A revista brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos. Ano 25 / edição 140. Especial 26º CBM
Edição E
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26º CoNGrESSo
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MANutENção
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registradas da ExxonMobil Corporation ou de uma de suas subsidiárias.
manutenção
Sumário
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nº 140
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Nossa Capa
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Curitiba, capital do 26º CBM
Sensor
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Notícias empresariais
Ponto de Vista
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Soldagem na indústria sucroalcooleira
Manutenção, Ciência e Inovação
«
Sobressalentes em manutenção
Programação Oficial
Destaque
«
Submarinos brasileiros
«
Manutenção em Itaipu
«
Nova escola na Revap
Ação Brasil
«
Seminário Internacional em SP
«
Certificação no Ceará
PNQC
«
Novo patamar
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20
20
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30
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Palavra do Presidente
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A Primavera da Gestão de Ativos
Edição ESpEcial
Saudação aos Congressistas
«
Ricardo Barros, secretário da Indústria e Comércio do Paraná
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Correspondente InternaCIonaL
França
Celso de Azevedo
(ASSETSMAN)cazevedo@assetsman.com
MANUTENÇÃO é uma publicação
bimestral da ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção ISSN 0102-9401
Endereço
Avenida Marechal Câmara 160, grupo 320, Edifício Orly - Centro CEP 20 020-080
Rio de Janeiro, RJ Tel.: (21) 3231-7000 Fax: (21) 3231-7002
Críticas, dúvidas e sugestões:
revistamanutencao@abraman.org.br www.abraman.org.br
As ideias expressas nos artigos assi-nados não refletem necessariamente a opinião da ABRAMAN.
Presidente
João Ricardo Barusso Lafraia
(PETROBRAS / REDUC)
Vice-presidente
Rogério Arcuri Filho
(ELETRONUCLEAR)
Diretor de Administração
Bernardo Frydman
(PETROBRAS)
dIretores naCIonaIs
Carlos Waldemar Wilke Diehl
(BRASKEM)
Evandro de Figueiredo Neto
(ARCELORMITTAL TUBARÃO)
Hélio Burle de Menezes
(CHESF)
Pedro Augusto Cardoso da Silva
(METRÔ RIO)
Ricardo Medeiros
(FURNAS)
Gerente executivo
Athayde Araújo Tell Ribeiro
(ABRAMAN)
dIretores das FILIaIs
FILIAL I (PA-AC-AP-RO-RR)
Wladson de Souza Lima
(ENGENORTE ENGENHARIA)
wladson@engenorte.com.br
FILIAL II (BA-SE)
Carlos Alberto Stagliorio
(STAGLIORIO ENGENHARIA)
stagliorio@stagliorio.com.br
FILIAL III (MG)
Hiram Reis Filho
(COMAU)
hiram.reis@comau.com.br
FILIAL IV (RJ)
Ernesto Roberto Pinto de Oliveira
(METRÔ-RIO)
eroberto@metrorio.com.br
FILIAL V (SP-MS)
Célio Cunha de Almeida Prado
(SABESP)
ccprado@sabesp.com.br
FILIAL VI (RS)
José Luís Casarotto
(BRASKEM)
jose.casarotto@braskem.com.br
FILIAL VII (PR-SC)
Takao Paulo Hara
(HARA ENGENHARIA)
takaophara@gmail.com
FILIAL VIII (DF-GO-MT-TO)
Carlos Humberto de Souza E Silva
(ELETRONORTE – TOCANTINS)
carloshumberto@eln.gov.br
FILIAL IX (ES)
Paulo Barbosa
(ASSERTEC ENGENHARIA)assertec.vix@gmail.com
FILIAL X (MA-PI)
Roger Toledo Gissoni
(CEMAR)
roger.gissoni@cemar-ma.com.br
FILIAL XI (CE-RN)
Cícero Roberto de Oliveira Moura
(PETROBRAS)
crmoura@petrobras.com.br
FILIAL XII (PE-AL-PB)
Marco Antonio Souza Brito
(CPS – TEROTEC)
terotecbrito@uol.com.br
FILIAL XIII (AM)
Douglas Lopes Alvarenga
(PETROBRAS)
douglas.lopes@petrobras.com.br
ConseLho edItorIaL
Alexandre Fróes
(NSK)
Antonio Carlos Vaz Morais
(PETROBRAS)
Arlete Paes
(SKF)
Bruno Ferreira
(CEGELEC)
Carlos Alberto Barros Gutiérrez
(NM ENGENHARIA)
Jornalista Responsável
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lbertoP
rAdo AAPrado & AssociadosProjeto Gráfico, Diagramação
e Pré-Impressão
Retrato Falado
Lucas Leme de Moura
Impressão
Laser Press
manutenção
Danielle Ricci
(MANSERV)
Eduardo de Santana Seixas
(RELIASOFT)
Fabiana Gimenez
(SKANSKA)
Joazir Nunes Fonseca
(ELETROBRÁS - UNISE)
Renata Gonçalves Ramos
(COMAU)
Thiago Gadelha
(METRÔ RIO)
Wagner Gorza
PALAVRA DO PRESIDENTE
A Primavera da
Gestão de Ativos
Nossas boas-vindas aos congressistas
que, neste mês de setembro, às vésperas
da Primavera, reúnem-se na hospitaleira e
bem estruturada Curitiba para celebrar o 26º
Congresso Brasileiro de Manutenção.
