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DESTAQUES DA SEMANA. Fonte: Bloomberg. A última página deste relatório possui informações relevantes sobre o seu conteúdo.

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Academic year: 2021

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Santander Private View

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Os investidores se mantiveram cautelosos ao longo desta semana, digerindo os recentes eventos e notícias que inundam o meio político e econômico, tanto no exterior como no Brasil. Os ativos de risco apresentaram desempenho mais tímido, à medida que esperam o desfecho de eventos relevantes na próxima semana.

A tragédia que envolveu a morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e seu motorista Anderson Pedro Gomes, repercute amplamente e levanta questionamentos sobre a intervenção federal em vigor no estado. Houve importante mobilização social nas principais capitais brasileiras, e os periódicos domésticos — e também internacionais — promovem um grande debate que orbita a segurança pública. Já era sabido que este tema seria um dos tripés das eleições deste ano, junto com a economia e a corrupção, mas agora passa a ser o mais latente. Nem mesmo os protestos contra as reformas da previdência e trabalhista, ou em solidariedade ao ex-presidente Lula, foram capazes de reunir tantas pessoas às ruas. O acontecimento funesto, assim, transcendeu o ambiente criminal e ganhou proporções políticas únicas, cujo resultante é difícil de mensurar.

Desde o início, o governo entendia os riscos que a medida intervencionista poderia acarretar. A atenção que agora se tem sobre o tema tem o poder de provocar mudanças importantes no cálculo político dos pré-candidatos, que tenham o objetivo de se amparar nos loros da gestão atual. Evidente que ainda é cedo para saber se a imagem do governo

ficará manchada permanentemente pelo

acontecimento e, por isso, será muito importante a visualização por parte da população de resultados efetivos da intervenção ao longo dos próximos meses. Caso contrário, o ônus recairá sobre aqueles próximos a Michel Temer, podendo alterar a dinâmica eleitoral de fato.

Adicionalmente, os embates entre os poderes

Supremo Tribunal Federal (STF), ilustram tal receio. Por traz disso estão os pedidos de quebra do sigilo bancário de Michel Temer e o indulto de natal concedido pela presidência da república, ainda no final de 2017. No mais, com a aproximação do prazo final para análise dos embargos declaratórios, apresentados pela defesa do ex-presidente Lula ao TRF-4, aumenta a pressão de o STF legitimar o entendimento sobre a prisão após condenação em segunda instância. O desfecho destas questões poderá elevar o receio de um embate mais intenso entre os poderes, o que mantém o ânimo dos investidores relativamente mais contidos.

Enquanto as incertezas políticas voltam a inspirar incertezas, a atividade econômica doméstica segue bons auspícios. A despeito do resultado negativo do setor de serviços em fevereiro, a abertura do indicador não impõe perda de ímpeto neste momento. As vendas no varejo superam o consenso dos analistas, contando ainda com revisões de leituras anteriores em bases mais otimistas, o que acarreta em um viés favorável a uma expansão do PIB no primeiro trimestre. No entanto, a ociosidade da economia continua elevada, e este processo de recuperação ainda não pressiona a inflação, que permanece sob uma trajetória benigna. Com os economistas passando a enxergar o índice de preços ao consumidor em níveis abaixo do centro da meta em horizontes que vão além de 2018, o Banco Central poderá promover um corte adicional na taxa básica de juros (Selic) na próxima semana.

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Cabe lembrar que, no último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), os membros do BC entenderam que o ciclo poderia ser estendido em razão de uma conjuntura mais favorável que a prevista, o que, de certa forma, se repetiu de lá para cá. Mesmo assim, não seria prudente descartar por completo a manutenção da Selic em 6,75% a.a., o que ensejaria uma postura mais cautelosa em relação ao cenário prospectivo.

No âmbito externo, as preocupações decorrentes do receio de deflagração de uma guerra comercial permanecem presentes. As trocas recentes promovidas por Donald Trump, trazendo para perto de si nomes de maior complacência com a sua agenda, alimentam ainda mais estes receios dos agentes econômicos. No mais, o Senado aprovou um projeto de lei que traz alterações na regulamentação do sistema financeiro, que deverá ser analisado agora pela Câmara dos Deputados. Nesta casa legislativa, é esperado maior resistência inclusive por membros do partido Republicano, o qual pertence o próprio presidente.

Por outro lado, os indicadores de inflação nos EUA tardam a demonstrar sinais de aceleração em fevereiro, o que somado à decepção com os dados do comércio do país no mês passado culminou na descompressão dos títulos soberanos (treasuries). O Federal Reserve (Fed) reúne-se na próxima semana para definir a taxa básica de juros, no primeiro encontro comandado pelo novo presidente, Jerome Powell. Tão importante quanto a decisão em si, será apurar o cenário e as projeções dos membros do Fed para as principais variáveis econômicas. Se a leitura indicar mais aumentos nos juros ao longo dos próximos meses, então poderemos averiguar maior volatilidade nos ativos de risco. Tal efeito poderá ser contrabalanceado por postura ainda bastante expansiva dos demais bancos centrais mundiais, como o europeu e o japonês, que sugerem manter tais políticas por um período suficientemente prolongado.

