Territorializar as Políticas Sectoriais:
coordenação e integração
Territorialização de Políticas Públicas - “Conceção e implementação de
programas e projetos com impacto territorial relevante, cujas prioridades de
intervenção são definidas em função de quadros estratégicos formulados para o
território-alvo, com participação, formal ou informal, na sua elaboração de
instituições e atores identificados com tal território”
1.
e/ou
Modelação territorial de políticas públicas definidas no âmbito nacional e
comunitário
e
…..
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Monitorização estratégica
Ajustamentos nos programas
Selecção dos domínios prioritários de monitorização estratégica QREN Produção de indicadores operacionais por domínio Análise das avaliações anteriores por domínio Sistematização de indicadores de contexto por domínio Recolha de informação qualitativa
Análise estratégica das intervenções do QREN em domínios específicos
Produção de alertas estratégicos
Concepção de novas avaliações
Prioridades estratégicas do QREN
Análise dos factores determinantes da realização das prioridades e Identificação
dos principais constrangimentos à realização das prioridades estratégicas
Identificação das tipologias de intervenção do QREN com
impactos esperados nos principais domínios de
constrangimentos Explicitação dos pressupostos
acerca dos atores e os processos relevantes para a
concretização dos impactos esperados do QREN
Acompanhamento da evolução do contexto sócio-económico
Em busca de evidências
Objectivo: análise territorial de elementos de operacionalização das políticas públicas Escolha dos domínios de política
Seleção dos territórios pertinentes (em função dos problemas, soluções e atores) Processo de investigação partilhada
Resultados:
• Identificar os factores institucionais que facilitam/condicionam o ajustamento das intervenções do QREN às condições específicas de cada território
• Verificar se as intervenções co-financiadas pelos fundos estruturais convergem para a resposta aos constrangimentos e oportunidades específicos de cada território
Sistemas de Inovação (1)
Pertinência:
• As interacções entre empresas e outras entidades relevantes para o processo de inovação assumem âmbitos geográficos diversos (fortemente ancoradas num contexto local específico ou, em contraste, assentes em relações de longa distância);
• Os sistemas de inovação tendem a diferenciar-se de acordo com os sectores de actividades mais significativos em cada contexto territorial.
Territórios: dois territórios contrastados por sector de actividade com base no cruzamento entre nível de intensidade de conhecimento (elevado
versus
reduzido) e âmbito geográfico do sistema sectorial de inovação (restritoversus
alargado)Tipologias:
Sistemas de incentivos; Sistema de apoio a entidades do sistema científico e tecnológico nacional; Apoio a fundos de capital de risco e
business angels
; Formação-acção para PME; Formação para a inovação e gestão; Promoção do emprego científico; Sistema de apoio a infra-estruturas científicas e tecnológicas; Sistema de apoio a parques de ciência e tecnologia e incubadoras de empresas de base tecnológica; Sistema de apoio a acções colectivas.Sistemas de Inovação (2)
Densificação de redes e, muito importante, mobilização dos diversos actores em torno de projectos comuns, induzindo a integração dos vários “nós” nacionais dos sectores de actividade;
Apoio ao Estado na identificação das necessidades mais prementes de intervenção das políticas públicas a nível territorial e na orientação das políticas públicas para as áreas com maior potencial no desenvolvimento “endógeno” e na eficiência colectiva dos sistemas de inovação sectoriais/territoriais;
Valorização das competências e especializações locais dos sistemas regionais de inovação;
Minimização da “captura” sectorial das políticas de inovação;
Políticas públicas como catalisadoras de aprendizagem/capacitação institucional e de novos investimentos – alavanca da densificação dos “nós” territoriais existentes, de novas articulações entre ”nós” e do estímulo a novos “nós”.
Sistemas de Inovação (3)
Segmentação de estratégias em virtude da pulverização institucional e da sectorialização via associativismo empresarial – cada actor com os seus próprios projectos, competências e estratégias;
Experiências
top-down
de formação de redes de inovação, sem a necessária “apropriação” das estratégias por parte dos actores relevantes;As políticas públicas não são a alavanca de parcerias (muitas vezes espontâneas e prévias às próprias políticas públicas) - desempenham um papel relevante sobretudo ao nível da estruturação, integração e agilização de redes;
A proximidade geográfica entre os actores dos sistemas de inovação não garante por si só a formação e densificação de redes;
O território não tem sido encarado como elemento determinante na diferenciação das estratégias sectoriais e de inovação.