Este é o momento maior da Manutenção
brasileira, quando a ABRAMAN, promove
mais uma edição do Congresso e da Expoman,
dando sequência a uma ação que se repete, sem
interrupção, há mais de um quarto de século e
destaca-se no cenário internacional como um
dos principais eventos do setor. A experiência
da ABRAMAN saltou fronteiras com o
Congresso Mundial de Manutenção, iniciativa
pioneira de nossa associação, definitivamente
incorporada à agenda dos grandes eventos
mundiais do segmento.
Esta semana a capital paranaense será o
marco emblemático da Primavera da Gestão
de Ativos no Brasil, quando os conceitos
inovadores incorporados pela Manutenção
brasileira evoluem para um novo patamar de
qualidade de nossas atividades, sob a liderança
da ABRAMAN.
A visão estratégica que nos orienta é
agregar às qualificações tradicionais dos
mantenedores novas competências que
alavanquem nossos profissionais para o
patamar de Gestor de Ativos.
Destacamos alguns pontos basilares de Gestão de
Ativos que irão compor este novo perfil profissional:
brasileiras que podem ostentar um acervo de realizações
que tem elevado continuamente o prestígio de seus
João Ricardo Lafraia, Presidente da ABRAMAN
PALAVRA DO PRESIDENTE
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Primavera de Gestão de Ativos. A escolha desta cidade
é emblemática, pois o Paraná tem se destacado por seu
expressivo surto de desenvolvimento em vários setores,
acrescentando ao tradicional cartão postal baseado
nas atividades florestais um variado caleidoscópio de
indústrias no estado da arte da tecnologia.
O Paraná moderno ostenta uma pujante indústria
automobilística, que tem seus fundamentos na
excelência do setor metal-mecânico. A indústria naval
cresce, impulsionada pelo fornecimento de serviços
e equipamentos para as atividades de exploração do
pré-sal. A logística de transportes tem no Estado um
importante entroncamento para acesso ao Mercosul.
Estes são alguns dos vários segmentos de destaque,
além da cadeia da soja e de produtos agropecuários
que conquistaram fatias importantes dos mercados
internacionais.
Neste 26º CBM reservamos um espaço especial
para ampliar a discussão de Gestão de Ativos, com
a presença das grandes instituições internacionais e
para lançar a PAS 55 em português, num movimento
liderado pela ABRAMAN visando a introduzir
a futura norma de Gestão de Ativos no Brasil e
certificar os profissionais habilitados a introduzir os
novos conceitos em nossas empresas.
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Vivemos um momento excepcional do
desenvolvimento econômico brasileiro e
precisamos estar preparados para enfrentar os mares
eventualmente revoltos das crises mundiais, às quais
não estamos imunes.
Os sinais de retomada do processo de crescimento
econômico e seus reflexos nas atividades de
Manutenção e na formação de nossos profissionais estão
evidenciados nos últimos levantamentos do Documento
Nacional, apresentado neste 26º CBM. Os indicadores
apontam para o aumento consistente da procura por
profissionais cada vez mais qualificados, com visão
mais ampla e habilidades que ultrapassam o domínio
das competências técnicas e que avançam para áreas de
gestão. É esta, em resumo, a tarefa que temos pela frente.
Em Curitiba, a ABRAMAN completa mais um
ciclo deste processo virtuoso e qualifica-se como uma
associação brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos,
seguindo a tendência internacional e ampliando o seu
escopo de atividade.
Bem-vindos a este admirável mundo novo.
Desfrutem esta semana de conhecimento e de
fortalecimento de contatos profissionais e encantem-se
com a hospitalidade curitibana.
SAUDAÇÃO AOS CONGRESSISTAS
O Paraná Saúda
a Comunidade de
Manutenção
Ricardo Barros - Secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul do Estado do Paraná
A realização do 26º Congresso Brasileiro de
Manu-tenção em Curitiba oferece oportunidade valiosa para
aprofundarmos o diálogo com os profissionais
direta-mente envolvidos com as atividades relacionadas com
Gestão de Ativos nas indústrias e nos serviços, que
atu-am em toda a extensão da cadeia produtiva, a começar
pelos estudos de viabilidade econômica, passando
pe-las pranchetas dos planejadores, chegando aos
opera-dores das máquinas que geram as riquezas e encerrando
este ciclo virtuoso da produção com a substituição dos
equipamentos em condições ambientalmente corretas.
Este é um cenário do processo produtivo que se
en-caixa perfeitamente nas estratégias de
desenvolvimen-to que o governo do Paraná vem implementando para
aumentar a competitividade do Estado, atrair
investi-dores e posicionar-se diante das demais unidades da
Federação no grande esforço nacional para produzir,
criar postos de trabalho e distribuir renda.
A presença em nossa hospitaleira capital de
gesto-res, engenheiros, técnicos e consultores de empresas
industriais, fornecedores de serviços e consultores é
mais uma demonstração do interesse que o
desenvol-vimento paranaense tem despertado junto à classe
em-presarial e lideranças que tomam decisões estratégicas.
