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Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo

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Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Processo: 0699/12.5BEPRT 0132/17

Data do Acordão: 13-02-2019

Tribunal: 2 SECÇÃO

Relator: PEDRO DELGADO

Descritores: RECLAMAÇÃO GRACIOSA PRAZO

Sumário: I - De harmonia com o disposto nos arts. 70° nº1 e 102°

nº1 al. a) do CPPT a reclamação graciosa deve ser apresentada no prazo de 120 dias contados do termo do prazo previsto para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente notificadas ao contribuinte.

Decorre também dos arts. 38° nº 3 e 39° nº 1 CPPT do mesmo diploma legal que as notificações de liquidações de tributo são efectuadas por carta registada, presumindo-se feitas 3° dia posterior ao do registo ou no 1° dia útil, seguinte a esse, quando não seja útil.

II - A circunstância de o sujeito passivo ter tomado conhecimento da liquidação em 10.05.2011 (factos provados), no dia seguinte ao do registo da carta para distribuição em 9.05.2011 (procedimento de reclamação graciosa), não impede que o prazo de 30 dias para pagamento voluntário se inicie apenas após o 3º dia útil posterior ao do registo, quando, como no caso em apreço, tal prazo tenha sido indicado no documento com a

liquidação do tributo.

III - Outro entendimento traduzir-se-ia numa violação do princípio da boa fé, que deve pautar a actuação funcional dos órgãos e agentes administrativos no seu

relacionamento com os particulares (art. 266º nº 2 CRP; art.10° Código de Procedimento Administrativo).

Nº Convencional: JSTA000P24222

Nº do Documento: SA2201902130699/12

Data de Entrada: 08-02-2017

Recorrente: A... LIMITADA

Recorrido 1: AT - AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA

Votação: UNANIMIDADE

Aditamento:

Texto Integral

Texto Integral: Acordam na Secção do Contencioso Tributário do

Supremo Tribunal Administrativo

1 – A…………., Ldª, melhor identificada nos autos, vem

recorrer para este Supremo Tribunal da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto que, julgou

verificada a excepção da caducidade do direito de acção e consequentemente julgou improcedente a impugnação judicial por si interposta.

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Termina as suas alegações de recurso, formulando as seguintes conclusões:

«1) A liquidação foi remetida à impugnante, via postal, em 09.05.2011, cuja entrega se concretizou em 10.05.2011; 2) Dispõe o art. 39°, n.º 1 do CPPT, invocado na sentença recorrida, que "as notificações efectuadas nos termos do nº 3 do artigo anterior - leia-se, carta registada -

presumem-se feitas no 3º dia posterior ao do registo ou no 1° dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil"; 3) A aludida presunção é estabelecida exclusivamente em benefício do notificado e a sua ilisão apenas funciona no sentido de aquele demonstrar que a notificação ocorreu em data posterior ao do 3° dia posterior ao do registo; 4) Daí decorre que mesmo que haja prova no processo de que a carta foi recebida pelo destinatário antes do terceiro dia posterior ao do registo, o notificado beneficia sempre da presunção, sendo irrelevante a prova da recepção em data anterior à presumida;

5) Tendo a notificação da liquidação sido expedida pelo correio em 09-05-2011, a recorrente considera-se

notificada em 12-05-2011, pelo que o prazo para

pagamento voluntário do imposto impugnado terminou no dia 13-06-2011;

6) Para determinação da fixação de prazos para

pagamento de IRC, liquidado pela administração fiscal, temos de nos socorrer do disposto nos art. 110°, n.º 1 do CIRC e 85°, n.º 2 do CPPT;

7) Aquela disposição do CPPT, tem carácter supletivo, pelo que apenas se aplica quando não houver norma especial, o que não é o caso, uma vez que o CIRC não é omisso nessa matéria, tendo uma norma expressa de fixação de prazo de pagamento do imposto, no referido n.º 1 do art. 110° do CIRC, ao estipular que "nos casos de liquidação efectuada pela Direcção-Geral dos Impostos, o sujeito passivo é notificado para pagar o imposto e juros que se mostrem devidos, no prazo de 30 dias a contar da notificação";

8) Daí que na própria notificação em causa, junta aos autos, conste: "... notificado para, no prazo de 30 dias a contar do 3° dia útil posterior ao do registo;

9) A inserção de data limite de pagamento na nota de cobrança tem, pois, carácter meramente indicativo, não podendo ter a virtualidade de encurtar o referido prazo de 30 dias nela própria referido, como transposição do

disposto no n.º 1 do art. 110º do CIRC;

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expedida no dia 09-05-2011, o prazo para pagamento voluntário do imposto impugnado terminou no dia 13-06-2011;

11) A reclamação graciosa pode ser deduzida no prazo de 120 dias contados a partir dos factos ali elencados e, designadamente, nos termos da sua alínea a), "do termo do prazo para pagamento voluntário das prestações legalmente notificadas ao contribuinte";

12) A recorrente remeteu, por via postal, em 10-10-2011, reclamação graciosa visando a anulação da liquidação do imposto em causa, pelo que foi apresentada

tempestivamente;

13) Não se verificando a excepção de caducidade, devem os autos baixar à 1ª instância a fim de ser proferida

decisão que aprecie a questão de fundo submetida a juízo; 14) Foi efectuada uma incorrecta aplicação do disposto no art. 39°; 70°, n.º1, 102°, n.º 2 do CPPT e 110°, n.º 1 do CIRC.»