DESTAQUES DA SEMANA

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Os ativos de renda fixa nominal encerram a semana com valorização moderada, com as taxas de juros ficando perto da estabilidade. As taxas com vencimentos mais curtos apresentaram leve viés de alta, com os investidores calibrando as apostas finais ante a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima quarta-feira (21.03), quando o Banco Central poderá reduzir a Selic mais uma vez, antes de encerrar o ciclo de queda, e trará as suas avaliações mais atualizadas sobre a situação da economia no país. As taxas com vencimentos mais longos continuam elevadas, e podem apresentar recuo adicional dado que a inclinação dos juros com prazos mais longos segue elevada.

Seguimos com a alocação neutra para a classe de ativo, mas ressaltamos a importância da diversificação da carteira com ativos prefixados, principalmente em portfólios que estão excessivamente concentrados em juros pós-fixados. Esta alocação pode ser feita via notas estruturadas com LCI, títulos públicos como a LTN, sendo que damos preferência para os prazos de 2021 e 2022.

JUROS NOMINAIS

Os ativos da classe de juros reais apresentaram valorização ao longo dos últimos dias, com as taxas registrando viés de queda em praticamente todos os prazos. A inflação ainda segue bem baixa no país (IPCA de fevereiro em 2,84%), e a perspectiva é de que persista em níveis reduzidos por período prolongado. Porém, na medida em que a economia se recupera, e a política monetária segue acomodatícia, é de se esperar que com o passar do tempo a inflação caminhe novamente em direção à meta nos próximos anos. Logo, a perspectiva para o ativo indexado segue favorável.

Mantemos a posição overweight para os títulos com vencimentos intermediários. Respeitando o perfil do investidor, recomendamos a combinação das aplicações em títulos públicos e em títulos privados como debêntures incentivadas.

Fonte: Bloomberg

JUROS REAIS

ATIVOS

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O Ibovespa encerra a semana com queda de aproximadamente 1,7%, em linha com o movimento dos principais mercados acionários no exterior. Enquanto que em dólares, a bolsa brasileira recua 2,8%, os mercados emergentes operam em queda mais tímida, de 1,2%.

Em meio as incertezas que pairam sobre o ambiente externo, mesmo com os indicadores sugerindo que a visão de que a economia global se mantém aquecida, os receios com a política e o futuro da política monetária nos EUA pesaram sobre os mercados. A recuperação da atividade no Brasil se dá em bases mais favoráveis que o previsto, mas segue de maneira lenta.

Diante de uma maior volatilidade nos mercados globais, e lembrando que o Ibovespa opera próximo às máximas históricas, reforçamos uma cautela tática neste instante do tempo. Instrumentos mais defensivos como os produtos estruturados, os quais geram proteção às quedas, se fazem ainda mais adequados no momento atual. Ficamos, por ora, neutros nessa classe de ativos. Porém, como a visão de médio prazo continua positiva, estaremos atentos às oportunidades para retomar a posição.

RENDA VARIÁVEL

O dólar encerrou a semana com valorização de quase 1,0%, voltando a se aproximar dos R$ 3,30/US$. As condições do balanço de pagamentos brasileiro seguem favoráveis, com o déficit em conta corrente em 0,44% do PIB, e o investimento direto no país em 3,17% do PIB, ambos no acumulado dos últimos dozes meses na referência de janeiro deste ano.

Persistimos com a visão neutra para a classe câmbio, e por ora, alocações táticas dentro desta banda ainda parecem oferecer boas oportunidades para investidores de mais alta frequência e com horizontes mais curtos de aplicação. Para prazos intermediários, atentamos para o fato de que a perspectiva de juros mais baixos, e por um período prolongado, têm reduzido o custo de carregamento de hedges, o que por fim, incentiva a diversificação dos portfólios com o dólar. Recomendamos as nossas notas estruturadas em dólar, especialmente para este período no qual a volatilidade dos mercados externos deve seguir mais elevada, sem contar as incertezas eleitorais reservadas para o segundo semestre do ano.

