PLANO DE ENSINO
DEPARTAMENTO: DPED ANO/SEMESTRE: 2014.1
CURSO: Pedagogia FASE: 1ª
DISCIPLINA: Educação e Infância TURNO: Noturno
CARGA HORÁRIA: 72 CRÉDITOS: 04
PROFESSOR(A): ADILSON DE ANGELO (deangelo.faed@gmail.com)
1 EMENTA
Reflexões teóricas sobre o processo de produção das infâncias. Caracterização de diferentes infâncias. História e políticas de educação à infância no Brasil. Pedagogia da infância.
2 HORÁRIO DAS AULAS
DIA DA SEMANA HORÁRIO CRÉDITOS
Quarta-feira
18h10 – 19h50
20h – 21h40 04
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Contextualizar histórica, social, política e pedagogicamente a infância como construção social, discutindo a singularidade e especificidade dos modos diferentes de viver as infâncias nos espaços urbanos, do campo, domésticos, escolares e não escolares, sob o aporte conceitual da sociologia da infância;
Conhecer, compreender e analisar criticamente a legislação e as políticas educacionais para a infância brasileira, reconhecendo a necessidade, valor e importância da consolidação de uma Pedagogia da Infância. 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar infância, criança e educação sob a contribuição dos estudos históricos e sociológicos;
Conhecer o percurso histórico das políticas educacionais para a infância no Brasil, analisando suas implicações pedagógicas;
Identificar e problematizar o contexto histórico, político, econômico, social e pedagógico do processo de produção das infâncias brasileiras;
Interpretar modos diversos de viver as infâncias, utilizando como unidades de análise categorias analíticas do campo da Sociologia da Infância;
Discutir e avaliar a organização do cotidiano das Instituições educativo-pedagógicas (Creches, pré-escolas e escolas de Ensino Fundamental), problematizando-os sob os indicadores conceituais e metodológicos da Pedagogia da Infância.
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Significados da Infância
i. Construção social da infância;
ii. Modos de ser criança: as infâncias vividas;
iii. O prologamento da infância e a produção da categoria aluno: institucionalização e rotinização das crianças na Modernidade;
iv. Ambiguidades e contradições: entre a infância vivida e a infância pedagogizada; v. Marcadores sociais que diferenciam as infâncias e os modos de ser criança. 2. Tecituras Políticas e educacionais para a infância no Brasil
i. Origens e história das instituições de assistência e de educação voltadas para a infância no contexto nacional.
ii. A legislação na produção da criança institucionalizada;
iii. A constituição de 1988, o ECA e a LDB 9394/96: a infância como tempo de direitos e a educação como
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED
espaço de direitos.
3. “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” - Diferentes infâncias: que educação? i. A infância sob a ótica da sociologia clássica da educação e da sociologia da infância; ii. As relações infância, sociedade, pedagogia e espaços escolares e não escolares
iii. Políticas públicas contemporâneas: das finalidades à organização da Educação Infantil e da escola do Ensino Fundamental.
4. Por uma Pedagogia da Infância
i. A Pedagogia da Infância e seus desdobramentos;
ii. As instituições educativas para a criança: especificidades sociais e pedagógicas; iii. A infância como tempo de produção de culturas infantis;
iv. Crianças, instituições, profissionais, famílias: reconceituando as relações sociais e as imagens de infância e de criança.
v. Modos de ser professor(a) na contemporaneidade: os desafios de fazer uma pedagogia que se volte para crianças concretas.
5. METODOLOGIA
A disciplina será desenvolvida mediante: Aulas expositivas-dialogadas;
Estudos da produção teórica e da legislação da área;
“Infâncias e crianças: Conversa com pesquisadores e pesquisadoras” - socialização de estudos, pesquisas e práticas pedagógicas em Educação Infantil e Anos Iniciais;
Debates correlatos às leituras indicadas e temas concernentes a questões teórico-metodológicas do campo da Educação Infantil e Anos Iniciais;
Análise documental de propostas curriculares voltadas para a pequena infância e sua educação; Discussão e análise de produções culturais para, com e das crianças;
Produções textuais; Sessões fílmicas;
Oficinas centradas em temáticas e práticas educativas na infância;
Viagem de estudo/aula passeio, possivelmente articuladas a outras disciplinas da fase; Produção da Documentação Pedagógica da disciplina;
Produção de Memorial.
6. CRONOGRAMA DAS AULAS
Mês quarta-feira Créditos Fevereiro 26 04 Março 05 12 19 26 20 Abril 09 16 23 30 20 Maio 14 21 28 15 Junho 04 18 25 13 Total 72
0bs 1: Acordado com a turma uma configuração do calendário, envolvendo a utilização do último tempo da aula (Psicologia e Educação). As datas de 02/04, 07/05 e 11/06 serão utilizadas para as aulas da disciplina de Psicologia e Educação. No dia 25/06, haverá 03 aulas para se completar a corga horária de 72 h/a.
