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PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE GERÊNCIA DE SAÚDE DO SERVIDOR MUNICIPAL GSSM EQUIPE DE PERÍCIA TÉCNICA EPT

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PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

GERÊNCIA DE SAÚDE DO SERVIDOR MUNICIPAL – GSSM EQUIPE DE PERÍCIA TÉCNICA – EPT

LAUDO 003/2017 – DELIMITAÇÃO DE TAREFAS MÉDICO ORTOPEDISTA

HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO – SMS

LAUDO PERICIAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 1. IDENTIFICAÇÃO

ÓRGÃO: SMS

SETOR: Hospital de Pronto Socorro ENDEREÇO: Largo Teodoro Herz, s/nº TÉCNICO QUE REALIZOU O LAUDO:

Suzy Maria Possapp Rocha – Médica do Trabalho SERVIDOR ENTREVISTADO

Gerson Antônio de Ávila DATA DA PERÍCIA: 16.01.2017

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2. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO

O servidor GERSON ANTÔNIO de ÁVILA, matrícula 189677/01, Médico Especialista com delimitação de atribuições por período determinado, desempenhou suas atividades no Setor de Traumatologia localizado no 2º andar do prédio principal do HPS, bem como na Sala de Gesso e no Bloco Cirúrgico.

3. ANÁLISE QUALITATIVA

3.1 – DA FUNÇÃO DO TRABALHADOR

As atividades do servidor, entre 24.06.2015 e 14.10.2016, em função da delimitação de tarefas, se caracterizaram por realizar tarefas na enfermaria de traumatologia (evolução de pacientes, prescrição, realização de curativos e orientação de Médicos Residentes), orientar Médicos Residentes na Sala de Gesso, Sala de Politrauma e UTI de Trauma e auxiliar os Médicos Residentes nas Cirurgias Traumatológicas no Bloco Cirúrgico.

3.2 – DOS POSSÍVEIS RISCOS OCUPACIONAIS

Nas atividades desenvolvidas pelo servidor foi constatada a exposição a riscos biológicos pelo contato com pacientes em estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana e riscos físicos pela exposição à radiação ionizante, de acordo com a Portaria 3214/78.

4. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

Para realização dos serviços são fornecidos equipamentos de proteção individual que são utilizados a critério do servidor.

5. CONCLUSÃO

5.1 – FUNDAMENTO LEGAL

As condições para definição de insalubridade nos locais de trabalho ou atividades dos trabalhadores estão estabelecidas na Legislação Federal que considera como insalubres as atividades ou operações que:

a) se desenvolvem acima dos limites de tolerância, no que se refere a ruídos contínuos ou de impacto, calor, radiações não ionizantes, vibrações, determinados agentes químicos e poeiras minerais;

b) se desenvolvem sob pressões hiperbáricas, determinados agentes químicos ou biológicos;

c) através de inspeção no local de trabalho, verifiquem o estabelecido em lei no que se refere às radiações não ionizantes, frio e umidade.

O exercício de trabalho em condições insalubres assegura a percepção de adicional de acordo com a classificação de grau máximo (40%), médio (20%) ou mínimo (10%).

As situações a que se refere à legislação quanto aos riscos químicos, físicos ou biológicos são as seguintes:

Anexo 1: ruído contínuo ou intermitente Anexo 2: ruído de impacto

Anexo 3: calor excessivo

Anexo 4: revogado-Portaria 3.751 de 23.11.90 Anexo 5: radiações ionizantes

Anexo 6: pressões hiperbáricas Anexo 7: radiações não ionizantes

Anexo 8: vibrações excessivas Anexo 9: frio excessivo

Anexo 10: umidade

Anexo 11: agentes químicos (Av. quantitativa) Anexo 12: poeiras minerais

Anexo 13: agentes químicos Anexo 14: agentes biológicos

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Atualmente, na legislação vigente, quatro são as hipóteses de enquadramento de periculosidade aos trabalhadores em geral:

 Anexo 1 da NR-16: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos  Anexo 2 da NR-16: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis  Decreto 93412/86: Trabalhos no Setor de Energia Elétrica

 Portaria 518/03: Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas.

Nestes casos é obrigatório o pagamento de adicional de periculosidade no valor de 30% do salário básico.

5.2 – FUNDAMENTO CIENTÍFICO AGENTES BIOLÓGICOS

Os trabalhadores da área da saúde, pessoas que recebem treinamento para atendimento de emergências extra-hospitalares e funcionários de laboratórios de pesquisa estão sujeitos à exposição a agentes biológicos infecciosos.

Considera-se como sendo agentes biológicos animais, plantas e outros seres vivos (bactérias, fungos, protozoários etc.) que potencialmente podem causar doenças ou lesões, em graus variados, aos seres humanos ou a outros organismos. Os agentes biológicos são também denominados patógenos.