Sistemas de Inovação (4)
Presença nos territórios das empresas e entidades de suporte “âncoras” dos sectores de actividade, relevantes na estruturação das redes de inovação;
Mecanismos institucionais de articulação entre várias políticas públicas sectoriais e as especificidades dos sistemas de inovação nos vários territórios (em termos de segmentos de actividade, tipos de empresas e entidades de suporte presentes nos territórios, padrões de interacção, nível de densificação de redes);
Continuidade das políticas públicas, na medida em que as redes de cooperação institucional requerem tempo para o acumular de experiências, o estabelecimento de laços de confiança entre os parceiros e a “apropriação” de estratégias;
Estímulo a dinâmicas “endógenas” ou
bottom-up
de articulação no âmbito dos sistemas de inovação.Inclusão Social (1)
Pertinência:
• Forte dimensão territorial associada aos fenómenos de pobreza e exclusão social e que está bem patente num conjunto de medidas de política pública atuais e passadas (e.g., Projetos de Luta Contra a Pobreza, Programa Progride, Programa Rede Social, Contratos Locais de Desenvolvimento Social, Iniciativa Bairros Críticos), bem como em diversos textos académicos sobre bolsas de pobreza em Portugal.
• A atualidade do próprio tema, que volta a assumir um lugar de destaque na agenda da discussão pública nacional, fruto da atual degradação da situação económica e social do país.
Território: 2 níveis – infraconcelhio (bairro e freguesia) e concelhio (e.g., territórios de baixa densidade)
Tipologias:
• Parcerias para a Regeneração Urbana (PRU) – Bairros Críticos • Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS)
• Contratos Territoriais para o Sucesso Educativo • Entre outras
Inclusão Social (2)
Maior proximidade às necessidades das populações e aos problemas dos seus
habitats
. Maior conhecimento das realidades, o que potencia a adequabilidade das intervenções. Maior envolvimento dos destinatários das intervenções na solução dos problemas e necessidades das suas comunidades.Maior corresponsabilização de todos os intervenientes, públicos e privados.
LOGO … Maior potencial em termos de eficácia e impactos.
Vantagens
Requisitos essenciais de coesão nacional
Inclusão Social (3)
Qualificar o capital institucional dos territórios (dinamismo e poder de iniciativa da paisagem organizacional pública e privada instalada territórios).
Saber aprender com as experiências de territorialização passadas e atuais (reforçar, otimizar, ampliar ou eliminar).
Modernizar a gestão e profissionalizar o capital humano das organizações locais, garantindo níveis crescentes de eficiência e desempenho organizacional.
Autonomizar as organizações, nomeadamente do ponto de vista técnico e financeiro. Fortalecer a perspetiva de planeamento estratégico e operacional de base territorial, enquanto alicerce para a apresentação de projetos robustos, coerentes e pertinentes face às realidades dos diferentes territórios.
Qualificação de adultos (1)
Pertinência:
• Realidades distintas (indicadores de formação e educação diferentes em cada território)
• Peso da formação de activos no QREN e afectações distintas por território • Multiplicidade de entidades que actuam na formação de activos
• Dinâmicas institucionais distintas em cada território • Insuficiência de análises territorializadas nesta área Território: bacias de emprego
Tipologias:
• Educação e Formação de Adultos (EFA) • Formações Modulares Certificadas (FMC)
Qualificação de adultos (2)
Garantir a coerência das estratégias nacionais
Debilidades ao nível da capacitação das instituições envolvidas, de práticas de parceria e de cooperação e das lideranças locais/regionais
Ausência de modelo de desenvolvimento regional partilhado pelos principais actores
Limites
Evitar lacunas e sobreposições na oferta de formação
Orientação da formação para o mercado de trabalho regional (actual e futuro), em alternativa à orientação excessiva para os formandos e de acordo com a capacidade instalada
Aumentar a racionalidade na gestão dos recursos
Aumentar a capacidade de realização de determinadas operações através da conjugação de esforços e da criação do efeito de escala
Estabelecer uma conexão entre a oferta formativa e as estratégias económicas regionais
Qualificação de adultos (2)
Capacidade de articular um vasto conjunto de actores
Garantir a presença de actores chave (p.e. empresas) no modelo de articulação Capacidade de integrar um conjunto de competências/funções
• Identificação de necessidades • Programação da oferta
• Gestão da procura
• Maximização dos recursos através de parcerias
• Gestão dos sistemas de informação da oferta formativa
Capacidade de integrar diferentes dimensões (sociais, empresariais, …) Envolvimento dos decisores de cada instituição
As estratégias definidas e as decisões tomadas serem consequentes