0bs 2: Último dia para inclusão de frequências, avaliações e médias semestrais no Sistema Siga: 28/06. Término do semestre Letivo: 28/06. Período de exames finais: 30 a 05/07
Modalidade Avaliativa Critérios de avaliação Peso Memorial da infância e
escolarização vivida (Entrega em 21 de maio)
- normas do padrão lingúistico e do trabalho acadêmico; - clareza de ideias;
- capacidade síntese;
- dimensão estética (sem estereótipos)
20%
Resenha de artigo científico (Entrega em 09 de abril)
- normas do padrão lingúistico e do trabalho acadêmico; - clareza de ideias;
- capacidade síntese; - coerência dos argumentos; - clareza conceitual.
10%
Avaliação Escrita (Realização em 04 de junho)
-normas do padrão lingúistico e do trabalho acadêmico; - clareza de ideias;
- capacidade síntese; - coerência dos argumentos; - clareza conceitual.
30%
Registro síntese (individual) dos debates realizados e das sessões fílmicas
(Entrega em 18 de junho)
-normas do padrão lingúistico e do trabalho acadêmico; - clareza de ideias;
- capacidade síntese; - coerência dos argumentos; - clareza conceitual. 30% Auto-avaliação: Envolvimento durante o desenvolvimento da disciplina (25 de junho)
- colaboração com questões nos debates;
- auxílio aos colegas durante a execução das atividades em sala; - contribuição com materiais que enriqueçam as aulas.
10%
8.BIBLIOGRAFIA 1. BÁSICA
MOTTA, Xênia Fróes da & SILVA, Renato da. Um olhar possível sobre a infância. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades, Número XXXV, p. 36-50, 2011
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos . Rio de Janeiro: Paz e Terra (6ª edição), pp. 09-12, 1982. KUHLLMAN JR., Moysés & FERNANDES, Rogério. Sobre a história da infância. In Faria Filho (Org). A infância e sua educação – materiais, práticas e representações. Belo Horizonte: Autêntica 2004, p. 15-33.
MARCÍLIO, Maria Luiza. A lenta construção dos direitos da criança brasileira. século XX, Revista USP 37 , São Paulo: 46-57, março/maio, 1988
FRABBONI, Franco. A escola infantil entre a cultura da infância e a Ciência pedagógica e Didática. In Miguel A. Zabalza (Org). Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: ArtMed, 2007, p. 63-92.
ROCHA, Eloisa. Infância e pedagogia: dimensões de uma intrincada relação. Revista PERSPECTIVA. Florianópolis, v. 15, n. 28, p. 21-33, jul.ldez. 1997
________.________
ARIÉS, Philippe. História Social da criança e da família. Rio de Janeiro : Zahar, 1981.
ARROYO, Miguel Gonzales. O significado da infância. IN: Anais do I Simpósio Nacional de Educação Infantil. Brasília : MEC, p. 88-92, 1994.
BARBOSA, M. C. S., HORN, M. da G. S. Organização do espaço e do tempo na escola infantil. In: CRAIDY, C. E KAERCHER,G. E. Educação Infantil Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BARRETO, Ângela M. R. Ferreira. A Educação Infantil no contexto das políticas públicas. Revista Brasileira de Educação. Campinas/SP: Autores Associados, n. 24, set./dez. 2003.
BECCHI, Egle. Por uma pedagogia do bom gosto. In: BECCHI, Egle e BONDIOLLI, Anna (orgs.) Avaliando a pré-escola: uma trajetória de formação de professoras. Editora Autores Associados, Campinas, 2004, p. 123-140.
BHERING, Eliana, BARBOSA, Muniz Tatiana, DIAS, Julice. A rotina diária em um centro de educação infantil publico: a dinâmica do tempo das atividades das crianças e adultos em grupos de idades mistas. In: Educação em Revista, n. 36 (dez. 2002). Belo Horizonte: Faculdade de Educação da UFMG. p. 75 – 105.
KUHLMANN JR, Moysés. (orgs.) Os intelectuais na história da infância. São Paulo: Cortez Editora, 11-60, 2002.
CARVALHO, M. I. C. & RUBIANO, M. R. B. Organização do espaço em instituições pré-escolares. In: In: OLIVEIRA, Zilma (org.). Educação infantil: muitos olhares. São Paulo: Cortez, 1994, pp. 107-125.
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CRAIDY, Carmem Maria; KAERCHER Gládis. E. Educação infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
DAHLBERG, Gunilla.; MOSS, Peter, PENCE, Alan. Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.
DAHLBERG, Gunilla; MOSS, Peter; PENCE, Alan. Construindo a primeira infância: o que achamos que isso seja? In; _____. Qualidade na Educação da Primeira Infância: perspectivas pós-modernas. Trad. Magda F. Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2003, p. 63-85.
FARIA, Ana Lucia. G. & PALHARES, Marina. (1999). Educação Infantil Pós – LDB: Rumos e Desafios. Editores Autores Associados.
FORMOSINHO-OLIVEIRA, Julia, LINO, Dalila, NIZA, Sergio (orgs.). Modelos Curriculares para a Educação de Infância: construindo uma práxis de participação. Coleção Infância. Porto Editora, 2007.
GARCIA, Regina Leite. Todas são crianças... mas são tão diferentes. In: _____ (Org.). Crianças essas conhecidas tão desconhecidas. São Paulo: DP&A, 2002, p. 9-30.