De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem:  Conhecimento das Normas de Biossegurança;

 A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se refere à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;

 O respeito das Regras Gerais de Segurança  A realização das medidas de proteção individual;

 Uso de avental, luvas descartáveis, máscara e óculos de proteção (para evitar aeros-sóis ou projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual necessários;  A utilização de procedimentos adequados nos processos de atendimento e assistência a enfermos, material utilizado sem aproveitamentos ou arranjos, e a utilização de todas as ferramentas da Segurança Laboral para alcançar esses propósitos.

RADIAÇÕES IONIZANTES

A radiação é a emissão e transmissão de energia através do espaço e da matéria, através de partículas (radiações e corpusculares) e ondas eletromagnéticas.

As de maior interesse são: gama, raios-X, beta, alfa e nêutron. As três primeiras são as mais comuns, sendo as fontes de alfa e nêutron mais frequentes em processos industriais. O Raios-X é utilizado em medicina para identificação, localização e combate de doenças. Na indústria o uso comum é na verificação de falhas em estruturas metálicas e na identificação de soldas defeituosas.

Os efeitos da Radiação Ionizante dependem da dose recebida pelo organismo:

a) Efeitos Somáticos: são alterações que ocorrem no organismo atingido gerando danos que se manifestam apenas no indivíduo irradiado, não se transmitindo a seus descendentes. Os efeitos somáticos podem ser crônicos ou agudos:

- efeitos crônicos: causados em indivíduos submetidos a baixas doses de radiação por um longo período de exposição, podendo ocasionar catarata, anemia, leucemia, câncer de tireoide ou de pele.

- efeitos agudos: ocasionados por exposição a grandes doses de radiação em curto espaço de tempo. Podem ocorrer sinais e sintomas como dor de cabeça, náuseas e vômitos, perda de apetite, fadiga, apatia, fraqueza geral, sangramentos, diarreia, queda

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de cabelo e, se a dose for muito elevada, pode ocasionar a morte.

b) Efeitos Genéticos: os efeitos genéticos são mutações ocorridas nos cromossomos ou genes das células germinativas que podem causar alterações nas gerações futuras do indivíduo exposto. A probabilidade de ocorrência de malformações congênitas em descendentes de indivíduos irradiados se dá em função da dose de radiação acumulada nas gônadas, masculina ou feminina. Como exemplo pode-se citar: aniridia (ausência de íris do olho), surdo-mudez e certos tipos de cataratas.

Raios – X

Os raios-X são produzidos através de dois processos, pela energia de conversão quando um elétron com alta energia cinética colide com um alvo:

1) Radiação Bremsstrahiung (radiação primária): produzida quando elétrons acelerados são freados bruscamente contra um alvo ou anteparo. Quando elétrons acelerados passam perto dos núcleos de átomos de tungstênio, a carga positiva do núcleo interage com a carga negativa do elétron desviando-o da sua trajetória original. Este desvio do elétron ou deflexão é acompanhada de perda de energia cinética que se transforma em radiação.

2) Radiação Característica (radiação secundária): ocorre quando um elétron acelerado remove um elétron das camadas do átomo que constitui o alvo, consequentemente ionizando este átomo. Com a remoção do elétron, outro de uma camada mais interna, ocupará o lugar vazio para restabelecer o equilíbrio. Com este salto do elétron teremos a produção de um fóton cuja energia cinética será a diferença das energias de ligação entre as duas camadas. A radiação característica, também conhecida como radiação secundária, é emitida em todas as direções e absorvida pelo meio, constituindo-se numa menor porção da fonte de radiação emitida em tubos de raios-X.

Sobre a distribuição de doses (paciente-profissional) devemos salientar que o paciente representa um fator transitório (exposição aguda) ao contrário do profissional e do auxiliar que são fatores permanentes (exposição crônica) e, em ambos, se acumulam as sobredoses não eliminadas; por este fato pequenas quantidades de radiações secundárias representam risco considerável ao profissional e seus auxiliares.

6. BIBLIOGRAFIA

 Segurança e Medicina do Trabalho, Manuais de Legislação Atlas; 75ª Edição, São Paulo, Editora Atlas S.A. 2015, Lei 6514/77 e Portaria 3214/78.

 Riscos Físicos, São Paulo – FUNDACENTRO, 1991. 7. CONCLUSÃO FINAL

O servidor faz jus ao adicional de insalubridade em grau médio – 20 %, pela exposição a agentes biológicos e adicional de periculosidade – 30%, pela exposição à radiação ionizante, de acordo com a NR 16 e anexo n.º 14 da NR 15, da Portaria nº. 3214/78 e Portaria 518/03.

Porto Alegre, 17 de janeiro de 2017.

Suzy Maria Possapp Rocha Médica do Trabalho - EPT/GSSM/SMS

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