Fonte: Bloomberg

CÂMBIO

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RECOMENDAÇÕES

Fonte: Santander Private Banking

Juros

Nominais

Juros Reais

Multimercado

Renda

Variável

Câmbio

Alocação do mês anterior * Underweight/Overweightrepres entam recomentações

abaixo/acima do patamar Neutro

Classes de

Ativos

Underweight*

Overweight*

+

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ÍNDICES DE REFERÊNCIA

Fonte: Bloomberg /Elaboração Santander Private Banking

ATIVOS DOMÉSTICOS

Dados Atualizados Até: 15/mar/18

Referências fev-18 3M 6M 12M 2018 2017 Duration

CDI 0.28% 1.66% 3.57% 8.73% 1.36% 9.95% -IMA-B 0.64% 5.68% 4.95% 11.03% 4.67% 12.79% 7.25 IMA-B 5 0.62% 3.43% 4.86% 11.48% 2.54% 12.58% 1.96 IRF-M 0.63% 3.87% 5.52% 12.86% 3.10% 15.20% 2.24 Ibovespa -0.50% -2.31% 16.66% 16.21% 11.16% 26.86% -IPCA* 0.15% 0.76% 1.92% 2.74% 0.76% 2.95%

-RENDA VARIÁVEL - GLOBAL

Referências fev-18 3M 6M 12M 2018

S&P-500 1.23% 3.12% 10.42% 15.18% 2.22%

Eurostoxx -0.72% -5.17% -2.32% 0.14% -3.13%

MSCI - Global (US$) 0.73% 2.40% 7.64% 15.06% 1.26%

MSCI - Emergentes (US$) 1.76% 9.34% 10.65% 28.90% 5.43%

MSCI - Europa (US$) -0.86% -4.07% -0.88% 0.02% -3.50%

MOEDAS

Referências fev-18 3M 6M 12M 2018 Dólar Vs Real 1.19% -0.99% 5.91% 5.88% -0.80% Euro Vs Real 2.08% 3.78% 9.02% 21.38% 2.10% Euro Vs Dólar 0.91% 4.79% 2.94% 14.64% 3.03% Libra Vs Dólar 1.29% 4.65% 5.88% 13.39% 3.67% Dólar Vs Iene -0.32% -6.35% -2.79% -6.21% -5.79%

COMMODITIES

Referências fev-18 3M 6M 12M 2018

CRB - Commodities Global (US$) -0.36% -3.75% -2.66% -2.93% -2.98%

CRB - Metais (US$) 0.04% -8.94% -6.99% -11.02% -5.62%

* O IPCA utilizado no mês de referência trata-se da projeção do Relatório Focus do Banco Central.

13.27% 2017 19.42% 6.49% 20.11% 34.35% 7.27% 2017 1.76% 2.19% 16.03% 14.15% 9.51% -3.65% 2017

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PROJEÇÕES ECONÔMICAS

Fonte: Banco Santander; Fundo Monetário Internacional (FMI). Os valores em destaque representam projeções

2016

2017

2018

Crescimento mundial

3.2%

3.6%

3.7%

Estados Unidos

1.5%

2.2%

2.3%

Zona do Euro

1.8%

2.1%

1.9%

Alemanha

1.9%

2.1%

1.8%

Reino Unido

1.8%

1.7%

1.5%

Japão

1.0%

1.5%

0.7%

China

6.7%

6.8%

6.5%

Brasil

PIB - Crescimento real

-3.6%

1.0%

3.7%

IPCA (A/A)

6.3%

2.8%

3.7%

IGP-M (A/A)

7.2%

-0.9%

4.5%

Taxa Selic (fechamento)

13.75%

7.00%

7.25%

Conta-corrente (% do PIB)

-1.3%

-0.5%

-0.8%

Taxa de Câmbio (fechamento - R$/US$)

3.26

3.30

3.50

(9)

Este material foi preparado pelo Banco Santander (Brasil) S.A. As informações, opiniões, estimativas e previsões nele contidas foram obtidas de fontes consideradas seguras pelo Banco Santander (Brasil) S.A., mas nenhuma garantia é firmada pelas fontes, pelo Banco Santander (Brasil) S.A. ou empresas a ele ligadas quanto a correção e integridade de tais informações, opiniões e estimativas, ou quanto ao fato de serem completas. Os investimentos nele apresentados podem variar de preço e valor. Os investidores poderão obter resultados inferiores ao seu investimento. A performance do passado não representa garantia de resultados futuros. Este material destina-se à informação de investidores e não constitui oferta de compra ou venda de títulos e/ou valores mobiliários. O Banco Santander (Brasil) S.A. e/ou suas empresas ligadas, poderão, eventualmente, possuir em carteira ou ter rendimentos relacionados a títulos e/ou valores mobiliários direta ou indiretamente referidos neste material. As aplicações em cotas de fundos de investimento somente poderão ser efetuadas com base no regulamento, no prospecto e no material publicitário de cada fundo. Os investimentos em fundos envolvem riscos e não contam com a garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo seguro, ou ainda, do Fundo Garantidor de Crédito - FGC. As informações adicionais sobre os custos do produto estarão à disposição quando solicitadas. Os investimentos apresentados podem não ser adequados aos seus objetivos, situação financeira ou necessidades individuais. O preenchimento do formulário relativo à análise do perfil de investimento API – Análise de Perfil Santander é essencial para garantir a adequação do perfil do cliente ao produto de investimento escolhido. Leia previamente as condições de cada produto antes de investir.

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