Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com
Graduado em Direito pelo Centro Universitário
Eurípides de Marília - UNIVEM.
Título da Monografia: Epistemologia do Processo de
Conhecimento (2010).
Especialista em Direitos Humanos pela Faculdade de
Direito da Universidade de Coimbra/PT.
Título: Os Precedentes da Corte Europeia de Direitos
Humanos como instrumento de refinamento das normas de Direitos Humanos: decisão judicial e norma de direito fundamental adscrita/derivada (2014).
Mestrado em Teoria do Estado e do Direito pelo Centro
Universitário Eurípides de Marília – UNIVEM
Título: Decisão Judicial e Racionalidade Jurídica: Razão
Prática e a Legitimidade Discursiva das Decisões Judiciais no âmbito dos Direitos Fundamentais (2014).
Professor de Introdução ao Estudo do Direito – IED e
Pesquisa é coisa de laboratório? Isso pode se
desenvolver no curso de Direito?
Da importância da Pesquisa no Curso de Direito para o
desenvolvimento acadêmico e intelectual do aluno e do progresso da Ciência Jurídica.
Dos órgãos de fomento à pesquisa no Brasil e no
Estado de São Paulo: CNPq, CAPES, FAPESP entre outras. (25/02 – Publ. Edital PIBIC 2015/2016)
Das bolsas de Pesquisa e do Programa de Iniciação
1.Conceitos fundamentais da Teoria Geral do Direito. 1.1 Noção de direito;
1.2 Direito positivo;
1.3 Direito objetivo e direito subjetivo;
1.3.1 A relação jurídica;
1.3.1.2 Os sujeitos da relação jurídica; 1.3.1.3 O objeto da relação jurídica;
1.3.1.4 O nascimento da relação jurídica; 1.4 Direito público, privado e difuso;
1.4.1 Ramos do direito público; 1.4.2 Ramos do direito privado;
2. Direito como objeto de conhecimento. 2.1 A ciência do direito;
2.2 As escolas científicas;
2.3 O objeto da ciência do direito;
3. Dogmática jurídica. Disciplinas zetéticas que
estudam o Direito.
3.1 Os ramos científicos do Direito enquanto
disciplinas dogmáticas;
3.2 A Filosofia do Direito; 3.3 Sociologia do Direito; 3.4 História do Direito;
4. O método jurídico. 4.1 Conceito; 4.2 O sistema jurídico; 4.3 As regras de interpretação 5. Teoria da norma. 5.1 Conceito; 5.2 Estrutura; 5.3 Destinatários; 5.4 Funções; 5.5 Finalidade;
6. Teoria do ordenamento jurídico.
6.1 Conceito de ordenamento jurídico; 6.2 Elementos do ordenamento jurídico;
6.3 A validade, a eficácia e a vigência das normas
jurídicas;
6.4 As lacunas;
6.4.1 Conceito de lacunas; 6.4.2 Formas de integração; 6.5 As antinomias;
6.5.1 Conceitos e tipos de antinomias;
6.5.2 Critérios de solução de antinomias;
7. Fontes do direito.
7.1 O conceito de fonte de direito; 7.2 Fontes estatais e não estatais; 7.3 Fontes estatais;
7.4. Fontes não estatais; 7.5 A lei;
7.6 O costume; 7.7 A doutrina;
FERRAZ JR., Tércio Sampaio. Introdução ao estudo
do direito: técnica, decisão e dominação. 6. ed. São Paulo. Atlas, 2008.
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 023.
ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
NUNES, Rizzato. Manual de introdução ao estudo
do direito: com exercícios para sala de aula e lições de casa. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
BETIOLI, Antonio Bento. Introdução ao direito, lições de
propedêutica jurídica tridimensional. 10. ed. São Paulo: Saraiva,
2008.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
BOBBIO, Norberto. O Positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone. 2006.
COELHO, Fábio Ulhoa. Para entender Kelsen. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
DWORKIN, Ronald. O império do direito. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
O critério de avaliação baseia-se na aplicação de 01
prova bimestral, bem como na aplicação de trabalhos em sala de aula e fora dela, que desenvolvam o raciocínio crítico do aluno. O peso das notas das provas, bem como dos trabalhos irão depender das atividades desenvolvidas, sendo que, os trabalhos e atividades nunca poderão exceder a 20% da nota total, ou seja, não poderá exceder 2,0 (dois) pontos.
Provas Bimestrais – 06 a 17/04 (0,0 a 8,0 pontos).
Prova mista (testes e discursiva) ou somente discursiva.
- Matéria de todo o Bimestre.
Trabalhos – data da entrega: 17 e 20/03 –
respectivamente (0,0 a 2,0 pontos).
Trabalhos digitados seguindo o Manual de Elaboração de Trabalhos Acadêmicos do Unisalesiano e ABNT.
Existem, portanto, várias normas (morais,
sociais, religiosas, culturais e jurídicas) que
regulamentam nossos comportamentos.
Entre elas as normas jurídicas que nos
iremos estudar.
A Disciplina “Introdução ao Estudo do
Direito” tem como objetivo exatamente
estudar os elementos centrais que compõe a
Ciência Jurídica, que compõe aquilo que nos
compreendemos como Direito e Sistema
Jurídico.
