ESCOLA SECUNDÁRIA DE SEIA
CONSELHO GERAL
REGULAMENTO PARA O RECRUTAMENTO DO DIRECTOR
O regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos de ensino público, consagrado no Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, estabelece os princípios e define as orientações para o recrutamento do Director, cabendo ao Conselho Geral desenvolver o procedimento concursal e proceder à sua eleição.
Para esse efeito, é definido o presente regulamento.
Artigo 1.º Objecto
O presente regulamento estabelece as condições de acesso e define as normas a observar no procedimento concursal para a eleição do Director da Escola Secundária de Seia.
Artigo 2.º
Procedimento concursal prévio à eleição
1. Para o recrutamento do director realiza-se um procedimento concursal prévio à
eleição, a ser divulgado por um aviso de abertura, nos termos do artigo seguinte.
2. Podem ser opositores ao procedimento concursal, os candidatos que reúnam os
requisitos constantes dos n.os 3 e 4 do artigo 21.º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril e no artigo 2.º da Portaria n.º 604/2008, de 9 de Julho.
Artigo 3.º Aviso de abertura
1. O aviso de abertura do procedimento concursal é publicitado: a) Por aviso publicado na 2ª série do Diário da República;
b) Na página electrónica da Direcção Regional de Educação do Centro;
c) Na página electrónica da Escola Secundária de Seia (www.esseia.pt);
e) No hall junto aos Serviços Administrativos da escola e no placard destinado ao
Conselho Geral que se encontra do bar dos professores.
Artigo 4.º Prazo de candidatura
1. As candidaturas devem ser apresentadas até 10 dias úteis após a publicação do aviso
de abertura em Diário da República, e poderão ser entregues pessoalmente nos Serviços Administrativos da Escola Secundária de Seia, ou enviadas por carta registada com aviso de recepção, ao cuidado do Presidente do Conselho Geral para a Escola Secundária de Seia, Rua Alexandre Herculano, 6270-428 Seia, expedida até ao termo do prazo fixado.
Artigo 5.º Candidatura
1. No acto de entrega da sua candidatura, os candidatos devem entregar, em suporte de
papel:
a) Requerimento de apresentação a concurso, em modelo próprio, disponibilizado na
página electrónica da Escola (www.esseia.pt) ou nos Serviços Administrativos;
b) Curriculum Vitae detalhado, datado e assinado, acompanhado de prova documental
dos seus elementos, com excepção daqueles que se encontrem arquivados no respectivo processo individual e este se encontre na escola onde decorre o procedimento;
c) Projecto de Intervenção relativo à Escola, contendo a identificação de problemas,
definição de objectivos e estratégias e a programação das actividades que o candidato se propõe realizar no mandato.
2. Os candidatos podem ainda indicar quaisquer outros elementos, devidamente
comprovados, que considerem ser relevantes para apreciação do seu mérito.
Artigo 6.º
Relação de candidatos admitidos e excluídos
1. As listas dos candidatos admitidos e excluídos serão afixadas nos locais indicados na
alínea e) do Artigo 3.º, no prazo máximo de 3 dias úteis a partir da data limite de apresentação das candidaturas e divulgadas no mesmo dia na página electrónica da Escola, sendo estas as únicas formas de notificação dos candidatos.
2. Para o efeito, deve reunir a comissão especializada do Conselho Geral, por
convocatória do seu Presidente.
Artigo 7.º
Avaliação das candidaturas
1. As candidaturas são apreciadas por uma comissão especializada do Conselho Geral. 2. Previamente à apreciação das candidaturas, a comissão especializada procede à
verificação dos requisitos de admissão ao concurso podendo, com carácter urgente, solicitar esclarecimentos aos candidatos em caso de dúvida.
Serão excluídos os candidatos que não cumpram os requisitos.
3. Serão afixadas no hall junto aos Serviços Administrativos da Escola, no placard
destinado ao Conselho Geral que se encontra no bar dos professores e na página electrónica da Escola, as listas provisórias dos candidatos admitidos e excluídos do concurso.