O programa Paraná Competitivo, que reúne
di-ferentes linhas de ação do governo, é um dos pilares
mais expressivos da política paranaense de atração de
tado - uma associação dos órgãos que trabalham com
comércio exterior e relações internacionais como
câ-maras de comércio, consulados e associações – há um
trabalho conjunto para trazer delegações estrangeiras e
levar empresários paranaenses para expandir e
diversi-ficar a nossa balança comercial
Numa confirmação dessa política paranaense de
Secretário Ricardo Barros
SAUDAÇÃO AOS CONGRESSISTAS
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sando à redução de custos e de prazos para instalação
de novos empreendimentos.
Em síntese, com o Paraná Competitivo estamos
criando as condições necessárias para uma nova e firme
decolagem do desenvolvimento paranaense.
Estamos, assim, agregando novos elementos ao
tra-dicional cartão postal do Estado. A base florestal e
agrí-cola caminha ao lado da indústria de alta tecnologia
para gerar riquezas. Temos impulsionado a
industriali-zação através do apoio ao processamento de nossas
ma-térias primas para exportar maior valor agregado
visan-do ao aumento da renda visan-do produtor. No agronegócio,
temos a industrialização da madeira, o processamento
de carnes e a verticalização da cadeia da soja, entre
ou-tros segmentos.
Nosso panorama industrial ostenta, também, um
setor automotivo pujante, importante vetor de
desen-volvimento que percorre uma extensa cadeia, além de
um vigoroso pólo da indústria do vestuário, um setor
sucroalcooleiro altamente produtivo e um parque de
celulose e papel em franco crescimento.
A exploração do pré-sal abre novas perspectivas
para o setor metal-mecânico, com grandes
empreende-dores que fortalecem a construção naval e as atividades
de manutenção e de abastecimento voltadas para as
ati-vidades offshore.
Somos competitivos em logística, com o porto de
Paranaguá e uma rede rodo-ferroviária que tem no
Esta-do um importante entroncamento, com posição
estraté-gica em relação ao Mercosul.
Todos esses esforços têm permitido avanços que se
refletem na melhoria do ambiente para investimentos
no setor produtivo e tornam o estado mais atraente para
empreendedores de todas as partes do mundo.
Nesta semana de trabalho em Curitiba os
congressis-tas da ABRAMAN – Associação Brasileira de
Manuten-ção poderão debruçar-se sobre as amplas oportunidades
que o nosso desenvolvimento abre para os profissionais
de Gestão de Ativos, em todas as suas várias funções.
Os especialistas poderão estabelecer uma estimulante
troca de experiências com nossos profissionais que os
levará a consolidar a imagem do Paraná como o local
ideal para empreendimentos com visão de futuro e
al-tos índices de qualidade de vida.
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Estado e um proveitoso Congresso. Voltem sempre!
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sucesso do Seminário
Internacional de
Manu-tenção, realizado no
fi-nal de junho último em
São Paulo, com mais de 300
parti-cipantes e um total de nove
pales-trantes reconhecidos
mundialmen-te em suas especialidades, aponta
para a renovação desta atividade
em anos vindouros.
O evento foi aberto pelo diretor
da Filial V (SP/MS), Célio Cunha
de Almeida Prado, que apresentou
o presidente da ABRAMAN, João
Ricardo Lafraia, para a o início
ofi-cial dos trabalhos. Lafraia lembrou
a oportunidade do debate
promo-vido em São Paulo, diante da
am-pliação da discussão em torno da
futura norma internacional PAS
55, que esteve no centro do
temá-rio do último Global Forum, com a
presença das principais entidades mundiais
reu-nidas na Austrália.
AÇÃO BRASIL
Filial V (SP-MS)
Seminário Internacional abre
um novo cenário para a Filial
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Este tema será foco de discussões ampliadas
durante o 26º CBM, como destacou Lafraia. “O
avanço da norma internacional e a ação proativa
da ABRAMAN neste cenário marca a história da
globalização de nossa associação” destacou.
Lem-brou que Gestão de Ativos terá um dia específico
para debates em Curitiba, segundo o modelo
ado-tado no Global Forum, no sentido de familiarizar
a comunidade de Manutenção brasileira com este
Célio de Almeida Prado, diretor da filial V (SP/MS)
Abre o Seminário Internacional
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AÇÃO BRASIL
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Muito discutido no meio industrial, a PAS 55 deverá
transformar-se em norma internacional com foco nas
boas práticas para a Gestão de Ativos visando a
integra-ção com os objetivos da empresa, como resumiu o
dire-tor da Pragma Academy, da África do Sul, Dean Griffin. A
Pragma é uma parceira da ABRAMAN na área
educacio-nal com a oferta de cursos de MBA para profissionais de
área de Manutenção e Gestão de Ativos.
Segundo Griffin, o objetivo de uma certificação para
Gestão de Ativos é diminuir riscos e manter
eleva-dos os índices de confiabilidade das empresas.
“Nos-sas operações devem ser sustentáveis e isso não se
consegue do dia para a noite. Para tanto, precisamos
agir com uma estratégia preditiva e avaliar quando é
necessária uma substituição de ativo com base nos
riscos envolvidos e em análises críticas que sigam um
padrão de procedimentos”, resumiu. “A PAS 55 é um
guia para Gestão de Ativos que envolve estratégias de
curto médio e longo prazos”.