GOBBI, Márcia Aparecida. O fascínio indiscreto: crianças pequenininhas e a criação de desenhos. In: GOULART de FARIA, Ana Lucia e MELLO, Suely Amaral (orgs.) Territórios da infancia: linguagens, tempos e relações para uma pedagogia para as crianças pequenas. Araraquara (SP), Junqueira e Marin, 2007. P. 119-136
GODOI, Elizandra Girardelli. Um encontro com a realidade: avaliação na educação infantil. Cadernos EducaçãoInfantil 14. Porto Alegre: Editora Mediação, 2004.
KUHLMANN JR, Moysés. Histórias da educação infantil e brasileira. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, Editora Autores Associados, n. 14, maio-agosto, 2000.
KUHLMANN JR, Moysés. O Jardim-de-Infância e a educação das crianças pobres: final do século XIX, início do século XX. IN: MONARCHA, Carlos (Org.). Educação da infância brasileira (1875-1983). Campinas/SP: Autores Associados, 2001 KUHLMANN JUNIOR, Moysés. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.
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MARCILIO, Maria Luiza. A lenta construção dos direitos da criança brasileira. Século XX. Revista da USP – São Paulo, v. 37, nº mar-mai, p. 46-57, 1998.
MARCÍLIO, Maria Luiza. A roda dos expostos e a criança abandonada na história do Brasil. IN: FREITAS, Marcos César (Org.). História Social da Infância no Brasil. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
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ROCHA, Eloísa Acires Candal. Infância e Pedagogia: dimensões de uma intrincada relação. Revista Perspectiva, Florianópolis, p.21-33, 1998.
SARMENTO, Manoel Jacinto et al. Trabalho e lazer no cotidiano das crianças exploradas. In: GARCIA, Regina Leite (Org.). Crianças, essas conhecidas tão desconhecidas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
SARTI, Cynthia Andersen, MARANHAO, Damaris Gomes. A creche e o pai: instituição publica ou projeção de uma família idealizada. In: MULLER, Fernanda (org.). Infancia em perspectiva: políticas, pesquisas e instituições. São Paulo: Cortez Editora, 2010. p. 223-239
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VIEIRA, L. M.F. Mal necessário: creches no Departamento Nacional da Criança (1940 - 1970). Cadernos de Pesquisa, n. 67, 1988, p.3-16.
www.mec.gov.br (site do Ministério da Educação, no qual são encontrados todos os documentos oficiais da Política Nacional de Educação).
ZABALZA, Miguel, Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998. 2. COMPLEMENTAR
BONDIOLLI, Anna (org.) O projeto pedagógico da creche e sua avaliação: a qualidade negociada. Autores Associados: Campinas, 2004.
DeVRIES, Rheta, ZAN, Betty, HILDEBRANDT, Carolyn, EDMIASTON, Rebecca, SALES, Christina (orgs.). O curriculo construtivista na educação infantil e: práticas e atividades. Porto Alegre: Artmed, 2004.
FANTIN, Monica. Crianças, cinema e educação: alem do arco-íris. São Paulo: Annablume, 2011.
FARIA, Ana L. G. 1999. O espaço físico como um dos elementos fundamentais para uma pedagogia da educação infantil. In: FARIA, Ana Lúcia G. de e PALHARES, Marina S. (org.) Educação infantil pós-LDB: rumos e desafios. Campinas, SP: Autores Associados - FE/UNICAMP; São Carlos, SP: Editora da UFSCar; Florianópolis, SC: Editora da UFSC, p. 67-98.
FARIA, Ana Lúcia G; PALHARES, Marina S. (org.) Educação infantil pós-LDB: rumos e desafios. Campinas, SP: Autores Associados - FE/UNICAMP; São Carlos, SP: Editora da UFSCar; Florianópolis, SC: Editora da UFSC.
FORTUNATI, Aldo. A educação infantil como projeto da comunidade: crianças, educadores e pais nos novos serviços para a infância e a família – a experiência de San Miniato. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GANDINI, Lella; GOLDHABER,, Jeanne. Duas reflexões sobre a documentação. In: GANDINI, L. & EDWARDS, C. Bambini: a abordagem italiana à educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002, p.150-169.
HOHMANN, Mary, BANET, Bernard, WEIKART, David. A criança em acção. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 1975. HOHMANN, Mary, WEIKART, David. Educar a criança. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 2007.
MACHADO, Maria Lucia de A. (Org.) Encontros e desencontros em Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2002.
MINISTÉRIO da Educação/Secretaria de Educação Básica. Indicadores de qualidade na Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009.
OLIVEIRA, Zilma Ramos. Educação infantil: fundamentos e métodos.São Paulo: Cortez, 2002.
PEREIRA, Rita Marisa Ribes. Tudo ao mesmo tempo agora: considerações sobre a infancia no presente. In: GONDRA, Jose Gonçalves (org.). Historia, infancia e escolarização. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2002. p. 149-167.
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WEFFORT, Madalena Freire et alii. Observação, registro, reflexão: instrumentos metodológicos I. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1995.
