IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO
PESADA NA ECONOMIA
Fontes das informações contidas neste documento:
Contas Nacionais / IBGE: base de dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil
Possibilita análises do crescimento real da economia brasileira e seus setores
Publicação trimestral e anual
Matriz de Insumo-Produto / IBGE: construída a partir dos dados das Contas Nacionais, detalha as operações de produção e consumo intersetoriais
Possibilita análises de multiplicadores de produção, valor adicionado e ocupações a partir do encadeamento dos setores
Publicação sem periodicidade
Volume de Crédito Aprovado pelo BNDES:
Compilado de dados sobre Operações de Crédito Aprovadas no período
Volume de Investimentos dos Estados:
informações das Secretarias de Estado da Fazenda
Corresponde ao empenho de despesas de capital com investimentos, desconsidera despesas com inversões financeiras e amortização da dívida.
Volume de Investimentos Federal: informações do Tesouro Nacional
Compilado de dados de despesa paga dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, contemplando grupo de despesa Investimento (GND 4) e Inversões Financeiras (GND 5), com exceção das despesas financeiras. Inclui despesas com o Fundo de Arrendamento Residencial - FAR, no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida - MCMV, conforme MP nº 516/2012
Investimentos das estatais: informações do Ministério do Planejamento
Valores agregados ao ativo imobilizado e formação do ativo
Fontes das informações contidas neste documento:
RAIS / CAGED: base de dados de emprego formal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
CAGED (mensal): número de empregados formais
admitidos e demitidos no mês anterior.
RAIS (anual): estoque total de empregados com carteira de trabalho assinada em dezembro do ano anterior.
– O ajuste da base anual (RAIS) com a mensal
(CAGED) permite o acompanhamento mês a mês do total de trabalhadores formais com vínculo empregatício
– Variação anual da RAIS não é exatamente igual a variação anual do CAGED RAIS é mais precisa
3
PNAD: pesquisa amostral do IBGE, com
abrangência nacional, apresenta informações demográficas e socioeconômicas da
população, incluindo informações sobre o mercado de trabalho
A PNADContínuapossui informações trimestrais acerca do mercado de trabalho
Inclui informações sobre trabalhadoresinformaise por conta própria (ausentes nas bases do MTE) As classificações trabalhistas adotadas pela PNAD
incluem:
– Formal: trabalhador empregado com carteira assinada
– Informal: são aqueles que não possuem registro
(não tem carteira de trabalho assinada)
– ContaPrópria: trabalhador que explora seu
próprio empreendimento, sozinho ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com a ajuda de trabalhador não remunerado
Setor de Construção possui importante papel socioeconômico
R$1 milhão investido no setor multiplica-se 1,4 vezes, gerando 46 novas ocupações e mais de R$450 mil em salários, ao longo de um ano
Investimentos em infraestrutura tem impactos de longo prazo sobre competitividade e produtividade da economia
Construção possui importante papel socioeconômico por empregar formalmente trabalhador de perfil mais vulnerável (homens, até 40 anos, com ensino médio incompleto)
PIB do Setor de Construção acumulou queda de 25,7% entre 2014 e 2017
Em 2018 setor acumula queda de 1,96%.
Desde dez/2014 emprego na Construção acumula saldo negativo de 955 mil de postos formais de emprego. Brasil acumula saldo negativo de 2,6 milhões no mesmo período
Perspectivas
Governo Federal vem anunciando medidas que podem dar nova perspectiva para o setor de construção no Brasil. Ainda assim, setor deve apresentar retração em 2018
Retomada do mercado de trabalho tem sido mais lenta do que o esperado
Relevância socioeconômica do setor de
Construção
Efeito multiplicador da Construção
Perfil do trabalhador
Investimento em infraestrutura e efeitos de longo
prazo
Conjuntura Econômica
Perspectivas
Relevância socioeconômica do setor de
Construção
Efeito multiplicador da Construção
Perfil do trabalhador
Investimento em infraestrutura e efeitos de longo
prazo
Conjuntura Econômica
Matriz Insumo-Produto: representa as relações intersetoriais da economia por meio dos fluxos monetários do consumo intermediário e da demanda final de todas as atividades produtivas
Setor da construção tem elevados efeitos multiplicadores...
