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Pressupostos para a elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento desportivo no Concelho de Felgueiras

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

Relatório de Estágio

Pressupostos para a elaboração de um plano estratégico de

desenvolvimento desportivo no Concelho de Felgueiras

Dissertação de Mestrado em

Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Diogo Emanuel Ferreira Pereira

Orientadora: Professora Doutora Isabel Maria Rodrigues Gomes Coorientador:

Professor Pedro Miguel Torres Varejão dos Reis

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

Relatório de Estágio

Pressupostos para a elaboração de um plano estratégico de

desenvolvimento desportivo no Concelho de Felgueiras

Dissertação de Mestrado em

Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Diogo Emanuel Ferreira Pereira

Orientadora: Professora Doutora Isabel Maria Rodrigues Gomes Coorientador:

Professor Pedro Miguel Torres Varejão dos Reis

Composição do Júri:

Ágata Aranha

Luís Quaresma

Isabel Gomes

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IV

Dissertação apresentada à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física dos Ensino Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação da Professora Isabel Gomes e coorientação do Professor Pedro Reis.

(5)

V

Agradecimentos

Um Relatório Final de Estágio, pela sua importância, deixa necessariamente uma marca indelével no seu autor, desta forma, este estudo não foge á regra e tal não seria possível sem diversos contributos, a quem tenho necessariamente de manifestar o meu mais sincero agradecimento.

Aos meus Pais, por tudo, só eu sei!

Aos meus orientadores, Professor Pedro Reis e Professora Isabel Gomes, devo-lhe respeito e gratidão, por todo o conhecimento demonstrado, pelo acompanhamento, interesse e disponibilidade, pela ajuda e colaboração.

Ao Ricardo Coelho, porque esteve comigo desde o início desta longa e interessante caminhada. Pelo apoio, confiança, humildade, companheirismo em todos os momentos. Que grande amizade!

Á Joana Silva, pelo amor, carinho, paciência, compreensão, nesta longa caminhada. Foi sem dúvida um grande pilar no êxito alcançado.

Aos meus colegas e amigos, que me apoiaram, incentivaram e sempre se mostraram disponíveis para ajudar.

Aos Professores de Desporto, por todos os conhecimentos transmitidos que me ajudaram a tornar-me um profissional mais competente.

A todos os que contribuíram para o meu percurso e formação de personalidade e identidade.

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VI

Índice

Agradecimentos ... V Lista de abreviaturas ... X Resumo ... XI Abstract ... XII

CAPITULO I (Relatório de Estagio) ... 1

1. Introdução ... 1

2. Enquadramento Pessoal ... 2

3. Enquadramento institucional ... 3

4. Tarefas de Estágio de Ensino de Aprendizagem ... 4

4.1 Planeamento ... 4

4.2 Planeamento anual ... 5

4.3 Unidade Didática (U.D) ... 6

4.4 Plano de Aula ... 8

4.5 Prática de Ensino Supervisionada ... 10

5. Tarefas de Estágio e relação Escola-Meio ... 11

5.1- Estudo de Turma ... 11

5.2- Atividades na Escola ... 12

5.2-1. Corta-Mato ... 13

5.2-2. Torneio de Basquetebol 3 x 3 ... 13

5.3- Direção de turma ... 14

5.4- Descrição Sumária do Estágio ... 15

CAPITULO II (Estudo Desenvolvido) ... 16

Resumo ... 16

1. Introdução ... 18

2. Enquadramento Teórico ... 19

2.1. As Autarquias e o Desporto ... 19

2.2. Política desportiva ... 20

2.3. Linhas orientadoras para definir uma política desportiva ... 21

2.4. Áreas de intervenção para o desenvolvimento desportivo ... 22

2.4.1. O Associativismo ... 23

2.4.2. Infraestruturas e equipamentos desportivos... 23

2.4.3. Programas e atividades desportivas ... 24

2.4.4. Relacionamento com o sistema educativo ... 25

2.4.5. Formação, estudos e apoio documental ... 26

(7)

VII

3. Caraterização do Concelho de Felgueiras ... 28

3.1. Caraterização Histórica ... 28 3.2. Caraterização Geográfica ... 29 3.3. Caraterização Demográfica ... 29 3.4. Caraterização Económica ... 30 4. Associações Desportivas ... 30 5. Instalações Desportivas ... 31 6. Metodologia ... 32 6.1. Participantes ... 32 6.2. Procedimentos/Instrumentos ... 33

7. Apresentação e discussão de resultados ... 34

7.1. Freguesia em que reside ... 34

7.2. Sexo ... 34

7.3. Idade ... 35

7.4. Pertence a alguma Instituição/Coletividade ... 35

7.5. Que papel assume na Instituição/Coletividade ... 36

8. Como classifica a câmara municipal de Felgueiras em termos de desenvolvimento desportivo de acordo com a seguinte classificação ... 36

8.1. Incentiva a participação/atividade desportiva ... 36

8.2. Apoia as atividades e modalidades desportivas ... 37

8.3. Preocupa-se com o abandono da prática desportiva ... 37

8.4. Promove a formação de dirigentes e técnicos ... 38

8.5. Assume preocupações com a gestão de infraestruturas e equipamentos ... 38

8.6. Promove a realização de eventos desportivos ... 39

9. Qual a importância que atribui às possíveis intervenções a realizar no concelho de Felgueiras de acordo com a seguinte classificação ... 39

9.1. Construção/melhoria campos de jogos de exterior... 39

9.3. Construção/melhoria de um complexo desportivo ... 40

9.4. Construção/melhoria de equipamentos de apoio às associações ... 41

9.5. Construção/melhoria de equipamentos desportivos no meio natural ... 41

9.6. Construção/melhoria de parques infantis ... 42

10. Indique 3 atividades desportivas que considera prioritárias para o desenvolvimento desportivo do concelho ... 42

11. Como avalia o seu comportamento em termos de contributos para o movimento desportivo ... 43

11.1. Participa com frequência em atividades desportivas ... 43

(8)

VIII

11.3. Anda frequentemente a pé/bicicleta ... 44

11.4. Utiliza equipamentos desportivos privados ... 44

11.5. Procura colaborar com Associações desportivas ... 45

11.6. Incentiva o desportivismo e o Fair-Play ... 45

11.7. Reconhece o valor do desporto como fator educativo ... 46

12. Diagnóstico ao movimento desportivo do concelho de Felgueiras ... 46

12.1. Indique um ponto forte e um ponto fraco relativamente ao Desporto em Felgueiras ... 46

12.2. Descreva uma proposta para desenvolver o desporto no concelho de Felgueiras ... 47

Conclusões ... 48

Referências Bibliográficas ... 50

(9)

IX

____ Índice de gráficos

Gráfico 1 – Freguesia em que reside………34

Gráfico 2 – Sexo………...…34

Gráfico 3 – Idade………..35

Gráfico 4 – Pertence a alguma Instituição/Coletividade………..35

Gráfico 5 – Que papel assume na Instituição/Coletividade……….36

Gráfico 6 – Incentiva a participação/atividade desportiva……….36

Gráfico 7 – Apoia e incentiva as atividades e modalidades desportivas………..37

Gráfico 8 – Preocupa-se com o abandono da prática desportiva………..37

Gráfico 9 – Promove a formação de dirigentes/técnicos………..38

Gráfico 10 – Assume preocupação com gestão de infraestruturas e equipamentos……….38

Gráfico 11 – Promove a realização de eventos desportivos……….39

Gráfico 12 – Construção/melhoria de campos de jogos de exterior……….39

Gráfico 13 – Construção/melhoria de instalações desportivas nos meios rurais………..40