Suzy Jamieson, diretora executiva do ICML -
Inter-national Council for Machine Lubrification, sediado em
Oklahoma, nos Estados Unidos, discutiu as
certifica-ções concedidas pela chancela da ISO. Ela focou, de
for-ma especial, a série de norfor-mas técnicas internacionais
ISO 18436, desenvolvida recentemente, para a
qualifica-ção e avaliaqualifica-ção de habilidades, direcionada aos
profis-sionais que atuam com o monitoramento de máquinas.
A palestrante ressaltou que as normas feitas para as
indústrias devem ser acompanhadas pelos
profissio-nais responsáveis por Manutenção e Gestão de Ativos
e não somente pelo auditor. “As normas são feitas para
nos auxiliar durante os processos, para que possamos
aferir as nossas práticas e verificar se estão de acordo
com o que é indicado”, completou.
O diretor da Assetsman na França e Brasil, Celso de
Azevedo, estimulou o debate sobre Gestão de Ativos,
tema que possibilitou que Manutenção “mudasse de
sé-culo de forma definitiva”.
“A evolução do chamado Asset Management fez com
que Manutenção entrasse numa nova era”, afirmou
Azevedo. Ele demonstrou a necessidade das empresas
modernas orientarem as suas estratégias de gestão
de Manutenção para as práticas de Gestão de Ativos,
o que impacta as demais funções ligadas aos
diferen-tes segmentos do ciclo de vida dos ativos. “Isto inclui
os projetos, a engenharia, as compras, as operações e
fabricação, as modificações e a gestão do fim de vida
dos ativos”, explicou.
A PAS 55 e o Futuro da
Gestão de Ativos
cas de sucesso aplicadas em outros países.
Célio Prado, diretor da Filial, destacou que o
pro-grama priorizou a exposição de práticas executadas
no Brasil e no mundo, com base em casos reais e
interação entre participantes e expositor. “Além da
interatividade após as explanações, para assimilar o
conteúdo ao dia-a-dia das atividades e tirar dúvidas,
os participantes tiveram a oportunidade de estar em
contato com os conferencistas e patrocinadores nos
intervalos do seminário”, destacou.
O conteúdo técnico do Seminário foi aberto
com Chris Eckert, presidente da Apollo
Associa-ted Services LLC, dos Estados unidos, que
abor-dou Análise de Causa Raiz, tendo descrito
fór-mulas utilizadas para detectar falhas e como as
organizações utilizam o método para melhorar o
desempenho operacional.
A idéia da existência de uma única causa raiz,
como explicou, deve ser gradualmente
substituí-da pelo “pensamento causal”. Ele ressaltou que a
aplicação do diagrama de causa-efeito é uma
fer-ramenta poderosa para desenvolver o pensamento
causal e a realidade comum. “Por meio dele e de
técnicas inerentes, podemos identificar soluções
eficazes e realizar avaliações avançadas, como a
determinação de causas sistêmicas e causas
co-muns (análise dinâmica) e superar barreiras
sistê-micas”, disse.
Lubrificação, um dos temas mais discutidos
du-rante o seminário, foi abordado por Mike Johnson,
da AMMRI, dos Estados unidos. Ele lembrou que
este é um importante ponto a ser trabalhado no
processo de melhoria da confiabilidade industrial
e que as análises devem levar em consideração as
máquinas envolvidas na produção e seu ciclo de
tempo, entre outros aspectos que auxiliam a criar
um programa específico para a confiabilidade do
ponto de vista da lubrificação.
destacou, também, que é preciso manter-se
concentrado na confiabilidade e nos resultados
e assegurar a utilização de produtos e programas
que contribuam com a produtividade e o
gerencia-mento correto do ativo. “Há avanços tecnológicos
simples, que auxiliam o chão de fábrica a cuidar
dos detalhes”, destacou.
“É importante a atenção com a saúde do óleo e
análise de condição da máquina, o que é possível
a partir de alarmes e valores específicos que nos
avisam sobre níveis de sujeira e umidade,
infor-mações que auxiliam a entender o processo
visan-do a realizar a manutenção e lubrificação de forma
eficaz”, resumiu.
Senai/CE deverá iniciar em
breve a certificação de
solda-dor, conforme o Código ASME
seção IX, por meio do SSCP -
Sistema SENAI de Certificação de Pessoas,
segundo decisão divulgada após reunião,
no final de julho, entre a instituição e
em-presas entre as quais a Lubrificantes e
de-rivados de Petróleo do Nordeste - Lubnor/
Petrobras, representada por Cícero Moura,
que é, também, vice-diretor da Filial XI
(CE/RN), da ABRAMAN, além de
repre-sentantes da Refinaria Premium II e da
Termoceará. Na oportunidade foram
iden-tificadas as demandas reais por processos
de soldagem das empresas no Estado.
“Nossa proposta é trabalhar com a
cer-tificação de soldador por processos de
sol-dagem tais como eletrodo revestido, TIG e
MIG/MAG, conforme o Código ASME IX, e
não com a certificação por normas de
pro-jeto”, explicou Ana Paula Viana, coordenadora do
Centro de Exames para Certificação (CEC) do Centro
de Educação e Tecnologia Alexandre Figueira
Rodri-gues, unidade do Senai/CE, instalada no distrito
In-dustrial de Maracanaú, responsável pela certificação.
