Breve história da tradição oral, da
leitura (do leitor), da escrita (do
Antes da Escrita
O homem sempre buscou meios de se comunicar e de
aprimorar as suas formas de expressão e relação com o mundo e seus semelhantes.
Antes da existência da escrita o homem se comunicava
utilizando outros recursos:
Gestos; Desenhos; Sons;
Antes da Escrita
Após desenvolver a fala, a
principal forma
transmissão do
conhecimento foi a
tradição oral, que ainda hoje é o principal meio de comunicação de muitas comunidades ao redor do mundo.
A Escrita
Uma das grandes
“invenções” da humanidade foi a escrita, que surgiu a partir da necessidade do homem de conservar e transmitir sua memória, facilitar as tarefas da vida cotidiana, criar registros, armazenar dados e enfim, preservar sua história.
Fases da Escrita
O termo significa forma
de escrita pela qual idéias são transmitidas através de desenhos.
Formada por ideogramas
que representavam uma palavra, assim sendo, eram
necessários diversos
signos pictóricos para
representar tantos
quantos objetos ou idéias fossem necessários.
Fases da Escrita
Sistemas
mnemônicos,
de cordões ou conchas
formados por fios de lã
de cores diversas, nos
quais se colocam, em
alturas diferentes, nós
mais
ou
menos
combinados de modo a
formar representações
simbólicas
do
pensamento.
Mnemônica
Fases da Escrita
O homem na tarefa de fixar e de
transmitir o pensamento, percebeu que lhe era possível substituir a imagem visual pela sonora, colocar o
som onde até então tinha
obstinadamente a figura.
Escrita alfabética: na qual o
sistema se funda em “grupos de sons”, representado por um sinal;
Escrita silábica: consiste que cada
sinal corresponde a uma letra.
A B C
D E F
G H I
Fases da Escrita
É a escrita feita com o
auxílio de objetos em formato de cunha. Foi criada pelos Sumérios por volta de 3.500 a.C.
Eram utilizadas tabuletas
de argila que depois de escritas eram tostadas em fornos.
Fases da Escrita
A ideografia começou por
representar os objetos por um sinal que os interpretasse
graficamente e as idéias
por outros sinais
adequados. Os tipos clássicos de escrita ideográfica são os ideográficos chineses, os caracteres cuneiformes e os hieróglifos.
Ideografia
Fases da Escrita
Surgiram por volta de
4.000 a.C., na região do
Egito, eram chamados
medjunetjer
, que significava palavras dosdeuses. Os gregos a
batizaram de hieróglifos.
O termo é junção das
palavras gregas
glyphein
, que significa inscrever, gravar, ehieros
, que significa sagrado.Fases da Escrita
Alguns pesquisadores
consideram o alfabetismo o último aperfeiçoamento da escrita.
Podemos definir como um
conjunto de símbolos de gráficos que representam sons vocais, que serão combinados e pronunciados de acordo com os idiomas.
Alfabeto
A B C
D E F
G H I...
Suportes
Os suportes são os materiais, superfícies que
possibilitaram o homem de gravar, imprimir
fisicamente a representação de uma informação...
Suportes
Tabletes de argila:
inscritos com um
instrumento pontiagudo e, então, secados a fim de se ter o registro definitivo. Eram os mais baratos e um dos mais duráveis suportes para a escrita.
Pedras: eram escritas à
caneta de ferro;
Tabletes de cera: placas
de madeiras cobertas com cera onde se inscrevia com estilete de metal.
Papiro
O mais célebre dos
produtos vegetais usados na escrita antiga, tanto na importância da técnica quanto dos registros que manteve.
Usado pelos egípcios desde
o ano 2.400 a. C., era feito do entrelaçamento entre várias tiras de uma planta aquática abundante no rio Nilo,
Cyperus papyrus
.Pergaminho
O grande material do
reino
animal
empregado na escrita,
extraído da pele de
animais.