Gráfico 14 – Construção de um complexo desportivo……….40

Gráfico 15 – Construção/melhoria de equipamentos de apoio a associações………..41

Gráfico 16 – Construção/melhoria de equipamentos desportivos no meio natural………..41

Gráfico 17 – Construção/melhoria de parques infantis………42

Gráfico 18 – Desportos prioritários para o desenvolvimento do concelho………..42

Gráfico 19 – Participa com frequência em atividades desportivas………..43

Gráfico 20 – Utiliza equipamentos desportivos municipais………43

Gráfico 21 – Anda frequentemente a pé/bicicleta………44

Gráfico 22 – Utiliza equipamentos desportivos………...44

Gráfico 23 – Procura colaborar com associações desportivas………..45

Gráfico 24 – Incentiva o desportivismo e o fair-play………...45

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X

Lista de abreviaturas

DEP (Departamento)

ECHS (Escola de Ciências Humanas e Sociais)

NUT (Nomenclatura de Unidades Territoriais)

LBAFD (Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto) UD (Unidade Didática)

PA (Plano de Aula) FB (Feedback)

PES (Prática de Ensino Supervisionada) NEE (Necessidades Educativas Especiais)

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XI

Resumo

O presente documento surge com o objetivo de descrever todas as aprendizagens adquiridas enquanto professor estagiário, durante o ano letivo 2014/2015, inserido no Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real. Ao longo deste ano letivo, foram constantes as trocas de saberes. Foi um processo evolutivo, que chega agora ao fim e, com um balanço verdadeiramente positivo.

Neste relatório transmito todas as vivências durante um ano letivo, tudo aquilo que contribuiu para a nossa evolução pedagógica, desde dúvidas, dificuldades, objetivos traçados, soluções encontradas, estratégias e metas definidas.

Surge como objetivo principal a descrição daquilo que foi o nosso estágio enquanto futuros docentes da disciplina de Educação Física, que de certa forma se divide em três partes fundamentais, numa primeira parte, o enquadramento pessoal e institucional, a segunda parte é relativa à tarefa ensino-aprendizagem, em que consiste nos planos de aula, unidades didáticas, planeamentos e à prática de ensino supervisionada. A terceira e última parte é referente à relação escola-meio, em que são descritas todas as atividades realizadas e ainda as reuniões de direção de turma, e a caraterização da turma do 10ºC.

Este relatório apresenta ainda uma segunda parte, que diz respeito ao desenvolvimento desportivo do concelho de Felgueiras. Para este tema foi necessário descrever a relação das Autarquias com o Desporto e de acordo com as linhas orientadoras indicar as áreas de intervenção para o desenvolvimento desportivo.

Por fim, foi feito um estudo utilizando um questionário para a população do concelho, o questionário pretendia analisar o desenvolvimento desportivo do concelho, com o intuito de identificar os problemas e potencialidades fundamentais para definir um Plano de Ação do Desporto Municipal. O universo da amostra deste estudo é constituído pela população do concelho de Felgueiras, no total participam cerca de 250 indivíduos, 132 do sexo masculino e 118 do sexo feminino, cujas idades variam entre os 14 anos, até 65 ou mais anos.

Palavras-chave: DESENVOLVIMENTO DESPORTIVO; EDUCAÇÃO FISICA; ESTAGIO PEDAGÓGICO;

(12)

XII

Abstract

This document appears with the aim of describing all acquired learning as a teacher trainee during the school year 2014/2015, inserted into the Master's degree in Physical Education Teaching in Primary and Secondary Education from the Trás-os-Montes and Alto Douro University, Vila Real. During this academic year, there was a constant exchange of knowledge; it was an evolutionary process that now comes to an end, and with a truly positive balance.

In this report I convey all the experiences during an academic year, all that contributed to our pedagogical evolution from doubts, difficulties, planned objectives, solutions, strategies and defined goals.

Emerges as main objective, the description of what was our internship as future Physical Education teachers, which in a way, is divided into three main parts, a first part, the personal and institutional framework, the second part related to the teaching learning task, consisting of lesson plans, teaching units, schedules and supervised teaching practice.

The third and last part is concerning the schooling relationship environment in which describes all activities, class board meetings and the characterization of 10ºC class.

This internship report also presents a second part concerning the development of Felgueiras county sports. For this issue, it was necessary to describe the relationship of municipalities with sport and, according to the guidelines, indicate areas of intervention for sports development.

Finally a study was done using a questionnaire to the county's population. The questionnaire intended to analyze the county’s sport development, in order to identify problems and fundamental potential to define a Municipal Sports action plan. The universe of the study sample consists of the county of Felgueiras population, in total attended by about 250 people , 132 males and 118 females, whose ages range from 14 years to 65 years or more .

Key words: SPORTS DEVELOPMENT; SPORTS POLICY; PHYSICAL

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1

CAPITULO I (Relatório de Estagio)

1. Introdução

O Relatório Final de Estágio foi desenvolvido no âmbito do Estágio Pedagógico, do Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que decorreu ao longo do ano letivo de 2014/2015, na Escola Secundária da Lixa.

O Estágio Pedagógico surge como um processo de transição da vida académica para o início da prática docente, desta forma, permite colocar em prática todos os conhecimentos teórico-práticos adquiridos ao longo de quatro anos de formação.

Caires e Almeida (2000) referem que “o estágio pode ser definido como uma experiência de formação estruturada e como um marco fundamental na formação e preparação dos alunos para a entrada no mundo profissional”. É neste ano que vamos aprender a “ser professores”, ou seja, um ano exigente, em que é necessário as tomadas de decisão, é necessário utilizar as melhores estratégias para ultrapassar determinadas dificuldades e assim ficarmos preparados para o mercado de trabalho.

Neste relatório está descrito todo o trabalho realizado na Escola Secundária da Lixa no ano letivo de 2014/2015, contudo, é necessário realizar um balanço daquilo que foram as Unidade Didáticas lecionadas, bem como a forma como foram preparadas as aulas e a organização e participação em algumas atividades extracurriculares. De forma descrita e organizada pretendo demonstrar todo o processo de ensino, desde o planeamento até á prática de ensino-aprendizagem.

Desta forma, é importante referir e conhecer a instituição na qual eu realizei o estágio, de forma resumida, serão abordadas as tarefas de estágio de ensino-aprendizagem, onde estão referidas o enquadramento pessoal e o enquadramento institucional.

Por fim, relativamente às tarefas de relação escola-meio, é apresentado o estudo de turma com todos os procedimentos e todas as conclusões no que diz respeito á turma, de seguida serão apresentadas as atividades desenvolvidas na escola e fora da escola, que de certa forma contribuíram para ganhos de experiencia. É importante perceber que aos professores são exigidas um conjunto de múltiplas e complexas funções que implicam a necessidade de elaborar uma previsão daquilo que se vai realizar, ou seja, arranjar respostas para as exigências do processo ensino-aprendizagem.

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2 2.

Enquadramento Pessoal

O estágio pedagógico acarretava em mim uma enorme ansiedade e receio, era com enorme expectativa que aguardava esta nova etapa no meu ciclo de estudos. Desde início, como aluno, que aquilo que mais gostava e motivava eram as aulas de Educação Física, sempre foi o meu sonho, sempre foi algo que quis fazer, enveredar pela carreira docente. Não existe nada melhor que transmitir aos alunos a importância da Educação Física e da Atividade Física.

Para estagiar, a minha primeira escolha sempre foi a Escola Secundária da Lixa - Felgueiras, visto já existir um protocolo com esta escola e ficar a sensivelmente 2 km da minha área de residência. Na primeira reunião com os estagiários, ficou logo resolvido o núcleo de estágio para a Escola Secundária da Lixa, juntamente com o Ricardo Coelho e o professor e orientador Pedro Reis.