“O projeto estimulará as atividades de certificação
de pessoas no Estado e promoverá maior
credibilida-de e assertividacredibilida-de dos processos credibilida-de contratação credibilida-de
profissionais na área de soldagem”, avalia Ana Paula.
Cícero Moura, da Lubnor, lembra que os dois
FILIAL XI (CE/RN)
Certificação de soldador tem
apoio de indústrias no Ceará
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Segundo a representante da Coordenação
Nacio-nal do SSCP, Rosa Sobral, a partir da identificação
da demanda, será montado um Comitê Técnico
Se-torial Nacional (CTSN) para a ocupação de soldador
ASME IX visando a validar o esquema de
certifica-ção. Será organizado, também, um banco de
proce-dimentos de soldagem.
A atuação do Senai com a aplicação de
exa-mes para certificação de pessoas começou em
1993 por meio de parcerias com instituições como
A partir da esquerda: Eurico Costa, Refinaria Premium II; José
Herly, Termoceará; Ana Paula Viana, Senai; Daniel Pordeus,
Re-finaria Premium II; César Matias, TOP Inspeções; Cícero Moura,
Lubnor e ABRAMAN; Rosamaria Sobral e Rogério Lima, Senai.
DESTAQUE
largada do Prosub -
Pro-grama de
Desenvolvi-mento de Submarino, da
Marinha do Brasil, que
prevê investimentos da
ordem de US$ 6 bilhões e que, até 2023,
irá pôr em operação cinco submarinos,
sendo quatro de propulsão convencional
(S-BR), o primeiro dos quais deverá estar
pronto em 2017, e um de propulsão
atô-mica (SN-BR), começa a movimentar a
economia fluminense e a estimular a já
aquecida demanda por profissionais
quali-ficados de nível superior e técnico.
O estaleiro e a base de operações dos
novos submarinos estão em construção em Itaguaí, na
baia de Sepetiba, ao lado do complexo industrial da
Nuclep - Nuclebrás Equipamentos Pesados. A gestão
do mega-projeto está a cargo da Itaguaí Construções
Navais (ICN), empresa constituída em parceria pela
Odebrecht e a DCNS - Direction des Constructions
Navales et Services, gigante estatal francesa da área
de tecnologia e construção naval para defesa, com a
participação da Marinha do Brasil, que detém a
gol-den share, que garante o direito de veto sobre decisões
empresariais.
Será construída, também, uma Unidade de
Fabri-cação de Estruturas Metálicas – UFEM para
produ-zir as seções cilíndricas que formarão os corpos dos
submarinos, com inauguração prevista para o final de
2012. O estaleiro deverá estar pronto em 2014 para
receber o primeiro submarino convencional em 2017.
Os demais submarinos convencionais deverão ser
en-tregues a cada ano e meio. O plano de longo prazo da
Marinha Brasil, até 2047, prevê a entrada em operação
de um total de seis submarinos nucleares e 20
conven-cionais, sendo 15 novos e cinco revitalizados.
Os submarinos convencionais, da classe
Scorpè-ne, de tecnologia franco-espanhola, estimularão um
segmento importante da cadeia metal-mecânica da
região para o fornecimento de peças e equipamentos,
estimando-se que mais de 30 empresas brasileiras
de-verão ser beneficiadas com encomendas. Cada
subma-rino S-BR conterá cerca de 36 mil itens produzidos
no País, como quadros e motores elétricos, válvulas
DESTAQUE
Construção de submarinos
estimula a economia do RJ
A
de casco, bombas hidráulicas, sistema de combate e
de controle, motor a diesel e baterias de grande porte,
além de serviços de usinagem e mecânica. Os
méto-dos, técnicas e processos dos S-BR servirão de base
para o desenvolvimento do primeiro submarino
nu-clear brasileiro, o SN-BR, o que garantirá longevidade
à estrutura industrial de fornecedores.
Os impactos positivos que começam a ocorrer
se-rão sentidos, também, na formação e qualificação de
trabalhadores para preencher os mais de nove mil
em-pregos diretos e outros 27 mil indiretos durante a fase
de construção dos submarinos. A demanda por
profis-sionais no setor de construção naval, que está em alta
impulsionada pela indústria petrolífera, exigirá um
amplo esforço do setor de educação
profissionalizan-te, de acordo com a visão dos analistas do setor.
A Nuclep desde 1979 mantém em Itaguaí uma
Es-cola de Fábrica para a formação profissional e inserção
de jovens em postos de trabalho que requerem
conhe-cimento tecnológico através de cursos em regime de
horário integral. Com ações articuladas e integradas
entre o ensino fundamental do 6º ao 9º ano e
capaci-tação profissional na área metal-mecânica, a Nuclep
forma mão-de-obra qualificada de acordo com os
pa-drões exigidos pela empresa. A empresa desenvolve,
também, parcerias voltadas para a formação básica e
profissionalizante com a Prefeitura de Itaguaí e com
o PNQC da ABRAMAN para a qualificação e
certifica-ção de Caldeireiro de Manutencertifica-ção Nível I.