1.1: Noção de Direito: “A palavra direito, em
português (e as correspondeste nas línguas
românicas) guardou, porém, tanto o sentido do jus
como aquilo que é consagrado pela Justiça (em
termos de virtude moral), quanto o de derectum
como um exame da retidão da balança, por meio
do ato da Justiça (em termos do aparelho judicial)
[...]” (FERRAZ Jr., Tércio Sampaio. Introdução ao
Estudo do Direito, p. 11).
Direito: intenção firme e constante de dar a
cada um o que é seu, não lesar os outros,
realizar a justiça.
Direito: conjunto das regras dotadas de
Pluralidade de Sentidos:
Ex.1: Direito como ordenamento jurídico: o direito
civil, o direito brasileiro.
Ex.2: Direito que pertence a alguém.
Ex.3: Conceito moral – “eu tinha direito à defesa, mas a
1.2 Direito Positivo:
Direito Positivo: Direito Posto, que vigora em um
determinado espaço territorial, possuindo como fonte um poder centralizado (ao menos organizado) e que vincula o comportamento dos seus destinatários.
Quando falamos em Direito Positivo não estamos,
inicialmente, preocupados com seu conteúdo, mas sim a legitimidade da sua fonte:
Ex.: Pai que manda seu filho estudar. Podemos ter duas
justificativas para tal: (1) Porque a Constituição Federal, Código Civil, Estatuto da Criança e do Adolescente atribuem poderes aos pais para promoverem a saúde e educação de seus filhos; (2) Porque o pai sempre vai querer o melhor para o seu filho e estudar é muito importante para a sua formação.
Assim, existe o Direito Positivo, que foi posto em
determinado país (geralmente de forma escrita),
para
regulamentar
o
comportamento
de
determinadas pessoas.
Positivo é o Direito institucionalizado (Instituição
Estatal) pelo Estado. Normalmente é constituído
como Direito Escrito, posto pela Estado,
entretanto não é necessariamente escrito. Ex.: os
costumes podem constituir o Direito válido de
uma determinada sociedade (Direito Posto) e não
estar codificado (escrito em determinado código).
Direito Natural: revela ao legislador os princípios
fundamentais de proteção do homem, que forçosamente deverão ser consagrados pela legislação, a fim de que se obtenha um ordenamento jurídico substancialmente justo (não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado).
Ex.: Direito à alimentação (condição fisiológica,
necessitamos comer); Direito à liberdade (como seres vivos precisamos nos locomover); Direito à vida.
Direito Suprapositivo: o Direito não se resume à Lei,
aquilo que compõe os códigos (civil, penal, processo civil, penal, CLT etc.), mas vai além disso, ele pode estar acima do direito posto.
1.3 Direito objetivo e direito subjetivo: são dois lados de um mesmo objeto.
- Direito Objetivo (norma agendi): é a norma de organização social.
Ex.: Quando se afirma que o Direito do
Trabalho não é formalista, emprega-se o vocábulo Direito
em sentido objetivo, com referência às normas que organizam as relações de emprego.
- Direito Subjetivo (facultas agendi): corresponde às possibilidades ou poderes de agir, que a ordem jurídica garante a alguém. É direito personalizado, particular, concreto.
Ex.: Ocorrendo um acidente de trânsito
surge o direito subjetivo da vítima em ingressar ou não com uma ação de indenização por danos materiais.
1.3.1 A relação jurídica :
- Todo indivíduo que esta inserido na sociedade necessariamente esta disposto e destinado a estabelecer relações, comunicações e interações com o próximo.
O conjunto dessas relações forma a sociedade. E, necessariamente, estarão regulamentadas por um sistema de normas (religiosas, morais, costumes sociais ou, mesmo, ao Direito). As relações sociais regulamentadas pelo Direito são as relações jurídicas.
- Na relação jurídica sempre
teremos (I) duas ou mais pessoas envolvidas;
sendo que ao menos uma será o sujeito ativo e
outro o sujeito passivo da relação jurídica; (II) o
vínculo que as une (fato jurídico); (III) e o objeto
protegido (direito).
1.3.1.2 Os sujeitos da relação jurídica:
- Sujeitos da relação jurídica: aqueles que estão aptos a adquirir e exercer direitos e obrigações. - Sujeito Ativo: titular do direito subjetivo
instaurado na relação jurídica, aquele que faz valer seu direito perante o sujeito passivo.
- Sujeito Passivo: aquele que esta obrigado perante o sujeito ativo a respeitar seu direito.
* Os sujeitos da relação jurídica podem ser classificados em: Pessoas Físicas (Naturais), Pessoas Jurídicas e os chamados “entes despersonalizados”.
- Pessoa Natural ou Física é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e obrigações.
A pessoa física tem personalidade
jurídica, que não se confunde com a personalidade
natural (atributos físicos e psíquicos da pessoa natural).
Personalidade Jurídica:
* Personalidade Jurídica é a
aptidão para possuir direitos e deveres, que a
ordem jurídica reconhece a todas as pessoas (Art.
1° do Código Civil: “Toda pessoa é capaz de direitos
e deveres na ordem civil”).
- Pessoa Jurídica: é a entidade que,
por força das normas jurídicas criadas, tem
personalidade e capacidade jurídicas para
adquirir direitos e contrair obrigações.
Nasce de instrumento formal e
escrito que a constitui, ou diretamente da lei que
a institui.
Criadas por instrumentos formais
escritos (pessoas jurídicas de direito privado);
criadas por lei (pessoas jurídicas de direito
público).
1.3.1.3 O objeto da relação jurídica;