A primeira reunião com o professor Pedro Reis, foi no dia da reunião geral de professores na Escola Secundária da Lixa. No primeiro contato o professor mostrou-se logo disponível e atencioso connosco, mostrou-nos as instalações da escola, apresentou-nos aos restantes professores de Educação Física e tivemos um breve contato com o diretor da escola. Na reunião seguinte, o professor/orientador atribui duas turmas a cada professor/estagiário, ficando assim com uma turma do 9º ano e outra do 10º ano. Após essa reunião e depois de esclarecer todas as dúvidas, percebi que seria um ano no qual o meu enriquecimento, tanto ao nível do conhecimento como da experiência prática da docência será de grande valia, e fundamentará todo o meu percurso futuro na minha carreira profissional.

É de enaltecer a forma como o professor/orientador sempre nos tratou, a forma como sempre nos incutiu a melhor solução para os determinados problemas, sempre ao nosso lado, dando desde início a máxima confiança para as nossas tomadas de decisão. Sem esquecer a ajuda que nos deu na escolha e na recolha de dados para o nosso relatório de estágio. De referir ainda, todo o apoio que recebi, durante este ano, principalmente do núcleo de estágio, que se manteve sempre unido, caminhando juntos, num objetivo comum, a melhoria do processo ensino/aprendizagem. Por fim, é importante referir que foi através dos erros cometidos nas aulas, das correções do professor/orientador e constantes incentivos, que pude evoluir e tornar-me melhor profissional. Aprendi que cada caso é um caso e que, as estratégias definidas previamente, nem sempre funcionam como o esperado.

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3

3. Enquadramento institucional

De modo a estabelecer o enquadramento social e histórico neste estudo, procurei de forma resumida, caracterizar o meio geográfico e cultural no qual se insere a escola. Apresento também uma síntese da atual Escola Secundária de Vila Cova da Lixa estabelecendo um paralelo cronológico desde as suas origens.

A Lixa é uma cidade do concelho de Felgueiras, distrito do Porto, com cerca de 9 000 habitantes. Desta fazem parte três freguesias, União das Freguesias de Vila Cova da Lixa e Borba de Godim, União das Freguesias de Macieira da Lixa e Caramos e União das Freguesias de Vila Verde e Santão. A área desta cidade é de 12,58 km². A cidade da Lixa fica localizada entre as cidades de Amarante e Felgueiras. Foi elevada a cidade em 1995. É a chamada "Terra Verde". O natural desta cidade chama-se Lixense. A Escola Secundária da Lixa, situa-se na freguesia de Vila Cova na cidade da Lixa, concelho de Felgueiras (com uma área total de 116,3 km²). A cidade da Lixa dista 50 km da cidade do Porto e 6 km da cidade sede do concelho – Felgueiras.

Com a construção do novo bloco de aulas a escola está classificada como sendo de tipologia SU/30 (isto é, foi concebida inicialmente para ser uma escola com 18 salas, para 600 alunos e hoje dispõe de 30 salas para uma população escolar estimada de 850 alunos). Entrou em funcionamento no ano letivo de 1983/84, apenas para o 3º ciclo. Em 1999/2000 a escola passou a contar com um novo bloco de aulas. Após esforços e lutas levadas a cabo pelo Conselho Diretivo e pela Associação de Pais desta escola conseguiu-se a criação de cursos do Ensino Secundário, a partir do ano letivo de 1986/87.

Relativamente aos espaços escolares, mais concretamente ao que se refere á disciplina de Educação Física, o ginásio possui uma área de 800 m², permitindo o trabalho simultâneo de três professores no espaço interior. Nestas instalações existem 6 balneários (masculino e feminino) para os alunos, mais 2 balneários (masculino e feminino) para os professores de Educação Física, um gabinete para os docentes e outro para os auxiliares da ação educativa. A área exterior ao ginásio ronda os 1500 m² e destina-se á realização de provas e atividades físicas ao ar livre.

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4

4. Tarefas de Estágio de Ensino de Aprendizagem

4.1 Planeamento

De acordo com Faria Jr. (1972) cit. por Medeiros. J (2011) “o planeamento passa pela previsão de todas as etapas do trabalho escolar e a programação de todas as atividades, de forma que o ensino se torne eficaz, seguro e económico”. Desta forma, mesmo as estratégias definidas previamente, nem sempre funcionam como esperamos, por isso, convém planear para podermos antecipar todos os imprevistos que possam surgir.

Segundo Aranha (2004) o planeamento do ensino é feito em função dos objetivos definidos e de modo a garantir, tanto quanto possível, a consecução desses objetivos, ou seja, as opções tomadas antes e durante o processo ensino – aprendizagem devem ser coerentes com os objetivos inicialmente selecionados. Desta forma, de acordo com os objetivos propostos os alunos vão sabendo se estão no caminho certo para o sucesso, e assim conseguem regular a sua aprendizagem de acordo com seus objetivos. Neste caso, os professores também podem intervir de forma a ajustar os objetivos de acordo com as necessidades dos alunos, e assim garantir o sucesso de aprendizagem.

Antes de começar a lecionar as aulas, era importante o planeamento, e este deve ser organizado e analisado, ou seja, depois de organizar o planeamento anual, as unidades didáticas e os planos de aula, o professor orientador analisou tudo aquilo que tínhamos planeado, referindo ainda, que era necessário fazer uma análise depois de cada aula, ou seja, para melhorar aquilo que mesmo planeado não correu da melhor maneira, para termos a perceção daquilo que foi bem ou mal planeado, de acordo com a organização de cada exercício ou cada unidade didática.

(17)

5 4.2 Planeamento anual

Aranha (2004) refere que o planeamento pode ser dividido em três fases: a fase da conceção, durante a qual se seleciona, define e estrutura os objetivos e as estratégias, ou seja, é aquela que se refere ao planeamento propriamente dito. Ultrapassada a fase de conceção, entra-se na de aplicação, ou execução, ou seja, aquela em que se vai aplicar o que se planeou. A outra fase é a de controlo/avaliação de todo o processo, permitindo que o planeamento se aproxime da realidade.

Após as primeiras reuniões do núcleo de estágio, e depois de conhecermos as duas turmas que iriamos lecionar, foi necessário planear e planificar vários fatores, de modo a organizar as nossas ações para o ano letivo, visto que o processo de lecionação seria divido pelos três elementos do núcleo de estágio.

Aranha (2004) refere que, o planeamento das atividades deve ser simples e seguro. A distribuição dos conteúdos organizados por unidades de ensino deve assegurar: 1) A unidade, de forma que o ensino esteja interligado; 2) A continuidade, sem saltos no ensino; 3) A flexibilidade, com um reduzido número de alterações; 4) A precisão na comunicação, os conteúdos a ensinar e a aprender e as técnicas metodológicas; 5) O realismo, de acordo com as condições da escola; 6) A clareza, para ser compreendido quer pelo professor quer pelos educandos, em especial. A esta fase denominamos a fase de conceção.

Depois da distribuição dos conteúdos organizados por unidades de ensino, os professores estagiários, juntamente com o professor orientador, iniciaram o planeamento para as turmas que iriamos lecionar. É de salientar que demos seguimento aos programas de Educação Física de acordo com as linhas do Ministério da Educação e Ciência. Para o 10º ano, fizemos uma troca de modalidades, ou seja, iniciamos com voleibol no 1º período e passamos o basquetebol para o 3º período. O meu planeamento relativamente ao 10º ano foi mais fácil, visto que só existiam três turmas dentro do pavilhão, ou seja, só necessitei de planear o número de aulas previstas em blocos de 45 minutos, as modalidades e número de aulas em cada período, data e hora de cada aula e em cada modalidade, no fim, de acordo com os recursos materiais, o 10º C tinha 128 aulas de 90 minutos, e o 9º B tinha 98 aulas, uma de 90 minutos e outra de 45 minutos.

