Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Escola de Enfermagem Alfredo Pinto
Regulação Pública e atuação das
Organizações Sociais na AP 3.1/RJ
Fátima Scarparo – Docente EEAP
OBJETIVO
• Reconhecer e analisar as ações de regulação do Poder Público para com as Organizações Sociais na expansão da ESF e constituição das Redes Assistenciais de Saúde na Área de Planejamento 3.1 no município do Rio de Janeiro
Norma Operacional Básica do SUS/1996
• Gerência : Administração de uma unidade ou órgão de saúde (ambulatório, hospital, instituto, fundação etc.), que se caracteriza como prestador de serviços ao Sistema.
• Gestão: Atividade e responsabilidade de dirigir um sistema de saúde (municipal, estadual ou nacional), mediante o exercício de funções de
coordenação, articulação, negociação,
planejamento, acompanhamento, controle,
• Estratégia Saúde Família: Contexto atual no município Rio de Janeiro
• Divisão do município em Áreas Programáticas de Saúde (10 APs)
• Aprovada em 2009 por iniciativa do Poder Executivo, a Lei 5.026 dispõe sobre a qualificação de entidades como Organizações Sociais (OSs), para atuação na Estratégia Saúde da Família e na administração de um hospital municipal (Ronaldo Gazolla ou Hospital de Acari) (RIO DE JANEIRO, 2009).
• Organizações Sociais: Pessoas Jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos (RIO DE JANEIRO, 2009)
• Surgimento: Plano Diretor da Reforma do
Estado (PDRE), governo FHC, 1995. (Proposta
do Estado como agente regulador.)
• LEI Nº 9.637, de 15 de maio de 1998.
• Projeto do Movimento de Reforma Sanitária
• Definido um Contrato de Gestão entre Poder
Público e Oss; estabelecidas as obrigações de
ambos.
• Instrumentos de regulação presentes no
Contrato: Comissões de Avaliação, Conselhos
Distritais de Saúde e Coordenações de Área de
Planejamento.
• Expansão ESF na AP 3.1
2009
21% de cobertura populacional – 48 equipes 2012
55% de cobertura populacional – 137 equipes (RIO DE JANEIRO, 2012)
• Redes de Atenção à Saúde
• A expansão da oferta da ESF no município do Rio de Janeiro mostra a necessidade de integrar este modelo de Atenção Primária em Saúde com os demais níveis de Atenção à Saúde.
• Ação de regulação (SMS/CAPs) para com a atuação das OSs e configuração das RAS
METODOLOGIA
• Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa.
• A escolha pelo estudo de caso se justifica porque se trata de um fenômeno contemporâneo no qual os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos. Não temos, neste estudo, controle sobre os fatores que influenciarão as relações estabelecidas entre entidade contratada (Organização Social) e o Poder Público.
• Observação direta não participante, análise
documental e entrevistas com gestores da CAP
3.1 e representantes do Conselho Distrital de
Saúde da AP 3.1
• Para análise do material coletado nas
entrevistas e na observação direta não
participante, aplicaremos o método de Análise
do Discurso com base nos autores Michel
Pêcheux e Eni Orlandi
Resultados Parciais
• Estabelecimento de metas e compromissos estão colocadas no âmbito da SMSDC-RJ; entretanto, diversas ações de regulação pública estão sob responsabilidade da CAP 3.1, que não participa na pactuação contratual, bem como o Controle Social
• Na CAP 3.1, a expansão da ESF através das OSs ocorre em grande escala e com rapidez; porém a expansão parece não acompanhar o aumento do número de agentes reguladores (gestores na CAP/ servidores do município).
• Ações de regulação exercidas diretamente
pela
CAP
3.1:
acompanhamento
do
cumprimento de metas, conservação de
infraestrutura,
fiscalização
dos
gastos
realizados pelas Oss para as rubricas
específicas.
• Trabalho contínuo de acompanhamento e
fiscalização.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. NOB-SUS 1996: Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde - SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 1996. 34 p.
BRASIL. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Organizações sociais. Brasília: MARE, 1998. (Cadernos MARE da Reforma do Estado, 2). Disponível em:
<http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/
publicacao/seges/PUB_Seges_Mare_caderno02.PDF>. Acesso em: 15 jun. 2012.
RIO DE JANEIRO (cidade). Lei 5.026, de 19 de maio de 2009. Dispõe sobre a qualificação de entidades como Organizações Sociais e dá outras providências. Diário Oficial, Rio de Janeiro, 2009.
RIO DE JANEIRO (cidade). Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. Contrato de gestão. Contrato que entre si celebram a SMSDC/RJ e FIOTEC - Fundação para o desenvolvimento científico e tecnológico em Saúde, com vistas a regulamentação do desenvolvimento das ações e serviços de Saúde no âmbito do Território Integral de Atenção a Saúde (TEIAS) de Manguinhos. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
<http://200.141.78.79/dlstatic/10112/1227052/DLFE-209309.pdf/ ContratodeGestao002.2009Fiotec18pgs.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2012
RIO DE JANEIRO (cidade). Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. Relatório de Gestão CAP 3.1,2012. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=O8kAv7Vat9E>. Acesso em 11 nov. 2012.