O processo de capacitação da indústria de defesa
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Submarino da Classe SCORPÊNE que
será fabricado no Brasil
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envolve transferência de tecnologia e
na-cionalização de equipamentos, o que
esti-mulará a qualificação de trabalhadores
bra-sileiros, com impactos em todo o espectro
da indústria nacional. O SN-BR terá o reator
nuclear e o sistema de propulsão
desenvol-vidos no País. Entre os acordos assinados
com a França, o contrato de transferência de
tecnologia é visto como o mais estratégico
por especialistas brasileiros pois
compro-mete os franceses a repassar know how para
determinadas indústrias fabricarem no
Bra-sil itens usados nos submarinos.
Segundo o vice-Almirante César Pinto
Correa, gerente de construção de submarinos
do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em
entrevis-ta ao site A Mídia do Petróleo, a engenharia brasileira
terá um grande impacto com o desenvolvimento do
projeto dos submarinos e a transferência de
tecnolo-gia. “Realizar o reparo e a manutenção de embarcações
e plataformas no país é de vital importância”, avalia.
O vice-Almirante Pinto Correa destaca também
que, além do aumento da geração de empregos e
aplicação de um volume maior de recursos
finan-ceiros no País, passaremos a atuar em um setor hoje
carente de empresas. “O reparo e a manutenção no
país possibilitam uma maior eficácia na gestão
des-tas atividades e podem garantir uma elevada
dispo-nibilidade dos meios marítimos que aqui operam.
O setor petrolífero só tem a ganhar com a
imple-mentação de uma política industrial de incentivo
ao incremento da manutenção e do reparo naval”.
O S-BR de propulsão convencional,
antecedera o SN-BR, nuclear
Conheça os serviços que o SENAI-SP pode oferecer.
Há mais de 10 anos atuando no mercado, o
LELCO (Laboratório de Ensaios em Lubrificantes e Combustíveis) está
preparado para auxiliar as empresas nas manutenções preditivas e pró-ativas. Acreditado pelo
Cgcre/Inmetro desde 2002
possui técnicos especializados e equipamentos de última geração.
Análise em Lubrificantes:
- Monitoramento das condições do lubrificante e do
equipamento;
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operação de desmontagem da
Uni-dade geradora 06 (U6) na UHE
Itai-pu para manutenção, concluída no
início de agosto último, marcou, em
três décadas de operação, a primeira
vez que uma unidade geradora da maior usina em
operação no mundo é completamente desmontada.
“Este trabalho está servindo de laboratório, como
uma universidade aberta” destacou o diretor geral
brasileiro, Jorge Samek, que acompanhou a operação
e destacou a importância do trabalho para os
técni-cos da manutenção. “Como as máquinas têm 30 anos
de geração, estava na hora de fazer uma cintilografia,
unidade por unidade”, acrescentou, num paralelo
com o procedimento médico utilizado para ajudar o
diagnóstico em órgãos internos. “É uma ação que será
muito importante para a manutenção das próximas
unidades geradoras”, destacou Samek.
O superintendente adjunto de Manutenção,
Mar-co Cesar Castella, Mar-conMar-corda que o Mar-conjunto da
ope-ração constitui “um aprendizado, uma universidade
para quem está trabalhando”. Castella lembrou que
Itaipu conclui desmontagem
de unidade para manutenção
A
a equipe da Manutenção da usina foi renovada em
65%. “É um pessoal novo, que nunca viu isso, e os
outros 35%, nos próximos anos, estarão deixando
Itaipu. A experiência traz um ganho incomensurável
para quem fica”, registrou.
Segundo o superintendente, todo o serviço de
desmontagem da U6 está sendo realizado pelas
equi-pes da usina. “Além da roda e de vários outros
com-ponentes de pequeno porte, já foram retirados o eixo,
a cruzeta superior, o eixo superior, o rotor, o eixo
in-ferior, a cruzeta inin-ferior, dois servomotores e a
tam-pa”, informou.
A última peça removida foi a roda da turbina, de
300 toneladas, 8,6 metros de diâmetro e 4,5 metros
de altura. O conjunto foi içado por uma das pontes
rolantes da usina. Na roda da turbina está instalado
o anel de desgaste inferior que apresentou fissuras
e será trocado. O problema foi detectado, segundo a
empresa, durante manutenção preventiva, em
setem-bro de 2010. Uma das13 pás da roda também vai
pas-sar por reparos, pois nela foi detectada uma trinca.
De acordo com a Superintendência de
Manuten-ção, a troca do anel e o reparo da roda deverão ser
concluídos em até 45 dias. Antes da remontagem
to-das as peças da unidade serão avaliato-das e, caso não
sejam verificadas inconformidades, a U6 voltará a
operar em março de 2012. Castella explicou que a
roda da turbina é uma das peças mais importantes
da unidade geradora. “É ela que faz movimentar todo
o conjunto girante, o eixo, o rotor, que vai gerar a
energia”. Como o anel de desgaste inferior é a última
peça do conjunto, toda a unidade precisou ser
des-montada, explicou.