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6 4.3 Unidade Didática (U.D)

Segundo Freitas (2012) “As Unidades Didáticas constituem unidades fundamentais e integrais do processo pedagógico e apresentam aos professores e alunos, etapas claras e bem distintas do ensino-aprendizagem”

Antes de lecionar as aulas e abordar qualquer tipo de modalidade, era necessário realizar as U.D (Unidades Didáticas). Desta fora, é fundamental para o processo de Ensino-Aprendizagem a elaboração das U.D, juntamente com outros materiais de apoio. Contudo, será necessário uma elaboração cuidadosa dos objetivos, para que seja possível avaliar, corrigir, orientar e controlar todo o processo de Ensino-Aprendizagem.

De acordo com Aranha (2004), as Unidades Didáticas obedecem a uma estrutura lógica e contínua que pode ser repartida da seguinte forma: População alvo, Recursos, Objetivos, Estruturação e Sequencialização dos Conteúdos, Métodos e Controlo do Processo e Estratégias de Abordagem. Para desenvolver as nossas U.D, demos seguimento a estes itens, ou seja, a quem vai ser lecionada a U.D, que neste caso eram alunos do 9º ano e 10º ano, identificar quantos rapazes e raparigas compõem a turma, identificar a média de idades da turma, referindo sempre a idade mínima e idade máxima.

De seguida, é importante descrever os recursos, quer materiais, temporais e humanos, só assim conseguimos planear quantas aulas serão necessárias para cada U.D, sem nunca esquecer que será necessário realizar as avaliações, diagnóstica, formativa e sumativa. Antes de abordar as avaliações, é importante referir os objetivos e a estruturação dos conteúdos, no que diz respeito aos objetivos, estes devem ser gerais, para que o professor não se esqueça que também devem ser desenvolvidos. Na estruturação de conteúdos, estruturam-se os objetivos propostos, que mais tarde vão corresponder a um objetivo específico.

De acordo com Aranha (2004) “as avaliações permitem ajustar de forma sistemática, os objetivos e as estratégias, adequando a atividade pedagógica do professor às necessidades dos alunos, garantindo o sucesso da aprendizagem”. Na primeira aula de cada U.D, realizava a avaliação diagnóstica das turmas, esta avaliação serve para, avaliar o nível médio da turma e não de cada aluno. De acordo com o Programa de Educação Física, era realizada uma ficha com os critérios de êxito lá mencionados. Depois de ser feita a avaliação diagnóstica, caso fosse necessário, era permitido reajustar a U.D, para que fosse possível, através de estratégias, dar seguimento para a avaliação formativa.

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7

No início de cada U.D para motivar os alunos e para aumentar os seus níveis de concentração, foram utilizados auxiliares de ensino, como power point, em que apresentava um breve resumo sobre aquilo que era a modalidade, algumas regras, e alguns critérios de êxito, por vezes mostrava no quadro, alguns dos gestos técnicos que íamos abordar durante as aulas.

Aranha (2004) refere que, é através da avaliação formativa que se devem retirar as informações que, posteriormente vão permitir proceder à classificação de cada aluno, nos três domínios de aprendizagem, sócio - afetivo, cognitivo, psicomotor. A avaliação formativa, ao contrário da diagnóstica, é focada em cada aluno, ou seja, em todas as aulas os alunos eram avaliados individualmente, de acordo com uma ficha elaborada pelo professor. A ficha apresentava aspetos importantes para o desenvolvimento dos alunos, quer a nível sócio - afetivo, cognitivo e psicomotor, ou seja, era avaliado a Assiduidade, Pontualidade, Comportamento, Empenho, Cooperação, Responsabilidade e Destrezas. De acordo com os diferentes domínios, estava estipulado na U.D os valores que iriam sofrer alterações de acordo com as diversas situações, ou seja, se um aluno não trás o material adequado para a aula ou chega atrasado, iria ser retirado um valor no que diz respeito ao domínio sócio – afetivo. Contudo, os valores podiam ser retirados ou atribuídos, dependendo sempre das diversas situações durante as aulas.

É de salientar que a avaliação formativa é bastante importante porque permite ao professor anexar o máximo de informações sobre o processo ensino – aprendizagem, ou seja, permite ao professor verificar o aproveitamento de cada aluno, e perceber se o aluno ainda tem dificuldades. Esta avaliação é fundamental para a melhoria da aprendizagem dos alunos.

Por fim, temos a avaliação sumativa, que ocorre na última aula de cada U.D, contudo, como as turmas tinham um número elevado de alunos, ficavam as duas ultimas aulas reservadas para as avaliações. Esta avaliação permite conhecer a evolução da turma e refletindo se as estratégias utilizadas foram suficientes para a qualidade do ensino. Durante o ano letivo foram realizadas 6 U.D, Voleibol e Ginástica Acrobática no primeiro período, Badmínton e Ginástica no segundo período, Basquetebol e Atletismo no terceiro período.

Para terminar, no final de cada U.D era elaborado um balanço final, onde se descreve tudo aquilo que ocorreu durante as aulas, ou seja, todas as estratégias utilizadas, as dificuldades dos alunos, o comportamento dos alunos, as alterações feitas quer aos planos, quer às U.D e as dificuldades encontradas pelo professor.

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8 4.4 Plano de Aula

De acordo Freitas (2012) “a aula é realmente o verdadeiro ponto de convergência do pensamento e da ação do professor, e não é somente a unidade organizacional essencial, mas, sobretudo a unidade pedagógica do processo de ensino”.

Desta forma, o professor é responsável pelo planeamento da aula, deve realizar um plano em conformidade com a turma, tendo sempre em conta exercícios variados e diversificados para motivar os alunos. De acordo com os objetivos planeados na U.D, o plano de aula será um suporte de apoio para o professor colocar em prática durante as aulas.

De acordo com Aranha (2004), a constituição dos planos de aulas deve incluir numa primeira folha as seguintes informações: Identificar a Escola, ou seja, o núcleo de estágio, o professor responsável, data e hora da aula, ano e turma a que a aula vai ser lecionada, nº de aula a que corresponde e respetiva UD, instalação, onde a aula vai ocorrer, objetivos específicos que se pretendem atingir, função didática, conteúdos que fazem parte da aula, objetivos operacionais, que estejam de acordo com os objetivos específicos, e por fim material necessário naquela aula e que deve ser requisitado antes da aula.

Neste caso, como estávamos numa prática de ensino supervisionada, tínhamos que seguir as ideias do nosso observador, que neste caso, era apologista deste P.A, mas que apresentava ligeiras alterações. Desta forma, o P.A deve ser algo prático e de fácil perceção. Assim, o P.A deve conter informações relevantes e ser algo funcional para quem o utiliza, servindo assim como um guião a quem vai dar a aula.

No início era complicado elaborar um P.A, mas com o passar do tempo tornou-se mais fácil, contudo, achava demasiadas folhas para um P.A, por muito prático que fosse, não era muito funcional porque apresentava sempre três ou quatro folhas.

De acordo com Aranha (2004). “Compete ao professor planear, organizar e controlar o processo ensino - aprendizagem. As técnicas de intervenção pedagógica podem ajudá-lo no cumprimento desta tarefa, permitindo-lhe melhorar a sua intervenção pedagógica, logo, praticar um ensino mais eficaz”.

O P.A era dividido em três partes – 1ª parte era constituída pela caraterização da aula e da turma, ou seja, instalação, número da aula, tempo horário, data, hora, professor, número de alunos, ano, objetivos específicos, função didática, conteúdos.