4. A comissão especializada do Conselho Geral procede à apreciação das candidaturas,
considerando obrigatoriamente:
a) A análise do Curriculum Vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de
apreciação da sua relevância para o exercício das funções de Director e o seu mérito;
b) A análise do Projecto de Intervenção na Escola de cada candidato, visando
designadamente, apreciar a coerência entre os problemas diagnosticados e as estratégias de intervenção propostas e os recursos a mobilizar para o efeito;
c) A entrevista individual realizada com os candidatos.
5. Após a apreciação dos elementos referidos no número anterior, a comissão
especializada elabora um relatório de avaliação dos candidatos que é presente ao Conselho Geral, fundamentando, relativamente a cada um, as razões que aconselham ou não a sua eleição.
6. Sem prejuízo da expressão de um juízo avaliativo sobre as candidaturas em
apreciação, a comissão especializada não pode, no relatório previsto no número anterior, proceder à seriação dos candidatos.
7. A comissão especializada pode considerar no relatório de avaliação que nenhum dos
Artigo 8.º
Apreciação pelo Conselho Geral
1. O Conselho Geral discute e aprecia o relatório apresentado pela comissão
especializada, podendo, antes de proceder à eleição, efectuar a audição dos candidatos nos termos do artigo 8.º da Portaria n.º 604/2008, de 9 de Julho.
Artigo 9.º Eleição do Director
1. Após a discussão e apreciação do relatório e a eventual audição dos candidatos, o
Conselho Geral procede à eleição do Director, considerando-se eleito o candidato que obtenha a maioria absoluta dos votos dos membros do Conselho Geral em efectividade de funções.
2. Serão elaborados boletins de voto com o nome dos candidatos à eleição, ordenados
por ordem alfabética.
3. Os membros do Conselho Geral serão chamados a exercer o seu direito de voto, em
espaço criado para o efeito na sala onde decorrerá a reunião.
4. No caso de nenhum candidato sair vencedor, nos termos do n.º 1, o Conselho Geral
reúne novamente, no prazo máximo de 5 dias úteis, para proceder a novo escrutínio, ao qual serão apenas admitidos os dois candidatos mais votados na primeira eleição, considerando-se eleito aquele que obtiver maior número de votos, desde que respeitado o quórum legal e regulamentarmente exigido para que o Conselho Geral possa deliberar.
Artigo 10.º
Impedimentos e incompatibilidades
1. Se algum dos candidatos a Director for membro efectivo do Conselho Geral, ficará
impedido de participar nas reuniões convocadas para o processo da eleição do Director da Escola.
Artigo 11.º
Notificação dos resultados
1. Do resultado do processo eleitoral será dado conhecimento ao candidato eleito, por
Artigo 12.º
Homologação dos resultados
1. O resultado da eleição do Director é comunicado, para homologação, ao Director
Regional de Educação do Centro.
2. O Director Regional de Educação do Centro homologa o resultado da eleição nos 10
dias úteis posteriores à comunicação do mesmo pelo Presidente do Conselho Geral, considerando-se após esse prazo tacitamente homologado.
Artigo 13.º Tomada de posse
1. O Director toma posse perante o Conselho Geral nos 30 dias subsequentes à
homologação dos resultados eleitorais pelo Director Regional de Educação do Centro.
2. O Director designa o Subdirector e os seus Adjuntos no prazo máximo de 30 dias
após a sua tomada de posse.
3. O Subdirector e os Adjuntos do Director tomam posse nos 30 dias subsequentes à sua
designação pelo Director.
Artigo 14.º Disposições finais
1. O presente Regulamento entra em vigor após aprovação pelo Conselho Geral. 2. A legislação aplicável no presente regulamento é:
a) Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril b) Portaria nº 604/2008, de 9 de Julho c) Código do Procedimento Administrativo
d) Regulamento Interno da Escola
3. As situações ou casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Geral, no respeito pela
Lei e pelos Regulamentos em vigor.
Discutido e aprovado em Conselho Geral de 20 de Abril de 2009.
O Presidente do Conselho Geral
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