está tudo bem (rotina)

2Dor

3Aparelho para correção dentária

4Outro motivo

(50)

Questões relacionadas com os hábitos de saúde oral do seu filho/a: Quantas vezes o seu filho/a escova os dentes por dia?

1Não escova todos os dias

21 vez por dia

32 vezes por dia

4Mais do que 2 vezes por dia

É habitual o seu filho/a ter a sua ajuda para escovar os dentes?

1Nunca. Ele escova sempre sozinho

2Ajudo sempre que escova

3Ajudo às vezes

4Ajudo uma vez por dia

Quando efetua a escovagem? (Pode escolher mais do que uma opção)

1Depois do pequeno-almoço

2Depois do almoço

3Depois do jantar

4Antes de dormir

Que tipo de escova usa?

1Nenhuma

2Manual

3Elétrica

4Outra

(51)

Com que idade o seu filho/a começou a escovar os dentes? Aos ________anos

Aos ________meses

Com que idade o seu filho/a começou a usar pasta dos dentes? Indique a idade:____________

Que pasta dentífrica costuma usar? Marca: ___________

Idade indicada na embalagem: ____

Qual a quantidade de pasta que coloca na escova?

1Suficiente para cobrir toda a escova

2Quantidade do tamanho de uma ervilha (+/- 1 cm)

3Quantidade igual ao tamanho da unha do dedo mindinho do seu filho/a

Já alguma vez foi informado acerca dos cuidados a ter com a higiene oral do seu filho/a?

1Sim

2Não

Estaria interessado numa palestra relacionada com este assunto?

1Sim

2Não

(52)

ANEXO VIII

Ficha de registos

(53)
(54)

ANEXO IX

Cartões entregues às crianças

(55)

Tens algumas cáries! É melhor ires ao dentista!

Se nunca foste ao dentista, está na hora! Está tudo bem!

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