2 – Não foram apresentadas contra alegações.

3 – O Exmº Procurador-Geral Adjunto neste Supremo

Tribunal Administrativo emitiu fundamentado parecer no sentido do provimento do recurso sustentando, em

síntese, que «(….) No caso concreto a circunstância de o sujeito passivo ter tomado conhecimento da liquidação em 10.05.2011 (factos provados nº 3), no dia seguinte ao do registo da carta para distribuição em 9.05.2011

(procedimento de reclamação graciosa fls.80), não impede que o prazo de 30 dias para pagamento voluntário se inicie apenas após o 3º dia útil posterior ao do registo. Conforme expressamente consignado na demonstração de acerto de contas com a quantificação da prestação tributária

(doc.fls.19). (…)

Neste contexto a reclamação graciosa apresentada por via postal em 10.10.2011 (factos provados nº 4) é tempestiva, em consequência da conjugação das seguintes premissas: - registo postal em 9.05.2011;

- 3° dia útil posterior ao do registo em 12.05.2011; - início do prazo para pagamento voluntário em 13.05.2011;

- termo do prazo para pagamento voluntário em 13.06.2011».

4 - Colhidos os vistos legais, cabe decidir.

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dados como provados e com interesse para a decisão os seguintes factos:

1. No culminar de uma acção inspectiva, o Serviço de Finanças do Porto – 3 emitiu a liquidação adicional de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas colectivas com o n.º 20118310002589, referente ao exercício de 2007, relativa ao Sujeito Passivo com o NIPC ………., a

Impugnante, A………, Lda. – cf. nota de cobrança de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, constante de fls. 23 dos autos;

2. Esta liquidação de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas colectivas, ditou o imposto a pagar de €201 981,40 e a data limite de pagamento voluntário ali fixado em 08.06.2011 – cf. Nota de cobrança de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, constante de fls.23 dos autos;

3. A liquidação foi remetida à Impugnante, via postal, cuja entrega se concretizou em 10.05.2011 – cf. print dos CTT constante de fls. 80 do apenso referente a Reclamação Graciosa;

4. Em 10.10.2011 foi remetida via postal, ao Serviço de Finanças do Porto – 3, Reclamação Graciosa instaurada pela Impugnante, visando a liquidação de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas identificada em 1. – cf. Fls. 2 e seguintes do apenso referente e Reclamação Graciosa;

5. Em 20.01.2012 foi lavrado despacho de projecto de indeferimento do pedido, por efeito da intempestividade da apresentação da Reclamação Graciosa, sendo que o Impugnante foi notificado para, querendo, exercer o seu direito de audição prévia, nos termos do disposto no art. 60º da Lei Geral Tributária – cf. projecto de decisão constante de fls. 83 do apenso referente à Reclamação Graciosa;

6. Notificado o Autor, este exerceu o seu direito de audição – cf. requerimento de fls. 86 e seguintes do apenso

referente à Reclamação Graciosa;

7. Em 23.02.2012 a Reclamação Graciosa instaurada foi objecto de despacho de indeferimento por força da sua extemporaneidade – cf. Despacho de indeferimento constante de fls. 89 do apenso referente à Reclamação Graciosa;

8. Este despacho de indeferimento fundamenta-se no parecer emitido, segundo o qual: “(…) contrariamente ao alegado pelo reclamante, a lei tributária não é omissa quanto à contagem dos prazos para interposição do

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procedimento gracioso.

Estabelece o art. 70º, n.º 1 do Código de Procedimento e Processo Tributário que:

“a Reclamação Graciosa pode ser deduzida com os mesmos fundamentos previstos para a impugnação

judicial e será apresentada no prazo de 120 dias contados a partir dos factos previstos no n.º1 do art. 102º”.

Por sua vez, o n.º1 do art. 2012, refere que:

“a) o termo do prazo para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente notificadas ao contribuinte”

(…)

Os 120 dias serão contados a partir do termo do prazo para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente notificadas ao contribuinte.

O prazo para interposição do procedimento gracioso, conta-se a partir de 8 de Junho de 2011.