Maquina com 30 anos de geração passa por preventiva
Vertedouro de ITAIPU, a maior usina do mundo
FOTO: C HIRSTIAN RIzz I / A g ENCIA DO PO v O FOTO : IT AIPU BINACIONA l
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SKF e distribuidores autorizados CMP
trabalhando em conjunto para aumentar
a produtividade da sua planta
Em comemoração aos 10 anos do programa de certificação SKF para a sua rede de
distribuido-res, inovamos mais uma vez. Agora os distribuidores SKF Certified Maintenance Partners estão
ainda mais preparados em conceitos de manutenção preditiva ou preventiva para apoiá-lo nas
dificuldades diárias da sua planta. Somente a nossa rede de distribuidores possui esse
diferen-cial único de transferência do conhecimento da SKF em engenharia. Isso traz excelência à sua
rede, tanto no fornecimento de produtos quanto na prestação de serviços para otimização de
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Instituto Federal de
Edu-cação, Ciência e
Tecnolo-gia de São Paulo – IFSP
e a Petrobras firmaram
parceria visando a
im-plantação de um campus da instituição de
ensino em São José dos Campos, na área da
Refinaria Henrique lage (Revap), no vale
do Paraíba.O início das atividades da nova
escola está previsto para 2012 e os cursos
oferecidos serão de nível técnico,
incluin-do a cadeia de petróleo e gás natural, para
atender às futuras demandas da indústria
da região. A definição da grade curricular
ocorrerá após levantamento das demandas
regionais, consulta à comunidade local e
elaboração de diagnóstico socioeconômico
da área de abrangência pelo IFSP.
O reitor do IFSP, Arnaldo Augusto Ciquielo Borges,
destacou que o objetivo do instituto “é fazer com que
cada um de nossos campus se torne referência na
edu-cação profissional na região em que está sendo
instala-do, de forma que a sociedade local sinta orgulho de ter
uma parceria conosco”. Segundo o reitor, o campus de
São José dos Campos deverá atender a 1200 alunos.
O Instituto Federal é uma das principais
institui-ções do país no setor de ensino profissionalizante. Foi
criada no começo do século passado como Escola de
Aprendizes Artífices para qualificar jovens em
tornea-ria, mecânica e eletricidade, tendo preparado um
con-tingente de trabalhadores que foi fundamental para o
desenvolvimento da indústria paulista. À época, os
cursos eram em período integral, de nível ginasial, e
ofereciam formação de “mestria”, que distinguiu os
pri-meiros técnicos da época.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecno-logia de São Paulo – IFSP, cujo embrião é a Escola de
Aprendizes, mantém níveis de excelência no ensino
público profissionalizante, conta com mais de 15 mil
alunos e tem ampliado o leque de oferta educacional
para os níveis técnicos, tecnológicos, licenciatura,
en-genharia e educação continuada de trabalhadores. Em
média, os cursos têm três anos de duração, o que
signi-fica cerca de cinco mil jovens saindo da escola por ano.
O IFSP está em processo de expansão e muitas de
Instituto Federal de SP abre
nova escola técnica no Vale
O
suas escolas estão ainda no processo de formação da
primeira turma. Há cerca de cinco anos, o Instituto
tinha escolas em apenas três cidades do estado – a da
capital, que é centenária; a de Cubatão, que tem mais
de 20 anos e a de Sertãozinho, na região de produção
de açúcar e álcool, com mais de dez anos. Nos
últi-mos anos foram postas em funcionamento cerca de
20 novas escolas.
Nesta rede que se expande a nova escola de São José
dos Campos ocupará um espaço cedido pela Petrobras
dentro da Revap composto por três prédios para salas
de aula, um galpão para oficinas práticas e um
restau-rante para 350 pessoas. A estrutura foi construída para
ser utilizada durante a modernização da Revap e, com
o final das obras, a Petrobras optou por disponibilizá-la
para a instalação da escola técnica.
O gerente executivo do Abastecimento - Refino
da Petrobras, José Carlos Cosenza, ressaltou, durante
a cerimônia de assinatura do termo de parceria, que
a formação de mão obra qualificada poderá ser
apro-veitada pela companhia em seus projetos no vale do
Paraíba, litoral norte paulista e na Bacia de Santos.
In-formou que o local da escola dispõe de instalações
elé-tricas, hidráulicas e de telecomunicações, sistemas de
infraestrutura e cabeamento prontos para serem
utili-zados e que o instituto é voltado para o atendimento
de jovens da região.
Escola ocupa instalações construídas para
modernização da Revap
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PNQC
eletrônica, responsabilizou-se pela qualificação e
certi-ficação de eletricistas e instrumentistas. Ele reconhece
que, ao longo de quase duas décadas, o PQNC
conso-lidou-se, acompanhando o crescimento das atividades
de Manutenção nas empresas brasileiras, o que pode ser
aferido pelos dados do Documento Nacional que
reve-lam, além do crescimento quantitativo, a ascensão dos
mantenedores a posições de decisão nas empresas.
“Manutenção transitou de função de apoio para
as áreas de negócios. Para consolidarem-se nas novas
posições de maior relevo, os profissionais têm de
pre-parar-se para assumir funções mais desafiadoras nas
empresas”, destaca.
Ao assumir o cargo de diretor nacional responsável
pelo PNQC, uma de suas primeiras providências foi
pro-mover, com o apoio da diretoria anterior, um balanço
das atividades até então desenvolvidas e a identificação
dos pontos onde correções deveriam ser introduzidas.