A 2ª parte era constituída pela parte fundamental, ou seja, pelo tempo de prática, sequência das tarefas, estratégias/controlo e o esquema. A sequência das tarefas

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refere-9

se à instrução, organização, transição, aquecimento os diferentes objetivos operacionais. Depois nas estratégias e controlo é onde surge toda a explicação do exercício, onde os alunos devem estar, os deslocamentos dos alunos e do professor. É nesta fase da aula que se verificam os objetivos operacionais realizados pelos alunos, os momentos de transição, instrução e organização e ainda uma quantidade de FB e incentivos por parte do professor aos alunos, para que estes consigam corrigir os erros e de certa forma consigam melhorar o seu desempenho. Na parte do esquema, era feito um desenho que descrevia o que ia ser o exercício.

A 3ª parte era constituída pelo balanço final da aula, onde os alunos se sentam em frente ao professor, e este realiza perguntas sobre a aula. Por vezes fazia referência a assuntos importantes sobre aquilo que abordamos durante a aula, mencionando aleatoriamente alguns alunos para responderem. As questões eram relativas á modalidade abordada, como as regras, critérios de êxito para os diferentes gestos técnicos abordados, alguns erros cometidos e até mesmo situações de jogo. Esta última parte é bastante importante para desenvolver no aluno as capacidades cognitivas, esta mesma que entra nos domínios da avaliação. Desta forma, o aluno necessita de estar atento e concentrado durante as aulas, para no final conseguir responder às questões feitas.

Segundo Aranha (2014) para uma eficácia pedagógica é importante maximizar o tempo potencial de aprendizagem, aperfeiçoar a instrução e o FB, manter um clima de aula positivo e por fim, melhorar as estratégias de organização. Desta forma é importante que, o aluno ao aprender consiga realizar os exercícios de forma intensa e que consiga o máximo de repetições em cada exercício, podendo assim melhorar e aprender mais rápido. Contudo cabe ao professor corrigir o aluno caso ele esteja a executar mal, através de instruções claras e objetivas e FB específicos. Para isso, é importante manter um clima de aula positivo, em que os alunos aumentem a participação nas tarefas, que sintam prazer daquilo que estão a fazer, para isso, o professor necessita de arranjar estratégias para organizar as aulas, de forma a reduzir ao máximo as quebras de aula.

Com isto queremos salientar que é necessário melhorar a aprendizagem dos alunos, garantir através de estratégias o sucesso escolar para todos eles, com isto, devemos interagir com todos os alunos, motiva-los, elogiar sempre que eles se esforçam e realizam bem os exercícios, entusiasmar os alunos para todas as aulas e todas as modalidades.

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10 4.5 Prática de Ensino Supervisionada

Pelozo (2007) é na formação do professor que devemos exercitar a reflexão crítica sobre a prática. “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Contudo a PES (Prática de Ensino Supervisionada) é bastante importante no papel de futuro professor, contudo vamos adquirir conhecimentos essenciais para o nosso futuro, e desta forma encontrar ferramentas que nos ajudem a entender e a compreender o sistema educativo. É neste ano que vivenciamos a realidade do ensino, é neste ano que passamos da teoria para a prática, por isso, a PES é quase como, uma relação entre a teoria e a prática. Segundo Pelozo (2007), refere que “a pesquisa é a componente essencial das práticas de estágio, apontando novas possibilidades de ensinar e aprender a profissão docente”.

A PES, através do estágio pedagógico permite adquirir alguns níveis de experiencia, ou seja, ao observar alguém a dar aulas, de certa forma vamos verificar alguns erros, decisões e estratégias mal conseguidas, nessa fase vamos corrigir e no futuro evitar esses erros, assim vamos melhorar o nosso desempenho no que diz respeito ao processo ensino – aprendizagem. Segundo Aranha (2007) “ quem não sabe observar não consegue analisar, avaliar nem identificar erros – os seus, os dos seus alunos ou os dos seus atletas – e, por conseguinte, não consegue melhorar prestações, ou seja, não evolui”.

Para a observação das aulas era utilizado uma ficha de registo anedótico, onde no início se colocava o nome do observador e de quem era observado, depois era mencionado a U.D abordada, a hora e a data. O registo anedótico era feito em ordem ao tempo, que de acordo com Aranha (2007) “o fato de ser em ordem ao tempo permite-nos saber quanto tempo durou cada um dos acontecimentos descritos”. De seguida, eram registados todos os acontecimentos, desde a instrução, desde FB, incentivos, o posicionamento do professor, entre outras. Nunca avaliávamos quem estava a dar aulas, nem julgávamos as suas ações, apenas fazíamos o registo da aula, o tempo de cada objetivo operacional, o tempo de cada instrução e organização, se existiam quebras de aula, e descrevíamos aquilo que o professor ia dizendo ou fazendo. No final de cada aula o professor/orientador referia os erros cometidos, explicava aquilo que foi positivo, fazia referência às estratégias usadas e atribuía uma nota a cada aula.

(23)

11 5.

Tarefas de Estágio e relação Escola-Meio

5.1- Estudo de Turma

Para um professor é fundamental possuir um conhecimento, quer geral, quer individualizado, de cada um dos seus alunos da turma a que lhe foi atribuído, afinal, qualquer docente gosta de ter na sua posse o máximo de informação sobre a turma que leciona. Só assim poderá ter uma atuação eficaz e adequada às reais necessidades da turma.

Tendo isto em conta, este estudo de turma propõe-se analisar as relações interpessoais, o clima da turma, detetar possíveis casos mais problemáticos de discriminação, entre outros, que complementado pela caracterização da turma permite compreender melhor as atitudes e comportamentos, quer dentro, quer fora das aulas, sendo que o solicitado é relativo às aulas de Educação Física, descortinando e elaborando estratégias educativas que facilitem não só a intervenção pedagógica, mas que também possibilite uma melhor aprendizagem dos alunos, ajustando o ensino às condições reais dos estudantes.

Este estudo teve como população alvo os alunos do 10º C do curso de Ciências e Tecnologias, da escola secundária da Lixa. Através da aplicação da ficha de caracterização individual, sob a forma de questionário e posterior análise dos resultados. A amostra é constituída por 26 alunos (14 do sexo masculino e 12 do sexo feminino) com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos (em 24 de Setembro de 2014).

Para a recolha de dados foi necessário o preenchimento da ficha de caracterização individual, sob forma de questionário, decorreu no dia 24 de Setembro de 2014, pelas 08:30h, na aula de Educação Física, aquando da realização dos testes de Fitnessgram. Os alunos foram instruídos verbalmente sobre os procedimentos do estudo, bem como os objetivos do mesmo. Foi informado o carácter sigiloso dos dados e pedido o máximo de veracidade nas respostas dadas. O questionário não foi lido, no entanto, as dúvidas que foram surgindo foram esclarecidas individualmente. Contudo nesta turma existem 2 alunos NEE (necessidades educativas especiais), desta forma, existe um questionário incompleto devido ao facto de uma aluna ter deficiências múltiplas e graves, apresenta um retardamento mental e algumas deficiências físicas.

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12

Após a recolha de dados foi necessário fazer o tratamento dos dados, estes foram recolhidos e envolvidos num processo de tratamento através do programa Microsoft

Office Excel 2010 e apresentados sob a forma de gráficos com valores absolutos.

Recorreu-se sobretudo a métodos elementares estatísticos como a média, valor máximo e valor mínimo. É importante referir que, entre as diversas questões do questionário, foram selecionadas posteriormente para análise de resultados as mais pertinentes para este estudo, seguindo os objetivos do mesmo, constituído por 5 grupos temáticos principais, tais como: Identificação pessoal, constituição do agregado familiar, vida escolar, estilo de vida, disciplina de educação física.