R$ 1 milhão
investido na
produção do
setor de
Construção
R$ 1,4 milhão de
valor adicionado
Incremento marginal no PIB gerado por efeitos diretos, indiretos e renda46 ocupações
R$ 456 mil
em salários
Aumento no total de pessoas ocupadas, ao longo de um ano Acréscimo de massa salarial... devido à interrelação com diversos setores
Queda da Construção impacta restante da economia:
Demandantes de Produtos Exemplos: Indústria Comércio Transporte Construção Pesada Exemplos: Produtos de minerais não-metálicos Tintas Cimento Serviços Ofertantes de Insumos
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Efeitos dos investimentos são dispersos sobre toda a economia
R$ 156 mil R$ 39 mil R$ 78 mil R$ 19 mil R$ 51 mil R$ 7 mil
Construção
R$ 1 Milhão
Intermed. financeira e seguros Comércio Atividades Imobiliárias R$ 96 mil R$ 48 mil R$ 900 mil Serviços prestados às empresas Demais 53 setores Serviços de alimentação Transporte terrestre, aéreo e aquaviário Agropecuária Refino de petróleo e coqueConstrução tem importante papel socioeconômico ao empregar
formalmente trabalhadores com perfil de baixa qualificação
Aproximadamente 91% são homens
A maior parte dos trabalhadores com carteira assinada tem entre 30 a 39 anos
Trabalhadores da Construção por faixa etária (%)
Dos trabalhadores com carteira assinada, 45% não tem o ensino médio completo e apenas 7% tem superior completo
Aproximadamente 69% ganham entre 1 e 3 salários mínimos e 17% ganham entre 3 e 5 salários mínimos 2% 69% 17% 6% 2% Até 1 SM De 1 a 3 SM De 3 a 5 SM De 5 a 10 SM Acima de 10 SM
Trabalhadores da Construção por faixa de renda (%)
0% 0% 11% 15% 33% 23% 17% 2% 10 A 14 15 A 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS
Relevância socioeconômica do setor de
Construção
Efeito multiplicador da Construção
Perfil do trabalhador
Investimento em infraestrutura e efeitos de longo
prazo
Conjuntura Econômica
Perspectivas
Crise político-econômica afetou volume de investimentos públicos...
Os investimentos dos governos
estaduais voltaram à crescer em 2017.
Apesar do crescimento, o volume de
investimentos está no mesmo patamar
de 2015.
Os investimentos federais voltaram a
diminuir e estão atualmente em um
patamar inferior ao de 2009.
Fonte: Secretarias da Fazenda dos Estados. Elaboração LCA Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração LCA
56,1 70,5 77,9 83,6 83,7 96,6 63,5 67,8 46,2 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Investimento do Governo Federal²
(R$ bilhões de Dez/2017) 61,8 76,1 53,9 55,8 72,8 74,2 43,8 36,5 43,9 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Investimentos dos governos estaduais
... e concessão de crédito para infraestrutura, com impacto sobre a taxa
de investimento no Brasil
O BNDES reduziu a concessão de
crédito para a infraestrutura em 70%
entre 2014 e 2017
O volume de investimento das estatais
acumula queda nos últimos três anos
– Queda acumulada de 67,4% no investimento das estatais entre 2013 e 2017
Fonte: Ministério do Planejamento/Boletim das estatais, edição nº 5 de 2017. Fonte: BNDES. Elaboração LCA Consultores. Obs: reais de dezembro/2017.
13 95,7 123,2 136,9 125,9 141,3 154,7 115,8 87,8 58,1 50,4 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Investimentos das estatais federais (R$ bilhões de 2017) 3.286 27.057 17.766 3.509 1.853 1.502 42.593 624 1.566 14.995 2.077 795 612 7.605 Aprovações do BNDES para infraestrutura (R$
bilhões)
2014 2017 Total 2014: R$ 97 bilhões
... e concessão de crédito para infraestrutura, com impacto sobre o
volume de investimento no Brasil
Volume de investimento acumula queda de 29,4% entre 2014 e 2017
Construção é responsável por aproximadamente 50% da Formação Bruta de Capital Fixo
6,7% 12,0% 12,3% -2,1% 17,9% 6,8% 0,8% 5,8% -4,2% -13,9% -12,1% -2,5% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
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Ausência de investimentos em infraestrutura impactam competitividade
Fonte: Boston Logistics Group (2012). São considerados os custos de transporte, estoque, armazenagem e administrativo, desconsiderando o transporte de passageiros.