Originário da cidade
de Pérgamo, na Ásia
Menor, no século II
a.C.,
daí
a
sua
Papel
Na Antigüidade, o “papel” utilizado era o papiro.
Acredita-se que tenha sido inventado na China
por Ts’ai Lun no ano 105 a.C., fabricado a partir
de fibras de cânhamo trituradas e revestidas
de um fina camada de cálcio, alumínio e sílica.
Na China antes disso, utilizavam como escrita
cascos de tartaruga, seda e depois papel de
seda.
Papel
Os primeiros registros de produção de papel na
Europa são dos séculos X e XI na cidade de
Valência - sul da Espanha.
Na Itália o papel chegou cerca de 150 anos
depois, em 1260, com menção do moinho de papel
em Fabriano na província de Vincona.
Assim, da Espanha e Itália, a fabricação do papel
Papel
O papel chegou ao Ocidente aproximadamente
após 10.000 anos depois de sua invenção na
China;
Até o final do séc. XVIII, a fabricação do papel
era manual em escala que não correspondia ao
aumento da demanda de uso.
Papel
Outros materiais como
o algodão, o cânhamo,
eram
utilizados
na
confecção do papel;
Atualmente,
as
empresas utilizam em
larga
escala
o
eucalipto,
usado
também
para
reflorestamento
e
novo uso na fabricação
de papel.
Algodão
Cânhamo
Eucalipto Linho
Papel
Em 1799, o francês Nicolas Louis Robert inventa
uma máquina contínua para fazer papel. Esta
invenção propiciou de uma forma imediata a
fabricação do papel de forma industrial,
prefigurando o processo atual.
Em 1826, empregam-se cilindros de vapor para
secagem do papel.
Em 1839, o químico francês Anselme Payen trata a
madeira com ácido nítrico concentrado, isolando
um material fibroso ao qual chamou de celulose.
Papel
Em 1840, Friedrich Gottlob Keller deu início ao
processo que mais tarde seria responsável pela
produção da chamada Pasta Mecânica, polpa
produzida através da fricção da madeira contra
uma superfície abrasiva.
Uma vez que a polpa produzida desta forma,
apresenta características de resistência física
não suficientemente elevadas para determinadas
aplicações,
foi
necessário
desenvolver
modificações que permitissem liberação das
fibras da madeira sem danificá-las.
Papel
Hoje em dia, é produzido a partir do
entrelaçamento de fibras, que posteriormente são
tratadas quimicamente e termicamente.
Os formatos de papel
in-plano: folha não dobrada,
contendo então, duas páginas;
in-fólio: folha dobrada em duas
partes, contendo então, 4 páginas;
in-quarto: folha dobrada em
quatro partes, contém 8 páginas;
in-octavo: folha dobrada oito
vezes, contém 16 páginas;
in-doze: resulta da folha
dobrada doze vezes, contendo 24 páginas.
Xilografia
A invenção chinesa de tipos separados antecedeu as experiências de
Gutenberg em mais de 400 anos. O inventor foi Pi Shêng por volta do ano 1040 da era cristã. Os tipos eram feitos inicialmente de argila cozida, passando à madeira e por fim, ao bronze. Contudo, esses tipos móveis chineses ficaram restritos à impressão tabulária;
Nos livros a impressão xilográfica, tabular ou tabelar, o impressor aplicava
as folhas de papel sobre uma matriz de madeira entintada e escavada com imagens, textos ou ambos, obtendo assim um grande número de cópias. Caso fosse necessária correção do texto era preciso confeccionar nova matriz.
Xilografia
As primeiras xilogravuras no Ocidente aparecem num livro
impresso em Roma, no ano de 1467. O objetivo era popularizar as histórias bíblicas de maneira artística para que as pessoas que não soubessem ler tivessem acesso à doutrina cristã.
No Brasil se tornou um forte característica da literatura
Xilografia
As impressões xilográficas, depois de algum
tempo de desenvolvimento, começaram a ser
reunidas em livros (os livros
tabelares
ou
xilográficos
.