Depois da análise verificou-se que só uma aluna NEE é que não realizava as aulas. Por vezes a aluna aparecia na aula e pedia para fazer o que os colegas estavam a fazer, contudo, arranjava estratégias para que ela conseguisse fazer alguma atividade física. De certa forma, consegui que ela trouxesse material necessário para a aula, saco, equipamento, sapatilhas e que no final da aula tomasse banho. Com a ajuda das alunas conseguimos alguns hábitos de higiene para a aluna NEE.

Por último é importante referir que através do presente estudo foi possível identificar os principais pontos de atenção que de algum modo possam influenciar no processo ensino/aprendizagem.

Ainda assim, este trabalho é de enorme pertinência no âmbito de um estágio, como é o meu caso, pois para um professor inexperiente, as informações recolhidas poderão ter enorme contributo para facilitar e melhorar a intervenção e a lecionação da turma. Deste modo, foi fundamental para conhecer melhor a turma e os respetivos alunos, assim como dirigir a atenção a pormenores que poderiam ter passado ocultos e a encontrar soluções metodológicas e pedagógicas para situações presentes e futuras.

5.2- Atividades na Escola

No início do ano letivo 2014/15, na reunião do grupo de Educação Física, foi discutido e analisado um conjunto de atividades para realizar durante o ano. O nosso orientador sugeriu que o núcleo de estágio tivesse presente e fizesse parte da organização das atividades. No nosso ponto de vista, era uma ótima ideia, visto que iriamos experimentar outra vertente e assim adquirir mais conhecimentos no que se refere á organização de eventos desportivos na escola.

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13

Nessa mesma reunião ficaram logo decididas duas atividades para o primeiro período, o corta-mato escolar e o torneio de basquetebol que era o núcleo de estágio que organizava. No segundo período um meeting de atletismo e um torneio de voleibol. Por fim, para o terceiro período, atividades de exploração da natureza e um peddy paper. A nossa participação foi mais no primeiro período, em que organizávamos e ajudávamos em tudo. No segundo e terceiro período a nossa contribuição não foi tanta como no primeiro período, mas mesmo assim estávamos disponíveis no controlo da atividade e na montagem e arrumação do material.

5.2-1. Corta-Mato

O corta-mato escolar foi realizado na Escola dentro do recinto da Escola Secundária da Lixa no dia 11 de Dezembro na parte da manha. Neste evento estivemos a ajudar na montagem do material, colocar fita em algumas partes do percurso e de seguida, fomos para as mesas fazer a chamada para marcar presença aos alunos que participavam na prova e entregar o dístico com o número para a corrida. Depois se todos os participantes terem feito a chamada, ficamos numa parte reservada ao lanche para os participantes. No final ajudamos na recolha e arrumação do material. A entrega das medalhas é feita no dia da festa do Desporto, em que estão presentes todos os alunos da escola, alguns professores e os responsáveis pela direção da escola. No final do corta-mato, da parte da tarde fizemos a análise das classificações obtidas, visto que os melhores tempos iam representar a escola no corta-mato fase distrital.

5.2-2. Torneio de Basquetebol 3 x 3

A organização do torneio esteve a cargo dos Professores Estagiários de Educação Física. Os alunos voluntariaram-se para a ajuda no evento. Os árbitros dos jogos foram os Professores do Grupo de Educação Física, podendo deste modo haver um maior controlo da organização das equipas em campo e mais respeito pelas regras e colegas de todas as equipas. A organização do quadro competitivo esteve a cargo dos Professores Estagiários.

O torneio realizou-se no penúltimo dia do 1º Período (15 de Dezembro de 2014), na Escola Secundária da Lixa. Participaram 66 equipas, desde iniciados até juniores, masculino e feminino. No início do torneio o núcleo de estágio com a ajuda do grupo de Educação Física, foi responsável pela montagem do material, ou seja, afixar quadros

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14

competitivos, fazer a chamada das equipas, montagem dos campos, afixação do número nas tabelas e mesas de jogo relativamente aos escalões, entre outros. No final, fizemos a limpeza do pavilhão e as arrumações do material disposto para o torneio.

No final do torneio o grupo de Educação Física foi unânime na avaliação da atividade, considerando-a positiva, havendo sempre algo a melhorar. Esta avaliação vai desde o planeamento, divulgação, e organização, bem como a adesão, participação dos alunos e envolvimento da comunidade escolar. Contudo é de enaltecer a participação dos alunos, aumentando bastante o número de equipas relativamente a anos anteriores.

Do mesmo modo do corta-mato, a entrega de prémios foi feita no dia da festa do Desporto. No final, da parte da tarde, tivemos que realizar uma lista de participantes de modo a enviar para as direções de turma para justificar as faltas dos participantes no torneio de basquetebol.

5.3- Direção de turma

Durante o ano letivo participei em todas as reuniões de Direção de turma, quer da turma 10º C, quer da turma 9º B. De certa forma, foi uma experiencia diferente, em que através destas reuniões ficávamos a perceber melhor tudo aquilo que englobava a escola, a forma como eram os alunos nas outras aulas, em que os comportamentos eram totalmente diferentes, a forma como devíamos interagir com eles, formas de os motivar, a forma de atuar com eles, tudo isso era falado e analisado nas reuniões de direção de turma. Contudo foi ainda mais vantajoso perceber como funciona todo o processo de avaliação dos alunos. Tudo isto serviu como ferramenta para o nosso futuro, todos os conhecimentos adquiridos aumentaram os níveis de experiencia, porque tudo isto é essencial, porque por vezes é preciso vivenciar determinadas coisas para que no futuro seja mais fácil lidar com determinados problemas e imprevistos. E todos estes conhecimentos adquiridos, serão bastante importantes para o nosso futuro como professores.

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15 5.4- Descrição Sumária do Estágio

Segundo Freitas (2012) “O Estágio Pedagógico tem por função final a profissionalização de novos docentes através de um processo de prática profissional autónoma, embora orientada e supervisionada, com a duração de um ano letivo”.

Após este ano repleto de conhecimentos e experiencias positivas, é de certa forma difícil descrever todos os momentos que vivenciei ao longo deste processo de aprendizagem. Foi algo diferente daquilo que esperava, e quando eu pensava que a vida de professor era fácil, este ano percebi que não, é mais difícil do que aquilo que imaginava. Não podemos baixar os braços, nem pensar que isto serve como ferramenta para o futuro, isto foram apenas os primeiros passos de uma longa e difícil caminhada, por isso, temos que procurar, lutar por aquilo que queremos, e estar em constante atualização do conhecimento, porque é essencial para a melhoria da nossa atuação como docentes.

Em relação à prática, cada turma tinhas as suas características, o que para um professor é bom, porque vamos necessitar de adequar varias estratégias diferentes, de forma a conseguir alcançar os objetivos. Todas as dificuldades que tive durante este ano, não podem ser vistas como momentos maus ou menos bons, devem ser vistas como mais-valia para o nosso processo de ensino – aprendizagem, porque só assim é que vamos adquirir um maior número de competências e estratégias. Mesmo as dificuldades na organização das aulas, não só nos recursos materiais, como humanos e espaciais, foram importantes para o nosso desenvolvimento como professores.

É importante referir as relações criadas com o orientador, com o grupo de Educação Física, com os alunos e mesmo com os funcionários, que foram essenciais para o trabalho desenvolvido ao longo do ano, visto que todos eles contribuíram, de formas diferentes, para o sucesso nas diferentes tarefas e na qualidade do ensino.

Agora, no final desta caminhada sinto-me mais seguro, mais motivado e mais confiante para o meu futuro como professor de Educação Física.

Em jeito de conclusão, acredito que os objetivos delineados foram alcançados. A partir de agora penso que é necessário não desistir e procurar progredir cada vez mais, o ensino é um processo evolutivo, por isso, cabe-nos a nós, futuros professores melhorarmos na nossa forma de atuar como docentes de Educação Física.