“Um de nossos focos foi a identificação das
carên-cias de formação dos profissionais brasileiros, diante
das demandas do crescimento do país, e a contribuição
esperada da ABRAMAN. Temos necessidade de ampliar
a oferta de eletricistas e mecânicos qualificados e
certifi-diretor nacional da
ABRAMAN e responsável
pelo PNQC, Evandro de
Figueiredo Neto, gerente
de Infraestrutura Interna
da ArcelorMittal
Tuba-rão, participará do debate, durante o 26º
Congresso Brasileiro de Manutenção, de
proposta de criação de um novo projeto
de certificação para o PNQC, com foco em
competências que ampliam o rol de
espe-cialidades já contempladas pelo Programa:
o Gestor de Ativos.
Este novo perfil profissional consolidará
a formação técnica dominada pelos
man-tenedores na operação e elevará os
profis-sionais a patamares qualificados de gestão
que envolvem desde projetos a funções de
produção, chegando à participação em
de-cisões relacionadas com a aquisição e
co-misionamento de ativos. Desta forma, profissionais com
estas habilidades ampliadas, serão capazes de preencher
espaços estratégicos que são cada vez mais presentes
numa economia em franco crescimento e com padrões
de excelência de nível mundial, como salienta Evandro.
O diretor nacional destaca que este é um projeto
estratégico da ABRAMAN no qual está empenhado o
presidente João Ricardo Lafraia cuja visão
consolidou--se a partir da experiência do Global Forum, que terá a
sua próxima edição no Brasil, promovida pela entidade.
Evandro destaca que a certificação de Gestor de
Ati-vos significará um salto de qualidade para o já
respei-tado portfólio de formações dominado pelo PNQC. Ele
recorda que seu primeiro contato com o Programa
ocor-reu há mais de 15 anos quando o PNQC começou a ser
introduzido na Siderúrgica de Tubarão, onde ocupava
o cargo de gerente de Manutenção. “Sob a coordenação
de Gilmar Arantes, um dos idealizadores e entusiasta
do PNQC, foi organizado um grupo, no qual me incluí,
para introduzir as novas práticas na empresa”, recorda.
Nos primórdios da introdução do PNQC na
siderur-gia, Evandro, cuja formação é em engenharia elétrica e
O
Certificação de Gestor
de Ativos abre novo
patamar profissional
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Enhancing Problem Solving Capabilities
ANÁLISE DA CAUSA RAIZ
Enhancing Problem Solving Capabilities
ANÁLISE DA CAUSA RAIZ
E QUEM NÃO TEM PROBLEMAS?
Grandes empresas utilizam Apollo para prospectar soluções.
Clã
Apollo South America
Tel.:13 3219- 2167
www.apollorca.com.br/artigos/artigos_tecnicos.htm
João ricardo lafraia presidente da abraman e Evandro de
figuereido neto, diretor naciona responsavel pelo PNQC
A
E QUEM NÃO TEM PROBLEMAS?
Grandes empresas utilizam Apollo para prospectar soluções.
Clã
cados, por exemplo. Mas é fundamental que avancemos
para construir uma sólida formação gerencial para estes
especialistas. Este desafio levou-nos a buscar um
upgra-de no sistema upgra-de certificação da ABRAMAN para criar
o programa voltado para Gestor de Ativos. Este será um
novo profissional, com visão mais ampla, para as tarefas
estratégicas”, explica.
“O que queremos é ter um especialista que vá além
do nível de operação, em alinhamento com as
propos-tas avaliadas pelo presidente da ABRAMAN no Global
Forum”, resume.
Evandro explica que a estruturação da nova
pro-posta deverá fortalecer a posição de certificadora da
ABRAMAN, com a qualificação a cargo de instituições
tradicionais e competentes que atuam no mercado,
como os Cefet e Senai, entre outras que cumprem com
eficiência estas tarefas.
Para a formação do Gestor de Ativos, ele crê que
algumas destas instituições estejam preparadas para a
missão. “Outras que queiram entrar no sistema de
quali-ficação, poderão beneficiar-se do apoio da ABRAMAN,
com o conteúdo técnico adequado na fase preparatória,
como fizemos, no início do PNQC para a qualificação de
operadores”, exemplifica. “A ABRAMAN estará focada
na certificação, na aplicação das provas e na avaliação e
no retorno para o candidato”, diz.
Um esboço do novo projeto será submetido à
ava-liação da ABRAMAN, depois do 26º CBM, e aberto ao
debate pela comunidade para, posteriormente, ser
dis-ponibilizado no mercado. “Este passo permitirá a
re-vitalização do nosso PNQC, mantendo os seus pontos
fortes e introduzindo itens que agregam mais valor para
os profissionais de Manutenção”, espera Evandro.
“O crescimento do país exige bons profissionais,
como eletricistas, mecânicos, soldadores, entre
nume-rosas formações. Mas estes quadros devem oferecer,
também, capacidade gerencial e estar preparados para
tanto”. Evandro destaca que o PNQC tem produtos com
foco na educação profissionalizante bem consolidados e
lembra que, segundo dados de março de 2011, mais de
23 mil profissionais haviam passado pelo Programa, dos
quais mais de 15 mil obtiveram a certificação.
“Neste contingente temos uma gama de
profissio-nais, entre os quais supervisores e especialistas, com
plenas condições de beneficiarem-se deste novo
produ-to da ABRAMAN. A vinda da norma internacional PAS
55, com foco em Gestão de Ativos, será outro fator de
estímulo”, conclui.
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CAPA
Q
ualidade
de
vida
é
fator
P
ara
atrair
investimento
foto: Luiz cost
a/smcs - curitiba