Custo com logística no Brasil é um dos mais altos do mundo
12.0% 9% 9% 8% 8% 7% 6% 6%
Brasil Canadá Vietnã Estados
Unidos
Retomada do crescimento com sustentabilidade depende de aumento de
Situação brasileira não permite desperdício de recursos
Atraso de grandes obras interrompe atividade econômica, com
impactos em diversos setores e ao longo do tempo
Redução do custo logístico de 12,7% (
observado em 2015)¹ para 9%
(nível do Canadá²
em 2012) diminuiria os custos em
R$ 222 bi
³
por ano
¹ Fonte: Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) – 2015. ² Fonte: Boston Logistics Group – 2012.
Relevância socioeconômica do setor de
Construção
Efeito multiplicador da Construção
Perfil do trabalhador
Investimento em infraestrutura e efeitos de longo
prazo
Conjuntura Econômica
Perspectivas
PIB brasileiro caiu dois anos consecutivos
PIB brasileiro voltou a crescer após dois anos de recessão
Evolução do PIB (R$ Bilhões)
5.116 5.427
5.704 5.696 6.125
6.369 6.491 6.686 6.720 6.481 6.267 6.334
19
Queda acumulada em 2016 e 2017 foi de 7,2%
PIB cresceu 1,27% no 3T/18 em comparação com o mesmo período
do ano anterior
Variação real do PIB (%)
Fonte: Contas Nacionais/IBGE
Obs: Séries passadas sofreram reajustes pelo IBGE na divulgação deste trimestre *2º trimestre de 2018 em comparação com o mesmo período de 2017
6,1% 5,1% -0,1% 7,5% 4,0% 1,9% 3,0% 0,5% -3,5% -3,3% 1,1% 1,3%
Evolução do PIB nos últimos 4 trimestres (%) 4T17 1T18 2T18 3T18 Trimestre imediatamente anterior 0,21% 0,45% 0,07% 0,60% Mesmo trimestre do ano anterior 2,17% 1,22% 0,91% 1,27% Acumulado em 4 trimestres 1,06% 1,33% 1,41% 1,39%
Setor de construção cai desde 2014
Quatro anos consecutivos de queda colocaram o setor de
Construção abaixo do patamar de 2010
Evolução real do PIB da Construção (R$ Bilhões de 2016)
212 232 243 260 294 318 329 343 336 306 275 255 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
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Ao contrário do restante da economia, construção ainda não reagiu
PIB do setor de Construção acumula queda de 25,7%* nos últimos 4
anos
Variação real do PIB da Construção (%)
Fonte: Contas Nacionais/IBGE
Obs: Séries passadas sofreram reajustes pelo IBGE na divulgação deste trimestre
*Valores anteriores do PIB foram revisados pelo IBGE na publicação do 3º Trimestre de 2018
Evolução do PIB nos últimos 4 trimestres (%) 9,2% 4,9% 7,0% 13,1% 8,2% 3,2% 4,5% -2,1% -9,0% -10,0% -7,5% -1,0% 4T17 1T18 2T18 3T18 Trimestre imediatamente anterior 1,02% -5,35% -0,45% 4,05% Mesmo trimestre do ano anterior -2,27% -4,25% -2,70% -0,96% Acumulado em 4 trimestres -7,48% -5,94% -4,26% -2,54%
Setores se comportam de forma distinta na economia
Em 2017, construção apresentou queda mais intensa entre
todos os setores. Queda deve persistir em 2018. Crescimento
da economia em 2018 deverá ser modesto.