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16

CAPITULO II (Estudo Desenvolvido)

Resumo

O Desporto e Atividade Física é um direito para todos os cidadãos, porém nem sempre é organizada e planeada com esse propósito. Hoje em dia o desenvolvimento desportivo de qualquer município obriga a que seja feito um planeamento, de acordo com a procura e o consumo desportivo da população.

Este foi o objetivo do presente relatório, com o intuito de identificar os problemas e potencialidades fundamentais para definir um Plano de Ação do Desporto Municipal. A amostra deste estudo é constituída pela população do concelho de Felgueiras, no total a amostra é composta por 250 indivíduos, 132 do sexo masculino e 118 do sexo feminino, cujas idades variam entre os 0-14 anos, até 65 ou mais anos.

Os resultados evidenciaram que uma pequena parte da população de Felgueiras se interessa pelo Desporto, e cada vez mais necessitam de motivação e incentivo por parte do município. Visto que o desporto em Felgueiras está muito centralizado, nas zonas mais rurais deve-se procurar um entendimento com as juntas de freguesia, no sentido de garantir o acesso às atividades físicas, para isso, será necessário criar equipamentos desportivos de acordo com as necessidades da população. É importante a criação de eventos desportivos nas zonas rurais, é importante a criação de ciclovias e desenvolver os espaços verdes para a prática de atividade física e desporto.

Os resultados demonstram que é necessário mais desporto em Felgueiras, de acordo com as prioridades dos inquiridos é necessário apostar mais no Desporto Escolar, no Desporto para a 3ª idade e no Desporto Federado.

É necessário haver mais e melhor desporto no concelho, para isso é importante acompanhar as novas tendências do desporto, criando parcerias locais, nacionais e internacionais de forma a puder melhorar a qualidade de vida da população através da atividade física.

Palavras-Chave: DESENVOLVIMENTO DESPORTIVO; POLITICA DESPORTIVA; ATIVIDADE FISICA; DESPORTO;

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17

Abstract

Sport and physical activity is a right for all citizens but it’s not always organized and planned for this purpose. Today, Sports development of any municipality requires to be done a planning, according to the population sports demand and consumption.

This was the purpose of this report, in order to identify problems and fundamental potential to define a municipal sport’s action plan. The sample of this study is constituted by Felgueiras’s Municipality population. Totally, the sample is composed of 250 individuals, 132 males and 118 females, whose ages range from 0-14 years, up to 65 or more years.

The results showed that a small part of Felgueiras’s population is interested in sports and, increasingly need motivation and encouragement from the municipality. As Felgueiras’s Sport is very centralized in the most rural areas, it should seek an understanding with the parish councils, to ensure access to physical activities; therefore, sports facilities should be created according to the population’s need. It’s important to create sporting events in rural areas, it’s important to create bike paths and develop green fields for the practice of physical activity and sport.

The results show that more Sport is necessary in Felgueiras, according to the priorities of respondents it’s required to bet more in School Sport, Seniors Sport and Federated Sport.

There must be more and better sport in the county, it's important to keep up with new sports trends, create local, national and international partnerships, so we can improve the quality of the population’s life through physical activity.

Key words: SPORTS DEVELOPMENT; PHYSICAL EDUCATION; TEACHING

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18

1. Introdução

De acordo com Henriques. C. (2014) as autarquias locais são das entidades com uma intervenção mais assinalável na estrutura global do sistema desportivo e, atualmente, as principais financiadoras do associativismo e da própria atividade desportiva. Daí a importância que as mesmas revestem atualmente e podem continuar a exercer nos âmbitos do fomento e desenvolvimento do desporto”

O desporto e a atividade física ganham cada vez mais força nas sociedades de hoje, e cada vez mais a população procura hábitos desportivos, contudo é importante a intervenção das autarquias, dentro das suas possibilidades, deve intervir de acordo com as necessidades dos praticantes.

Almeida. R. (2014) refere que a nível local, o desporto tem vindo a conquistar primordial importância em que a missão dos municípios, no que diz respeito ao desporto e atividade física, passa por criar, melhorar e aumentar as condições de acesso da população à prática desportiva.

Sendo assim, o nosso objetivo consiste em perceber os interesses da população para criar um Plano de Desenvolvimento Desportivo para o concelho de Felgueiras, no sentido de melhorar os hábitos da população, de acordo com o acesso á prática desportiva em quantidade, qualidade e diversidade. Neste relatório pretendo, no início, fazer uma caraterização do concelho de Felgueiras, quer histórica, geográfica, demográfica e económica, identificando ainda as associações desportivas e instalações desportivas. De seguida, no enquadramento teórico refiro a relação da autarquia com o desporto, linhas orientadoras para a política desportiva e ainda áreas de intervenção para o desenvolvimento desportivo.

Por último, será desenvolvido o tema deste estudo, em que é apresentado a metodologia, uma amostra do estudo, os procedimentos e instrumentos utilizados para a análise dos questionários e em último a apresentação e discussão dos resultados obtidos, no fim, é feita uma conclusão de todo o trabalho realizado, apresentando algumas considerações gerais.

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19

2. Enquadramento Teórico

2.1. As Autarquias e o Desporto

De acordo com a Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto, quando se menciona a “atividade física” a par do “desporto” é necessáriodemonstrar um objetivo de alargar os apoios, juntado à prática regular e de alto rendimento, a necessidade de intervir junto das populações na promoção da atividade física como um mecanismo de melhoria da qualidade de vida da população. Nas autarquias é importante verificar um desenvolvimento social e económico do concelho, ou seja, é este o objetivo daqueles que são eleitos. Contudo é importante perceber que o desporto é cada vez mais um dos aspetos de maior influência na qualidade de vida das populações.

Segundo Lima. R. (2009) o desenvolvimento do desporto não tem por objetivo satisfazer as necessidades materiais do Homem, mas sobretudo, melhorar as suas condições de vida e contribuir para as suas aspirações em geral. Portanto, compete às autarquias criar condições, dentro da sua realidade e possibilidade, para possibilitar a prática desportiva ao maior número de cidadãos. Juntamos portanto à prática regular e de alto rendimento, a atividade física de lazer e recreação. Desta forma, a atividade física e o desporto passa a ser um produto cultural, económico e politico.

Almeida. R. (2014) refere que o envolvimento das autarquias no desenvolvimento do desporto deve-se centrar nas espectativas das populações no que diz respeito á melhor qualidade de vida com a ocupação do seu tempo livre em atividade física e desportiva.

Torna-se necessário acompanhar as novas tendências do desporto. O praticante desportivo deixou de ser visto apenas como atleta, para passar a ser visto como cidadão, aparecendo assim novas modalidades e novas formas que abordagem o desporto. Deste modo, tem-se registado um aumento da prática desportiva generalizada, mas com um grande impacto nas mulheres e um prolongamento das práticas desportivas até idade avançada. Segundo Lima. R. (2009) o desporto de hoje em dia é o reflexo da modernidade.

Existe assim, uma maior procura de espaços desportivos possibilitando uma transformação ecológica do espaço urbano. O desporto ostenta hoje um espaço de sofisticação e desenvolvimento tecnológico, como podemos observar através dos novos aplicativos, do desenvolvimento dos equipamentos e do material desportivo. O desporto

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20

passou a ser uma atividade frequente e não sazonal, com a descoberta da natureza associada a essa prática.

Desta forma é importante a autarquia acompanhar as novas tendências e decidir consoante os acontecimentos, assim os agentes desportivos devem gerir os recursos, promovendo atividades, dando formação, apostando numa diversidade e qualidade cada vez maior. Contudo a criação de parcerias será uma prioridade, devido á escassez dos recursos.