Apesar de servirem em sua grande maioria para
ensinamentos religiosos, também existiram livros
de
conteúdo
profano,
principalmente
com
advinhações e baralhos.
A folha tabelar evoluiu para o livro, assim como a
prancha xilográfica evoluiu para os caracteres
móveis.
Xilografia
Manuscritos
Codex: ancestral do livro,
consistia na cópia dos textos bíblicos, a rigor, é o texto escrito à mão, independente do suporte ou técnica, ou instrumento. Por convenção, ao longo do tempo, a palavra manuscrito passou a designar materiais escritos em papiro, pergaminho ou papel.
Sendo os mosteiros e abadias
locais responsáveis pela escrita dos codex, cada uma possuía seu scriptorium, onde os manuscritos eram copiados, encadernados e ilustrados.
Manuscritos
Os
manuscritos
medievais
eram
ilustrados pelos:
Iluminadores
(illuminatores);
Miniaturistas
(miniatores);
As encadernações
predominantes eram
de ourivesaria e couro.
A imprensa
A palavra incunábulo (do
latim incunabulum, berço) é uma expressão utilizada para designar os livros impressos até o ano de 1500.
A maior parte dos
incunábulos é impressa em pergaminho. Os mais famosos são a Bíblia Latina impressa por Fust em 1455; o Saltério Latino da mesma tipografia impressa no ano de 1457, as Cartas de Indulgência do papa Nicolau V, impressas em Mogúncia, em 1454 e 1455, atribuída a Gutenberg.
A imprensa
A tipografia
O inventor dos tipos
móveis foi Johann
Gutenberg, nascido na Mogúncia, atual Mainz, Alemanha, cerca de 1400.
Trabalhou na Casa da
Moeda com a técnica de fundir metais e cunhar moedas, o que favoreceu a criação da liga de chumbo com a qual ele passou a preparar as letras para montar os tipos móveis em metal.
A tipografia
Como toda nova tecnologia
a imprensa moderna criada por Johann Gutenberg, ao redor de 1450, nunca foi um invento pacífico. Desde a sua divulgação inicial, a nova arte de imprimir livros provocou temores de toda ordem, pois, para muitos, o livro saído de um prelo, e não da tinta de um monge escriba, tornou-se uma força subversiva, capaz de abalar a fé e de reduzir a autoridade da Igreja.
A tipografia
A tipografia (do grego
typos
: “forma”; egraphein
: “escrita”) é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente.Assim como no
design
gráfico em geral, o
objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa.
Também é um termo usado
para a gráfica que usa uma prensa de tipos móveis.
A tipografia
A tipografia – Fundição de tipos
A fundição de tipos se desenvolvia em três
fases:
I fase: gravar punções
II fase: fazer as matrizes
III fase: a fundição
A tipografia
Outras técnicas de impressão
Estereotipia:
composto de gesso
para a moldagem da
forma e produziu uma
matriz da mesma. A
partir dessa matriz,
fundia as páginas
(clichés) em metal,
chumbo e antimónio
para a impressão.
Outras técnicas de impressão
Litografia:
esta
técnica de impressão
utiliza
uma
pedra
calcária de grão muito
fino e baseia-se na
repulsão entre a água
e
as
substâncias
Outras técnicas de impressão
Monotipo: A máquina
de
composição
Monotype nasceu da
imaginação do
norte-americano
Tolbert
Lanston
. Esta máquina
de composição tinha
duas
componentes:
uma
fundidora
de
tipos e um módulo de
teclado, separado da
fundidora.
Outras técnicas de impressão
Linotipo:
Com
uma
máquina de composição
da marca Linotype,
equipada com chumbo
em ponto líquido, era
possível compor uma
linha inteira de texto;
esta linha, assim que
batida no teclado da
máquina,
era
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Outras técnicas de impressão