Quanto ao referido pelo Reclamante, no exercício do seu contraditório, em relação ao registo da notificação de cobrança, diremos que, efectivamente, o registo RY52473205P, conforme refere o reclamante, foi

expedido, pela referida entidade em 9 do mesmo mês e recebido no dia 10, pela mesma.

Sendo quem a Administração Fiscal foi diligente no envio da nota de cobrança, ao invés do que afirma o reclamante, uma vez que do registo privativo dos CTT, consta a data de 6 de Maio.

No entanto, mesmo que se aplicasse o vertido no art. 85º do Código de Procedimento e Processo Tributário, o terceiro dia referido pelo reclamante, no contraditório

exercido, nunca será o terceiro dia útil posterior ao registo, mas sim o terceiro dia útil posterior ao do registo, ou no primeiro dia útil seguinte a esse, quando esse não seja útil, conforme o n.º1 do art. 39º do Código de Procedimento e Processo Tributário.

Logo, contar-se-ia o respectivo prazo, a partir da data do registo dos CTT, ou seja a partir de 6 de Maio.

Assim: 6 de Maio + 3 dias (art. 39º n.º1 do CPPT) = 9 de Maio + 30 dias = 8 de Junho.

Da apreciação do contraditório, conclui-se não ter o reclamante carreado para os autos elementos de prova que permitissem sustentar as suas alegações,

contrariando a posição da Administração Fiscal.” – cf. Parecer emitido pela Direcção de Finanças do Porto, Divisão de Justiça Administrativa e Contenciosa constante de fls. 89 e seguintes do apenso referente à Reclamação Graciosa para o qual se remete e cujo teor se dá por

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integralmente reproduzido para todos os efeitos legais;” 9. Esta decisão foi notificada à Impugnante em 29.02.2012 – cf. Fls. 90 e seguintes do apenso referente a

Reclamação Graciosa;

10. Em 14.03.2012 foi remetida a este Tribunal

Administrativo e Fiscal a presente Impugnação Judicial – cf. Fls. 3 e seguintes dos autos.

6. Do objecto do recurso.

6.1 A questão a decidir reconduz-se a saber se incorreu

em erro de julgamento, nomeadamente por violação do disposto nos artigos 39°, 70°, n.º1, 102°, n.º 2 do CPPT e 110°, n.º 1 do CIRC, a sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto que, nos presentes autos de impugnação judicial julgou verificada a excepção peremptória de

caducidade do direito de acção.

Perante a suscitada excepção, a sentença recorrida concluiu pela intempestividade da reclamação graciosa e concluiu ainda que tal intempestividade conduz à

necessária improcedência da impugnação (deduzida na sequência de indeferimento expresso da reclamação graciosa por intempestividade).

Considerou-se na decisão sindicada que os registos referentes à efectiva notificação ao contribuinte da liquidação indicam que a entrega foi conseguida em 10.05.2011; assim entendeu-se que, ainda que se

presuma a notificação 3 dias após o registo, resultando da informação fornecida pelos CTT que a entrega foi

conseguida em 10.05.2011, tal facto afasta a presunção contida na norma do artº 39º, nº1 do CPPT.

Por isso, tomando em conta esta data, concluiu a decisão recorrida que o termo do prazo de pagamento voluntário do imposto em causa ocorreu em 09.06.2011

E contando o prazo de 120 dias a que alude o artº 70º, nº 1 do CPPT a partir de 09.06.2011, concluiu o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto que esse prazo de instauração de Reclamação Graciosa terminaria em 07.10.2011, numa sexta-feira, pelo que, em 10.10.2011, data em que foi remetido o requerimento de reclamação graciosa, esse prazo já se havia esgotado.

Contra o assim decidido insurge-se a recorrente

defendendo, em síntese, que a presunção do artº 39º, nº 1 do CPPT é estabelecida exclusivamente em benefício do notificado e a sua ilisão apenas funciona no sentido de

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aquele demonstrar que a notificação ocorreu em data posterior ao do 3° dia posterior ao do registo;

Por isso entende que mesmo que haja prova no processo de que a carta foi recebida pelo destinatário antes do terceiro dia posterior ao do registo, o notificado beneficia sempre da presunção, sendo irrelevante a prova da recepção em data anterior à presumida.

Mais argumenta que na própria notificação em causa, junta aos autos, consta: “... notificado para, no prazo de 30 dias a contar do 3° dia útil posterior ao do registo”.

E conclui que tendo a notificação da liquidação sido expedida pelo correio em 09-05-2011, a recorrente

considera-se notificada em 12-05-2011, pelo que o prazo para pagamento voluntário do imposto impugnado

terminou no dia 13-06-2011, razão pela qual reclamação graciosa, visando a anulação da liquidação do imposto em causa, e remetida em 10-10-2011, foi apresentada

tempestivamente.