2.2. Política desportiva

De acordo com Pires (1989) cit. por Rodrigues. S. (2009), a política desportiva refere-se às entidades responsáveis pelo desenvolvimento desportivo, estas são responsáveis por inúmeras tarefas e responsabilidades, que devem ser consideradas através de programas próprios, de natureza interna.

Através da relação das autarquias com o desporto será necessário identificar as necessidades da população e a capacidade de investimento. A autarquia torna-se um centro estratégico com o objetivo de criar e melhorar as condições de prática desportiva. Almeida. R. (2014) refere que o conhecimento da situação desportiva é a base da sustentação das políticas e projetos desportivos, e só a partir desse diagnóstico é que se pode iniciar o processo de tomada de decisão relativamente á organização do futuro do desporto.

Da relação com os agentes desportivos devem surgir parcerias para uma melhor gestão, contudo a utilização e diversificação das ofertas desportivas, devem ter em conta o interesse da população. Desta forma é necessário as autarquias definirem a população alvo de cada projeto, para diferentes grupos populacionais, elaborando propostas adequadas a cada um deles. A política desportiva deve criar condições para que a população tenha acesso ao desporto, contudo, o desporto não serve para satisfazer necessidades, mas sim, melhorar a qualidade de vida de cada um. Almeida. R. (2014), refere que as câmaras municipais devem criar, melhorar e aumentar as condições de prática desportiva para a população. Para isso é necessário que os equipamentos desportivos estejam organizados em termos geográficos e demográficos, de modo a abranger o maior número de pessoas possível.

É importante referir que dentro da política desportiva existem vários tipos de política, seja ela regional ou nacional, em que apresentam objetivos e particularidades diferentes, mas, todas elas procuram satisfazer as necessidades da população.

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21

Por fim, segundo Cunha. L. (2003) cit. por Rodrigues. S. (2009), existem dois tipos de politica desportiva, uma direcionada à elite e outra direcionada ao desporto para todos. A politica direcionada á elite destina-se á competição formal, em que procuram os atletas de alto nível. Na política desportiva de base (desporto para todos), vão de encontro á criação de oportunidades de prática desportiva, adequada ao maior número de participantes.

2.3. Linhas orientadoras para definir uma política desportiva

Como já verificamos, cabe às autarquias identificar as necessidades e a capacidade de investimento em função da população. Desta forma, devem adotar medidas estratégicas de políticas desportivas.

De acordo com Constantino (1994) cit. por Almeida. R (2014) as linhas orientadoras adotadas pelas autarquias devem centrar-se nas seguintes questões:

Generalizar o acesso á prática do desporto, procurando aumentar os níveis de

participação e frequência das várias faixas etárias.

Criar infraestruturas com impacto sobre os investimentos desportivos. Melhorar a qualidade das atividades e práticas desportivas.

Cooperar com a sociedade civil, através do associativismo. Modernizar a gestão e administração das estruturas do município.

Através da intervenção do poder local na definição de política desportiva, Almeida. R. (2014) refere dez parâmetros de ação em que a política municipal se deve centrar:

Relacionamento com os agentes desportivos para estabelecerem parcerias. Elaboração de estudos para adequar as decisões politica com a realidade.

Apostar em várias áreas de intervenção desportiva com o objetivo de

generalizar a oferta da prática desportiva.

Definição clara da população alvo, de modo a elaborar propostas adequadas a

cada situação.

Estruturas inovadoras, de acordo com os interesses específicos da população. Promoção de equipamentos desportivos, ordenados em termos geográficos e

demográficos.

Definição de uma política desportiva municipal participada, de acordo com as

(34)

22 Definir uma política de preços, com igualdade de oportunidades para os

praticantes.

Associativismo, com intuito de adaptar os clubes a uma visão pós capitalista da

sociedade.

Estabelecer o planeamento de forma progressiva e sustentada, valorizando a

evolução desportiva da população.

Não descurando o apoio aos agentes desportivos tradicionais, devem ser delineadas estratégias para encontrar novas soluções para as necessidades e exigências das populações. Contudo é importante que as políticas desportivas se adaptem às constantes alterações do desporto, e assim, consigam satisfazer as necessidades da população e de certa forma motiva-los para a prática do desporto e atividade física.

2.4. Áreas de intervenção para o desenvolvimento desportivo

De acordo com Lima. R. (2009) os níveis de desenvolvimento desportivo só serão alcançados depois de uma participação intensa das autarquias. É importante que as autarquias consigam adotar estratégias que vão se encontro às necessidades da população, desta forma, será necessário inovar e motivar a população para de alguma forma, ir de encontro às novas tendências do desporto.

Segundo Almeida. R. (2014) uma politica desportiva municipal deve intervir nas instalações desportivas, atividades desportivas, subvenções e patrocínios e na publicidade e gestão. No que se refere ao desenvolvimento desportivo, Rodrigues. S (2009) afirma que, desenvolver o desporto não é ter mais desporto de um qualquer desporto. Tem de significar mais e melhor desporto. Assim, para o desenvolvimento desportivo deve haver um aumento qualitativo e quantitativo da prática desportiva, onde prevaleçam fatores de qualidade de vida, bem-estar, saúde, solidariedade e respeito pelos outros.

Almeida. R. (2014) refere que as principais áreas de intervenção das camaras municipais no desporto são ao nível das parcerias e apoio ao associativismo, dos programas e atividades, da relação com o sistema educativo, da formação, estudos e documentação, da organização de eventos desportivos, do desporto profissional e por fim dos equipamentos e espaços desportivos.

(35)

23 2.4.1. O Associativismo

Almeida. R. (2014) refere que o apoio ao associativismo é uma das principais áreas de atuação das camaras municipais. Este autor refere ainda que além dos apoios financeiros outros alvos podem ser apoiados, como a cedência de transportes, cedência de material ou instalações ou ainda no apoio logístico. É importante perceber que o aumento dos praticantes, uma melhor formação, melhores resultados e melhores condições, são de certa forma indicadores de controlo para perceber se existiu ou não desenvolvimento desportivo nesta área.

Lima. R. (2009) refere que o associativismo desportivo é um valor central de toda a cultura desportiva e da própria cultura. Refere ainda que o movimento associativo constitui um elemento fundamental na democratização da vida cultural e social do nosso país.

2.4.2. Infraestruturas e equipamentos desportivos

Feitais (2008) cit. por Almeida. R. (2014) refere que os equipamentos desportivos não podem nem devem ser construídos de forma descontrolada, sem obedecerem a critérios bem definidos através da estruturação de um plano de equipamentos. Almeida. R. (2014) refere que a decisão de construção deve ser baseada na população-alvo e numa polivalência para a sua construção. A qualidade das infraestruturas e equipamentos desportivos é bastante relevante quando se fala em desporto, estas devem de ir ao encontro das necessidades da população. Os equipamentos desportivos são fundamentais para a prática desportiva, têm um papel fulcral no desenvolvimento desportivo de um concelho. A construção de qualquer infraestrutura desportiva é da responsabilidade da autarquia, contudo, a autarquia deve ter em conta não só a população alvo, mas também a polivalência que se dará à sua utilização. Desta forma, o uso das instalações, a recuperação de instalações, as adaptações e melhores instalações, servem de indicadores para perceber se existiu ou não um desenvolvimento desportivo nesta área de intervenção.

Almeida. R. (2014) indica alguns parâmetros essenciais na avaliação das necessidades em matéria de equipamentos desportivos, tais como: conhecer as necessidades da população, determinar prioridades de acordo com as necessidades, noção clara sobre os custos financeiros, equipamento capaz de satisfazer as necessidades dos seus utilizadores e onerar o menos possível os custos decorrentes do

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Tabela 2: Pontos fortes e pontos fracos do Desporto em Felgueiras 0

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