Variação (%) acumualda em um ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 3T18/ 2T18 3T18/ 3T17 Acum. em 4T 2018 (p) Agropecuária 6,7 5,6 -3,1 8,4 2,8 3,3 -5,2 12,5 0,7 2,5 0,4 Extrativa Mineral 14,9 3,5 -1,9 -3,2 9,1 5,7 -1,2 4,2 0,7 0,7 0,0 Transformação 9,2 2,2 -2,4 3,0 -4,7 -8,5 -4,8 1,7 0,8 1,6 3,1
Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 6,3 5,6 0,7 1,6 -1,9 -0,4 6,5 1,0 -1,1 0,5 1,1
Construção 13,1 8,2 3,2 4,5 -2,1 -9,0 -10,0 -7,5 0,7 -1,0 -2,5 -1,9
Comércio 11,1 2,3 2,4 3,4 0,6 -7,3 -6,7 2,1 1,1 1,6 3,3
Transporte, armazenagem e correio 11,2 4,3 2,0 2,6 1,5 -4,3 -5,6 1,2 2,6 2,9 2,7 Serviços de informação 5,4 6,5 7,0 4,0 5,3 -0,9 -2,1 -1,0 0,2 1,1 0,1 Intermediação financeira e seguros 9,3 6,2 1,5 1,8 -0,6 -1,2 -3,4 -1,6 0,4 1,0 0,7 Atividades Imobiliárias 4,9 1,9 5,1 5,1 0,7 -0,4 0,2 1,2 1,0 3,2 2,8
Outros Serviços 3,3 4,6 3,6 1,6 1,9 -3,7 -1,4 0,7 0,2 0,6 1,0
APU, educação pública e saúde pública 2,2 1,9 1,3 2,2 0,1 0,2 0,3 -0,2 0,1 0,1 0,4
Crescimento do PIB em 2018 deverá ser
modesto, impacto por ritmo lento de retomada do mercado de trabalho
Criação de 755 mil vagas de emprego formal em 2018 (até novembro)
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Atividade econômica tem reflexos sobre mercado de trabalho
Fonte: CAGED, MTE, IBGE (PNAD Contínua)
Brasil
PIB do 3T/2018 cresceu 1,3% (vs. 3T/2017)
Informalidade subiu 4,2 p.p. entre 3T15 e 3T18
Setor de Construção ainda é afetado pela recessão.
Setor da Construção
Criação de 54 mil vagas de emprego formal em 2018 (até novembro), 19 mil na
Construção Pesada
Informalidade subiu 9,2 p.p. entre 3T15 e 3T18
PIB da Construção cresceu 0,7% no 3ºTri de 2018 (vs. 3º Tri/2017)
Relevância socioeconômica do setor de
Construção
Efeito multiplicador da Construção
Perfil do trabalhador
Investimento em infraestrutura e efeitos de longo
prazo
Conjuntura Econômica
Taxa de Longo Prazo (TLP)
Taxa substitui a TJLP na remuneração do Fundo de Amparo ao Trabalhador, Fundo de Marinha Mercante, Fundo de Participação do PIS-Pasep e empréstimos do BNDES
Segundo o Ministério da Fazenda a TLP irá trazer maior transparência e equidade na definição de políticas públicas
Governo anunciou pacote de concessões com estímulo à infraestrutura
Intenção de conceder 57 projetos nos setores de transporte, energia, óleo e gás e outros. Estimativa de investimento de R$ 44 bilhões
Porém em novembro, apenas 17 projetos tiveram o edital lançado (12 aeroportos, 4 portos e uma ferrovia)
Governo anunciou o programa “Agora é Avançar”
Execução de 7.439 obras, com orçamento de R$ 130 bilhões em 2018.
Segundo o 4º Balanço das ações do programa divulgado em novembro, até 30/set/2018 o programa concluiu 36,5% do total de projetos previstos, 98,2% das obras estão em andamento.
Desestatização da Eletrobrás
Projeto de Lei em tramitação na câmara busca melhorar a prestação do serviço através da privatização das distribuidoras.
Estimativa de arrecadação de mais de R$ 12 bilhões.
Das seis subsidiárias colocadas a venda, 5 empresas foram vendidas e 1 aguarda leilão após imbróglios no judiciário.
Reforma tributária
Proposta tem foco na simplificação, sem perda de arrecadação. Pode impactar negativamente o setor de construção.
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