6.2 Da intempestividade da reclamação graciosa

De harmonia com o disposto nos arts. 70° nº1 e 102° nº1 al. a) do CPPT a reclamação graciosa deve ser

apresentada no prazo de 120 dias contados do termo do prazo previsto para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente notificadas ao contribuinte.

Decorre também dos arts. 38° nº 3 e 39° nº 1 CPPT do mesmo diploma legal que as notificações de liquidações de tributo são efectuadas por carta registada, presumindo - se feitas 3° dia posterior ao do registo ou no 1° dia útil, seguinte a esse, quando não seja útil.

A notificação por carta registada presume-se assim

consumada no terceiro dia útil posterior ao envio da carta, presunção que só poderá ser ilidida pelo notificado

provando que a notificação não foi efectuada ou que

ocorreu em data posterior à presumida, por razões que lhe não sejam imputáveis.

Ou seja, como se sublinhou no Acórdão deste Supremo Tribunal Administrativo de 11.01.2017, recurso 1074/17, a lei permite que a presunção legal seja ilidida, mas exige que o notificando demonstre que a notificação não foi efectuada ou que ocorreu em data posterior à presumida, e que demonstre que tal ocorreu por razões que não lhe são imputáveis.

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Por sua vez, de acordo com o disposto no artº 85° nº 1 do CPPT, os prazos de pagamento voluntário dos tributos são regulados nas leis tributárias.

E no que respeita à liquidação de IRC efectuada pela

Autoridade Tributária e Aduaneira dispõe o art.110° nºs 1 e 2 do CIRC que o prazo para pagamento do imposto é de 30 dias a contar da notificação, efectuada nos termos do CPPT

No caso vertente a sentença recorrida considerou que, ainda que se presuma a notificação 3 dias após o registo, resultando da informação fornecida pelos CTT que a entrega foi conseguida em 10.05.2011, tal facto afasta a presunção contida na norma do artº 39º, nº1 do CPPT. No seu parecer o Exmº Procurador-Geral Adjunto sustenta que a circunstância de o sujeito passivo ter tomado

conhecimento da liquidação em 10.05.2011 (factos

provados nº 3), no dia seguinte ao do registo da carta para distribuição em 9.05.2011 (procedimento de reclamação graciosa fls.80), não impede que o prazo de 30 dias para pagamento voluntário se inicie apenas após o 3º dia útil posterior ao do registo.

Isto porque o recorrente invoca que da notificação em causa consta que foi notificado para, no prazo de 30 dias a contar do 3° dia útil posterior ao do registo proceder ao pagamento.

Também assim entendemos.

Conforme expressamente consignado na demonstração de acerto de contas com a quantificação da prestação tributária e respectivo “Aviso/Notificação de Cobrança” (cf. doc.fls.19) o recorrente foi notificado para «no prazo de 30 dias a contar do 3º dia útil posterior ao do registo, efectuar o pagamento do saldo apurado, de acordo com a

demonstração de compensação junta» e mais, com a cominação de que «não sendo efectuado o pagamento no prazo referido, haverá lugar a procedimento executivo». Por isso estamos com o Ministério Público neste Supremo Tribunal Administrativo quando sustenta que «outro

entendimento traduzir-se-ia numa violação do princípio da boa fé, que deve pautar a actuação funcional dos órgãos e agentes administrativos no seu relacionamento com os particulares (art. 266º nº 2 CRP; art.10° CPA vigente); o prazo concedido ao sujeito passivo para pagamento voluntário seria reduzido em consequência da

circunstância aleatória de o seu conhecimento da

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presumida pelo legislador quando se utiliza o serviço

postal (3° dia útil posterior ao do registo) com frustração da confiança suscitada pela indicação de prazo diverso e mais dilatado no documento com a liquidação do tributo.» Neste contexto, considerando que o registo postal foi efectuado em 9.05.2011, que o 3° dia útil posterior ao do registo ocorreu em 12.05.2011, que o início do prazo para pagamento voluntário ocorreu em 13.05.2011 e o termo do prazo para pagamento voluntário em 13.06.2011, forçoso é concluir que o prazo de 120 dias a que alude o artº 70º, nº 1 do CPPT terminaria em 11.10.2011, pelo que a

reclamação graciosa apresentada por via postal em 10.10.2011 (factos provados nº 4) é tempestiva.

A sentença recorrida padece assim do erro de julgamento que lhe é imputado, pelo que se impõe a sua revogação.

7. Decisão:

Termos em que acordam os Juízes da Secção de

Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo em conceder provimento ao recurso, revogar a decisão recorrida e determinar a baixa dos autos ao Tribunal recorrido para que tome conhecimento dos demais fundamentos da impugnação, se a tal nada mais obstar. Sem custas neste Supremo Tribunal Administrativo uma vez que a Fazenda Pública não contra-alegou.

Lisboa, 13 de Fevereiro de 2019. – Pedro Delgado (relator) – Dulce Neto – Ascensão Lopes.

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